2granizo_03_11_2025

Sistema Ocepar orienta produtores sobre prejuízos com granizo nas lavouras

Muita chuva, ventos fortes e incidência de granizo afetaram as lavouras do Paraná no último final de semana. Segundo informações da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), a ocorrência foi principalmente nas regiões Extremo Oeste, Noroeste, Norte e Norte Pioneiro, atingindo especialmente as plantações de milho e soja. Além disso, o mau tempo atingiu também instalações, como galpões e armazéns, além de máquinas e equipamentos.

“Neste momento, estamos fazendo o levantamento junto às cooperativas para avaliar a dimensão do prejuízo”, informa José Roberto Ricken, presidente do Sistema Ocepar. Paralelamente ao levantamento, a Ocepar está orientando os produtores atingidos para que procurem as prefeituras municipais, solicitando a avaliação sobre a necessidade de decretação de estado de calamidade pública. “Essa medida é importante para comprovar os danos e buscar medidas de socorro, como acionamento do seguro rural e renegociação de dívidas, caso necessário”, sinaliza.

Nessa linha, o Sistema Ocepar orienta os produtores que têm seguro rural para que já acionem a sua seguradora, solicitando a visita de um perito para avaliar e quantificar os danos. É importante também que os produtores informem o agente financeiro, no caso de lavouras financiadas.

Mitigar danos

O gerente de Desenvolvimento Técnico do Sistema Ocepar, Flávio Turra, informa que ao longo dessa semana será possível ter uma avaliação mais precisa sobre os danos provocados pelo excesso de chuva, ventos e granizo. “Vamos buscar ações para mitigar os prejuízos, com apoio direto aos produtores afetados”, diz Turra, acrescentando que a entidade atuará junto aos governos estadual e federal, acionando também os ministérios da Agricultura e Pecuária e Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar. Nesse trabalho, segundo o gerente, a Ocepar também vai buscar a parceria da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) e da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).

Levantamento preliminar

De acordo com o levantamento preliminar, realizado pelo Sistema Ocepar, com base em dados do Simepar e Inmet, no sábado, foram muitas chuvas de descargas elétricas, com ventos de intensidade moderada a forte e, também, registro de granizo em várias localidades nas regiões Noroeste e Norte.

No domingo, ocorreram precipitações em praticamente todas as regiões do estado, com destaque para o Oeste e Noroeste, onde as chuvas foram mais intensas. Em Santo Antônio da Platina, no Norte Pioneiro, foram registradas precipitações de mais de 40 mm nas últimas horas de domingo.

Ainda no domingo, entre a madrugada e o período da manhã, os acumulados ultrapassaram 70 mm no Norte do estado, enquanto as rajadas de vento chegaram a 92 km/h no Norte Pioneiro.

No final da tarde, novas áreas de instabilidade avançaram do Paraguai e Mato Grosso do Sul em direção às regiões Oeste e Noroeste, trazendo pancadas de chuva acompanhadas de descargas elétricas.

Na madrugada desta segunda-feira, seguem registro de chuvas no Paraná, com incidência mais forte nas proximidades de Toledo, Campina da Lagoa e Mamborê. As temperaturas estão mais elevadas no Noroeste (22 graus) e mais amenas no Sul e na Região Metropolitana de Curitiba (17 graus).

De acordo com levantamento do Defesa Civil, divulgado na manhã desta segunda-feira, o mau tempo atingiu 15 municípios paranaenses, afetando 5.318 pessoas. Desse total, 444 pessoas estão desalojadas e 60 estão desabrigadas. As condições climáticas adversas danificaram 4.056 casas.

Confira o levantamento das condições climáticas aqui

Fonte e Foto: Sistema Ocepar

images

Bandeira vermelha patamar 1 é mantida em novembro

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou, na sexta-feira (31/10), que a bandeira tarifária para o mês de novembro será vermelha patamar 1. Com essa sinalização, fica mantido o custo adicional de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos, como ocorreu em outubro. 

O cenário segue desfavorável para a geração hidrelétrica, devido ao volume de chuvas abaixo da média e à redução nos níveis dos reservatórios. Dessa forma, para garantir o fornecimento de energia é necessário acionar usinas termelétricas, que têm custo mais elevado, justificando a manutenção da bandeira vermelha patamar 1.

Além disso, a geração solar é intermitente e não fornece energia de forma contínua, especialmente no período noturno e nos horários de maior consumo. Por isso, o acionamento das termelétricas continua sendo essencial para atender à demanda.

O mecanismo das bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para indicar o custo real da energia. Ele reflete o custo variável da produção de energia, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis, e o acionamento de fontes de geração.

A Aneel reforça a importância da vigilância quanto ao uso responsável da energia elétrica, que evita desperdícios e contribui com a sustentabilidade do setor elétrico.

Saiba mais sobre as bandeiras em https://www.gov.br/aneel/pt-br/assuntos/tarifas/bandeiras-tarifarias.

Fonte: Aneel Foto: Divulgação

iStock-537432292-(1)

ABRASS apresenta estudo com dados inéditos e de grande relevância do setor de sementes de soja

A Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja (ABRASS), trouxe nessa quinta-feira (23/10), durante reunião online, exclusiva aos associados, dados inéditos do estudo “Farmtrak Sementes de Soja”, realizado pela Kynetec.

O consultor, Pedro Tomazelli, responsável pela apresentação, parabenizou a associação pela iniciativa de levar aos produtores os cenários atuais sobre as principais cultivares, marcas, biotecnologias e tendências, oferecendo uma visão mais detalhada do setor de multiplicação de sementes de soja.

“É a primeira vez que vejo uma associação tão engajada na busca de obter dados relevantes para trabalharmos e discutirmos sobre os cenários e previsões do mercado”, ressaltou Pedro.

A pesquisa considerou a metodologia de entrevistas, realizadas por agricultores e técnicos especializados, durante os períodos de 2022/2023 – 2023/2024 – 2024/2025, diretamente com produtores e profissionais da área, de várias regiões do país, sendo 975 cidades, totalizando a participação de 3.728 entrevistados.

Entre os principais dados, Pedro destacou o aumento na área cultivada de soja no Brasil que cresceu 5%, passando de 44,05 para 46,34 milhões de hectares, entre as safras 2023/24 e 2024/25. Esse aumento de área contribuiu para uma elevação de 3% no volume total de sementes utilizadas, que subiu de 56,67 para 58,38 milhões de sacas de 40 kg. Em termos de valor de mercado, Pedro salientou que houve uma leve retração de 3%, de R$ 27,38 bilhões para R$ 26,45 bilhões, após um expressivo crescimento de 12% no ciclo anterior. O consumo médio de sementes por hectare apresenta ajuste de -2%, passando de 51,46 kg/ha para 50,39 kg/ha.

Ao final da reunião Pedro Tomazelli e o diretor executivo, Osli Barreto, reforçaram aos multiplicadores que a associação tem sempre como objetivo ampliar o conhecimento e desenvolvimento do setor e se colocaram à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais sobre a apresentação.

Fonte: Assessoria de Comunicação ABRASS Foto: Divulgação

0314056feba849868856b87211cd10e1_858x483

Chuvas no Paraná ameaçam trigo e pressionam mercado brasileiro, aponta Cepea

As chuvas intensas no Paraná acendem o alerta entre os produtores de trigo, com atrasos na colheita e risco à qualidade das lavouras ainda no campo. Enquanto isso, o Rio Grande do Sul avança com alta produtividade, contribuindo para uma revisão positiva das estimativas nacionais para 2025, conforme apontam Cepea, Emater/RS e Conab.

O avanço das precipitações no Paraná, um dos principais estados produtores de trigo do país, já compromete o ritmo da colheita e ameaça a sanidade das áreas ainda em campo. O alerta vem de levantamentos recentes do Cepea, que apontam impactos diretos sobre a qualidade do cereal e preocupações com perdas na rentabilidade.

Em contrapartida, o Rio Grande do Sul registra cenário climático mais favorável, com chuvas fracas que permitem o avanço dos trabalhos sem prejuízos. Dados da Emater/RS indicam que a produtividade estadual deve alcançar 3,261 toneladas por hectare — crescimento de 17,26% em relação à safra anterior —, com produção total estimada em 3,721 milhões de toneladas, 0,57% acima do ciclo anterior.

Esse desempenho positivo no Sul, somado aos ganhos em Santa Catarina, levou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a revisar para cima suas estimativas nacionais. A nova projeção para a safra brasileira de trigo em 2025 é de 7,698 milhões de toneladas — alta de 2,2% frente ao relatório de setembro. Ainda assim, o volume permanece 2,4% inferior ao produzido em 2024, evidenciando que os ganhos de produtividade (estimada em 3,142 t/ha) compensam parcialmente as perdas em área.

Segundo o Cepea, mesmo diante de uma safra com potencial produtivo, o cenário de preços permanece pressionado no Brasil. Entre os fatores que contribuem para esse movimento estão o enfraquecimento do dólar, a ampla oferta da safra argentina — principal origem das importações brasileiras — e a percepção de excesso de oferta interna em algumas regiões.

Além dos desafios de mercado, o produtor enfrenta a necessidade de gestão de risco diante das condições climáticas adversas e das oscilações de preços. A expectativa de safra ainda positiva em termos de rendimento, no entanto, pode equilibrar parte dessas incertezas, especialmente para regiões onde o clima tem favorecido o avanço da colheita com qualidade preservada.

Com o Paraná em alerta e o Rio Grande do Sul sustentando bons indicadores, a safra de trigo 2025 se mostra dividida entre riscos e oportunidades. A evolução do clima nas próximas semanas será decisiva para consolidar os números finais da colheita e o comportamento dos preços no mercado interno. Para os produtores, o momento exige cautela e atenção redobrada às estratégias de comercialização.

Fonte e Foto: Agrolink

safra_pr_15_10_2025

Paraná tem terceira maior alta do País na previsão da safra de setembro, aponta IBGE

O Paraná teve a terceira maior alta na estimativa de produção da safra em setembro, com variação absoluta de 122 mil toneladas em relação ao mês de agosto. As outras grandes variações ocorreram no Mato Grosso (258 mil toneladas), Tocantins (186 mil toneladas), Rondônia (86 mil toneladas), Goiás (69 mil toneladas) e Sergipe (48 mil toneladas). As principais quedas foram observadas na Bahia (-43 325 t), Ceará (-39 757 t), Maranhão (-37 141 t) e Rio Grande do Sul (-28 785 t).

Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (14/10) dentro do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA).

O Paraná é o segundo maior produtor de grãos do Brasil, com participação de 13,5%, atrás apenas de Mato Grosso, que tem 32,4%. Goiás (11,3%), Rio Grande do Sul (9,4%), Mato Grosso do Sul (7,4%) e Minas Gerais (5,5%) completam a relação dos principais produtores. A produção de cereais, leguminosas e oleaginosas estimada em setembro para 2025 deve totalizar 341,9 milhões de toneladas (sendo 46 milhões de toneladas no Paraná), 16,8% maior do que a obtida em 2024 (292,7 milhões de toneladas), e 0,2% acima da informada em agosto.

Entre os destaques da evolução no Estado em relação de agosto estão feijão, cevada e milho. O Paraná é o segundo maior produtor brasileiro de milho 2ª safra, participando com 15,5% do total. A produção deve alcançar 17,4 milhões de toneladas, crescimentos de 0,2% em relação a agosto e de 38,3% em relação ao ano anterior.

O Paraná também é o maior produtor nacional de feijão, prevendo uma produção de 841,0 mil toneladas ou 27,3% de participação, seguido por Minas Gerais com 474,2 mil toneladas ou 15,4% de participação e Goiás com 373,6 mil toneladas ou 12,1 % de participação. O feijão representa 0,9% de toda a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas, ocupando 3,3% do total de área cultivada, aproximadamente 2,7 milhões de hectares.

Em relação à cevada, o Paraná deve produzir 449,4 mil toneladas, crescimentos de 2,2% em relação a agosto e de 56,5% em relação a 2024, devendo participar com 79,3% na safra brasileira em 2025. O Rio Grande do Sul aparece na sequência com uma produção de 95,0 mil toneladas, declínio de 12,9% em relação ao volume produzido em 2024. A produção gaúcha deve representar 16,8% do total da cevada produzida.

Em nível nacional, em relação a agosto, houve aumentos nas estimativas da produção do tomate (4,3% ou 189 710 t), do café canephora (4,2% ou 49 513 t), do algodão herbáceo-em caroço  (3,7% ou 351 683 t), do feijão 2ª safra (3,2% ou 40 096 t), da cevada (1,7% ou 9 600 t), da mandioca (1,2% ou 253 320 t), do trigo (1,0% ou 76 602 t), do feijão 3ª safra (0,8% ou 6 565 t), do milho 2ª safra (0,3% ou 352 880 t), do milho 1ª safra (0,2% ou 61 573 t), do sorgo (0,1% ou 4 717 t), do arroz (0,0% ou 2 151 t), entre outros.

Dados do Deral

Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento, que também mede a evolução da produção a partir de dados mais completos e personalizados, o Paraná deve colher 46,3 milhões de toneladas de grãos ao final da safra 2024/2025, um recorde para o Estado. A previsão do Departamento fica bem acima da safra de grãos de 23/24 (38,48 milhões de toneladas) e supera o recorde da safra 22/23 (45,48 milhões de toneladas).

De acordo com o Deral, o Paraná colheu 21 milhões de toneladas de soja no último ciclo. A produção recorde de milho (20,4 milhões toneladas) e feijão (841 mil toneladas) também colaborou para o patamar histórico desta safra. O Estado ainda colheu 136 mil toneladas de arroz e 44,9 mil toneladas de café na safra 24/25.

Fonte: AEN Foto: Gilson Abreu

1coopavel_II_06_10_2025

Show Rural reúne montadoras de olho nos preparativos da 38ª edição

Diretores e representantes de mais de 90 empresas especializadas na montagem de estandes, provenientes dos mais diferentes cantos do País, participaram, no último dia 2, de reunião organizada pela coordenação do Show Rural Coopavel. O encontro é tradicional e marca uma das fases decisivas do pré-evento, que neste ano será desenvolvido de 9 a 13 de fevereiro, no parque tecnológico da cooperativa, em Cascavel, no Oeste do Paraná.

Aberta pelo coordenador geral, o agrônomo Rogério Rizzardi, a reunião teve por finalidade o alinhamento de normas e procedimentos que garantam a correta execução dos trabalhos, além de reforçar cuidados fundamentais para a segurança de todos os profissionais envolvidos. Um dos pontos tratados foi a revisão do regulamento geral, prazos, entrega de documentos e atualização de exigências técnicas.

Uma apresentação de equipe da Sesmet (Segurança e Medicina do Trabalho) passou uma mensagem importante sobre cuidados preventivos a acidente e utilização de equipes de segurança. A peça foi encenada, semanas atrás, junto às unidades do complexo industrial e também das filiais da Coopavel, integrando um projeto de atenção e de valorização de colaboradores que ganha cada vez mais força junto à cooperativa.

Missão

Rizzardi destacou que a reunião reforça a missão conjunta de preparar mais uma edição à altura da importância do Show Rural Coopavel. “Temos todos a responsabilidade de organizar um dos maiores eventos técnicos do agronegócio mundial. Cada detalhe faz diferença para garantir excelência, inovação e segurança a expositores e a visitantes”.

Além das orientações práticas, o encontro também estimulou o relacionamento e a integração entre os participantes. Muitas das empresas presentes acumulam décadas de colaboração com o Show Rural, consolidando uma parceria de confiança que contribui diretamente para o sucesso e a credibilidade do evento, comenta a gerente Adriana Gomes.

Com o tema A força de que vem de dentro, a edição de 2026 vai reunir 600 expositores, os maiores de cada segmento da cadeia do agro brasileiro e mundial. A expectativa é reunir produtores rurais, técnicos, acadêmicos, mulheres e filhos de agricultores, além de diretores de empresas nacionais e estrangeiras, para um evento que é referência em qualidade, organização e que se transforma em palco a novidades e inovações para o agro. O Show Rural Coopavel abre o calendário anual brasileiro dos grandes eventos do setor.

Fonte e Foto: Assessoria de Imprensa Coopavel

CSM PR - POST 2° LOTE

Aberto 2º lote de inscrições para o Fórum CSM-PR 2025

Está aberto o 2º lote de inscrições para o Fórum Técnico da Comissão de Sementes e Mudas do Paraná (CSM-PR) 2025

Garanta sua vaga agora mesmo neste link.

Data: 25, 26 e 27 de novembro

Local: Buffet Planalto – Londrina/PR

Serão três dias intensos de aprendizado, networking e troca de experiências entre profissionais, pesquisadores, produtores e empresas do setor de sementes do Paraná e de diversas regiões do Brasil.

Por que participar?

  • Programação técnica de alto nível
  • Conexões estratégicas com os principais agentes da cadeia de sementes
  • Oportunidade de debater tendências e desafios do setor
0012815c-f673-419f-89fd-4c7a8d3a61b5

Mapa realiza operação de combate ao trânsito irregular de sementes e mudas em São Paulo

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em parceria com a Polícia Civil de São Paulo, deflagrou a Operação Phyto X para combater o trânsito irregular de sementes, mudas e material de propagação vegetal. A ação teve início na manhã desta terça-feira (23), em Batatais (SP), onde está localizado um dos maiores viveiros de mudas do país.

A fiscalização, parte da Operação Ronda Agro XCIX do Programa de Vigilância em Defesa Agropecuária para Fronteiras Internacionais (Vigifronteiras), identificou plantas adultas e material de propagação sem comprovação de origem, incluindo espécies raras e de interesse para colecionadores. Há indícios de comércio interno e exportação em desacordo com normas brasileiras e internacionais.

Além do risco fitossanitário, a operação identificou possível produção irregular de cultivares protegidas, caracterizando indícios de biopirataria. O material foi apreendido cautelarmente e só poderá ser liberado mediante comprovação de origem e regularidade. Amostras foram coletadas para identificação das espécies e análise da presença de pragas ou doenças.

“Essa ação reforça a importância do controle do trânsito de sementes e mudas, protegendo a agricultura nacional contra pragas e doenças e combatendo a concorrência desleal”, destacou o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart.

Os responsáveis foram autuados e terão prazo regulamentar para apresentar defesa e documentação comprobatória. O Mapa lembra que o trânsito internacional de material vegetal depende de autorização oficial e que, para importação, produção, exportação e comércio de sementes e mudas, é obrigatória a inscrição no Registro Nacional de Cultivares (RNC) e no RENASEM.

Fonte e Foto: Mapa

02/03 - produção e processo da batata.
Foto: Gilson Abreu/AEN

Produtores paranaenses iniciam plantio da safra de verão pelo milho e batata

As culturas de verão começam a preencher os campos paranaenses. Entre os destacados no Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, elaborado pelo Departamento de Economia Rural, estão o milho e a batata. O plantio da soja ainda é incipiente, com permissão para plantas emergentes apenas na Região 2, que engloba Norte, Noroeste, Centro-Oeste e Oeste. Nas outras o vazio sanitário está presente e o plantio deve ser liberado ao longo do mês.

As condições climáticas favoráveis possibilitaram o avanço da primeira safra de milho 2025/26. Até agora foram semeados aproximadamente 29 mil hectares, que correspondem a 9% dos 314 mil previstos para a safra. Principal produtora de milho nesta safra, com cerca de 23% do total de área, ou 72,2 mil hectares, a região de Ponta Grossa concentra a maior parte do plantio, com 21 mil hectares até o momento. 

A segunda principal região de milho é a de Guarapuava, que concentra 15% do total estimado para o Estado, o que representa cerca de 47,6 mil hectares. A previsão é de se colher 3,2 milhões de toneladas neste primeiro ciclo do ano agrícola.

Batata – A batata de primeira safra também está a campo, com plantio efetuado em 3,5 mil hectares (22%) da área total de 16,3 mil estimada para o ciclo. O porcentual de semeadura é inferior ao observado no ano passado neste mesmo período, quando havia 35% plantado. A tenacidade do solo, devido ao tempo seco, desacelerou a atividade.

Os núcleos principais produtores são os de Curitiba, que responde por 39% do total; Guarapuava, 23%, e Ponta Grossa, 13% do total. A previsão é que sejam colhidas 517,1 mil toneladas nesta primeira safra. Se o volume se confirmar será uma redução de 11% em relação às 584,2 toneladas retiradas do campo em 2024.

Tabaco – O boletim mostra, ainda, que há uma expectativa dos produtores de tabaco de que a cultura venha a cobrir 85,3 mil hectares, o que seria a maior área já plantada no Estado. Alternativa importante de renda para pequenas propriedades, principalmente do Sudeste paranaense, estima-se colheita de 217,5 mil toneladas, o que superaria o recorde estabelecido na safra passada, com 195,1 mil toneladas.

Frango – O documento do Deral se refere, também, à exportação de frango pelo Brasil no período de janeiro a julho deste ano. Houve crescimento de 0,9% em faturamento, com US$ 5,472 bilhões. Em 2024 tinham sido US$ 5,425 bilhões. Em termos de quantidade reduziu-se de 2,975 milhões de toneladas para 2,906 milhões, ou 2,3% a menos.

No Paraná ocorreu uma retração de 5,7% no volume, caindo de 1,262 milhão de toneladas para 1,189 milhão. Em arrecadação a queda foi de 4%, baixando de US$ 2,272 bilhões para US$ 2,181 bilhões nos primeiros sete meses do ano. A queda deve-se principalmente aos embargos impostos por alguns países devido ao caso de gripe aviária em granja comercial, confirmado em 15 de maio em Montenegro (RS).

Bovinos – Os preços da arroba bovina permaneceram em alta no Brasil durante agosto, encerrando o período com valorização de 5,49%. De acordo com o boletim do Deral, a menor oferta de animais sustentou a elevação. O mês foi encerrado com a arroba comercializada a R$ 310,50, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP).

No mercado externo, as exportações estão firmes. Em julho o setor registrou recorde de 310 mil toneladas embarcadas. Internamente os consumidores enfrentam condições mais pesadas. Em agosto, segundo levantamento do Deral, apenas alcatra sem osso, que baixou em média de R$ 53,45 para R$ 52,50, e contrafilé com osso (de R$ 45,88 para R$ 43,37) retrocederam. Os demais cortes tiveram aumentos entre 1,7% e 4,3%.

Fonte: AEN Foto: Gilson Abreu/Arquivo AEN

images (1)

Especialistas orientam como controlar planta daninha que afeta recursos de soja e milho

A vassourinha-de-botão (Borreria spinosa) é uma planta daninha que vem se tornando um problema nas lavouras de Mato Grosso e da região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). Suas características biológicas dificultam seu controle, o que contribui para uma rápida infestação. Uma pesquisa desenvolvida por pesquisadores da Embrapa Agrossilvipastoril (MT), Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) trouxe recomendações para o manejo da espécie em sistemas produtivos de soja e milho.

É muito comum observar plantas de vassourinha-de-botão nas beiras das estradas e nas margens das lavouras. Quando adulto, o controle ainda é mais difícil e a falta de controle possibilita a formação de sementes que podem ser dispersadas no talhão pelo trânsito de máquinas agrícolas. Com uma raiz em forma de tubérculo lenhoso, as plantas armazenam água e nutrientes suficientes para sobreviver ao período seco, iniciando a rebrota logo nas primeiras chuvas.

Controle no início é importante

” B. spinosa é uma espécie de difícil controle, principalmente quando se torna adulta, por isso, o controle deve se iniciar logo que se observam plantas nas beiras de estradas e talhões para que não se divulguem para o interior dos talhões. E, para isso, além da sobremesa em pré-semeadura, ainda seria possível associar o manejo em pós-emergência de plantas adultas nas culturas da soja e milho nas bordas dos talhões”, explica a pesquisadora da Embrapa Fernanda Ikeda.

O manejo em pós-emergência de plantas aparentemente adultas não é uma opção comumente utilizada no controle, mas, dada como da vassourinha-de-botão, a pesquisadora recomenda que se utilize essa estratégia, principalmente quando a infestação se dá de forma localizada nas bordas da lavoura.

As práticas já recomendadas para o controle de plantas específicas, como a rotação de mecanismos de ação e o controle cultural, com a inclusão de plantas forrageiras no sistema produtivo, como o consórcio de milho com braquiária, por exemplo, também são parte da estratégia para minimizar o problema com a invasora.

Uma publicação lançada pela Embrapa e disponível para download gratuito traz de forma específica recomendações de herbicidas a serem usados ​​isoladamente ou em mistura em diferentes posicionamentos. O estudo traz alguns cenários que podem auxiliar consultores agronômicos e produtores rurais a identificar situações que melhor se assemelham vivenciadas por eles no campo.

Confusão de espécies

Um dos motivos para a dificuldade no controle da vassourinha-de-botão está na identificação errônea da espécie tanto pelos agricultores quanto por pesquisadores. As espécies Borreria verticillata e Borreria spinosa possuem características semelhantes e são comumente confundidas. Há ainda as espécies Mitracarpus hirtus e Borreria latifolia que também pertencem à família Rubiaceae que podem ampliar a confusão. Essa dificuldade de identificação pode ter resultado em estudos feitos considerando uma espécie, quando na prática era outra que estava sendo avaliada. Isso pode explicar resultados controversos encontrados na literatura.

Nessa pesquisa coordenada pela Embrapa Agrossilvipastoril, foram fotografadas e coletadas plantas para o processo de herborização e obtenção das exsicatas para deposição no herbário da UFMT/Sinop. Exsicata é uma amostra de planta prensada, seca em estufa e acomodada em uma cartolina com os devidos rótulos de identificação para estudo botânico.

Por fotos, dois taxonomistas especializados na família Rubiaceae, a qual a espécie pertence, identificaram como Borreria verticillata , porém, a taxonomista Laila Mabel Miguel, da Universidade Nacional del Nordeste, de Corrientes, na Argentina, especialista no gênero das plantas estabelecidas e justificada por meio das características que distinguem as espécies, que se tratavam de exemplares de Borreria spinosa .

Ikeda explica que situações como essa já variam para outras espécies de plantas específicas, tendo ocorrido também com a buva, picão-preto, entre outros. Para ela, essa situação leva à necessidade de revisão de bulas de herbicidas. De acordo com um especialista é possível que os registros para Borreria verticillata tenham sido baseados em testes com Borreria spinosa . Atualmente não há herbicidas registrados para B. spinosa no Mapa, somente para B. verticilata.

Mulheres na ciência

Esta pesquisa foi desenvolvida no âmbito do projeto “Manejo de vassourinha-de-botão em sistemas agrícolas solteiros e integrados”, financiado pela Fundação de Apoio à Pesquisa de Mato Grosso ( Fapemat ), por meio do edital “Mulheres e Meninas na Computação, Engenharias, Ciências Exatas e da Terra 2022”.

O edital tem como objetivo estimular a presença das mulheres na ciência em áreas com histórico de predominância masculina. Além de serem liderados por mulheres, os projetos devem prever a contratação de bolsistas e estagiários, incentivando a formação de novos cientistas.

Fonte: Gabriel Faria/Embrapa Agrossilvipastoril Foto: Divulgação