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Convocação da Assembleia Geral Ordinária da Apasem acontece no próximo dia 18 de março

OF. 006/2025 – APASEM
Curitiba, 27 de fevereiro de 2025.

Ref.: CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA DA APASEM
Senhor Associado,


Conforme disposto no Art. 24 do Estatuto da Apasem, pelo presente convoco os senhores Associados para participar da Assembleia Geral Ordinária, conforme programação abaixo:


Data e Horário:

18 de março de 2025, com início às 13:30h em 1ª convocação, às 14:00h em 2ª
convocação ou às 14:30h em 3ª convocação.


Local: Na Sede do Sistema Ocepar, na Av. Cândido de Abreu, 501 – Centro Cívico, Curitiba – PR,
80530-000 e por videoconferência via Microsoft Teams.


Ordem do Dia:

  1. Relatório das Atividades da Diretoria.
  2. Apreciação do Balanço, Parecer do Conselho Fiscal e Relatório de Auditoria;
  3. Orçamento e Fixação dos Valores das Mensalidades para o Exercício;
  4. Eleição da Diretoria para a gestão Abril/2025 a Março/2027;
  5. Outros Assuntos de interesse da Classe.

Contando com a sua presença, subscrevo-me.
Atenciosamente,

Luiz Meneghel Neto
PRESIDENTE DA APASEM

Colheita de trigo. Pitanga,11/10/2019 Foto:Jaelson Lucas / AEN

Revista Apasem | Mercado do trigo

Recentemente a GDM, empresa global que pesquisa, desenvolve e comercializa produtos com propriedade intelectual em genética de plantas de culturas extensivas, anunciou a incorporação das atividades da Biotrigo com o intuito de ampliar o portfólio de produtos e soluções para os agricultores e toda a cadeia tritícola. “A companhia está na vanguarda, somando tecnologias e talentos, fomentando a inovação, a associatividade e o desenvolvimento de novos negócios que impactam o core e a cadeia de valor”, conta Cesar Poletto, líder de Negócios da GDM no Brasil, que atendeu a equipe da Revista Apasem em entrevista. Abaixo, confira os principais pontos destacados pelo executivo sobre essa incorporação.

Revista Apasem: Quais os ganhos para o mercado do trigo?
Cesar Poletto:
Por meio dessa aquisição, a GDM prevê um maior nível de investimento nos programas de pesquisa e desenvolvimento em genética vegetal utilizando as novas ferramentas tecnológicas, como genômica, data analytics ou edição gênica, com foco no trigo, resultando em mais e melhores produtos para os agricultores e para a cadeia tritícola, mantendo no licenciamento seu modelo de acesso ao mercado, o que reforça a parceria já estabelecida com a indústria de sementes.

RA: Quais os motivos que fizeram a fusão ocorrer?
CP:
A incorporação da Biotrigo à GDM amplia o portfólio de produtos e soluções para os agricultores e toda a cadeia tritícola. Esse investimento responde e fortalece o intuito do grupo em agregar valor ao cultivo do trigo, mediante o conhecimento de ambas as empresas no melhoramento genético vegetal e na comercialização de cultivares. Também permite que a GDM expanda sua presença a outros mercados importantes para a cultura do trigo, como os Estados Unidos, Canadá, África do Sul e Europa.

RA: Quais as forças entre as empresas que se juntam?
CP:
Tal ação irá impulsionar ainda mais a capacidade de produção de cultivares com alto potencial produtivo e em atender às especificações das indústrias que processam os grãos. Esse fator é gerado pela combinação de conhecimentos, experiências e capacidade de desenvolvimento de ambas as empresas, alinhado com os desafios mundiais de alimentação e os objetivos de sustentabilidade. Além disso, soma-se a expertise das equipes da Biotrigo a GDM. São profissionais reconhecidos por seu amplo conhecimento na busca por elevar a performance da genética vegetal tritícola e trabalham para criar diversas soluções para os agricultores e a cadeia agroindustrial.

RA: Qual a fatia no mercado global?
CP:
A GDM está presente em todos os mercados relevantes do mundo, contribuindo com a produtividade de forma sustentável. Investe uma grande quantidade de recursos – humanos e econômicos – para desenvolver programas de pesquisas e testes que resultam em variedades e híbridos adaptados às diferentes condições ambientais, proporcionando ao produtor as melhores soluções para as lavouras.

Fonte: Revista Apasem/Edição 2024 Foto: Divulgação

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Revista Paraná Cooperativo traz a cobertura dos Dias de Campo

A equipe de reportagem da revista Paraná Cooperativo acompanhou os Dias de Campo realizados pelas cooperativas paranaenses em janeiro e fevereiro e traz a cobertura completa com as principais novidades apresentadas. Nos eventos, os cooperados trocam experiência e conhecem o resultado de estudos, as tecnologias de ponta e as boas práticas que servem de inspiração para o novo ciclo. “É um momento fundamental para o compartilhamento de conhecimento e inovação na atividade”, destaca o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken.

Show Rural

Outro tema da revista é o Show Rural, que é um dos maiores eventos agropecuários da América Latina, realizado em Cascavel, em fevereiro, pela Coopavel. Além de apresentar inovações voltadas para o agronegócio, o Show Rural sediou eventos importantes voltados ao setor, como os fórum de meio ambiente e de tecnologia de informação e reuniões sobre sanidade animal. O local também recebeu a Assembleia Legislativa itinerante e a reunião de diretoria da Ocepar, quando foram anunciados investimentos das cooperativas para 2025.

Entrevista

A entrevistada da edição é a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá. Ela fala sobre o significado de uma mulher pela primeira vez estar à frente da principal instituição de pesquisa agronômica do país, destaca os esforços da Embrapa em estudos pautados no duplo desafio de produzir mais alimentos com menos impacto ambiental, os preparativos para a preparação na COP30 e destaca o papel do cooperativismo na busca de uma produção mais equilibrada e sustentável.

Outros temas

Os outros temas da edição são as Assembleias Gerais Ordinárias (AGOs), realizadas pelas cooperativas, os desafios para a comercialização da safra 2024/2025, os cinco anos da Cooperativa de Trabalhadores de Enfermagem do Paraná (Cooenf) e o uso da revista Paraná Cooperativo como material de apoio em salas de aulas, prática que está sendo adotada por algumas escolas públicas do Paraná.

Acesse a íntegra da edição aqui

Fonte: Sistema Ocepar

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Para cada R$ 1 investido, IDR-Paraná devolve mais de R$ 7 para a sociedade, aponta estudo

A segunda edição do Balanço Social do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater) mostra que, em 2023, o Instituto devolveu para a sociedade R$ 7,10 para cada R$ 1 investido. O documento apresenta também que os 1.400 profissionais realizaram 106,3 mil atendimentos nas propriedades e desenvolveram 110 projetos de pesquisa. O retorno global do Instituto, somando as ações com os parceiros, passa de R$ 7,7 bilhões.

Para o presidente do IDR-Paraná Richard Golba, o Balanço Social é uma apresentação do trabalho do Instituto na prática. “Hoje somos mais de 1.400 profissionais dedicados em desenvolver projetos e atender mais de 100 mil propriedades rurais no estado. Esse documento mostra que o investimento no Instituto é um bom negócio para a sociedade. Devolvemos sete vezes mais através das nossas ações, programas e tecnologias”, afirma.

Estes números representam a ação do Instituto em 2023. Até o início do segundo semestre o IDR-Paraná deve apresentar o Balanço Social de 2024.
Nesta edição, foram avaliadas 73 ações do IDR-Paraná em pesquisa agropecuária, extensão rural e logística. Assim como na primeira edição, três pilares foram levados em consideração para chegar a este resultado: impacto econômico, social e ambiental.

Para avaliar o impacto econômico foi utilizado o método do excedente econômico que compara a situação anterior (sem adoção da tecnologia) com a atual. Neste quesito foi avaliado a renda adicional através da diversificação da produtividade, redução de custos, agregação de valor e acesso a recursos pelos agricultores.

No caso do Sistema de Plantio Direto de Hortaliças (SPDH), por exemplo, o retorno total foi de R$ 486 mil. Com 100 hectares atendidos, foram R$ 276 mil no aumento de produtividade, R$ 126 mil em redução de custos e R$ 84 mil em expansão de área.

Em relação aos ganhos econômicos da cultivar Feijão Preto IPR Urutau, os resultados ultrapassam R$ 84 milhões, com plantas mais resistentes e de alta produtividade nas lavouras. O Programa Manejo Integrado do Cancro Cítrico, uma das prioridades do Instituto, para garantir a saúde da produção de citros no estado, teve um retorno ainda maior. De R$ 567 milhões em expansão de área.

Outro impacto relevante economicamente é no tópico redução de custo. Apenas com o programa de estímulo à energia solar a economia foi de R$ 423 milhões.

Social

Na perspectiva do impacto social foi considerado adaptação simplificada de indicadores do Sistema de Avaliação de Impacto Social de Inovações Tecnológicas Agropecuária (Ambietc Social) da Embrapa. Foi considerado um conjunto de 14 indicadores, agrupados aspectos como Emprego, Renda, Saúde, Gestão, Administração e Capital Social.

Já para avaliar o impacto ambiental foram utilizados indicadores do Sistema de Avaliação de Impacto Ambiental de Inovações Tecnológicas Agropecuárias, que consiste na adaptação de metodologia utilizada pela Embrapa. Ele teve por base um conjunto de 36 indicadores agrupados em cinco aspectos: Eficiência Tecnológica, Conservação Ambiental, Recuperação Ambiental, Bem-estar e Saúde Animal e Qualidade do Produto.

Balanço social

Esta é a segunda edição do documento, que pode ser consultado AQUI. Ele endossa a preocupação do IDR-Paraná em prestar contas à sociedade sobre o serviço público executado no Estado.

Para realização do Balanço Social foi instituído um grupo gestor, responsável por elaborar o documento e consolidar o trabalho na rotina do IDR-Paraná. Coordenado pela Gerência de Planejamento do Instituto, o grupo recolheu relatórios dos coordenadores de projetos e gerentes de diferentes áreas para chegar ao resultado.

Instituto

Criado em dezembro de 2019, o IDR-Paraná é a incorporação de quatro instituições renomadas na agropecuária paranaense e nasceu para fortalecer o sistema estadual da agricultura. Com o objetivo de tornar a agricultura paranaense cada vez mais competitiva e garantir a redução da desigualdade no meio rural. Ele uniu o Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), a Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná (Codapar), o Centro Paranaense de Referência de Agroecologia (CPRA) e o Instituto Agropecuário do Paraná (Iapar).

Fonte: AEN Foto: Ari Dias

Soja - colheita. Fotos:Jaelson Lucas / Arquivo AEN

Colheita de soja avança em área do Paraná

A colheita de soja na região da Coopavel, no oeste e sudoeste do Paraná, atingiu 85% de progresso, avançando 5 pontos percentuais em relação à semana anterior. As condições climáticas da região, marcadas por chuvas esparsas e intermitentes, têm impactado diretamente o ritmo da colheita.
Segundo a Safras & Mercado, essas precipitações têm sido frequentes, mas localizadas. Isso torna o processo de colheita desafiador, já que as chuvas ocorrem de forma irregular. Elas afetam tanto as áreas com maior umidade quanto aquelas em que as condições estão mais secas.

Apesar do avanço na colheita, o rendimento da soja se manteve estável, com uma média de 3.600 quilos por hectare. Esse número, embora não tenha mostrado grandes variações em comparação com a semana anterior, segue abaixo da expectativa inicial, que previa um rendimento de 4.000 quilos por hectare.

O desempenho da soja, portanto, está aquém das estimativas, refletindo um cenário que, embora positivo em termos de colheita, não atingiu o potencial de produção inicialmente projetado.

A área cultivada na safra 2024/25 totaliza 411,6 mil hectares, um aumento em relação aos 405 mil hectares cultivados no ciclo anterior. Esse crescimento na área reflete a confiança dos produtores na capacidade de produção da soja na região, apesar dos desafios climáticos e das expectativas de rendimento abaixo do esperado.

Fonte: Canal Foto: Divulgação

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Safra 2024/25: Milho cresce 5,5% e aposta em biotecnologia

A safra de grãos 2024/25 segue em ritmo acelerado no Brasil, com o milho se destacando entre os principais cultivos. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção deve atingir 122 milhões de toneladas, um crescimento de 5,5% em relação à temporada anterior. O milho safrinha continua sendo a principal parcela da colheita, representando mais de 78% do total. No Centro-Oeste, maior região produtora do país, agricultores apostam em híbridos de alta performance genética para maximizar produtividade e rentabilidade.

Entre as opções, o híbrido B2701PWU, da Brevant® Sementes, tem se destacado. O produtor Adriano Luiz Barchet, da Fazenda São Domingos (MT), utilizou a variedade em 3 mil hectares na safrinha 2023/24, alcançando 180 sacas por hectare. Segundo ele, o material foi decisivo no controle da cigarrinha e apresentou ótimo desempenho em áreas irrigadas. Com ciclo precoce e tolerância ao estresse hídrico, o B2701PWU se adapta bem às condições climáticas desafiadoras da região.

“Com isso, é importante o agricultor contar com um híbrido pesquisado e desenvolvido com características que atendam às necessidades da sua região. Avaliando desde o sistema de produção, clima, época do plantio e a tolerância às principais doenças do local. No Centro-Oeste, a melhor escolha é o B2701PWU. Ele é precoce e tem estabilidade de plantio, além de bom desempenho em condições de estresse hídrico. Por ter ciclo precoce, se desenvolve mais rápido e quando a região começa a sofrer com a seca, já está desempenhando seu potencial produtivo”, explica Eder Arakawa, Líder da Brevant® Sementes para Brasil e Paraguai.

Além da resistência ao clima, o híbrido conta com a tecnologia PowerCore® Ultra, que protege contra as principais lagartas da cultura, como lagarta-do-cartucho e broca-do-colmo. A tecnologia também oferece tolerância aos herbicidas glifosato e glufosinato de amônio, facilitando o manejo na lavoura. Outro diferencial é o tratamento de sementes LumiGEN™, que inclui fungicidas, inseticidas e bioestimulantes, garantindo melhor germinação e sanidade das plantas.

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems Foto: Divulgação

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Plano Safra prevê crédito extra de R$ 4,178 bi

O governo federal publicou na noite de segunda-feira (24), a Medida Provisória 1.289/2025, que abre crédito extraordinário de R$ 4,178 bilhões para as operações oficiais de crédito rural equalizadas pelo Tesouro Nacional no âmbito do Plano Safra.

A medida visa atender as linhas de crédito subsidiado do Plano Safra, com taxas de juros equalizadas pelo Tesouro, com contratações suspensas pelo Tesouro Nacional desde a última sexta-feira (21). A MP, assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entra em vigor hoje e foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União.

Do montante total, R$ 2,752 bilhões serão destinados à subvenção econômica de operações de investimento rural e agroindustrial, R$ 763,519 milhões vão para subvenção econômica de operações de custeio agropecuário e R$ 17,002 milhões para equalização de operações de comercialização nas linhas voltadas a médios e grandes produtores.

Outros R$ 645,782 milhões serão direcionados a equalização de linhas de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

Manobra para retomada do Plano Safra

A edição da MP foi anunciada na última sexta-feira (21) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como saída para a retomada das contratações do crédito subsidiado do Plano Safra 2024/25. Os recursos, segundo Haddad, serão acomodados dentro dos limites do arcabouço fiscal, embora venham formalmente de crédito extraordinário.

O que ocorreu com o Plano Safra?

O Tesouro suspendeu as contratações de financiamentos subsidiados pelas 25 instituições financeiras que operam o crédito rural desde a última sexta-feira, em virtude da falta de aprovação do Orçamento 2025 – que inclui recursos para subsídio para política oficial de crédito agropecuário.
Ainda na sexta-feira, o Tesouro informou os bancos que a retomada das contratações estava liberada quando a MP fosse publicada. Cerca de R$ 50 bilhões de recursos subsidiados do Plano Safra estavam bloqueados em virtude da suspensão das linhas.

Fonte: Estadão Conteúdo Foto: Pedro Revillion/Palácio Piratini

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Pesquisa de campo coleta dados para o 6º levantamento da safra de grãos 2024/2025

Na última semana, técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizam visitas técnicas nas lavouras do país para compor o 6º Levantamento da Safra de Grãos 2024/2025. As atividades ocorrem presencialmente no Distrito Federal e nos estados de Alagoas, Bahia, Distrito Federal, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins. O objetivo é avaliar as condições das plantações e os efeitos das variações climáticas nas produções de grãos.

A coleta de informações é complementada com dados fornecidos por produtores, cooperativas e empresas agrícolas. A análise inclui o acompanhamento detalhado de diversas culturas, considerando os estágios fenológicos, que variam conforme a região e o tipo de produto. Para aprimorar as estimativas, são utilizados também dados de georreferenciamento e imagens de satélite, que possibilitam o mapeamento das áreas cultivadas e a estimativa da produtividade.

No caso da soja, os técnicos monitoram de perto a colheita nas áreas de maior produção. Para o algodão, o foco está na fase final de semeadura, especialmente nas regiões onde o plantio já foi concluído. No milho, as atenções se voltam para as áreas em maturação e colheita da 1ª safra, com especial atenção à qualidade do produto, além do monitoramento do desenvolvimento das lavouras de milho 2ª safra. O trabalho também contempla o plantio de arroz, que está em fase de conclusão, e o amendoim, com atenção às etapas de floração, formação das vagens e enchimento dos grãos em algumas localidades.

As informações obtidas são fundamentais para atualizar as projeções sobre a produção de grãos no Brasil. Os resultados do 6º Levantamento da Safra de Grãos 2024/2025 serão divulgados no dia 13 de março, oferecendo dados essenciais para o mercado agrícola, governos, produtores e demais atores da cadeia produtiva.

Fonte: Conab Foto: Divulgação

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Irrigação viabiliza a soja no extremo noroeste do Paraná

Com 2.600 alqueires, a Fazenda Estrela e Monte Azul é a soma de seis propriedades localizadas no município de Icaraíma, a 60 quilômetros de Umuarama, na região noroeste do Paraná.

Do total da área, há 100 alqueires mantidos com soja sob sistema de irrigação que utiliza três pivôs, 500 alqueires com lavouras de mandioca e os restantes 2 mil alqueires destinados a pastagens, ocupados por um rebanho de 10 mil cabeças em programas de cria, recria e engorda, das quais 5 mil em confinamento.

No último dia 18, o Rally Cocamar de Produtividade passou por lá em companhia do gerente das unidades da Cocamar em Umuarama e Icaraíma, Alisson Rodrigues Nunes, e da engenheira agrônoma Mariane Carvalho.

Garantia de produtividade

A soja é irrigada desde 2020, utilizando estruturas fabricadas pela Lindsay e segundo o administrador Alexandre Rios, a média de produtividade tem ficado ao redor de 160 a 180 sacas por alqueire.

Para se ter uma ideia da importância da irrigação, nas poucas áreas não servidas pelos pivôs, a média despenca para 50 sacas por alqueire. Em relação ao milho, cultivado no inverno na sucessão da soja, a média não fica abaixo de 250 sacas por alqueire, tendo já chegado a 280.

“Sem irrigação não tem viabilidade”, observa Alexandre, ao comentar que há planos de se ampliar o investimento em lavouras irrigadas e alcançar também pastagens e até mesmo a área de confinamento, com aspersores, para refrescar o local.

A carne

Os animais nelore e de rebanho misto são confinados com peso de entrada entre 400 a 450 quilos e após 80 ou 90 dias, saem com 550 quilos de média. O ganho, na engorda, é de 1,6 quilo por dia em média, por animal, mas não é incomum chegar a 1,8 quilo/dia. A carne é destinada ao mercado externo.

Tranquilidade

Com 21% de média de teor de argila e a uma altitude de 350 metros, os solos dessas fazendas não são muito diferentes dos da região, onde geralmente chove pouco. “Temos a tranquilidade de poder contar com a irrigação e, todas as noites, pelo menos 10 milímetros de água são despejados nas lavouras”, comenta Alexandre.

Ainda assim, devido às altas temperaturas registradas na fase de enchimento de grãos da soja, a irrigação foi agilizada mesmo durante o dia, embora a um custo bem mais alto que a operação noturna. Para se ter uma ideia, se das 21h às 6h o custo da energia para o produtor rural é de 12 centavos o quilowatt/hora (kW/h), durante o dia esse valor salta para 48 centavos o kW/h.

Investimento se pagou rápido

O administrador citou ainda que o investimento nos três pivôs, realizado em 2020, foi quitado ainda no período da pandemia, com a elevação dos preços da soja. “Valeu a pena e planejamos agora ampliar”. A irrigação, que deve incluir pastagens, visa a assegurar a produção de comida para o gado no inverno.

Alexandre observa que as propriedades servidas por irrigação são mais valorizadas. “Trata-se de uma tecnologia que está disponível e, como qualquer outra, o produtor precisa preparar-se para explorar todo o seu potencial”, completa.

Sobre o Rall

Em seu 10º ano de realização, o Rally Cocamar de Produtividade segue em busca de experiências incentivadas pela Cocamar que ajudem a promover o desenvolvimento da atividade agropecuária paranaense. A iniciativa conta com o patrocínio da Ourofino Agrociência, Sicredi Dexis, Seguradora Sombrero, Fertilizantes Viridian, Nissan Bonsai Motors e Texaco.

Fonte: Assessoria de Imprensa Cocamar

Frutas,verduras,peixe e  grãos no mercado municipal. Fotos:Ari Dias/AEN

Paraná lidera produção e importação de feijão, e começa a expandir exportação do produto

O Paraná é o maior produtor e o maior importador de feijão, portanto, o principal responsável por colocar essa leguminosa nas mesas dos brasileiros, atendendo diversos paladares. Recentemente, tem se caracterizado também como um exportador importante. Esse é um dos assuntos do Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 14 a 20 de fevereiro.

Desde meados dos anos 90 o Paraná se constituiu o maior produtor de feijão do Brasil. Apesar disso, a exportação era limitada e as empresas estaduais mais importaram do que venderam o produto para o Exterior. Em 1997, por exemplo, as importações superaram 20 mil toneladas, vindas da Argentina. São Paulo e Rio de Janeiro importaram volume semelhante. No mesmo ano a exportação paranaense somou apenas 277 toneladas.
Dez anos depois o Estado já era responsável por volumes superiores a 80% de todo o feijão seco vindo do Exterior. Nesse período, além da Argentina, a China apareceu como importante fornecedor. Em 2013 o Paraná trouxe 200 mil das 300 mil toneladas de feijão importadas pelo Brasil. No ano passado as importações paranaenses recuaram bastante em comparação a 2023, caindo de 65 mil para 19 mil toneladas, mesmo assim representaram 86% das 22 mil toneladas trazidas por empresas brasileiras.

“Recentemente, porém, outra frente está tomando corpo: a das exportações, que somaram 71 mil toneladas em 2024, superando em mais de cinco vezes o número registrado em 2023, que foi de 10 mil toneladas”, afirmou o agrônomo Carlos Hugo Godinho, do Deral.

O que impactou o aumento foram as vendas para a Venezuela, que adquiriu 25 mil toneladas, e para o México, com 21 mil toneladas. Em exportações, o Mato Grosso é líder, com 128 mil toneladas em 2024. Mais da metade atendeu o mercado da Índia. Os indianos também compraram feijão do Paraná, em menor escala, com cerca de 4 mil toneladas.

Soja e maça

O documento preparado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), mostra ainda o panorama da produção de soja e aborda o cultivo de maçã e pepino no Paraná. No setor de pecuária, há análise sobre produção de carne suína, mercado exportador de ovos e uma visão sobre custos na criação de frangos e evolução de preços.

O documento cita que as estimativas de produção de soja no Paraná são de 21,3 milhões de toneladas para a atual safra, inferior às 22,3 milhões de toneladas projetadas inicialmente. No entanto, os impactos do clima podem ser piores à medida que a colheita avança.

O trabalho de colheita já alcança 40% dos 5,77 milhões de hectares plantados. A estimativa é que essa cultura movimente cerca de R$ 40 bilhões no Estado em comercialização. A produção brasileira da oleaginosa deve superar 160 milhões de toneladas.

A maçã foi cultivada em 33,3 mil hectares no Brasil em 2023, com 1,2 milhão de toneladas colhidas e VBP medido pelo IBGE de R$ 2,9 bilhões. O Paraná produziu naquele mesmo ano 27,5 mil toneladas em 979 hectares, com VBP de R$ 91,5 milhões.

A produção paranaense está concentrada na Região Metropolitana de Curitiba, com 45,7% do total. Seguem-se o Sudoeste (29%) e os Campos Gerais (19%). A fruta está presente em 25 municípios, sendo Palmas o principal produtor. É seguido por Campo do Tenente, Porto Amazonas e Lapa.

Pepino

O pepino é cultura comercial em 356 municípios paranaenses. O último levantamento, de 2023, apontou produção de 71,8 mil toneladas em 2,6 mil hectares, o que rendeu R$ 149,1 milhões de VBP.

O Núcleo Regional de Curitiba concentra a maior parte da produção, com destaque para Cerro Azul, principal produtor do Estado, que tem 225 hectares com a cultura e produziu 5,1 mil toneladas. O núcleo de Jacarezinho também é um importante polo produtivo, aparecendo Ibaiti como segundo produtor estadual, com 70 hectares e 3,5 mil toneladas.

Suínos

Os primeiros dados da Pesquisa Trimestral de Abate, divulgada pelo IBGE, mostram pouco mais de 5,3 milhões de toneladas de carne suína produzidas no Brasil em 2024, o que corresponde ao abate de 57,6 milhões de animais. Mesmo sendo recorde, é o menor crescimento percentual dos últimos dez anos, apenas 0,6% em relação a 2023, ou 29,9 mil toneladas a mais.

Foram exportados 1,3 milhão de toneladas – 106,7 mil toneladas a mais que em 2023. Estima-se, portanto, que 75,5% da carne suína produzida foi destinada ao mercado interno. O volume de exportação é um dos fatores que contribuíram para a elevação do preço da carne suína em 2024.

Ovos

O boletim registra que mais de 99,5% da produção de ovos no Brasil é destinada ao mercado interno (ovos férteis para reprodução, consumo in natura, indústria alimentícia, merenda escolar e estabelecimentos que oferecem alimentação). Em 2024 foram exportadas 44,2 mil toneladas, 11,4% a menos que as 49,9 mil toneladas do ano anterior.

O Paraná ficou na segunda posição, com 9,9 mil toneladas exportadas e receita de US$ 44,3 milhões. Representou crescimento de 12,3% em relação às 8,8 mil toneladas de 2023 e aumento de 9,8% sobre os US$ 40,3 milhões em receitas cambiais. O México é o principal comprador dos ovos produtos brasileiros.

Frangos

O custo de produção do frango vivo no Paraná, criado em aviários tipo climatizado em pressão positiva, foi de R$ 4,81 por quilo em janeiro de 2025, segundo a Central de Inteligência de Aves e Suínos, da Embrapa Suínos. Representa elevação de 0,4% em relação ao custo de R$ 4,79 por quilo em dezembro.

Comparado com o mês anterior, a maior alta no Paraná foi com gastos em calefação e cama, que teve aumento de 5,53%, e em ração, que cresceu 1,43%. Em compensação houve redução em genética (-3,48%) e em mão de obra (-0,99%).

Fonte: AEN Foto: Divulgação