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Trigo: produtor segue atento às atividades de campo

As atenções de produtores seguem voltadas à colheita da safra verão e ao cultivo de segunda safra, especialmente de milho.

Segundo pesquisadores do Cepea, esses agentes realizam vendas de trigo apenas quando há necessidade de “fazer caixa” e/ou de liberar espaço em armazéns.

Do lado demanda, somente compradores que precisam repor estoques estão mais ativos. Assim, as negociações do grão vêm ocorrendo em ritmo lento.

Quanto aos preços, as cotações internas continuam em queda na maioria dos estados, especialmente no mercado balcão (ao produtor).

Fonte: Canal Rural Foto: Divulgação

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BR-376 é liberada totalmente após interdição preventiva

A BR-376, principal ligação entre o Paraná e o litoral de Santa Catarina, foi liberada totalmente, em ambos os sentidos, à 6h40 desta quinta-feira (25).
A concessionária Arteris Litoral Sul informou que, após levantamento realizado em campo no início do dia, foi possível a reabertura da rodovia, em condições seguras. A decisão foi tomada em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

A BR-376 havia sido bloqueada totalmente, por volta das 22h desta quarta-feira (24), na região de Guaratuba, no litoral do Estado. O bloqueio foi preventivo, na altura do km 668+800, por causa do cenário de fortes chuvas dos últimos dias na região.

A concessionária informa que segue monitorando a rodovia, assim como as condições climáticas e que preza pela segurança dos usuários. Novos bloqueios preventivos poderão ocorrer nos próximos dias.

As condições de tráfego em todo o trecho administrado pela Arteris Litoral Sul podem ser acompanhadas em tempo real pelo Twitter @Arteris_ALS. Para informações ou solicitações de serviços, basta ligar para 0800 725 1771, que funciona 24 horas por dia.

Fonte: CBN Foto: Divulgação

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BR-277 é interditada na Serra do Mar após deslizamentos

A BR-277 foi completamente interditada na madrugada desta quinta-feira (25), na Serra do Mar, após deslizamentos de terra e pedras causados pela chuva.

Segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal), as pedras descolaram das encostas na altura do km 39, por volta das 3 horas da manhã.

Devido aos riscos observados no trecho, a BR-277 foi fechada preventivamente em dois pontos: no sentido litoral, no km 59; e no sentido Curitiba, no km 32.

Até o momento, não há previsão de liberação da BR-277. Por volta das 5h30, ainda chovia forte na Serra do Mar, na região dos deslizamentos.

Em Guaratuba, na BR-376, a chuva diminui nesta manhã. Por isso, por volta das 6h30 desta quinta-feira (25), os bloqueios preventivos foram liberados.

Fonte: Band News Foto: Divulgação PRF

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Cooperativas do Paraná superam problemas de logística e faturam R$ 202 bi em 2023

As cooperativas do Paraná alcançaram R$ 202 bilhões em faturamento no último ano, um aumento de 8,5% na comparação com 2022. Nas exportações, o acréscimo ficou na marca de 25%, com um total de US$ 9,4 bilhões. Os dados são da área de monitoramento do Sistema Ocepar.

Apesar de ser menor do que vinha sendo registrado na série histórica, o crescimento de 8,5% é analisado como significativo pelo presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, ao destacar que o faturamento das cooperativas do Paraná responde por um terço do total no país registrado no segmento. Dados da Organização Brasileira das Cooperativas, de 2022, mostram que o total faturado pelas cooperativas brasileiras foi R$ 655,5 bilhões. “Em número, o Paraná não é tão expressivo em nível nacional: temos 4% (um total de 225) das cooperativas registradas. O Brasil tem em torno de 5,6 mil cooperativas”, comenta Ricken. No Paraná são 62 cooperativas agropecuárias, 54 de crédito, 36 de saúde, 32 de transporte, 19 de infraestrutura, 15 de trabalho e 7 de consumo.

Na análise do secretário da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara, 2023 foi um ano de recuperação. “A gente veio de um quadro de safra muito ruim em 2022. O maior volume de produção ajudou no processo de ter mais produto para exportar e processar”.  Para Ortigara, o fortalecimento verificado na agroindústria – aliado à produção de destaque de frango e suínos – contribuiu para o faturamento de 2023.

No Paraná, 48% da produção recebida pelas cooperativas passa por algum tipo de agroindustrialização. Com variedade de produtos, as cooperativas têm mirado o foco no mercado internacional, que refletiu no próspero resultado do último ano, quando as exportações resultaram em US$ 9,4 bilhões, crescimento de 25% na comparação com 2022 e o melhor volume da série histórica, de acordo com Ricken.

A safra maior foi um fator significativo para o resultado. “Tivemos mais para ofertar e, consequentemente, conseguimos comercializar mais. Também houve uma demanda em nível internacional aquecida, de pós-pandemia. Tem demanda e as cooperativas estão preparadas para atender”, destaca o presidente da Ocepar.

Na estratégia, as cooperativas investiram na modernização e na ampliação das estruturas de produção. Os aportes de recursos somaram em R$ 6,5 bilhões, que engloba investimento das agroindústrias. As empresas também estão focadas na profissionalização dos cooperados. “Para modernizar, precisa profissionalizar. O cooperativismo no Paraná investiu mais de R$ 100 milhões em capacitação para quase 350 mil pessoas. Mais de 180 mil horas, quase 13 mil eventos”, ressalta Ricken.

Entre os grandes investimentos no Paraná, a Ocepar destaca a Maltaria Campos Gerais. Prevista para funcionar na capacidade máxima este ano, o projeto de intercooperativismo promete fomentar a produção da cevada no eixo São Paulo, Paraná e Santa Catarina.

Com inauguração daquela que é considerada a maior esmagadora de soja do Brasil, a C.Vale foi outro destaque entre os investimentos no estado. A unidade foi construída em Palotina, no oeste do Paraná, com capacidade de processamento de 60 mil sacas por dia. O empreendimento recebeu mais de R$ 1 bilhão entre 2021 e 2023.

Em Ponta Grossa, a instalação de uma queijaria tem investimento de R$ 460 milhões, realizado pela Unium, marca institucional das indústrias das cooperativas Frísia, Castrolanda e Capal.

Para o secretário da Agricultura e do Abastecimento, os investimentos refletem o protagonismo das cooperativas paranaenses. “O lugar que o cooperativismo deu certo foi aqui. Quase todas despertaram para uma verticalização dos processos. Ao invés de só produzir grãos, por exemplo, passaram a produzir proteínas animais. É obvio que o estado tem uma política que concede alguns benefícios fiscais e o Paraná vem sendo ágil na aceitação de projetos de expansão”, pondera.

Segundo Ortigara, o estado quer fortalecer essa característica. “Ao invés de mandar montanhas de milho e soja baratos para o mundo, transformar isso em algo de valor agregado. Qualquer projeto novo que descobrimos, vem à mesa e nós discutimos o que pode ser feito. Empresas privadas e cooperativas estão fazendo investimentos, como a Maltaria, a Frísia, a Piracanjuba, a fábrica de rações da Coamo e a esmagadora de soja”, complementa.

Mesmo com o crescimento na exportação e no faturamento, não faltaram desafios para as cooperativas superarem no ano que passou. “Foram muitos e enormes”, evidencia o presidente do Sistema Ocepar. A mudança governamental, com o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi um deles. Conflitos no exterior e problemas climáticos são outros pontos evidenciados no período.

“Agora que estamos conseguindo retomar com a privatização das estradas (…) Em função resquícios da pandemia, tivemos elevação de juros, foi um ano desafiador”, resgata Ricken, ao reforçar que os problemas com logística e infraestrutura foram os maiores.

“Estamos colhendo batata, feijão, milho e soja, mas já estamos plantando a segunda safra. Essa dinâmica é um desafio quando se tem problemas com o armazenamento. Tivemos no Paraná aumento de mais de 10 milhões de toneladas, e temos um déficit de armazenamento de 8 milhões de toneladas. Tem armazém inflável para todo lado”, evidencia Ricken.

Melhorar a logística e o armazenamento são itens na pauta das empresas com a administração pública. “Esse é um investimento constante. Essa preocupação estamos até levando para o governo. Se o Brasil quiser crescer, precisa destinar mais recursos para a infraestrutura e para o armazenamento adequado para produção”, cobra ele. No âmbito estadual, o secretário da Agricultura e do Abastecimento do Paraná afirma que o governo tem buscado auxiliar financeiramente os cooperados para avançar em soluções logísticas.

Impasse recorrente tem sido no preenchimento da mão de obra necessária para os negócios, que reúnem 3,6 milhões de cooperados e abriram 13 mil novos postos de trabalho em 2023. De acordo com Ricken, a falta de trabalhadores tem sido um limitador para algumas cooperativas do estado. “Quando vai se estabelecer uma agroindústria no interior do Paraná, precisa ver as condições físicas do local, a possibilidade de energia elétrica e a mão de obra disponível, que é uma questão estratégia que precisa ser trabalhada. Temos dificuldade de levar o pessoal para o interior. Às vezes, não é que falte gente, mas falta gente para querer trabalhar”, complementa.

Para Ortigara, a mão de obra é um problema de difícil solução. “Essa situação é vivida por diversos países”, diz. Ele ressalta que há um processo para estimular as cooperativas na robotização e na indústria 4.0.

Mesmo com expectativa boa para o próximo período, o secretário da Agricultura e do Abastecimento do Paraná não esconde que será um ano desafiador. “Um ano climaticamente complicado: estamos em processo de perdas agrícolas. Um ano com taxa de juros elevada e não cabe pressão ao Banco Central agora. A inflação caiu. Mas um ano bom de novas plantas, com investimentos acontecendo. São várias as visões estratégicas das cooperativas para sair do papel”, enumera.

Para Ricken, o desafio neste ano é melhorar a vida do cooperado. “A grande missão é organizar economicamente os nossos cooperados para que tenham mais oportunidade e renda, podendo se desenvolver”. Segundo a Ocepar, em mais de 130 municípios do Paraná, as cooperativas são as maiores empresas, que respondem pelo maior número de empregos e impostos recolhidos.

Fonte: Gazeta do Povo/Gabriele Bonat Foto: Gilson Abreu/Agência de Notícias do Paraná

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2023: exportações do agro crescem 40% no Paraná

As exportações de produtos do agronegócio feitas pelo Paraná ao longo de 2023 cresceram 40,8% em volume e 16,2% em receita. Os dados foram divulgados pelo Agrostat, plataforma do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) que sistematiza exportações e importações do agronegócio nacional. Ao todo, no ano passado, os paranaenses enviaram mais de 30 milhões de toneladas de produtos agropecuários ao exterior, que renderam US$ 19,4 bilhões. Em 2022, esses números tinham fechado respectivamente em 21,3 milhões de toneladas e US$ 16,7 bilhões.

O tema é o destaque do Campo & Cia de segunda-feira (22), o programa semanal de rádio do Sistema FAEP/SENAR-PR. Quem detalha os números é Luiz Eliezer Ferreira, do Departamento Técnico e Econômico (DTE), do Sistema FAEP/SENAR-PR. “O ano de 2023 foi marcado por uma retomada das exportações principalmente do complexo soja, já que depois de um ano de quebra, tivemos uma safra cheia, o que possibilitou retomar as exportações. Na oleaginosa, tivemos um aumento em mais de 70% em volume em torno de 50% em receita, reflexo da queda nos preços”, destacou Ferreira.

No programa, Ferreira também tratou do complexo carnes, cujas exportações tiveram acréscimo de US$ 61,8 milhões em 2023, fechando o ano com uma soma de pouco mais de US$ 4,3 bilhões. Em volume, os negócios subiram de 2,1 milhões de toneladas para 2,3 milhões. O maior acréscimo em vendas foi em frango, com 9,9% a mais, passando de 1,9 milhão de toneladas para 2,1 milhões. No entanto, houve redução de US$ 18 milhões (0,4%) em relação a 2022, fechando o ano com US$ 3,766 bilhões de faturamento.

Abertura de novos mercados

Nos próximos anos, segundo Ferreira, o agronegócio do Paraná deve continuar uma trajetória para conquistar novos mercados para as carnes paranaenses. Desde 2021, o Estado possui o reconhecimento da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) como área livre de febre aftosa sem vacinação. Com esse “visto” no passaporte, os paranaenses disputam os mercados mais nobres para vender seus produtos a um preço melhor. “É fundamental alimentar as relações comerciais entre os países e as negociações diplomáticas”, recomendou Ferreira.

Fonte: Faep Foto: Jaelson Lucas

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Senar lança cursos online e gratuitos sobre armazenagem de grãos

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) lançou três cursos sobre armazenagem de grãos, 100% online e gratuitos. Os materiais abordam conteúdos sobre armazenamento de grãos em sacarias, silo-bolsa e silo vertical.

Para se inscrever, basta acessar o site do SenarPlay. Os interessados terão acesso rápido de qualquer lugar e conhecimentos valiosos que vão ajudar na tomada de decisões referentes ao armazenamento e à proteção dos grãos de forma eficaz, inclusive realizar estudos pelo aplicativo disponível nas lojas Apple e Google play.

O SenarPlay conta com um ambiente de estudos de fácil navegação, com diferentes ferramentas de comunicação, como mural de avisos, agenda, tira-dúvidas e chat.

A Educação a Distância do Senar tem o objetivo de contribuir para a formação e a profissionalização das pessoas do meio rural em todo o território nacional.

Faça sua inscrição

Fonte: Assessoria de Comunicação CNA Foto: Divulgação

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Clima mais favorável e bienalidade positiva apontam produção estimada em 58,08 milhões de sacas de café

A safra brasileira de café em 2024 deverá se confirmar como ano de bienalidade positiva, com produção estimada de 58,08 milhões de sacas de café beneficiado, 5,5% superior à produção de 2023. No primeiro levantamento do ano realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quinta-feira (18), a estatal ressalta que as safras de 2021 e 2022, devido às adversidades climáticas, tiveram baixas produtividades, o que modificou a tendência de crescimento que se verificava na série de produção. Mas em 2023, com as condições climáticas mais favoráveis, iniciou-se a fase de recuperação das produtividades.

A área total destinada à cafeicultura no país em 2024, nas espécies arábica e conilon, é de 2,25 milhões de hectares, com aumento de 0,8% sobre a da safra anterior. Essa área engloba 1,92 milhão de hectares de lavouras que estão em produção, que apresentam crescimento de 2,4% em relação ao ano anterior, e ainda mais 336,3 mil hectares que estão em formação, que por sua vez tiveram redução de 7% em comparação ao mesmo período.

De acordo com o Boletim da Conab, nos ciclos de bienalidade negativa, os produtores costumam realizar tratos culturais mais intensos nas lavouras, promovendo algum tipo de manejo em campos que só entrarão em produção nos próximos anos. Nas últimas safras, a estabilidade na área brasileira de café tem sido compensada pelos ganhos de produtividade, representados pela mudança tecnológica observada no setor cafeeiro.

Para a produtividade média nacional de café, a primeira estimativa indica um volume de 30,3 sacas por hectare, cerca de 3% maior em relação à safra anterior. A produtividade do café arábica está estimada em 26,7 scs/ha, com aumento de 2% em relação à safra de 2023, e a do café conilon em 44,3 scs/ha, 6,2% acima da safra anterior.

Na produção por estado, Minas Gerais mostra volume estimado em 29,18 milhões de sacas, acréscimo de 0,6% em comparação ao total colhido na safra anterior, justificado pelo aumento da área em produção e, principalmente, pelo ciclo de bienalidade positiva, além das melhores condições das lavouras. No Espírito Santo, também há expectativa de crescimento de 15,4% no total, previsto em 15,01 milhões de sacas. O cultivo capixaba engloba tanto o café conilon, que tem montante estimado em 11,06 milhões de sacas, aumento de 9% em relação à safra anterior, quanto a espécie arábica, cuja produção deverá ser de 3,95 milhões de sacas, 38,2% acima do volume colhido na última safra.

Outros aumentos são apontados em São Paulo, onde é esperada uma produção de 5,40 milhões de sacas da espécie arábica, com crescimento de 7,4% em comparação ao resultado obtido em 2023; na Bahia, onde o incremento de 6,4% deve proporcionar 3,61 milhões de sacas em todo o estado; e em Rondônia, cujo volume é estimado em 3,19 milhões de sacas de café conilon, acréscimo de 5,1% em comparação à safra passada. A produção segue em alta também no Rio de Janeiro, Mato Grosso e Goiás. Somente no Paraná, com cultivo predominantemente de café arábica, a previsão é de estabilidade.

Mercado

O Brasil exportou 39,2 milhões de sacas de 60 quilos de café em 2023, o que representa redução de 1,3% na comparação com o ano anterior. Segundo o Boletim da Conab, essa redução da exportação foi influenciada pela restrição dos estoques no início do ano, após as adversidades climáticas que limitaram a produção nacional nas safras 2021 e 2022. O produto foi vendido no mercado internacional para 152 países em 2023, sendo Estados Unidos e Alemanha os principais destinos. Os valores de negociação somaram US$ 8,1 bilhões em 2023, o que representa uma baixa de 12,5% na comparação com o ano anterior.

A produção mundial de café na safra 2023/24 está prevista em 171,4 milhões de sacas de 60 quilos, o que representa uma alta de 4,2% na comparação com a temporada anterior. Os três principais países produtores de café, respectivamente, Brasil, Vietnã e Colômbia, indicam crescimento na safra 2023/24. Quanto ao consumo global de café, calculado em 169,5 milhões de sacas de 60 quilos, tem novo recorde e aumento de 0,3% na comparação com o ciclo anterior.

Os números detalhados da produção brasileira de café e as análises de mercado do grão podem ser conferidos no Boletim completo do 1º Levantamento de Café – Safra 2024, publicado no site da Companhia.

Fonte e Foto: Conab

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Exportações do agro paranaense cresceram 40,8% em volume

A exportação do setor agropecuário paranaense atingiu mais de 30 milhões de toneladas em 2023. Isso representa aumento de 40,8% sobre os 21,3 milhões de toneladas enviados ao Exterior no ano anterior. Em valores financeiros entraram no Paraná US$ 19,4 bilhões somente desse setor. O resultado é 16,2% superior aos US$ 16,7 bilhões de 2022.

Os números foram divulgados nesta quinta-feira (18) pelo Agrostat, plataforma do Ministério da Agricultura e Pecuária que acompanha as exportações e importações do agronegócio brasileiro. O crescimento paranaense nesse segmento foi percentualmente bastante superior ao registrado no Brasil.

Em 2022 as exportações nacionais do setor agro tinham alcançado US$ 158,9 bilhões na venda de 233 milhões de toneladas de produtos. No ano passado o volume subiu para 272 milhões de toneladas (16,7% a mais), enquanto os valores cresceram 4,8%, passando a US$ 166,5 bilhões. O agronegócio foi responsável por 49% da pauta exportadora total brasileira.

Identidade produtiva

Se a exportação paranaense fosse um processo linear, com o mesmo volume a cada dia, o Estado teria exportado 82,3 mil toneladas por dia, ou 3,4 mil toneladas por hora, ou ainda 57 toneladas de produtos agropecuários por minuto.

“O Paraná tem uma identidade produtiva bem definida, ele nasceu e permanece um Estado agrícola, e aprende cada dia mais a transformar os produtos primários, agregando valor e conquistando novos mercados interna e externamente”, afirmou o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.

“Os paranaenses também aprenderam bem cedo que a prosperidade e a obtenção de mais renda dependem de boas relações comerciais, por isso contribuíram no aprimoramento das saídas para o mar, modernizaram seus portos e hoje podem comemorar crescimentos anuais e recordes nas exportações”.

Clima

O chefe do Departamento de Economia Rural (Deral), Marcelo Garrido, salientou que os números de 2023 precisam ser analisados dentro da ótica do que foi 2022. “Aquele foi um ano muito difícil para a agricultura devido às geadas e à estiagem”, ponderou.

Somente na produção de soja a quebra foi de 41,5% em relação à previsão inicial de 21,2 milhões de toneladas, resultando em 12,4 milhões de toneladas. O cálculo de perdas financeiras à época foi de aproximadamente R$ 15 bilhões. “No ano passado, mesmo com excesso de chuvas entre outubro e novembro, a recuperação foi significativa”. A soja, por exemplo, rendeu 22,3 milhões de toneladas.

Produtos

Nos números divulgados pelo Agrostat chama a atenção o volume de exportação do complexo soja, que em 2022 tinha colocado no Exterior 9,2 milhões de toneladas e no ano passado somou 15,9 milhões. Em recursos, saiu de US$ 5,8 bilhões para atingir US$ 8,5 bilhões.

Os cereais também tiveram boa recuperação. Enquanto em 2022 saíram 2,6 milhões de toneladas, em 2023 foram 5 milhões de toneladas. Em valores passou de US$ 875 milhões para US$ 1,3 bilhão.

O setor de carnes teve acréscimo de US$ 61,8 milhões em 2023, fechando o ano com pouco mais de US$ 4,3 bilhões. Em volume subiu de 2,1 milhões de toneladas para 2,3 milhões.

O maior acréscimo em vendas foi em frango, com 9,9% a mais, passando de 1,9 milhão de toneladas para 2,1 milhões. No entanto, houve redução de US$ 18 milhões (0,4%) em relação a 2022, fechando o ano com US$ 3,766 bilhões de faturamento.

Em compensação, os pescados arrecadaram 35,4% a mais. Em 2022 foram US$ 13,8 milhões, enquanto no ano passado o montante chegou US$ 18,7 milhões. Em volume subiu de 5,1 mil toneladas para 5,2 mil.

De carne suína o Paraná vendeu 168 mil toneladas, crescimento de 7% em relação às 157 mil toneladas anteriores. Entraram no Estado US$ 375,6 milhões, ou 12,6% a mais que os US$ 333,5 milhões de 2022.

Entre os principais produtos paranaenses de exportação, a maior queda ficou com o setor florestal. Enquanto foram vendidos 4,1 milhões de toneladas em 2022, rendendo US$ 3,5 bilhões, em 2023 ficou em 3,5 milhões de toneladas para US$ 2,6 bilhões arrecadados.

Países

Com uma lista ampla de produtos agropecuários, o Paraná tem um vasto universo exportador. Em 2023 os produtos do Estado chegaram a 174 países, média que tem sido mantida nos últimos anos. Os maiores valores foram para a China, que pagou US$ 6,9 bilhões aos produtores paranaenses, correspondendo a 36% de toda exportação do Estado. Esse valor é 95,2% superior aos US$ 3,5 bilhões que pagou em 2022.

A União Europeia foi o segundo maior mercado para o Paraná, com US$ 2,5 bilhões em compras e participação de 12,8%, seguido dos Estados Unidos, com US$ 910 milhões. Na outra ponta, a menor transação comercial foi com a República da Quirguízia (ou Quirguistão). Foram vendidos 3 quilos de fécula modificada ao custo de US$ 4.

Logo acima veio Tuvalu, que recebeu 344 quilos de bebidas pagando US$ 359. Esses dois países ainda não tinham adquirido produtos do Paraná.

Fonte: Agrolink via Seagro Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná 

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Trabalho dos LAS precisa dar segurança a produtores

Fundamental para a tomada de decisões no mercado sementeiro, a atuação dos Laboratórios de Análises de Sementes (LAS) passa por um importante momento de harmonização no Brasil. É o que avalia a Doutora em Ciência e Tecnologia de Sementes, Fátima Zorato. Em entrevista à “Revista Apasem”, ela diz que o trabalho realizado no LAS precisa dar a segurança de que o lote analisado não trará prejuízo no momento de semeadura.

Fonte: Apasem Foto: Arquivo Apasem

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Show Rural Coopavel 2024 espera movimentar até R$ 5,5 bilhões

O Show Rural Coopavel, evento que abre oficialmente o calendário do agronegócio nacional, em Cascavel, no Oeste do Paraná, espera movimentar R$ 5,5 bilhões em 2024. Se o valor for alcançado, além de ser recorde, será 10% maior do que os R$ 5 bilhões da edição do ano passado.

Os preparativos para a 36ª edição da feira, que acontecerá de 5 a 9 de fevereiro, já começaram.

As mais de cem montadoras credenciadas para preparar os estandes iniciaram os trabalhos no último dia 2 e têm até o dia 31 de janeiro para deixar tudo pronto para o evento.

A expectativa de público nessa edição é de mais de 300 mil pessoas. Serão 600 expositores.

“Estamos muito animados. Teremos, mais uma vez, um grande evento, e todos são nossos convidados a participar e a conhecer o melhor de um setor fundamental à economia mundial, e que responde por 25% do PIB brasileiro”, destaca o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, cooperativa que promove a feira.

Segundo o coordenador geral do Show Rural, Rogério Rizzardi, pela primeira vez, todo o trecho de rodovia que conecta a cidade de Cascavel ao parque onde o evento acontece está duplicado.

“São cerca de dez quilômetros de distância e, com a reestruturação do trevo Cataratas e a duplicação da BR-277 sentido Curitiba, a ida e o retorno dos visitantes acontecerão com mais segurança e em menor tempo em comparação ao das edições anteriores”, destaca.

Fonte: Canal Rural Foto: AEN