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Iniciativa conecta tecnologia e crédito para agricultores

Uma nova iniciativa chega para apoiar pequenos produtores rurais com foco em gestão, crédito e sustentabilidade. A Serasa Experian, em parceria com o Sebrae, lança o Impulsiona Agro, programa piloto voltado ao Oeste de Santa Catarina, região estratégica para o agronegócio. Com investimento de R$ 1 milhão, a iniciativa oferece diagnóstico individual, plano de ação e consultorias especializadas para acelerar a profissionalização e a adoção de práticas ESG.

O programa propõe um acompanhamento completo, incluindo organização financeira, otimização de custos, acesso a crédito, práticas ambientais e sociais, além de workshops de marketing e vendas. Cada produtor passa por um raio-x do negócio, garantindo que o plano de ação seja personalizado e efetivo para suas necessidades.

Além das consultorias, os participantes terão acesso a feiras regionais e à orientação de especialistas em agronegócio da Serasa Experian. O objetivo é fortalecer a competitividade, melhorar a reputação dos negócios e ampliar oportunidades de mercado, integrando tecnologia, dados e inovação ao dia a dia do campo.

De acordo com a entidade, o Impulsiona Agro reforça o compromisso da datatech em gerar impacto social escalável, estimulando o empreendedorismo rural, promovendo renda, empregos e sustentabilidade no setor. A expectativa é que o programa sirva de modelo para futuras ações voltadas ao desenvolvimento do agronegócio brasileiro.

“O Impulsiona Agro é um passo fundamental na nossa agenda de impacto social. Ao direcionar nossos esforços também para transformação no campo, com maior profissionalização de pequenos produtores e o embarque de práticas sustentáveis, estamos contribuindo para o aumento de renda, da geração de empregos e por um futuro melhor nesta cadeia produtiva que é uma das maiores e mais essenciais para nosso país”, comenta Paulo Gustavo Gomes, head de sustentabilidade da Serasa Experian.

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems Foto: Pixabay

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Exportação de soja do Brasil bate recorde anual já em outubro com demanda chinesa, diz Anec

A exportação de soja do Brasil deverá somar 102,2 milhões de toneladas de janeiro a outubro, superando os volumes registrados ao longo do ano completo de 2024 e 2023, quando o país marcou seu recorde anual, em meio a elevadas compras da China, apontou nesta quarta-feira a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec).

Em todo o ano passado, quando a safra de soja quebrou por problemas climáticos, as exportações brasileiras atingiram 97,3 milhões de toneladas. O recorde anterior de embarques da oleaginosa do Brasil, maior produtor e exportador global, havia sido registrado em 2023, com 101,3 milhões de toneladas, segundo a Anec.

Além de ter colhido uma safra recorde de soja este ano, acima de 170 milhões de toneladas, o Brasil contou com uma demanda adicional da China, que não tem negociado com os Estados Unidos por conta da “guerra” tarifária. Os EUA são rivais dos brasileiros no mercado da oleaginosa.

“A China continua sendo o principal destino e impulsiona os embarques brasileiros: em setembro, importou 6,5 milhões de toneladas, o que representa 93% do total, mantendo uma participação historicamente elevada…”, disse a Anec.

Fiando-se principalmente no Brasil para garantir a oferta, na média de 2025 a China registrou uma participação de 79,9% nas exportações totais de soja do Brasil, ante uma média de 2021 a 2024 de 74%, segundo dados da Anec. Em 2024, a fatia chinesa foi de 76%.

As projeções para o ano foram divulgadas no primeiro relatório mensal de embarques para outubro. Neste mês, a Anec projeta embarques de 7,12 milhões de toneladas, quase 2,7 milhões de toneladas acima do registrado em igual mês do ano passado.

Para o ano, a Anec projeta 110 milhões de toneladas exportadas de soja, segundo relatório.

“Entre novembro e dezembro, outras 8 milhões de toneladas devem ser exportadas, confirmando a estimativa anual de 110 milhões de toneladas”, disse a associação.

Já os embarques de milho foram vistos em 6,0 milhões de toneladas neste mês, cerca de 380 mil toneladas superior ao volume registrado um ano antes. No ano até outubro, as exportações estão estimadas em 30 milhões de toneladas –o Brasil tem figurado como o segundo exportador global do cereal, atrás dos EUA.

Para o farelo de soja, as exportações brasileiras foram estimadas pela Anec em 1,92 milhão de toneladas, abaixo das 2,46 milhões de toneladas de outubro do ano passado. No ano, os embarques até o final deste mês deverão superar 19 milhões de toneladas, segundo a Anec.

Fonte: Reuters/Roberto Samora Foto: Divulgação

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Algodão inicia outubro em queda com pressão da exportação e recuo nas bolsas internacionais

Os preços do algodão em pluma começaram outubro em forte queda, conforme levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Segundo o instituto, a paridade de exportação atingiu o menor valor nominal desde dezembro de 2020, o que exerceu pressão direta sobre as cotações no mercado doméstico.

No dia 3 de outubro, a cotação interna do algodão registrou o menor nível em mais de dois anos, reflexo de um cenário global de estoques elevados e de uma desvalorização do dólar, que chegou ao menor patamar desde meados de 2024. Esse movimento reduziu a competitividade das exportações brasileiras, impactando os preços internos.

Além disso, a entrada gradativa da colheita recorde no mercado spot aumentou a oferta disponível. Parte dos vendedores tem optado por reduzir os preços para garantir liquidez, seja para gerar caixa ou para liquidar estoques específicos. No entanto, a demanda permanece retraída, o que mantém o mercado sob pressão, segundo os analistas do Cepea.

Bolsas internacionais também registram desvalorização

No cenário externo, o mercado futuro do algodão na Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE Futures) encerrou a terça-feira com baixas generalizadas. A valorização do dólar frente a outras moedas contribuiu para a queda das cotações da pluma no mercado internacional.

O comportamento instável do petróleo também dificultou a recuperação dos preços, já que parte da cadeia têxtil utiliza derivados do óleo. Além disso, baixas em mercados agrícolas vizinhos, como café, açúcar, suco de laranja e cacau, ampliaram o pessimismo dos investidores.

Os contratos de dezembro de 2025 fecharam cotados a 64,46 centavos de dólar por libra-peso, queda de 1,0%. Já os contratos de março de 2026 encerraram o dia a 66,38 centavos, também com recuo de 1,0%.

Expectativas para o mercado

Analistas apontam que, nas próximas semanas, o comportamento do dólar e o ritmo das exportações brasileiras devem ser determinantes para o direcionamento das cotações. Caso a moeda americana volte a subir, pode haver recuperação gradual dos preços internos, especialmente se a demanda externa reagir.

Enquanto isso, o mercado doméstico segue atento à liquidez reduzida e à pressão dos estoques, fatores que devem continuar influenciando as negociações no curto prazo.

Fonte: Portal do Agronegócio

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Melhoramento genético eleva produtividade do milho

A produção de grãos no Brasil deve alcançar 333,3 milhões de toneladas em 2025, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do IBGE, com crescimento de 13,9% em relação a 2024. O milho se destaca nesse cenário, liderando tanto em volume quanto em produtividade, especialmente na segunda safra, e consolidando-se como protagonista do agro nacional. A genética avançada tem papel decisivo nesse desempenho, garantindo estabilidade e eficiência nas lavouras.

Por trás de cada híbrido existe um processo complexo que vai dos laboratórios de pesquisa genética até os campos de ensaio. Pesquisadores analisam o genoma do milho em busca de características como produtividade, resistência a doenças e tolerância a seca e calor. Linhagens complementares são cruzadas e avaliadas em diferentes solos e climas do país, até que se obtenha um híbrido confiável, adaptado e produtivo.

“A base de tudo está no DNA da planta e na interação do genótipo com o ambiente. Pesquisadores analisam o genoma do milho em busca de características como produtividade, resistência a doenças, tolerância à seca e ao calor. Com um dos bancos genéticos mais robustos do setor, nós exploramos a diversidade presente em milhares de linhagens para desenvolver híbridos superiores, adaptados às mais diversas condições do campo brasileiro”, explica Cristian Rafael Brzezinski, Global Corn Research Manager da GDM, empresa líder global no melhoramento genético de sementes.

A biotecnologia adiciona novas camadas a esse processo, com eventos transgênicos, como o gene Bt para proteção contra pragas, e técnicas de edição gênica como CRISPR-Cas9, que permitem ajustes precisos no DNA da própria planta, acelerando o desenvolvimento de híbridos mais resistentes sem inserir genes externos. Cada semente passa por testes rigorosos de Valor de Cultivo e Uso (VCU) para comprovar sanidade, estabilidade e produtividade antes de chegar ao agricultor.

“Antes de chegar ao mercado, cada novo híbrido desenvolvido pela GDM passa por grande rede de testes em condições de manejo semelhantes ao dos agricultores e ensaios de Valor de Cultivo e Uso (VCU), exigidos pelo Ministério da Agricultura, que atestam produtividade, sanidade e estabilidade em todas as regiões edafoclimáticas recomendadas. Somente após essa validação científica e regulatória é que a produção comercial começa garantindo ao agricultor uma semente de alta performance, pronta para entregar resultado”, conta Andre Gradowski de Figueiredo, Development Corn Manager da GDM.

Fonte e Foto: Agrolink/Leonardo Gottems

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Trigo no Sul do Brasil: Mercado lento

O mercado de trigo segue em ritmo lento no Sul do Brasil, com negócios limitados e preços em ligeira queda. Segundo a TF Agroeconômica, as lavouras do Rio Grande do Sul se desenvolvem bem, com chuvas recentes entre 15mm e 70mm, embora haja relatos de acamamento em algumas regiões devido ao vento. Cerca de 12% das áreas estão em desenvolvimento vegetativo, 38% em floração, 35% em enchimento de grãos e 10% em maturação, com poucas áreas colhidas, ainda abaixo de 1% do total. O perfilhamento foi considerado excelente, com expectativa de produção superior a 3.200.000 toneladas e produtividade acima de 3.000 kg/hectare.

No estado, o trigo disponível permanece parado, com moinhos cobertos e acompanhando as oscilações de preços e câmbio. Indicações recentes apontam R$ 1.100,00 no interior para retirada em outubro e pagamento em novembro, enquanto o mercado futuro opera de lado, com pequenos negócios a R$ 1.150,00 posto moinho, ainda sem fechamento significativo. Para exportação, preços de dezembro giram em torno de R$ 1.150,00, com deságio de 20% para trigo de ração, refletindo menor volume vendido a termo: cerca de 130.000 toneladas, contra 300.000 em 2024.

Em Santa Catarina, vendedores pedem preços FOB próximos ao que os moinhos estão dispostos a pagar CIF, mas negócios concretos são raros. Últimos valores pagos aos produtores variam de R$ 62,00 a R$ 72,25/saca, com recuos recentes em várias praças. No Paraná, a pressão da oferta mantém os preços em queda, com moinhos comprando trigo de qualidade pão/melhorador a R$ 1.240 FOB e trigo gaúcho PH>78, FN>280 a R$ 1.040 FOB para outubro/novembro.

O trigo importado permanece sem negociação significativa, travado por notícias da Argentina, com valores paraguaio e argentino nacionalizado entre US$ 230 e US$ 269,00 dependendo do porto e do prazo. A média de preços pagos aos produtores caiu 2,04% na semana, para R$ 66,62, ampliando o prejuízo em relação ao custo de produção atualizado de R$ 74,63/hectare.

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems Foto: Divulgação

Composição Grãos de Feijão - Catálogo 2012

Brasil consolida posição de destaque nas exportações de Feijão e Gergelim em 2025

O Brasil vive um momento histórico no comércio internacional de grãos especiais. Dados consolidados até setembro de 2025 mostram que o país atingiu 361.864 toneladas de Feijão exportadas — o maior volume já registrado — e 349.674 toneladas de Gergelim embarcadas para o exterior, também um recorde absoluto.

No caso do Feijão, o destaque vai para o avanço da diversificação de cultivares e mercados. O grande protagonista deste ano é o Feijão-Mungo-Preto, lançado oficialmente pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC) em 2024. A variedade, que até pouco tempo não era cultivada no país, já alcançou 171 mil toneladas exportadas, posicionando o Brasil entre os principais fornecedores mundiais dessa leguminosa.

Outros tipos de Feijão também ganharam força. O Feijão-Preto, que até 2023 era importado em grande escala, atingiu 59 mil toneladas exportadas. Os Feijões Rajado, Vermelho e Branco somam 54 mil toneladas, e o Feijão-Caupi Branco, produzido especialmente no Mato Grosso, responde por mais 66 mil toneladas. Tudo isso sem afetar o abastecimento interno, ainda sustentado pelo Feijão-Carioca, que representa cerca de 65% da produção nacional e permanece voltado ao consumo doméstico.

Esse avanço é resultado direto da integração entre pesquisa, produtores e exportadores. Instituições como IAC, Embrapa e IDR-Paraná vêm desenvolvendo novas cultivares mais produtivas e adaptadas às condições brasileiras, enquanto produtores e exportadores assumem o protagonismo na adoção de tecnologia, financiamento e comercialização.

O projeto Brazil Super Foods, uma parceria entre APEXBrasil e IBRAFE (Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses), tem sido fundamental nesse processo. Por meio de ações de marketing internacional e presença em feiras estratégicas, o projeto vem consolidando a imagem do Feijão e do Gergelim brasileiros como superalimentos de alto valor nutricional e sustentabilidade comprovada. Metade dos recursos investidos no projeto é aportada diretamente pelos exportadores, demonstrando o engajamento do setor privado.

Já o Gergelim vem confirmando seu potencial como uma das culturas mais promissoras do agronegócio nacional. Em setembro de 2025, o Brasil exportou 109 mil toneladas, um aumento de 60,3% em relação a agosto. Os principais destinos foram China (64 mil toneladas, 58% do total), Índia (23 mil toneladas), Vietnã (7 mil toneladas) e Turquia (6 mil toneladas). No acumulado do ano, o país totaliza 349.674 toneladas exportadas, consolidando-se entre os maiores exportadores mundiais da oleaginosa.

Para Marcelo Eduardo Lüders, presidente do IBRAFE, o desempenho reflete um novo ciclo de maturidade para o setor. “O Brasil está mostrando que é capaz de unir tecnologia, sustentabilidade e estratégia comercial. Feijão e Gergelim deixaram de ser culturas complementares e passaram a ser pilares da nova pauta exportadora do agro brasileiro, com alto valor agregado e reconhecimento mundial”, afirma

Com produtividade crescente e novos mercados se abrindo, o país consolida sua imagem como fornecedor confiável de alimentos de verdade, reforçando o papel do Feijão e do Gergelim brasileiros na segurança alimentar global.

Fonte: IBRAFE Foto: Divulgação

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Soja deve manter produtividade média apesar de risco de La Niña

Com o plantio da safra 2025/26 em andamento, a soja brasileira deve manter produtividade próxima à média histórica, mesmo sob o risco de uma La Niña de baixa intensidade. A estimativa da Céleres é de 60,7 sacas por hectare, sustentando a produção nacional diante de desafios climáticos e econômicos.

A possível configuração de uma La Niña, ainda que branda, tende a não causar grandes desvios nas chuvas durante o ciclo de setembro a fevereiro. Isso favorece um cenário mais estável para o desenvolvimento da oleaginosa, especialmente nas principais regiões produtoras como Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul.

A produtividade estável se torna ainda mais relevante no contexto de estoques globais elevados. A manutenção do rendimento por hectare pode ser fator decisivo para reduzir inadimplência no setor, que enfrenta margens de lucro comprimidas e custos de financiamento elevados.

O relatório também alerta para o impacto da taxa de câmbio e dos preços internacionais, que seguem pressionados. Com a comercialização ainda lenta, os produtores devem priorizar o manejo eficiente e monitoramento climático como estratégias para proteger a rentabilidade.

Apesar do cenário relativamente neutro no clima, a recomendação é de cautela. Oscilações locais nas precipitações podem influenciar o resultado final da colheita, exigindo atenção redobrada nas decisões agronômicas ao longo da safra.

Para os produtores, a estratégia é garantir produtividade média pode ser suficiente para equilibrar as contas diante de um mercado externo desfavorável. A soja, mais uma vez, depende da eficiência no campo para manter sua competitividade global.

Fonte e Foto: Agrolink

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Safra de Trigo no Brasil em 2025 deve cair para 7,3 milhões de toneladas

A safra brasileira de trigo em 2025 está estimada em 7,3 milhões de toneladas, volume inferior ao registrado no ano anterior. A informação foi apresentada pelo analista e consultor da Safras & Mercado, Élcio Bento, durante painel realizado no 10º Safras Agri Week.

Com uma produção interna mais enxuta, o Brasil deve intensificar as importações de trigo neste ano. Segundo Bento, o país deve trazer do exterior cerca de 7 milhões de toneladas do cereal para atender à demanda doméstica.

Oferta Global Pressiona os Preços

Embora a menor safra brasileira pudesse indicar alta nos preços ao produtor, o analista ressalta que a safra global recorde deve neutralizar esse movimento. A expectativa é de forte oferta vinda de países vizinhos da América do Sul, especialmente da Argentina, que deve colher mais de 20 milhões de toneladas de trigo pelo segundo ano consecutivo.

Andamento da Colheita no Brasil

No mercado interno, a colheita no Cerrado está praticamente finalizada, com boa parte da produção já comercializada. No Paraná, mais de 50% da safra já foi colhida, e os preços começam a se estabilizar.

No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, os trabalhos de campo devem ganhar ritmo em outubro. Entretanto, Élcio Bento destaca que, diante de uma safra menos expressiva no Sul, o saldo exportável de trigo gaúcho será menor em 2025.

Fonte e Foto: Portal do Agronegócio

Plantação de milho. espiga. Foto:Jaelson Lucas / AEN

De acordo com a Conab, na última semana a semeadura da 1ª safra 25/26 de milho no Brasil alcançou 20,80% da área estimada

Na semana encerrada em 26/09, o indicador de diferencial de base do preço do milho entre MT e a CME-Group recuou 3,81% ante a semana anterior, fechando a média em R$ -8,76/sc. A queda foi influenciada pela valorização no preço do milho no estado, que aumentou 0,52% em relação à semana anterior, alcançando R$ 44,50/sc, sustentado pelo mercado interno, onde a demanda das indústrias permanece aquecida.

Em Chicago, por sua vez, as cotações permaneceram relativamente estáveis no período de 22/09 a 26/09, registrando queda de 0,28%, encerrando na média de R$ 53,26/sc. O movimento reflete a cautela do mercado diante da projeção da produção, em meio à possibilidade de corte de produtividade com o decorrer da colheita, aliado a queda nas condições das lavouras.

Por fim, para as próximas semanas, o mercado deve manter o foco nos dados do USDA, acompanhando o progresso das lavouras nos EUA, fatores que podem direcionar o comportamento das cotações.

REDUÇÃO: a cotação do milho na B3 contrato corrente apresentou desvalorização de 1,33% na última semana, acompanhando as perdas do mercado internacional.

QUEDA: a paridade de exportação para jul/26 caiu 0,63% no comparativo semanal, motivada pela retração do milho na CME-Group.

DIMINUIÇÃO: em Campinas/SP, o preço do milho encerrou a semana cotado a R$ 64,42/sc, registrando baixa de 1,28% ante a semana anterior.

De acordo com a Conab, na última semana a semeadura da 1ª safra 25/26 de milho no Brasil alcançou 20,80% da área estimada.

Com isso, a semeadura apresentou avanço semanal de 6,10 p.p, enquanto ao mesmo período da safra 24/25, os trabalhos estão 4,60 p.p à frente e 2,60 p.p. acima da média das últimas cinco safras. O maior ritmo foi impulsionado pelo progresso na semeadura no Sul do país, com destaque para o Paraná (+20,00 p.p.), Santa Catarina (+20,00 p.p.) e Rio Grande do Sul (+13,00 p.p.). Até 20/09, a semeadura atingiu 44,00% no PR, 35,00% em SC e 66,00% no RS.

O desempenho mais acelerado decorre das condições climáticas favoráveis nessas regiões, onde as chuvas recentes garantiram boa umidade no solo para o início das operações. Apesar do adiantamento, apenas esses três estados iniciaram os trabalhos, que juntos representam 36,18% da área nacional projetada para a 1ª safra.

Por fim, nas próximas semanas, o NOAA prevê precipitações entre 35 e 75 mm na região Sul, o que tende a favorecer o desenvolvimento das áreas.

Confira o Boletim Semanal do Milho n° 867 completo, clicando aqui.

Fonte: Mais Soja via Imea Foto: Divulgação

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Trigo/Cepea: Valor médio no PR em setembro é o mais baixo desde abril/24

Os preços do trigo seguem em queda no Brasil, indicam pesquisas do Cepea. No Paraná, especificamente, o valor médio do cereal em setembro é o menor desde abril de 2024, em termos reais. No Rio Grande do Sul, os atuais valores são os mais baixos desde janeiro deste ano. De acordo com pesquisadores do Cepea, a pressão vem da intensificação da colheita nacional, da desvalorização do dólar frente ao Real em setembro e da queda nos preços externos. Além disso, a suspensão temporária das retenciones (taxas de exportação) na Argentina levou compradores a reduzir ainda mais suas ofertas, forçando vendedores a aceitar valores menores.

De acordo com dados do Cepea, em setembro (até o dia 26), a média do trigo no Rio Grande do Sul está em R$ 1.262,67/tonelada, baixas de 2,2% frente à de agosto/25 e de 9,2% sobre a de setembro/24, em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-DI), sendo também a menor desde janeiro/25. No Paraná, a média está em R$ 1.354,35/t, recuo mensal de 5,5% e queda anual 10,3%, e registrando o patamar mais baixo, em termos reais, desde abril/24.

Fonte: Cepea Foto: Divulgação