Frutas,verduras,peixe e  grãos no mercado municipal. Fotos:Ari Dias/AEN

Previsão de safra indica 21,3 milhões de toneladas de soja e aumento na produção de feijão

A estiagem em grande parte do Estado foi prejudicial para a soja, que reduziu em 1 milhão de toneladas a previsão inicial do Deral. O feijão, cultivado mais ao sul, recebeu chuvas mais regulares e sofreu menos com calor, resultando em boa produtividade.

Os novos números da Previsão Subjetiva de Safra (PSS), divulgados nesta quinta-feira (30) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), mostram que o feijão pode ter produtividade acima da esperada e que a soja, principal produto agrícola do Estado, foi prejudicada pelas condições climáticas, sobretudo no período entre meados de dezembro e de janeiro.

A produção de soja foi reavaliada para 21,3 milhões de toneladas. Isso representa uma diferença de 4% em relação às 22,3 milhões de toneladas previstas inicialmente. Esse patamar ainda supera em 15% as 18,5 milhões de toneladas obtidas no ano passado.

“Houve uma mudança em relação às ótimas condições de lavoura apresentadas até meados de dezembro, quando ainda havia indicativo de que se pudesse estabelecer um novo recorde para a cultura”, comentou o agrônomo Carlos Hugo Godinho, do Deral.

De acordo com o levantamento feito pelos técnicos do Deral, já foram colhidos cerca de 18% dos 5,77 milhões de hectares. O trabalho se concentra nas regiões que tiveram mais problemas – Oeste, Noroeste e Centro-Oeste. No Núcleo Regional de Toledo, por exemplo, aproximadamente 84% da área já está colhida.

A produtividade média do Estado até o momento está em 134 sacas por alqueire (55 sacas por hectare). No entanto, a disparidade observada é grande mesmo em áreas próximas. “A evolução dos trabalhos deve trazer melhores resultados, especialmente na região Sul”, acredita Godinho. Espera-se que nessa região cheguem a 160 sacas por alqueire (66 por hectare).

Os recuos dos preços também preocupam os produtores. Mesmo com valorização nos preços internacionais, a correção cambial e a entrada da nova safra pressionam a cotação interna. Em 19 de dezembro do ano passado o preço de balcão da saca era de R$ 127,57 em média. Na última quarta-feira (29) estava em R$ 117,83, recuo de 8%.

Feijão

O feijão de primeira safra está praticamente todo colhido no Paraná, com estimativa de produção em alta. Provavelmente serão retiradas 341,7 mil toneladas dos 169,2 mil hectares semeados nesta safra. No ano passado foram cultivados 107,8 mil hectares, com produção de 160,4 mil toneladas.
Ainda que tivessem sido observados problemas pontuais nesta safra, conhecida como “das águas”, a produtividade da região Sul, que concentra 74% do plantio, se destacou com chuvas um pouco mais regulares e temperaturas mais amenas. O destaque ficou com a região dos Campos Gerais, onde a produtividade foi de 2.378 quilos por hectare.

“Esse valor foi atingido em função de investimento em tecnologia aliada a uma condição climática excepcional, tendo em vista o ciclo curto da cultura”, ponderou Carlos Hugo Godinho. A produtividade média paranaense neste período é de 2.020 quilos por hectare.
No entanto, a grande oferta momentânea reflete no preço pago ao produtor. Essa situação pode levar alguns produtores a recuarem na intenção do plantio da segunda safra de feijão, conhecida como “da seca”. Cerca de 25% dos 365,8 mil hectares previstos já estão semeados. As lavouras têm bom desenvolvimento, com estimativa de produzir 666,8 mil toneladas.

Milho

A colheita da primeira safra do produto está iniciando agora, com estimativa de terem sido retirados apenas 5% dos 260,7 mil hectares plantados. A condição do produto é boa para 93% das lavouras. “A produtividade é um pouquinho melhor nas regiões em que teve chuva e a expectativa é que melhore mais”, disse Godinho.

A segunda safra, que deve cobrir mais de 2,5 milhões de hectares, tem apenas 9% de plantio efetivado. O retorno das chuvas em várias regiões do Paraná tende a beneficiar essa cultura e resultar em uma colheita superior a 15,5 milhões de toneladas.

Cebola

A safra de cebola 2024/25 está encerrada no Paraná. Foram colhidas 131,7 mil toneladas, volume 51,8% superior às 88,8 mil toneladas do ciclo anterior. “O tempo seco na virada do ano contribuiu para a evolução rápida das colheitas já em janeiro, o que tinha sido observado somente em duas outras safras na década passada”, analisou o engenheiro agrônomo Paulo Andrade, do Deral.

A maior parte (47,6%) saiu dos campos de Guarapuava, seguida por Curitiba (26,1%) e Irati (17%), que são responsáveis por 90,8% da cebola colocada no mercado paranaense. Até a última semana os produtores já tinham comercializado cerca de 92,5 mil toneladas.

O negativo é o preço recebido pelo produtor. Em dezembro de 2023 a cotação estava em R$ 59,06 a saca de 20 quilos. No último mês, pela mesma saca, eram pagos R$ 18,99. “O excesso de cebolas na atual safra em todo o País contribuiu para os preços baixos em todos os elos da cadeia”, registrou o agrônomo do Deral.

Batata

A batata de primeira safra está com cerca de 83% da área de 17 mil hectares colhida, com boa qualidade de produto. Dos nove núcleos regionais que plantam essa cultura, cinco já terminaram a colheita. “Mesmo com o período de seca, pela natureza do produto, 95% das lavouras estão em boas condições a campo”, comentou Paulo Andrade.

A segunda safra de batata ultrapassa os 52% de plantio nos 11,2 mil hectares, e nada foi colhido ainda. Da mesma forma, as lavouras têm se comportado bem em pelo menos 93% das áreas. A expectativa é que as duas safras somadas resultem em 900 mil toneladas de batatas no Estado.

Fonte: AEN Foto: Ari Dias/AEN

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Show Rural 2025: quais as novidades da maior feira do agronegócio da América Latina?

As melhorias para a edição de 2025 ultrapassam os portões do Parque Tecnológico. Tem novidades em relação ao estacionamento para veículos e um espaço exclusivo para ônibus das caravanas.

O Parque Tecnológico será ocupado por 600 expositores do Brasil e exterior. Deverão circular cerca de 360 mil pessoas, mas a expectativa é de que o número de visitantes supere 2024, quando passaram quase 400 mil pessoas.

Para receber tanta gente e faltando poucas semanas para o início da feira, o ritmo do trabalho de montagem da estrutura interna no parque fica cada vez mais acelerado.

A preocupação com a comodidade dos visitantes ultrapassa o portão de entrada. Uma área de quatro hectares, localizado ao lado do parque, está entre as principais novidades da 37ª edição do Show Rural.

A estrada de acesso, que fica ao lado do portal principal, na BR-277, foi cascalhada. Os motoristas dos ônibus que trazem as caravanas não vão mais precisar estacionar em áreas, que ficavam muitas vezes distante da feira. Todos os veículos poderão permanecer no terreno.

A outra novidade é a ampliação do estacionamento de veículos. A capacidade subiu de 14 mil para 17 mil vagas. Elas são disponibilizadas sem custos aos visitantes.

Mais de 2,5 mil pessoas trabalham desde o começo do ano na montagem das estruturas, mas nos próximos dias, com a chegada dos expositores, o número pode chegar a 5 mil trabalhadores.

A abertura do Show Rural Coopavel acontece com tradicional missa, a qual é transmitida ao vivo pelo Grupo Catve de Comunicação em 9 de fevereiro.

A programação oficial da Feira começa em 10 de fevereiro e segue até o dia 14 às 18h.

Fonte: Catve

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Congresso Brasileiro de Soja 2025: Inscrições com descontos é prorrogada

O X Congresso Brasileiro de Soja será promovido de 21 a 24 de julho em 2025, em Campinas (SP), em uma edição comemorativa dos 50 anos da Embrapa Soja, para aproximadamente 2 mil congressistas, entre pesquisadores, profissionais do agronegócio, produtores e acadêmicos. A Comissão Organizadora do CBSoja está buscando sugestões de tema para o evento, assim como conteúdos para compor a programação técnica.

Até amanhã, dia 31 de janeiro, as inscrições podem ser feitas com desconto no site cbsoja.com.br

Fonte: Embrapa Soja

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Qual o impacto da IA no agro?

O Brasil, reconhecido como potência global do agronegócio, está integrando a Inteligência Artificial (IA) para transformar o setor e torná-lo ainda mais competitivo e sustentável. Segundo dados compilados por Lucas Ferreira, Operador de Máquinas Pesadas e Agrícolas, com base em informações da Embrapa e cases de mercado, a tecnologia está impulsionando a eficiência em várias frentes do campo.

Startups como a Agrosmart utilizam drones e sensores para monitorar solo e plantas, otimizando o uso de recursos como água e defensivos agrícolas, o que resulta na redução de custos e impactos ambientais. Além disso, algoritmos inteligentes estão sendo usados para antecipar secas, chuvas e outras condições climáticas, protegendo importantes safras de soja, milho e café, pilares da economia agrícola nacional. Em algumas regiões, como o Mato Grosso, a tecnologia de máquinas autônomas, como os tratores da John Deere, já está em operação, aumentando a produtividade e reduzindo a necessidade de mão de obra em áreas remotas. Empresas como a TMG também estão se destacando ao desenvolver sementes resistentes às mudanças climáticas, garantindo safras mais robustas mesmo em cenários adversos.

Apesar dos avanços, a conectividade no meio rural ainda representa um desafio, especialmente para pequenos produtores. Contudo, iniciativas como o programa Agricultura 4.0 e a expansão da tecnologia 5G nas áreas agrícolas têm o potencial de democratizar o acesso a essas inovações, promovendo inclusão digital no setor.

Segundo ele, o impacto da IA já é visível: cooperativas como a Cocamar, no Paraná, conseguiram reduzir perdas em 20% com a adoção dessa tecnologia. Projeções indicam que a produtividade agrícola no Brasil pode crescer até 40% até 2030, consolidando o país como líder global em inovação agroindustrial

Fonte e Foto: Agrolink/Leonardo Gottems

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BNDES libera R$ 6,4 bilhões para a EPR avançar com obras nas rodovias do Paraná

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) confirmou nesta quarta-feira (29) a liberação de R$ 6,4 bilhões para a EPR Litoral Pioneiro, concessionária que controla o lote 2 das rodovias do Paraná. Os recursos serão usados para viabilizar as obras que constam no contrato assinado em janeiro de 2024.

São R$ 829 milhões em financiamento direto e R$ 5,55 bilhões em emissão de debêntures. Os debêntures foram divididos em seis séries com vencimentos para 25 anos, sendo que a primeira terá taxa de IPCA + 8,81% ano ano e as demais com IPCA + 7,62% ao ano.
A empresa é responsável por 604 quilômetros de estradas no estado e tem a obrigação contratual de entregar a duplicação de 350 quilômetros e terceiras faixas na BR-277 entre Curitiba e Paranaguá, no litoral do estado. As obras estão concentradas em trechos federais (BR-153/277/369) e estaduais (PR-092, PR-151, PR-239, PR-407, PR-408, PR-411, PR-508, PR-804 e PR-855).

“Com essa ação, o governo federal, por meio do BNDES, está viabilizando um projeto que contribui para superar gargalos em infraestrutura e mobilidade, promove a conectividade inclusiva, reduz a geração de efluentes e evita emissões de gases de efeito estufa, além de garantir uma das principais vias de escoamento da safra do Paraná”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), participou do evento do anúncio do BNDES.

Investimentos totais superam R$ 16 bilhões

A estimativa que consta no contrato assinado com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) é de que sejam investidos R$ 10,8 bilhões em obras, além de R$ 5,5 bilhões para conservação e serviços, até 2054.

“A concessão da EPR Litoral Pioneiro é estratégica para o Paraná, modernizando o corredor logístico do Porto de Paranaguá e promovendo o desenvolvimento do Litoral e das regiões de Campos Gerais e Norte Pioneiro. Essa operação é um marco que reforça nosso compromisso em entregar resultados com eficiência, segurança e responsabilidade”, acrescentou o diretor-presidente da EPR, José Carlos Cassaniga.

A EPR arrematou o lote 2 das rodovias paranaenses em setembro de 2023 ao oferecer um desconto de 0,08% sobre a tarifa do pedágio — não houve concorrência no leilão realizado na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) — o que frustrou o setor produtivo e o governo do Paraná. Esse lote, de um total de seis, é considerado o mais estratégico por fazer a ligação do Norte do Paraná com o Porto de Paranaguá, sendo fundamental para o escoamento da produção do estado.

A concessionária também arrematou o lote 6 das rodovias do Paraná em dezembro de 2024 em um cenário idêntico, sem concorrência e com desconto de 0,08%. O contrato deve ser assinado em abril deste ano e dará à EPR o controle de mais 662 quilômetros de estradas, que incluem BR-163, BR-277, PR-158, PR-180, PR-182, PR-280 e PR-483, no oeste e sudoeste do estado. O contrato prevê investimento total de R$ 20 bilhões, contando obras e manutenção.

Fonte e Foto: Gazeta do Povo

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Expo Cocari: estande da Sementes Cocari apresenta cultivares e inovações para 2025

A Expo Cocari, que acontecerá nos dias 4, 5 e 6 de fevereiro em Mandaguari, promete ser um evento repleto de oportunidades para os produtores rurais. Um dos destaques será o estande da Sementes Cocari, onde os visitantes poderão explorar o portfólio completo da Cocari e conhecer as cultivares plantadas em duas épocas.

Gilberto Tateyama, gerente de Negócios Sementes da Cocari, e responsável pelo estande, explica: “Aqui, os produtores poderão caminhar e comparar o desenvolvimento das cultivares em diferentes épocas de plantio. Isso é fundamental para que eles tenham uma visão mais clara sobre como cada cultivar se comporta.”

No estande, as equipes de laboratório e produção estarão disponíveis para discutir o rigoroso controle de qualidade das sementes Cocari. “O laboratório vai explicar todo o processo de controle de qualidade, que é essencial para garantir que nossos cooperados recebam sementes de alto padrão”, destaca Gilberto.

A equipe de produção vai explicar sobre a condução nos campos, como é feito, em quais locais, e também os critérios de entrada dessas sementes na UBS (Unidade de Beneficiamento de Sementes).

Parceiros

Os parceiros da Cocari também estarão presentes, apresentando suas genéticas e inovações. Entre os principais licenciados estão Brasmax, Monsoy, TMG, Soytech, Golden Haverst, Fundação Pro-Sementes e Embrapa. No segmento de trigo, a Biotrigo, OR Sementes e Embrapa também farão parte do evento. “Vamos ter momentos dedicados para discutir as biotecnologias que compõem nossas cultivares e o tratamento de sementes, com destaque para os produtos da Standak® Top e Dermacor®”, acrescenta.

Tateyama enfatiza a importância de oferecer aos cooperados cultivares cada vez mais produtivas. “Nosso objetivo é que os produtores saiam daqui com a certeza de que estão escolhendo as melhores opções para suas lavouras, adaptadas às condições de solo e clima de suas regiões. Cada produtor deseja colher bem, e estamos aqui para ajudá-los a alcançar essa meta”, conclui.

Com uma abordagem focada na produtividade e na adaptação das cultivares, o estande de sementes da Cocari na Expo Cocari será uma oportunidade imperdível para os agricultores que buscam maximizar seus resultados e garantir uma safra de sucesso em 2025.

Fonte: Assessoria de Imprensa Cocari

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Bela Sementes no BelaSafra 2025: inovação, tecnologia e genética

A Bela Sementes, empresa do Grupo Belagrícola e uma das líderes no mercado de sementes de soja, apresenta no BelaSafra 2025 soluções tecnológicas com demonstrações práticas, que segundo os técnicos da empresa já fazem e farão a diferença no campo, agregando valores na próxima safra e oportunizando negócios.

O espaço da Bela Sementes, na UDT – Unidade de Difusão Tecnológica – da Belagrícola em Cambé (PR), local do evento entre 28 e 31 de janeiro, possibilita ao produtor o conhecimento do Tratamento Industrial de Sementes (TSI), os benefícios e as vantagens deste tratamento com o Seedcare do Institute da Syngenta e entre outras coisas, a proteção que o TSI traz contra doenças, pragas, além da promoção do desenvolvimento radicular.

A vitrine especial da Bela Sementes apresentará também novidades em tecnologia embarcada nas sementes, explicando como a biotecnologia Intacta i2X possibilita proteção contra as principais lagartas da cultura da soja, além de maior controle de plantas daninhas. A tecnologia Enlist, para as sementes de soja, é outra biotecnologia que será apresentada e permite o uso de herbicidas específicos no controle de ervas daninhas em plantas resistentes, controle de lagartas, procedimentos que flexibilizam o manejo da lavoura.

A Bela Sementes, com sede em Tamarana (PR), apresenta uma ampla linha de produtos, atende produtores de todas as regiões do Brasil e é reconhecida por sua qualidade técnica, inovação e compromisso com o desenvolvimento sustentável da agricultura. Segundo Bruno Pozzobom, gerente comercial da Bela Sementes, a sementeira segue os rigorosos padrões de qualidade e segurança, exigidos em todos os processos, para entregar as melhores sementes aos produtores, associando genética e tecnologia.

Fonte e Foto: Conexão Agro

Cascavel - 28-10-2020 - Produtor rural -Foto : Jonathan Campos / AEN

Adesão obrigatória da nota fiscal eletrônica do produtor rural é prorrogada para julho

A Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) e a Receita Estadual prorrogaram o prazo para que agricultores e pequenos pecuaristas adotem a versão eletrônica da Nota Fiscal do Produtor Rural (NFP-e). Com o novo adiamento, os produtores terão até o dia 1º de julho de 2025 para se adequar às novas regras.

Dessa forma, a partir do segundo semestre, a NFP-e será exigida nas operações internas de produtores rurais que tiveram receita bruta acima de R$ 360 mil em 2023 ou 2024 e também nas operações interestaduais, independentemente do valor. Para as demais operações praticadas por produtores rurais, o uso da nota eletrônica será obrigatório somente a partir de 5 de janeiro de 2026.

A NFP-e é um documento exclusivamente digital, emitido e armazenado eletronicamente, destinado a registrar transações que envolvam a circulação de mercadorias para fins fiscais. Ao substituir o documento em papel, a NFP-e (modelo 55) possui as mesmas atribuições e validade jurídica que a Nota Fiscal de Produtor (modelo 4), que será gradualmente substituída pelo ambiente eletrônico.

De acordo com o secretário da Fazenda, Norberto Ortigara, o novo prazo atende pedido do próprio setor agropecuário. “A medida acolhe sugestões dos produtores, especialmente das cooperativas, que enfrentam dificuldades de conectividade e de adaptação dos sistemas. Enquanto isso, continua obrigatória a emissão da nota fiscal em papel”.

Mais eficiência

Desde 1º de janeiro de 2021, os produtores rurais com faturamento anual superior a R$ 200 mil já estavam obrigados a utilizar a NFP-e em operações interestaduais. A partir de 2025, porém, essa obrigatoriedade se estenderá para todas as operações, tanto internas quanto interestaduais, independentemente do valor em questão.

A exigência já passou por alguns adiamentos. Originalmente, a previsão era que o documento se tornasse obrigatório ainda em maio de 2024, mas o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) postergou a data para janeiro de 2025 por causa das chuvas que assolaram o Rio Grande do Sul no ano passado. Depois, o prazo foi adiado para 03 de fevereiro e, agora, para 1º de julho.

A principal vantagem da NFP-e é a praticidade. Além de reduzir os erros de escrituração, a nota eletrônica também representa um significativo ganho de tempo para o produtor. Com ela, o documento fiscal pode ser emitido de qualquer lugar pela internet, evitando a necessidade de ir às prefeituras para buscar ou entregar as notas fiscais.

Ela também garante mais agilidade e eficiência por parte da Receita Estadual, já que a nota eletrônica é gerada e autorizada imediatamente. A medida também reduz o consumo de papel e diminui os gastos públicos.

Como emitir

A NFP-e pode ser emitida de três formas: pelo Portal Receita PR, pelo Nota Fiscal Fácil (NFF) ou mesmo por um software adquirido de terceiros que seja cadastrado para este fim.

Fonte: AEN Foto: Jonathan Campos

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Safra 2025: Primeira estimativa para a produção brasileira de café é de 51,8 milhões de sacas

A primeira estimativa da safra brasileira de café para 2025 aponta para uma produção total de 51,8 milhões de sacas de café beneficiado, representando uma redução de 4,4% em relação à safra anterior, conforme divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nesta terça-feira (28). Em um ano marcado pelo ciclo de baixa bienalidade, os efeitos da restrição hídrica e altas temperaturas nas fases de floração impactaram a produtividade, que deverá atingir uma média nacional de 28 sacas por hectare, 3% abaixo do rendimento de 2024. Já a área total destinada ao cultivo do café no Brasil apresentou crescimento de 0,5%, alcançando 2,25 milhões de hectares, sendo 1,85 milhão de hectares em produção e 391,46 mil hectares em formação.

Para o café arábica, a estimativa aponta uma produção de 34,7 milhões de sacas, uma queda de 12,4% em relação ao ano anterior. Esse desempenho reflete o ciclo de baixa bienalidade e as adversidades climáticas, especialmente em Minas Gerais, maior produtor do país, onde a redução foi de 12,1%. Já para o café conilon, a produção deverá alcançar 17,1 milhões de sacas, um crescimento expressivo de 17,2%, impulsionado principalmente pelos bons resultados no Espírito Santo, que responde por 69% da produção nacional dessa espécie.

Os estados produtores apresentam realidades diversas: Minas Gerais, maior produtor nacional, deve alcançar 24,8 milhões de sacas, uma redução de 11,6% em relação ao ano anterior, devido ao ciclo de baixa bienalidade e à seca prolongada que antecedeu a floração. O Espírito Santo, segundo maior produtor, prevê um crescimento de 9%, com 15,1 milhões de sacas, impulsionado pela produção de conilon, estimada em 11,8 milhões de sacas (+20,1%), devido aos bons volumes de chuvas registrados entre julho e agosto, viabilizando a emissão das primeiras floradas e pegamento, resultando em bom potencial produtivo, enquanto o arábica deve recuar 18,1%. São Paulo, exclusivamente produtor de arábica, projeta 4,6 milhões de sacas, uma redução de 15,3% causada pela baixa bienalidade e condições climáticas adversas. Na Bahia, a produção total deve crescer 11,3%, com 3,4 milhões de sacas, sendo 2,2 milhões de conilon e 1,2 milhão de arábica. Rondônia, exclusivamente produtor de conilon, deve alcançar 2,2 milhões de sacas (+6,5%), enquanto Paraná e Rio de Janeiro, predominantemente de arábica, estimam produções de 675,3 mil e 373,7 mil sacas, respectivamente. Goiás e Mato Grosso projetam reduções devido à bienalidade negativa e condições climáticas, com produções de 195,5 mil e 267,6 mil sacas, respectivamente.

Mercado

As projeções para a safra atual apontam um cenário de maior restrição na oferta global de café, com estoques em patamares historicamente baixos e uma demanda crescente no mercado internacional. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a produção mundial para 2024/25 está estimada em 174,9 milhões de sacas, um avanço de 4,1% em relação à safra anterior, enquanto o consumo global deve alcançar 168,1 milhões de sacas, gerando um estoque final de 20,9 milhões de sacas, o menor das últimas 25 temporadas. Esse quadro tem sustentado a alta nos preços internacionais, com o café arábica e o robusta registrando elevações significativas nas bolsas de Nova Iorque e Londres, respectivamente.

Em 2024, o Brasil alcançou um recorde histórico na exportação de café, com o envio de 50,5 milhões de sacas de 60 quilos ao mercado internacional, um crescimento de 28,8% em relação ao ano anterior, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

O desempenho gerou uma receita de US$ 12,3 bilhões, marcando um aumento de 52,6% na comparação com 2023. Esse crescimento expressivo foi impulsionado por dois fatores principais: a valorização do café no mercado externo, em um contexto global de oferta restrita, e a alta do dólar frente ao real, cuja cotação média subiu de R$ 4,91/US$ em janeiro para R$ 6,10/US$ em dezembro de 2024, uma variação de 24,1% no período.

Os estoques nacionais de café registraram queda significativa, sendo um dos fatores o aumento expressivo das exportações. Ao final do primeiro semestre de 2024, o volume armazenado era de 13,7 milhões de sacas, 24% abaixo do registrado em 2023. A tendência é de novos recuos nos estoques devido à forte demanda externa, o que deve ser observado também em escala global.

Os números detalhados da produção brasileira de café e as análises de mercado do grão podem ser conferidos no Boletim completo do 1º Levantamento de Café – Safra 2025, publicado no site da Companhia.

Fonte: Conab Foto: Divulgação