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Produção de grãos atingirá 379 milhões de toneladas nos próximos dez anos, com crescimento de 27%

A projeção de produção do agro brasileiro para os próximos dez anos mostra importante crescimento nas principais cultura, como soja, milho da safra de inverno, arroz, feijão, sorgo e trigo. As culturas perenes como café, cacau e frutas também sinalizam um crescimento sustentável no período.

Os dados são do estudo Projeções do Agronegócio, Brasil 20203/2024 a 2033/2034, realizado pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), com apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Neste período, a área plantada aumentará 15,5%, atingindo 92,2 milhões de hectares, mostrando a produtividade como importante fator de crescimento na próxima década, como indica o estudo.

Para o diretor de Análise Econômica e Políticas Públicas do Mapa, Silvio Farnese, “é relevante considerar que parte importante do crescimento da área plantada será apoiada pelo Programa de Recuperação de Áreas Degradadas, com linhas de crédito favorecidas para regeneração produtivas de superfícies, atualmente com baixa produtividade”, enfatizou.

As culturas que terão maior crescimento nas áreas plantadas são soja (25,1%), milho da safra de inverno (24,9%), trigo (18,4%), arroz (+20,3%) e, feijão (+38,1%). 

A participação do consumo interno de milho, farelo e óleo de soja sustentam o crescimento na produção de proteína de origem animal, mantendo o consumo interno e garantindo as exportações destas proteínas, de 24,7 milhões de toneladas.

Cultura em destaque

A produção de arroz deverá aumentar em 3,1 milhões de toneladas, atingindo 13,7 milhões de toneladas, permitindo o atendimento ao consumo que está estimado 10,8 milhões de toneladas, havendo espaço para os compromissos de exportação do setor produtivo, atualmente da ordem de 1,3 milhão de toneladas.

Já a cultura do milho, atingirá 153,1 milhões de toneladas com crescimento de 32,3%, e aumento de 37,4 milhões de toneladas principalmente na safra de inverno, seguindo a prática adotada pelos produtores de plantio em sucessão à soja. O consumo estimado em 109,8 milhões de toneladas, crescendo 30,4% está sintonizado com a crescente utilização do grão para a produção de etanol que, atualmente processa 17,0 milhões de toneladas.

A soja continuará com maior produção entre os grãos, com estimativa de atingir 199,4 milhões de toneladas, com aumento de 52,0 milhões de toneladas, e o farelo de soja atingirá 48,5 milhões de toneladas, aumentando 8,36 milhões de toneladas nos próximos 10 anos.

Quanto ao café, as estimativas mostram aumento de produção de 31,9%, atingindo 72,0 milhões de sacos, ou seja, uma maior oferta de 17,0 milhões de sacos que cobrirão o aumento no consumo crescendo para 27,0 milhões de sacos e, as exportações, que estão estimadas em 45,0 milhões de sacos.

Na estimativa da produção de proteína animal, o maior crescimento será de aves (+28,4%), seguido por suínos (+27,5%) e, bovina (+10,2%). O consumo terá um crescimento menor com aves crescendo 26,9%, suíno com 25,4% e, bovina com 0,6%.

As exportações destas proteínas estão estimadas com crescimento de 29,7% para aves, 22,5% para suínos e, 27,1% para bovinos. Este cenário está sendo fortalecido pelos diversos acordo feitos pelo governo brasileiro com países consumidores, representando fortalecimento de mercados já sedimentados e, novos países que importarão carnes brasileiras, garantindo a posição de destaque no mercado internacional.

Projeção

A publicação é realizada anualmente, com a finalidade de prospectar o desempenho futuro da agropecuária, servindo como balizador para as políticas públicas para o setor e, de indicativo para o setor privado sobre o comportamento da área plantada, produção, consumo e, exportação dos principais produtos da pauta da agropecuária.

São projetados dados para 28 produtos: algodão em pluma, arroz, feijão, milho, soja grãos, farelo e óleo, sorgo, cana-de-açúcar, açúcar, trigo, café, cacau, laranja, fumo, batata-inglesa, mandioca, banana, maçã, mamão, melão, uva, carnes bovina, avícola e suína, leite, ovos e, celulose.

A publicação completa está disponível na página do Ministério da Agricultura e Pecuária.

Fonte: Mapa Foto: Divulgação

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Para CNA, agro é o grande ator e colaborador da transição energética

Ao discursar na abertura do seminário “Agroenergia: Transição Energética Sustentável – Edição Etanol”, na quarta (30), o vice-presidente da CNA, José Mário Schreiner, afirmou que o agro é o “grande ator e colaborador da transição energética no país”.

Promovido com apoio do Observatório de Bioeconomia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o evento reuniu na sede da Confederação, em Brasília, especialistas, parlamentares, produtores, diretores do Sistema CNA/Senar e representantes de entidades.

“Somos protagonistas na temática, com uma significativa participação de mais de 49% de fontes renováveis de energia, como hidráulica, solar, eólica e biomassa. No entanto, é nosso desafio transformar essa matriz em um modelo ainda mais eficiente, capaz de atender às necessidades atuais e futuras”, afirmou.

Segundo o vice-presidente da CNA, o agro, que tradicionalmente é visto como a base da segurança alimentar mundial, se destaca também como uma peça-chave na construção de um cenário energético mais sustentável.

“Através de pesquisa e desenvolvimento, estamos transformando nossos campos em verdadeiras usinas de energia, sem competir de maneira alguma com a oferta de alimentos.”

Schreiner ressaltou que o agro contribui diretamente para a produção de biocombustíveis por meio do cultivo de diversas matérias primas, contribuindo para a redução da dependência brasileira dos combustíveis fósseis e para a redução das emissões dos gases de efeito estufa.

“Somos o segundo maior produtor de etanol e biodiesel do mundo, que juntos somaram mais de 43 bilhões de litros fabricados no último ano, ficando atrás apenas dos Estados Unidos”, observa.

“Em relação ao biometano, atingimos a marca de 75 milhões de metros cúbicos, sendo que a Agência Internacional de Energia projeta que seremos o quinto maior produtor mundial em menos de cinco anos”, completa Schreiner.

Na avaliação do vice-presidente da CNA, é cada vez mais importante que o país invista em políticas públicas que apoiem a geração de energias renováveis, como investimento em pesquisa, tecnologia e capacitação técnica para os produtores rurais.

“A colaboração entre governos, entidades privadas, instituições de pesquisa e o setor agrícola é indispensável para criarmos um ecossistema que favoreça a inovação e a sustentabilidade.”

José Mário Schreiner afirmou em seu discurso que a transição energética sustentável não é apenas uma necessidade ambiental, mas também uma oportunidade econômica. “Vamos aproveitar este espaço para debater, articular e, sobretudo, edificar e fortalecer o papel do agro na discussão a respeito da transição energética justa e sustentável, tal como deve ser.”

Ele finalizou afirmando que o seminário é também um preparativo para a participação do setor na Conferência do clima (COP30), que acontece no Brasil em 2025.

“Temos muitas informações que demonstram a relevância do agro para a transição energética, as quais objetivamos compartilhar com nossa sociedade e principalmente inspirar os líderes do mundo.”

Pietro Mendes, secretário Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), destacou a importância do debate e dos avanços relacionados ao tema, como o reconhecimento internacional dos combustíveis sustentáveis durante a reunião do G20.

“A Agência Internacional de Energia fez um documento que trata dos critérios para que a gente tenha uma harmonização global do que seria um combustível sustentável dentro de uma análise do ciclo de vida e de parâmetros reconhecidos internacionalmente.”

A coordenadora do Observatório de Bioeconomia da FGV, Talita Priscila Pinto, afirmou que 80% das emissões de gases de efeito estufa no mundo vem dos combustíveis fósseis. Segundo ela, hoje um dos principais desafios da humanidade para se descarbonizar é reduzir essas emissões.

“Quando a gente olha para os biocombustíveis, vemos que são o sucesso da bioeconomia do ponto de vista econômico, social e ambiental e o Brasil se destaca do resto do mundo de forma positiva. É a agroenergia mostrando para o mundo que é possível gerar mais emprego, se desenvolver, fomentar a economia e ser um fator promotor de descarbonização.”

Talita lembrou que o setor agropecuário é a única atividade econômica que consegue remover carbono da atmosfera. “A agroenergia é uma fonte de remoção que é potencializada desde o manejo da terra à queima desses combustíveis quando comparada com o petróleo e outras fontes fósseis. Por isso, estamos em um momento estratégico para se posicionar como país e contar a história como deve ser contada.”

O deputado Benes Leocádio (União/RN), membro da Comissão Especial de Transição Energética e Produção de Hidrogênio Verde da Câmara dos Deputados, reforçou a posição do agro que, além de produzir alimentos, se preocupa com a transição energética.

O parlamentar disse que o país está revolucionando o setor de energias renováveis e citou o projeto de lei 3149/2020, do hoje senador Efraim Filho (DEM/PB), que inclui produtores rurais de matéria-prima destinadas à produção de biocombustíveis na Política do Renovabio. Benes Leocádio é o relator da proposta na Comissão de Minas e Energia da Câmara.

“Quero agradecer à CNA e às demais entidades do setor que nos ajudaram a fechar o relatório visando ter o reconhecimento desses produtores rurais. Ainda temos muito a avançar, mas vamos cumprir nossa missão de melhorar a legislação para que traga mais segurança ao setor.”

O presidente da Comissão Nacional de Cana-de-Açúcar da CNA, Nelson Perez, lembrou a todos da necessidade de se deixar um legado para as futuras gerações por meio do mercado de agroenergia.

“Temos que deixar um legado e um mundo melhor para nossos descendentes. E nós, que lidamos com o agronegócio brasileiro, temos uma oportunidade única de deixar esse legado por meio do nosso mercado de energia conectado à agricultura.”

Após a abertura foi realizada uma palestra magna com o tema “Potencial da Agroenergia: transformando a realidade energética do Brasil”, com o professor e pesquisador do Observatório de Bioeconomia da FGV, Luciano Rodrigues. Na sequência, especialistas discutiram, em dois painéis, o etanol em fontes consolidadas e emergentes, com foco no cenário atual, principais desafios e gargalos.

Fonte: CNA Foto: Divulgação

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Milho se mantém estável

No início da semana, o mercado de milho manteve-se estável em diversos estados, segundo a TF Agroeconômica. No Rio Grande do Sul, a movimentação foi baixa, com preços de R$ 70,00 em Santa Rosa, Não-Me-Toque, Marau e Gaurama. Em Arroio do Meio, Lajeado e Frederico Westphalen, o valor foi de R$ 71,00, enquanto em Montenegro, a saca chegou a R$ 74,00. Em Panambi, os preços de pedra foram registrados em R$ 64,00.

Em Santa Catarina, os preços também se mantiveram estáveis, com negócios pontuais. No mercado local, produtores pedem valores a partir de R$ 72,00 FOB no interior e, para preços tributados, a partir de R$ 75,00. Compradores indicaram preços de R$ 70,00 no interior e entre R$ 72,00 e R$ 73,00 CIF para fábricas. Na região do meio-oeste, os valores CIF variaram entre R$ 74,00 e R$ 75,50, dependendo dos prazos de pagamento.

No Paraná, a terceira estimativa para a safra 2024/25, divulgada pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da SEAB, projeta a produção de milho da primeira safra em 2,26 milhões de toneladas, com rendimento médio estimado em 10.118 kg/ha, representando um aumento de 17,97% em relação ao ano anterior. Nos Campos Gerais, o mercado spot registrou pouca movimentação, com o preço da saca estabilizado em R$ 70,00 CIF, com entrega imediata e pagamento em 30 dias.

Em Mato Grosso do Sul, o preço spot está em R$ 62,00. Em Maracaju, as indicações foram de R$ 62,00, enquanto Dourados registrou R$ 53,00 e Naviraí R$ 59,00. Em São Gabriel, o valor chegou a R$ 61,00. Produtores iniciaram ofertas FOB a R$ 56,00, com a maioria das pedidas concentradas em R$ 58,00, mas o ritmo de negócios permanece lento, com indicações nos portos a partir de R$ 70,00.

Fonte: Agrolink Foto: Nadia Borges

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Produtores de soja seguem focados no plantio, mas preços preocupam

Os preços da soja no mercado brasileiro ficaram de estáveis a mais baixos nesta segunda-feira (28). No entanto, segundo a consultoria Safras & Mercado consultoria, no contexto atual, estão firmes e bem acima da paridade de exportação.

As cotações perderam força nos portos devido à menor disponibilidade do produto no momento. Assim, o dia não teve registro de negócios, salvo uma ou outra movimentação pontual.

No momento, os produtores estão focados no plantio da safra nova. A Bolsa de Chicago caiu e o dólar variou pouco.

Preços médios da saca de soja

Passo Fundo (RS): caiu de R$ 136 para R$ 134

Região das Missões: recuou de R$ 135 para R$ 133

Porto de Rio Grande: baixou de R$ 144 para R$ 142

Cascavel (PR): desvalorizou de R$ 140 para R$ 139

Porto de Paranaguá (PR): decresceu de R$ 145 para R$ 144

Rondonópolis (MT): estabilizou em R$ 149

Dourados (MS): permaneceu em R$ 140

Rio Verde (GO): caiu de R$ 135 para R$ 134

Bolsa de Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com preços significativamente mais baixos. O grão e o óleo tiveram forte queda.

Os contratos acentuaram a retração, pressionados pela derrocada do petróleo em Londres e Nova York. O andamento da colheita de uma safra cheia nos Estados Unidos completa o quadro baixista aos preços.

O plantio da safra de soja 2024/25 do Brasil está em 36,1% da área total esperada até o dia 25 de outubro, conforme levantamento de Safras & Mercado.

Na semana anterior, o total semeado era de 16,8%. A semeadura está atrasada em relação a igual período do ano passado, quando o número era de 37,1%. A média dos últimos cinco anos é de 33,3%.

Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com baixa de 13,75 centavos ou 1,39% a US$ 9,74 por bushel. A posição janeiro/25 teve cotação de US$ 9,86 por bushel, com recuo de 11,50 centavos ou 1,15%.

Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 1,00 ou 0,32% a US$ 304,80 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 42,69 centavos de dólar, com recuo de 1,46 centavo ou 3,3%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou em alta de 0,03%, sendo negociado a R$ 5,7077 para venda e a R$ 5,7058 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,6864 e a máxima de R$ 5,7209.

Fonte: Canal Rural/Victor Faverin Foto: Daniel Popov/ Canal Rural

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Soja: oferta global recorde pressiona cotações

A oferta global recorde e os estoques elevados pressionaram as cotações da soja no spot brasileiro na última semana, segundo levantamentos do Cepea. Por outro lado, a valorização do dólar frente ao real limitou o movimento de baixa.

Além disso, conforme colaboradores do Cepea, chuvas irregulares seguem deixando sojicultores nacionais em alerta e recuados nas comercializações.

Dados divulgados pelo USDA apontam produção mundial da oleaginosa na temporada 2024/25 em 428,9 milhões de toneladas, 8,6% superior às 394,7 milhões de toneladas colhidas na safra 2023/24.

O esmagamento global é projetado em 346,3 milhões de toneladas e as transações globais, em 181,5 milhões de toneladas, respectivos aumentos de 4,8% e de 2,6% frente à temporada anterior; o estoque mundial também pode ser recorde, previsto em 134,6 milhões de toneladas.

Fonte e Foto: Canal Rural

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Soja sobe nos principais estados

Os preços da soja estão em alta no Rio Grande do Sul, mas os negócios quase não acontecem, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “R$ 141,50 para entrega em outubro, e pagamento 30/10, no Porto. No interior os preços seguiram o balizamento de cada praça. R$ 134,00 Cruz Alta – Pagamento em 30/10. R$ 134,00 Passo Fundo – Pagamento em 30/10. R$ 133,00 Ijuí – Pagamento em 30/10. R$ 132,00 Santa Rosa / São Luiz – Pagamento em 30/10. Preços de pedra, em Panambi, caíram para R$ 121,00 a saca, para o produtor”, comenta.

Em Santa Catarina os preços subiram. “A menor oferta interna do produto e clima/estiagem no início da safra 2024/25 no Centro oeste influem nas cotações no período. Preços de ontem: O preço no porto foi de R$ 141,00, Chapecó a R$ 120,00”, completa.

No Paraná o plantio da soja está em 41%. “No porto, em Paranaguá, comprador oferecia R$ 140/saca CIF, e o vendedor pedia R$ 146. No interior, o mercado de soja permaneceu estável, com pouca liquidez. No spot, propostas de compra variavam entre R$ 135 e R$ 137/ saca FOB, com embarque em outubro e pagamento em novembro, e vendedor pedia acima de R$ 140. No balcão, os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 132,50”, indica.

No Mato Grosso os preços subiram. “O preço da soja no spot subiu nesta quarta-feira, para R$ 141 por saca FOB em Dourados, com embarque e pagamento em novembro, representando um aumento de R$ 2 em relação ao início da semana, com poucos volumes negociados. Preços do dia: Dourados R$ 135,50. Campo Grande: R$ 135,00. Maracaju: R$ 135,50. Chapadão do Sul: R$ 132,00. Sidrolândia: R$ 133,50”, informa.

Em Sinop, no Mato Grosso, não houve negociações nesta quarta-feira. “Compradores indicaram R$ 131 por saca FOB, com embarque em outubro e pagamento em novembro, enquanto os vendedores se mantiveram ausentes. Campo Verde: R$ 134,00, Lucas do Rio Verde: R$ 131,00. Nova Mutum: R$ 131,50. Primavera do Leste: R$ 134,50. Rondonópolis: R$ 137,00. Sorriso: R$ 130,50”, conclui.

Fonte: Agrolink – Leonardo Gottems Foto: Divulgação

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Primeira estimativa para safra de grãos 2024/25 indica produção de 322,47 milhões de toneladas

A primeira estimativa para a safra de grãos na temporada 2024/2025, realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), aponta para uma produção de 322,47 milhões de toneladas. O volume representa um crescimento de 8,3% ao obtido em 2023/24, ou seja, 24,62 milhões de toneladas a serem colhidas a mais que no ciclo anterior, estabelecendo um novo recorde na série histórica caso o resultado se confirme ao final do ano agrícola. Para a área, estima-se crescimento de 1,9% sobre a safra anterior, passando para 81,34 milhões de hectares. Os dados foram divulgados pela Companhia, nesta terça-feira (15), durante o anúncio do 1º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25.

Neste ciclo, o arroz deverá apresentar novo crescimento de 9,9% na área semeada. A alta é verificada em todas as regiões do país, com destaque para o Centro-Oeste e o Sudeste, onde o incremento chega a 33,5% e 16,9% respectivamente. Só em Mato Grosso, os produtores irão destinar mais de 133 mil hectares para o cultivo do grão, com uma elevação de 39,3% quando comparada com a área registrada na temporada de 2023/24. Em Goiás esse aumento chega a 24%, índice pouco menor que o registrado em Minas Gerais, onde se verifica uma alta de 25,1%. O Sul, principal região produtora de arroz no país, também tende a registrar uma maior área cultivada, chegando a cerca de 1,16 milhão de hectares. Esse cenário influencia na expectativa de maior produção, com a colheita sendo estimada em aproximadamente 12 milhões de toneladas, recuperando o volume obtido na safra 2017/2018.

“Com esses números, a previsão é de que o Brasil volte ao patamar das maiores safras de arroz da sua história. Isso é o resultado do trabalho dos nossos produtores, em parceria com o governo federal, que voltou a elaborar políticas públicas para todo o campo agrícola brasileiro, contemplando pequenos, médios e grandes produtores”, reforça o presidente da Conab, Edegar Pretto.

Para o feijão, a Conab também espera um ligeiro aumento na área semeada, saindo de 2,86 milhões de hectares em 2023/24 para 2,88 milhões de hectares no atual ciclo. Cultivado ao longo do ano, a maior elevação é esperada para a área semeada na primeira safra da leguminosa, com uma alta de 2,3%, sendo estimada em 881,3 mil hectares, resultando em uma produção de 947,3 mil toneladas. Já a expectativa de produção total do grão no país, somando-se os três ciclos cultivados, é de 3,26 milhões de toneladas, 0,5% acima da safra anterior.

No caso da soja, os produtores também devem destinar uma maior área para a cultura, com elevação de 2,8% quando comparada com a temporada passada. No entanto, o percentual de crescimento de área da oleaginosa está arrefecido nesta safra, sendo este o terceiro menor percentual de incremento registrado desde o ciclo 2009/2010. O atraso do início das chuvas, sobretudo nos estados da região Centro-Oeste, vem atrapalhando os trabalhos de preparo do solo e do plantio. Ainda assim, a produção está estimada em 166,05 milhões de toneladas.

Para o milho, a Conab projeta uma recuperação de 3,5% na safra, sendo estimada uma colheita total em torno de 119,74 milhões de toneladas, com uma área se mantendo em 21 milhões de hectares. Na primeira safra do cereal, tanto a produção como a área cultivada a expectativa é de redução de 1,1% e 5,4% respectivamente, passando para 3,76 milhões de hectares semeados, com a produção estimada em 22,72 milhões de toneladas. No caso do algodão, a primeira previsão indica crescimento de 2,9% na área a ser semeada, para um total de 2 milhões de hectares, e produção de pluma em 3,67 milhões de toneladas.

Culturas de inverno

A primeira expectativa de produção acima de 12 milhões de toneladas para as culturas de inverno não se confirmou, influenciada principalmente pelas condições climáticas registradas nas regiões produtoras. O trigo, principal cultura dentre os cultivos de inverno, teve a previsão de safra reduzida para 8,26 milhões de toneladas neste levantamento. Problemas no clima durante todo o ciclo, sobretudo no Paraná, como estiagem no início, a falta de clima frio predominante, ocorrência de dois períodos de geadas em agosto e de doenças justificam tal redução. No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina o cenário é mais positivo.

Mercado

Com a perspectiva de maior disponibilidade interna de arroz, os preços do produto no mercado interno devem seguir um comportamento de arrefecimento, mas, mesmo com a possível queda, deve-se manter a rentabilidade ao produtor. A alta na produção também possibilita tanto uma elevação nas exportações do grão, que podem chegar a 2 milhões de toneladas, como um aumento nos estoques de passagem ao final da safra 2024/25, estimada em aproximadamente 840 mil toneladas.

Para o milho, as atenções se voltam para a safra de verão do cereal cultivado na América Latina. Brasil e Argentina, os principais produtores do grão na região, devem reduzir a área destinada para a cultura neste primeiro momento, e essa menor oferta sul-americana pode refletir em uma recuperação nos preços no mercado externo. Apesar da redução na primeira safra do cereal, a Conab prevê uma produção total de milho em 119,7 milhões de toneladas, um acréscimo esperado de 3,5%, comparada ao ciclo anterior. As exportações estão projetadas em 34 milhões de toneladas no ciclo 2024/2025 e a demanda no mercado interno pelo grão deverá se manter aquecida, devido ao bom desempenho do mercado exportador de proteína animal e pela produção de etanol.

Já para a soja, as exportações para 2025 estão projetadas em 105,54 milhões de toneladas do grão, com base no aumento da produção e da demanda mundial, especialmente da China. Os estoques finais estão estimados em 4,16 milhões de toneladas. No caso do trigo, os danos causados pelas adversidades climáticas no Paraná influenciam na valorização dos preços do cereal no mercado doméstico. O clima adverso em outras importantes regiões produtoras no mundo, bem como os conflitos geopolíticos enfrentados também foram fatores para a alta nas cotações verificada pela Companhia.

As informações completas sobre o 1° Levantamento da Safra de Grãos 2024/25 e as condições de mercado destes produtos podem ser conferidos no Portal da Conab.

Fonte: Conab Foto: AEN/Ari Dias

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PIB do Agronegócio acumula recuo de 3,5% em 2024; veja segmentos mais impactados

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro recuou 1,28% no segundo trimestre de 2024, acumulando queda de 3,5% no ano.

O cálculo foi feito pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Entre os segmentos do setor, quando se compara os dois primeiros trimestres de 2024, o PIB registrou queda nos seguintes fatores:

Insumos (-2,68%)

Segmento primário (-1,77%)

Agrosserviços (-1,15%)

Agroindústrias (-0,62%)

Impactos no PIB do agro

A análise do Cepea e da CNA mostrou que os desempenhos dos segmentos foram impactados pela redução do valor bruto da produção, pressionado, sobretudo, pelas quedas nos preços e, em alguns casos, pela menor produção esperada para o ano, como ocorreu com os insumos agrícolas e com o primário agrícola.

Por fim, os resultados negativos dos agrosserviços (-2,74%) no primeiro semestre de 2024 decorreu da redução para os agrosserviços de base agrícola (-5,39%), visto o crescimento para os de base pecuária (3,78%).

De acordo com a publicação, no ramo agrícola, a queda acumulada no semestre reflete os comportamentos dos demais segmentos, especialmente dos insumos e do primário. No ramo pecuário, o crescimento no acumulado no semestre (3,78%) decorreu da maior produção esperada para o ano dos segmentos a montante, dentro e fora da porteira.

Valores monetários anuais

Ao se considerar os desempenhos do agronegócio, seus ramos e seus segmentos nos dois primeiros trimestres, o PIB do agronegócio brasileiro pode alcançar R$ 2,50 trilhões em 2024, sendo 1,74 trilhão no ramo agrícola e 759,82 bilhões no ramo pecuário (a preços do segundo trimestre de 2024).

Fonte e Foto: Canal Rural

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Ibrafe: Produção de Feijão-carioca cairá no início de 2025

Sempre precisamos ler além das manchetes da imprensa sobre tudo quando se trata de estimativas de safra. Segundo a foi noticiado esta semana, vai ter mais Feijão no ano que vem:

“Para o Feijão, a Conab também espera um ligeiro aumento na área semeada (+0,8%), saindo de 2,86 milhões de hectares em 2023/24 para 2,88 milhões de hectares no atual ciclo. Já a expectativa de produção total do grão no país, somando-se os três ciclos cultivados, é de 3,26 milhões de toneladas, 0,5% acima da safra anterior.”

Mas cuidado. Dependemos não do total da safra, mas sim da produção de cada variedade de Feijão ao logo do ano. Se houver uma boa terceira safra não mudará o preço que o consumidor pagará no inicio do ano. Principalmente porque teremos mais Feijão-preto e menos Feijão-carioca no primeiro trimestre do ano. Segundo os levantamentos da CONAB, teremos 555,5 mil toneladas este ano, quando tivemos no ano passado 571,4 mil toneladas. Isto é 20% menor, por exemplo, em 2014/15 quando foi colhido 703 mil toneladas. Todo ano a primeira safra de Feijão-carioca tem diminuído e este ano também diminuirá. Feijão-preto, se o preço baixar a R$ 200/210, vai ser exportado, mas o Feijão-carioca, no ano passado, quando tivemos mais Feijão do que se espera teremos no início de 2025, se manteve entre dezembro e março acima dos R$ 300. Portanto, o momento de mercado com pouca demanda em algum momento começará a refletir os fatos.

Fonte: Ibrafe Foto: Divulgação

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Exportações de café do Brasil batem recorde

De acordo com o Rabobank, setembro foi um mês histórico para o Brasil, que exportou 4,5 milhões de sacas de café de 60 quilos, marcando um volume recorde para o período. Esse excelente desempenho elevou o total de exportações brasileiras em 2024 para 36,4 milhões de sacas, resultando em um crescimento de 39% em relação ao mesmo período do ano anterior. O aumento na demanda global pelo café brasileiro destaca a importância do país no mercado internacional.

Entretanto, o setor ainda enfrenta desafios logísticos significativos. A escassez de espaço nos portos brasileiros e a alta demanda por contêineres têm causado atrasos nas operações. Como resultado, estima-se que o Brasil deixou de exportar cerca de 2 milhões de sacas de café devido a essas dificuldades, impactando potencialmente os resultados do setor no final do ano.

No mercado interno, os preços do café continuam em alta. Em setembro, a média do café arábica foi de R$ 1.459 por saca, o que representa um aumento de 49% em relação ao mesmo mês do ano passado. O café conilon, por sua vez, teve uma média de R$ 1.497 por saca, refletindo uma valorização de 87% em comparação com 2023. Esses aumentos de preços indicam um fortalecimento da demanda no mercado interno.

O Rabobank prevê que essa tendência de valorização pode levar as torrefadoras locais a aumentar significativamente o uso de arábica em seus blends. Além disso, o banco enfatiza a importância de monitorar as condições climáticas, como chuvas e temperaturas elevadas, que podem impactar a safra brasileira de café para 2025/2026, exigindo atenção constante do setor.

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems Foto: Pixabay