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Nova geração de soja traz biotecnologia com controle ampliado de lagartas

O avanço da biotecnologia na agricultura brasileira acaba de ganhar um novo capítulo com o lançamento da Intacta 5+, tecnologia que oferece uma abordagem inédita para o manejo integrado de pragas e plantas daninhas na cultura da soja. Mais do que uma ferramenta de proteção, a nova solução se destaca por permitir estratégias customizadas de aplicação, baseadas na realidade de cada região e tipo de infestação.

Desenvolvida pela Bayer, a Intacta 5+ foi apresentada em evento técnico realizado no Centro de Inovação da empresa, em Paulínia (SP), e deve chegar aos campos comerciais a partir da safra 2027/28, condicionada à liberação regulatória dos principais países importadores. A proposta da biotecnologia é ampliar o controle, preservar a sustentabilidade dos sistemas produtivos e garantir maior longevidade ao uso dos ativos.

Em entrevista ao Agrolink, Gilmar Picoli, gerente de regulamentação e especialista em herbicidas, explica que a principal inovação da Intacta 5+ está na combinação de cinco tolerâncias a herbicidas: glifosato, glufosinato, dicamba, 2,4-D e mesotriona. “Com essa combinação, oferecemos ao agricultor muito mais flexibilidade, permitindo um manejo customizado, sob medida, racional e sustentável, aplicando cada produto de acordo com a necessidade específica da lavoura”, afirma.

Segundo Picoli, o diferencial não está apenas no número de moléculas, mas na possibilidade de associar diferentes mecanismos de ação, o que potencializa o controle e reduz o risco de resistência. Um exemplo claro é o capim-pé-de-galinha, uma das plantas daninhas mais resistentes e difíceis de manejar no país. “Hoje encontramos populações com resistência simples, cruzada e múltipla, incluindo glifosato. A Intacta 5+ permite montar um plano de controle mais robusto para essas situações”, detalha.

Além do avanço no controle de daninhas, a nova tecnologia entrega uma terceira geração de proteção contra insetos, com foco especial nas lagartas. A novidade inclui a incorporação de proteínas inéditas no mercado, como Cry1B.2 e Cry1A.2, desenvolvidas para ampliar o espectro de atuação e aumentar a durabilidade da biotecnologia.

“Essas proteínas atuam de forma precisa no sistema digestivo das lagartas, protegendo a planta desde os estágios iniciais. Elas foram desenhadas justamente para lidar com a crescente pressão de pragas e com a evolução da resistência”, explica Picoli. A tecnologia oferece proteção contra as principais lagartas da cultura da soja, incluindo três novas pragas emergentes: Spodoptera eridanea, Elasmopalpus lignosellus (conhecida como Elasmo) e Rachiplusia nu.

Essa proteção ampliada ganha ainda mais importância quando se observa a regionalização dos desafios. Espécies como a capa-urana, predominante no Sul, e a vassourinha-de-botão, recorrente no Cerrado, demandam estratégias distintas de manejo. “Com a Intacta 5+, o agricultor pode direcionar o controle de forma precisa, ajustando as aplicações conforme a pressão de cada espécie na sua área”, destaca o especialista.

Picoli também ressalta que a tecnologia foi pensada para acompanhar o ritmo acelerado de evolução dos desafios no campo. “Estamos lidando com uma agricultura cada vez mais complexa, que exige soluções que combinem eficiência, sustentabilidade e regionalização. A Intacta 5+ responde a essa necessidade ao permitir uma gestão integrada tanto de plantas daninhas quanto de lagartas, com alto nível de precisão”, reforça.

Outro ponto levantado por ele é a importância da racionalidade no uso dos herbicidas. “A ideia não é aplicar mais, e sim aplicar melhor. Com a possibilidade de usar cinco mecanismos de ação, o produtor pode rotacionar e associar moléculas conforme a pressão biológica de sua lavoura, evitando desperdícios e aumentando a efetividade de cada aplicação. Isso representa uma mudança de patamar no manejo sustentável”, afirma Picoli.

A inovação também está no processo de desenvolvimento. A Bayer aplicou a metodologia YieldBoost™, criada no Brasil, que acelera a integração entre biotecnologia e genética. Isso permitiu antecipar o lançamento da tecnologia e ampliar a base de testes em campo. Com ela, mais de 200 variedades adaptadas a diferentes regiões poderão estar disponíveis já nos primeiros anos de adoção.

Além do desenvolvimento técnico, a empresa reforça que o processo de adoção será feito com responsabilidade e diálogo com os produtores. Campos de teste seguem rigorosos protocolos de segurança ambiental e o treinamento de aplicadores será expandido. Desde a introdução da geração anterior (Intacta2 Xtend), mais de 240 mil profissionais já foram capacitados.

Para Picoli, a chegada da nova biotecnologia representa uma resposta concreta aos desafios enfrentados pelos produtores brasileiros no manejo integrado. “Estamos vivendo um cenário de resistência crescente, tanto de lagartas quanto de daninhas. A Intacta 5+ oferece ao produtor um conjunto de soluções que o ajuda a manter a eficiência do sistema, com mais segurança e sustentabilidade”, conclui.

Fonte: Agrolink Foto: Marcelo Ribeiro/Divulgação Bayer

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Show Rural 2026 terá 11 km de ruas cobertas

A área que desde 1989 recebe o Show Rural Coopavel é uma espécie de canteiro de obras permanente. O evento que é sinônimo de inovação e superação, é também um ambiente marcado por constantes melhorias estruturais, tudo para receber bem e com o máximo conforto as centenas de milhares de pessoas que todos os anos se deslocam a Cascavel para conhecer tendências, novidades e lançamentos de empresas brasileiras e mundiais do agro.

Essa linha de atuação da direção do evento garante que o parque do Show Rural, uma área de 72 hectares a dez quilômetros do centro de Cascavel, esteja preparado para proporcionar a melhor experiência possível a quem busca, em um único lugar, o melhor em tecnologias para o campo. Além da ampliação das estruturas do Espaço Impulso, do pavilhão da agricultura familiar e da sede administrativa, outra obra garantida para a edição de 2026 é a ampliação de ruas cobertas.

Com os novos trechos em preparação, comenta o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, serão 11 quilômetros de cobertura em ruas pavimentadas pelo parque – são 15 quilômetros de vias no total. “O Show Rural foi o primeiro grande evento do agro brasileiro a despertar atenção para essa comodidade ao público visitante. A rua coberta protege do sol forte e também da chuva, permitindo que as pessoas visitem a mostra de tecnologia com qualquer condição climática. Desde o início, há 38 anos, jamais deixamos de investir em obras que possam garantir conforto e melhorar o resultado à visita de produtores rurais, técnicos, filhos e mulheres de agricultores ao evento”, comenta Dilvo.

Trechos e patrocinadores

Os novos trechos cobertos, para 2026, e seus respectivos patrocinadores são os seguintes: Extensão da avenida Show Rural, com o patrocinador Baldan; cobertura da rua E, com o patrocinador Corteva; cobertura da rua L, com o patrocinador Cresol; cobertura da rua P, patrocinador John Deere. E também há um novo patrocinador para as ruas C e D, já cobertas anteriormente, que é a Tecnomil.

O coordenador geral do Show Rural, Rogério Rizzardi, informa que com essa melhoria grande parte das ruas que ligam todo o interior da área estarão pavimentadas e cobertas. “Faltarão pouco mais de quatro mil metros lineares para concluirmos essa tarefa”, de acordo com ele. Com o tema A força que vem de dentro, o 38º Show Rural Coopavel vai ser realizado de 9 a 13 de fevereiro de 2026, em Cascavel, no Oeste do Paraná. O acesso ao parque e a utilização do estacionamento são gratuitos.

Fonte e Foto: Coopavel

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Prévia da inflação de novembro fica em 0,20%, com alta em despesas pessoais

A prévia da inflação de novembro foi de 0,20%, 0,02 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada em outubro (0,18%). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta quarta-feira (26/11) pelo IBGE, aponta que a maior variação e o maior impacto positivo vieram do grupo Despesas pessoais (0,85% e 0,09 p.p.). No ano, o IPCA-15 acumula alta de 4,15% e, nos últimos 12 meses, de 4,50%, abaixo dos 4,94% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2024, a taxa foi de 0,62%.

No grupo Despesas pessoais (0,85%), o resultado foi influenciado, principalmente, pelas altas na hospedagem (4,18%) e no pacote turístico (3,90%), com impactos de 0,03 p.p. e 0,02 p.p, respectivamente.

Saúde e cuidados pessoais (0,29%) e Transportes (0,22%) tiveram o segundo maior impacto no índice geral (0,04 p.p.). Em Saúde e cuidados pessoais (0,29%), o destaque foi o plano de saúde (0,50%), com impacto de 0,02 p.p.

Já no resultado do grupo dos Transportes (0,22%), o destaque foi para passagens aéreas, que subiram 11,87% e tiveram o maior impacto individual no índice do mês (0,08 p.p.). Por outro lado, os combustíveis tiveram queda (-0,46%). À exceção do gás veicular, que aumentou 0,20%, os demais apresentaram reduções nos preços: etanol (-0,54%), gasolina (-0,48%) e óleo diesel (-0,07%).

O grupo Alimentação e bebidas, de maior peso no índice, voltou a crescer (0,09%), após cinco meses de queda, ocupando o terceiro lugar em termos de impacto (0,02 p.p.). A alimentação no domicílio permanece no campo negativo, com queda de 0,15%, após recuar 0,10% no mês anterior. Contribuíram para esse resultado os recuos do leite longa vida (-3,29%), do arroz (-3,10%) e das frutas (-1,60%). No lado das altas, destacam-se a batata inglesa (11,47%), o óleo de soja (4,29%) e as carnes (0,68%).

A alimentação fora do domicílio (0,68%) acelerou em relação ao mês anterior (0,19%), em virtude das altas da refeição (de 0,06% em outubro para 0,56% em novembro) e do lanche (de 0,42% para 0,97%).

Já o grupo Habitação desacelerou de 0,16% para 0,09% na passagem de outubro para novembro. A principal contribuição negativa veio da energia elétrica residencial, que passou de -1,09% para -0,38%. Ressalta-se que, em novembro, está em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 1, adicionando R$ 4,46 na conta de luz a cada 100 Kwh consumidos. Entre os subitens com aumentos, destacam-se o condomínio (0,38%) e o aluguel residencial (0,37%).

Os outros grupos em alta foram: Vestuário, com variação de 0,19% e impacto de 0,01 p.p. e Educação (0,05% e 0,00 p.p.). Em queda, vieram os grupos Comunicação (-0,19% e -0,01 p.p.) e Artigos de residência (-0,20% e 0,00 p.p.).

Belém registra aumento de 155,24% nas hospedagens em novembro

Quanto aos índices regionais, dez das 11 áreas de abrangência tiveram alta em novembro. A maior variação foi observada em Belém (0,67%), por conta das altas da hospedagem (155,24%) e das passagens aéreas (25,32%). Já o menor resultado ocorreu em Belo Horizonte (-0,05%), que registrou queda nos preços da gasolina (-3,13%) e das frutas (-5,39%).

Mais sobre a pesquisa

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 14 de outubro a 13 de novembro de 2025 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 16 de setembro a 13 de outubro de 2025 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica. Veja os resultados completos no Sidra. A próxima divulgação do IPCA-15, referente a dezembro, será no dia 23 do mesmo mês.

Fonte: Agência IBGE de Notícias Foto: Viagem Paraná

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Novas obras vão dar ainda mais dinâmica às visitas ao Show Rural

Poucas vezes em 38 anos de Show Rural, a Coopavel e parceiros investiram tanto em novas obras e em melhorias simultâneas no parque que abriga um dos três maiores eventos técnicos do agronegócio mundial. São inúmeros projetos em execução ao mesmo tempo, tudo para melhorar ainda mais a dinâmica e o aproveitamento das visitas de quem se desloca a Cascavel para ter acesso às inovações desenvolvidas pelas empresas do setor para que o agricultor produza mais, com menos custos e observando a lógica da sustentabilidade.

“O que estamos fazendo, mas em uma escala maior que em outros anos, busca atender às expectativas de um produtor rural cada vez mais exigente e conectado a mudanças que, ao longo dos anos, transformaram a realidade agropecuária brasileira e mundial. O Show Rural é um evento de vanguarda, focado na inovação e na superação e os resultados do que estamos fazendo poderão ser vistos de 9 a 13 de fevereiro de 2026, durante a 38ª edição do evento”, comenta o presidente da Coopavel, cooperativa que organiza a mostra de tecnologia, Dilvo Grolli.

Obras

Estão em ampliação os espaços físicos da administração do parque e do Espaço Impulso (parceria com o Itaipu Parquetec), hub do agro inaugurado há quase quatro anos e que se tornou um ambiente multiplicador de novos conhecimentos para as mais diferentes atividades rurais. Esses prédios terão as suas áreas dobradas, o mesmo acontecendo com o galpão destinado à agricultura familiar. A Itaipu investe cerca de R$ 1,7 milhão em uma nova estrutura, anexa à antiga, que vai permitir, a partir do ano que vem, mais que dobrar o número de agroindústrias familiares presentes no Show Rural. As duas primeiras estão com mais de 60% do cronograma de obras pronto, e o novo pavilhão está praticamente concluído.

A área pavimentada com asfalto foi ampliada em 2,5 quilômetros e, nesse trecho, a largura da via é de cinco metros. Em vias anteriormente pavimentadas, a largura está em ampliação de três para cinco metros. Novos trechos de ruas vão receber cobertura. Onze dos 15 quilômetros de vias que conectam todo o parque estarão protegidos da chuva e do sol na edição de fevereiro.

Os 28 conjuntos de banheiros, masculinos e femininos, foram todos reformados, trabalho que envolveu da troca de portas até do piso. A área do antigo estacionamento de expositores foi toda gramada e, considerando trechos próximos, permitirá aumentar em 15 mil metros quadrados o espaço destinado a expositores. “Teremos 600 empresas, como em edições anteriores, mas algumas que pediam agora terão espaços maiores para apresentar as suas novidades aos visitantes”, conforme o coordenador geral Rogério Rizzardi.

22 mil veículos

O empresário Assis Gurgacz cedeu uma área vizinha ao parque para a ampliação do novo estacionamento. Para a 38ª edição, a capacidade de recepção vai subir de 17 mil para 22 mil veículos. Em fevereiro passado, o estacionamento tinha capacidade para 400 ônibus, e em 2026 poderão ser recebidos e devidamente abrigados 700.

Uma nova passarela vai ligar o estacionamento ao novo portão principal do parque. A maior parte do trecho é elevada, passando sobre o antigo estacionamento. Além disso, outras duas lanchonetes serão implantadas no parque, bem como ampliado o número de estações no restaurante para que mais pessoas possam se servir simultaneamente. No Show Rural Coopavel, o acesso ao parque e o uso de vagas de estacionamento são gratuitos.

Fonte e Foto: Assessoria de Imprensa Coopavel

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Soja responde por 21% da movimentação e lidera exportações no Paraná

A soja em grão foi a commodity com maior volume movimentado nos portos paranaenses entre os meses de janeiro e outubro deste ano, de acordo com o relatório operacional da Portos do Paraná divulgado nesta segunda-feira (24). No acumulado, são 13.015.446 toneladas embarcadas, que representam, em valor FOB (valor do produto no ponto de embarque), US$ 5,2 bilhões. O volume corresponde a 21,2% de todas as cargas movimentadas em 2025 pelos portos paranaenses (61.213.363 toneladas).

O Brasil é o maior exportador do produto e o Paraná se destaca nessa movimentação. Ao todo, 91% da soja que sai de Paranaguá tem como destino o mercado chinês. “Estamos confiantes de que as movimentações de soja sigam em alta nos próximos meses”, afirmou o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

O mês de outubro apresentou um crescimento de 60% na movimentação da commodity em relação ao mesmo mês do ano anterior, passando de 508.876 toneladas em 2024 para 815.327 toneladas em 2025. Atualmente, 15 terminais podem movimentar soja em grão pelos portos paranaenses.

Entre os principais motivos do aumento da exportação de soja estão a produção recorde da safra brasileira e a alta demanda chinesa, que praticamente parou de importar o produto dos Estados Unidos após os embates tarifários.

Complexo soja

O Porto de Paranaguá tem a segunda maior movimentação de farelo de soja do Brasil, com 28% da exportação nacional. De janeiro a outubro deste ano, foram movimentadas 5.517.043 toneladas de farelo, que representam US$ 1,8 bilhão em valor FOB. O produto, utilizado na produção de ração animal, teve aumento de 3% em relação ao ano passado (5.333.259 toneladas). Países Baixos (Holanda), França, Espanha e Coreia do Sul foram os principais importadores.

Paranaguá segue como líder nacional na exportação de óleo de soja. Até o fim de outubro, o Porto foi responsável pelo envio de 63% de toda a produção nacional, destinada a países que totalizam mais de 860 mil toneladas. O óleo pode ser utilizado nas indústrias alimentícia, farmacêutica, química e têxtil, entre outras.

Mais carga menos tempo

O Porto de Paranaguá se prepara para aumentar ainda mais a capacidade de movimentação dentro do complexo soja. A construção do Moegão — a maior obra portuária pública do país em andamento — prevista para janeiro de 2026, vai possibilitar o aumento na recepção de grãos e farelos nos próximos anos.

O complexo vai centralizar o descarregamento ferroviário de granéis sólidos, conectando 11 terminais por um sistema de correias. A soja será uma das commodities mais beneficiadas com esse investimento.

Atualmente, cerca de 550 vagões podem ser descarregados diariamente nos terminais de exportação. Com o Moegão, esse processo será padronizado em um único ponto de descarga, aumentando para até 900 vagões por dia.

“Com a obra concluída, o Moegão poderá receber 24 milhões de toneladas de grãos e farelos por ano, atendendo aos terminais do Corredor de Exportação Leste e ampliando a produtividade, principalmente na exportação de soja”, afirmou o diretor de Operações Portuárias, Gabriel Vieira.

Outro projeto que começará a ser desenvolvido é a construção do Píer em ‘T’, que contará com quatro novos berços e um sistema de carregamento considerado o mais rápido do mundo. Os equipamentos atualmente em funcionamento conseguem levar três mil toneladas de grãos e farelos para os porões dos navios a cada hora. A nova estrutura terá condições de despejar até oito mil toneladas por hora dentro de uma embarcação.

O terceiro fator que vai ampliar ainda mais as exportações é o aprofundamento do canal de acesso, pois permitirá a atracação de navios maiores e com espaço para levar ainda mais produtos. Isso será possível com a concessão do Canal de Acesso ao Porto de Paranaguá, viabilizada por meio de leilão público na Bolsa de Valores do Brasil — B3.

O consórcio que venceu o certame terá que realizar todos os investimentos necessários em até cinco anos após assumir o contrato. Isso inclui o aumento do calado — que é o ponto mais profundo do navio até a superfície da água — passando dos atuais 13,3 metros para 15,5 metros em até cinco anos.

Os 2 metros e 20 centímetros de acréscimo no calado permitirão que um navio consiga carregar 14 mil toneladas de granéis vegetais sólidos a mais, sem custo adicional na operação.

Todas essas mudanças vão ampliar consideravelmente a competitividade do Porto de Paranaguá, que é um dos principais portos graneleiros do mundo. Outro acréscimo vantajoso será o aumento da segurança nas manobras dos navios e o tempo menor de operação, que reduz consideravelmente o custo do transporte das cargas que saem do Paraná.

Fonte e Foto: AEN

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Paraná eleva exportação de milho em 179%

O Paraná ampliou de forma significativa as exportações de milho entre janeiro e outubro, segundo o Boletim de Conjuntura Agropecuária divulgado na quarta-feira (19) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). De acordo com o documento, o estado exportou 3,55 milhões de toneladas, resultado que representa “alta de 179% quando comparada ao mesmo período de 2024”. A receita registrada chegou a 757,7 milhões de dólares, o equivalente a cerca de 4,16 bilhões de reais.

O boletim informa ainda que o preço da tonelada apresentou leve variação, passando de 210,58 dólares em 2024 para 213,43 dólares, uma elevação de 1,35%. Segundo a análise, o aumento do volume exportado está relacionado “a uma safra recorde no ciclo anterior e à opção do produtor por escoar primeiramente o milho”, apontado como produto de menor atratividade comercial em comparação com a soja.

O complexo soja — farelo, óleo e grão — apresentou redução de 10% nos embarques no mesmo período. O relatório destaca que foram exportadas 13,56 milhões de toneladas, com receita de 5,53 bilhões de dólares, aproximadamente 30,4 bilhões de reais. Apesar do recuo no total, o boletim registra que “o óleo de soja teve aumento de 18%”, enquanto o farelo subiu 2% e a soja em grão registrou queda de 15%.

Somadas as exportações de soja e milho, o Paraná contabilizou 17,1 milhões de toneladas embarcadas nos dez primeiros meses de 2025, alta de 4,1%. Os analistas apontam que, mesmo com a redução do volume de soja, houve incremento no escoamento de granéis devido à priorização do milho. A expectativa é de que, nos próximos três meses, “haja um embarque maior de soja para liberação dos armazéns”, já que a colheita da nova safra tem início em janeiro.

Fonte: Agrolink Foto: Divulgação

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Curitiba vai sediar 2º Encontro Paranaense de Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade no dia 2 de dezembro

O 2º Encontro Paranaense de Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade será promovido no dia 2 de dezembro, a partir das 8h30, no Campus da Indústria do Sistema Fiep, em Curitiba. A realização é do Sistema Fiep, em parceria com o Sistema Ocepar. Segundo os organizadores, o encontro é destinado a discutir tendências, desafios e oportunidades proporcionadas pela sustentabilidade no setor industrial.

A programação será dividida em cinco painéis que vão debater liderança, licenciamento ambiental, recursos hídricos, economia circular e mudanças climáticas. Entre os debatedores estarão representantes do Sistema OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) e de várias cooperativas agropecuárias paranaenses. No Paraná, o cooperativismo mantém cerca de 157 agroindústrias. São unidades que processam itens como grãos, lácteos, carnes, rações, entre outros, agregando valor às matérias-primas produzidas pelos produtores cooperados.

O evento vai encerrar com a cerimônia de entrega do Selo Clima Paraná, iniciativa do Governo do Estado que reconhece as boas práticas em ESG desenvolvidas pelas organizações paranaenses e, ainda, acompanha os resultados do monitoramento e medidas de mitigação de gases de efeito estufa. A programação completa e as inscrições estão disponíveis no site: https://epmais.org.br.

Serviço:

2º Encontro Paranaense de Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade

Data: 02 de dezembro de 2025

Hora: a partir das 8h30

Local: Curitiba | Campus da Indústria do Sistema Fiep – Av. Comendador Franco, 1341 – Jardim Botânico

Mais informações e inscrições:  https://epmais.org.br

Realização: Conselho Temático de Meio Ambiente e Sustentabilidade – Fiep

Correalização: Sistema Ocepar

Fonte: Sistema Ocepar

Entregas de fertilizantes crescem 2,7% em agosto, diz Anda

As entregas de fertilizantes ao mercado brasileiro somaram 5,25 milhões de toneladas em agosto de 2025, alta de 2,7% frente ao mesmo mês do ano anterior, quando foram comercializadas 5,11 milhões de toneladas, segundo a ANDA (Associação Nacional para a Difusão de Adubos). No acumulado de janeiro a agosto, as entregas atingiram 30,55 milhões de toneladas, crescimento de 9,3% em comparação a igual período de 2024, quando o total foi de 27,96 milhões de toneladas.

O Estado de Mato Grosso manteve a liderança no consumo, com participação de 22,3% do total nacional, o equivalente a 6,81 milhões de toneladas. Na sequência aparecem Paraná (4,12 milhões), São Paulo (3,28 milhões), Goiás (2,93 milhões), Rio Grande do Sul (2,78 milhões), Minas Gerais (2,65 milhões) e Bahia (2,04 milhões).

A produção nacional de fertilizantes intermediários encerrou agosto de 2025 em 699 mil toneladas, registrando crescimento de 7,1% em relação ao mesmo mês de 2024. No acumulado dos primeiros oito meses, o volume chegou a 4,86 milhões de toneladas, avanço de 6,7% em relação com as 4,55 milhões de toneladas no mesmo período de 2024.

As importações também seguiram em alta. Em agosto, entraram no País 4,60 milhões de toneladas, aumento de 6,5% sobre igual período do ano anterior. De janeiro a agosto, o total importado somou 27,58 milhões de toneladas, com expansão de 11,1% em relação as 24,83 milhões de toneladas no mesmo período de 2024.

O Porto de Paranaguá consolidou-se como principal ponto de entrada do insumo, foram importadas sete milhões de toneladas no período, crescimento de 11,4% frente a 2024 (6,36 milhões de toneladas). O terminal representou 25,7% do total de todos os portos (fonte: Siacesp/MDIC).

As informações são de assessoria de imprensa da Anda.

Fonte: Rodrigo Ramos Agência Safras News Foto: Divulgação

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Chuvas intensas colocam cinco estados em alerta

A semana começa com previsão de chuvas intensas para esta terça-feira (18), segundo informações do Meteored. A presença de uma área de baixa pressão entre regiões do Sul e Sudeste mantém o tempo instável e coloca cinco estados em alerta.

Durante a madrugada de terça-feira, o sistema de baixa pressão deve provocar chuvas fortes sobre municípios do leste do Paraná, norte de Santa Catarina e sul de São Paulo, reforçado por um canal de umidade que avança da América do Sul. O Meteored aponta que “em alguns pontos, há possibilidade de trovoadas nas primeiras horas da madrugada”. Os volumes previstos podem gerar transtornos ainda antes do amanhecer.

No período da manhã, as chuvas permanecem sobre os três estados, avançando para uma área maior de Santa Catarina e para uma faixa entre o sul paulista e a divisa com Minas Gerais, onde as precipitações tendem a ser de menor intensidade. Ao final da manhã, o sistema ganha força e se expande para outras áreas do Sudeste, incluindo o sul de Minas Gerais. A capital paulista deverá permanecer em estado de atenção, já que a previsão indica chuvas fortes na região metropolitana.

A instabilidade continuará ao longo da tarde. Segundo o Meteored, a atmosfera aquecida deve fornecer energia para a formação de novas áreas de instabilidade, enquanto a circulação atmosférica aumenta a umidade. As chuvas serão intensas em pontos do Sudeste, desde a Grande São Paulo até o norte do estado, além de municípios do oeste, sudoeste, sul e leste de Minas Gerais, bem como em grande parte do Rio de Janeiro. No Sul, o leste do Paraná e quase todo o território catarinense também terão chuvas fortes.

Os acumulados previstos entre segunda e terça-feira podem superar 90 mm em Curitiba e chegar a 104 mm em áreas próximas. Em Belo Horizonte, os volumes devem passar dos 50 mm. Em São Paulo e Rio de Janeiro, os acumulados serão menores, com 30 mm e 15 mm, respectivamente. No sul paulista, os volumes podem alcançar 80 mm no período. No Sul de Minas, são esperados registros superiores a 60 mm apenas nesta terça-feira, enquanto o Rio de Janeiro também deve receber volumes expressivos, sobretudo próximo à divisa com Minas Gerais.

O Meteored alerta que “grandes volumes de precipitação estão previstos nesta terça-feira”, o que aumenta o risco de alagamentos, transbordamentos de rios e deslizamentos de massa. A orientação é para que a população acompanhe os avisos emitidos pelas Defesas Civis estaduais e municipais.

Fonte: Agrolink/ Seane Lennon Foto: Pexels

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Brasil avança com exportação de milho e já embarcou mais da metade do total de novembro/24

As exportações brasileiras de milho em novembro estão com resultados acima dos registrados no mesmo período do ano passado. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o país embarcou 2.676.245,2 toneladas de milho não moído (exceto milho doce) até aqui no mês, o que já corresponde a 56% do volume total exportado em novembro de 2024, que foi de 4.726.353 toneladas.             

A média diária de embarques nestes 10 primeiros dias úteis do mês está em 267.624,5 toneladas, um avanço de 7,6% frente às 248.755,4 toneladas por dia útil registradas no ano passado.             

O analista de mercado da Royal Rural, Ronaldo Fernandes, avalia que, apesar de o Brasil projetar embarques elevados para 2025, a exportação não deve exercer grande influência sobre os preços, já que a oferta doméstica e a concorrência dos Estados Unidos limitam o avanço dos volumes. Ele destaca ainda que acordos internacionais firmados por vários países obrigam a compra de milho americano, reduzindo espaço para o cereal brasileiro em mercados estratégicos.

“Estamos falando de algo próximo a 40 milhões de toneladas, que é um nível alto, mas que ainda deixa um estoque de passagem elevado. Em 2026 vamos disputar mercado com uma produção gigantesca dos Estados Unidos, e vários países foram obrigados a comprar milho americano por causa dos acordos recentes. Por isso, a exportação não deve representar nada de muito diferente — nem para cima, nem para baixo — no fechamento de 2025.”

Fernandes explica que o perfil dos compradores também mudou e que o Brasil tem ampliado vendas justamente para países que não conseguem adquirir milho dos Estados Unidos, seja por questões diplomáticas ou de restrição comercial.

“Quem está comprando do Brasil hoje são países como Irã e Egito. O Irã, por exemplo, voltou a aparecer com força porque tem dificuldade de comprar dos Estados Unidos e mantém com o Brasil um sistema de troca que envolve até fertilizantes. Esses países que não têm opção acabam sendo nossos clientes naturais.”

No faturamento, o Brasil arrecadou US$585,968 milhões no acumulado até aqui do mês, contra US$ 981,576 milhões em todo o mês de novembro de 2024. A média diária de receita cresceu 13,4%, saindo de US$ 51,661 milhões para US$ 58,596 milhões por dia útil.             

Já o preço médio pago por tonelada cresceu 5,4% no período, indo de US$ 207,70 em novembro de 2024 para US$ 219,00 no décimo primeiro mês de 2025.

Fonte: Notícias Agrícolas Foto: Divulgação