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“O mundo precisa de mais algodão, e o Brasil é a solução”

Durante o Congresso Brasileiro do algodão (CBA), realizado no início de setembro em Fortaleza (CE), especialistas destacaram o potencial do Brasil como solução para a crescente demanda mundial por algodão. O evento, que pela primeira vez contou com a participação da ORÍGEO, reuniu 80 cotonicultores, influenciadores do setor e pesquisadores renomados, que discutiram as tendências e desafios do mercado.

O CEO da ORÍGEO, Roberto Marcon, ressaltou a importância de fortalecer e integrar o ecossistema agrícola para alcançar uma agricultura mais produtiva, sustentável e rentável. Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), a produção brasileira deve atingir 3,7 milhões de toneladas neste ano, um aumento em relação ao ciclo anterior.

Manek Gupta, CEO da Viterra na Índia, foi um dos palestrantes convidados pela ORÍGEO e apresentou uma visão otimista sobre o futuro do algodão brasileiro. “Se você olha para o algodão, grande parte da cadeia produtiva é sustentável. E grande parte desse algodão sustentável vem do Brasil. Durante a pandemia, os clientes industriais precisaram buscar alternativas ao algodão, por causa dos altos preços da fibra. Os preços baixaram, mas leva tempo para voltar a usar algodão como antes. O uso dessa fibra crescerá em torno de 2% ao ano, em um ambiente de crescimento econômico e, consequentemente, a demanda”, afirma Gupta.

Com o crescimento da demanda global por algodão estimado em cerca de 2% ao ano, Gupta destacou o papel crucial que o Brasil desempenhará no atendimento a essa necessidade. “O mundo precisa de mais algodão, e o Brasil é a solução. Poucos países conseguem produzir algodão com tanta eficiência e a custos tão baixos como o Brasil”, ressaltou o CEO da Viterra. A produtividade crescente no setor algodoeiro nacional é vista como chave para o sucesso, tanto para atender o mercado interno quanto o internacional.

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems Foto: Canva

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Último levantamento da safra 2023/2024 estima produção de grãos em 298,41 milhões de toneladas

A produção de grãos na safra 2023/2024 se encerra estimada em 298,41 milhões de toneladas, uma redução de 21,4 milhões de toneladas em relação ao volume obtido no ciclo anterior. A diminuição observada se deve, principalmente, à demora na regularização de chuvas no início da janela de plantio, aliada às baixas precipitações durante parte do ciclo das lavouras nos estados da região Centro-Oeste, do Matopiba, em São Paulo e no Paraná e pelo excesso de precipitação registrado no Rio Grande do Sul, sobretudo nas lavouras de primeira safra. Os estados paulista e paranaense, além de Mato Grosso do Sul, também apresentaram condições adversas durante o desenvolvimento das culturas de 2ª safra. Ainda assim, esta é a segunda maior safra a ser colhida na série histórica da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

De acordo com os dados do 12º e último Levantamento da Safra de Grãos 2023/2024, divulgado nesta quinta-feira (12) pela Companhia, a área semeada está estimada em 79,82 milhões de hectares, acréscimo de 1,6% ou 1,27 milhão de hectares sobre 2022/2023. Já a produtividade média das lavouras apresenta redução de 8,2%, saindo de 4.072 quilos por hectare na temporada passada para 3.739 quilos por hectare no atual ciclo.

Dentre as culturas afetadas pelo clima adverso, destaque para a soja, cujo volume total colhido na safra 2023/2024 é estimado em 147,38 milhões de toneladas, redução de 7,23 milhões de toneladas em relação ao período 2022/2023. A queda observada se deve, principalmente, ao atraso do início das chuvas, às baixas precipitações e às altas temperaturas nas áreas semeadas entre setembro e novembro, nas Regiões Centro-Oeste, Sudeste e na região do Matopiba, situações que causaram replantios e perdas de produtividade. Só em Mato Grosso, principal estado produtor da oleaginosa, a produção ficou em 39,34 milhões de toneladas, quebra de 11,9% ao se comparar ao primeiro levantamento ou 15,7% ao se comparar com a safra passada. No Rio Grande do Sul, o excesso de chuva também prejudicou a produção da oleaginosa.

Outro importante produto que também teve consequências do clima registrado ao longo do desenvolvimento do cultivo foi o milho. Na primeira safra, as altas temperaturas e chuvas irregulares impactaram importantes regiões produtoras, como Minas Gerais. No segundo ciclo do cereal, o clima foi mais favorável em Mato Grosso e Goiás, por exemplo. Mas em Mato Grosso do Sul, em São Paulo e no Paraná veranicos ocorridos em março e abril, aliados a altas temperaturas e ataques de pragas, comprometeram o potencial produtivo do cereal. Além do menor desempenho, a Conab verificou uma redução na área destinada ao cultivo do grão. Nesse cenário de menor área e produtividade, a colheita total de milho está estimada em 115,72 milhões de toneladas nesta safra, queda de 12,3% do produzido em 2022/2023.

A Conab também verifica ligeira queda de 1,5% na produtividade do algodão, estimada em 4.561 quilos por hectare de algodão em caroço. Porém, a área destinada para a cultura teve aumento expressivo de 16,9% o que reflete em uma elevação na produção de 15,1%. Só para a pluma, a Companhia estima uma colheita de 3,65 milhões de toneladas, um novo recorde para a série histórica da cultura.

Seguindo o cenário de alta na produção, o volume colhido para arroz e feijão também é maior nesta safra quando comparado com a temporada passada. No ciclo 2023/2024, a produção estimada em 10,59 milhões de toneladas de arroz representa um crescimento de 5,5%. Assim como no caso da fibra, essa elevação é influenciada principalmente pela maior área cultivada no país, uma vez que a produtividade média das lavouras foi prejudicada, reflexo das adversidades climáticas, com instabilidade durante o ciclo produtivo da cultura, em especial no Rio Grande do Sul, maior estado produtor do grão.

Para o feijão, a safra total estimada é de 3,25 milhões de toneladas, 7% superior à produção de 2022/23. O bom resultado é influenciado, principalmente, pelo desempenho registrado na 2ª safra da leguminosa, onde foi registrado um acréscimo de 18,5% na produção, chegando a 1,5 milhão de toneladas.

Dentre as culturas de inverno, o plantio já foi concluído e estima-se uma redução de 9,8% na área plantada quando comparada com a safra passada. Destaque para o trigo. Para a principal cultura cultivada entre os cereais de inverno, a queda na área chega a 11,6%, estimada em aproximadamente 3,1 milhões de hectares.

Apesar de finalizar a temporada 2023/2024 e, a partir de outubro, reiniciar o ciclo e contabilizar os números da próxima safra, a Conab continua acompanhando o desenvolvimento das lavouras que se encontram em campo, como as de inverno e de 3ª safra.

Mercado – Neste ano safra, a Conab verifica recuperação na produção de arroz, influenciado principalmente pelo aumento na área plantada. Importante produto para o mercado interno, a estimativa de consumo para o produto foi elevada em 6,5% chegando a cerca de 11 milhões de toneladas. Essa alta tem como base o aumento na safra do grão aliada a um cenário de adoção de políticas públicas que incentivem o consumo de arroz ao longo de 2024, além da expansão significativa do auxílio médio e do número de beneficiários do Programa Bolsa Família. Já as exportações estão estimadas em 1,3 milhão de toneladas, redução de 25,9% em relação à safra anterior. Isso deve-se ao fato de os preços internos estarem acima das paridades de exportação, além da recuperação do potencial produtivo dos Estados Unidos, afetado na safra anterior.

Dupla do arroz no prato dos brasileiros, o feijão também registrou maior produção na atual safra. Para a leguminosa, além da alta no consumo interno, saindo de 2,85 milhões de toneladas para 3 milhões de toneladas, as vendas ao mercado internacional também tendem a crescer sendo estimadas em 227,4 mil toneladas.

No caso do milho, a menor safra colhida impacta na oferta do cereal brasileiro no mercado externo. Diante desse cenário, o Brasil deverá reduzir o volume de exportações do grão. A Conab estima que 36 milhões de toneladas sairão do país via portos, entre fevereiro de 2024 e janeiro de 2025, volume 34,1% inferior ao estimado na safra 2022/23.

Os dados completos sobre o 12° Levantamento da Safra de Grãos 2023/2024 e as condições de mercado destes produtos podem ser conferidos no Portal da Conab.

Fonte: Conab Foto: Rufino/Embrapa Soja

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Prorrogadas as inscrições das agroindústrias para a Feira Sabores do Paraná

Foram prorrogadas as inscrições para produtores rurais interessados em participar da Feira Sabores do Paraná. Agora, os interessados podem realizar a inscrição até a próxima segunda-feira (16).

Neste ano, o evento acontece de 28 de novembro a 1º de dezembro, no salão de eventos do Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba. Serão selecionados 80 empreendedores rurais que terão a oportunidade de mostrar sua produção para o público da Capital. Além da venda de produtos, a feira contará com aulas-show para divulgar a gastronomia e o turismo.

A Feira Sabores do Paraná é promovida pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater (IDR-Paraná) em parceria com a Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), o Sistema Faep/Senar-PR e o Sebrae/PR.

Para participar da feira, os produtores devem atender a algumas exigências. A primeira delas é ter o CAF (Cadastro Nacional da Agricultura Familiar) ativo. Além disso, toda agroindústria que trabalha com alimentos precisa ser regularizada sanitariamente. Outra solicitação é de que os produtos sejam rotulados, seguindo a legislação vigente. Já o artesanato a ser apresentado precisa ter características de identidade regional ou usar matérias-primas da propriedade rural.

Para realizar a inscrição, basta acessar o site do IDR-Paraná ou procurar um escritório do Instituto e solicitar ajuda de um extensionista. As inscrições estão abertas para empreendedores individuais e organizações como cooperativas e associações. Os empreendimentos com jovens rurais, até 29 anos, serão priorizados.

Novo catálogo incentiva consumo de queijos e vinhos feitos no Paraná

Feira sabores

A Feira Sabores do Paraná aconteceu de 2000 a 2014, sempre no Parque Barigui, em Curitiba. Depois de uma interrupção o evento foi retomado, agora num formato mais compacto. O objetivo é divulgar os produtos coloniais do Paraná, com destaque para a produção regional.

A gastronomia será o carro-chefe para divulgar as atrações turísticas paranaenses durante a feira. O visitante terá à disposição seis pratos quentes para consumir no local, além de duas sobremesas e duas bebidas típicas.

Também serão realizadas, no salão de eventos, aulas-show de culinária, com ingredientes disponíveis na feira ou alguma cultivar desenvolvida pela pesquisa do IDR-Paraná. Cada aula-show terá o número máximo de 30 participantes e a inscrição é gratuita.

A abertura da feira será no dia 28 de novembro, às 16h, no vão do Museu Oscar Niemeyer. De sexta a domingo o evento estará aberto ao público sempre das 10h às 22h e a entrada é gratuita.

A lista com os expositores classificados será divulgada a partir do dia 20 de setembro.

Faça sua inscrição AQUI.

Fonte e Foto: AEN

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Começa nesta terça-feira (10) em Foz do Iguaçu o XXII BSementes

Principal encontro do setor sementeiro no Brasil vai discutir temas em alta neste importante segmento do agronegócio

O Paraná recebe nesta semana um dos principais encontros do setor de sementes brasileiro. De 10 a 13 de setembro acontece em Foz do Iguaçu o XXII Congresso Brasileiro de Sementes (XXII CBSementes), que discute as principais pautas que hoje estão em alta neste importante segmento do agronegócio.

Promovido pela Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes (ABRATES), o CBS é considerado o maior evento da área, reconhecido dentro e fora do país e que reúne técnicos, produtores, empresários, pesquisadores, docentes e estudantes de graduação e pós-graduação vinculados ao setor sementeiro.

A Apasem que é parceira deste evento estará com estande localizado nos espaços 30 e 36 em frente ao auditório, onde os visitantes irão receber em primeira mão a 8ª edição da Revista Apasem, que traz como matéria de capa justamente o atual cenário da Análise de Sementes no Brasil com a participação da visão de muitos especialistas no assunto.

Serviço:

Congresso Brasileiro de Sementes 2024 – Foz do Iguaçu

De 10 a 13 de setembro no Hotel Rafain

Visite o Estande da Apasem que está localizado nos espaços 30 e 36 em frente ao auditório principal

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Com atraso no plantio, preços da soja disparam no Brasil seca prolongada está deixando produtores cautelosos

A escassez de chuvas nas principais regiões produtoras de soja do Brasil tem gerado preocupação entre os agentes do setor. O atraso no início da semeadura da safra 2024/25 pode afetar diretamente o cronograma de produção e abastecimento. A seca prolongada está deixando produtores cautelosos, influenciando a oferta e a comercialização da oleaginosa.

Segundo dados informados pelo Cepea, esse cenário tem levado vendedores a restringir a quantidade ofertada no mercado spot nacional, enquanto compradores domésticos e internacionais competem pela aquisição de novos lotes. Com a demanda superior à oferta, tanto os prêmios de exportação quanto os preços no mercado interno continuam a subir.

As expectativas de exportação também indicam preços ainda mais altos no próximo mês, o que intensifica a resistência dos sojicultores em liberar grandes volumes no curto prazo.

Fonte: Agrolink/Aline Merladete Foto: Pixabay

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Estado de alerta: Paraná atinge momento mais crítico para casos de queimadas florestais

A combinação de áreas há muito tempo sem chuva e baixa umidade relativa do ar com as altas temperaturas atípicas para o inverno faz com que o Paraná atravesse nesta semana o período mais crítico para a ocorrência de queimadas florestais. Segundo o Corpo de Bombeiros, foram registrados mais de 10 mil focos de incêndio no Estado de janeiro a agosto deste ano. “Os indicadores são os mais altos possíveis”, afirma o meteorologista do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), Reinaldo Kneib.

Situação que fez com que o governador Carlos Massa Ratinho Junior decretasse situação de emergência em por causa da estiagem. A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest) também está finalizando uma resolução técnica para mitigar os efeitos da seca no Paraná. “Estamos agindo no momento em que há necessidade de que se tome uma ação efetiva, porque o momento é crítico”, ressalta o secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável, Everton Souza.

De acordo com a previsão do instituto, a média da umidade relativa do ar mínima para a semana pode ser inferior a 20% nas regiões Norte, Norte Pioneiro e Noroeste e menor do que 30% nas regiões Central e Sudoeste do Paraná. Já a temperatura máxima média vai chegar próximo a 40ºC em alguns pontos do Estado. A expectativa é de que em setembro a chuva acumulada seja 38% menor do que a média histórica para o período.

“Todo o Estado está em vermelho, com uma condição ainda mais desfavorável para extremo Norte e Noroeste do Paraná”, destaca o meteorologista.

Condição que, de acordo com o Simepar, deve seguir até sexta-feira (13), quando a previsão aponta a chegada da chuva em todo o Estado. “Será um fim de semana chuvoso, mas de forma irregular. Algumas cidades há previsão de até 50 milímetros de precipitação acumulada, em outras um pouco menos. De qualquer forma, já ajuda a melhorar a qualidade do ar e diminuir os riscos de incêndios florestais”, explica Kneib.

Após essa pausa, o tempo seco retorna. Cidades do Noroeste, como Paranavaí, Colorado e Querência do Norte, passarão novamente dos 40ºC a partir do dia 21 de setembro – a previsão indica até 45ºC em Santa Cruz de Monte Castelo.

Recomendações

Quando as condições climáticas apontam para altos riscos de incêndios florestais, a Defesa Civil emite alertas às unidades regionais dos bombeiros, para que a corporação possa atuar de maneira mais ágil aos focos que surgirem.

A recomendação é para que a população se sensibilize para evitar qualquer incêndio, evitando utilizar fogo para limpeza de terreno, não queimar lixo, não soltar balões e fazer a destinação correta de material vegetal, evitando montes de folhas e galhos. No caso da ocorrência de queimadas, a indicação é entrar em contato imediatamente com o Corpo de Bombeiros.

O coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Fernando Schunig, reforça a importância de os prefeitos dos municípios atingidos informar a Defesa Civil Estadual para registrar as ocorrências e receber as orientações sobre como proceder em cada um dos casos. Para isso, basta acessar o link.

Boas práticas: inscrição para edição 2024 do Selo Clima Paraná encerra na sexta-feira

18 a 27 de outubro: Governo do Estado define edição 2024 da Semana do Lixo Zero

“Este é um momento crítico, orientamos os municípios para que façam esse registro para sabermos o que está acontecendo, e que essas informações sejam replicadas para todos os moradores. Lembramos que se deve-se evitar efetuar queimadas, além de fazer o uso consciente da água. É essencial que todos participem”, diz o coronel Fernando.

O clima seco também causa desconforto respiratório e pode agravar condições respiratórias como asma e bronquite – em especial nas crianças. Isso acontece porque o tempo seco desidrata as vias aéreas e causa irritação. Por isso, neste período é importante se hidratar com frequência.

Fonte: AEN Foto: Patryck Madeira/SEDEST

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Safra de algodão 23/24: produção brasileira elevada apesar de desafios com clima e pragas

Os dados oficiais da Conab apontam que, até esta segunda-feira (09), a safra de algodão 2023/24 está 95,6% colhida no Brasil. Com os trabalhos em sua reta final, a avaliação da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) é de que a produção pode configurar recorde histórico, mais em função do aumento de área do que pela produtividade.

“Foi um ano interessante. Foi prejudicial para a soja que antecede 70% da safra de algodão e isso fez uma janela de plantio mais curta em janeiro, então não favoreceu tanto o algodão. Estávamos torcendo por boas chuvas no final do ciclo, o que fez com que tivéssemos boas produtividades. Vamos ter uma produtividade boa, mas não excelente como foi 2023, é uma safra boa mas não excepcional, mas por causa do aumento de área neste ano vamos bater recorde de produção”, diz Alexandre Schenkel, Presidente da Abrapa.

Exemplo deste cenário é o estado do Mato Grosso, principal produtor de algodão do Brasil. De acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), houve aumento de 21,57% na área semeada na safra 23/24 em relação ao plantio de 22/23. Já a produtividade registrada ficou 6,42% menor no atual ciclo. Sendo assim, a produção final do Mato Grosso deve ficar em 6,39 milhões de toneladas de algodão em caroço, 13,9% superior ao ciclo 22/23.

O saldo é parecido também em Goiás, onde apesar das dificuldades, a produção final vem sendo registrada acima do esperado. “Foi um ano atípico, tivemos problemas climáticos no início do estabelecimento da cultura, tivemos problemas com pragas, mosca-branca foi um alvo bastante forte na soja e depois no algodão e o bicudo sempre presente. Foi um ano desafiador para o produtor, mas o balanço é positivo, a maioria das regiões e dos produtores com quem a gente conversou está atingindo produção maior do que o esperado”, diz Carlos Alberto Moresco, Vice-presidente da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa).

“O que chamou mais a atenção foram infestações altas de bicudo em praticamente todas as regiões produtoras, mas tivemos também problema com mosca-branca que na cultura da soja já foi um problema bem maior do que nas quatro safras anteriores, problema de tripes também com uma população na soja e ofertando também no algodão e lagartas mais na região da Bahia do que no Mato Grosso”, relata a Pesquisadora da Fundação MT, Lúcia Vivan.

“O bicudo sempre foi a principal praga do algodoeiro, mas temos que ficar cada vez mais atentos porque foi um desafio muito grande nesse ano demandando muitas aplicações para o controle. Também a mancha-alvo teve um ataque muito severo porque tivemos um período de chuvas muito grande no mês de abril que prejudicou as lavouras do Mato Grosso e aumento a tensão para manchas foliares”, acrescenta Schenkel.

Quem também destaca esse aumento nos casos de mancha-alvo nos algodoeiros é Guilherme Hungueria, Gerente de Campanhas para Milho e Algodão da Bayer. “Essa safra foi bastante atípica para o produtor de algodão, especialmente no Mato Grosso onde houve condições climáticas inesperadas. Somado a isso, a gente viu um comportamento diferente de uma doença que é conhecida do produtor que é a mancha-alvo. Nesse sentido, a gente trabalhou fortemente para identificar o que vem acontecendo com essa doença, trabalhamos nos laboratórios juntamente com outros pesquisadores. O produtor enfrentou uma janela de plantio diferente, situações climáticas diferentes e esse é um fungo necrotrófico, que tem comportamento de permanecer nos restos das culturas, são diversos fatores que podem ter contribuído”.

A pesquisadora explica que as condições climáticas desta temporada acabaram sendo mais favoráveis ao desenvolvimento das pragas. “Isso se deu em virtude do período mais seco e da dificuldade de destruição da soqueira, que manteve algumas plantas na cultura da soja. Tivemos também uma janela de plantio maior com relação à outras safras até pela dificuldade de plantio da soja em período correto, então muitas áreas que eram de segunda safra de algodão passaram a ser primeira safra. Então na cultura da soja já tivemos uma infestação muito maior e isso acaba passando para a cultura do algodão”, diz Vivan.

Fonte: Notícias Agrícolas/Guilherme Dorigatti Foto: Wenderson Araujo 

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Exportação de milho registra queda de 28,7% em setembro de 2024 em comparação com o ano anterior

A exportação de milho brasileiro segue em ritmo inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, conforme dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) nesta segunda-feira (09). O volume de milho não moído (exceto milho doce) exportado até o momento em setembro de 2024 totalizou 1.558.126,7 toneladas, o que corresponde a apenas 17,8% do total embarcado no mesmo mês de 2023, quando foram exportadas 8.746.381,3 toneladas.

A média diária de embarques nos primeiros cinco dias úteis de setembro de 2024 foi de 311.625,3 toneladas, o que representa uma queda de 28,7% em relação à média diária de setembro do ano anterior, que foi de 437.319,1 toneladas.

Roberto Carlos Rafael, analista da Germinar Corretora, observa que, para o Brasil atingir a meta de 40 milhões de toneladas exportadas, volume ainda considerado modesto para reduzir os estoques internos, seriam necessárias 26 milhões de toneladas a serem embarcadas entre setembro e janeiro. “Precisaríamos exportar cerca de 5,5 milhões de toneladas por mês. Esse volume é totalmente viável, desde que o produtor esteja disposto a vender. O que observamos neste momento é que o produtor não está satisfeito com os preços e adota a estratégia de postergar as vendas”, analisa Rafael.

Em termos de faturamento, o Brasil arrecadou até o momento em setembro um total de US$ 303,626 milhões, comparado a US$ 1,993 bilhão arrecadado ao longo de todo o mês de setembro de 2023. Isso resulta em uma média diária de US$ 60,725 milhões, uma redução de 39,1% em comparação aos US$ 99,685 milhões diários registrados no mesmo período do ano anterior.

O preço médio da tonelada de milho brasileiro também apresentou retração, caindo 14,5%, de US$ 227,90 em setembro de 2023 para US$ 194,90 na primeira semana de setembro de 2024.

Fonte e Foto: Portal do Agronegócio

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Vem aí o XXII Congresso Brasileiro de Sementes

A Apasem estará com estande em frente ao auditório

A Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes (ABRATES) está com tudo pronto para o XXII Congresso Brasileiro de Sementes (CBSementes). O evento, que irá ocorrer em Foz do Iguaçu, acontece de 10 a 13 de setembro, no Rafain Palace Hotel.

O tema central desta edição é “Sementes: A Matéria-prima da Sustentabilidade”, que tem como objetivo discutir o papel das sementes na geração de inovação, qualidade e rentabilidade para o setor agrícola, bem como na preservação dos recursos naturais e da biodiversidade.

“Este tema é atual e relevante para o desenvolvimento do setor de sementes e da agricultura brasileira, pois reflete a relevância das sementes como uma fonte crucial de variabilidade genética, produtividade agrícola e conservação ambiental”, destaca o presidente da ABRATES, Fernando Henning.

Apasem presente

A Apasem estará presente durante os quatro dias de evento. Visite o nosso estande, em frente ao auditório, e receba em primeira mão a 8ª Edição da Revista APASEM, que traz inúmeras reportagens abordando assuntos em alta no setor sementeiro:  

  • Bate papo com Norberto Ortigara – Secretário de Estado da Fazenda do Paraná.
  • Como enfrentar os desafios trazidos ao solo pela alteração climática do Planeta?
  • Em franca expansão, os inoculantes apresentam vantagens e desvantagens. Quais são elas?
  • Mudas – Produtores seguem empenhados em atender às demandas do mercado interno.

CBSementes

Realizado desde 1979, o CBSementes é o maior evento da área, reconhecido dentro e fora do país. Reúne técnicos, produtores, empresários, pesquisadores, docentes e estudantes de graduação e pós-graduação vinculados ao setor de sementes, além das principais empresas do setor. Para a edição de 2024 são esperados mais de 1.500 participantes.

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Plantio de Milho de Verão Avança no Centro-Sul com SC e PR se Unindo ao RS

O plantio da primeira safra de milho 2024/25, conhecido como milho de verão, atingiu 8% da área estimada no Centro-Sul do Brasil até a última quinta-feira (29). O levantamento, realizado pela AgRural, revela que esse percentual representa um avanço em relação aos 4% registrados na semana anterior, embora ainda esteja abaixo dos 13% observados no mesmo período do ano passado.

Além do Rio Grande do Sul, tradicional precursor na semeadura, Santa Catarina e Paraná também iniciaram o plantio. No entanto, o progresso foi limitado devido à umidade irregular e às temperaturas mínimas extremamente baixas registradas no início da semana passada.

Apesar da formação de geadas em algumas áreas, não foram constatados danos significativos, uma vez que a maioria das lavouras ainda não havia emergido, preservando assim o potencial produtivo das plantações.

Fonte e Foto: Portal do Agronegócio