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Onda de frio no campo: IDR-Paraná reforça cuidados em culturas mais sensíveis

O IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná — Iapar-Emater) e o Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná) informam que uma intensa massa de ar polar deve atingir o Estado a partir dos próximos dias, provocando queda acentuada nas temperaturas em todas as regiões. O frio intenso poderá causar prejuízos em diversas explorações agrícolas, como hortaliças, tomate, milho, café, pastagens e frutíferas tropicais. Para minimizar os danos, produtores podem adotar algumas medidas preventivas, conforme a orientação das equipes técnicas do IDR-Paraná.

Criado originalmente para proteger cafezais recém-plantados, o Alerta Geada também é uma ferramenta que auxilia os produtores e hoje atende diversas atividades agropecuárias – avicultura, suinocultura, horticultura e silvicultura, por exemplo. Ele ainda beneficia outros setores da economia, como turismo, comércio, mercado financeiro e construção civil.

Durante a vigência do serviço, pesquisadores do IDR-Paraná e do Simepar divulgam diariamente boletins com informações sobre as condições do tempo e a evolução de massas de ar polar no Estado. Quando há previsão de massas de ar frio com potencial de causar danos, um alerta é emitido e amplamente divulgado com antecedência.

Confira as dicas:

Café – Em relação ao café, nos plantios novos, com até seis meses de campo, recomenda-se o enterrio das mudas para proteção contra o frio. Viveiros devem ser protegidos com várias camadas de cobertura plástica ou com aquecimento, sendo possível adotar as duas medidas simultaneamente. A proteção deve ser retirada assim que a massa de ar frio se afastar e o risco de geada cessar.

Para lavouras com idade entre seis meses e dois anos, a orientação é amontoar terra no tronco das plantas, até o primeiro par de folhas. Esta proteção deve permanecer até meados de setembro, sendo posteriormente retirada manualmente.

Pecuária de corte – A pecuária de corte também enfrenta desafios em função da falta de pastagem, agravada por estiagens e geadas. Nessas situações, é recomendado o uso de suplementação alimentar, com volumosos conservados (como silagem e feno) e concentrados (milho, farelo de soja, entre outros).

É importante que o pecuarista planeje essas ações com antecedência, considerando a viabilidade econômica, já que o custo da suplementação é maior do que o do pasto. Em regiões mais frias, o cultivo de gramíneas de inverno, mais tolerantes ao frio, pode ser uma alternativa viável.

Fruticultura – Evitar a aplicação de produtos reguladores de crescimento para quebra de dormência; adotar técnicas de aquecimento com fumaça; manter a irrigação; e manter as áreas limpas são as principais recomendações para reduzir o risco de danos por baixas temperaturas.

Hortaliças – Entre as medidas recomendadas estão o cultivo protegido, com fechamento adequado do entorno das estufas; a suspensão da irrigação alguns dias antes do frio mais intenso, para evitar formação de gelo sobre as folhas; e o aquecimento controlado das estufas, utilizando carvão, com monitoramento constante durante a noite e a madrugada.

Em áreas de cultivo a céu aberto, a proteção é mais complexa, mas ainda assim são possíveis algumas ações: cobrir os canteiros com manta de TNT, utilizar aquecimento com fumaça e realizar pulverizações foliares com soluções salinas, que, quando aplicadas com antecedência, podem ajudar a reduzir o ponto de congelamento das folhas.

Milho – As possibilidades de proteção das lavouras de milho são limitadas. Assim, a recomendação é manter as lavouras devidamente seguradas e atentem ao zoneamento de risco climático, realizando o plantio na época recomendada, de modo a garantir a cobertura do seguro rural e reduzir os riscos de perdas.

As informações podem ser obtidas nos seguintes canais:

Canal “Alerta Geada Paraná” no WhatsApp e Telegram

Aplicativo IDR Clima, disponível no Google Play e na App Store

Disque Geada: (43) 3391-4500

Página do IDR-Paraná

Redes sociais do IDR-Paraná (Instagram, Facebook e LinkedIn)

Fonte: AEN Foto: Ana Tigrinho/Arquivo AEN

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Com crescimento de 77% em 2024, Paraná ocupa segundo lugar nas exportações de milho

As exportações de milho no Paraná alcançaram 1,18 milhão de toneladas nos primeiros quatro meses do ano, um aumento de 77% em relação ao mesmo período do ano passado, em que o Estado registrou 668,4 mil toneladas segundo dados do Agrostat/Mapa.

Esse é um dos assuntos detalhados no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 8 a 14 de maio preparado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

Em relação à receita, foram gerados US$ 267,1 milhões, ou R$ 1,5 bilhão. O aumento foi de 81% em comparação com o primeiro quadrimestre de 2024, de US$ 147,9 milhões. Isso por conta do aumento no volume embarcado e pelos preços melhores.

Por outro lado, a exportação nacional registrou 6,07 milhões de toneladas no mesmo período, uma queda de 14% em relação aos primeiros quatro meses do ano passado, que foi de 7,07 milhões.

O analista do Deral, Edmar Gervásio, destaca o crescimento do Estado no âmbito nacional de exportações da cultura. “De janeiro a abril de 2024 o Paraná encontrava-se em terceiro lugar do ranking nacional em exportação de milho. No mesmo período deste ano o Estado se consolidou como segundo lugar, ficando atrás apenas do Mato Grosso” disse.

O Irã foi o principal destino do milho paranaense durante o período, que importou 52% do volume total exportado pelo Paraná, seguido do Egito com 12,8% e Turquia com 11,3%.

Frango – O abate de frangos no Brasil somou 1,63 bilhão de cabeças no primeiro trimestre de 2025, segundo dados do IBGE, um crescimento de 2,3% em relação ao mesmo período de 2024. Também houve alta de 0,9% na comparação com o último trimestre do ano passado. A produção de carne acompanhou esse movimento, alcançando 3,45 milhões de toneladas no período. Neste cenário, o Paraná manteve a liderança nacional. No acumulado do ano de 2024 o Paraná respondeu por 34,2% do abate e 34,9% da carne de frango produzida. O Estado teve crescimento de 2,5% no número de abates e de 3,1% no volume produzido em relação a 2023.

Suínos – Com dados do Agrostat/Mapa o documento mostra que o Paraná estabeleceu um novo recorde mensal de exportação de carne suína, em que foram exportadas 21,2 mil toneladas, ou 25,5% a mais que abril de 2024, que foram registradas 4,3 mil toneladas, e 9,3% a mais que o mês de março deste ano, onde foram exportadas 1,8 mil toneladas.

Além disso, as perspectivas são positivas para os próximos meses, já que o segundo semestre é caracterizado historicamente pelo aumento de volume exportado, reforçando as chances de novos recordes ainda em 2025.

Ovos – No primeiro trimestre do ano o Paraná ficou em segundo lugar no ranking nacional de produção de ovos, segundo dados das Pesquisas Trimestrais da Pecuária, do IBGE. A produção do Estado no período foi de 459,1 milhões de dúzias produzidas (9,8% do total nacional), volume 5,5% maior que os três primeiros meses de 2024.

No âmbito de exportação, o Paraná foi o 4º no ranking nacional do primeiro quadrimestre do ano, onde exportou 2.454 toneladas que gerou uma receita de US$ 11,7 milhões, números menores em volume (-32,5%) e receita (-20,4%) em relação ao mesmo período de 2024.

Cana-de-açucar – Em 2025 a área destinada da cana-de-açúcar é projetada em 507 mil hectares, 1% superior à de 2024 (501 mil hectares) e, como consequência, o Estado deve colher uma safra maior da cultura neste ano, uma expectativa de 36,7 milhões de toneladas. As colheitas iniciaram em março e cerca de 8% já foram colhidos.

Pitaia – Pelo terceiro ano acompanhando a produção de pitaia, que está presente em 126 municípios do Estado, em 2023 o Deral registrou que o Paraná produziu 3,2 mil toneladas em uma área de 273 hectares, resultando em um Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 27,5 milhões.

Tangerina – O Paraná é o 4º no ranking brasileiro de produção de tangerina, tendo produzido, em 2023, 94,5 mil toneladas da fruta em uma área de 7,1 mil hectares. Isso representa uma queda de 11,3% da área e 22% de volume entre 2014 e 2023.

A safra atual encontra-se no início da colheita e tem expectativas superiores à safra passada. As boas condições climáticas contribuíram para a antecipação da maturação e a inversão de ácidos em açúcares das frutas. Os produtores também podem se animar com a aproximação da 57ª Festa Nacional da Ponkan, entre 06 a 08 de junho, em Cerro Azul (RMC), a Capital Nacional do Cítrico.

Fonte: AEN Foto: Gilson Abreu/Arquivo AEN

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Venda da soja ocorre lentamente

A comercialização da soja do Rio Grande do Sul avança lentamente em meio à expectativa por solução das dívidas, segundo informações da TF Agroeconômica. “Indicações no porto, para entrega maio e pagamento 17/06 na casa de R$ 136,00(+0,15%). No interior os preços de fábricas seguiram o balizamento de cada praça. R$ 131,00(-0,76%) Cruz Alta – Pgto. 04/07 – para fábrica R$ 131,00(-0,76%) Passo Fundo – pgto. começo de julho R$ 131,00(-0,76%) Ijuí – Pgto. 04/07 – para fábrica R$ 131,00 Santa Rosa / São Luiz – pgto. começo de julho. Preços de pedra, em Panambi, subiram para R$ 119,00”, comenta.

O mercado segue travado em Santa Catarina. “A ausência de dados atualizados sobre os fretes limita a avaliação precisa dos custos logísticos, mas os valores registrados no porto indicam pressão sobre as margens. A proximidade do vazio sanitário impõe um prazo para a movimentação dos estoques, o que pode influenciar as decisões comerciais nas próximas semanas. A falta de informações sobre a capacidade de armazenagem exige atenção à gestão pós-colheita, especialmente diante da possibilidade de acúmulo de grãos. No porto de São Francisco, a saca de soja é cotada a R$ 133,66(+0,20%)”, completa.

Paraná conclui colheita, mas enfrenta ritmo moderado de vendas e queda nas exportações. “Em Paranaguá, o preço chegou a R$ 132,66, marcando alta de 0,15%. Em Cascavel, o preço foi 119,51(+1,10%). Em Maringá, o preço foi de R$ 120,86(+0,20%). Em Ponta Grossa o preço foi a R$ 118,93(+0,43%) por saca FOB, Pato Branco o preço foi R$133,72(+0,20%). No balcão, os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 130,00”, indica.

Produção em alta, lucro em queda e busca por alternativas no Mato Grosso do Sul. “O atraso na colheita e os preços desfavoráveis podem ter gerado acúmulo de estoques, destacando a importância de uma estrutura de armazenamento eficiente para garantir maior flexibilidade na venda e evitar perdas. Em Dourados, o spot da soja ficou em 118,15(-0,36%), Campo Grande a 118,15(-0,36%), Maracaju a 118,88(+0,25%), Chapadão do Sul a 112,25(-0,29%), Sidrolândia a 118,88(+0,25%)”, informa.

No Mato Grosso a comercialização está travada. “O déficit de capacidade de armazenagem em Mato Grosso agrava o cenário, forçando a antecipação de vendas mesmo em condições desfavoráveis. Campo Verde: R$ 112,99(+0,70%). Lucas do Rio Verde: R$ 109,12(-0,05%), Nova Mutum: R$ 109,12(-0,05%). Primavera do Leste: R$ 113,24(0,93%). Rondonópolis: R$ 113,24(+1,42%). Sorriso: R$ 108,71(-0,17%)”, conclui.

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems Foto: USDA

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Colheita da safra de verão 2024/25 do milho no Brasil atinge 96,7%, aponta Safras & Mercado

A colheita da safra de verão 2024/25 do milho no Brasil alcançou 96,7% da área estimada de 3,512 milhões de hectares até sexta-feira (23), conforme dados divulgados pelo levantamento da Safras & Mercado.

Situação por estados

O avanço dos trabalhos de colheita apresenta números expressivos em diversos estados:

Rio Grande do Sul: 100% dos 886 mil hectares colhidos

Santa Catarina: 100% dos 583 mil hectares colhidos

Paraná: 100% dos 532 mil hectares colhidos

São Paulo: 99,1% dos 294 mil hectares colhidos

Mato Grosso do Sul: 100% dos 28 mil hectares colhidos

Goiás/Distrito Federal: 99,8% dos 290 mil hectares colhidos

Minas Gerais: 90,5% dos 858 mil hectares colhidos

Mato Grosso: 100% dos 10 mil hectares colhidos

Comparação com safras anteriores

No mesmo período da safra de verão 2023/24, a colheita atingia 92,4% da área estimada, que foi maior, com 3,972 milhões de hectares. A média histórica dos últimos cinco anos para esse período é de 94,2%, indicando que a atual safra está com uma colheita adiantada em relação à média recente.

Fonte: Portal do Agronegócio Foto: Divulgação

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Frente fria intensa pode causar neve no Sul

Segundo informações divulgadas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os três estados da Região Sul estarão em estado de atenção até o fim desta semana devido ao avanço de uma frente fria acompanhada de uma intensa massa de ar polar. A mudança no tempo deve trazer chuvas volumosas, risco de granizo, queda acentuada de temperatura e até possibilidade de neve em áreas elevadas.

A instabilidade começa a se intensificar nesta segunda-feira (26) no Rio Grande do Sul, especialmente nas regiões onde há previsão de chuvas fortes e granizo. Com a progressão da frente fria ao longo da terça-feira (27), a Campanha Gaúcha e o noroeste do estado devem registrar tempestades severas. O cenário segue instável até quinta-feira (29), com chuvas expressivas que atingem o centro-sul gaúcho e a Região Metropolitana de Porto Alegre.

A partir de quarta-feira (28), uma massa de ar frio avança pelos três estados do Sul, promovendo uma queda significativa nas temperaturas. O Inmet prevê geadas mais amplas e intensas para sexta-feira (30), principalmente nas serras do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e no Paraná, onde os termômetros poderão marcar temperaturas próximas de 0°C.

Há, ainda, previsão de neve em pontos isolados. O fenômeno poderá ocorrer entre a noite de quarta-feira (28) e a madrugada de quinta-feira (29) nas serras gaúcha e catarinense, no Planalto Norte de Santa Catarina e no sul do Paraná — regiões onde o frio, aliado à umidade, favorece a formação de flocos.

O frio intenso também avança para outras regiões do país. Estados como São Paulo, Rio de Janeiro, sul de Minas Gerais e Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia, Acre e o sul do Amazonas devem registrar declínio acentuado de temperatura entre quarta (28) e sexta-feira (30).

Cuiabá (MT), por exemplo, deve experimentar um forte contraste térmico. A capital mato-grossense deve ver a temperatura máxima despencar de 34°C, na terça-feira (27), para 21°C até quinta-feira (29), marcando o primeiro episódio de friagem registrado em 2025 na Região Norte.

O Inmet reforça que a combinação de temperaturas negativas com umidade é o principal fator para a ocorrência de neve, o que mantém em alerta a população das áreas de maior altitude do Sul do país.

Fonte: Agrolink/Aline Merladete Foto: Canva

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Trigo/Cepea: Atenções se voltam ao cultivo da nova safra

As atenções estão voltadas ao cultivo da nova temporada de trigo, apontam levantamentos do Cepea. Com isso, segundo o Centro de Pesquisas, as negociações seguem ocorrendo de forma pontual e os preços, enfraquecidos. A recente reação nos valores externos do cereal, porém, pode voltar a dar suporte ao mercado interno, especialmente neste período de baixa oferta doméstica, ressaltam pesquisadores do Cepea.

Quanto às importações, até a terceira semana de maio (com 11 dias úteis), as compras de trigo no Brasil somavam 359,36 mil toneladas, volume 45% abaixo do de maio/24, conforme dados da Secex analisados pelo Cepea.

Fonte: Cepea Foto: Divulgação

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Novo mapa nacional mostra onde há maior potencial para a agricultura no Brasil

Está disponível para a sociedade a atualizada do mapa de retirada agrícola das terras do Brasil, na escala um para 500 mil (1:500.000), que indica em nível regional o potencial das terras para uso com lavouras, em três níveis de manejo, ou para usos menos intensivos, com pastagem plantada, silvicultura ou pastagem natural. Os estudos que resultaram na classificação da arrecadação agrícola em todas as regiões brasileiras foram desenvolvidos por pesquisadores da Embrapa Solos (RJ) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com aporte financeiro do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Apresentação oficial

O novo mapa de ganhos agrícolas das terras do Brasil será apresentado na solenidade de 50 anos da Embrapa Solos, nesta quarta-feira (28/05), a partir das 9h30, no Teatro Ecovilla Ri Happy – Sala Tom Jobim, na Rua Jardim Botânico, 1008, Rio de Janeiro (RJ).

O mapa está disponível gratuitamente na Plataforma de Infraestrutura de Dados Espaciais da Embrapa ( GeoInfo ) e no Portal de Dados da Plataforma Tecnológica do PronaSolos . O ativo cartográfico subsidiará o direcionamento de políticas públicas relacionadas ao uso da terra e tomada de decisão, em escala regional, para conservação e sustentabilidade da atividade agrícola. A versão atual é apresentada como uma segunda próxima, ainda devendo passar por mais uma etapa de revisão e aprimoramento para complementação e melhor adequação das informações disponibilizadas.

Potencial de uso para cultivos em três tipos de manejo, pastagens plantadas ou naturais e silvicultura

Pela metodologia adotada, as terras foram avaliadas quanto às possibilidades de aproveitamento agropecuário tendo em vista suas qualidades naturais e a previsão de melhoria das condições agrícolas por meio do emprego de insumos e aplicação de diversas práticas de manejo, em diversos níveis tecnológicos.

Para as diferentes classes de solo, foram avaliadas as possíveis interações entre os atributos mais relacionados aos cinco fatores limitantes ao uso agrícola das terras: deficiência de fertilidade, deficiência de água, deficiência de oxigênio (ou excesso de água), suscetibilidade à erosão e impedimentos à mecanização. No caso da avaliação da exigência para a silvicultura foi considerado, adicionalmente, o fator limitante “impedimentos ao enraizamento”.

Para cada um desses fatores, explicaram os pesquisadores, foram atribuídos graus de restrições – nulo, ligeiro, moderado, forte, muito forte, extremamente forte e intermediários –, que expressam o grau de desvio das terras em relação a uma situação ideal. Levando em consideração as diferentes condições socioeconômicas ao alcance do agricultor, foram consideradas na avaliação três níveis de manejo (A, B e C), que representam diferentes níveis tecnológicos: o primeiro deles (o nível A) contemplando apenas o emprego de técnicas simples e rudimentares; o nível B, para o qual estão previstos recursos tecnológicos intermediários, adequados a produtores de capacidade média de investimento; e o nível C, correspondente à agricultura moderna altamente tecnificada, com aplicação intensiva de capital e tecnologia.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Amaury de Carvalho Filho , essa diferenciação permite identificar o potencial de uso das terras tanto para pequenos produtores rurais, com baixo grau de instrução e descapitalizados, como para agricultores de nível médio e também para a agricultura em escala empresarial. “Assim, por exemplo, uma determinada área com condições topográficas ou de solo desfavoráveis ​​ao emprego de máquinas e implementos agrícolas pode não ser comprometida para a implantação de trabalhos altamente tecnificados, que exigem grande escala de produção, mas em contrapartida pode apresentar boas condições para o uso com agricultura familiar, em nível tecnológico mais baixo, possibilitando boa rentabilidade com modesto emprego de capital”, explica.

A classificação da prioridade agrícola quanto às possibilidades de usos mais nobres da terra, como é o caso das atividades, seguida de usos menos intensivos.

Para cada condição de manejo especificada no procedimento metodológico adotado – níveis A, B e C – foram identificadas como classes de extração agrícola “boa”, “regular” ou “restrita” para o uso com trabalhos dos solos que ocorrem nas unidades específicas cartografadas no mapa. Por outro lado, caso as solo apresentadas condições significativas para a exploração com culturas agrícolas, foram avaliadas como possibilidades de usos menos intensivos, referentes à pastagem plantada, pastagem nativa e silvicultura. “A avaliação para exploração florestal, ou silvicultura, no nível mais avançado (nível C) foi incorporada como uma inovação à metodologia utilizada. É um diferencial em relação aos trabalhos anteriores”, acrescenta Carvalho Filho.

O pesquisador reforça que um ponto importante da metodologia é a apresentação em formato digital da classificação da exigência de maneira conjunta, indicando, ao mesmo tempo, o potencial das terras para uso com lavouras nos três níveis de manejo ou para usos menos intensivos, com pastagem plantada, silvicultura, em nível tecnológico médio ou alto, ou pastagem nativa.

“Resumindo, esse mapa de escassez agrícola das terras do Brasil apresenta a classificação para diferentes tipos de uso e níveis tecnológicos de exploração. Assim, para cada unidade espacial delimitada no mapa, e para os seus respectivos solos, são indicadas as classes de escassez ‘boa’, ‘regular’ ou ‘restrita’ para lavouras nos três níveis de manejo, para pastagem plantada, para silvicultura ou para pastagem nativa, expressando o máximo potencial de uso agrícola de suas terras em nível regional”, detalha o detalhado.

Outra indicação é a falta de previsão do aproveitamento agrícola de determinadas áreas (classe inapta), caso não apresentem condições mínimas de sustentabilidade econômico-ambiental, devendo ser destinadas à preservação da natureza ou a algum outro tipo de uso não agrícola.

Como foi feito o novo mapa

Os especialistas informam que os dados de entrada para o desenvolvimento do trabalho de avaliação do potencial das terras do Brasil para uso agrícola são oriundos do Mapa de Solos do Brasil, na escala 1:250.000, lançado pelo IBGE em 2018, conjugado ao Mapa de Áreas não Desmatadas da Amazônica Legal, conforme mapeamento de 2007 do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), organizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais ( Inpe ), e ao Mapa de Unidades de Conservação de Proteção Integral e Terras Indígenas, lançado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima ( MMA ) em 2020.

O pesquisador Amaury de Carvalho Filho explica que o trabalho foi realizado de acordo com o Sistema de Avaliação da Aptidão Agrícola da Terras, método adotado pela Embrapa, desenvolvido para atender necessidades gerais de planejamento do uso das terras e propiciar a decodificação das informações técnicas disponibilizadas nos levantamentos pedológicos. Esses estudos viabilizam a aplicação prática do inventário dos recursos de solos de determinada área ou região, cuja distribuição espacial está representada em mapas de solos de diferentes escalas.

Para interpretar a grande quantidade de dados disponíveis no mapa de solos do Brasil, a avaliação foi realizada por meio do estabelecimento de cruzamentos entre as diferentes características expressas na denominação dos solos, correspondentes aos quatro níveis do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos ( SiBCS ), e informações de textura, tipo de superficial, saturação por bases, relevância e ocorrência de pedregosidade, rochosidade e.

“Os trabalhos de avaliação da execução agrícola por meio desse método são realizados há bastante tempo, abrangendo áreas de dimensões variadas, desde microbacias até grandes regiões, incluindo unidades da federação. Mas ainda não havia sido realizada uma avaliação semelhante a essa que estamos lançando, que aborda todo o território nacional de uma forma integrada”, acrescenta.

O pesquisador ressalta, ainda, que foram arquivos dessa avaliação as áreas de unidades de conservação, estaduais e federais, e as terras indígenas, bem como as áreas não desmatadas da Amazônia Legal. “Assim, devido à condição especial do bioma Amazônia, reserva natural da biodiversidade, somente suas áreas desmatadas foram consideradas na avaliação da despesa agrícola, com o propósito de embasar a exploração sustentável das terras já incorporadas ao processo produtivo”.

Acesso ao mapa

O mapa de rendimento agrícola das terras está disponível gratuitamente na plataforma de Infraestrutura de Dados Espaciais da Embrapa (GeoInfo). Acesse pelos links abaixo:

Mapa

Painel de informações

O mapa também está disponível na plataforma tecnológica do PronaSolos, na aba Zoneamentos/Interpretações. 

Suporte à tomada de decisão e subsídio a políticas públicas

Devido à grande extensão territorial do Brasil e ao caráter generalizado das informações sobre os solos e condições ambientais que embasam a interpretação realizada, o mapa de prejuízo agrícola é apresentado na escala 1:500.000, considerado pelos pesquisadores mais adequado para representação do potencial de uso das terras. Por isso, sua aplicação é indicada para planejamentos de caráter regional – estados, regiões administrativas e grandes bacias hidrográficas.

Nessa escala, os cientistas do solo destacam que as informações do mapa nacional de exclusão agrícola podem ser usadas, por exemplo, para fins de direcionamento de atividades agropecuárias e alocação de recursos e regionalização de incentivos, ou mesmo para definição da distribuição de redes viárias de escoamento da produção, priorização de estratégias conservacionistas em áreas mais vulneráveis ​​à gestão e também como subsídio a zoneamentos diversos. “Além disso, este mapeamento pode ser utilizado na avaliação do potencial de expansão da produção agrícola em nível municipal ou de microrregiões geográficas, assim como para direcionamento e adequação de projetos de extensão rural ou, ainda, para identificação de áreas preferenciais para preservação e formação de parques”, ressalta o pesquisador da Embrapa  José Francisco Lumbreras.

Dois programas de estado que devem ser diretamente beneficiados são o Programa Nacional de Levantamento e Interpretação de Solos do Brasil ( PronaSolos ) e o Programa Nacional de Zoneamento de Risco Climático ( Zarc ).

“Mesmo com as limitações impostas à pequena escala deste mapa de demanda agrícola do Brasil, cujas unidades espacializadas abrangem áreas extensas, de no mínimo mil hectares, o que torna inviável sua aplicação direta para tomada de decisão em nível de fazendas, as informações podem ser utilizadas por cooperativas rurais e associações de produtores, ou mesmo por proprietários de áreas maiores, como instrumento auxiliar para avaliações de adequação e riscos de insucesso de empreendimentos agropecuários”, pondera Lumbreras.

Fonte: Embrapa Solos/Fernando Gregio (MTb 42.280/SP)

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Evolução genética da soja no Brasil: avanço estratégico para a cadeia de multiplicação de sementes

A trajetória da soja no Brasil é marcada por impressionante inovação genética e evolução constante do germoplasma, fatores decisivos para o país alcançar a liderança global na produção e exportação desse grão. De uma cultura pouco expressiva nos anos 1960 até alcançar uma produção recorde estimada em 167,3 milhões de toneladas na safra 2024/2025, segundo levantamento da CONAB, os resultados têm superado positivamente as expectativas, especialmente em Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, onde recordes de produtividade foram obtidos.

Nos últimos 59 anos, conforme o livro “A Saga da Soja: de 1050 a.C. a 2050 d.C.”, produzido pela Embrapa, a produção brasileira de soja expandiu-se à taxa média anual de 10,88%, impulsionada pela ampliação da área cultivada, que cresceu a 8,98% ao ano, aliada a ganhos expressivos de produtividade que acumularam crescimento de 173% no período. O papel central dessa evolução foi desempenhado pela genética incorporada às sementes de soja e amplamente disseminada pelos multiplicadores aos sojicultores nacionais.

Desde a década de 1970, quando variedades adaptadas às condições tropicais brasileiras foram desenvolvidas, a soja conquistou novos territórios agrícolas especialmente no Cerrado. O avanço genético trouxe resistências a doenças, maior adaptação climática, produtividade crescente e características adequadas às exigências dos mercados internacionais.

A biotecnologia, notadamente a partir dos anos 2000, deu grande impulso a essa evolução. A adoção maciça de sementes transgênicas resistentes a herbicidas, insetos e doenças elevou expressivamente a produtividade e reduziu custos operacionais. Novas tecnologias, como a edição gênica por CRISPR-Cas9, prometem ser protagonistas dessa evolução contínua.

Na visão de Luiz Eduardo Salomão, diretor de Comunicação da ABRASS, a genética desempenha um papel crucial na agricultura moderna “Proporciona aos produtores a capacidade de aumentar sua produtividade e, consequentemente, sua renda. Ao desenvolver cultivares mais resistentes e adaptáveis, os avanços genéticos permitem que os agricultores produzam mais com menos recursos. Isso não apenas melhora a eficiência do uso da terra, mas também contribui para a segurança alimentar, ajudando a alimentar um número crescente de pessoas em todo o mundo. Com uma abordagem focada na inovação genética, podemos garantir um futuro mais sustentável e nutritivo para todos.”

Outro aspecto importante ressaltado pelo livro “A Saga da Soja” é o “efeito poupa terra” proporcionado pelas melhorias genéticas e pela adoção da biotecnologia. Entre 1960 e 2017, os avanços nessas áreas permitiram que a produtividade aumentasse significativamente, poupando aproximadamente 129 milhões de hectares que seriam necessários sem esses avanços tecnológicos. Isso evidencia a importância estratégica do aprimoramento genético para uma agricultura mais sustentável e eficiente.

Osli Barreto, Diretor Executivo da ABRASS, reforça esse aspecto estratégico: “O contínuo avanço no germoplasma da soja é fundamental para a sustentabilidade da cadeia no Brasil. Nosso papel é apoiar a pesquisa, difundir inovações e assegurar o acesso dos agricultores às melhores tecnologias existentes, garantindo resultados econômicos expressivos com a preservação do meio ambiente.”

Além disso, o estudo “A Cadeia produtiva de soja e o desenvolvimento econômico e regional no Brasil”, elaborado pelo pesquisador José Eustáquio Ribeiro Vieira Filho, do IPEA, ressalta que a soja desempenha papel fundamental na geração de emprego e desenvolvimento econômico regional. Municípios como Rio Verde (Goiás), Sorriso (Mato Grosso) e Campo Novo do Parecis (Mato Grosso) apresentaram aumentos significativos no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), graças à expansão da produção de soja. A alta tecnologia contida na soja, fruto de anos de desenvolvimento genético e de pesquisa, gera alto valor agregado aos produtos, promove renda, emprego e impulsiona o crescimento econômico local.

Finalmente, é imperioso mencionar que o setor agropecuário, especialmente a cadeia da soja, tem contribuído para saldos comerciais positivos desde 1989, segundo o estudo “Transformações no comércio agropecuário brasileiro no período recente: uma análise descritiva com base nas estatísticas do ComexStat”, do IPEA. Segundo a publicação, desde 2008, o saldo dos setores não agropecuários foi sempre negativo, de modo que os saldos comerciais positivos nos últimos quinze anos somente foram possíveis devido aos superávits comerciais agropecuários.

Nesse contexto, a ABRASS reforça seu compromisso em promover e apoiar o avanço genético das sementes de soja, “Reconhecemos que a genética incorporada e disseminada pelos multiplicadores é elemento essencial para manter o Brasil competitivo no cenário global e manter a balança comercial superavitária”, enfatiza André Schwening, Presidente da ABRASS.

Fonte: Assessoria de Comunicação ABRASS / Informativo Revista Seednews – Edição Maio/Junho 2025 Foto: Divulgação

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Junho pode começar com frio e geadas no Paraná, alerta Simepar

O mês de junho deve começar com frio intenso no Paraná, segundo o Simepar. Normalmente projeções em longo prazo tendem a sofrer mudanças, mas as previsões mais atualizadas indicam que uma massa de ar polar deve chegar ao Sul do Brasil a partir de 27 de maio.

Antes de esfriar, pancadas de chuva e temporais localizados com rajadas de vento serão registrados em várias regiões do Paraná.

Segundo o Simepar, na próxima semana, entre quarta-feira, dia 28 de maio, e a primeira semana de junho, as manhãs no Paraná começarão a ficar geladas, com mínimas ao redor de zero grau e possibilidade de temperaturas negativas no extremo Sul do Estado, no Centro-Sul e no Sudeste. Em Curitiba, o mês de junho pode começar com temperatura em torno de 1ºC.

Na faixa Norte, que vem registrando dias de temperaturas altas até o momento, as temperaturas mínimas poderiam ficar em torno de 4°C.

Com as temperaturas baixas e tempo seco, há possibilidade de geada, principalmente nas faixas Sul, Centro-Sul, Sudeste e Sudoeste. O risco se estende com moderada intensidade para as regiões Noroeste e Norte do Estado.

Fonte e Foto: CBN

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A importância da sanidade das sementes forrageiras e de cobertura na sustentabilidade da agricultura no Brasil

As sementes são o insumo mais importante da produção vegetal. Para garantir o sucesso de qualquer cultivo, é fundamental utilizar sementes de qualidade, considerando aspectos genéticos, físicos, fisiológicos e sanitários. No entanto, a presença e os efeitos de patógenos — agentes causadores de doenças — ainda são pouco estudados e considerados. É essencial que a sanidade das sementes de plantas forrageiras e de cobertura seja levada em conta, a fim de se obter o máximo potencial produtivo dessas culturas, que têm papel estratégico tanto na alimentação animal quanto na manutenção da saúde do solo.

As plantas forrageiras são utilizadas principalmente como pastagem, mas também servem para fenação, silagem e fornecimento de alimento picado no cocho. Estima-se que as pastagens ocupem cerca de 170 milhões de hectares no Brasil — o equivalente a 20% da área com atividade agropecuária —, mais que o dobro da área cultivada com grãos, cana-de-açúcar, café, frutas, hortaliças, entre outros. São, portanto, a principal fonte de alimento para a pecuária brasileira. Melhorar a qualidade das pastagens é essencial para aumentar a lotação animal por hectare e, consequentemente, a produção de carne e leite.

Já as plantas de cobertura, também chamadas de plantas de serviço, são fundamentais para a recuperação de áreas agrícolas degradadas, contribuindo para a regeneração, conservação e manutenção da saúde do solo.

São centenas as espécies vegetais utilizadas como plantas forrageiras (como braquiárias, Panicum, entre outras) e de cobertura (como crotalárias, mucunas, nabo forrageiro, aveias etc.). Algumas espécies cumprem ambas as funções e têm sido cada vez mais empregadas em sistemas de produção que se expandem no Brasil, como o plantio direto e a integração lavoura-pecuária-floresta.

É preciso tratar as plantas forrageiras e de cobertura como lavouras, buscando a máxima produtividade. Para isso, devem ser adotadas as mesmas técnicas de manejo aplicadas em cultivos como soja, milho e cana-de-açúcar. Assim como qualquer cultura, essas espécies estão sujeitas a doenças causadas por fungos, bactérias, vírus e nematoides, que podem reduzir os rendimentos em cerca de 15%. Muitos desses patógenos se instalam nas sementes, onde sobrevivem e se disseminam, podendo causar doenças na própria planta ou servir como fonte de inóculo para culturas subsequentes.

Com a expansão do mercado de sementes de plantas forrageiras e de cobertura, é necessário que a produção ocorra em áreas específicas, obedecendo a normas rigorosas que garantam a qualidade das sementes distribuídas em todo o Brasil e para outros países.

É imprescindível que essas sementes estejam livres de patógenos que comprometam a produtividade das espécies cultivadas e que possam, ainda, afetar outras culturas dentro do mesmo sistema de produção. Por isso, é essencial que as sementes de plantas forrageiras e de cobertura sejam submetidas a testes de sanidade, capazes de detectar e identificar patógenos associados. Essas informações são fundamentais para a tomada de decisão quanto à utilização de um lote de sementes e à necessidade de tratamento químico, biológico ou físico adequado.

À medida que a agricultura brasileira avança, torna-se cada vez mais importante garantir sua sustentabilidade. O uso de sementes sadias e/ou devidamente tratadas de plantas forrageiras e de cobertura é um passo essencial para consolidar o Brasil como uma referência mundial em produção agrícola.

Por José Otávio Menten, professor Sênior da ESALQ/USP, Presidente do CCAS (Conselho Científico Agro Sustentável) e Membro da ABCA (Academia Brasileira de Ciência Agronômica)

Fonte e Foto: CCAS