Soja - colheita. Fotos:Jaelson Lucas / Arquivo AEN

Deral prevê crescimento da safra paranaense de soja, milho, feijão e batata em 2024/25

A primeira Previsão Subjetiva para a safra paranaense 2024/25, divulgada nesta quinta-feira (29) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), aponta para recuperação de produção em soja, milho e feijão, principais culturas do período. A produção de batata também cresce. No entanto, o trigo da safra 2023/24, que começou a ser colhido, terá redução.

Na soja, a previsão inicial é que sejam plantados 5,8 milhões de hectares, o que representa aumento de 0,5% sobre os pouco mais de 5,7 milhões de hectares do ciclo anterior. No entanto, a produção pode alcançar 22,3 milhões de toneladas, com substancial acréscimo de 20% sobre as 18,5 milhões de toneladas da última colheita.

A área plantada na primeira safra representa mais de 90% do plantio entre os principais grãos produzidos no Paraná. “A soja é o principal item da agricultura paranaense e em geral tem ótimo retorno ao longo do tempo”, explicou o técnico Edmar Gervásio, analista da cultura no Deral. O plantio estará liberado em 10 de setembro, quando termina o vazio sanitário da ferrugem asiática.

Milho

Para o milho primeira safra, as estimativas iniciais da safra 2024/25 apontam para 2,7 milhões de toneladas, ligeiramente superior às 2,5 milhões de toneladas do período 23/24. Há projeção de área 9,6% menor, ocupando 267,7 mil hectares, o que seria a menor da história. No ciclo anterior, a primeira safra teve 296 mil hectares.

Em 2010 a primeira safra já chegou a cobrir 900 mil hectares paranaenses, com redução de cerca de 70% agora. “A safra de milho de verão é hoje uma safra de nicho e os produtores são em geral especializados e com altas produtividades”, disse Gervásio. “Essencialmente esta redução está ligada à migração para soja, produto que tem maior liquidez e potencialmente maior lucratividade”.

Feijão

O feijão de primeira safra paranaense, depois de muitos anos com perda de área, tende a ter um aumento de 22%, passando de 107,8 mil hectares em 2023/24 para 131,2 mil hectares agora. “É o incremento mais importante pelo menos dos últimos 10 anos, quando vinha sistematicamente perdendo área para a soja”, disse o agrônomo Carlo Hugo Godinho.

Segundo ele, os produtores têm agora uma nova opção de venda, que é a exportação de feijão preto. “Isso fez com que os preços se mantivessem mais estáveis e atrativos”, disse. A previsão é de aumento de 57% na produção da primeira safra, passando de 160 mil toneladas em 2023 para 251 mil toneladas na nova safra.

Batata

Os plantios da batata de primeira safra 24/25 começaram. Até agora foram semeados 14% da área, o que corresponde a 2,2 mil hectares dos 15,8 mil estimados. “Uma média de 18% seria normal para este período, no entanto o tempo seco predominante desacelerou a ação”, afirmou o engenheiro agrônomo Paulo Andrade, do Deral. O plantio deve se estender até novembro, quando começa a colheita.

A expectativa é que o campo responda com 478,2 mil toneladas de batatas, cerca de 22% superior às 392,2 mil toneladas extraídas no mesmo período de 2023.

Em julho os produtores foram remunerados em R$ 94,33 pela saca de 25 quilos, 19,5% menor que os R$ 117,14 de junho. Na Ceasa Curitiba, a saca da batata comum ficou em R$ 120,00, valor estável em relação a junho. Já no varejo os preços tiveram queda de 15,2%, saindo de R$ 10,22 o quilo em junho para R$ 8,67 em julho.

Trigo e Cevada

O trigo da safra 2023/24, que começou a ser colhido no Paraná, tende a alcançar 3,1 milhões de toneladas, redução de 14% em relação às 3,6 milhões de toneladas do ano passado e de 17% sobre o potencial da safra (3,8 milhões de toneladas). “A seca tem sido o maior problema no Norte do Paraná, onde se concentram as lavouras colhidas até agora”, afirmou o agrônomo Carlos Hugo Godinho, analista da cultura.

Ele salientou que, apesar de essa ser a maior preocupação, também há perdas relacionadas às geadas. O levantamento de quanto isso vai impactar no resultado final ainda não está completo, o que será possível assim que a colheita evoluir nas áreas mais afetadas. Até agora foram colhidos pouco mais de 70 mil dos 1,1 milhão de hectares.

A cevada foi menos impactada pelo clima e deve render 331,5 mil toneladas. “Apesar de problemas pontuais, este número está dentro do intervalo de produção da cultura”, explicou Godinho. Se confirmado, será 19% superior às 278 mil toneladas do ano passado. “A seca tem sido menos crítica no Sul do Paraná e o ciclo mais longo da cultura evitou que a maior parte estivesse em fases suscetíveis a perdas durante as geadas”.

Boletim

O Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 23 a 29 de agosto, também divulgado nesta quinta-feira, comenta as primeiras estimativas de safra e traz dados sobre outras culturas agropecuárias do Estado. Sobre o couro bovino, destaca que o Paraná foi o quarto maior produtor no Brasil, com 788.658 peças, atrás de Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul.

Os suínos de corte atingiram um Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 8,5 bilhões em 2023, acréscimo de 2% sobre os R$ 8,3 bilhões do ano anterior. A suinocultura de corte está predominantemente concentrada nas regiões Oeste e Centro-Oriental do Paraná, onde estão os maiores frigoríficos. Toledo é o principal produtor, com VBP de R$ 1,4 bilhão.

O documento do Deral destaca ainda a celebração do Dia do Avicultor em 28 de agosto. A atividade engloba a produção de carne e de ovos. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em 2023 o Brasil produziu 14,8 milhões de toneladas de carne de frango, com exportação de 5,1 milhões de toneladas e consumo per capita de 45,1 quilos. Do total, cerca de 65% abastecem o mercado interno e o restante vai para exportação.

A estimativa da ABPA é que a produção cresça 1,8% em 2024, chegando a 15,1 milhões de toneladas. O Paraná, maior produtor e exportador de carne de frango do país, produziu 4,6 milhões de toneladas, com exportação de 2 milhões de toneladas. Estima-se que o setor gere mais de 4 milhões de empregos e que 1 milhão estejam no Estado.

Fonte: AEN Foto: Jaelson Lucas / Arquivo AEN

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Brasil deve colher 169,9 milhões de toneladas de soja, mas margens continuam apertadas

O Brasil se prepara para colher uma safra recorde em 2024/25, com uma estimativa de 169,9 milhões de toneladas de soja, um crescimento de 12% em relação ao ciclo anterior, segundo dados divulgados na estimativa Céleres® da safra de grãos 2024/25. Apesar desse desempenho, o cenário não é de total otimismo para os produtores.

A área plantada também deve apresentar um ligeiro aumento de 1,6%, totalizando 46,2 milhões de hectares, o que representa um acréscimo de 700 mil hectares em comparação à safra passada. No entanto, o crescimento da área plantada é mais modesto do que nos anos anteriores, refletindo expectativas de margens operacionais positivas, porém, abaixo da média da última década.

A Céleres® projeta uma margem operacional média de R$ 1.349 por hectare, o que equivale a 21% sobre a receita bruta. Este número, embora superior à margem de R$ 1.062/ha (17% sobre a receita bruta) observada na safra anterior, ainda enfrenta desafios significativos. A estimativa não considera despesas com arrendamento, finanças e depreciação, fatores que podem pressionar ainda mais a rentabilidade dos produtores, especialmente aqueles que dependem de arrendamentos, cujas margens líquidas podem ficar próximas de zero.

O aumento da produtividade, impulsionado pela recuperação das condições climáticas pós-El Niño, é um dos principais fatores que sustentam as margens, apesar da queda nos preços internos e externos. No entanto, o cenário de preços internacionais em declínio e as margens apertadas exigem maior eficiência na gestão e seleção de insumos, além da necessidade de aproveitar as oportunidades de mercado decorrentes da desvalorização do Real.

A demanda global por soja, principal produto agrícola do país, deve se manter firme, mesmo diante da desaceleração econômica na China. O Brasil deve continuar liderando o fornecimento global, com uma expectativa de exportação de 107 milhões de toneladas, 5% a mais que o recorde registrado em 2022. No mercado interno, a demanda por esmagamento de soja deve crescer 3,3%, alcançando 55 milhões de toneladas, impulsionada pelo aumento do uso de óleo de soja para biodiesel. Apesar da forte demanda, espera-se um aumento dos estoques internos, reforçando a continuidade do ciclo de baixa para os preços da soja no mercado interno durante 2025. Em regiões mais distantes dos portos, como a BR-163 em Mato Grosso, os preços já devem começar o ano abaixo de R$ 100 por saca, refletindo o cenário desafiador que os produtores enfrentarão na safra 2024/25.

Fonte: Agrolink/Aline Merladete Foto: Pixabay

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Robusta Supera Arábica e Registra Novo Recorde Histórico

No último dia 30 de agosto, o Indicador CEPEA/ESALQ do café robusta tipo 6, peneira 13 acima, a retirar no Espírito Santo, fechou acima do Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto em São Paulo, marcando um feito histórico. Pela segunda vez, o preço do robusta ultrapassou o do arábica, refletindo uma escalada expressiva de 16,73% em agosto, atingindo R$ 1.483,95 por saca de 60 kg, um novo recorde real desde o início da série histórica do Cepea em novembro de 2001. Esse valor foi ajustado pelo IGP-DI de julho de 2024.

Em comparação, o indicador do arábica fechou o mês a R$ 1.448,24 por saca, acumulando alta de 2,3% no período. A diferença entre os preços das duas variedades alcançou 35,71 reais por saca, com o robusta à frente.

Até então, o robusta só havia superado o arábica entre outubro de 2016 e janeiro de 2017, com a maior diferença de preços, de 20 reais, registrada em 3 de janeiro de 2017. Dessa vez, o robusta estabeleceu uma vantagem ainda maior, destacando sua valorização histórica.

Pesquisadores do Cepea apontam que, assim como no período de 2016-2017, o mercado de robusta enfrenta atualmente desafios de oferta, tanto no Brasil quanto na Ásia. Desde o último trimestre de 2023, o Cepea vem observando um movimento contínuo de alta no preço do robusta, que atingiu recordes reais em março de 2024 e vem superando essas marcas com frequência, especialmente nas últimas semanas.

Fonte e Foto: Portal do Agronegócio

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Produção de soja no Brasil em 2024/25 deve crescer 12%, afirma consultoria

O Brasil está a caminho de colher uma safra recorde de soja em 2024/25, com a produção projetada em 167,09 milhões de toneladas, segundo estimativas divulgadas nesta terça-feira (27) pela Datagro, em evento realizado em Cuiabá, Mato Grosso.

Esse volume representa um crescimento de 11,8% em relação à safra anterior, impulsionado principalmente por um aumento de 9,6% na produtividade, que deve atingir 3.554 kg por hectare (59,2 sacas).

Além disso, a área plantada está prevista em expansão de 1,8%, totalizando 47 milhões de hectares. “É o 18º ano consecutivo de crescimento da área, o que mostra a importância da cultura”, disse o economista e líder de conteúdo da consultoria, Flávio França Júnior.

Segundo França Júnior, o cenário da próxima safra será mais animador no aspecto climático. “Tudo aponta para um La Niña de intensidade moderada ou fraca, muito diferente do El Niño que prejudicou as lavouras na safra passada”, afirmou.

No entanto, pelo lado econômico, as previsões não são tão otimistas, de acordo com o analista. “O mercado passa agora por um processo de acomodação, com estoques globais mais elevados e uma safra recorde nos Estados Unidos.”

França Júnior destacou que o mercado de commodities teve um boom de preços entre 2020 e 2022, impulsionado por uma “tempestade perfeita” de problemas climáticos e geopolíticos. Contudo, com a normalização da oferta e o aumento da produção em várias regiões do mundo, os preços começaram a recuar.

Para a safra 2024/25 de soja, a previsão é de preços estabilizados, com leve queda nos custos de produção, entre 5% e 10%, o que pode garantir uma renda maior para os produtores que conseguirem otimizar a produtividade.

“O mercado de futuros em Chicago deve continuar pressionado por causa do quadro superavitário global, o que pode limitar altas nos preços”, informou.

Fonte: Estadão Conteúdo Foto: Mauro Osaki

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Governo sanciona lei que permite privatização da Ferroeste

O Governo do Paraná sancionou nesta quarta-feira, 28 a lei que permite o início dos estudos da privatização da Estrada de Ferro do Paraná Oeste, conhecida como Ferroeste. A empresa administra um trecho de 248 quilômetros entre Guarapuava e Cascavel, ligando a região central ao oeste paranaense. Atualmente, a participação estatal na estrada é de 99,6%, o restante pertence a 46 empresas nacionais, três estrangeiras e seis pessoas físicas. Segundo o governo, o objetivo da privatização da Ferroeste é potencializar os investimentos no modal ferroviário, promover redução de custos logísticos para o setor produtivo e apoiar a expansão das cooperativas e da produção agropecuária do Paraná. Foram incorporadas à lei (22.129/2024) a exigência da continuidade da exploração do trecho existente e a inclusão de um artigo sobre o cumprimento dos atuais contratos de cessão de uso do Terminal Ferroviário de Cascavel. O Estado também defende que os ganhos passam pela potencial redução do consumo de combustível fóssil, acidentes em rodovias e interferência política. Atualmente, um dos principais ativos da Ferroeste é a concessão da ferrovia entre Guarapuava e Dourados (Mato Grosso do Sul) por 60 anos.

O trecho nunca foi construído, mas o processo de privatização vai deixar essa possibilidade para o novo controlador. Outro recurso é um estudo de viabilidade técnica da ampliação do Terminal no Oeste. Ele foi feito pela Paraná Projetos e entregue neste ano. Agora, o Governo vai contratar um estudo para apontar o melhor modelo de processo de privatização da Ferroeste, que deve ser concretizado em um leilão na B3, em São Paulo. Todo esse processo deve durar um ano e seis meses.

A Estrada de Ferro do Paraná Oeste foi criada com foco no transporte de grãos agrícolas e insumos para plantio em 1988. Por decreto, assumiu a concessão para construção e exploração de ferrovia. Posteriormente, ela foi transformada em sociedade de economia mista. Desde que foi criada, existe a intenção de construir a ferrovia ligando o Paraná ao Mato Grosso do Sul, mas até o momento, a implantação desse projeto não aconteceu por ausência de investimento.

Fonte: BandNews Foto: Alessandro Vieira/AEN

GUARAPUAVA - 08-04-2021- Colheita de soja na região de Guarapuava / Foto Jonathan Campos / AEN

35 cidades do Paraná têm Valor Bruto da Produção Agropecuária superior a R$ 1 bilhão

O Paraná tem 35 municípios com Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) acima de R$ 1 bilhão. As informações são do relatório final relativo a 2023, publicado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), no Diário Oficial. Após as revisões dos números preliminares, o VBP total do Paraná em 2023 ficou em R$ 198,02 bilhões, o maior valor da história.

A lista de 2022 foi reforçada com a entrada de Corbélia (R$ 1,05 bilhão), Chopinzinho (R$ 1,05 bilhão), Ortigueira (R$ 1,02 bilhão), Nova Santa Rosa (R$ 1,01 bilhão) e São Mateus do Sul (R$ 1,01 bilhão) no grupo de municípios bilionários.

Ela ainda inclui Toledo, Castro, Cascavel, Santa Helena, Guarapuava, Carambeí, Marechal Cândido Rondon, Dois Vizinhos, Assis Chateaubriand, Tibagi, Palotina, Francisco Beltrão, São Miguel do Iguaçu, Nova Aurora, Piraí do Sul, Palmeira, Lapa, Londrina, Arapoti, Ubiratã, Prudentópolis, Cianorte, Ponta Grossa, Cafelândia, Astorga, Missal, Pitanga, Medianeira, Pinhão e Irati.

O grupo também teve algumas saídas. Os municípios de Candói (R$ 992,43 milhões), Pato Branco (R$ 905,38 milhões), General Carneiro (R$ 886,26 milhões) e Mangueirinha (R$ 840,89 milhões) que atingiram VBP de R$ 1 bilhão em anos anteriores, desta vez mostraram redução no faturamento, por diferentes fatores.

Para o secretário estadual da Agricultura do Abastecimento, Natalino Avance de Souza, os dados mostram que os produtores rurais paranaenses estão aproveitando oportunidades de crescimento. “Isso representa geração de emprego e renda no campo”, diz.

Desempenho

Entre os novos bilionários, a soja e a avicultura foram os produtos determinantes para o crescimento do VBP, segundo a economista do Deral Larissa Nahirny. “Esse perfil também é observado no estado como um todo. A produção recorde de soja em 2023 proporcionou um incremento significativo no faturamento dos municípios. Na avicultura, embora os preços praticados tenham se desvalorizado no período, a expansão nos abates e na comercialização de pintinhos para recria e engorda sustentou o resultado do setor”, analisa.

Em Corbélia, na região Oeste, a produção de soja quase triplicou de 2022 para 2023, de 42 mil toneladas para 163,7 mil toneladas. Com isso, o VBP do grão passou de R$ 119,9 milhões para R$ 357,5 milhões, um crescimento de 198%. O frango de corte e o milho também têm participação expressiva no rendimento.

Em Chopinzinho, no Sudoeste, mais da metade do VBP vem da soja e do frango de corte. Essas culturas renderam, respectivamente, R$ 238,3 milhões e R$ 235,4 milhões para o município em 2023. Destaque para o aumento no volume produzido do grão, que subiu 158%, de 50,3 mil toneladas em 2022 para 129,8 mil toneladas em 2023.

Além do frango para reprodução (R$ 252,79 milhões) e da soja (R$ 247,65 milhões), que compõem metade do VBP de Ortigueira, na região dos Campos Gerais, os produtos florestais têm uma participação importante na geração de renda no campo. Em 2023, papel e celulose renderam R$ 136,76 milhões para o município, 31% a mais do que em 2022, quando o VBP desses produtos somou R$ 104, 27 milhões.

Nova Santa Rosa, no Oeste, se beneficia principalmente da produção de suínos, que gerou VBP de R$ R$ 355,77 milhões no ano passado, seguida do frango de corte (R$ 179,16 milhões) e do pescado de água doce (R$ 95,93 milhões), que inclusive registrou aumento de 41% no rendimento comparativamente a 2022, quando rendeu R$ 68,23 milhões.

Os três principais produtos na composição do VBP de São Mateus do Sul, no Sudeste do Estado, são a soja (R$325,17 milhões), a erva-mate (R$ 192,06 milhões) e o fumo (R$ 118,79 milhões).

Pesquisa

O levantamento do VBP paranaense é um dos mais completos do País, com cerca de 350 culturas, entre elas produtos da agricultura, pecuária, piscicultura, silvicultura, extrativismo vegetal, olericultura, fruticultura, plantas aromáticas e ornamentais.

Em termos de segmento, o relatório aponta a liderança da produção pecuária na formação do VBP pelo segundo ano consecutivo. O setor representa 49% do valor gerado nas propriedades rurais do Paraná em 2023, com R$ 96,63 bilhões.

A agricultura de forma geral foi responsável por 46,5% do faturamento bruto, somando R$ 92,14 bilhões, contra R$ 85,1 bilhões de 2022, quando as condições climáticas foram desastrosas.

O VBP florestal, de R$ 9,25 bilhões em 2023, foi inferior aos R$ 9,6 bilhões do ano anterior, principalmente devido à desvalorização dos preços dos produtos florestais.

Veja neste link a relação completa dos municípios.

Fonte: AEN Foto: Jonathan Campos/AEN

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Prêmios do milho seguem elevados

Os prêmios do milho se mantiveram elevados no mercado destinado à exportação, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Os prêmios fecharam o dia sem vendedor (inalterado) e com comprador a +115 (+110) para setembro/24; com vendedor a +110 (+5) e comprador a +100 (+5) para outubro/24; sem vendedor (+114) e com comprador a +106 (+1) para novembro/24; com vendedor +120(inalterado) e com comprador a +110 (inalterado) para dezembro e sem vendedor (0) e comprador +50 para julho/agosto/25, no porto de Paranaguá”, comenta.

“Na China, a cotação do milho fechou em alta de 5 CNY/t para setembro e queda de 2 CNY/t para novembro. A cotação do amido de milho fechou em queda de 13 CNY/t para setembro e de 11 CNY/t para novembro. A cotação dos ovos fechou em alta de 34 CNY/500kg para agosto e queda de 7 CNY/500kg para setembro. Finalmente, as cotações do suíno fecharam em alta de 335 CNY/t para setembro e de 290 CNY/t para novembro”, completa.

No mercado da Argentina, a melhor proposta do cereal com entrega contratual chegou a A$ 163.000/t, implicando uma margem de A$ 1.000/t entre rodadas. “Em relação aos futuros, a posição de setembro se manteve em valores de A$ 164.000/t, sendo US$ 173/t a oferta em moeda estrangeira. Simultaneamente, a proposta para a descarga em outubro foi estimada em A$ 165.000/t enquanto novembro estava em A$ 166.000/t, o que resultou em um alta de A$ 1.000/t para ambas as posições. Finalmente, A$ 167.000/t foi o preço proposto para a entrega em dezembro, ou seja, A$ 2.000/t pelo máximo dos registros da jornada anterior. O preço MATBA osc ilou para US$ 176,00, sobre rodas no porto, para abril, contra US$ 176,00 anterior e Chicago a US$ 143,79”, conclui.

Fonte e Foto: Agrolink

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CNA debate desafios e oportunidades do agro nas mudanças climáticas

O diretor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Bruno Lucchi, participou, no último dia 27, do evento “Desafios e oportunidades do agro brasileiro nas mudanças climáticas: da produção à política agrícola”, promovido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A palestra foi dividida em três temas: quebra da produção agrícola nas últimas safras; orçamento e cobertura do seguro rural; e emissões globais e o papel do setor agropecuário nas mudanças climáticas.

No início da apresentação, Bruno Lucchi mostrou um histórico do comportamento das últimas safras em relação à quebra da produção por causa do clima. Segundo ele, os períodos de neutralidade climática estão mais raros no país.

“Essa é uma tendência que temos observado nas últimas cinco safras e que exige adequações nos sistemas produtivos e políticas públicas eficientes voltadas à mitigação de risco para ajudar os produtores, principalmente os da região Sul do país, que têm sido muito impactados”, disse.

De acordo com Bruno, a principal ferramenta de mitigação de risco do setor é o seguro rural. Na sua avaliação, para que possa atender toda a demanda dos produtores, o seguro precisa de recursos suficientes e ser uma política de Estado.

“Hoje, apenas 16% da área agrícola é coberta pelo Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). Em outros países, como os Estados Unidos, esse valor chega a 80%. Então precisamos estimular a cultura do seguro no Brasil e reduzir a exposição do setor às variações climáticas e, principalmente, de mercado”.

Durante a palestra, o diretor afirmou que, nos últimos anos, o orçamento do seguro rural tem sido reduzido, ao mesmo tempo em que as intempéries climáticas aumentam. “O valor destinado ao PSR não está atendendo o produtor e vem diminuindo progressivamente a cobertura da área agrícola”.

E para que essa política pública tão importante não se desfaça, Lucchi citou algumas medidas governamentais, dentre elas a previsibilidade do orçamento e a distribuição entre as regiões, a aprovação do projeto de lei que altera o Fundo Catástrofe e o aumento de produtos personalizados por parte das seguradoras.

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Já sobre as mudanças climáticas e redução das emissões de gases no Brasil, Bruno destacou que o país é referência em sistemas produtivos sustentáveis, como plantio direto, recuperação de pastagens degradadas, Integração Pecuária-Lavoura-Floresta, fixação biológica de nitrogênio, tratamento de dejetos animais, entre outros.

“Os nossos modelos de produção são totalmente diferentes do resto do mundo. O produtor rural brasileiro tem total interesse em trabalhar a favor da sustentabilidade porque ele é diretamente impactado pelas variações do clima”.

Entretanto, lembrou o diretor, uma das ferramentas que vai auxiliar o produtor nesse processo, que é o Cadastro Ambiental Rural (CAR), precisa ser validado pelo governo para que o Código Florestal seja efetivamente implantado no país.

“Hoje temos 7 milhões de cadastros e, desses, 27% tiveram algum tipo de análise e 2% tiveram a validação. Ora, se o produtor não tem a validação do CAR, ele não pode recuperar a área com passivo ambiental. Ou seja, não depende dele, depende do estado. Então a análise do CAR é considerada hoje a principal política para conseguir implementar o Código Florestal em sua plenitude”, concluiu.

O coordenador do MBA em Agronegócio da FGV, Felippe Cauê Serigati, e o diretor de Novos Negócios do IRB, João Rabelo, também palestraram no evento.

Fonte e Foto: CNA

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Oportunidades de mercado e desafios no V Simpósio de Sementes Forrageiras 

Sob a coordenação de Jaqueline Verzignassi (pesquisadora da Embrapa Gado de Corte) e vice-coordenação de Manoel de Souza Maia (Universidade Federal de Pelotas), o V Simpósio Brasileiro de Sementes de Espécies Forrageiras, que ocorrerá em paralelo ao XXII Congresso Brasileiro de Sementes (CBSementes), de 10 a 13 de setembro em Foz do Iguaçu (PR), promete ser um grande ponto de encontro entre os congressistas. Este evento reunirá nomes renomados da área para debater as oportunidades, perspectivas, mercado e regulamentação das sementes forrageiras, temas de grande relevância para o futuro da produção agropecuária no Brasil.

A também Coordenadora do Comitê de Sementes de Espécies Forrageiras, Jaqueline Verzignassi, fará a abertura do simpósio, que irá ocorrer no terceiro dia do CBSementes (13/09). Logo em seguida, inicia o Painel 1 com o tema Mercado e regulação: oportunidades e perspectivas, que será moderado pelo presidente da Associação dos Produtores de Sementes e Mudas de Mato Grosso do Sul (Aprossul), Celso Pess Junior. A palestra “Forrageiras nos serviços ambientais: melhoria do sistema produtivo vigente e recuperação de áreas degradadas – remuneração direta e indireta”, ministrada por Marco Antônio Fujihara, diretor da Infrapar Capital Partners, trará sua visão sobre como as forrageiras podem contribuir para a sustentabilidade ambiental e produtiva.

Em seguida, Marcio Portocarrero, diretor-executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), apresentará estratégias de valorização pela certificação socioambiental, utilizando o caso do algodão brasileiro como exemplo de sucesso. Glaucy da Conceição Ortiz, gerente de Inspeção e Defesa Sanitária Vegetal da Iagro – Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul, completará o painel com uma explanação sobre a “Integração e fortalecimento da defesa agropecuária na melhoria da qualidade da semente e no combate à concorrência desleal”.

Álvaro Antônio Nunes Viana, sócio-proprietário da AgroSigna – Assessoria e Consultoria em Assuntos Regulatórios, conduzirá uma palestra muito aguardada, sobre “O autocontrole e seus reflexos na regulação do setor de produção de sementes no Brasil”, tema que tem gerado grande interesse em muitas dúvidas entre os produtores.

As discussões do Painel 1 contarão com a participação de quatro especialistas: Izabela Mendes Carvalho, Coordenadora-Geral de Sementes e Mudas do Ministério da Agricultura e Pecuária; Marcos Roveri José, gerente-executivo da Unipasto e coordenador do Comitê de Forrageiras da Abrasem; Rogério Tomithão Beretta, secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico Sustentável da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso do Sul e; Tiago Pilon, gerente de Marketing e Vendas da SICPA América do Sul.

No período da tarde, o Painel 2 focará no “Mercado e avanços no sistema de produção”, moderado pelo pesquisador da Embrapa Cerrados, Allan Kardec Braga Ramos. Este painel começará com uma análise do “Mercado do boi gordo”, seguida pela palestra de Pedro Henrique de Almeida Gonçalves, Analista de Mercado da Scot Consultoria, que trará uma visão atualizada sobre o tema. Esteban Alberto Pizarro, consultor, discutirá os “Obstáculos e oportunidades para melhorar a produção de sementes de forrageiras tropicais”, enquanto Francisco Humberto Dübbern de Souza, da Progreseed Consultoria Sementes para Pastagens, encerrará com o tema “Abordagens genética e agronômica à produção de sementes de gramíneas forrageiras”.

Para enriquecer as discussões do Painel 2, foram convidados Ademilson Marcos Facholi, presidente da Unipasto; Cláudio Machado Lopes, presidente da Sulpasto – Associação Sul-Brasileira para o Fomento de Pesquisa em Forrageiras; Cláudio Takao Karia, pesquisador da Embrapa Cerrados e; Daniel Portella Montardo, pesquisador da Embrapa Pecuária Sul.

O Painel 3, que tratará de “Avanços industriais e sanitários”, será moderado por Jaqueline Verzignassi. Luciany Favoreto, pesquisadora Visitante da Embrapa Soja, abrirá com uma palestra sobre “Nematóides em sementes de espécies forrageiras: importância e avanços no controle”. O consultor Ademir Calegari falará sobre “Mix forrageiras/plantas de serviço: da ciência à prática” e José Silvio dos Santos, diretor-executivo da Sementes Germisul e Sementes Pasto Brasil, falará sobre o papel da indústria de sementes de forrageiras na qualidade do produto.

Para encerrar o evento, as discussões deste painel incluirão a participação de Álvaro Peixoto, diretor-geral da Barenbrug do Brasil; Ceci Castilho Custódio, professora da Unoeste – Universidade do Oeste Paulista e Enos Ma, diretor-presidente da AG Croppers, garantindo uma troca de ideias rica e diversificada.

Evento

O CBSementes é voltado para pesquisadores, agrônomos, produtores rurais, acadêmicos, representantes de empresas do setor agrícola, formuladores de políticas públicas e interessados na temática da sustentabilidade e inovação no setor de sementes.

De iniciativa da ABRATES, o evento  conta com o apoio de diversos parceiros e patrocinadores. Visite o site oficial do congresso para se inscrever https://cbsementes.com/

Serviço:

Evento: XXII Congresso Brasileiro de Sementes (CBSementes)

Data: 10 a 13 de setembro de 2024

Local: Rafain Palace Hotel & Convention em Foz do Iguaçu (PR).

Inscrições: https://cbsementes.com/

Fonte: Abrates

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Em Pato Branco trigo é impactado pela segunda vez no mês por geada

Além da diminuição da área plantada com trigo em Pato Branco, no Paraná, a ocorrência de duas geadas no mês de agosto em áreas de trigo deve reduzir a produção final do cereal. As informações são de Luiz Parsianello, trader na Cerealista R.N. Perusso.

Segundo Parsianello, a primeira geada, no dia 13 de agosto, ocorreu com temperaturas mais baixas, mas não foi tão intensa porque não havia tanta umidade no ar, e os impactos na cultura foram menores, já que também cerca de 30% do trigo estava suscetível a estragos. Já na segunda ocorrência, nesta segunda-feira (26), a umidade relativa do ar estava mais alta, e isso acabou favorecendo o fenômeno climático, que atingiu áreas baixas e de média altitude. O trader ainda pontua que, desta vez, em torno de 70% a 75% das áreas de trigo estavam suscetíveis aos impactos da geada.

Desta maneira, ele explica que, somando os impactos das geadas, além da redução de 15% a 20% das áreas plantadas, a produção final do trigo em Pato Branco deve ser 10% menor do que em 2023.

Fonte: Notícias Agrícolas/Letícia Guimarães Foto: Divulgação