Palotina - 28-10-2020 - Lavoura de soja na região Oeste do Paraná -Foto : Jonathan Campos / AEN

Com escalonamento, vazio sanitário da soja começa em 2 de junho no Paraná

O Ministério da Agricultura e Pecuária estabeleceu as datas do vazio sanitário para a safra 2025/26. No Paraná foi escalonada em três períodos, com o primeiro iniciando em 2 de junho. O vazio é uma medida fitossanitária para evitar a proliferação do fungo da ferrugem asiática.

Com a medida de escalonamento, são respeitados os diversos microclimas do Estado, estabelecendo-se os períodos mais adequados para o plantio da oleaginosa, com o objetivo de reduzir a propagação do fungo Phakopsora pachyrhizi.

Durante o vazio sanitário não é permitido cultivar ou manter plantas vivas de soja no campo, com o objetivo de que não se torne hospedeira do fungo e fonte de multiplicação da doença no ciclo do grão. Devido à severidade do ataque, disseminação, custos de controle e o potencial de redução de produtividade da lavoura, a ferrugem é considerada a principal doença da oleaginosa.

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) é a responsável pela fiscalização no território paranaense e tem a missão de responsabilizar e aplicar as penalidades previstas em legislação para os produtores que não fizerem a erradicação das plantas vivas de soja durante o período do vazio sanitário. É dela também a responsabilidade pelo cumprimento das datas para a janela de plantio da cultura no Estado.

Segundo o chefe do Departamento de Sanidade Vegetal da Adapar, Paulo Roberto de Paula Brandão, é importante que todos os agricultores adotem esse cuidado em suas propriedades. “A prática do vazio sanitário da soja beneficia o agricultor, que terá essa doença cada vez mais tarde necessitando menos aplicações de fungicidas, além de auxiliar na manutenção da eficácia desses produtos para o controle da ferrugem”, disse.

Ele afirmou que a medida sanitária somente será efetiva com o monitoramento de todos os locais que possam conter plantas vivas de soja e a eliminação imediata caso alguma seja detectada.

“Assim, além das lavouras em pousio, os cultivos de inverno, como trigo, aveia e cevada, também devem estar sob vigilância para o efetivo controle de qualquer planta de soja que possa aparecer”, reforçou. “As áreas em beiras de rodovias e estradas de acesso às propriedades devem ser inspecionadas e, se constatadas plantas voluntárias de soja, deve-se proceder a eliminação”.

Regiões

A Portaria n.º 1.271, de 30 de abril de 2025, da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária, estabeleceu as normas para o período.

Na Região 1, na qual estão os municípios do Sul, Leste, Campos Gerais e Litoral paranaense, não é permitida nenhuma planta de soja no solo entre os dias 21 de junho e 19 de setembro. A semeadura poderá ser feita no período de 20 de setembro de 2025 a 20 de janeiro de 2026.

A Região 2, que compreende a maioria dos municípios, particularmente os localizados no Norte, Noroeste, Centro-Oeste e Oeste, tem o vazio sanitário iniciado mais cedo. Ele começa em 2 de junho e se estende até 31 de agosto. Para essas cidades o plantio da soja está liberado a partir de 1.º de setembro de 2025 e termina em 31 de dezembro.

Operação da Adapar visa baixar incidência e reforçar prevenção e controle de doença dos citros

Por fim, a Região 3, com os municípios do Sudoeste do Estado, tem o vazio sanitário determinado para iniciar em 12 de junho, estendendo-se até 10 de setembro. A data de plantio foi definida entre 11 de setembro e 10 de janeiro de 2026.

No caso da Região 3, houve um pedido formulado pela Adapar e o setor produtivo para que fosse antecipado o período de início do vazio sanitário que, no ano passado, foi em 22 de junho. A reivindicação foi aceita pelo Ministério.

“A semeadura até pode ocorrer em data imediatamente anterior, mas a germinação e a presença de plântulas de soja devem respeitar exatamente os períodos de janela definidos na portaria”, salientou o coordenador da área de Prevenção e Controle de Pragas em Cultivos Agrícolas e Florestais da Adapar, Marcílio Martins Araújo.

Fonte e Foto: AEN

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Workshop Embrapa Soja 50: histórico e perspectiva

A Embrapa Soja foi criada em 16 de abril de 1975 e, desde então, atuou na estruturação de uma ampla rede interinstitucional de parceiros com o objetivo de gerar soluções tecnológicas sustentáveis para produzir soja em regiões tropicais. Como parte das comemorações dos seus 50 anos, no dia 26 de maio, a Unidade promove o Workshop Embrapa Soja 50 anos: histórico e perspectivas. O objetivo é destacar a relevância da soja, a contribuição da Embrapa e seus parceiros para a sojicultora brasileira, assim como pensar e projetar o futuro da pesquisa e os novos caminhos para esta cultura.

Programação

Data: 26 de maio

Horário: 13h30 – 18h

Local: Embrapa Soja (Londrina, PR)

13h30 – Recepção de convidados e solenidade de abertura

14h15 – PAINEL 1: Liderança brasileira na produção mundial de soja: papel da Embrapa Soja

  • Décio Luiz Gazzoni, Ex-Chefe-Geral da Embrapa Soja e Ex-Diretor Embrapa
  • Antônio Márcio Buainain, Professor Livre Docente da Unicamp
  • Rubens José Campo, Ex-Chefe-Geral da Embrapa Soja
    Moderador: Ricardo Manuel Arioli Silva, Consultor da CNA
    15h45 – Intervalo para café
    16h10 – PAINEL 2: Desenvolvimento tecnológico e inovação como base para manutenção da sustentabilidade produtiva de soja brasileira
  • Maurício Buffon, Presidente da Aprosoja Brasil
  • Carlos Ernesto Augustin, Assessor Especial do Ministro da Agricultura e Pecuária
  • Romeu Afonso de Souza Kiihl, Ex-Pesquisador da Embrapa Soja
  • José Francisco Ferraz de Toledo, Ex-Chefe-Geral da Embrapa Soja
    Moderador: Alexandre Lima Nepomuceno, Chefe Geral da Embrapa Soja
  • Fonte: Embrapa Soja

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Confira como está o mercado de trigo

Segundo informações da TF Agroeconômica, a semana começou com movimentações distintas no mercado de trigo do Sul do Brasil. No Rio Grande do Sul, produtores estão mais receptivos à nova realidade cambial e alguns passaram a flexibilizar suas pedidas. No interior do estado, há lotes sendo ofertados entre R$ 1.450,00 e R$ 1.470,00, enquanto compradores preferem aguardar o fechamento do mês, mas já se questionam se não aparecerão ofertas ainda mais baixas.

Para a próxima safra, os preços para entrega e pagamento em dezembro estão na casa dos R$ 1.340,00 sobre rodas no porto, mas os moinhos seguem fora das compras. Em Panambi, os preços pagos na “pedra” caíram para R$ 73,00 a saca.

Em Santa Catarina, o cenário é de ligeira, mas firme, valorização nos preços da safra velha, com negócios pontuais entre R$ 1.500,00 e R$ 1.520,00 FOB, enquanto o trigo gaúcho chega a R$ 1.560,00 no estado. Já para a safra nova, não há movimentação relevante, com ausência tanto de ofertas quanto de procura. Os preços da saca na “pedra” seguem estáveis: R$ 78,00 em Canoinhas, R$ 75,00 em Chapecó (há três semanas), R$ 79,00 em Joaçaba (há quatro semanas), R$ 80,00 em Rio do Sul, R$ 78,00 em São Miguel do Oeste e R$ 80,00 em Xanxerê (há quatro semanas).

No Paraná, o mercado apresenta aumento nos preços do trigo, mas os valores das farinhas permanecem inalterados, pressionando as margens dos moinhos. A cotação média nos moinhos ficou em R$ 1.600,00, enquanto vendedores ainda pedem entre R$ 1.650,00 e R$ 1.700,00 FOB, o que resultou em uma semana com poucos negócios fechados. Trigos importados chegaram a US$ 310,00 (argentinos) e US$ 290,00 (paraguaios) nos moinhos dos Campos Gerais. Para a safra futura, compradores trabalham com ideias entre R$ 1.450,00 e R$ 1.500,00.

Ainda no Paraná, a média de preços da saca subiu 0,33% e chegou a R$ 80,16, segundo o Deral. Com o custo de produção em R$ 73,53, o lucro médio do triticultor caiu de 13,39% para 8,85%, mas continua em patamar positivo e relevante, refletindo a resiliência do setor mesmo diante dos desafios de mercado.

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems Foto: Divulgação

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Pedágio: empresas devem iniciar operações na região dos lotes 3 e 6 até o fim de maio

Com a assinatura dos contratos de concessão dos lotes 3 e 6 de rodovias no Paraná, formalizada em cerimônia em Brasília nesta segunda-feira (28), as empresas passam a ter um prazo de 30 dias para assumir a operação dos trechos e iniciar ações preliminares, com foco na segurança viária e no conforto dos usuários, segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Juntos, os dois lotes totalizam 1.231 quilômetros de rodovias federais e estaduais que passarão a ser administradas pela iniciativa privada pelos próximos 30 anos. As empresas vencedoras dos leilões vão investir, ao todo, R$ 36 bilhões na manutenção e ampliação da malha rodoviária, segundo o governador do Paraná, Ratinho Junior.

O Ministro dos Transportes, Renan Filho, falou em seu discurso, na cerimônia de assinatura, sobre o investimento total no Paraná com o projeto de concessão das rodovias.

Vencido pela CCR, o Lote 3 faz parte da Malha Norte, que abrange 22 cidades e faz a ligação do Norte do estado com o eixo rodoviário da BR-277, chegando até o Porto de Paranaguá. São 569 quilômetros envolvendo as BRs 369, 373 e 376 além das estaduais PR-170, PR-323, PR-445 e PR-090. A CCR S/A será responsável por aplicar R$ 16 bilhões no Lote 3.

Já o Lote 6 engloba 662 quilômetros de estradas que passam por mais de 30 cidades das regiões Oeste e Sudoeste do Paraná e completa o eixo da 277, desde a fronteira com o Paraguai e a Argentina, até Paranaguá. O pacote ficou com a EPR e inclui além da BR-277 também a BR-163 e as PRs 158, 180, 182, 280 e 483. A EPR investirá R$ 20 bilhões no Lote 6.

Além dos quatro lotes já leiloados, outros dois vão à B3 ainda este ano, em setembro. Em conjunto, o pacote completo deve destravar investimentos importantes, num cenário que será de tarifas mais baixas do que em contratos anteriores.

Fonte: CBN Foto: Divulgação

Wheat seeds pouring out of hand representing good yields and successful harvest.

Anec revisa para baixo estimativa de exportação de soja do Brasil em abril

A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu a previsão de exportação de soja do Brasil para o mês de abril. De acordo com relatório divulgado nesta quarta-feira (23), a nova estimativa aponta para o embarque de 14,3 milhões de toneladas do grão, volume 200 mil toneladas inferior à projeção divulgada na semana anterior.

Em relação ao farelo de soja, a Anec manteve a estimativa de exportações em 2,4 milhões de toneladas para o mesmo período. As informações fazem parte do acompanhamento semanal realizado pela entidade, que reúne dados de embarques e movimentações logísticas do setor exportador de grãos.

Fonte: Portal do Agronegócio Foto: Divulgação

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Valor repassado em crédito rural supera os R$ 274 bilhões até março

Até o mês de março, o valor repassado em crédito rural foi de R$ 274,14 bilhões, de um total de R$ 476,6 bilhões disponibilizados para a safra 2024/2025, segundo levantamento realizado pela Gerência de Desenvolvimento Técnico do Sistema Ocepar (Getec), em parceria com a empresa de consultoria Fator Agro, com base em dados do Banco Central do Brasil. Na safra 2023/2024, o volume total aplicado foi de R$ 416,49 bilhões, com um valor acumulado de R$ 330,96 bilhões até este período, o que, comparativamente mostra que houve uma redução de 17% no montante captado nesse intervalo.

Fontes

Na safra 2024/25, os recursos aplicados no crédito rural são provenientes de diversas fontes, sendo a principal os Recursos Livres, que representam 53% do total. Outras fontes incluem Recursos Obrigatórios (16%), Poupança Rural (12%), Fundos Constitucionais (8%), BNDES (8%) e outras fontes (4%). Esses dados, fornecidos pelo Banco Central do Brasil, demonstram a diversificação das origens de financiamento disponíveis para o setor rural.

As cooperativas brasileiras captaram R$ 45,91 bilhões na safra 2023/2024. No Paraná, o montante captado foi de R$ 15,51 bilhões, representando 34% da participação nacional, o que evidencia a relevância das cooperativas no financiamento rural. Para a safra 2024/2025, até o momento, as cooperativas brasileiras captaram R$ 25,78 bilhões, sendo R$ 7,14 bilhões referentes às cooperativas paranaenses, o que corresponde a aproximadamente 27% do total captado no país.

Clique aqui e confira o Informe de Crédito Rural em arquivo PDF

Fonte: Sistema Ocepar Foto: AEN

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Exportações do agronegócio brasileiro batem recordes

De acordo com dados do Itaú BBA, a colheita avançada impulsionou fortemente as exportações brasileiras em março de 2025, especialmente no setor agrícola. A soja foi destaque, com 14,7 milhões de toneladas exportadas, mais que o dobro de fevereiro e 17% acima de março de 2024 e representando o maior volume já registrado para o primeiro trimestre. Apesar disso, os preços caíram 8,2% na comparação anual, ficando em US$ 397,7/t.

Entre os derivados da oleaginosa, o óleo de soja teve crescimento expressivo de 53% frente a março de 2024, com 204,2 mil toneladas exportadas a US$ 1.009,2/t, um aumento de 14% nos preços. O farelo de soja também apresentou alta de 15% no volume, com 1,98 milhão de toneladas, embora os preços tenham recuado 20%, para US$ 358,5/t.

As proteínas animais também tiveram bom desempenho. A carne bovina in natura atingiu 215,4 mil toneladas, alta de 30% sobre março do ano anterior e 13% frente a fevereiro, com preços médios 8,2% maiores que em 2024, a US$ 4.898,9/t. A carne de frango in natura teve leve avanço de 3% no volume (408,8 mil t) e aumento de 6,5% nos preços.

Outros produtos também mostraram desempenho positivo. O milho teve aumento de 104% nas exportações, com 870,7 mil t vendidas a US$ 238/t, e o café, que teve alta de 5% no volume (219,1 mil t), surpreendeu nos preços: salto de 83,2% em relação a março de 2024, chegando a US$ 6.501,6/t.

No setor sucroenergético, o etanol cresceu 20%, atingindo 259,2 mil m³, a US$ 580,4/m³. Já o açúcar VHP e o refinado apresentaram quedas de 32% e 25% nos volumes, respectivamente, com recuos também nos preços.

Fonte: Agrolink Foto: MAPA

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Relatório Apasem | Administração a favor do Associado

A administração da Apasem recebeu reforço de equipe ao longo de 2024. Na área de comunicação e marketing, foi contratado um profissional para a função de analista. No LAS Toledo, a entrada de uma auxiliar de analista de sementes fortaleceu a equipe, assim como uma auxiliar administrativa no LAS Ponta Grossa, que tem contribuído para a resolução das demandas cotidianas.

Esse avanço foi cuidadosamente planejado e preparado pela Associação, que tem expandido sua representatividade a cada ano, com o objetivo de oferecer suporte aos associados que necessitam de serviços de alta qualidade. Paralelamente a essa estratégia, ações de valorização das equipes internas são realizadas junto aos colaboradores, seja em datas especiais, seja por meio de atividades de destaque ou mesmo treinamentos, que mantêm o time alinhado aos objetivos da Apasem.

Ex-colaboradores que marcaram sua trajetória também merecem atenção da Entidade, como foi o caso do Sr. Eugênio Bohatch, que, por anos, atuou como Diretor Executivo da Apasem e recebeu uma homenagem em 2024, em reconhecimento aos seus serviços prestados junto a CSM-PR.
Aos associados, o destaque para 2024 é a ‘Atualização e Treinamento da Plataforma do Power BI’, ferramenta essencial para consultas e atualização das inscrições de campo de sementes, produção e comercialização.

O apoio irrestrito também foi dado à realização dos treinamentos In Company, que têm crescido consideravelmente na Associação, devido à sua expertise em análise de sementes. Ao longo do ano, esses treinamentos foram realizados nas empresas Tormenta, Integrada, C.Vale, Sementes Mauá e Sementes Paraná.

Comunicação com Stakeholders

As atividades de comunicação com o público-alvo aconteceram diariamente por meio das redes sociais, nos perfis do Instagram e Facebook, com relatórios e métricas mensais que evidenciam a intensa interação com os seguidores. Semanalmente, a News Apasem, bem como os canais no Spotify e Deezer, divulgam informações jornalísticas sobre a Apasem e o setor para seu público. Ao longo do mês, pautas jornalísticas são trabalhadas junto à imprensa, levando informações relevantes sobre o setor para a sociedade.

A oitava edição da Revista Apasem, que já é uma referência no setor de sementes, trouxe mais uma vez uma discussão relevante em sua matéria de capa, destacando a Análise de Sementes.

Vale lembrar que este projeto é totalmente custeado por anunciantes, que são abordados pela equipe de marketing da Apasem, a qual apresenta argumentos sobre a importância de associar a marca de suas empresas a esse relevante projeto da Associação. A edição de 2024 da revista impressa foi distribuída no principal encontro de sementes do Brasil, o ‘Congresso Brasileiro de Sementes’, que ocorreu em Foz do Iguaçu. A mesma pode ser acessada no site apasem.com.br, página que também contém todas as informações sobre a Associação.

Confira relatório na íntegra

Fonte: Relatório Apasem 2024

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Produção de grãos é estimada em 330,3 milhões de toneladas na safra 2024/25

Com a colheita das culturas de primeira safra em fase adiantada, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vem confirmando a perspectiva de uma safra recorde de grãos na temporada 2024/25, agora estimada em 330,3 milhões de toneladas. O volume, se confirmado, além de ser o maior já registrado na série histórica da Conab, representa um crescimento de 32,6 milhões de toneladas quando se compara com o ciclo 2023/24. Os dados estão no 7º Levantamento da Safra de Grãos 2024/24 divulgado nesta quinta-feira (10) pela Companhia.

O incremento estimado pela estatal se deve tanto a uma maior área plantada, prevista em 81,7 milhões de hectares, com incorporação de 1,7 milhão de hectares em relação à 2023/24, quanto às condições climáticas favoráveis registradas na primeira safra nas principais regiões produtoras. As perspectivas positivas para o clima também dão suporte para o desenvolvimento das culturas na segunda safra. Neste cenário, é esperada uma recuperação da produtividade em 8,6%, estimada em 4.045 quilos por hectares.

Dentre os produtos cultivados, a soja deve registrar o maior volume já colhido no país. Nesta safra, a Conab prevê uma produção de 167,9 milhões de toneladas, resultado 20,1 milhões de toneladas superior à safra passada. O Centro-Oeste, principal região produtora do grão, deve registrar um novo recorde na produtividade média das lavouras com 3.808 quilos por hectare, superando o ciclo 2022/23. Em Mato Grosso a colheita já chega a 99,5% da área semeada com a produtividade média chegando a 3.897 quilos por hectares, a maior já registrada no estado mato-grossense. Cenário semelhante é visto em Goiás, onde os trabalhos de colheita já atingem 97% da área com uma produtividade de 4.122 kg/ha.

Com a colheita da soja avançada, o plantio do milho 2ª safra está próximo de ser finalizado. A produção total do cereal, somados os três ciclos da cultura, está estimada em 124,7 milhões de toneladas em 2024/25, crescimento de 9 milhões de toneladas em relação ao ciclo passado. Só na segunda safra do grão é esperada uma colheita de 97,9 milhões de toneladas, resultado de uma maior área plantada, estimada em 16,9 milhões de hectares, combinado com uma recuperação de 5,5% na produtividade média prevista em 5.794 quilos por hectare.

A colheita de arroz também segue em bom ritmo, com mais de 60% da área plantada já colhida. As condições climáticas nas principais regiões produtoras, até o momento, são favoráveis para o desenvolvimento da cultura. Aliado ao manejo adotado pelos agricultores, a produtividade média deve registrar recuperação de 7,2%, estimada em 7.061 quilos por hectare. A área também deve crescer em torno de 7%, chegando a 1,72 milhão de hectares. Com isso, a produção deve registrar uma alta de 14,7%, chegando a 12,1 milhões de toneladas.

No caso do feijão, o aumento previsto na produção é de 2,1% , podendo chegar a 3,3 milhões de toneladas somadas as 3 safras da leguminosa. A elevação acompanha a melhora na produtividade média das lavouras, que sai de 1.135 quilos por hectare para 1.157 quilos por hectare, uma vez que a área se mantém estável em 2,86 milhões de hectares.

Para o algodão, a expectativa de produção recorde vem se confirmando. O plantio está concluído com estimativa de área em 2,1 milhões de hectares, crescimento de 6,9% sobre a safra 2023/24. Já para a produção de pluma é esperada uma colheita de 3,9 milhões de toneladas, 5,1% acima do volume produzido na safra anterior.

Mercado

Neste levantamento, a Companhia ajustou as estimativas de consumo de milho na safra 2024/25, uma vez que a produção total do cereal foi reajustada para 124,7 milhões de toneladas. Com isso, a nova expectativa é de um volume de 87 milhões de toneladas consumidas no mercado interno. Já as exportações estão projetadas em 34 milhões de toneladas. Mesmo com o aumento no consumo interno, o estoque final deve chegar a cerca de 7,4 milhões de toneladas do grão. Cenário semelhante é encontrado para o algodão, em que o aumento na produção possibilita um incremento tanto no consumo quanto no estoque de passagem da fibra.

Clique aqui e confira as informações das principais culturas cultivadas no país no 7º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25.

Fonte: Conab Foto: Divulgação