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Soja sobe nos principais estados

Os preços da soja estão em alta no Rio Grande do Sul, mas os negócios quase não acontecem, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “R$ 141,50 para entrega em outubro, e pagamento 30/10, no Porto. No interior os preços seguiram o balizamento de cada praça. R$ 134,00 Cruz Alta – Pagamento em 30/10. R$ 134,00 Passo Fundo – Pagamento em 30/10. R$ 133,00 Ijuí – Pagamento em 30/10. R$ 132,00 Santa Rosa / São Luiz – Pagamento em 30/10. Preços de pedra, em Panambi, caíram para R$ 121,00 a saca, para o produtor”, comenta.

Em Santa Catarina os preços subiram. “A menor oferta interna do produto e clima/estiagem no início da safra 2024/25 no Centro oeste influem nas cotações no período. Preços de ontem: O preço no porto foi de R$ 141,00, Chapecó a R$ 120,00”, completa.

No Paraná o plantio da soja está em 41%. “No porto, em Paranaguá, comprador oferecia R$ 140/saca CIF, e o vendedor pedia R$ 146. No interior, o mercado de soja permaneceu estável, com pouca liquidez. No spot, propostas de compra variavam entre R$ 135 e R$ 137/ saca FOB, com embarque em outubro e pagamento em novembro, e vendedor pedia acima de R$ 140. No balcão, os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 132,50”, indica.

No Mato Grosso os preços subiram. “O preço da soja no spot subiu nesta quarta-feira, para R$ 141 por saca FOB em Dourados, com embarque e pagamento em novembro, representando um aumento de R$ 2 em relação ao início da semana, com poucos volumes negociados. Preços do dia: Dourados R$ 135,50. Campo Grande: R$ 135,00. Maracaju: R$ 135,50. Chapadão do Sul: R$ 132,00. Sidrolândia: R$ 133,50”, informa.

Em Sinop, no Mato Grosso, não houve negociações nesta quarta-feira. “Compradores indicaram R$ 131 por saca FOB, com embarque em outubro e pagamento em novembro, enquanto os vendedores se mantiveram ausentes. Campo Verde: R$ 134,00, Lucas do Rio Verde: R$ 131,00. Nova Mutum: R$ 131,50. Primavera do Leste: R$ 134,50. Rondonópolis: R$ 137,00. Sorriso: R$ 130,50”, conclui.

Fonte: Agrolink – Leonardo Gottems Foto: Divulgação

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Primeira estimativa para safra de grãos 2024/25 indica produção de 322,47 milhões de toneladas

A primeira estimativa para a safra de grãos na temporada 2024/2025, realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), aponta para uma produção de 322,47 milhões de toneladas. O volume representa um crescimento de 8,3% ao obtido em 2023/24, ou seja, 24,62 milhões de toneladas a serem colhidas a mais que no ciclo anterior, estabelecendo um novo recorde na série histórica caso o resultado se confirme ao final do ano agrícola. Para a área, estima-se crescimento de 1,9% sobre a safra anterior, passando para 81,34 milhões de hectares. Os dados foram divulgados pela Companhia, nesta terça-feira (15), durante o anúncio do 1º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25.

Neste ciclo, o arroz deverá apresentar novo crescimento de 9,9% na área semeada. A alta é verificada em todas as regiões do país, com destaque para o Centro-Oeste e o Sudeste, onde o incremento chega a 33,5% e 16,9% respectivamente. Só em Mato Grosso, os produtores irão destinar mais de 133 mil hectares para o cultivo do grão, com uma elevação de 39,3% quando comparada com a área registrada na temporada de 2023/24. Em Goiás esse aumento chega a 24%, índice pouco menor que o registrado em Minas Gerais, onde se verifica uma alta de 25,1%. O Sul, principal região produtora de arroz no país, também tende a registrar uma maior área cultivada, chegando a cerca de 1,16 milhão de hectares. Esse cenário influencia na expectativa de maior produção, com a colheita sendo estimada em aproximadamente 12 milhões de toneladas, recuperando o volume obtido na safra 2017/2018.

“Com esses números, a previsão é de que o Brasil volte ao patamar das maiores safras de arroz da sua história. Isso é o resultado do trabalho dos nossos produtores, em parceria com o governo federal, que voltou a elaborar políticas públicas para todo o campo agrícola brasileiro, contemplando pequenos, médios e grandes produtores”, reforça o presidente da Conab, Edegar Pretto.

Para o feijão, a Conab também espera um ligeiro aumento na área semeada, saindo de 2,86 milhões de hectares em 2023/24 para 2,88 milhões de hectares no atual ciclo. Cultivado ao longo do ano, a maior elevação é esperada para a área semeada na primeira safra da leguminosa, com uma alta de 2,3%, sendo estimada em 881,3 mil hectares, resultando em uma produção de 947,3 mil toneladas. Já a expectativa de produção total do grão no país, somando-se os três ciclos cultivados, é de 3,26 milhões de toneladas, 0,5% acima da safra anterior.

No caso da soja, os produtores também devem destinar uma maior área para a cultura, com elevação de 2,8% quando comparada com a temporada passada. No entanto, o percentual de crescimento de área da oleaginosa está arrefecido nesta safra, sendo este o terceiro menor percentual de incremento registrado desde o ciclo 2009/2010. O atraso do início das chuvas, sobretudo nos estados da região Centro-Oeste, vem atrapalhando os trabalhos de preparo do solo e do plantio. Ainda assim, a produção está estimada em 166,05 milhões de toneladas.

Para o milho, a Conab projeta uma recuperação de 3,5% na safra, sendo estimada uma colheita total em torno de 119,74 milhões de toneladas, com uma área se mantendo em 21 milhões de hectares. Na primeira safra do cereal, tanto a produção como a área cultivada a expectativa é de redução de 1,1% e 5,4% respectivamente, passando para 3,76 milhões de hectares semeados, com a produção estimada em 22,72 milhões de toneladas. No caso do algodão, a primeira previsão indica crescimento de 2,9% na área a ser semeada, para um total de 2 milhões de hectares, e produção de pluma em 3,67 milhões de toneladas.

Culturas de inverno

A primeira expectativa de produção acima de 12 milhões de toneladas para as culturas de inverno não se confirmou, influenciada principalmente pelas condições climáticas registradas nas regiões produtoras. O trigo, principal cultura dentre os cultivos de inverno, teve a previsão de safra reduzida para 8,26 milhões de toneladas neste levantamento. Problemas no clima durante todo o ciclo, sobretudo no Paraná, como estiagem no início, a falta de clima frio predominante, ocorrência de dois períodos de geadas em agosto e de doenças justificam tal redução. No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina o cenário é mais positivo.

Mercado

Com a perspectiva de maior disponibilidade interna de arroz, os preços do produto no mercado interno devem seguir um comportamento de arrefecimento, mas, mesmo com a possível queda, deve-se manter a rentabilidade ao produtor. A alta na produção também possibilita tanto uma elevação nas exportações do grão, que podem chegar a 2 milhões de toneladas, como um aumento nos estoques de passagem ao final da safra 2024/25, estimada em aproximadamente 840 mil toneladas.

Para o milho, as atenções se voltam para a safra de verão do cereal cultivado na América Latina. Brasil e Argentina, os principais produtores do grão na região, devem reduzir a área destinada para a cultura neste primeiro momento, e essa menor oferta sul-americana pode refletir em uma recuperação nos preços no mercado externo. Apesar da redução na primeira safra do cereal, a Conab prevê uma produção total de milho em 119,7 milhões de toneladas, um acréscimo esperado de 3,5%, comparada ao ciclo anterior. As exportações estão projetadas em 34 milhões de toneladas no ciclo 2024/2025 e a demanda no mercado interno pelo grão deverá se manter aquecida, devido ao bom desempenho do mercado exportador de proteína animal e pela produção de etanol.

Já para a soja, as exportações para 2025 estão projetadas em 105,54 milhões de toneladas do grão, com base no aumento da produção e da demanda mundial, especialmente da China. Os estoques finais estão estimados em 4,16 milhões de toneladas. No caso do trigo, os danos causados pelas adversidades climáticas no Paraná influenciam na valorização dos preços do cereal no mercado doméstico. O clima adverso em outras importantes regiões produtoras no mundo, bem como os conflitos geopolíticos enfrentados também foram fatores para a alta nas cotações verificada pela Companhia.

As informações completas sobre o 1° Levantamento da Safra de Grãos 2024/25 e as condições de mercado destes produtos podem ser conferidos no Portal da Conab.

Fonte: Conab Foto: AEN/Ari Dias

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PIB do Agronegócio acumula recuo de 3,5% em 2024; veja segmentos mais impactados

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro recuou 1,28% no segundo trimestre de 2024, acumulando queda de 3,5% no ano.

O cálculo foi feito pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Entre os segmentos do setor, quando se compara os dois primeiros trimestres de 2024, o PIB registrou queda nos seguintes fatores:

Insumos (-2,68%)

Segmento primário (-1,77%)

Agrosserviços (-1,15%)

Agroindústrias (-0,62%)

Impactos no PIB do agro

A análise do Cepea e da CNA mostrou que os desempenhos dos segmentos foram impactados pela redução do valor bruto da produção, pressionado, sobretudo, pelas quedas nos preços e, em alguns casos, pela menor produção esperada para o ano, como ocorreu com os insumos agrícolas e com o primário agrícola.

Por fim, os resultados negativos dos agrosserviços (-2,74%) no primeiro semestre de 2024 decorreu da redução para os agrosserviços de base agrícola (-5,39%), visto o crescimento para os de base pecuária (3,78%).

De acordo com a publicação, no ramo agrícola, a queda acumulada no semestre reflete os comportamentos dos demais segmentos, especialmente dos insumos e do primário. No ramo pecuário, o crescimento no acumulado no semestre (3,78%) decorreu da maior produção esperada para o ano dos segmentos a montante, dentro e fora da porteira.

Valores monetários anuais

Ao se considerar os desempenhos do agronegócio, seus ramos e seus segmentos nos dois primeiros trimestres, o PIB do agronegócio brasileiro pode alcançar R$ 2,50 trilhões em 2024, sendo 1,74 trilhão no ramo agrícola e 759,82 bilhões no ramo pecuário (a preços do segundo trimestre de 2024).

Fonte e Foto: Canal Rural

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Ibrafe: Produção de Feijão-carioca cairá no início de 2025

Sempre precisamos ler além das manchetes da imprensa sobre tudo quando se trata de estimativas de safra. Segundo a foi noticiado esta semana, vai ter mais Feijão no ano que vem:

“Para o Feijão, a Conab também espera um ligeiro aumento na área semeada (+0,8%), saindo de 2,86 milhões de hectares em 2023/24 para 2,88 milhões de hectares no atual ciclo. Já a expectativa de produção total do grão no país, somando-se os três ciclos cultivados, é de 3,26 milhões de toneladas, 0,5% acima da safra anterior.”

Mas cuidado. Dependemos não do total da safra, mas sim da produção de cada variedade de Feijão ao logo do ano. Se houver uma boa terceira safra não mudará o preço que o consumidor pagará no inicio do ano. Principalmente porque teremos mais Feijão-preto e menos Feijão-carioca no primeiro trimestre do ano. Segundo os levantamentos da CONAB, teremos 555,5 mil toneladas este ano, quando tivemos no ano passado 571,4 mil toneladas. Isto é 20% menor, por exemplo, em 2014/15 quando foi colhido 703 mil toneladas. Todo ano a primeira safra de Feijão-carioca tem diminuído e este ano também diminuirá. Feijão-preto, se o preço baixar a R$ 200/210, vai ser exportado, mas o Feijão-carioca, no ano passado, quando tivemos mais Feijão do que se espera teremos no início de 2025, se manteve entre dezembro e março acima dos R$ 300. Portanto, o momento de mercado com pouca demanda em algum momento começará a refletir os fatos.

Fonte: Ibrafe Foto: Divulgação

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Exportações de café do Brasil batem recorde

De acordo com o Rabobank, setembro foi um mês histórico para o Brasil, que exportou 4,5 milhões de sacas de café de 60 quilos, marcando um volume recorde para o período. Esse excelente desempenho elevou o total de exportações brasileiras em 2024 para 36,4 milhões de sacas, resultando em um crescimento de 39% em relação ao mesmo período do ano anterior. O aumento na demanda global pelo café brasileiro destaca a importância do país no mercado internacional.

Entretanto, o setor ainda enfrenta desafios logísticos significativos. A escassez de espaço nos portos brasileiros e a alta demanda por contêineres têm causado atrasos nas operações. Como resultado, estima-se que o Brasil deixou de exportar cerca de 2 milhões de sacas de café devido a essas dificuldades, impactando potencialmente os resultados do setor no final do ano.

No mercado interno, os preços do café continuam em alta. Em setembro, a média do café arábica foi de R$ 1.459 por saca, o que representa um aumento de 49% em relação ao mesmo mês do ano passado. O café conilon, por sua vez, teve uma média de R$ 1.497 por saca, refletindo uma valorização de 87% em comparação com 2023. Esses aumentos de preços indicam um fortalecimento da demanda no mercado interno.

O Rabobank prevê que essa tendência de valorização pode levar as torrefadoras locais a aumentar significativamente o uso de arábica em seus blends. Além disso, o banco enfatiza a importância de monitorar as condições climáticas, como chuvas e temperaturas elevadas, que podem impactar a safra brasileira de café para 2025/2026, exigindo atenção constante do setor.

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems Foto: Pixabay

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Mercado Livre passa de vilão a aliado do MP no combate à pirataria

O Mercado Livre já foi considerado um antagonista quando se falava de combate à pirataria. A empresa tem um programa de remoção de anúncios de produtos falsificados ou não autorizados há cerca de 24 anos.

Ainda assim, em 2019, quando a empresa decidiu intensificar seus esforços na área, o promotor do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo, Richard Gantus Encinas, disse – em evento da companhia – que, na época, a empresa era considerada uma vilã.

Hoje essa visão mudou no MP. Em janeiro deste ano, por exemplo, o Mercado Livre participou de uma investigação que apreendeu 21 toneladas de bebidas adulteradas.

O Programa de Proteção a Marcas (BPP) da companhia parte da lógica da legislação norte-americana, na qual a empresa detentora das patentes deve indicar à plataforma de compras os anúncios que contém produtos irregulares.

Esse fluxo, porém, pode ser demorado e gerar transtornos para as marcas, que precisam buscar ativamente os anúncios suspeitos.

Para melhorar a relação com essas companhias, que, muitas vezes, também vendem seus produtos originais na plataforma, o Mercado Livre passou a buscar anúncios suspeitos antes das denúncias chegarem, por meio de aprendizado de máquina e inteligência artificial.

No primeiro semestre de 2024, a cada postagem removida devido a uma reclamação no BPP, a empresa retirou proativamente outras 9 publicações.

Além disso, desde 2021, a empresa passou a chamar marcas estratégicas para uma contribuição mais avançada, que envolve ceder dados como o desenho industrial de seus produtos para que, por meio de inteligência artificial, os algoritmos do Mercado Livre consigam identificar fotos e descrições das falsificações mais precisamente.

Por meio dessas parcerias, é possível enviar denúncias ao Ministério Público já com informações mais aprofundadas, o que agiliza a investigação, segundo Gantus Encinas, promotor do MP.

Esse mecanismo, denominado Mercado Libre Anti-Counterfeiting (MACA), consegue, a cada reclamação feita no programa tradicional de proteção de marcas, remover proativamente outras 25 publicações.

Foi nesse contexto que foi encaminhada uma denúncia ao MP que resultou na apreensão de 21 toneladas de bebidas adulteradas de patentes da Diageo, empresa de bebidas.

O responsável pela área Jurídica do Mercado Livre, Fede Deya, diz que esse processo envolveu um início de conversa difícil com a empresa, que sofria com o fato de produtos piratas de suas patentes serem comercializados na plataforma.

Ele conta que esse tipo de colaboração gera investigações internas de cerca de seis meses. Nesse processo, os próprios agentes do Mercado Livre podem comprar mercadorias suspeitas para avaliar o material entregue.

Para isso, Deya diz que a companhia investiu em profissionais qualificados e em tecnologia, com uma equipe composta por 8 áreas que trabalham juntas no tema. Os valores de investimento, porém, não foram divulgados para a reportagem

O programa começou em 2021, com 12 marcas, e, hoje, são 26 participantes. “Temos um plano [para] daqui a 3 ou 4 anos chegar a um número mais próximo a 100 membros”, diz o executivo.

Ele avalia, no entanto, que esse modelo não deve atingir todas as marcas que participam no BPP.

As marcas habilitadas a participarem dessa cooperação têm de atender critérios como o fato de ter abrangência internacional, comercialização via Mercado Livre nos principais países de atuação da varejista (Brasil, Argentina e México), atingir um volume de vendas mínimo não revelado, bem como ter encontrado uma porcentagem mínima de produtos falsificados na plataforma do Meli.

Fazem parte nomes como Adidas, Puma, Levi’s, Under Armour, Microsoft, Casio, Tommy Hilfiger, Victoria’s Secret, Crocs, Sony, Directv, Diageo, Apple, Tiffany & Co, Burberry, Lego, Syngenta, Canon y HP.

Questionado sobre as vantagens para o Mercado Livre em combater a pirataria, Deya diz que a maior intensidade com a qual a empresa se dedica ao tema hoje não diz respeito a processos sofridos ou pressões externas, mas, sim, ao fato de que a empresa deseja se tornar um ambiente mais confiável e seguro para o consumidor, mesmo que isso signifique perder usuários mais orientados por preço na hora da compra.

O Mercado Livre já foi citado em consulta pública da União Europeia que gerou uma lista de empresas que deveriam ser observadas devido aos relatos de práticas inadequadas em relação à pirataria, em dezembro de 2020.

À época, a companhia argentina respondeu dizendo ter compromisso de lutar contra produtos falsificados e pirateados e ter aprimorado o procedimento de notificação e remoção.

Fonte: CNN Brasil Foto: Divulgação

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Mesmo com menor produção, café garante mais rendimento ao produtor paranaense

A cafeicultura paranaense ocupou em 2024 praticamente a mesma extensão territorial do ano anterior, mas a produção foi 8% menor. No entanto, em razão da valorização dos preços recebidos pelos produtores, com a saca beneficiada superando em até 73% os valores de 2023, o rendimento tem sido maior.

Esta análise faz parte do Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 4 a 10 de outubro. O documento é preparado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), e analisa também o desempenho da soja e batata, os preços de suínos e bovinos, e as exportações de frango e peru.

A safra de café deste ano já está totalmente colhida. Ela ocupou 25 mil hectares e a estimativa é uma produção de 40,2 mil toneladas. No ano passado foram obtidas 43,9 mil toneladas. Os produtores conseguiram comercializar a saca beneficiada por R$ 1.247,17, em média, durante setembro deste ano. Valor bem superior aos R$ 720,57 de setembro de 2023.

Segundo o Deral, a alta estimulou a venda, que alcançou 41% das 670,6 mil sacas produzidas no ciclo. No mesmo período da safra anterior estava em 13%. É possível projetar que o Valor Bruto de Produção (VBP) do café supere R$ 750 milhões em 2024, valor 33% maior que os R$ 562,8 milhões obtidos em 2023.

A expectativa é que isso ajude a amenizar, ainda que momentaneamente, a tendência de retração de áreas dedicadas ao café no Estado. “A longo prazo, a tendência ainda é de encolhimento desta atividade rural, em razão das dificuldades de sucessão familiar e obtenção de mão de obra, somadas à grande concorrência com a produção de grãos no Estado”, analisou o agrônomo do Deral, Carlos Hugo Godinho.

De acordo com ele, a segunda década do milênio apresentou preços pouco atrativos para os produtores e muitos operaram no prejuízo. “Além disso, as dificuldades climáticas ainda são presentes, como a marcante frente fria de julho de 2013 que ocasionou grande erradicação de cafezais, que até então ocupavam 65 mil hectares, área duas vezes e meia superior à atual”, disse Godinho.

Batata

A colheita da batata de segunda safra caminha para o final. Restam pouco mais de 150 dos 10,5 mil hectares plantados. Eles estão em fase de desenvolvimento vegetativo na região de Cornélio Procópio, no Norte do Estado.

A produção total projetada é de 289 mil toneladas, 10,4% abaixo das 322,5 mil toneladas previstas no início da safra. Contribuíram para essa redução as chuvas irregulares, as ondas de calor intenso e os longos períodos de estiagem.

Soja

O boletim registra ainda a estimativa de produção de 429,2 milhões de toneladas de soja no mundo, o que configuraria recorde. Como principal produtor da oleaginosa, o Brasil deve ser responsável por 40% desse total, seguido pelos Estados Unidos, com 29%, e a Argentina (11,9%).

No cenário brasileiro, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) prevê 166,28 milhões de toneladas a serem colhidas em uma área de 47,4 mil hectares. Se confirmada, será a maior da história. O Paraná deve contribuir com mais de 22 milhões de toneladas, fruto de semeadura em área recorde de 5,8 milhões de hectares.

Suínos

O preço médio de varejo dos cortes de carne suína pesquisados pelo Deral (lombo sem osso, paleta com osso e pernil com osso) subiu pelo quarto mês consecutivo no Paraná. Em média, o preço de R$ 16,54 praticado em maio de 2024 chegou agora em R$ 18,86 (12% a mais).

O maior reajuste foi da paleta com osso, que teve acréscimo de 15%, ou R$ 2,42 a mais por quilo. O pernil com osso elevou-se 13%, ou R$ 2,06 por quilo, enquanto o lombo sem osso está custando R$ 2,50 a mais por quilo (10% de aumento). A maior demanda é a principal explicação para o aquecimento no preço.

Bovino

No caso dos bovinos, a diminuição na oferta de animais prontos para o abate e a deterioração da qualidade de pastagens em boa parte do País provocou alta de 7,24% no preço da arroba nos oito primeiros meses do ano. Atualmente está em R$ 294,20 (US$ 53,18), o maior valor em dólares neste ano.

A constante desvalorização do real, a menor oferta de animais nos abatedouros e a expectativa de menor produção devido ao maior abate de fêmeas nos últimos anos pode elevar ainda mais o preço da carne no mercado interno. No varejo, todos os cortes pesquisados pelo Deral, com exceção do filé mignon, fecharam setembro de 2024 mais caros que no mesmo mês do ano passado.

Frango

O documento mostra também que as exportações brasileiras de carne de frango diminuíram 7,7% em faturamento nos oito primeiros meses de 2024. Foram US$ 6,2 bilhões contra US$ 6,7 bilhões no ano passado. Em quantidade, a retração foi de 1,7%, caindo de 3,40 milhões de toneladas para 3,34 milhões de toneladas.

No Paraná, a retração foi de 0,6% no volume exportado, reduzindo de 1,43 milhão de toneladas para 1,42 milhão de toneladas, e de 2,1% em valores, saindo de US$ 2,6 bilhões para US$ 2,5 bilhões. Principal produtor e exportador, o Estado tem participação de 42,6% em volume e de 41,5% da receita cambial.

Peru

A plataforma Agrostat Brasil aponta ainda que no mesmo período de oito meses as empresas nacionais exportaram 38.054 toneladas de carne de peru, com receita de US$ 93 milhões. Em 2023 tinham sido 47.451 toneladas (19,8% a mais) e US$ 144 milhões (54,6% a mais).

O Paraná é o terceiro colocado entre os estados brasileiros em exportação de carne de peru, com 8.180 toneladas e faturamento de US$ 19,5 milhões. Santa Catarina lidera com 16 mil toneladas e US$ 38,3 milhões em receitas, seguido pelo Rio Grande do Sul, com 13.841 toneladas e US$ 35 milhões de divisas.

Fonte: AEN Foto: José Fernando Ogura

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Sindiadubos Paraná realiza 18ª edição do Simpósio NPK em Curitiba

O Sindiadubos Paraná anuncia a 18ª edição do Simpósio Sindiadubos NPK 2024, que ocorrerá no dia 24 de outubro, no Centro de Eventos da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), em Curitiba. O evento, que será realizado de forma presencial, é um dos principais encontros do setor e reúne uma ampla gama de participantes, incluindo importadores, fabricantes, distribuidores de fertilizantes, produtores de aditivos, fornecedores de insumos, e outras partes interessadas no agronegócio.

Este ano, o simpósio abordará temas cruciais para o setor, como os impactos da reforma tributária sobre o agronegócio brasileiro e as perspectivas do segmento de fertilizantes no cenário nacional e mundial. As discussões prometem trazer insights valiosos sobre o futuro do agronegócio, com a presença de especialistas renomados.

A programação inclui palestras e painéis com figuras importantes do setor, como os Deputados Federais Pedro Lupion e Tião Medeiros, que discutirão os reflexos da reforma tributária. Marcos Jank, especialista e executivo em empresas do agronegócio e professor sênior do Insper e da USP, também estará presente para falar sobre as perspectivas do agronegócio brasileiro, com ênfase no setor de fertilizantes.

Inscrições

As inscrições para o Simpósio Sindiadubos NPK 2024 podem ser feitas pelo site oficial (www.sindiadubos.org.br) até o dia 18 de outubro de 2024. O valor da inscrição é de R$ 750,00 por participante. Após essa data, caso ainda haja vagas, as inscrições poderão ser feitas no local do evento, com pagamento em dinheiro ou cartão.

Fonte e Foto: Revista Cultivar

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Soja: confira a análise e perspectivas para o mercado do grão

A análise do mercado da soja da plataforma Grão Direto destaca que o relatório de oferta e demanda está alinhado com as expectativas do setor. Embora as estimativas de safra nos Estados Unidos tenham caído, as previsões para Brasil e Argentina se mantiveram estáveis, sugerindo um cenário equilibrado para os próximos meses.

Chuvas previstas

A semana trouxe chuvas para diversas regiões do país, embora, em muitos locais, a quantidade de precipitação ainda seja insuficiente para dar início ao plantio. Nos EUA, o ritmo da colheita avançou consideravelmente, com índices 10% superiores ao mesmo período do ano passado e 13% acima da média dos últimos cinco anos.
Esse cenário impactou de forma negativa os preços em Chicago, onde o contrato de soja para novembro de 2024 fechou a U$10,05 por bushel, uma queda de 3,18%. O contrato para março de 2025 também caiu, terminando em U$10,35 por bushel. O mercado físico brasileiro acompanhou essa tendência, mesmo com uma alta de 2,93% no dólar, que encerrou a R$5,62.

Perspectivas e projeções

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê que as chuvas se espalhem pelo Brasil Central na próxima semana, com maior intensidade no Rio Grande do Sul. No Mato Grosso, as precipitações devem ser gerais, com volumes mais baixos na região leste e chuvas mais intensas no noroeste. Essa melhoria nas condições climáticas pode incentivar muitos produtores a iniciar ou acelerar o plantio da safra 2024/25.

Além disso, especulações sobre um possível cessar-fogo impactaram o mercado, resultando em uma queda significativa nos preços do petróleo. Isso afetou toda a cadeia de commodities, incluindo a soja. Mesmo que esses rumores não tenham sido confirmados, a situação permanece instável, e especialistas afirmam que a resolução do conflito ainda está distante. Essa incerteza continuará a influenciar o mercado de grãos, dada a relevância da região na produção de petróleo.

Dados da ferramenta de Inteligência de Mercado da Grão Direto indicam que os meses de junho e julho registraram o maior volume de vendas para entrega em março de 2025. Agora, há um aumento nas vendas para entrega em abril de 2025, impulsionado pelo atraso no plantio da safra 2024/25. Espera-se que o ritmo de comercialização para os meses de abril e maio de 2025 aumente conforme o avanço do plantio.

Análise gráfica

Analisando o contrato de novembro da soja em Chicago (X24), notamos que os preços se aproximaram da faixa de US$10.00/bushel, um ponto crucial para o comportamento do mercado. Caso os preços caiam abaixo dessa marca, há a possibilidade de recuar até as mínimas do ano, próximas a US$9.55/bushel. Se, por outro lado, os preços se mantiverem acima de US$10.00/bushel, pode haver um teste das máximas de setembro, em torno de US$10.70/bushel.

O mercado seguirá atento ao progresso do plantio no Brasil, que, apesar do atraso, é avaliado de maneira otimista. Assim, a próxima semana pode ser marcada por uma desvalorização em Chicago, refletindo nas cotações brasileiras.

Fonte: Canal Rural Foto: Divulgação

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Agronegócio empregou 28,6 milhões de pessoas no segundo trimestre

De abril a junho de 2024, o agronegócio brasileiro empregou um recorde de 28,6 milhões de pessoas, o maior número registrado desde o início da série histórica em 2012, superando o resultado do primeiro trimestre deste ano.

Os dados são do boletim “Mercado de Trabalho do Agronegócio Brasileiro”, elaborado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

De acordo com o levantamento, os trabalhadores do agronegócio representaram 26,5% do mercado de trabalho brasileiro no segundo trimestre. “Frente ao 2º trimestre de 2023, a população ocupada do setor aumentou 2,3% (643 mil pessoas), reflexo do maior contingente ocupado nas agroindústrias (4,0% ou 179 mil pessoas) e, principalmente, nos agrosserviços (8,3% ou 815 mil pessoas)”, diz o boletim.

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Fonte: CNA Foto: Divulgação