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Onda de frio no campo: IDR-Paraná reforça cuidados em culturas mais sensíveis

O IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná — Iapar-Emater) e o Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná) informam que uma intensa massa de ar polar deve atingir o Estado a partir dos próximos dias, provocando queda acentuada nas temperaturas em todas as regiões. O frio intenso poderá causar prejuízos em diversas explorações agrícolas, como hortaliças, tomate, milho, café, pastagens e frutíferas tropicais. Para minimizar os danos, produtores podem adotar algumas medidas preventivas, conforme a orientação das equipes técnicas do IDR-Paraná.

Criado originalmente para proteger cafezais recém-plantados, o Alerta Geada também é uma ferramenta que auxilia os produtores e hoje atende diversas atividades agropecuárias – avicultura, suinocultura, horticultura e silvicultura, por exemplo. Ele ainda beneficia outros setores da economia, como turismo, comércio, mercado financeiro e construção civil.

Durante a vigência do serviço, pesquisadores do IDR-Paraná e do Simepar divulgam diariamente boletins com informações sobre as condições do tempo e a evolução de massas de ar polar no Estado. Quando há previsão de massas de ar frio com potencial de causar danos, um alerta é emitido e amplamente divulgado com antecedência.

Confira as dicas:

Café – Em relação ao café, nos plantios novos, com até seis meses de campo, recomenda-se o enterrio das mudas para proteção contra o frio. Viveiros devem ser protegidos com várias camadas de cobertura plástica ou com aquecimento, sendo possível adotar as duas medidas simultaneamente. A proteção deve ser retirada assim que a massa de ar frio se afastar e o risco de geada cessar.

Para lavouras com idade entre seis meses e dois anos, a orientação é amontoar terra no tronco das plantas, até o primeiro par de folhas. Esta proteção deve permanecer até meados de setembro, sendo posteriormente retirada manualmente.

Pecuária de corte – A pecuária de corte também enfrenta desafios em função da falta de pastagem, agravada por estiagens e geadas. Nessas situações, é recomendado o uso de suplementação alimentar, com volumosos conservados (como silagem e feno) e concentrados (milho, farelo de soja, entre outros).

É importante que o pecuarista planeje essas ações com antecedência, considerando a viabilidade econômica, já que o custo da suplementação é maior do que o do pasto. Em regiões mais frias, o cultivo de gramíneas de inverno, mais tolerantes ao frio, pode ser uma alternativa viável.

Fruticultura – Evitar a aplicação de produtos reguladores de crescimento para quebra de dormência; adotar técnicas de aquecimento com fumaça; manter a irrigação; e manter as áreas limpas são as principais recomendações para reduzir o risco de danos por baixas temperaturas.

Hortaliças – Entre as medidas recomendadas estão o cultivo protegido, com fechamento adequado do entorno das estufas; a suspensão da irrigação alguns dias antes do frio mais intenso, para evitar formação de gelo sobre as folhas; e o aquecimento controlado das estufas, utilizando carvão, com monitoramento constante durante a noite e a madrugada.

Em áreas de cultivo a céu aberto, a proteção é mais complexa, mas ainda assim são possíveis algumas ações: cobrir os canteiros com manta de TNT, utilizar aquecimento com fumaça e realizar pulverizações foliares com soluções salinas, que, quando aplicadas com antecedência, podem ajudar a reduzir o ponto de congelamento das folhas.

Milho – As possibilidades de proteção das lavouras de milho são limitadas. Assim, a recomendação é manter as lavouras devidamente seguradas e atentem ao zoneamento de risco climático, realizando o plantio na época recomendada, de modo a garantir a cobertura do seguro rural e reduzir os riscos de perdas.

As informações podem ser obtidas nos seguintes canais:

Canal “Alerta Geada Paraná” no WhatsApp e Telegram

Aplicativo IDR Clima, disponível no Google Play e na App Store

Disque Geada: (43) 3391-4500

Página do IDR-Paraná

Redes sociais do IDR-Paraná (Instagram, Facebook e LinkedIn)

Fonte: AEN Foto: Ana Tigrinho/Arquivo AEN

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