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Exportações paranaenses até novembro já superam números de 2022

Antes mesmo de 2023 terminar o Paraná já superou o volume financeiro de exportações de todo o ano passado. De janeiro a novembro, o Estado somou US$ 23,1 bilhões de vendas ao Exterior. O montante é 4,5% maior do que os US$ 22,1 bilhões acumulados ao longo de todos os 12 meses de 2022.

Já na comparação com o mesmo período do ano passado, quando o Paraná somou US$ 20,6 bilhões nos 11 primeiros meses do ano, o resultado atual é 12,1% superior. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), compilados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).

O diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado, avalia que o aumento das exportações em 2023 é resultado da elevação do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, que cresceu 8,6% no primeiro semestre. “A expansão do PIB estadual no primeiro semestre conta com forte contribuição das vendas de mercadorias paranaenses ao Exterior, já que a produção interna desses itens eleva o nível de atividade econômica do Estado, causando efeitos positivos em termos de emprega e renda”, explica.

Produtos

A soja em grão segue sendo o produto paranaense mais exportado. De janeiro a novembro, o item campeão de exportação bateu a marca de US$ 5,5 bilhões comercializados. Na segunda colocação veio a carne de frango in natura, com US$ 3,3 bilhões. O terceiro produto mais exportado no período foi o farelo de soja (US$ 1,8 bilhão) e em quarto, os cereais (US$ 1,1 bilhão).

De acordo com o Ipardes, apesar da preponderância dos produtos do agronegócio na pauta de exportações do Paraná, os bens industrializados também têm importante participação na balança comercial. Como no caso dos automóveis, cujas vendas ao mercado internacional totalizaram US$ 524 milhões nos 11 primeiros meses de 2023.

Destinos

A China segue como principal destino dos produtos paranaenses no Exterior. O gigante asiático movimentou US$ 6,4 bilhões de compras do Paraná de janeiro a novembro.

Na sequência, vêm Argentina e Estados Unidos na segunda e terceira colocação, respectivamente. Enquanto o país vizinho adquiriu US$ 1,5 bilhão de itens do Paraná entre janeiro e novembro, o mercado americano comprou US$ 1,3 bilhão das empresas paranaenses no mesmo período.

Importações

As importações paranaenses de janeiro a novembro caíram, colaborando positivamente na balança comercial, que está superavitária. As compras do Exterior somaram US$ 16,7 bilhões nos 11 primeiros meses de 2023, redução de 19,3% em relação ao mesmo período de 2022, quando fechou em US$ 20,7 bilhões.

Adubos e fertilizantes lideram as importações pelo Estado, totalizando US$ 1,9 bilhão movimentado de janeiro a novembro. O volume, entretanto, é 43,5% menor do que os US$ 3,3 bilhões comprados pelo Paraná nos 11 primeiros meses de 2022.

Na segunda colocação, vêm os óleos e combustíveis, que também tiveram redução na importação. Enquanto que nos 11 primeiros meses de 2022 esses produtos movimentaram US$ 2,3 bilhões, no mesmo período de 2023 o montante caiu para US$ 1,5 bilhão – redução de 33,7%.

Outro setor cuja importação caiu é o de produtos químicos. Entre janeiro e novembro de 2023 foi importado US$ 1,1 bilhão nesse segmento, enquanto que no mesmo período de 2022 foi US$ 1,9 bilhão, representando queda de 37,5%.

Confira os dados da balança comercial aqui.

Fonte: AEN Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

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Aprosoja BR alerta para identificação equivocada de Pragas Quarentenárias

Já está disponível no site e nas redes sociais da Aprosoja Brasil a campanha “Pragas Quarentenárias na Soja – Por que se importar com elas?”, lançada originalmente em 2022. Para este ano, a Aprosoja faz um alerta específico aos produtores com relação à identificação das pragas para evitar embarques de semente de ervas daninhas quarentenárias na soja in natura.

“A Aprosoja Brasil pretende alertar os produtores sobre a identificação equivocada de pragas quarentenárias, a fim de manter em alta a reputação da soja brasileira frente aos compradores externos”, afirma o presidente da entidade, Antonio Galvan.

Voltada aos produtores, agrônomos e técnicos agrícolas, a iniciativa volta a difundir boas práticas agrícolas e alertar estes públicos, por meio de publicações em redes sociais, sobre a ameaça das pragas quarentenárias nas lavouras.

Além dos materiais de mídias sociais, a Aprosoja disponibiliza novamente o e-book elaborado pelo professor da Universidade de Passo Fundo, Mauro Rizzardi, com orientações aos agricultores.

De acordo com a Embrapa, pragas quarentenárias são organismos de importância econômica potencial para a área em perigo, onde ainda não estão presentes, ou, quando presentes, não se encontrem amplamente distribuídas, sob controle oficial. Por essa razão, essas pragas são objeto de controle oficial, seja no emprego de medidas voltadas à prevenção de entrada no país ou, caso presente em dada área, na forma de medidas fitossanitárias para viabilizar erradicação e controle no intuito de evitar dispersão. Estas pragas podem ser insetos, ácaros, nematoides, fungos, bactérias, fitoplasmas, vírus, viroides, plantas infestantes e parasitas.

Acesse aqui o E-book_Campanha pragas quarentenárias

Fonte: Aprosoja Brasil Foto: Divulgação

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Preços do trigo têm novos recuos, apesar de estimativas de menor produção

Os preços do trigo seguem em queda no Brasil, mesmo em meio a novas estimativas indicando menor produção do cereal. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão sobre os valores vem sobretudo do baixo ritmo de compras de novos lotes por parte de moinhos, que estão reduzindo as atividades neste encerramento de ano. Para a safra 2023/24, a Conab estima a produção brasileira em 8,14 milhões de toneladas, forte queda de 15,5% frente ao número apontado em novembro e expressivos 22,8% abaixo do recorde da temporada passada (quando foram colhidas 10,55 milhões de toneladas). Esse cenário é resultado especialmente da menor produtividade, estimada em 2,35 toneladas/hectare, reduções de 15,6% frente ao indicado em novembro e de significativos 31,3% em relação à de 2022 (3,42 t/ha). Já a área com trigo no Brasil avançou 12,3% frente à da temporada anterior, para 3,46 milhões de hectares, ainda conforme a Conab.

Fonte: Cepea Foto: Divulgação

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Produção de grãos na safra 2023/24 deve atingir 312,3 milhões de toneladas influenciada por clima

Os produtores brasileiros deverão colher 312,3 milhões de toneladas de grãos na safra 2023/24, volume 2,4% inferior ao obtido na temporada passada. A queda na estimativa de produção neste ciclo é explicada pela baixa ocorrência de chuvas e as altas temperaturas registradas nos estados do Centro-Oeste, enquanto que no Sul do país, principalmente no Rio Grande do Sul, pelo excesso das precipitações. Essas condições climáticas adversas afetaram o desenvolvimento de importantes culturas, como soja e trigo. Os dados estão no 3º Levantamento da Safra de Grãos 2023/24, divulgado nesta quinta-feira (7) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

“Estamos atentos e redobraremos o monitoramento das áreas produtoras. O comportamento do clima este ano é o fator mais determinante para as culturas que estão em plantio e em desenvolvimento, em função do El Niño. Além disso, os atrasos no plantio da soja abrem incertezas para o milho 2ª safra”, pondera o diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, Sílvio Porto.

Importante produto para o abastecimento interno, o arroz tem previsão de alta na safra de 7,5%, podendo chegar a 10,79 milhões de toneladas. O melhor resultado é influenciado pela maior área destinada ao produto bem como uma recuperação na produtividade. Ainda assim, o desenvolvimento da cultura, em especial no Rio Grande do Sul, principal estado produtor, tem sido afetado pelas condições climáticas adversas. O excesso de chuvas tem gerado uma umidade excessiva no solo, o que impede a conclusão da semeadura e dificulta os tratos culturais.

Outro produto tradicional no consumo dos brasileiros, o feijão apresenta cenários diversos nas lavouras cultivadas nesta primeira safra pelo país. Em São Paulo as condições gerais, até o momento, são de bom aspecto fitossanitário. Os efeitos das altas temperaturas e baixas precipitações foram amenizados pelo uso de irrigação. Já em Minas, esse cenário de calor e irregularidade de chuvas trazem impactos nas operações de implantação e de manejo das lavouras. Ainda assim, somadas as 3 safras da leguminosa a expectativa é de uma produção de 3,1 milhões de toneladas.

O clima também tem trazido impacto para a soja, principal cultura cultivada no país. O plantio da oleaginosa continua atrasado em todas as regiões produtoras. Em alguns estados os trabalhos de implantação da cultura ficaram próximos aos da última safra, como Paraná e Mato Grosso. Com a irregularidade climática há a sinalização de redução da produtividade nos estados do Centro-Oeste. Em Mato Grosso as lavouras ainda apresentaram uma evolução satisfatória, mesmo com o pouco volume pluviométrico recebido. Já em Goiás, Minas Gerais, Matopiba e Rio Grande do Sul, a área semeada se encontra bem abaixo do ocorrido na safra 2022/23. No Rio Grande do Sul é devido ao excesso hídrico, e nas demais regiões é por conta da irregularidade ou falta de precipitações.

Diante deste cenário, a estimativa de produção da soja nesta safra é de 160,2 milhões de toneladas. O clima ainda é um fator que pode influenciar neste resultado, principalmente quando ocorrem os estágios de floração e enchimento dos grãos. Os técnicos da Companhia continuarão acompanhando o desenvolvimento das lavouras a fim de verificar os impactos das condições climáticas no desempenho final.

Panorama semelhante é encontrado para o cultivo do milho 1ª safra. Os extremos climáticos, típicos de anos de influência do fenômeno El Niño, continuam a ocorrer nas regiões produtoras, atrasando o plantio do cereal. Neste primeiro ciclo de cultivo do grão, é projetada uma produção de 25,3 milhões de toneladas – queda de 7,5% em relação à safra anterior. Já a colheita total de milho está estimada em 118,53 milhões de toneladas.

Nas culturas de inverno, foi identificada queda na produtividade em quase todos os produtos quando comparada à última safra. Para o trigo, principal produto, as chuvas volumosas, ventanias, granizo, enchentes, muita nebulosidade e poucos dias com sol dificultam a conclusão da colheita no Rio Grande do Sul. O volume de produção está estimado em 8,1 milhões de toneladas.

Mercado

As análises de mercado dos grãos brasileiros mostram que as exportações de soja em grãos, de janeiro a novembro de 2023, continuam elevadas. Além disso, o line-up até o final de dezembro é estimado em mais de 100 milhões de toneladas. Diante desse cenário, os embarques do grão foram elevados de 98,06 milhões de toneladas para 100,03 milhões de toneladas. Já para os esmagamentos foi verificada uma redução de 350 mil toneladas, motivada por uma diminuição nas estimativas de exportações de farelo e óleo de soja.

Já para o próximo ano, as exportações da oleaginosa estão estimadas em 101,59 milhões de toneladas, uma redução de 1,42 milhão de toneladas em relação ao último levantamento divulgado, influenciado pela atual estimativa do volume a ser colhido. Queda também para os esmagamentos, reduzidos em 1,05 milhão de toneladas devido, principalmente, pela menor estimativa de venda no mercado interno de farelo de soja em 2024.

Para o milho, a expectativa é que o volume de exportações brasileiras do cereal em 2024 seja reduzido, podendo chegar a 38 milhões de toneladas. A queda projetada se deve em razão da perspectiva de menor produção nacional somada à maior oferta disponível no mercado internacional, em meio à boa safra norte-americana.

No caso do feijão-comum cores o panorama de mercado se apresenta favorável ao produtor. A cultura se encontra em plena entressafra, e o país conta apenas com os estoques remanescentes da terceira safra e das lavouras paulista na oferta de feijão novo, pelo menos até meados de janeiro de 2024. Com a previsão de oferta moderada e baixo estoque de passagem, a tendência é que os preços continuem atrativos para os agricultores durante os próximos dois meses.

Já o mercado de trigo continua apresentando cenário de baixa nos preços. O excedente de cereal russo, com preço mais competitivo que os dos demais países, segue atuando como um dos principais fatores de pressão das cotações. Além disso, a melhora climática em importantes países produtores europeus e na Austrália também atua como fator baixista das cotações.

Os dados completos sobre o 3° Levantamento da Safra de Grãos 2023/24 e as condições de mercado destes produtos podem ser conferidos no boletim publicado no Portal da Conab.

Fonte: Conab Foto: Divulgação

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IDR-Paraná emite Nota Técnica sobre importância da conservação

Em uma ação que marca o Dia Mundial do Solo, comemorado nesta terça-feira, 5 de dezembro, o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR -Paraná) lançou uma uma Nota Técnica  sobre manejo conservacionista do solo agrícola no Paraná, com recomendações para períodos de chuvas intensas e volumosas e alertando para as graves consequências da erosão para os rios, estradas e áreas urbanas. O documento reitera a importância de boas práticas na produção.

A data foi instituída em 2013 pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) com o objetivo de divulgar a importância dos solos para a manutenção da vida no planeta.

Na Nota Técnica, o IDR-Paraná lembra que os meses de setembro e outubro de 2023, época em que o plantio das áreas agrícolas no Estado se intensifica, foram marcados por chuvas volumosas em todas as regiões. No Sudoeste e Sul, por exemplo, no mês de outubro foi registrado um volume pluviométrico superior a 600 mm, muito acima das médias históricas para estas regiões, com crescimentos de 114% a 134%.

Segundo o documento, em outras regiões também ocorreram chuvas expressivas, com índices acima de 100 mm, com alto potencial erosivo. De acordo com a equipe técnica do IDR-Paraná, as chuvas de alta intensidade estão sendo frequentes no Estado, independentemente da ocorrência ou não dos eventos climáticos, o que exige maior atenção dos produtores.

Com 16 encontros, IDR-Paraná e Embrapa iniciam Giro Técnico da Soja Safra 2023/2024

A Nota reforça que neste ano as chuvas intensas relacionadas ao El Niño estão impactando os sistemas de produção agropecuários, especialmente os solos agrícolas. Os pesquisadores e extensionistas do IDR-Paraná explicam que parte da água precipitada poderá infiltrar, ficando armazenada nas camadas do solo ou voltar à atmosfera por evapotranspiração.

Uma outra parte dessa água pode escorrer superficialmente, arrastando partículas de solo, matéria orgânica, fertilizantes, pesticidas, sementes e outros insumos, causando processos erosivos e contaminando os cursos de água. De acordo com a equipe que redigiu a Nota Técnica, somente o manejo adequado, com a adoção de práticas conservacionistas, pode estabelecer uma relação positiva entre água e solo.

A Nota destaca, ainda, que a utilização de solos de baixa aptidão agrícola, mais sujeitos aos processos erosivos; o preparo com práticas convencionais que desestruturam a área e a falta de terraços agrícolas estão entre as principais falhas dos produtores. Além disso, a ausência de cobertura (palha) na superfície das áreas de lavoura tem reduzido a infiltração da água no solo, aumentando consequentemente o escorrimento superficial por ocasião das chuvas.

Compactação

Outro problema verificado é a aplicação de carga excessiva (máquinas e animais) nas áreas agrícolas em períodos em que o solo está muito úmido, o que aumenta a sua compactação. Os pesquisadores e extensionistas também destacam a falta de práticas mecânicas (terraços agrícolas e semeadura em nível) que reduzem a energia das enxurradas superficiais.

Também contribui para a perda de solo devido a chuvas intensas a ausência de cultivos com espécies que produzam grande quantidade de raízes e massa verde que aumentam a infiltração da água, bem como a falta de integração das práticas conservacionistas entre as áreas agrícolas e as estradas rurais. Isso, segundo os profissionais, intensifica o mau manejo da água e aumenta a possibilidade de erosão.

Essas práticas inadequadas e as chuvas de alta intensidade têm agravado a ocorrência da erosão em áreas de lavouras e pastagens no Paraná. Como a água não infiltra no solo, a maior parte é direcionada aos recursos hídricos, causando enchentes em diversas localidades. A população urbana, além da rural, tem sido afetada seriamente pelos problemas nas estradas rurais e rodovias, com a destruição do pavimento, bueiros e pontes, o desmoronamento de encostas e alagamento de áreas urbanas, sem contar o assoreamento e perda de qualidade dos recursos hídricos.

Recomendação

Em virtude deste panorama, os profissionais do IDR-Paraná reiteram a necessidade contínua da aplicação de práticas conservacionistas do solo para mitigar prejuízos nas lavouras e pastagens, principalmente quando se tem chuvas de alta intensidade. Eles reforçam a necessidade de manejar o solo em sistema de plantio direto e usar os terraços agrícolas bem dimensionados para conter o escoamento superficial, reduzir a velocidade da água e aumentar sua infiltração no solo.

Recomendam, também, que os produtores mantenham a cobertura permanente do solo, façam o plantio em nível e adotem a rotação de culturas que aumenta a diversidade de plantas e a infiltração de água. É preciso também que o produtor controle o tráfego de máquinas e animais para reduzir a compactação do solo nas áreas agrícolas. Eles lembram que a conservação das estradas e áreas agrícolas deve ser feita de forma planejada e integrada para evitar que as águas das lavouras prejudiquem as estradas e vice-versa.

Desde 1984 o Paraná possui uma lei específica para a preservação do solo agrícola. A Lei Estadual 8.014/1984 valoriza a importância do solo para a produção agrícola, a necessidade de sua preservação e do uso das práticas conservacionistas, prevendo penalidades no caso da ocorrência de degradação do solo agrícola pelos seus usuários.  A lei foi criada para ajudar os agricultores e a sociedade contra os prejuízos causados pela degradação dos solos e da água.

Fonte: AEN Foto: Denis Ferreira Netto

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Café registra alta nos preços

Novembro de 2023 registrou um aumento significativo nos preços do café, conforme revelado por dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). As altas foram impulsionadas por preocupações relacionadas ao impacto do clima na safra 2024/25 e pelos menores estoques certificados na Bolsa de Nova York (ICE Futures), que aumentaram a liquidez no mercado nacional.

Ao encerrar o mês, o Indicador CEPEA/ESALQ do café arábica tipo 6, bebida dura para melhor, atingiu aproximadamente R$ 945 por saca de 60 kg, marcando o maior valor nominal desde 19 de junho deste ano. A média mensal de novembro foi de R$ 888,00 por saca, representando um aumento de 7% em relação a outubro, com um valor de 58 Reais por saca.

Para o café robusta, as cotações chegaram perto dos R$ 700 por saca no dia 30 de novembro. Destaca-se que a menor produção no Vietnã resultou em uma redução no volume disponível para exportação, aumentando a demanda pela variedade brasileira.

O Indicador CEPEA/ESALQ do café tipo 6, peneira 13 acima, teve uma média de R$ 660,62 por saca de 60 kg em novembro, representando um aumento de 2,5% em comparação a outubro.

A valorização expressiva do café no mercado nacional é resultado das preocupações com o clima para a safra futura, somadas aos impactos dos baixos estoques internacionais. O aumento na procura pela variedade brasileira, devido à redução na produção vietnamita, contribui para uma dinâmica de preços em ascensão.

Fonte: Agrolink Foto: Pixabay

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Aumento do ICMS no Paraná é precipitado, diz economista

O Conselho Regional de Economia do Paraná (Corecon/PR) reuniu, nesta terça-feira (5), economistas para analisarem como foi o desempenho dos principais setores econômicos em 2023 e para apresentarem as projeções para a economia no ano que vem.

Foram discutidos temas ligados às áreas do Agronegócio, Indústria, Comércio, Trabalho e Emprego, além de um panorama nacional e internacional para o próximo ano. Sobre o assunto, nós conversamos no CBN Curitiba 1ª Edição de hoje (6) com o economista convidado do debate Perspectivas da Economia para 2024, Lucas Dezordi.

Segundo ele, a proposta do Governo do Estado, de aumento na alíquota do ICMS para vários produtos e serviços, é precipitada.

Ouça

Fonte: CBN Foto: Divulgação

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LAS Ponta Grossa é auditado pela Qualynter

O Laboratório Apasem Ponta Grossa nos últimos dias 30 de novembro e 1º de dezembro passou pela Auditoria Interna realizada pela empresa Qualynter, a qual avaliou todos os pontos referentes a aspectos gerenciais e operacionais dentro de um laboratório de sementes de acordo com a ISO 17.025 e demais legislações, IN e metodologias vigentes.

A auditoria foi feita pela profissional Marli A. Jabuonski, consultora e ministrante de treinamentos da ISO 17.025 em laboratórios de análise de sementes em todo país.

A Auditoria Interna é obrigatória a todos os laboratórios registrados no RENASEM. É a partir desse procedimentos, que são identificas as não conformidades e as oportunidades de melhorias dentro do sistema de gestão da qualidade.

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Governo do Paraná propõe aumento da alíquota do ICMS sobre energia, água mineral, bebidas alcóolicas e outros itens; veja lista

O Governo do Paraná enviou para a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) o texto do Projeto de Lei (PL) que pretende aumentar a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da energia elétrica, água mineral, bebida alcóolica e outros itens.

A proposta foi protocolada nesta segunda-feira (4). Antes de ir para votação em plenário, ela precisa ser discutida na Comissão Constituição e Justiça (CCJ) e em outras comissões temáticas.

Além de propor a mudança do ICMS sobre produtos específicos, o Estado também solicita a alteração na alíquota modal, de 19% para 19,5% – o mesmo valor vale para prestação de serviços de comunicação.

Dos itens que compõem a lista do projeto, só um tem proposta de redução do valor da alíquota: o gás natural, que deve ir de 18% para 12%.

Confira abaixo as alterações propostas:

Gás natural: de 18% para 12%;

Energia elétrica, exceto eletrificação rural: de 18% para 19%;

Água mineral e bebida alcóolica: de 17% para 17,5%;

Artefatos de joalheria e ourivesaria: de 17% para 17,5%;

Produtos de tabacaria: de 17% para 17,5%.

No projeto, o Governo do Paraná alega que precisa aumentar a arrecadação do ICMS frente a redução da alíquota do gás natural e, ainda, por conta da proposta de aumento de desconto para pagamentos integrais e antecipados do Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Leia mais abaixo.

“A redução de alíquota proposta para o gás natural e o aumento do desconto no pagamento integral e antecipado do IPVA acarretam renúncia de receita e, como medida compensatória, indica-se o aumento de arrecadação de ICMS”, argumenta o governo.

Como justificativa de aumento, o Paraná cita, também as alterações ICMS por lei complementar de 2022, que impediu o estado de arrecadar tributos sobre combustíveis, e que proibiu também aplicação de alíquotas superiores à alíquota padrão do ICMS (17% ou 18%).

Junto a este projeto, o Governo do Paraná também enviou outros sete textos para a Casa de Leis, que tratam de questões administrativas como doação de terrenos; mudanças para Procuradoria-Geral do Estado realizar transações resolutivas de litígios; e alteração do efetivo do Corpo de Bombeiros de 5,2 mil para 5,3 mil militares.

Projeto também propõe mais desconto no IPVA

O mesmo projeto de lei que altera as alíquotas também propõe mudanças no regime tributário aplicável ao Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).

Alterando ele, o Governo do Paraná quer elevar até 6% o desconto concedido no pagamento integral e antecipado do imposto. Atualmente, o teto do desconto para motoristas é de 3%.

Se todas as mudanças propostas no projeto foram aprovadas, de acordo com o Estado, o impacto líquido aos cofres públicos deve ser de R$ 194 milhões em 2024.

Governo pede para extinguir FUNREP

Ainda no mesmo projeto, o governo pede a revogação de artigos de uma lei de 2020 que instituiu o Fundo de Recuperação e Estabilização Fiscal do Paraná (FUNREP), o que, na prática, acabará com o fundo.

De acordo com a proposta, a decisão foi tomada frente ao julgamento de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF), que disse não ser factível a operacionalização do fundo.

Conforme o governo, a revogação do fundo não implicará em aumento de despesas ou renúncia, uma vez que ele nunca chegou a funcionar.

Fonte: G1 Paraná Foto: Dálie Felberg/Alep