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Revista Apasem | Amendoim: passado, presente e futuro no Brasil

O amendoim é uma leguminosa oriunda da América do Sul e que atualmente tem a sua maior produção e consumo na China. Pode ser consumido na forma de confeitos, óleo ou simplesmente torrado. O Brasil produziu grandes volumes na década de 1970, atingindo a marca de um milhão de toneladas por ano, sendo a maior utilização para óleo. Entretanto, com a introdução no país do cultivo intensivo de soja, o óleo de amendoim perdeu espaço e já na safra 2012/2013 o Brasil produziu em torno de 300 mil toneladas. Mas na última década este cenário vem mudando gradativamente.

O grande lema da cadeia de produção de amendoim era o crescimento sustentável em área e volume com ganhos de mercado, pois o campo responde muito mais rápido do que a parte de pós-colheita e adequação para acesso a outros mercados. Então, o setor se organizou, sobretudo com a Câmara Setorial do amendoim dividida em temas julgados importantes para o crescimento sustentável da cadeia como sementes, exportação etc.

Como resultado da organização do setor, o Brasil saiu da marca de 300 mil toneladas produzidas na safra 2012/2013 para em torno de 900 mil na safra 2022/2023 (um aumento de três vezes em 12 anos), o que representa quase 2% da produção mundial. Os maiores produtores do país atualmente são os Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. No Estado paulista, que detém 83% da área plantada, o destaque é a produção em áreas de renovação de canaviais, o que é muito benéfico para o solo, pois, além de ser uma rotação de cultura, o amendoim é um fixador de nitrogênio no solo. Outro benefício é a produção de alimentos em áreas de produção de energia, sem diminuição dos canaviais e a abertura de outras áreas. Em Minas Gerais e em Mato Grosso do Sul há um crescimento elevado nos últimos anos, devido à disponibilidade de terras, clima adequado e proximidade com a indústria paulista.

Este aumento significativo de produção foi possível pelo avanço em várias frentes: 1) O lançamento de novas variedades com maior produtividade e que atendem ao mercado atual. Como exemplo, as variedades auto-oleicas, que são variedades que podem ficar mais tempo na prateleira. Algumas delas são o IAC 503, IAC OL3 e BRS 423. Para título comparativo, a área plantada de produção de sementes quadruplicou entre as safras 2014/2015 e 2022/2023; 2) A conquista do protocolo de autocontrole de aflatoxina, o que mitigou risco de um dos principais problemas na qualidade do amendoim. Este protocolo ajudou a garantir melhor qualidade da cultura e hoje se juntou ao controle de pesticidas; 3) Outro exemplo de avanço foi Minor Crops, que possibilitou a disponibilidade de mais defensivos agrícolas para o controle de doenças e pragas de um modo mais seguro na cultura de amendoim. Isso possibilitou o uso de moléculas mais modernas e seguras e impactou significativamente no aumento da produtividade média da cultura, saindo de cerca de 3 mil quilos por hectare na safra 2014/2015 para algo em torno de 4 mil quilos (sem casca), safra 2021/2022.

Junto com a maior produtividade e qualidade, com os avanços no processo de produção e de pós-colheita, o Brasil também aumentou significativamente suas exportações de amendoim nos últimos 10 anos. O que é um caminho natural, pois o mercado interno é insuficiente para absorver um aumento tão grande e tão rápido. O país saiu de um volume exportado de 64 mil toneladas de grãos, em 2014, para 300 mil em 2023, um aumento de 18,60% ao ano, se estabelecendo como o sexto maior exportador mundial. Os maiores compradores da produção brasileira são (por ordem): Argélia, Rússia, África do Sul e Países Baixos, sendo que apenas para a Argélia e para a Rússia foram destinadas 50% das vendas do Brasil.

Com este panorama, o desafio é o aumento de volume aos mercados compradores. Um evento factível de ocorrer, para o grão desta oleaginosa, é a conquista do mercado europeu, que, apesar de ser mais exigente, é o que melhor remunera. Atualmente, o Brasil exporta apenas 8% do volume importado pela União Europeia. A Argentina, por sua vez, possui 50% do volume importado daquele mercado.

O caminho que é claro para o Basil é que o país vai continuar crescendo em volume de produção de amendoim. A migração para Estados onde as terras são mais abundantes e baratas servirá para produção de um amendoim mais competitivo no cenário global, o que, aliado à permanência dos ganhos em qualidade dos últimos anos, abrirá muitas alternativas para o país. Sendo assim, apesar da complexidade, do contínuo aperfeiçoamento e dos desafios de modelo de produção e logístico, as perspectivas são otimistas e o Brasil será um player importante.

Fonte: Revista Apasem/Edição 2024 por Juliano Rodrigo Coró. Ele é engenheiro agrônomo e atua há 22 anos no setor. É dono da consultoria Plural Agro e sócio-diretor da JKM Agro Consult – ambas ligadas ao ramo de amendoim. Foto: Mapa

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Show Rural recebe mais de 407 mil visitantes

A maior edição da história dos 37 anos de Show Rural Coopavel alcançou números surpreendentes. O público dos cinco dias de evento, realizado de segunda a sexta-feira, 10 a 14 de fevereiro, foi de 407.094 visitantes e a movimentação financeira chegou a R$ 7,05 bilhões. Os números foram apresentados na tarde de sexta-feira (14/02) pelo presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, que agradeceu a todos que estiveram em Cascavel (PR) e se dirigiram ao parque tecnológico da cooperativa para conhecer as inovações e tecnologias apresentadas por 600 expositores do Brasil e exterior.

“Estamos muito felizes com o resultado e só temos a agradecer a todos que, de uma forma ou outra, fazem este grande evento acontecer”, afirmou Dilvo, mencionando coordenadores, funcionários, colaboradores e parceiros do Show Rural. O presidente destacou também a presença de autoridades e líderes e reafirmou o compromisso de manter o Show Rural como uma referência em novidades que contribuem para transformar a realidade das propriedades rurais e das cidades.

O quinto dia de visitação, sexta-feira (14/05), recebeu 58.404 pessoas, superando a marca de 58.216 do ano passado. “Tivemos recorde nos cinco dias de visitação dessa edição de 2025 em comparação aos recordes obtidos em anos anteriores. Isso reflete a capacidade de superação de um evento que é admirado em todo o mundo”, conforme Dilvo. A soma deste ano, de 407.094 visitantes, foi superior em 15.778 pessoas na comparação à melhor marca anterior, registrada na 36ª edição, em 2024, quando 391.316 visitantes prestigiaram o Show Rural.

Comercialização

O valor obtido nesses cinco dias superou em quase R$ 1 bilhão a soma do ano passado. Foram R$ 7,05 bilhões contra R$ 6,1 bilhões de 2024. Dilvo anunciou também a data da 38ª edição, que será realizada de 9 a 13 de fevereiro de 2026.

Fonte e Foto: Assessoria de Imprensa Coopavel

Soja - colheita. Fotos:Jaelson Lucas / Arquivo AEN

Mercado da soja praticamente parado

No mercado da soja do estado do Rio Grande do Sul, a safra segue passando por dificuldades, com preços parados em virtude do feriado norte-americano do Dia do Presidente, segundo informações da TF Agroeconômica. “No interior, os preços seguem o balizamento de cada praça: R$ 131,00 em Cruz Alta (pagamento em 17/02 – para fábrica), R$ 131,00 em Passo Fundo (pagamento no fim de fevereiro), R$ 131,00 em Ijuí (pagamento em 17/02 – para fábrica), e R$ 131,00 em Santa Rosa/São Luiz (pagamento no fim de fevereiro). Os preços de pedra em Panambi mantiveram-se em R$ 126,00 por saca para o produtor”, comenta.

Santa Catarina tem preços em queda e produtividade sob pressão. “A colheita está avançando em algumas regiões, mas o déficit hídrico ameaça o potencial produtivo em várias áreas, especialmente no Planalto Norte e Sul. No porto de São Francisco, os preços variam de R$ 132,63/t em fevereiro a R$ 141,00/t em junho”, completa.

No Paraná, a comercialização segue lenta, com produtores preferindo adiar as vendas na esperança de obter melhores retornos futuramente. “Em Paranaguá, o preço chegou a R$ 133,00. Em Ponta Grossa foi de R$ 125,00 por saca CIF, Cascavel, o preço foi R$ 120,81, mas com baixa liquidez. Em Maringá, o preço foi de R$ 122,58 por saca FOB, sem negócios reportados. Os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 128,00”, indica.

Enquanto isso, a colheita avança no Mato Grosso do Sul, mas o clima gera algumas dificuldades. “As condições das lavouras variam: no norte, 90% estão boas; no sul, 33,5% estão ruins; e no sudoeste, 49,3% estão boas. A região sul-fronteira apresenta 45% das áreas comprometidas. Em Dourados, o spot da soja ficou em 116,94, Campo Grande a 116,94, Maracaju a 116,94, Chapadão do Sul a 111,39 e Sidrolândia a 116,94”, informa.

Colheita segue bastante atrasada no Mato Grosso, onde o clima gera problemas. “A produção estimada é de 47,155 milhões de toneladas, um recorde para o estado, superando as 45,316 milhões de toneladas da safra 2022/23. Campo Verde: R$ 116,89, Lucas do Rio Verde: R$ 107,72. Nova Mutum: R$ 107,72. Primavera do Leste: R$ 116,85. Rondonópolis: R$ 116,85. Sorriso: R$ 107,46”, conclui.

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems Foto: Ivan Bueno/APPA

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O Imea divulgou a 1ª estimativa do custo de produção do milho para a safra 25/26

Segundo o USDA, em fev/25, a estimativa da oferta mundial de milho para a safra 24/25 ficou em 1,70 bilhão de toneladas, decréscimo de 0,32% ante jan/25. Esse cenário de queda está, sobretudo, pautado pela retração na produção mundial, puxada pelo Brasil e a Argentina, ambos com uma redução de 1 milhão de toneladas em suas produções.

No que se refere à demanda mundial de milho na temporada 24/25, esta apresentou diminuição de 0,18% em relação ao último relatório, e com isso, ficou projetada em 1,41 bilhão de toneladas.

Dessa forma, com a menor oferta e demanda, os estoques finais ficaram estimados em 0,29 milhão de toneladas, 1,03% a menos em relação à estimativa passada. Por fim, apesar das reduções nos dados de oferta e demanda mundial, o mercado já aguardava por esses ajustes nas produções dos países da América do Sul, e, com isso, não houve um grande impacto nas cotações diárias para o milho contrato jul/25.

BAIXA: acompanhando a cotação do milho em Chicago, o indicador da paridade de exportação do milho contrato jul/25 fechou a semana com queda de 0,81%.

ALTA: devido ao consumo interno aquecido do grão, a cotação na B3 exibiu alta de 1,70% ante a semana passada, e fechou em R$ 79,06/sc na última semana.

RETRAÇÃO: o dólar compra Ptax encerrou a semana na média de R$ 5,77/US$, com queda de 0,57% em relação à última semana.

O Imea divulgou a 1ª estimativa do custo de produção do milho para a safra 25/26

De acordo com o projeto CPA-MT, o custeio do milho alta tecnologia ficou projetado em R$ 3.055,05/ha, redução de 5,61% ante a safra 24/25. Essa baixa foi pautada, principalmente, pela atualização dos painéis modais de custo de produção, que exibiram diminuição nas aplicações com insumos, com destaque para os defensivos agrícolas, que registraram redução de 9,76%.

Além disso, o dólar menor no último mês também contribuiu para a retração nos preços dos insumos cotados na moeda. Com a diminuição no custeio, o COE e o COT ficaram estimados em R$ 4,474,51/ha e R$ 5.040,42/ha, diminuindo 2,97% e 2,07% respectivamente, ante o ciclo passado. Por outro lado, com o aumento das taxas de juros, o custo de oportunidade apresentou avanço de 31,26% em relação à safra 25/26, o que deixou o CT mais alto para a temporada, fechando em R$ 6.283,47/ha, elevação de 3,11% ante a safra 24/25.

Confira o Boletim Semanal do Milho n° 835 completo, clicando aqui!

Fonte: IMEA Foto: Divulgação

IAT - O Instituto Água e Terra possui  Viveiros de produção de mudas florestais nativas, distribuídos por todo o estado e produzindo mudas de mais de 80 espécies florestais nativas do Paraná.

Revista Apasem | As oportunidades e desafios do setor de mudas

Diferentes vertentes da produção de mudas no Paraná – e no país como um todo – enfrentaram mudanças depois da pandemia de Covid-19. As principais estão em hábitos de alimentação e de lazer nos últimos tempos, além da priorização de reformas e adequação de espaços que movimentam o setor desde então. Dentro de cada característica particular, os produtores se planejam para aproveitar oportunidades e explorar potenciais, mas ainda precisam enfrentar gargalos a serem vencidos.

O diretor administrativo da Associação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná – seção Curitiba –, Hugo Vidal, salienta a importância, no atual contexto, de esclarecimentos sobre legislação. De acordo com ele, existem duas normas que legislam sobre o setor, incluindo a Instrução Normativa 42, de 2019, do Ministério da Agricultura e Abastecimento. Além disso, a Portaria nº 616/2023, publicada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) impacta diretamente o setor. Esta, mais recente, ainda gera dúvidas, de acordo com ele.

A nova legislação prevê o cumprimento de uma série de anexos e documentações, conforme a cultura, para a solicitação das mudas para instalação de viveiros. “Este é o principal ponto de dúvidas: onde entra o responsável técnico neste processo e até onde vai a responsabilidade do produtor”, destaca Vidal.

A legislação também é apontada por Mariana Barreto, secretária-executiva da Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas (ABCSEM), como um ponto importante para ser observado. A instituição tem como foco os mercados de mudas de hortaliças, flores, plantas ornamentais e sementes. “No caso do segmento de mudas de plantas ornamentais, um dos desafios é atender à legislação de produção e comercialização, pois é uma legislação generalista, e esse é um setor com muitas particularidades, com características específicas conforme as espécies”, esclarece. A articulação é para a promoção de normas específicas, que atendam mais de perto a quem produz.

No caso dos produtores de grama, o desafio maior está na informalidade do setor. São 29 empresas paranaenses formalizadas e cadastradas no Sistema Renasem. Mas estima-se que existam muitas mais, o que afeta diretamente a competitividade do mercado. O diretor-presidente da instituição Grama Legal, Luiz Negrello, conta que as empresas do setor precisam cumprir uma série de normas, mas essas exigências não aparecem, necessariamente, nos editais de licitações públicas. Prefeituras, governos, secretarias e departamentos nestas esferas são as principais contratantes, além de construtoras e concessionárias de rodovias. “Isto é contrassenso”, enfatiza.

Negrello e a coordenadora executiva da Grama Legal, Livia Sancinetti, destacam que planejamento é a palavra-chave para os produtores. Isso vale para lidar com as características do clima perante a produção da grama, o enfrentamento de condições climáticas adversas nesse contexto, as dificuldades em assistência técnica especializada, a falta de linhas de crédito direcionadas e a pouca disponibilidade de produtos específicos para a rotina de atividades.

“Temos apenas seis produtos registrados especificamente para a nossa produção. Houve ampliação nas possibilidades de aplicação por parte das grameiras de outros insumos, a partir da extensão da bula, o que nos ajuda”, indica Lívia. “Mas também dependemos de compras que são realizadas diretamente com cooperativas. E os objetivos delas são diferentes dos nossos. Por isso, precisamos redobrar o planejamento sobre quando realizar essas compras e quando fazer isso”, cita Negrello.

Hortaliças, flores e plantas ornamentais

Segundo a ABCSEM, esses três segmentos apresentam potenciais de mercado, ainda se beneficiando de uma consequência da pandemia de Covid-19. O isolamento e as mudanças de comportamento motivaram reformas e obras, além dos cultivos de hortaliças e de plantas medicinais em pequenos espaços e no ambiente doméstico. A busca por uma alimentação mais saudável também motiva os consumidores e, consequentemente, aquece as demandas para os produtores de mudas.

Grama

A perspectiva de novos investimentos em rodovias, em todo o país, chama atenção dos produtores de grama. A legislação atual prevê a plantação em uma determinada faixa nas margens das estradas por exemplo. Uma maior movimentação na construção civil, assim como em obras públicas, também é vista com otimismo.

Produções em pequenos espaços

Regiões populosas, como a de Curitiba e municípios no entorno, já não têm mais disponibilidade de grandes áreas para a agricultura. Por isso, a produção de mudas, com auxílio de viveiros, torna-se alternativa para investimentos de maior impacto na economia dessas localidades. Hugo Vidal, da Associação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná – seção Curitiba –, enfatiza também que há maior visão para a compra de mudas de viveiros legalizados, o que vem gerando benefícios para o setor.

Fonte: Por Joyce Carvalho/Edição 2024 Foto: Albari Rosa

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Estado vai investir R$ 20 milhões em inovação genômica aplicada ao agronegócio

O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta quarta-feira (12) um protocolo para o desenvolvimento de um programa de inovação aberta em genômica aplicada ao agronegócio, com previsão de investimentos de R$ 20 milhões. A assinatura aconteceu durante o Show Rural Coopavel, em Cascavel, e tem como objetivo fortalecer ainda mais a competitividade do setor no Paraná.

A genômica é um ramo focado no DNA de plantas e animais, o que permite o desenvolvimento de culturas mais produtivas e resistentes a pragas, além de otimizar a seleção de rebanhos. A tecnologia tem um potencial de reduzir custos, aumentar a eficiência no campo e tornar a produção mais sustentável.

“O Paraná é um gigante do agronegócio porque também investe em muita tecnologia para o setor, com o Governo do Estado ajudando a impulsionar a pesquisa e a inovação do meio rural, em ramos como a genômica, que contribuem com a produtividade”, afirmou o governador.

O documento também foi assinado por representantes da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Secretaria da Inovação, Modernização e Transformação Digital (SEI), Fundação Araucária e Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), órgãos envolvidos na iniciativa conjunta.

O objetivo é prospectar parcerias institucionais e empresariais para estabelecer arranjos de inovação científica, priorizando oportunidades de negócios inovadores em genômica, com foco em meio ambiente e agropecuária. O aporte financeiro será viabilizado pela Seti e SEI por meio do Fundo Paraná de Fomento Científico e Tecnológico.

Edital

A expectativa é que o edital seja lançado ainda no primeiro semestre de 2025 com a regulamentação completa para seleção das instituições de pesquisa científica, empresas e startups de base tecnológica. Os recursos serão destinados ao financiamento de projetos em diferentes áreas, como integração de dados agronômicos e genômicos; sequenciamento, modificação e melhoramento genético; combate a pragas, doenças e condições climáticas adversas; bioinsumos; e biodefensivos.

O secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, destacou a importância de unir conhecimento científico e inovação tecnológica para impulsionar o desenvolvimento sustentável do agronegócio.

“Esse novo programa reforça o compromisso do Governo do Estado em fomentar a colaboração entre as universidades e o mercado para impulsionar a economia e a competitividade do agronegócio paranaense em âmbito nacional e internacional”, afirmou. “Estamos investindo em ciência e inovação para transformar o campo em um espaço de produtividade sustentável, gerando riqueza e garantindo o futuro do agronegócio paranaense”.

Modelo

O programa de inovação aberta em genômica aplicada ao agronegócio do Paraná será desenvolvido pelas instituições parceiras seguindo a metodologia do BRDE Labs, que busca identificar, desenvolver e acelerar soluções inovadoras para os desafios econômicos, sociais e ambientais. A metodologia envolve etapas como ideação, prototipagem e validação, possibilitando que startups, empresas e instituições testem e refinam ideias de forma rápida e eficiente.

O BRDE Labs conecta, desde 2020, diferentes atores do ecossistema de inovação da Região Sul do Brasil, impulsionando projetos com potencial de impacto regional e sustentável. A iniciativa conta com a parceria da Hotmilk, ecossistema de inovação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), responsável pela curadoria técnica, e da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham), que oferece capacitações e oportunidades para a geração de negócios entre startups.

De acordo com o diretor-administrativo do BRDE, Heraldo Neves, as empresas selecionadas vão receber capacitação e consultoria técnica, dentro da metodologia do Programa BRDE Labs. Os projetos selecionados seguem para a segunda etapa do edital, a partir de 2026, com duração de 24 meses, a serem desenvolvidos com subvenção econômica do Estado.

“A indústria de tecnologia está muito fortalecida no Sul do País graças aos programas que os três governos, em especial o Paraná, dedicam a essa área”, afirmou Neves. “E o BRDE tem que acompanhar essas políticas de governo e transformar em negócios o que está na mesa das academias e na cabeça da nossa juventude. Isso tem dado muito resultado, e essa reunião de forças faz com que as empresas de tecnologia ganhem em produtividade”.

Outro parceiro da iniciativa é a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa pública ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. A ideia é que o modelo desenvolvido no Paraná possa ser replicado em outros estados, contribuindo para o fortalecimento da pesquisa e da inovação no agronegócio brasileiro e consolidando o Paraná como uma referência nacional em soluções tecnológicas para o setor.

Fonte: AEN Foto: Gabriel Rosa

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BRDE libera R$ 451 milhões em financiamentos para o agronegócio no Show Rural

O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) liberou nesta quarta-feira (12) mais R$ 451,2 milhões em novos contratos de crédito para as áreas de inovação e agronegócio. Os contratos abrangem empresas, cooperativas e produtores rurais e foram assinados pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior durante o Show Rural Coopavel, em Cascavel, no Oeste.

Segundo o governador, os recursos são um novo estímulo para toda a cadeia produtiva ligada ao agronegócio, que é um dos motores de desenvolvimento econômico do Paraná. “O BRDE é um banco que vem ajudando a fortalecer o desenvolvimento tanto da agricultura, como da indústria do Paraná”, afirmou.

“Esses valores vão atender o Oeste do Paraná. São recursos para empresas e agricultores da região, em diversas áreas de investimento, para manter o Oeste forte, com essa produção que vem crescendo e se desenvolvendo ao longo dos anos, além de fortalecer o cooperativismo, gerando renda, emprego e riquezas para a região e todo o Paraná”, ressaltou Ratinho Junior.

Segundo o diretor-administrativo do BRDE, Heraldo Neves, 60% da carteira atual do banco atende diretamente o agro. “Estamos formalizando linhas de financiamento, tanto para empresas de tecnologia como o grande agro, a partir de grandes projetos de cooperativas, e também a entrega de recursos para o produtor rural diretamente”, explicou. “Isso mostra o DNA do banco, de trabalhar com todos os setores da atividade econômica, mas priorizando o agro, que é a principal matriz produtiva do nosso Estado”.

Contratos

Dez dos contratos são para o setor empresarial, totalizando R$ 51,8 milhões. Entre os investimentos a serem feitos com o dinheiro, está um projeto de pesquisa e desenvolvimento de um novo revestimento para cateteres do Biopark, no valor de R$ 2 milhões.

Outros R$ 10 milhões serão usados pelo grupo Viale para a ampliação da sua rede hoteleira em Foz do Iguaçu. O grupo, que já construiu quatro hotéis e adquiriu uma quinta unidade com financiamento do BRDE, recorre novamente ao banco para a construção de mais 70 apartamentos no empreendimento Porto Madero.

O financiamento mostra que, além do grande apoio ao setor do agronegócio, a instituição financeira também incentiva o crescimento de outros setores da economia, como o de turismo.

“O segmento do turismo conta com uma linha operada do Ministério do Turismo operada pelo BRDE, com melhores condições e juros subsidiados, muito mais vantajosa que a taxa do mercado, além de ter um prazo para pagamento vantajoso, com uma carência boa”, explicou Takao Koike, consultor do empreendimento.

Com as cooperativas, o BRDE assinou cinco novos contratos de financiamento, que somam R$ 326,9 milhões em créditos para a C.Vale, Coasul, Cooperativa Agroindustrial, Copacol e Frimesa. Os recursos serão aplicados na modernização de fábricas de ração e abatedouros, automação de linhas, aquisição de equipamentos, ampliação de unidades de recebimento, beneficiamento e armazenagem de grãos e modernização de indústria de amido.

Entre os produtores rurais, a liberação de crédito chega a R$ 29,5 milhões e envolve projetos de energia fotovoltaica, aquicultura, reflorestamento, armazenagem, pastagens, conservação e recuperação do solo. Um dos beneficiados foi o agricultor Amarildo Slovinski, que receberá R$ 2 milhões para um projeto de conservação e recuperação de solos em São Miguel do Iguaçu, no Oeste.

“Enquanto as taxas de juro do mercado estão altas, obter um financiamento com subsídios do BRDE e do Governo do Estado ajuda com que a gente mantenha investimentos pelos próximos 10 anos”, disse Slovinski. “O produtor sofre hoje com a escassez de recursos, e os que existem são caros. Mais do que nunca, o produtor rural necessita dessas linhas de crédito para ter um fôlego, manter a atividade e a roda girando, além de honrar os compromissos e os investimentos que faz”.

Valores

Em 2024, o BRDE contratou quase R$ 2,1 bilhões em financiamentos no Paraná, valor que chega a R$ 6 bilhões quando consideradas as operações realizadas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e parte do Mato Grosso do Sul.

No Paraná, os contratos firmados com empresas de todos os portes e setores tiveram o maior número de financiamentos, com cerca de R$ 1,2 bilhão em 2024. Depois, estão os contratos com os produtores rurais paranaenses, com R$ 446 milhões, seguido pelas prefeituras, que receberam R$ 51,9 milhões em financiamentos no ano passado. A estimativa é que em 2025 os contratos cheguem a R$ 2,3 bilhões no Estado.

Fonte: AEN Foto: Gabriel Rosa

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Safra de grãos está estimada em 325,7 milhões de toneladas no ciclo 2024/25

Os produtores e produtoras brasileiros devem colher 325,7 milhões de toneladas de grãos na safra 2024/25, um crescimento de 9,4% em relação à temporada anterior. O resultado é reflexo tanto de um aumento de 2,1% na área cultivada, estimada em 81,6 milhões de hectares, como na recuperação de 7,1% na produtividade média das lavouras, prevista para 3.990 quilos por hectare. Caso esse cenário se confirme no final do ciclo, este será o maior volume a ser colhido na série histórica da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Os dados estão no 5º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, divulgado pela estatal nesta quinta-feira (13).

Neste 5º Levantamento, a Conab aponta para um aumento na produção total de milho, com expectativa de produção chegando a 122 milhões de toneladas, alta de 5,5% sobre a colheita no ciclo anterior. Conforme indica o Progresso de Safra publicado nesta semana pela Companhia, a colheita da primeira safra do cereal já atinge 13,3% da área plantada. Nesta temporada houve uma redução de 6,6% na área semeada para o milho 1ª. Mas essa queda foi compensada pelo ganho da produtividade média, superior em 9,9% à 2023/24. Com isso a projeção é que sejam colhidas 23,6 milhões de toneladas apenas neste primeiro ciclo. Já a 2ª safra do grão a semeadura já foi realizada em 18,8% da área. As condições climáticas são favoráveis e projeta-se, no momento, crescimento de 2,4% para a área de plantio, refletindo em uma produção de 96 milhões de toneladas, crescimento de 6,4%.

O plantio do milho 2ª acompanha a velocidade de colheita da soja. Com 14,8% da área já colhida, a expectativa é que a produção da oleaginosa está estimada em 166 milhões de toneladas, 18,3 milhões de toneladas acima do total produzido na safra anterior. O resultado reflete o aumento na área destinada para a cultura combinada com a recuperação da produtividade média nas lavouras do país. As condições climáticas foram favoráveis, principalmente no Paraná, em Santa Catarina e na maioria dos estados do Centro-Oeste. As exceções ficam para Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, que registraram restrição hídrica a partir de meados de dezembro.

Com a semeadura praticamente concluída, a área destinada para o arroz deve atingir 1,7 milhão de hectares, 6,4% superior à área cultivada na safra anterior. No Rio Grande do Sul, maior produtor do grão no país, as altas temperaturas e a redução hídrica dos reservatórios, em algumas regiões do estado, embora não indiquem redução de produtividade média, causam preocupações aos produtores. A Conab estima que a produção chegue a 11,8 milhões de toneladas, alta de 11,4% quando comparada com a colheita da safra passada.

Para o feijão, a Companhia também espera um maior volume colhido em 2024/25, com as três safras da leguminosa chegando a 3,3 milhões de toneladas. A primeira safra do produto se encontra em diversos estágios fenológicos e 47% da área estava colhida em 10 de fevereiro. A Conab verifica aumento tanto de área como de produtividade, com a produção estimada em 1,1 milhão de toneladas. Para a segunda safra de feijão, o plantio está em fase inicial e a expectativa é que a colheita chegue a 1,46 milhão de toneladas; enquanto que na terceira a projeção é que sejam colhidas 778,9 mil de toneladas.

No caso do algodão, a expectativa é que haja um crescimento de 4,8% na área de plantio, estimada em 2 milhões de hectares. A semeadura da fibra já passa de 87% da área prevista e a perspectiva aponta para uma produção de pluma em 3,8 milhões de toneladas, um novo recorde para a cultura caso o resultado se confirme. Para as culturas de inverno, as primeiras estimativas, resultantes de modelos estatísticos, análise de mercado, previsões climáticas e informações preliminares, indicam a produção de trigo, principal produto cultivado, em 9,1 milhões de toneladas. O início do plantio no Paraná tem início a partir de meados de abril e no Rio Grande do Sul em maio. Os estados representam 80% da produção tritícola do país.

Mercado

Com o ajuste na produção de milho, uma vez que o cenário de preços no período de plantio da 2ª safra desta temporada se apresenta mais atrativos em relação ao ciclo 2023/24, a demanda interna também passou por atualização e está estimada em 86,9 milhões de toneladas neste levantamento.

Ainda assim, para as exportações do cereal a Conab prevê uma uma leve redução se comparado com o ciclo, dado os consistentes aumentos de demanda interna por milho nacional e a consequente menor sobra de produto para comercialização no mercado internacional. Diante deste panorama, devem ser embarcadas 34 milhões de toneladas na safra 2024/25.

Para o arroz, a Conab atualizou a área semeada para a cultura, resultando em uma produção de 11,8 milhões de toneladas. O aumento na colheita na atual safra garante o abastecimento interno e ainda possibilita um aumento das exportações de arroz brasileiro para 2 milhões de toneladas.
As informações completas sobre o 5º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, com as condições de mercados dos produtos, podem ser conferidas no boletim publicado no Portal da Conab.

Fonte: Conab Foto: Mayke Toscano Secom/MT

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R$ 1,5 bilhão de investimentos: Portos do Paraná vai leiloar duas áreas em abril

O aviso de leilão da área PAR14 do Porto de Paranaguá, no Litoral, foi divulgado nessa terça-feira (11/02) no Diário Oficial da União. Os leilões PAR14 e o PAR15 acontecerão na mesma data: 30 de abril. Os espaços, que fazem parte da estrutura de movimentação de granéis sólidos, serão leiloados pela empresa Portos do Paraná na Bolsa de Valores do Brasil (B3), em São Paulo. Os dois arrendamentos devem trazer investimentos de mais de R$ 1,5 bilhão para o Paraná.

“Entramos definitivamente na reta final das regularizações de áreas do Porto de Paranaguá. Mais que isso, os arrendamentos vão dotar a Portos do Paraná de plena capacidade operacional, com grandes investimentos a serem concluídos dentro de alguns anos, conforme previsto em cada contrato”, disse o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

A expectativa é que a modernização da área amplie a movimentação, que passará de 170 mil para 323 mil toneladas de granéis sólidos vegetais no PAR14, e de 115 mil para 191 mil toneladas no PAR15.

O processo licitatório do PAR 15 já estava aprovado e com edital publicado. O PAR14 precisava da aprovação do Tribunal de Contas da União (TCU), que foi concedida por unanimidade pelos ministros em sessão plenária realizada em Brasília no último dia 05.

Estruturas

O PAR14 conta com uma área de 82.436 m², e o contrato garante o direito de exploração por 35 anos. O leilão será vencido por quem oferecer o maior valor de outorga. A princípio, o certame deve gerar ao menos R$ 980 milhões entre investimentos e aporte financeiro.

A empresa que arrematar a área terá um prazo de sete anos para implantar melhorias. Uma delas é a parceria na construção dos novos berços do “Píer T”, que contará com sistema de despoeiramento, torre de transferência, elevador de canecas e balança de fluxo. Algumas ações precisam ser realizadas em um prazo menor, como a interligação com o Moegão. O arrendatário deverá disponibilizar duas linhas transportadoras com capacidade nominal de 2.000 toneladas/hora assim que o Moegão estiver concluído.

Da mesma forma, quem arrematar o PAR15 terá que fazer a interligação com o Moegão assim que a estrutura ferroviária for finalizada, o que deve ocorrer até o fim de 2025. Já o prazo para os investimentos totais previstos no contrato de arrendamento é menor: cinco anos.

O PAR15 possui uma área de 43.279 m², e o prazo de exploração também será de 35 anos. Entre investimento e aporte financeiro, o PAR15 deve atrair R$ 601 milhões. Caberá ao arrendatário promover melhorias no sistema de recepção rodoviária para atender, no mínimo, 2,2 milhões de toneladas por ano, incluindo a instalação de quatro novas balanças e dois novos tombadores até o quinto ano contratual. Também deverá atuar na implantação dos novos berços do “Píer T” e das estruturas para sua operação.

Entre os investimentos, está o início da construção do píer em “T” do Corredor de Exportação Leste, que movimenta grãos vegetais e farelos de soja.

Leilões

De 2019 a 2023, a empresa pública Portos do Paraná leiloou cinco áreas: PAR01, PAR09, PAR12, PAR32 e PAR50. Após o leilão das áreas PAR14 e PAR15, restará apenas a conclusão do processo do PAR25, que aguarda aprovação do TCU. O leilão do PAR25 será o marco de uma nova era para os portos paranaenses, com a regularização total das áreas de concessão e a garantia de investimentos em infraestrutura portuária.

Os oito arrendamentos vão somar mais de R$ 3,8 bilhões nos próximos anos. Garcia lembra que as áreas que estão sendo regularizadas mantinham as mesmas estruturas desde sua implantação, nas décadas de 1980 e 1990.

Ele também destaca que os arrendamentos trazem segurança jurídica para a Portos do Paraná e para os investidores, possibilitando a geração de inúmeros empregos diretos e indiretos no litoral do estado.

Além disso, a modernização das estruturas leva em conta as normativas de segurança do trabalho e as exigências ambientais. “Mais que ampliar a capacidade operacional, estamos adequando os espaços considerando a segurança dos trabalhadores e as regras ambientais”, afirmou o diretor-presidente.

Canal de acesso

Outro processo em andamento é o da concessão do Canal de Acesso Aquaviário ao Porto de Paranaguá, que já foi encaminhado ao TCU. Após a análise do Tribunal, o Paraná se tornará o primeiro estado brasileiro a implantar um modelo desse tipo.

A concessão abrangerá a ampliação, manutenção e exploração do Canal de Acesso Aquaviário pelo prazo de 25 anos, com possibilidade de prorrogação por até 70 anos. Entre as principais melhorias previstas no projeto estão o aprofundamento, a ampliação e o alargamento do canal, além do alargamento da bacia de evolução e do aprofundamento da área onde os navios lançam âncoras para aguardar a atracação nos berços.

Com isso, a profundidade média deverá alcançar 15,5 metros após a concessão, viabilizando a atracação de navios de maior porte. O futuro concessionário será responsável por todos os investimentos necessários para atingir essa meta, incluindo serviços de dragagem, derrocagem, sinalização náutica, batimetria, programas e monitoramentos ambientais, entre outros. O investimento previsto é de R$ 1,07 bilhão.

Moegão

O Moegão é a primeira obra financiada 100% pela empresa pública Portos do Paraná, que investiu cerca de R$ 600 milhões, incluindo a readequação rodoferroviária. O projeto tem foco no aumento da produtividade portuária, na redução de cruzamentos ferroviários na cidade — de 16 para cinco — e na integração entre os operadores portuários e o cais.

O Moegão terá capacidade para receber 180 vagões carregados de granéis sólidos vegetais (soja, milho e farelos de soja ou milho). O complexo contará com três linhas férreas independentes para o acesso das composições, sendo que, em cada uma delas, três vagões serão descarregados ao mesmo tempo.

Fonte: Sistema Ocepar via Agência Estadual de Notícias Foto: Claudio Neves