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Novas obras vão dar ainda mais dinâmica às visitas ao Show Rural

Poucas vezes em 38 anos de Show Rural, a Coopavel e parceiros investiram tanto em novas obras e em melhorias simultâneas no parque que abriga um dos três maiores eventos técnicos do agronegócio mundial. São inúmeros projetos em execução ao mesmo tempo, tudo para melhorar ainda mais a dinâmica e o aproveitamento das visitas de quem se desloca a Cascavel para ter acesso às inovações desenvolvidas pelas empresas do setor para que o agricultor produza mais, com menos custos e observando a lógica da sustentabilidade.

“O que estamos fazendo, mas em uma escala maior que em outros anos, busca atender às expectativas de um produtor rural cada vez mais exigente e conectado a mudanças que, ao longo dos anos, transformaram a realidade agropecuária brasileira e mundial. O Show Rural é um evento de vanguarda, focado na inovação e na superação e os resultados do que estamos fazendo poderão ser vistos de 9 a 13 de fevereiro de 2026, durante a 38ª edição do evento”, comenta o presidente da Coopavel, cooperativa que organiza a mostra de tecnologia, Dilvo Grolli.

Obras

Estão em ampliação os espaços físicos da administração do parque e do Espaço Impulso (parceria com o Itaipu Parquetec), hub do agro inaugurado há quase quatro anos e que se tornou um ambiente multiplicador de novos conhecimentos para as mais diferentes atividades rurais. Esses prédios terão as suas áreas dobradas, o mesmo acontecendo com o galpão destinado à agricultura familiar. A Itaipu investe cerca de R$ 1,7 milhão em uma nova estrutura, anexa à antiga, que vai permitir, a partir do ano que vem, mais que dobrar o número de agroindústrias familiares presentes no Show Rural. As duas primeiras estão com mais de 60% do cronograma de obras pronto, e o novo pavilhão está praticamente concluído.

A área pavimentada com asfalto foi ampliada em 2,5 quilômetros e, nesse trecho, a largura da via é de cinco metros. Em vias anteriormente pavimentadas, a largura está em ampliação de três para cinco metros. Novos trechos de ruas vão receber cobertura. Onze dos 15 quilômetros de vias que conectam todo o parque estarão protegidos da chuva e do sol na edição de fevereiro.

Os 28 conjuntos de banheiros, masculinos e femininos, foram todos reformados, trabalho que envolveu da troca de portas até do piso. A área do antigo estacionamento de expositores foi toda gramada e, considerando trechos próximos, permitirá aumentar em 15 mil metros quadrados o espaço destinado a expositores. “Teremos 600 empresas, como em edições anteriores, mas algumas que pediam agora terão espaços maiores para apresentar as suas novidades aos visitantes”, conforme o coordenador geral Rogério Rizzardi.

22 mil veículos

O empresário Assis Gurgacz cedeu uma área vizinha ao parque para a ampliação do novo estacionamento. Para a 38ª edição, a capacidade de recepção vai subir de 17 mil para 22 mil veículos. Em fevereiro passado, o estacionamento tinha capacidade para 400 ônibus, e em 2026 poderão ser recebidos e devidamente abrigados 700.

Uma nova passarela vai ligar o estacionamento ao novo portão principal do parque. A maior parte do trecho é elevada, passando sobre o antigo estacionamento. Além disso, outras duas lanchonetes serão implantadas no parque, bem como ampliado o número de estações no restaurante para que mais pessoas possam se servir simultaneamente. No Show Rural Coopavel, o acesso ao parque e o uso de vagas de estacionamento são gratuitos.

Fonte e Foto: Assessoria de Imprensa Coopavel

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Soja responde por 21% da movimentação e lidera exportações no Paraná

A soja em grão foi a commodity com maior volume movimentado nos portos paranaenses entre os meses de janeiro e outubro deste ano, de acordo com o relatório operacional da Portos do Paraná divulgado nesta segunda-feira (24). No acumulado, são 13.015.446 toneladas embarcadas, que representam, em valor FOB (valor do produto no ponto de embarque), US$ 5,2 bilhões. O volume corresponde a 21,2% de todas as cargas movimentadas em 2025 pelos portos paranaenses (61.213.363 toneladas).

O Brasil é o maior exportador do produto e o Paraná se destaca nessa movimentação. Ao todo, 91% da soja que sai de Paranaguá tem como destino o mercado chinês. “Estamos confiantes de que as movimentações de soja sigam em alta nos próximos meses”, afirmou o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

O mês de outubro apresentou um crescimento de 60% na movimentação da commodity em relação ao mesmo mês do ano anterior, passando de 508.876 toneladas em 2024 para 815.327 toneladas em 2025. Atualmente, 15 terminais podem movimentar soja em grão pelos portos paranaenses.

Entre os principais motivos do aumento da exportação de soja estão a produção recorde da safra brasileira e a alta demanda chinesa, que praticamente parou de importar o produto dos Estados Unidos após os embates tarifários.

Complexo soja

O Porto de Paranaguá tem a segunda maior movimentação de farelo de soja do Brasil, com 28% da exportação nacional. De janeiro a outubro deste ano, foram movimentadas 5.517.043 toneladas de farelo, que representam US$ 1,8 bilhão em valor FOB. O produto, utilizado na produção de ração animal, teve aumento de 3% em relação ao ano passado (5.333.259 toneladas). Países Baixos (Holanda), França, Espanha e Coreia do Sul foram os principais importadores.

Paranaguá segue como líder nacional na exportação de óleo de soja. Até o fim de outubro, o Porto foi responsável pelo envio de 63% de toda a produção nacional, destinada a países que totalizam mais de 860 mil toneladas. O óleo pode ser utilizado nas indústrias alimentícia, farmacêutica, química e têxtil, entre outras.

Mais carga menos tempo

O Porto de Paranaguá se prepara para aumentar ainda mais a capacidade de movimentação dentro do complexo soja. A construção do Moegão — a maior obra portuária pública do país em andamento — prevista para janeiro de 2026, vai possibilitar o aumento na recepção de grãos e farelos nos próximos anos.

O complexo vai centralizar o descarregamento ferroviário de granéis sólidos, conectando 11 terminais por um sistema de correias. A soja será uma das commodities mais beneficiadas com esse investimento.

Atualmente, cerca de 550 vagões podem ser descarregados diariamente nos terminais de exportação. Com o Moegão, esse processo será padronizado em um único ponto de descarga, aumentando para até 900 vagões por dia.

“Com a obra concluída, o Moegão poderá receber 24 milhões de toneladas de grãos e farelos por ano, atendendo aos terminais do Corredor de Exportação Leste e ampliando a produtividade, principalmente na exportação de soja”, afirmou o diretor de Operações Portuárias, Gabriel Vieira.

Outro projeto que começará a ser desenvolvido é a construção do Píer em ‘T’, que contará com quatro novos berços e um sistema de carregamento considerado o mais rápido do mundo. Os equipamentos atualmente em funcionamento conseguem levar três mil toneladas de grãos e farelos para os porões dos navios a cada hora. A nova estrutura terá condições de despejar até oito mil toneladas por hora dentro de uma embarcação.

O terceiro fator que vai ampliar ainda mais as exportações é o aprofundamento do canal de acesso, pois permitirá a atracação de navios maiores e com espaço para levar ainda mais produtos. Isso será possível com a concessão do Canal de Acesso ao Porto de Paranaguá, viabilizada por meio de leilão público na Bolsa de Valores do Brasil — B3.

O consórcio que venceu o certame terá que realizar todos os investimentos necessários em até cinco anos após assumir o contrato. Isso inclui o aumento do calado — que é o ponto mais profundo do navio até a superfície da água — passando dos atuais 13,3 metros para 15,5 metros em até cinco anos.

Os 2 metros e 20 centímetros de acréscimo no calado permitirão que um navio consiga carregar 14 mil toneladas de granéis vegetais sólidos a mais, sem custo adicional na operação.

Todas essas mudanças vão ampliar consideravelmente a competitividade do Porto de Paranaguá, que é um dos principais portos graneleiros do mundo. Outro acréscimo vantajoso será o aumento da segurança nas manobras dos navios e o tempo menor de operação, que reduz consideravelmente o custo do transporte das cargas que saem do Paraná.

Fonte e Foto: AEN

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Paraná eleva exportação de milho em 179%

O Paraná ampliou de forma significativa as exportações de milho entre janeiro e outubro, segundo o Boletim de Conjuntura Agropecuária divulgado na quarta-feira (19) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). De acordo com o documento, o estado exportou 3,55 milhões de toneladas, resultado que representa “alta de 179% quando comparada ao mesmo período de 2024”. A receita registrada chegou a 757,7 milhões de dólares, o equivalente a cerca de 4,16 bilhões de reais.

O boletim informa ainda que o preço da tonelada apresentou leve variação, passando de 210,58 dólares em 2024 para 213,43 dólares, uma elevação de 1,35%. Segundo a análise, o aumento do volume exportado está relacionado “a uma safra recorde no ciclo anterior e à opção do produtor por escoar primeiramente o milho”, apontado como produto de menor atratividade comercial em comparação com a soja.

O complexo soja — farelo, óleo e grão — apresentou redução de 10% nos embarques no mesmo período. O relatório destaca que foram exportadas 13,56 milhões de toneladas, com receita de 5,53 bilhões de dólares, aproximadamente 30,4 bilhões de reais. Apesar do recuo no total, o boletim registra que “o óleo de soja teve aumento de 18%”, enquanto o farelo subiu 2% e a soja em grão registrou queda de 15%.

Somadas as exportações de soja e milho, o Paraná contabilizou 17,1 milhões de toneladas embarcadas nos dez primeiros meses de 2025, alta de 4,1%. Os analistas apontam que, mesmo com a redução do volume de soja, houve incremento no escoamento de granéis devido à priorização do milho. A expectativa é de que, nos próximos três meses, “haja um embarque maior de soja para liberação dos armazéns”, já que a colheita da nova safra tem início em janeiro.

Fonte: Agrolink Foto: Divulgação

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Curitiba vai sediar 2º Encontro Paranaense de Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade no dia 2 de dezembro

O 2º Encontro Paranaense de Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade será promovido no dia 2 de dezembro, a partir das 8h30, no Campus da Indústria do Sistema Fiep, em Curitiba. A realização é do Sistema Fiep, em parceria com o Sistema Ocepar. Segundo os organizadores, o encontro é destinado a discutir tendências, desafios e oportunidades proporcionadas pela sustentabilidade no setor industrial.

A programação será dividida em cinco painéis que vão debater liderança, licenciamento ambiental, recursos hídricos, economia circular e mudanças climáticas. Entre os debatedores estarão representantes do Sistema OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) e de várias cooperativas agropecuárias paranaenses. No Paraná, o cooperativismo mantém cerca de 157 agroindústrias. São unidades que processam itens como grãos, lácteos, carnes, rações, entre outros, agregando valor às matérias-primas produzidas pelos produtores cooperados.

O evento vai encerrar com a cerimônia de entrega do Selo Clima Paraná, iniciativa do Governo do Estado que reconhece as boas práticas em ESG desenvolvidas pelas organizações paranaenses e, ainda, acompanha os resultados do monitoramento e medidas de mitigação de gases de efeito estufa. A programação completa e as inscrições estão disponíveis no site: https://epmais.org.br.

Serviço:

2º Encontro Paranaense de Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade

Data: 02 de dezembro de 2025

Hora: a partir das 8h30

Local: Curitiba | Campus da Indústria do Sistema Fiep – Av. Comendador Franco, 1341 – Jardim Botânico

Mais informações e inscrições:  https://epmais.org.br

Realização: Conselho Temático de Meio Ambiente e Sustentabilidade – Fiep

Correalização: Sistema Ocepar

Fonte: Sistema Ocepar

Entregas de fertilizantes crescem 2,7% em agosto, diz Anda

As entregas de fertilizantes ao mercado brasileiro somaram 5,25 milhões de toneladas em agosto de 2025, alta de 2,7% frente ao mesmo mês do ano anterior, quando foram comercializadas 5,11 milhões de toneladas, segundo a ANDA (Associação Nacional para a Difusão de Adubos). No acumulado de janeiro a agosto, as entregas atingiram 30,55 milhões de toneladas, crescimento de 9,3% em comparação a igual período de 2024, quando o total foi de 27,96 milhões de toneladas.

O Estado de Mato Grosso manteve a liderança no consumo, com participação de 22,3% do total nacional, o equivalente a 6,81 milhões de toneladas. Na sequência aparecem Paraná (4,12 milhões), São Paulo (3,28 milhões), Goiás (2,93 milhões), Rio Grande do Sul (2,78 milhões), Minas Gerais (2,65 milhões) e Bahia (2,04 milhões).

A produção nacional de fertilizantes intermediários encerrou agosto de 2025 em 699 mil toneladas, registrando crescimento de 7,1% em relação ao mesmo mês de 2024. No acumulado dos primeiros oito meses, o volume chegou a 4,86 milhões de toneladas, avanço de 6,7% em relação com as 4,55 milhões de toneladas no mesmo período de 2024.

As importações também seguiram em alta. Em agosto, entraram no País 4,60 milhões de toneladas, aumento de 6,5% sobre igual período do ano anterior. De janeiro a agosto, o total importado somou 27,58 milhões de toneladas, com expansão de 11,1% em relação as 24,83 milhões de toneladas no mesmo período de 2024.

O Porto de Paranaguá consolidou-se como principal ponto de entrada do insumo, foram importadas sete milhões de toneladas no período, crescimento de 11,4% frente a 2024 (6,36 milhões de toneladas). O terminal representou 25,7% do total de todos os portos (fonte: Siacesp/MDIC).

As informações são de assessoria de imprensa da Anda.

Fonte: Rodrigo Ramos Agência Safras News Foto: Divulgação

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Chuvas intensas colocam cinco estados em alerta

A semana começa com previsão de chuvas intensas para esta terça-feira (18), segundo informações do Meteored. A presença de uma área de baixa pressão entre regiões do Sul e Sudeste mantém o tempo instável e coloca cinco estados em alerta.

Durante a madrugada de terça-feira, o sistema de baixa pressão deve provocar chuvas fortes sobre municípios do leste do Paraná, norte de Santa Catarina e sul de São Paulo, reforçado por um canal de umidade que avança da América do Sul. O Meteored aponta que “em alguns pontos, há possibilidade de trovoadas nas primeiras horas da madrugada”. Os volumes previstos podem gerar transtornos ainda antes do amanhecer.

No período da manhã, as chuvas permanecem sobre os três estados, avançando para uma área maior de Santa Catarina e para uma faixa entre o sul paulista e a divisa com Minas Gerais, onde as precipitações tendem a ser de menor intensidade. Ao final da manhã, o sistema ganha força e se expande para outras áreas do Sudeste, incluindo o sul de Minas Gerais. A capital paulista deverá permanecer em estado de atenção, já que a previsão indica chuvas fortes na região metropolitana.

A instabilidade continuará ao longo da tarde. Segundo o Meteored, a atmosfera aquecida deve fornecer energia para a formação de novas áreas de instabilidade, enquanto a circulação atmosférica aumenta a umidade. As chuvas serão intensas em pontos do Sudeste, desde a Grande São Paulo até o norte do estado, além de municípios do oeste, sudoeste, sul e leste de Minas Gerais, bem como em grande parte do Rio de Janeiro. No Sul, o leste do Paraná e quase todo o território catarinense também terão chuvas fortes.

Os acumulados previstos entre segunda e terça-feira podem superar 90 mm em Curitiba e chegar a 104 mm em áreas próximas. Em Belo Horizonte, os volumes devem passar dos 50 mm. Em São Paulo e Rio de Janeiro, os acumulados serão menores, com 30 mm e 15 mm, respectivamente. No sul paulista, os volumes podem alcançar 80 mm no período. No Sul de Minas, são esperados registros superiores a 60 mm apenas nesta terça-feira, enquanto o Rio de Janeiro também deve receber volumes expressivos, sobretudo próximo à divisa com Minas Gerais.

O Meteored alerta que “grandes volumes de precipitação estão previstos nesta terça-feira”, o que aumenta o risco de alagamentos, transbordamentos de rios e deslizamentos de massa. A orientação é para que a população acompanhe os avisos emitidos pelas Defesas Civis estaduais e municipais.

Fonte: Agrolink/ Seane Lennon Foto: Pexels

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Brasil avança com exportação de milho e já embarcou mais da metade do total de novembro/24

As exportações brasileiras de milho em novembro estão com resultados acima dos registrados no mesmo período do ano passado. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o país embarcou 2.676.245,2 toneladas de milho não moído (exceto milho doce) até aqui no mês, o que já corresponde a 56% do volume total exportado em novembro de 2024, que foi de 4.726.353 toneladas.             

A média diária de embarques nestes 10 primeiros dias úteis do mês está em 267.624,5 toneladas, um avanço de 7,6% frente às 248.755,4 toneladas por dia útil registradas no ano passado.             

O analista de mercado da Royal Rural, Ronaldo Fernandes, avalia que, apesar de o Brasil projetar embarques elevados para 2025, a exportação não deve exercer grande influência sobre os preços, já que a oferta doméstica e a concorrência dos Estados Unidos limitam o avanço dos volumes. Ele destaca ainda que acordos internacionais firmados por vários países obrigam a compra de milho americano, reduzindo espaço para o cereal brasileiro em mercados estratégicos.

“Estamos falando de algo próximo a 40 milhões de toneladas, que é um nível alto, mas que ainda deixa um estoque de passagem elevado. Em 2026 vamos disputar mercado com uma produção gigantesca dos Estados Unidos, e vários países foram obrigados a comprar milho americano por causa dos acordos recentes. Por isso, a exportação não deve representar nada de muito diferente — nem para cima, nem para baixo — no fechamento de 2025.”

Fernandes explica que o perfil dos compradores também mudou e que o Brasil tem ampliado vendas justamente para países que não conseguem adquirir milho dos Estados Unidos, seja por questões diplomáticas ou de restrição comercial.

“Quem está comprando do Brasil hoje são países como Irã e Egito. O Irã, por exemplo, voltou a aparecer com força porque tem dificuldade de comprar dos Estados Unidos e mantém com o Brasil um sistema de troca que envolve até fertilizantes. Esses países que não têm opção acabam sendo nossos clientes naturais.”

No faturamento, o Brasil arrecadou US$585,968 milhões no acumulado até aqui do mês, contra US$ 981,576 milhões em todo o mês de novembro de 2024. A média diária de receita cresceu 13,4%, saindo de US$ 51,661 milhões para US$ 58,596 milhões por dia útil.             

Já o preço médio pago por tonelada cresceu 5,4% no período, indo de US$ 207,70 em novembro de 2024 para US$ 219,00 no décimo primeiro mês de 2025.

Fonte: Notícias Agrícolas Foto: Divulgação

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Produção de grãos é estimada pela Conab em 354,8 milhões de toneladas na safra 2025/26

A segunda estimativa para a safra de grãos em 2025/26 indica um volume de produção de 354,8 milhões de toneladas. Com o avanço da semeadura das culturas de primeira safra, a Companhia Nacional Abastecimento (Conab) prevê uma área total de 84,4 milhões de hectares no atual ciclo, crescimento de 3,3% na área cultivada em relação à safra 2024/25, como mostra o 2º Levantamento de Grãos da Safra na atual temporada, divulgado nesta quinta-feira (13) pela Companhia. Já a produtividade média nacional, ainda resultante de análises de modelos estatísticos e previsões climáticas, está projetada em 4.203 quilos por hectare. Contudo, a Companhia segue atenta às condições de clima das regiões produtoras, acompanhando os eventos climáticos adversos como o ocorrido no Paraná, a irregularidade das chuvas em Mato Grosso e o atraso das precipitações em Goiás, a fim de qualificar as informações de desempenho das lavouras conforme o desenvolvimento das culturas.

Para a soja, o levantamento da Conab indica incremento de 3,6% na área a ser semeada em 2025/26, totalizando 49,1 milhões de hectares, com produção estimada em 177,6 milhões de toneladas. De acordo com o Progresso de Safra da estatal, publicado nesta semana, o plantio da oleaginosa no atual ciclo segue dentro da média dos últimos 5 anos, porém atrasado quando se compara com o percentual registrado em período semelhante da temporada anterior, com destaque para Goiás e Minas Gerais. Nestes dois estados, não foram registrados índices de chuvas satisfatórios para o avanço da semeadura. Em Mato Grosso, o plantio segue em ritmo semelhante ao registrado na última safra. Porém, com a instabilidade climática registrada em outubro, a implantação da cultura não foi feita nas condições consideradas ideais, onde algumas áreas semeadas no início de outubro sentiram os efeitos de déficit hídrico, comprometendo a população de plantas por hectare e o estabelecimento inicial da oleaginosa.

No caso do milho, a produção total em 2025/26, somando as três safras, está estimada em 138,8 milhões de toneladas, representando redução de 1,6% em relação ao ciclo anterior. Na primeira safra, a área cultivada deve crescer 7,1%, com produção prevista em 25,9 milhões de toneladas. O plantio do primeiro ciclo do cereal já atinge 47,7% da área, índice levemente superior à média dos últimos 5 anos. As baixas temperaturas ocorridas durante certos períodos em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, retardaram a emergência e o desenvolvimento inicial da cultura, mas ainda sem interferir no potencial produtivo. Além disso, algumas lavouras tiveram impactos negativos em decorrência das intensas precipitações, fortes ventos e granizos ocorridos no início de novembro no Paraná, posteriores aos levantamentos realizados em campo. Os possíveis impactos decorrentes desses eventos meteorológicos ainda estão sendo avaliados pela Conab.

No caso do arroz, a estimativa da Conab é de uma produção de 11,3 milhões de toneladas na atual temporada, redução de 11,5% em relação à safra anterior influenciada pela menor área cultivada. No Rio Grande do Sul, principal estado produtor do grão, a semeadura alcança mais de 78% do previsto, apesar de em algumas áreas ter ocorrido atraso na operação, devido aos volumes de chuva que impediam a entrada de maquinário no campo. Contudo, de uma forma geral, as lavouras têm se desenvolvido de forma satisfatória, ainda que, em algumas áreas, haja irregularidade das chuvas em volume e intensidade.

Para o feijão, é esperada uma colheita total, somadas as três safras, de 3,1 milhões de toneladas, volume semelhante ao obtido no ciclo passado. A primeira safra da leguminosa deve apresentar redução de 7,3% na área plantada, totalizando 841,9 mil hectares, com expectativa de produção de 977,9 mil toneladas, 8% inferior à safra passada. O plantio segue em andamento nos principais estados produtores, já concluído em São Paulo, Paraná com 91% e Minas Gerais com 44%.

Dentre as culturas de inverno, a safra 2025 ainda está em fase de colheita. A produção de trigo, principal produto semeado entre as culturas de inverno, está estimada em 7,7 milhões de toneladas. De modo geral, observa-se que, nas principais regiões produtoras, as condições climáticas foram favoráveis ao desenvolvimento da cultura. Entretanto, a redução dos investimentos em insumos, especialmente fertilizantes e defensivos, tornou as lavouras mais suscetíveis a doenças e limitou o pleno aproveitamento do potencial produtivo, resultando em espigas menores e com menor número de grãos. Vale destacar que no Paraná, as chuvas intensas, registradas no início de novembro, podem influenciar as lavouras que ainda permanecem em campo.

Mercado

Neste levantamento, a Conab prevê que cerca de 94,6 milhões de toneladas de milho deverão ser consumidos internamente na safra 2025/26, ou seja, um aumento de 4,5% comparativamente ao ciclo anterior, impulsionado principalmente pela maior demanda do cereal para produção de etanol. As exportações também devem avançar e podem chegar a 46,5 milhões de toneladas, apoiadas na manutenção do bom excedente produtivo. Mesmo com estes incrementos, a perspectiva é de que os estoques de passagem ao final da safra 2025/26 permaneçam próximos da estabilidade.

Quanto à soja em grãos, com a previsão de redução nas exportações dos Estados Unidos, o aumento da demanda global e a expectativa de uma maior produção brasileira, estima-se um crescimento expressivo nas exportações do país, que podem atingir 112,1 milhões de toneladas na temporada 2025/26, um aumento de 5,11% em relação à safra anterior. Além disso, a expectativa de elevação na mistura obrigatória de biodiesel ao diesel, adicionalmente com a crescente demanda por proteína vegetal, sugere que o volume de soja destinado ao esmagamento poderá atingir 59,37 milhões de toneladas em 2026. Esse volume representa um aumento de 1,37% em comparação ao ano anterior.

Clique aqui e acesse os arquivos com informações do 2º Levantamento da Safra de Grãos 2025/26, incluindo o panorama dos principais grãos semeados no país.

Fonte: Conab

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Campanha da CropLife Brasil alerta ameaça e reforça manejo da cigarrinha-do-milho

A CropLife Brasil conclui em novembro a última etapa da Campanha de Boas Práticas Agrícolas (BPAs) com o alerta das ameaças de pragas às culturas no campo, especialmente da cigarrinha-do-milho, e reforça a importância das práticas de manejo. O objetivo é mostrar ao produtor ações e medidas eficientes para evitar o risco de enfezamento da lavoura e controlar o inseto e a transmissão de doenças, que podem comprometer até 70% da produção do grão, segundo a Embrapa. De nome científico Dalbulus maidis, a cigarrinha deixou de ser considerada uma praga secundária em 2015 e passou a ser monitorada como uma das principais ameaças da cultura no país, com surtos maiores na Bahia, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná.

“O milho ele é um dos pilares do sistema de plantio direto (SPD) e uma cultura estratégica, quando se fala em alimentação animal, bioenergia, e principalmente, para a balança comercial do país. Nas últimas safras, a cigarrinha-do-milho tem se destacado como uma das principais ameaças, provocando perdas expressivas, conforme o nível de infestação. Por isso, a CropLife tem promovido treinamentos e incentivado a adoção de boas práticas agrícolas, como o uso de sementes tratadas, híbridos tolerantes, rotação de culturas e sincronização das semeaduras. Essas medidas, aliadas ao uso responsável e complementar de inseticidas químicos e biológicos, são fundamentais para reduzir a pressão do inseto, preservar a efetividade dos métodos de controle e garantir a sustentabilidade da produção de milho no Brasil”, explicou o especialista em assuntos regulatórios de Defensivos Químicos na CropLife Brasil, Pedro Duarte.

A CLB possui acordo de cooperação técnica firmado com as unidades da Embrapa Cerrados e Milho e Sorgo, que contempla 20 atividades e tem o objetivo básico de desenvolver estudos aplicados do tema em áreas de produção de sementes e grãos no Brasil.

O que é e por que é ameaça

A cigarrinha-do-milho é um inseto de apenas 3,7 a 4,3 mm de comprimento, de coloração branco-palha, que lembra a mosca-branca. O primeiro grande relato de aparição foi datado em 1985, em MG. Embora quase imperceptível para quem não está familiarizado com a espécie, a praga apresenta potencial perigo devido a sua alta capacitada reprodutiva e dano ativo pela sucção contínua da seiva de plantas. Cada fêmea é capaz de depositar 400 a 600 ovos, resultando em populações numerosas, com ciclo de vida entre 15 e 27 dias, permitindo a formação de duas ou mais gerações dentro do mesmo período de cultivo do milho.

Além disso, o inseto traz consigo outro considerável risco: atua como vetor de doenças, transmitindo patógenos às plantas do milho. Quando a cigarrinha se faz presente em altas populações pode causar os chamados enfezamentos – considerados doenças bacterianas vasculares (dentro dos vasos condutores da planta) e sistêmicas (capaz de circular e se multiplicar dentro dos vasos) no plantio. Dentre as principais estão o enfezamento-vermelho, o enfezamento-pálido e a virose da risca.

O milho é uma das principais commodities do Brasil. Hoje, o país é o 3º maior produtor mundial da cultura, atrás da China e dos Estados Unidos, respectivamente. Além da relevância na produção, em 2023, o Brasil foi o maior exportador global de milho, superando inclusive os EUA. Na safra de verão 2024/2025, a produção brasileira alcançou 24,9 milhões de toneladas, enquanto a safrinha de 2025 registrou 109,5 milhões de toneladas. O rendimento médio foi de 6.320 kg por hectare, evidenciando a eficiência da produção nacional.

Monitoramento e Manejo

Nenhuma medida de controle isolada é capaz de eliminar totalmente a cigarrinha-do-milho. Por isso, a adoção de práticas de manejo orientadas pelas boas práticas agrícolas, preferencialmente em nível regional, pode auxiliar a reduzir as populações da praga e seus impactos. A eficácia deste processo requer monitoramento da lavoura desde os estágios iniciais e adoção de medidas rápidas com controle químico, biológico ou captura massiva na lavoura.

Entre as ações, destaca-se a eliminação das plantas voluntárias durante a entressafra, evitando que sirvam de hospedeiras; uso de cultivares mais resistentes ou tolerantes, reduzindo a vulnerabilidade da lavoura; uso de controle químico direcionado especialmente nas fases iniciais da cultura, quando as plantas são mais suscetíveis; Manejo Integrado de Pragas (MIP), combinando diferentes estratégias de forma sustentável.

Boas Práticas Agrícolas (BPAs)

A campanha de Boas Práticas Agrícolas (BPAs) conduzida pela Croplife Brasil visa conscientizar produtores, trabalhadores rurais e consumidores sobre o uso responsável das tecnologias no campo. O objetivo é estabelecer uma iniciativa permanente para fortalecer a relação entre a produção sustentável de alimentos e os desafios globais de sustentabilidade que impactam o agronegócio, além de capacitar o setor com ferramentas e informações sobre essas práticas, que são fundamentais para gerar impactos positivos na agricultura e no planeta. Além disso, a entidade mantém a plataforma de treinamento Conecta, que possui dois módulos (9 e 10) destinados ao manejo integrado de pragas, entre outros que abordam o uso de tecnologia de aplicação segura e correta.

Todo o conteúdo da campanha está reunido no site https://croplifebrasil.org/boas-praticas-agricolas/

Fonte: CropLife Foto: Divulgação

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Comercialização da soja é pautada pelo plantio

A comercialização de soja no estado do Rio Grande do Sul segue lenta, com produtores resistentes à fixação de preços, segundo informações da TF Agroeconômica. “Para pagamento em novembro, com entrega em outubro, os preços no porto foram reportados a R$ 140,00/sc (-0,71%) semanal, enquanto no interior as referências se foram em torno de R$ 131,00/sc (-0,76%) semanal em Cruz Alta, Passo Fundo, Santa Rosa e São Luiz, todos com liquidação prevista para 30/10”, comenta.

Em Santa Catarina, a comercialização é impulsionada pela forte demanda interna, especialmente das indústrias de aves e suínos, que garantem liquidez contínua ao mercado. “A logística catarinense é uma das mais eficientes do país, com integração entre o campo, os portos e os centros consumidores. No porto de São Francisco, a saca de soja é cotada a R$ 138,93 (-0,57%)”, completa.

No Paraná, o déficit de armazenagem ainda pressiona a gestão de estoques, exigindo a liberação antecipada de espaço para a nova safra e reforçando a sensibilidade do estado às oscilações de mercado e de clima. “Em Paranaguá, o preço chegou R$ 140,00 (-1,67%). Em Cascavel, o preço foi R$ 128,70 (-0,12%). Em Maringá, o preço foi de R$ 130,50 (-0,31%). Em Ponta Grossa o preço foi a R$ 132,51 (-0,09%) por saca FOB, Pato Branco o preço foi R$ 138,93 (-0,57%). No balcão, os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 120,00”, indica.

A comercialização segue dinâmica no Mato Grosso do Sul, sustentada pelo câmbio em torno de R$ 5,20. “Em Dourados, o spot da soja ficou em R$ 125,13 (-0,12%), Campo Grande em R$ 124,98 (-0,12%), Maracaju em R$ 124,98 (-0,12%), Chapadão do Sul a R$ 121,59 (+0,09%), Sidrolândia a em R$ 124,98 (-0,12%)”, informa.

No Mato Grosso, o prêmio de exportação no Porto de Santos, em US$ 0,55/bushel, confirma a força da demanda internacional e compensa a leve baixa da CBOT. “Campo Verde: R$ 122,83 (+0,33%). Lucas do Rio Verde: R$ 119,38 (-0,13%), Nova Mutum: R$ 119,38 (-0,13%). Primavera do Leste: R$ 122,83 (+0,33%). Rondonópolis: R$ 122,83 (+0,33%). Sorriso: R$ 119,38 (- 0,04%)”, conclui.

Fonte: Agrolink Foto: Canva