Demanda crescente e valorização: Mercado de milho no Brasil em novembro

Segundo a SAFRAS Consultoria, essa elevação resultou de uma demanda robusta pelo cereal por parte dos consumidores, em um contexto marcado por uma oferta mais restrita dos produtores.

Os analistas da SAFRAS preveem que as próximas semanas serão marcadas por especulações sobre as condições climáticas. Embora haja expectativas de melhorias nas chuvas ao longo de dezembro no centro-norte do Brasil, persistem incertezas quanto à regularidade das precipitações, o que provavelmente manterá os produtores cautelosos em suas negociações.

A sólida demanda pelo milho brasileiro no mercado de exportação, contudo, pode perder alguma força devido ao crescente interesse no cereal norte-americano. Mesmo assim, os analistas da SAFRAS preveem volumes de exportação consideráveis para o Brasil neste ano, variando entre 55 e 57 milhões de toneladas, impulsionados pela forte demanda da China.

No cenário internacional, o viés foi desfavorável para os preços ao longo de novembro, influenciado pela entrada da safra norte-americana de milho e as perspectivas de melhoria do clima para o desenvolvimento das lavouras na Argentina e no Sul do Brasil. Na Bolsa de Mercadorias de Chicago, o contrato de dezembro registrou uma desvalorização de 3,55% ao longo do mês, também impactado pela demanda ainda lenta pelo milho norte-americano.

Preços Internos:

O valor médio da saca de milho no Brasil atingiu R$ 61,93 em 30 de novembro, refletindo um aumento de 7,83% em relação aos R$ 57,43 registrados no fechamento de outubro. No mercado disponível ao produtor, o preço do milho em Cascavel, Paraná, subiu 13,21% durante o mês, passando de R$ 53,00 para R$ 60,00. Em Campinas/CIF, a cotação avançou 3,10% ao longo de novembro, passando de R$ 64,50 para R$ 66,50. Na região da Mogiana paulista, o cereal foi cotado a R$ 65,00, registrando um aumento de 8,33% frente ao encerramento de outubro, quando estava cotado a R$ 60,00.

Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação da saca subiu 4,65% ao longo do mês, de R$ 43,00 para R$ 45,00. Em Erechim, Rio Grande do Sul, o preço passou de R$ 65,00 para R$ 68,00 na venda, marcando um aumento de 4,62% em novembro.

Em Uberlândia, Minas Gerais, o preço na venda ficou em R$ 66,00 a saca, apresentando um aumento de 10% em relação aos R$ 60,00 do final de outubro. Em Rio Verde, Goiás, o preço na venda aumentou 10,00% ao longo do mês, de R$ 50,00 para R$ 55,00.

Fonte: Portal do Agronegócio Foto: Divulgação

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Cafés especiais do Norte Pioneiro renovam tradição paranaense com a bebida

Desde a chegada de agricultores paulistas no final do século XIX para plantar café no Norte do Estado, o Paraná se consolidou como um tradicional produtor do grão no País, a ponto de liderar a colheita nacional do produto nos anos 60. Com o passar dos anos, a relação do Estado com a cafeicultura mudou. O Paraná passou a ser reconhecido não pela quantidade da produção, mas pela qualidade do seu café.

Um dos primeiros marcos deste novo momento foi a certificação de Identificação Geográfica (IG) concedida em 2012 pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) aos produtores de cafés especiais de 45 municípios do Norte Pioneiro. Com a adoção de processos que garantem a rastreabilidade e a qualidade do produto, o café da região vem ganhando mercado nas cafeterias especiais e prêmios em concursos regionais e nacionais.

O café do Norte Pioneiro é um dos 12 produtos tradicionais paranaenses com Indicação Geográfica e que estão sendo abordados na nova série de reportagens da Agência Estadual de Notícias (AEN).

“O Paraná chegou a ser um dos maiores produtores de café do mundo décadas atrás. Mas não era reconhecido por ter um bom produto quando era comparado a outras regiões. Agora é o contrário. Temos uma produção muito menor em volume, mas que fornece um sabor único, de qualidade muito maior”, explicou o produtor e presidente da Associação dos Produtores de Cafés Especiais da Lavrinha de Tomazina, Jonas da Silva.

Para isso, os agricultores locais tiveram que adotar novas técnicas de produção, além dos processos de rastreabilidade exigidos pela Indicação Geográfica. Uma delas é a colheita do café ainda no pé, ao invés do café caído no chão. Outra é o processo mais alongado de secagem do grão em terreiros solares, que podem levar até 20 dias. As técnicas permitem uma melhor maturação do grão, proporcionando mais sabor à bebida.

“Nos anos 60, quando liderava a produção nacional, Paraná era produtor de um café normal. Os processos associados à IG vieram para mostrar que produzimos cafés tão bons quanto os colombianos, que são uma referência mundial nesta atividade”, afirmou o presidente da Associação de Cafés Especiais do Norte Pioneiro do Paraná (Acenpp), Paulo Frasquetti.

O trabalho dos agricultores locais se soma às características geográficas da região, ideais para a produção de cafés especiais. O Norte Pioneiro alia uma boa altitude, a mais de 500 metros do nível do mar, a temperaturas médias que variam de 19ºC a 22ºC ao longo do ano, o que também impacta no sabor do café.

“O Norte Pioneiro está no extremo sul cafeeiro do mundo. Essa variação de temperatura dá uma qualidade diferenciada ao café da região, com um ciclo completo de maturação na produção do grão desde a florada. Isso resulta em um grão maior, uma bebida mais doce e mais encorpada, com uma acidez cítrica mais acentuada”, disse Frasquetti.

Mudança de perfil

A mudança de perfil na produção paranaense começou a partir de um evento trágico, a Geada Negra de 1975, que devastou as plantações de café de todo o Estado. De um ano para o outro, milhares de agricultores deixaram a região ou mudaram a cultura que trabalhavam. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a área colhida de café no Estado caiu de 942 mil hectares para 3 mil hectares logo após a geada.

Atualmente, em média, cada safra paranaense conta com 30 mil hectares de café colhidos, o que representa a quinta maior área do Brasil destinada à cafeicultura. De acordo com o Departamento de Economia Rural, 69% das plantações estão no Norte Pioneiro e 90% delas estão em propriedades de pequenos agricultores ou agricultores familiares.

“Quem permaneceu com o café foram os pequenos. A produção de café especial, com todos os cuidados que ela requer, acabou se tornando uma forma destas famílias agregarem valor ao produto”, afirmou o produtor Jonas da Silva.

Em média, uma saca de 30 kg de café especial é negociada a um valor 70% superior da saca de café tradicional. Dependendo da qualidade do lote, no entanto, o preço de comercialização pode ser maior do que o dobro do tradicional.

Os maiores valores são alcançados em leilões realizados nos concursos que avaliam a qualidade dos lotes. Nestes eventos, as sacas de 30 kg chegam a ser negociadas por mais de R$ 1,9 mil. Para chegar a este valor, os produtores precisam que todos os processos de produção sejam impecáveis, desde o plantio até a torra do grão.

“Esse trabalho começa desde a flor do café, passando pela pulverização e período pós-colheita. São oito meses de cuidado. Quanto mais lentos forem estas etapas, melhor, porque o café passa por um processo de maturação que dá mais sabor ao grão”, explicou o produtor Agnaldo Peres, de Tomazina, que já venceu prêmios regionais com seus cafés especiais.

Nos concursos, além dos processos produtivos, os degustadores avaliam as características da bebida pronta. Os cafés recebem notas de 0 a 100 e aqueles que recebem avaliação superior a 80 podem ser considerados cafés especiais.

“É feita uma análise sensorial para atribuição de valores em relação a acidez, ao corpo e ao aroma do café, por exemplo. Aqui no Norte Pioneiro, já provamos cafés com 87 pontos, que são balizados como os melhores cafés do Brasil”, explicou o produtor Jonas da Silva, que também é certificado internacionalmente para realizar degustações e fazer as avaliações.

Segundo a produtora premiada Rafaela Mazzottini Silva, de Tomazina, o café do Norte Pioneiro é reconhecido nas competições pelas notas de sabor achocolatadas, o que o diferencia dos concorrentes. “São sabores marcantes, que se assemelham ao chocolate, com notas de caramelo e castanhas, que são muito presentes aqui. Todo este processo de produção natural também faz com que ele tenha um sabor mais frutado que o café tradicional”, disse.

Com a adoção de processos que garantem a rastreabilidade e a qualidade do produto, o café da região vem ganhando mercado nas cafeterias especiais e prêmios em concursos regionais e nacionais. Foto: Gabriel Rosa/AEN

Mulheres do café

Outro diferencial da região do Norte Pioneiro é o projeto Mulheres do Café, do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR). Desde 2013, o órgão reúne produtoras da região para incentivar o protagonismo feminino na produção familiar. O projeto conta com um trabalho multidisciplinar para orientar as produtoras a se envolver nos processos produtivos, a desenvolver técnicas de cultivo e a liderar a comercialização da colheita.

De acordo com a extensionista do IDR-PR, Cíntia Mara Lopes, o grupo reúne mais de 250 mulheres espalhadas em 14 municípios do Norte Pioneiro. “Como resultado, a gente conseguiu dar mais visibilidade e valorizar o trabalho feminino. As mulheres hoje ocupam um papel de protagonismo e liderança nesta atividade”, disse. “Outro resultado bastante significativo são as relações comerciais bem estabelecidas. Elas são treinadas para conseguir impor relações comerciais justas com cafeterias, torrefações, exportadoras, gerando mais renda para a família”.

Após uma década de trabalho, atualmente, mais da metade das inscrições nos prêmios regionais de café são feitas por produtoras mulheres, segundo o IDR-PR. Além disso, o envolvimento do trabalho feminino acaba sendo um diferencial comercial. “Da mesma forma que os clientes valorizam um produto com Indicação Geográfica, por poderem acompanhar a procedência do produto, o mercado também tem valorizado os produtos que se preocupam com a visibilidade feminina”, disse a extensionista.

Entre as produtoras participantes do projeto está Sirlene Soares dos Santos Souza, de Pinhalão. Desde que passou a fazer parte do projeto e a aplicar as técnicas para produção de cafés especiais, ela já foi premiada cinco vezes em concursos regionais e nacionais. “Este projeto trouxe muita visibilidade para o nosso sítio. Com as orientações, nós também conseguimos produzir cafés espetaculares”, contou.

Cadeia produtiva

Segundo o Deral, o Valor Bruto da Produção (VBP) do café do Paraná em 2022 foi de R$ 486 milhões. Apenas nos municípios do Norte Pioneiro, o VBP da cultura foi de R$ 340 milhões, o que dá a dimensão da importância da cafeicultura na região. Nas propriedades que utilizam técnicas de rastreabilidade, a produção de cafés especiais representa de 10% a 70% da colheita total do grão, a depender das condições climáticas.

Mas, mais do que isso, a cultura do café movimenta outras cadeias produtivas, que aproveitam a tradição cafeeira do Norte Pioneiro para diferenciar seus produtos no mercado. É o caso do produtor de queijos artesanais Leomar Martins.

Depois de anos de experiência na vida corporativa, Leomar começou a produzir queijos em 2017 na cozinha de casa, na propriedade rural da família em Santana do Itararé. Ao participar de uma competição, o produtor notou que produtos com misturas criativas chamavam a atenção dos jurados. “Estava em Araxá, em Minas Gerais, e vi muitos queijos elaborados. Como sou curioso, me veio a ideia de tentar fazer um queijo com café, que é um produto típico aqui da região”, contou.

Nas semanas seguintes, Leomar testou 39 cafés em um de seus queijos artesanais. Cinco deles, segundo ele, deram certo. Ele inscreveu um deles, batizado de Maná Concafé, em um concurso internacional na França, onde recebeu a medalha de prata na categoria “Casca Lavada – Cura de 30 Dias”.

Atualmente, o queijeiro aperfeiçoou a receita e passou a usar um café especial feito pelo projeto do Café das Mulheres. O pó é aplicado ao redor do queijo para o período de maturação, o que dá um leve sabor de café na degustação do produto. “Nós produzimos queijo. Então é uma receita feita para você lembrar, de leve, o sabor do café. O resultado final é um produto que tem a marca do Norte Pioneiro”, completou.

Fonte: AEN Foto: Gabriel Rosa

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Abertura de mercado do Quênia para o arroz brasileiro

Brasil e Quênia concluíram as negociações para abertura do mercado queniano de arroz para consumo, após a certificação fitossanitária encaminhada, em 30/11, ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) pelo Serviço de Inspeção Sanitária Vegetal do Quênia (KEPHIS).

De acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI/Mapa), as exportações brasileiras de arroz e suas variedades alcançaram US$ 657 milhões em 2022, representando 2% do comércio mundial do produto. Os principais mercados importadores do produto brasileiro são México, Senegal, Venezuela, Costa Rica e Gâmbia.

O Quênia importou, em 2022, US$ 290 milhões em arroz. Espera-se que a abertura do mercado queniano para o arroz brasileiro resulte em aumento de US$ 2,15 milhões nas exportações brasileiras, considerando o potencial econômico do Quênia.

No ano passado, o comércio mundial de arroz movimentou US$ 31,2 bilhões, sendo o Brasil um dos dez principais exportadores do produto. A abertura de mais um mercado consolida a posição brasileira nesse setor, que é privilegiada em termos de sustentabilidade e produtividade, e contribui para garantir a segurança alimentar e nutricional.

Trata-se da 72ª abertura de mercado agrícola para o Brasil em 2023. A abertura é resultado das ações de prospecção de mercado e do esforço conjunto entre o Mapa e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Fonte e Foto: Ministério da Agricultura

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PRF Paraná lança canal no whatsapp para informes de trânsito

A partir desta segunda-feira (4), os usuários das rodovias federais do Paraná podem receber informações atualizadas sobre as condições destas vias por meio de um canal no aplicativo Whatsapp.

O canal tem o objetivo de fornecer informações relevantes que impactem diretamente os usuários que transitam pelas rodovias federais no estado, sendo mais uma ferramenta para auxiliar o planejamento de viagens para profissionais, empresas e toda a população.

O aplicativo foi escolhido pela facilidade e pela aceitação dos usuários, pois, segundo pesquisas realizadas por diversas instituições, mais de 90% dos brasileiros com acesso à internet também têm conta no aplicativo Whatsapp.

Acesso

Para ter acesso às informações, basta que o usuário do aplicativo clique no link (https://whatsapp.com/channel/0029VaAv1GlAe5VxhNuWYn1l ) e depois na opção SEGUIR, ao lado do nome do canal.

Após, para receber as notificações em tempo real, o usuário deve clicar no símbolo de Sino (🔕), para ativar as notificações.

Fonte e Foto: CBN

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As punições previstas para quem pirateia sementes

Você sabe o que acontece com quem produz e vende sementes piratas no Brasil? A pessoa flagrada pode responder a processo administrativo em esfera estadual ou federal; ter a apreensão do produto irregular e ser condenada a pagar multas que podem chegar a 250% do valor comercial do produto.

E não para por aí não. O infrator deverá reparar os danos impetrados pelas empresas obtentoras de genética e responder às ações das empresas detentoras de biotecnologia.

Não conte com a sorte, utilize semente legal!!

Ouça Momento Apasem

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Embrapa promoverá Reunião de Pesquisa de Soja em junho de 2024

A 39ª edição Reunião de Pesquisa de Soja (RPS) será promovida pela Embrapa Soja, nos dias 26 e 27 de junho de 2024, em Londrina (PR). A Reunião de Soja tem por objetivo apresentar os principais avanços da pesquisa, debater as dificuldades ocorridas na safra de soja e promover o intercâmbio de experiências e informações entre os envolvidos com a cadeia desse grão.

Em 2024, a RPS será presidida pela pesquisadora Claudine Dinali Santos Seixas e terá como secretária executiva a pesquisadora Liliane Marcia Mertz-Henning. A comissão organizadora já está trabalhando na programação técnica, que será divulgada assim que possível.

Fonte: Embrapa Soja

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Em 10 meses, Portos do Paraná registra crescimento de 15% nas exportações

A Portos do Paraná registrou de janeiro a outubro de 2023 um  crescimento de 15% nas movimentações para exportação. Ao todo, foram 35.198.778 toneladas movimentadas, um aumento de 4,5 milhões de toneladas em comparação a 2022, com 30.619.504 toneladas. As cargas que se destacaram no ano até o momento foram soja, açúcar (granel) e farelo, todas com crescimento no comércio internacional. Os principais destinos dos navios que saíram de Paranaguá foram China, Coreia do Sul e Japão.

A movimentação total de cargas, incluindo importação e exportação, foi de 53.360.117 toneladas, 3,66 milhões de toneladas a mais no comparativo ao ano anterior (crescimento de 7,4%), com 49.699.648 toneladas. No sentido importação, o principal produto continua sendo o fertilizante. Os portos do Paraná também ultrapassaram a marca de 1 milhão de TEUs (medida para 20 pés de comprimento de contêiner) em 2023, com crescimento de 4% em relação a 2022.

Segundo o diretor-presidente Luiz Fernando Garcia, para atender a elevada demanda de mercado, a empresa pública trabalha pesado no sistema operacional e foca em estratégias para crescimento da Portos. “Nos próximos meses teremos o início da construção do Moegão, sistema exclusivo de descarga ferroviária de grãos e farelos, que promete um ganho de 63% na capacidade de desembarque de carga. Para esta obra, serão investidos R$ 592 milhões”, afirmou.

“O mercado apresentou uma grande procura ao longo de todo e nós otimizamos as nossas manobras de atracação, desatracação e planejamos uma logística de forma a atender ao máximo possível a maior quantidade de navios no período”, complementou o diretor de Operações da Portos do Paraná, Gabriel Vieira.

A expectativa é que, até o final do ano, a Portos do Paraná alcance a marca total de 62 milhões de toneladas importadas e exportadas, representando um crescimento de aproximadamente 6,2% em relação ao ano de 2022 (58.399.284 toneladas).

Fonte: AEN Foto: Claudio Neves

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Exportações brasileiras cresceram 3%

Nesta terça-feira (28), o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Roberto Perosa, anunciou que as exportações brasileiras atingiram a marca de US$ 140 bilhões entre janeiro e outubro deste ano, registrando um aumento de 3% em comparação ao mesmo período do ano anterior. O volume de exportações também apresentou um crescimento expressivo de 10%. As informações foram compartilhadas durante um encontro com jornalistas do setor no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

O evento, promovido pelo Mapa, teve como foco a apresentação do balanço anual da secretaria, abordando temas como a abertura de mercados, a balança comercial, o programa de recuperação e conversão de pastagens degradadas, além da relação internacional do Brasil com seus países parceiros.

De acordo com o secretário Perosa, o aumento nas exportações é atribuído ao cenário de preços mais baixos das commodities em comparação a 2022, bem como aos esforços conjuntos do Governo Federal e dos produtores rurais para expandir o acesso a alimentos em escala global. Ele destacou o setor da soja, que experimentou um incremento de quase US$ 5 bilhões.

Em relação à abertura de mercados, foram anunciadas a abertura de 71 novos mercados até o momento. Destaque para os mercados recém-abertos de farinha e óleo de peixe para a Colômbia, e carnes enlatadas bovina e suína, além de extratos de carne bovina e suína para o Japão.

“Muitos desses mercados foram abertos entre as Américas e a Ásia, o que mostra a retomada do diálogo regional do presidente Lula e também uma retomada da geopolítica sul-sul estabelecida pelo presidente Lula nesse novo momento”, destacou Perosa.

A retomada das relações comerciais não apenas amplia os mercados internacionais para os produtos brasileiros, mas também facilita a entrada de produtos de outros países no território brasileiro. “A reciprocidade tem que ser mútua; estamos abrindo mercados para países amigos e que temos relações comerciais para potencializar essa abertura de mercados ao redor do mundo” afirmou o secretário.

Durante a coletiva, foi revelado que representantes do órgão sanitário chinês (GACC) visitarão o Brasil no início de dezembro para inspecionar 18 plantas frigoríficas, incluindo três para reconfirmação da habilitação existente, quatro de aves e onze de bovinos. O secretário esclareceu que a vistoria não garante a habilitação para exportação, mas há expectativas positivas e o Mapa aguarda a chegada da comitiva chinesa para as tratativas.

Ainda nesta terça-feira, o secretário e uma comitiva da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais embarcarão em uma viagem oficial ao México para discutir a retomada das exportações de suínos e a desoneração dos impostos sobre produtos de origem animal com o governo mexicano.

Fonte: Agrolink Foto: Divulgação

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Perdas de nutrientes e comprometimento da produtividade são consequências da chuva em excesso na lavoura

Desde fim de outubro que a chuva quase não dá trégua no Paraná. Algumas regiões são mais afetadas, como a Sudoeste e a Oeste do estado, por exemplo.

Choveu muito e ainda não deu sol suficiente para os produtores rurais continuarem o trabalho. A principal prejudicada com isso, segundo a economista do Deral de Cascavel Jovir Esser, é a cultura da soja.

“Temos perdas de nutrientes por conta do excesso de chuva. A soja que foi plantada e está no início perde a adubação executada até então e também temos muitos pontos erosivos no solo, o que deve comprometer a produtividade”, avalia.

Até mesmo o escoamento da produção fica prejudicado, por conta de rodovias que estiveram bloqueadas e outras que estão em manutenção em decorrência da chuva. Pontes no interior também foram danificadas e isso dificulta bastante o transporte.

E muita gente vai precisar replantar soja. “Além da perda de produtividade, nas primeiras semanas de novembro já havíamos considerado que pelo menos 1% da área do núcleo de Cascavel precisaria ser replantada. Mas a chuva não está dando trégua”, lamenta Jovir.

Produção de grãos no Paraná

Chegou ao fim a colheita da safra de inverno do Paraná, com apenas pequenas áreas de trigo no campo. Um boletim será divulgado ainda nesta semana com a dimensão da perda dos produtores, que foram prejudicados com clima atípico e devem contabilizar prejuízos da safra de inverno, como retração dos preços pela redução da produtividade e a queda da qualidade dos produtos em algumas regiões.

Já com relação à soja, no boletim divulgado pelo Deral na última semana, as condições da lavoura foram levemente rebaixadas. Com as lavouras boas correspondendo a 87% da área (ante 88% na semana anterior), as lavouras médias a 11% (10% antes) e as ruins mantidas em 2%. A região Norte do Estado vem mostrando ótimas condições até o momento, diferentemente das demais, que foram mais atingidas pela questão da chuva.

O milho, com 98% da área semeada, também teve as condições das lavouras reavaliadas para baixo: boas de 81% para 79%, médias de 16% para 17%, e ruins de 3% para 4%. As condições ainda piores que as da soja se explicam pela concentração da cultura no Sul do Paraná, onde choveu mais.

O plantio do feijão acelerou comparado às semanas anteriores, evoluindo de 90% para 97% da área total. As condições de tempo melhoraram, permitindo também o avanço dos tratos culturais, especialmente os controles fitossanitários. Porém, dada a grande umidade ainda presente, as condições das lavouras pioraram. As áreas consideradas ruins passaram de 4% para 8%, as em condições médias passaram de 29% para 33%, sobrando 59% de lavouras boas, ante 67% na semana anterior.

Previsão do Tempo

Segundo o MetSul meteorologia, as condições não devem melhorar pelo menos por enquanto no Sul do Brasil. A região segue registrando chuva volumosa em parte da região. Na soma de dez dias a partir de hoje, os acumulados devem ser altos em muitas cidades do Paraná, Santa Catarina e do Rio Grande do Sul com índices em alguns pontos de 100 mm a 200 mm. Espera-se um episódio de chuva volumosa nestas regiões na primeira metade da semana que vem, quando os volumes diários podem ser altos em muitas cidades entre o Norte do Rio Grande do Sul e o Paraná, o que poderá gerar alagamentos e inundações em algumas cidades.

Fonte e Foto: Tatiane Bertolino/Sou Agro, com dados do MetSul e da AEN

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Conab realizará novos leilões de trigo no dia 1/12

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizará novos leilões para apoio à comercialização de trigo, safra 2023/2024, na próxima sexta-feira (1º). Serão ofertadas por meio do prêmio equalizador pago ao produtor rural e/ou sua cooperativa (Pepro), 175.550 toneladas do cereal, e do Prêmio para o Escoamento (PEP), 154.300 toneladas do produto.

Poderão participar do Pepro produtores rurais e suas cooperativas da Bahia, de Goiás, do Distrito Federal, de Mato Grosso do Sul, de Minas Gerais, do Paraná, do Rio Grande do Sul, de São Paulo e de Santa Catarina. Já o PEP é destinado às indústrias moageiras de trigo e aos comerciantes de cereais dos mesmos estados.

Cerca de 456 mil toneladas de trigo já foram negociadas nos leilões de apoio à comercialização e ao escoamento do cereal, realizados pela Conab. Nos leilões de Pepro e PEP realizados na quarta rodada de leilões, na última quinta-feira (23), foram negociadas 31.920 toneladas.

Estas ações são realizadas com recursos do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O apoio à comercialização por meio desses instrumentos pretende estimular a cadeia produtiva nacional do trigo, estabilizando o mercado e garantindo renda ao produtor rural – um dos objetivos centrais da Política de Garantia de Preço Mínimo (PGPM).

Os leilões foram autorizados pela Portaria Interministerial dos ministérios da Agricultura e Pecuária, da Fazenda, do Planejamento e Orçamento e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar n.º 12/2023, de 5 de outubro de 2023, que definiu um volume de recursos de até R$ 400 milhões para escoamento do produto em grão da safra 2023/2024 para fora dos estados de origem da produção.

Fonte: Conab Foto: Divulgação