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Vazio sanitário da soja terá escalonamento no Paraná

O vazio sanitário da soja no Paraná para o controle da ferrugem asiática não tem mais uma data única para todas as regiões, como acontecia até a última safra.

Com vistas a respeitar os diversos microclimas e períodos mais adequados para o plantio da oleaginosa, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) dividiu o Estado em três sub-regiões com datas diferentes para início do vazio e para a semeadura da soja.

Durante o vazio sanitário não é permitido cultivar, manter ou permitir a existência de plantas vivas de soja no campo, com o objetivo de que não se torne hospedeira do fungo (Phakopsora pachyrhizi) que provoca a doença.

Devido à severidade do ataque, disseminação, custos de controle e o potencial de redução de produtividade da lavoura, a ferrugem asiática é considerada a principal doença da cultura.

Os produtores que não fazem a erradicação das plantas vivas de soja durante o período do vazio sanitário são fiscalizados e multados pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar).

Segundo o gerente de Sanidade Vegetal da Adapar, Renato Rezende Young Blood, é importante que todos os agricultores adotem esse cuidado em suas propriedades.

A Portaria nº 1.111, de 13 de maio de 2024, da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério, estabeleceu as normas para o período.

Ela foi elaborada com a colaboração de entidades representativas da agropecuária nos estados, como explica o coordenador da área de Prevenção e Controle de Pragas em Cultivos Agrícolas e Florestais da Adapar, Marcílio Martins Araújo.

Na Região 1, na qual estão os municípios do Sul, Leste, Campos Gerais e Litoral paranaense, não é permitida nenhuma planta de soja no solo entre os dias 21 de junho e 19 de setembro. A semeadura poderá ser feita no período de 20 de setembro de 2024 a 18 de janeiro de 2025.

A Região 2, que compreende a maioria dos municípios, particularmente os localizados no Norte, Noroeste, Centro-Oeste e Oeste, tem o vazio sanitário iniciado mais cedo. Ele começa em 2 de junho e se estende até 31 de agosto. O plantio está liberado a partir de 1º de setembro de 2024 e termina em 30 de dezembro.

Já a Região 3, com os municípios do Sudoeste do Estado, tem o vazio sanitário determinado para iniciar em 22 de junho, estendendo-se até 20 de setembro. A data de plantio foi definida entre 21 de setembro e 19 de janeiro de 2025.

Ouça

Fonte: Bandnews/Mario Santiago Foto: Gilson Abreu/AEN

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Produtores Rurais: Prazo para Declaração do Imposto de Renda encerra em 31 de maio

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) chama a atenção dos produtores rurais para o encerramento do prazo de entrega da Declaração do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) até o dia 31 de maio. O órgão destaca as mudanças e orienta sobre os critérios de obrigatoriedade definidos para o ano-base 2023.

Novas Regras e Obrigatoriedades

Este ano, a declaração do IRPF traz avanços significativos na prestação de contas ao Fisco, com a expectativa de recebimento de aproximadamente 43 milhões de declarações. José Zeferino Pedrozo, presidente do Sistema Faesc/Senar e vice-presidente de finanças da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), destaca a importância de os produtores estarem atentos às mudanças e ao cronograma de restituições.

Segundo as normas, devem apresentar a Declaração de Ajuste Anual referente ao exercício de 2024 os produtores rurais que obtiveram receita bruta superior a R$ 153.199,50 em 2023, ou que pretendam compensar prejuízos de anos anteriores. Além disso, aqueles que tinham posse ou propriedade de bens superiores a R$ 800.000,00 em 31 de dezembro de 2023 também são obrigados a declarar.

Atualizações para 2024

Entre as novidades para este ano, destacam-se os limites atualizados para entrega da declaração. O limite para rendimentos tributáveis subiu para R$ 30.639,90, enquanto o teto para rendimentos isentos e não tributáveis passou para R$ 200 mil. Também houve aumento no limite para obrigatoriedade de bens, elevado para R$ 800 mil.

Declaração pré-preenchida e outras mudanças

A declaração pré-preenchida, agora acessível para 75% dos declarantes, é uma das facilidades oferecidas para agilizar o processo e reduzir erros. Outras alterações importantes incluem a atualização dos limites de doações, a nova abordagem para investimentos no exterior e o cronograma de restituições, que contempla cinco lotes distribuídos de maio a setembro.

Compromisso com eficiência e justiça

O cronograma de restituições prioriza grupos específicos, como idosos, deficientes, portadores de moléstias graves e professores, além dos que optaram pela declaração pré-preenchida ou pela restituição via PIX. A ordem de prioridade leva em conta critérios como idade, saúde, profissão e modalidade de declaração, garantindo uma experiência eficiente e justa para todos os contribuintes.

Com as mudanças e orientações fornecidas pela Faesc, os produtores rurais podem se preparar adequadamente para cumprir suas obrigações fiscais e aproveitar os benefícios oferecidos pelo novo cenário do Imposto de Renda de Pessoa Física em 2024.

Fonte e Foto: Portal do Agronegócio

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Ajustes na área de milho e soja resultam em uma produção de 295,45 milhões de toneladas na safra 2023/2024

A área semeada para a soja na safra 2023/2024 teve um ajuste a partir da identificação de novas áreas de cultivo no Maranhão, Goiás, Pará, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. O mesmo foi verificado para o milho 2ª safra. As informações estão no 8º Levantamento da Safra de Grãos 2023/2024 divulgado nesta terça-feira (14) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Diante disso, a estimativa para a produção nesta temporada está em 295,45 milhões de toneladas de grãos. No entanto, as fortes chuvas registradas no Rio Grande do Sul trarão impactos negativos para o resultado final do atual ciclo.

“Não é possível ainda ter precisão nas perdas para o setor no estado. Os níveis de água estão elevados e o acesso às propriedades é difícil, impossibilitando que se faça uma avaliação mais detalhada. E vale ressaltar que neste primeiro momento a preocupação é com as vidas e com a garantia do abastecimento, fazer com que as pessoas atingidas pelas chuvas tenham o direito ao básico, como a alimentação”, reforça o presidente da Companhia, Edegar Pretto

Atualmente, a produção para o arroz está estimada em 10,495 milhões de toneladas. Porém, as frequentes e volumosas chuvas registradas no Rio Grande do Sul, principal produtor do grão no país, resultarão em perdas nas lavouras da cultura no estado. Os prejuízos ainda estão sendo mensurados, mas pelo menos 8% da área gaúcha para a cultura registrará perdas devido às volumosas chuvas. Nos demais estados, a colheita avança favorecida pela estabilidade climática. Até o dia 5 deste mês cerca de 80,7% da área semeada em todo país já estava colhida. A qualidade dos grãos colhidos é satisfatória, com bons rendimentos também na quantidade de grãos inteiros.

Para o feijão, as atenções se voltam para a segunda safra da leguminosa. Com a área toda semeada, as lavouras vêm apresentando um bom desenvolvimento. No Paraná, as chuvas foram irregulares nas principais regiões produtoras nas últimas semanas, mas, de acordo com as avaliações dos técnicos da Conab, é perceptível que as condições climáticas gerais estão melhores que no início do ciclo, beneficiando as lavouras mais tardias e devendo elevar a média produtiva da cultura em comparação à temporada anterior. Já em Minas Gerais foi verificado um leve incremento de área plantada em relação ao ano passado. As condições gerais das lavouras mineiras são consideradas boas, com a umidade do solo sendo favorável ao desenvolvimento da cultura. Somando as três safras do grão, a produção nacional deverá atingir 3,32 milhões de toneladas, volume 9,5% superior à produção de 2022/23.

O levantamento da Companhia também estima uma colheita de milho em 111,64 milhões de toneladas, redução de 15,4% se comparada com a temporada passada. A primeira safra do cereal teve, na maioria dos estados produtores, produtividades inferiores às obtidas no último ciclo, influenciadas por condições climáticas adversas ocorridas. Na segunda safra do grão, as condições não são uniformes. Em Mato Grosso, a maioria das lavouras encontram-se em enchimento de grãos, com bom desenvolvimento e boa reserva hídrica no solo. Porém, em Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais e parte do Paraná, a redução das precipitações em abril provocou sintomas de estresse hídrico em diversas áreas.

Em virtude dos ajustes de área e produtividade, neste levantamento, caso a condição de catástrofe climática não tivesse ocorrido no Rio Grande do Sul, a produção brasileira de soja, estimada nesse levantamento, seria superior a 148,4 milhões de toneladas. No entanto, a estimativa atualizada de produção da oleaginosa é de 147,68 milhões de toneladas, redução de 4,5% sobre a safra anterior. Com a atualização realizada, área total cultivada na safra 2023/24 é de 45,7 milhões de hectares, 3,8% superior ao semeado na safra passada. Porém, as produtividades foram inferiores às da safra passada em quase todo o país, reflexo das condições climáticas adversas ocorridas durante a implantação e desenvolvimento da cultura, com falta e excesso de precipitações em épocas importantes no desenvolvimento da cultura.

Já para o algodão, é esperado um crescimento de 16,7% na área cultivada, explicado, principalmente, pelas boas perspectivas de mercado. As condições climáticas continuam favorecendo as lavouras, predominando os estágios de floração e formação de maçãs. Com isso, a produção da pluma deve atingir 3,64 milhões de toneladas, recorde na série histórica da Conab.

No caso das culturas de inverno, a semeadura do trigo já teve início nos estados do Centro-Oeste e Sudeste e no Paraná. No Rio Grande do Sul, em face dos altos índices pluviométricos que vêm ocorrendo no estado, o plantio da cultura deverá iniciar com um certo atraso nas regiões mais quentes do estado (Alto Uruguai e região das Missões), que também são as responsáveis pelo maior plantio da cultura.

Mercado

Neste levantamento, a Conab fez ajustes no quadro de suprimento de arroz. Estima-se uma expansão do consumo nacional do grão para 11 milhões de toneladas na safra 2023/24. Essa revisão foi realizada com base no provável cenário de políticas públicas de incentivo à ampliação de consumo de arroz ao longo de 2024. As importações do grão foram aumentadas e agora estão projetadas em 2,2 milhões de toneladas, enquanto as exportações tiveram leve redução e podem atingir 1,2 milhão de toneladas. No entanto, essas estimativas serão atualizadas à medida que os impactos das fortes chuvas no Rio Grande do Sul forem mensurados, uma vez que os dados ainda são preliminares, dada a dificuldade de acesso às regiões afetadas. A redução deverá acontecer tanto no produto a ser colhido, quanto no grão já estocado em áreas inundadas.

Para a soja, a revisão na área cultivada permitiu um leve aumento na produção em relação ao último levantamento, o que possibilita uma estimativa de exportações em 92,5 milhões de toneladas. Mas, assim como no caso do arroz, a projeção tende a ser revisada à medida que os impactos das chuvas no estado gaúcho forem dimensionados. No entanto, a produção brasileira atende o abastecimento interno, devendo as vendas ao mercado internacional serem impactadas.

Outras informações sobre o cultivo e as condições de mercado sobre as principais culturas cultivadas no país podem ser encontradas no 8º Levantamento da Safra de Grãos 2023/2024, publicado no site da Conab.

Fonte: Conab Foto: Divulgação

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Exportações brasileiras de arroz alcançam 123 mil toneladas

As exportações de arroz brasileiro ultrapassaram a marca de 100 mil toneladas mensais pela primeira vez em 2024, atingindo 123 mil toneladas em abril. A receita gerada foi de US$ 43,6 milhões, conforme dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria do arroz (Abiarroz), com base nas informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Apesar do desempenho em abril, houve uma redução de 9,9% no volume exportado em comparação ao mesmo mês de 2023, quando foram exportadas 136,6 mil toneladas. Em termos de valor, a queda foi de 6,4%, passando de US$ 46,4 milhões em abril de 2023 para US$ 43,6 milhões em abril deste ano.

As exportações de arroz beneficiado somaram 119 mil toneladas em abril, gerando uma receita de US$ 41,6 milhões. Este segmento representou 96% do total das exportações de arroz no mês.

Segundo dados da Abiarroz, os principais destinos do arroz brasileiro em abril foram países como Gâmbia, Senegal, Serra Leoa, Países Baixos, Peru, Costa Rica, Estados Unidos, Trinidad e Tobago, Cuba e Venezuela.

No acumulado dos primeiros quatro meses de 2024, o Brasil exportou 390,7 mil toneladas de arroz, gerando uma receita de US$ 147,6 milhões. Comparado ao mesmo período de 2023, houve uma queda de 21% no volume e de 12% no valor, quando as exportações somaram 491,9 mil toneladas e US$ 167,5 milhões, respectivamente.

Fonte: Agrolink/Aline Merladete Foto: Divulgação

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Ibrafe: Vem o índice de Feijão CNA/CEPEA

Está confirmado e já em andamento o estudo conjunto da CNA e do Cepea, com o apoio das federações e sindicatos que irá criar uma referência oficial para preço de Feijão. Atualmente, o grupo está na fase de coleta de informações sobre o mercado de Feijão. Após o Paraná, foi a vez de São Paulo receber a equipe responsável pela coleta de dados.

O objetivo é construir indicadores de preços do Feijão. Segundo Tiago Pereira, assessor técnico da CNA, os produtores relataram a falta de informações precisas sobre a cultura, contribuindo para a especulação no mercado. “Eles expressaram concordância quanto à necessidade de um acompanhamento mais detalhado do mercado para embasar suas decisões, e o indicador seria importante para essa finalidade”, disse.

“Essa primeira fase do projeto visa não apenas coletar dados sobre a produção, mas também estabelecer um sistema de monitoramento contínuo, com o apoio das federações e sindicatos rurais da região, para fornecer informações aos produtores”, ressaltou Pereira.

Fonte: Ibrafe Foto: Divulgação

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Zarc da soja é publicado

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou, nesta segunda-feira (13), as Portarias que aprovam o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) para a cultura da soja, ano-safra 2024/2025, nos estados do Rio de Janeiro, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Maranhão, Piauí, Acre, Pará, Rondônia, Tocantins, Minas Gerias, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e no Distrito Federal.  

O zoneamento tem o objetivo de reduzir os riscos relacionados aos problemas climáticos e permite ao produtor identificar a melhor época para plantar, levando em conta a região do país, a cultura e os diferentes tipos de solos.

No caso da soja, foram definidas as áreas e os períodos de semeadura, simulando probabilidades de perdas de rendimento inferiores a 20%, 30% e 40%, devido à ocorrência de eventos meteorológicos adversos, contribuindo para a expansão das áreas agrícolas, redução das perdas de produtividade e estabilidade da produção.

Como o ZARC está direcionado ao plantio de sequeiro, as lavouras irrigadas não estão restritas aos períodos de plantio indicados nas Portarias para sequeiro. Neste caso, o produtor deve observar as indicações do ZARC específico para a cultura irrigada, quando houver ou da Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) de seu estado para as condições locais de cada agroecossistema. 

Ainda, visando a prevenção e controle da ferrugem asiática, devem ser observadas as determinações relativas ao vazio sanitário e ao calendário de plantio, definidos pela Secretaria de Defesa Agropecuária, do Mapa. 

Os agricultores que seguem as recomendações do Zarc estão menos sujeitos aos riscos climáticos e podem ser beneficiados pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e pelo Programa de Subvenção ao prêmio do Seguro Rural (PSR). Muitos agentes financeiros só liberam o crédito rural para cultivos em áreas zoneadas.

Fonte: MAPA Foto: United Soybean Board

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Alerta Geada começa nesta terça-feira para apoiar produtores rurais na prevenção de perdas agrícolas

Para apoiar os produtores rurais na prevenção e redução de perdas agrícolas, tem início nesta terça-feira (14) o serviço Alerta Geada, mantido pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) em conjunto com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar).

As previsões de geadas são divulgadas com três dias de antecedência e confirmadas por boletins até 24 antes das ocorrências. Os avisos são amplamente difundidos por uma rede formada por órgãos públicos estaduais, prefeituras, cooperativas, associações rurais, técnicos e profissionais de agronomia, entidades comunitárias e veículos de comunicação. Além da agricultura, são beneficiados outros setores da economia como turismo, comércio e construção civil.

“O risco de geada configura-se com a aproximação de uma intensa massa de ar frio e seco em contexto de céu claro ou com poucas nuvens noturnas e vento calmo”, explica o meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib. O fenômeno ocorre com força suficiente para provocar queda expressiva da temperatura do ar até abaixo de zero grau no solo, causando a formação de gelo sobre plantas e objetos expostos ao relento. A geada negra caracteriza-se por ventos fortes constantes em temperatura muito baixa, condição que causa a morte do tecido vegetal das plantas sem formação de gelo nas superfícies.

No Paraná as geadas costumam ocorrer em junho, julho e agosto quando intensas ondas de ar frio atingem todas as regiões, com mais frequência no Sudoeste, Sul, Centro, Região Metropolitana de Curitiba e Campos Gerais. “Contudo, devido à influência do fenômeno climático La Niña no inverno e na primavera deste ano, são esperados anticiclones frios tardios também em setembro e outubro, com potencial para provocarem geadas nas regiões onde habitualmente são registradas as temperaturas mais baixas”, afirma Kneib.

Confiabilidade

Lançado há 29 anos, o serviço Alerta Geada apresenta alto grau de confiabilidade. Para fazer a previsão duas vezes ao dia, o Simepar monitora as condições do tempo com base em dados de temperaturas, pressão atmosférica, ventos e umidade do ar coletados por estações telemétricas em superfície. Também são observadas imagens provenientes de satélites.

Tomando por base o histórico climatológico do Estado, é analisado um campo meteorológico em ampla escala, com dados nacionais e internacionais integrados. Um mapa de probabilidade classifica a geada como fraca, moderada ou forte. Em seguida, a equipe de agrometeorologia do IDR-Paraná interpreta as informações e divulga o alerta, com recomendações para proteção das lavouras. Se as condições para formação de geada persistirem, um aviso de ratificação é lançado até 24 horas antes da ocorrência. A qualidade do serviço é continuamente aperfeiçoada por meio de pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica.

Canais

O Alerta Geada está disponível gratuitamente nos seguintes canais: aplicativo IDR Clima, telefone (43) 3391-4500, páginas do IDR-Paraná e Simepar. No site do Simepar também estão disponíveis informações atualizadas sobre as condições do tempo no quadro Palavra do Meteorologista, bem como a previsão para até 15 dias por município e região do Paraná. Podem ser visualizadas imagens de satélite, radar, raios, modelo numérico e telemetria (temperaturas e chuvas). Além disso, o podcast Simepar Informa é postado diariamente no Spotify e distribuído aos veículos de comunicação social.

Fonte: AEN Foto: Ana Tigrinho

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Nota Fiscal Eletrônica é adiada para janeiro de 2025

Enchentes no Rio Grande do Sul provocam interrupção de operações na Sefaz-RS e aplicativo Nota Fiscal Fácil está inoperante

O prazo para adesão à Nota Fiscal de Produtor Eletrônica (NFP-e) em transações estaduais que envolvam a circulação de mercadorias foi prorrogado para 2 de janeiro de 2025. O adiamento ocorre em decorrência das enchentes que atingem o Rio Grande do Sul e, até o momento, afetam mais de 1,4 milhão de pessoas. A medida foi aprovada no dia 7 de maio, pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), com efeitos retroativos a 1º de maio.

O aplicativo Nota Fiscal Fácil (NFF), ferramenta implantada pela Receita Estadual para facilitar a emissão de documentos fiscais eletrônicos, foi desenvolvido pelo Rio Grande do Sul e, devido às enchentes, foi temporariamente desativado. Um dos data centers da Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul (Sefaz-RS) também teve seus serviços interrompidos.

Além disso, a situação de calamidade pública do Estado comprometeu a capacidade dos produtores rurais gaúchos em aderir ao novo sistema nos prazos inicialmente estabelecidos.

Treinamentos

Para auxiliar os produtores rurais do Paraná nessa transição para o uso da Nota Fiscal de Produtor Eletrônica (NFP-e), a Sistema FAEP/SENAR-PR, em parceria com técnicos da Receita Estadual, elaborou um treinamento online voltado a emissão da NFP-e, que compreende diversos materiais como manuais, guias práticos de como utilizar as ferramentas da Receita Estadual e aulas em vídeo para orientar os produtores rurais a emitirem a NF-e corretamente.

Fonte: FAEP Foto: Divulgação

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Exportações brasileiras de milho sofrem redução comparada a 2023

Segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) nesta segunda-feira (13), o volume diário de milho não moído exportado pelo Brasil nos primeiros sete dias de maio de 2024 ficou 21% abaixo do registrado no mesmo período de 2023.

Detalhes dos Embarques

Os embarques diários nos primeiros sete dias de maio de 2024 totalizaram 96.649,5 toneladas, representando 25,11% do volume total exportado no mesmo mês do ano anterior, que alcançou 384.884,8 toneladas.

A média diária de embarques até a segunda semana de maio de 2024 foi de 13.807,1 toneladas, uma queda de 21,1% em comparação com a média diária de abril do ano anterior, que foi de 17.494,8 toneladas.

Perspectivas para as Exportações

O analista da Céleres Consultoria, Anderson Galvão, projeta que as exportações brasileiras de milho permanecerão abaixo do registrado no ano passado, principalmente devido à redução na perspectiva de produção para 2024 em comparação com 2023. Galvão ressalta que, apesar da expectativa de um volume menor, o Brasil ainda exportará um volume expressivo, estimado entre 45 e 46 milhões de toneladas neste ano.

Impacto Financeiro

Quanto ao faturamento, o Brasil arrecadou um total de US$ 20,228 milhões até a segunda semana de maio de 2024, em comparação com os US$ 127,443 milhões de todo o mês de maio do ano anterior. Isso representa uma média diária de US$ 2,889 milhões neste ano, uma queda de 50,1% em relação à média diária de US$ 5,792 milhões em maio de 2023.

O preço médio pago pela tonelada de milho brasileiro também apresentou uma redução significativa, caindo de US$ 331,10 em maio de 2023 para US$ 209,30 nas primeiras semanas de maio de 2024, uma queda de 36,8%.

Fonte: Portal do Agronegócio Foto: Divulgação

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Exportações brasileiras de café atingem recorde em abril e no quadrimestre

O Brasil exportou 4,222 milhões de sacas de café de 60 kg em abril de 2024, um recorde para o mês e um aumento de 53,3% em relação a abril de 2023.

O desempenho também rendeu a maior receita cambial da história para qualquer mês, alcançando US$ 935,3 milhões, um aumento de 52,6% na comparação anual.

No acumulado do ano safra 2023/24 (até abril), as exportações brasileiras de café totalizam 39,256 milhões de sacas, um aumento de 28,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Em receita, a alta é de 13,3%, chegando a US$ 7,939 bilhões.

As exportações brasileiras de café no primeiro quadrimestre de 2024 também bateram recorde, alcançando 16,242 milhões de sacas, 45,6% acima do mesmo período em 2023.

A receita com as exportações no quadrimestre foi de US$ 3,444 bilhões, a maior da história para esse período, superando o recorde anterior de US$ 3,206 bilhões de janeiro a abril de 2022. As informações são do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

Canéfora puxa os números

Esse forte desempenho é impulsionado principalmente pelo café canéfora (conilon e robusta), que também bate recorde no ano.

Segundo o presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, a recuperação da colheita em 2023 permitiu que os embarques de arábica tivessem volumes consideráveis e, principalmente, que os de conilon e robusta apresentassem performances históricas.

Arábica: 12,469 milhões de sacas (76,77% do total, alta de 31,3% no comparativo anual).

Canéfora: 2,559 milhões de sacas (destaque do período, com alta de 548% em relação ao primeiro quadrimestre de 2023 e representatividade atual de 15,75% do total).

Solúvel: 1,203 milhão de sacas (queda de 3,3% e 7,41% do total).

Torrado e torrado e moído: 11.136 sacas (queda de 26,5% e 0,07% do total).

Ferreira também destaca que o cenário internacional do mercado, com menor disponibilidade de café robusta indonésio e vietnamita, abriu espaço para o café brasileiro.

“Outros países produtores inclusive vêm importando cafés brasileiros para atenderem seus compromissos de consumo e reexportação, como México, Colômbia, Vietnã e Indonésia”, afirma.

Atrasos nos portos continuam sendo um desafio

Apesar dos recordes, os exportadores brasileiros continuam enfrentando desafios logísticos, com altos índices de atrasos nos portos e falta de espaço nos navios, principalmente no Porto de Santos.

“Os exportadores brasileiros seguem enfrentando intensos desafios logísticos, com o alto índice de atrasos de navios e a falta de espaços, que incorrem em ineficiências, principalmente no Porto de Santos”, ressalta Eduardo Heron, diretor técnico do Cecafé.

Principais destinos do café brasileiro

Os 10 principais compradores de café do Brasil aumentaram suas importações nos primeiros quatro meses deste ano. Os Estados Unidos lideram o ranking, com 2,669 milhões de sacas (aumento de 29,4% em relação ao primeiro quadrimestre de 2023), seguidos por Alemanha (2,352 milhões de sacas e alta de 64,4%), Bélgica (1,671 milhão de sacas e alta de 199,5%), Itália (1,314 milhão de sacas e alta de 42,1%) e Japão (813.817 sacas e alta de 26,3%).

Fonte: Canal Rural/Gabriel Azevedo Foto: Divulgação