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Solução digital traz mais precisão na classificação de grãos

A Senior Sistemas apresenta no AgroSummit 2025 o AgroVerus, uma nova solução desenvolvida para tornar mais eficiente e precisa a classificação de grãos. A ferramenta foi criada para resolver desafios como falta de padronização, erros manuais, lentidão nos processos e riscos de fraudes, problemas comuns nas operações de compra, armazenamento e comercialização de commodities durante a safra.

O AgroVerus utiliza inteligência artificial com tecnologia de Reconhecimento Óptico de Caracteres (OCR), que permite capturar automaticamente, via câmera de celular, os dados exibidos nos equipamentos de classificação de grãos. A digitalização elimina etapas manuais, reduzindo falhas, aumentando a confiabilidade das informações e garantindo mais segurança operacional e jurídica.

“Automatizar esse processo significa mais agilidade e confiança para o produtor e para quem está na ponta da cadeia. O AgroVerus é uma tecnologia desenvolvida para resolver todos esses desafios e o seu lançamento no AgroSummit é uma forma de reafirmar o nosso compromisso com a inovação no agro”, diz Graciele Lima, head de Produto do Agronegócio da Senior.

A solução também armazena imagens das classificações para auditorias, registra qualquer intervenção manual com identificação do operador e motivo, além de se integrar a outros ERPs por meio de API. Com isso, promove maior agilidade nos processos, transparência nas negociações e mais controle sobre a operação.

Além do AgroVerus, a Senior destaca no evento suas soluções que combinam ERP e Inteligência Artificial. Essa integração permite otimizar processos, antecipar tendências, melhorar a gestão das operações e aumentar a produtividade no agronegócio, tornando o setor mais competitivo e preparado para os desafios do mercado.

“Os insights gerados pela IA são fundamentais para apontar anomalias no processo de classificação de grãos, sugerindo melhorias tanto para a empresa quanto para os produtores, o que é crucial para a competitividade no mercado”, comentou. “A soma de ERP e IA é um divisor de águas para o setor, pois proporciona ganhos de produtividade e uma gestão mais inteligente e adaptativa”, finaliza Breyer.

Fonte: Agrolink Foto: Canva

Pulverização de soja. Foto: Gilson Abreu/AEN

Vazio sanitário da soja inicia nesta segunda no Norte, Noroeste, Centro-Oeste e Oeste

Teve início nesta segunda-feira, 2 de junho, o período de vazio sanitário da soja para as regiões Norte, Noroeste, Centro-Oeste e Oeste do Paraná, que integram a Região 2 do escalonamento definido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A medida segue até 31 de agosto, com a liberação para o plantio da oleaginosa a partir de 1º de setembro de 2025, encerrando-se em 31 de dezembro.

Durante o vazio sanitário, é proibido cultivar ou manter plantas vivas de soja no campo. A medida visa evitar que a planta se torne hospedeira do fungo causador da ferrugem-asiática (Phakopsora pachyrhizi), principal doença da oleaginosa, devido à sua severidade, facilidade de disseminação, custo elevado de controle e potencial de reduzir a produtividade das lavouras.

No Paraná, os períodos do vazio sanitário foram escalonados em três etapas, conforme os diversos microclimas do Estado. A definição foi feita pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), com o objetivo de estabelecer os períodos mais adequados para o plantio e reduzir a propagação do fungo.

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), vinculada à Secretaria estadual da Agricultura e do Abastecimento, é responsável pela fiscalização em todo o território paranaense, devendo aplicar as penalidades previstas em legislação aos produtores que não fizerem a erradicação das plantas vivas de soja durante o período do vazio sanitário. Também cabe à autarquia o controle e cumprimento das datas para a janela de plantio da cultura no Estado.

O Departamento de Sanidade Vegetal da Adapar (DESV) reforça que é importante que todos os agricultores adotem esse cuidado em suas propriedades. A agência destaca que a medida sanitária somente será efetiva com o monitoramento de todos os locais que possam conter plantas vivas de soja e a eliminação imediata caso alguma seja detectada.

Regiões e datas

A Portaria n.º 1.271, de 30 de abril de 2025, da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa, estabelece as normas para o vazio sanitário da soja.

Confira:

Na Região 1, que abrange os municípios do Sul, Leste, Campos Gerais e Litoral do Paraná, o vazio sanitário inicia em 21 de junho e segue até 19 de setembro. O plantio poderá ser realizado de 20 de setembro de 2025 até 20 de janeiro de 2026.

Região 2, que abrange Norte, Noroeste, Centro-Oeste e Oeste do Paraná, começa em 02 de junho e segue até 31 de agosto, com semeadura a partir de 1º de setembro e se encerrando em 31 de dezembro.

Na Região 3, que compreende os municípios do Sudoeste do Estado, o vazio sanitário começa em 12 de junho e termina em 10 de setembro. A semeadura está autorizada entre 11 de setembro e 10 de janeiro de 2026.

Fonte e Foto: Adapar

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Milho segue travado em várias regiões

De acordo com informações da TF Agroeconômica, o mercado de milho segue travado em várias regiões do Sul do Brasil. No Rio Grande do Sul, a comercialização permanece lenta, com preços estáveis e baixa liquidez. As cotações seguem em R$ 66,00 em Santa Rosa e Ijuí, R$ 67,00 em Não-Me-Toque, R$ 68,00 em Marau, Gaurama e Seberi, e R$ 69,00 em Arroio do Meio, Lajeado e Montenegro. No interior, os vendedores pedem entre R$ 65,00 e R$ 68,00, enquanto o preço de pedra em Panambi permanece em R$ 61,00 por saca.

Em Santa Catarina, mesmo com a maior safra de milho da história, o mercado também está parado devido à falta de acordo nos preços. No Planalto Norte, os produtores pedem R$ 82,00, mas as ofertas chegam no máximo a R$ 79,00. Situação semelhante ocorre em Campos Novos, onde os pedidos vão de R$ 83,00 a R$ 85,00, contra propostas de até R$ 80,00 CIF. A média estadual caiu para R$ 72,00, com variações como R$ 72,70 em Joaçaba, R$ 77,13 em Chapecó, R$ 62,00 em Palma Sola e R$ 66,00 em Rio do Sul.

No Paraná, o clima incerto e a baixa demanda continuam travando o mercado, mesmo com expectativa de safra recorde. As cotações atuais variam entre R$ 59,36 e R$ 61,46 por saca, com quedas nas principais regiões produtoras. Nos Campos Gerais, milho para entrega imediata é negociado a R$ 76,00 FOB, mas há produtores pedindo até R$ 80,00. A colheita da segunda safra avança lentamente, com apenas 1% da área total colhida até o final de maio, segundo o Deral.

Em Mato Grosso do Sul, o cenário também é de mercado travado, à espera da colheita da segunda safra. Os preços estão em R$ 55,00 em Dourados e Chapadão do Sul, R$ 59,00 em Maracaju, R$ 60,00 em Campo Grande e R$ 61,00 em Sidrolândia. A chegada de uma frente fria, com risco de geadas até o início de junho, preocupa os produtores, especialmente porque boa parte das lavouras está em fase sensível.

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems Foto: Claudio Neves/APPA

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Pesquisa identifica fungos do solo que eliminam 100% o mofo-branco, que afetam soja, feijão e algodão

Cientistas brasileiros identificaram espécies de fungos do gênero Trichoderma capazes de eliminar completamente os escleródios (estruturas de resistência) do Sclerotinia sclerotiorum , fungo causador da doença que prejudica cultivos estratégicos como soja, feijão e algodão. Os resultados, obtidos em laboratório, indicam um novo caminho para o controle biológico da doença, historicamente combatida com fungicidas químicos de alto custo e impacto ambiental.

O estudo foi coordenado pela pesquisadora Laísy Bertanha, da Universidade Estadual Paulista ( Unesp ), com orientação do pesquisador da Embrapa Wagner Bettiol. Uma pesquisa conjunta de Trichoderma yunnanense e Trichoderma dorotheae que inibem até 100% a germinação do patógeno. O desempenho de destaque foi do Trichoderma yunnanense , com 97,5% de eficácia na prevenção da germinação, evidenciando seu potencial para uso como biofungicida.

Alternativa ao controle químico

Os pesquisadores contam que o mofo-branco é uma doença de difícil controle devido à longa sobrevivência de seus escleródios no solo. O combate tradicionalmente depende do uso intensivo de fungicidas, que apresentam alto custo, riscos ambientais e podem induzir resistência a patógenos. A adoção do biocontrole com Trichoderma oferece uma solução mais segura e sustentável.

Segundo Bertanha, o uso combinado de diferentes cepas de Trichoderma pode aumentar a eficácia do controle biológico, reduzindo a presença da doença no solo. A pesquisa reforça a importância de isolar microrganismos no mesmo ambiente onde serão aplicados, maximizando sua capacidade de suprimir patógenos.

Biocontrole deve ser combinado com outras práticas

O estudo não mostra o crescimento do mercado de biopesticidas, impulsionado pela demanda por práticas agrícolas mais sustentáveis. O Brasil tem expandido o uso de Trichoderma no manejo de doenças desde a década de 1980, mas desafios persistem, como a produção em larga escala, a compatibilidade com práticas tradicionais e a capacitação de agricultores, explica Bettiol.

No manejo integrado de doenças, o biocontrole deve ser combinado com práticas como a rotação de culturas, que reduza a presença do patógeno no solo. A rotação com gramíneas, por exemplo, é eficaz, pois essas plantas não são hospedeiras do fungo Sclerotinia sclerotiorum , o agente causal do mofo-branco. Além disso, a adição de matéria orgânica no solo pode favorecer microrganismos benéficos, aumentando a resistência natural das áreas cultivadas.

Outra estratégia essencial no controle do mofo-branco é o uso de sementes de alta qualidade. Como a doença é monocíclica, ou seja, o inóculo inicial tem grande impacto na severidade da epidemia, o uso de sementes de patógenos e a sanitização de máquinas agrícolas são medidas fundamentais para evitar a dispersão do fungo, comenta Bertanha.

Reduza também a agressividade do mofo-branco

Esses agentes biológicos interferem na síntese química como o ácido oxálico, essencial para a virulência do fungo, aumentando sua capacidade de causar infecções graves.

A seleção de microrganismos eficazes é um processo rigoroso, que envolve cepas isoladas com alto potencial de controle. Durante a pesquisa, Bertanha incluiu nove espécies diferentes de Trichoderma em áreas de agricultura orgânica, sendo que Trichoderma yunnanense e Trichoderma atrobrunneum se destacaram na supressão do mofo-branco.

O Trichoderma yunnanense foi isolado de solos cultivados com feijão irrigado, conta Bettiol. Ele destaca que a diversidade microbiana só tem relação direta com sua capacidade de suprimir patógenos, tornando o biocontrole uma ferramenta valiosa na busca por sistemas agrícolas mais equilibrados e resilientes. Pesquisas indicam que o biocontrole também pode reduzir a agressividade deste e de outros patógenos.

A efetividade do biocontrole depende da adoção de estratégias integradas, combinando biofungicidas, práticas culturais e, quando necessário, produtos químicos. “Essa abordagem permite um manejo mais eficiente do mofo-branco, mais impactos ambientais e promove uma agricultura mais sustentável”, conclui Bettiol.

A liderança brasileira em bioinsumos

O mercado global de bioinsumos agrícolas cresce, em média, 14% ao ano. No Brasil, o ritmo é ainda mais intenso: só entre 2021 e 2022, o setor cresceu 67%, segundo a Embrapa. Estima-se que o país responda por cerca de 20% do consumo mundial desses produtos.

O País é o maior mercado mundial de bioinsumos para controle biológico. A combinação de clima tropical, grande extensão agrícola e pressão por soluções sustentáveis ​​explica a vanguarda brasileira. A liderança do Brasil mostra que é possível aliar produtividade a inovação de baixo impacto ambiental. De acordo com Bettiol, o Brasil precisa trabalhar duro para manter essa importante liderança obtida à base de muito investimento na pesquisa básica de controle biológico ao longo dos anos. Precisamos agora investir ainda mais em pesquisa e desenvolvimento e também em treinamento para que esta ferramenta também chegue até os pequenos e médios agricultores brasileiros. É urgente desenvolver biofungicidas para o controle da ferrugem do cafeeiro e da ferrugem asiática da soja. Também precisamos de muitas pesquisas conjuntas com as empresas para o desenvolvimento urgente de bioherbicidas.

Grandes mercados agrícolas, como Estados Unidos, Europa e China, também ampliam o uso de produtos biológicos, reduzindo a dependência de produtos químicos. A urgência climática e a exigência por alimentos mais limpos impulsionaram essa virada.

O uso de bioinsumos reduz resíduos químicos no solo e na água, preserva a biodiversidade e diminui as emissões de gases de efeito estufa. Economicamente, representa menor custo a longo prazo e menor risco de resistência de sentenças. Socialmente, estimula cadeias locais de produção e uso de tecnologias adaptadas à agricultura familiar.

Fonte e Foto: Embrapa

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PIB da agropecuária cresce 12,2% no primeiro trimestre de 2025

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulgou a análise do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do País no primeiro trimestre de 2025, divulgado pelo IBGE, por meio de Comunicado Técnico.

A agropecuária foi o destaque no período, com crescimento de 12,2% nos três primeiros meses deste ano, na comparação com o 4º trimestre de 2024. “A alta influenciou fortemente o crescimento do PIB brasileiro, de 1,4% no primeiro trimestre de 2025”, diz a CNA.

Com o resultado, a participação da agropecuária subiu de 6,7% para 7,4% do PIB total. A entidade explica que o bom resultado ocorreu em razão da colheita de culturas de verão, com especial destaque para a soja (1ª safra) e o milho (1ª e 2ª safra).

“Os bons resultados se devem ao clima favorável e ao investimento realizado pelos produtores rurais”, explica a CNA no Comunicado.

No entanto, a entidade faz um alerta para a próxima safra. “Esse mesmo nível de investimento pode não se repetir na próxima safra, diante do elevado custo do financiamento produtivo, atrelado a instabilidade econômica e política, dado as incertezas globais”.

A CNA ressalta a importância de políticas estruturantes, como o acesso a crédito com juros compatíveis e instrumentos de gestão de risco, essenciais para a continuidade da atividade produtiva.

“Essas medidas asseguram a permanência do produtor no campo, promovem a segurança alimentar da população e fortalecem a balança comercial por meio das exportações”.

Acesse aqui o Comunicado Técnico

Fonte: CNA Brasil Foto: Divulgação

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Trigo: Preços médios caem em maio

Em maio, os preços médios do trigo caíram, apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, a pressão veio do avanço da semeadura no Brasil, da expectativa de safra recorde mundial e da projeção de produção argentina crescente. De modo geral, o Cepea observou maior disparidade entre os valores ofertados por agentes ativos no spot. Ao longo do mês, as negociações envolvendo trigo estiveram lentas. Compradores buscaram adquirir apenas lotes pontuais e, com isso, mantiveram suas ofertas de preços abaixo do esperado por vendedores. Já triticultores estiveram focados nos trabalhos de campo e cautelosos na disponibilização de novos lotes, conforme explicam pesquisadores do Cepea.

Fonte: Cepea Foto: Divulgação

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Chapecó sedia evento com 600 especialistas no 4º Congresso de Sementes

A APASEM, nesta semana, nos dias 27 e 28, esteve em Chapecó (SC), participando do 4º Congresso de Sementes, evento técnico que se consolida como o principal encontro voltado à produção de sementes de soja e milho em Santa Catarina. Com foco em tecnologia, inovação e sustentabilidade, o congresso reuniu cerca de 600 participantes.

Realizado no Parque Dr. Valmor Ernesto Lunardi (Efapi), o congresso propôs uma agenda estratégica: discutiu o papel das sementes na construção de uma agricultura mais eficiente, tecnológica e sustentável.

Foram dois dias de palestras, debates, networking e conexões de alto nível, com a participação de mais de 50 marcas expositoras e um showroom tecnológico com o que há de mais moderno em produção, tratamento, armazenamento e comercialização de sementes.

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Onda de frio no campo: IDR-Paraná reforça cuidados em culturas mais sensíveis

O IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná — Iapar-Emater) e o Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná) informam que uma intensa massa de ar polar deve atingir o Estado a partir dos próximos dias, provocando queda acentuada nas temperaturas em todas as regiões. O frio intenso poderá causar prejuízos em diversas explorações agrícolas, como hortaliças, tomate, milho, café, pastagens e frutíferas tropicais. Para minimizar os danos, produtores podem adotar algumas medidas preventivas, conforme a orientação das equipes técnicas do IDR-Paraná.

Criado originalmente para proteger cafezais recém-plantados, o Alerta Geada também é uma ferramenta que auxilia os produtores e hoje atende diversas atividades agropecuárias – avicultura, suinocultura, horticultura e silvicultura, por exemplo. Ele ainda beneficia outros setores da economia, como turismo, comércio, mercado financeiro e construção civil.

Durante a vigência do serviço, pesquisadores do IDR-Paraná e do Simepar divulgam diariamente boletins com informações sobre as condições do tempo e a evolução de massas de ar polar no Estado. Quando há previsão de massas de ar frio com potencial de causar danos, um alerta é emitido e amplamente divulgado com antecedência.

Confira as dicas:

Café – Em relação ao café, nos plantios novos, com até seis meses de campo, recomenda-se o enterrio das mudas para proteção contra o frio. Viveiros devem ser protegidos com várias camadas de cobertura plástica ou com aquecimento, sendo possível adotar as duas medidas simultaneamente. A proteção deve ser retirada assim que a massa de ar frio se afastar e o risco de geada cessar.

Para lavouras com idade entre seis meses e dois anos, a orientação é amontoar terra no tronco das plantas, até o primeiro par de folhas. Esta proteção deve permanecer até meados de setembro, sendo posteriormente retirada manualmente.

Pecuária de corte – A pecuária de corte também enfrenta desafios em função da falta de pastagem, agravada por estiagens e geadas. Nessas situações, é recomendado o uso de suplementação alimentar, com volumosos conservados (como silagem e feno) e concentrados (milho, farelo de soja, entre outros).

É importante que o pecuarista planeje essas ações com antecedência, considerando a viabilidade econômica, já que o custo da suplementação é maior do que o do pasto. Em regiões mais frias, o cultivo de gramíneas de inverno, mais tolerantes ao frio, pode ser uma alternativa viável.

Fruticultura – Evitar a aplicação de produtos reguladores de crescimento para quebra de dormência; adotar técnicas de aquecimento com fumaça; manter a irrigação; e manter as áreas limpas são as principais recomendações para reduzir o risco de danos por baixas temperaturas.

Hortaliças – Entre as medidas recomendadas estão o cultivo protegido, com fechamento adequado do entorno das estufas; a suspensão da irrigação alguns dias antes do frio mais intenso, para evitar formação de gelo sobre as folhas; e o aquecimento controlado das estufas, utilizando carvão, com monitoramento constante durante a noite e a madrugada.

Em áreas de cultivo a céu aberto, a proteção é mais complexa, mas ainda assim são possíveis algumas ações: cobrir os canteiros com manta de TNT, utilizar aquecimento com fumaça e realizar pulverizações foliares com soluções salinas, que, quando aplicadas com antecedência, podem ajudar a reduzir o ponto de congelamento das folhas.

Milho – As possibilidades de proteção das lavouras de milho são limitadas. Assim, a recomendação é manter as lavouras devidamente seguradas e atentem ao zoneamento de risco climático, realizando o plantio na época recomendada, de modo a garantir a cobertura do seguro rural e reduzir os riscos de perdas.

As informações podem ser obtidas nos seguintes canais:

Canal “Alerta Geada Paraná” no WhatsApp e Telegram

Aplicativo IDR Clima, disponível no Google Play e na App Store

Disque Geada: (43) 3391-4500

Página do IDR-Paraná

Redes sociais do IDR-Paraná (Instagram, Facebook e LinkedIn)

Fonte: AEN Foto: Ana Tigrinho/Arquivo AEN

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Com crescimento de 77% em 2024, Paraná ocupa segundo lugar nas exportações de milho

As exportações de milho no Paraná alcançaram 1,18 milhão de toneladas nos primeiros quatro meses do ano, um aumento de 77% em relação ao mesmo período do ano passado, em que o Estado registrou 668,4 mil toneladas segundo dados do Agrostat/Mapa.

Esse é um dos assuntos detalhados no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 8 a 14 de maio preparado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

Em relação à receita, foram gerados US$ 267,1 milhões, ou R$ 1,5 bilhão. O aumento foi de 81% em comparação com o primeiro quadrimestre de 2024, de US$ 147,9 milhões. Isso por conta do aumento no volume embarcado e pelos preços melhores.

Por outro lado, a exportação nacional registrou 6,07 milhões de toneladas no mesmo período, uma queda de 14% em relação aos primeiros quatro meses do ano passado, que foi de 7,07 milhões.

O analista do Deral, Edmar Gervásio, destaca o crescimento do Estado no âmbito nacional de exportações da cultura. “De janeiro a abril de 2024 o Paraná encontrava-se em terceiro lugar do ranking nacional em exportação de milho. No mesmo período deste ano o Estado se consolidou como segundo lugar, ficando atrás apenas do Mato Grosso” disse.

O Irã foi o principal destino do milho paranaense durante o período, que importou 52% do volume total exportado pelo Paraná, seguido do Egito com 12,8% e Turquia com 11,3%.

Frango – O abate de frangos no Brasil somou 1,63 bilhão de cabeças no primeiro trimestre de 2025, segundo dados do IBGE, um crescimento de 2,3% em relação ao mesmo período de 2024. Também houve alta de 0,9% na comparação com o último trimestre do ano passado. A produção de carne acompanhou esse movimento, alcançando 3,45 milhões de toneladas no período. Neste cenário, o Paraná manteve a liderança nacional. No acumulado do ano de 2024 o Paraná respondeu por 34,2% do abate e 34,9% da carne de frango produzida. O Estado teve crescimento de 2,5% no número de abates e de 3,1% no volume produzido em relação a 2023.

Suínos – Com dados do Agrostat/Mapa o documento mostra que o Paraná estabeleceu um novo recorde mensal de exportação de carne suína, em que foram exportadas 21,2 mil toneladas, ou 25,5% a mais que abril de 2024, que foram registradas 4,3 mil toneladas, e 9,3% a mais que o mês de março deste ano, onde foram exportadas 1,8 mil toneladas.

Além disso, as perspectivas são positivas para os próximos meses, já que o segundo semestre é caracterizado historicamente pelo aumento de volume exportado, reforçando as chances de novos recordes ainda em 2025.

Ovos – No primeiro trimestre do ano o Paraná ficou em segundo lugar no ranking nacional de produção de ovos, segundo dados das Pesquisas Trimestrais da Pecuária, do IBGE. A produção do Estado no período foi de 459,1 milhões de dúzias produzidas (9,8% do total nacional), volume 5,5% maior que os três primeiros meses de 2024.

No âmbito de exportação, o Paraná foi o 4º no ranking nacional do primeiro quadrimestre do ano, onde exportou 2.454 toneladas que gerou uma receita de US$ 11,7 milhões, números menores em volume (-32,5%) e receita (-20,4%) em relação ao mesmo período de 2024.

Cana-de-açucar – Em 2025 a área destinada da cana-de-açúcar é projetada em 507 mil hectares, 1% superior à de 2024 (501 mil hectares) e, como consequência, o Estado deve colher uma safra maior da cultura neste ano, uma expectativa de 36,7 milhões de toneladas. As colheitas iniciaram em março e cerca de 8% já foram colhidos.

Pitaia – Pelo terceiro ano acompanhando a produção de pitaia, que está presente em 126 municípios do Estado, em 2023 o Deral registrou que o Paraná produziu 3,2 mil toneladas em uma área de 273 hectares, resultando em um Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 27,5 milhões.

Tangerina – O Paraná é o 4º no ranking brasileiro de produção de tangerina, tendo produzido, em 2023, 94,5 mil toneladas da fruta em uma área de 7,1 mil hectares. Isso representa uma queda de 11,3% da área e 22% de volume entre 2014 e 2023.

A safra atual encontra-se no início da colheita e tem expectativas superiores à safra passada. As boas condições climáticas contribuíram para a antecipação da maturação e a inversão de ácidos em açúcares das frutas. Os produtores também podem se animar com a aproximação da 57ª Festa Nacional da Ponkan, entre 06 a 08 de junho, em Cerro Azul (RMC), a Capital Nacional do Cítrico.

Fonte: AEN Foto: Gilson Abreu/Arquivo AEN

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Venda da soja ocorre lentamente

A comercialização da soja do Rio Grande do Sul avança lentamente em meio à expectativa por solução das dívidas, segundo informações da TF Agroeconômica. “Indicações no porto, para entrega maio e pagamento 17/06 na casa de R$ 136,00(+0,15%). No interior os preços de fábricas seguiram o balizamento de cada praça. R$ 131,00(-0,76%) Cruz Alta – Pgto. 04/07 – para fábrica R$ 131,00(-0,76%) Passo Fundo – pgto. começo de julho R$ 131,00(-0,76%) Ijuí – Pgto. 04/07 – para fábrica R$ 131,00 Santa Rosa / São Luiz – pgto. começo de julho. Preços de pedra, em Panambi, subiram para R$ 119,00”, comenta.

O mercado segue travado em Santa Catarina. “A ausência de dados atualizados sobre os fretes limita a avaliação precisa dos custos logísticos, mas os valores registrados no porto indicam pressão sobre as margens. A proximidade do vazio sanitário impõe um prazo para a movimentação dos estoques, o que pode influenciar as decisões comerciais nas próximas semanas. A falta de informações sobre a capacidade de armazenagem exige atenção à gestão pós-colheita, especialmente diante da possibilidade de acúmulo de grãos. No porto de São Francisco, a saca de soja é cotada a R$ 133,66(+0,20%)”, completa.

Paraná conclui colheita, mas enfrenta ritmo moderado de vendas e queda nas exportações. “Em Paranaguá, o preço chegou a R$ 132,66, marcando alta de 0,15%. Em Cascavel, o preço foi 119,51(+1,10%). Em Maringá, o preço foi de R$ 120,86(+0,20%). Em Ponta Grossa o preço foi a R$ 118,93(+0,43%) por saca FOB, Pato Branco o preço foi R$133,72(+0,20%). No balcão, os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 130,00”, indica.

Produção em alta, lucro em queda e busca por alternativas no Mato Grosso do Sul. “O atraso na colheita e os preços desfavoráveis podem ter gerado acúmulo de estoques, destacando a importância de uma estrutura de armazenamento eficiente para garantir maior flexibilidade na venda e evitar perdas. Em Dourados, o spot da soja ficou em 118,15(-0,36%), Campo Grande a 118,15(-0,36%), Maracaju a 118,88(+0,25%), Chapadão do Sul a 112,25(-0,29%), Sidrolândia a 118,88(+0,25%)”, informa.

No Mato Grosso a comercialização está travada. “O déficit de capacidade de armazenagem em Mato Grosso agrava o cenário, forçando a antecipação de vendas mesmo em condições desfavoráveis. Campo Verde: R$ 112,99(+0,70%). Lucas do Rio Verde: R$ 109,12(-0,05%), Nova Mutum: R$ 109,12(-0,05%). Primavera do Leste: R$ 113,24(0,93%). Rondonópolis: R$ 113,24(+1,42%). Sorriso: R$ 108,71(-0,17%)”, conclui.

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems Foto: USDA