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Controle químico da cigarrinha-do-milho

Considerada uma das principais se não a principal praga da atualidade do milho, a cigarrinha-do-milho, espécies Dalbulus maidis e Leptodelphax maculigera, é vetor dos microrganismos causadores dos enfezamentos do milho, responsáveis por reduzir expressivamente a produtividade da cultura. De acordo com Sabato; Barros; Oliveira (2016), os danos em decorrência dos enfezamentos na cultura do milho podem ser superiores a 70%, resultando entre outros sintomas, na redução do tamanho das espigas, impactando diretamente a produtividade da lavoura.

Ainda que estratégias integradas de manejo possam ser utilizadas para reduzir a disseminação dos enfezamentos, o controle químico dos vetores (cigarrinhas) é o método mais eficaz e utilizado comercialmente para o manejo dos enfezamentos em lavouras comerciais. No entanto, como a praga apresenta um curto ciclo de vida, a reinfestação das áreas de cultivo é comum durante o período crítico, tonando necessária a reaplicação dos inseticidas para um controle mais efetivo.

O ciclo de ovo a adulto tem duração entre 15 dias a 27 dias, dependendo da temperatura e umidade do ambiente. Os adultos apresentam longevidade de 51 dias a 77 dias e cada fêmea pode ovipositar de 400 a 600 ovos (Ávila et al., 2022). O curto ciclo de vida da praga atrelado a sua elevada prolificidade, dificulta o controle efetivo da cigarrinha-do-milho durante o período crítico de ocorrência na cultura (figura 2).

Diferentemente de outras pragas, ainda não há nível de ação pré-estabelecido para o controle da cigarrinha-do-milho, uma vez que a capacidade da praga em transmitir os enfezamentos está relacionada a presença de cigarrinhas infectadas com os molicutes transmissores dos enfezamentos, e não com a densidade populacional da praga. Com isso em vista, e considerando os danos devastadores ocasionados pelos enfezamentos, a presença da cigarrinha-do-milho durante a fase crítica de ocorrência no milho, já justifica o controle químico da praga.

Monitoramento e controle químico 

Visando o máximo de eficiência no controle da cigarrinha-do-milho, além do posicionamento correto dos inseticidas durante o momento crítico à ocorrência da praga, é fundamental dar preferência por inseticidas com maior eficiência no controle da cigarrinha. Para tanto, é necessário adotar um monitoramento frequente das áreas de cultivo visando identificar a presença da cigarrinha-do-milho no início da infestação e conhecer a suscetibilidade da praga a inseticidas.

O monitoramento da cigarrinha-do-milho é realizado, especialmente durante a fase crítica (VE – V5), com o uso de armadilhas adesivas que capturam os insetos alados e com a identificação visual dos insetos. Essas armadilhas devem ser instaladas ainda antes da semeadura e permanecer ativas durante todo o período crítico da cultura. A recomendação é posicioná-las a cerca de 50 metros da borda da lavoura e a uma altura de 20 a 30 centímetros acima do dossel do milho (figura 3). As cartelas adesivas devem ser substituídas semanalmente ou, preferencialmente, a cada três dias (Coleagro).

Definida a necessidade de realizar uma intervenção química para o controle da cigarrinha-do-milho, é importante atentar para a escolha do inseticida, dando preferência por inseticidas com maior nível de controle, respeitando o intervalo entre aplicações de 5 a 7 dias. Conforme observado por Machado et al. (2024), há diferença de suscetibilidade da cigarrinha-do-milho a inseticidas, sendo que, a maioria das populações da cigarrinha apresentam alta suscetibilidade ao metomil, carbosulfan e acefato, e suscetibilidade reduzida à bifentrina, acetamiprido e imidacloprido.

Sobretudo, para uma manejo eficiente e eficaz da cigarrinha-do-milho, é fundamental rotacionar inseticidas no programa de controlo, visando reduzir a seleção de indivíduos resistentes, conservando assim a eficiência dos inseticidas disponíveis no mercado. Como alternativa para isso, pode-se utilizar inseticidas que atuam de forma distinta no organismo da cigarrinha, mas que ainda assim proporcionam bons resultados de controle, como o Fiera®.

O Fiera® é um inseticida fisiológico (Buprofezina), seletivo e regulador de crescimento de insetos, que atua principalmente no controle de ninfas da cigarrinha-do-milho. Resultados de pesquisa tem demonstrado efeito significativo da Buprofezina no controle das cigarrinhas, além da  influência da molécula na fertilidade da praga, reduzindo a quantidade e a viabilidade dos ovos depositados (Sipcam Nichino, s. d.).

Logo, para um controle químico eficiente e para uma manejo da resistência sustentável, é fundamental adotar um programa diversificado de controle, com inseticidas de diferentes mecanismo de ação, dando preferencia para moléculas com maior performance no controle da cigarrinha-do-milho. Sobretudo, além do controle químico, é essencial adotar estratégias integradas (figura 6) que reduzam a incidência da cigarrinha-do-milho, diminuindo a pressão sobre o controle químico.

Fonte: Mais Soja Foto: Divulgação

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Pirataria de sementes pressiona produtividade no campo

A expansão agrícola brasileira convive com um desafio que cresce de forma silenciosa e interfere diretamente na produtividade das lavouras. Estimativas apresentadas no Seed Congress of the Americas 2026 indicam que 11% da área de soja no país ainda é cultivada com sementes não registradas ou não certificadas, causando prejuízos que podem chegar a R$ 10 bilhões por ano e afetando também forrageiras, algodão, arroz e feijão.

A Associação Paulista dos Produtores de Sementes alerta que o uso desse material compromete a qualidade das áreas plantadas, dissemina pragas e doenças e reduz o vigor das plantas. Segundo a entidade, a semente é o ponto inicial da produção e escolhas inadequadas acabam refletindo em perdas ao longo de todo o ciclo.

“A semente legal garante origem, qualidade, pureza genética e resultados previsíveis no campo, enquanto a semente ilegal traz riscos de baixa produtividade, contaminações e prejuízos irreversíveis. Investir em semente certificada não é gasto: é segurança, rentabilidade e respeito ao futuro da agricultura brasileira. destaca que o produtor precisa enxergar a semente como o ponto de partida de toda a produção”, esclarece a diretora-executiva da entidade, Andreia Bernabé.

Entre as forrageiras, uma das cultivares que mais despertam interesse de falsificadores é um híbrido conhecido por sua tolerância à seca e boa adaptação ao clima quente. O produto ilegal tem sido vendido a preços muito baixos e, muitas vezes, substituído por Brachiaria ruziziensis, de desempenho inferior. A versão original, ao contrário, é submetida a controles de vigor e pureza, pode ser tratada com fungicida e inseticida e segue embalada de forma lacrada, com coloração característica que assegura identificação imediata.

Fonte: Agrolink/ Leonardo Gottems Foto: Divulgação

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Sistema Ocepar orienta produtores sobre prejuízos com granizo nas lavouras

Muita chuva, ventos fortes e incidência de granizo afetaram as lavouras do Paraná no último final de semana. Segundo informações da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), a ocorrência foi principalmente nas regiões Extremo Oeste, Noroeste, Norte e Norte Pioneiro, atingindo especialmente as plantações de milho e soja. Além disso, o mau tempo atingiu também instalações, como galpões e armazéns, além de máquinas e equipamentos.

“Neste momento, estamos fazendo o levantamento junto às cooperativas para avaliar a dimensão do prejuízo”, informa José Roberto Ricken, presidente do Sistema Ocepar. Paralelamente ao levantamento, a Ocepar está orientando os produtores atingidos para que procurem as prefeituras municipais, solicitando a avaliação sobre a necessidade de decretação de estado de calamidade pública. “Essa medida é importante para comprovar os danos e buscar medidas de socorro, como acionamento do seguro rural e renegociação de dívidas, caso necessário”, sinaliza.

Nessa linha, o Sistema Ocepar orienta os produtores que têm seguro rural para que já acionem a sua seguradora, solicitando a visita de um perito para avaliar e quantificar os danos. É importante também que os produtores informem o agente financeiro, no caso de lavouras financiadas.

Mitigar danos

O gerente de Desenvolvimento Técnico do Sistema Ocepar, Flávio Turra, informa que ao longo dessa semana será possível ter uma avaliação mais precisa sobre os danos provocados pelo excesso de chuva, ventos e granizo. “Vamos buscar ações para mitigar os prejuízos, com apoio direto aos produtores afetados”, diz Turra, acrescentando que a entidade atuará junto aos governos estadual e federal, acionando também os ministérios da Agricultura e Pecuária e Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar. Nesse trabalho, segundo o gerente, a Ocepar também vai buscar a parceria da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) e da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).

Levantamento preliminar

De acordo com o levantamento preliminar, realizado pelo Sistema Ocepar, com base em dados do Simepar e Inmet, no sábado, foram muitas chuvas de descargas elétricas, com ventos de intensidade moderada a forte e, também, registro de granizo em várias localidades nas regiões Noroeste e Norte.

No domingo, ocorreram precipitações em praticamente todas as regiões do estado, com destaque para o Oeste e Noroeste, onde as chuvas foram mais intensas. Em Santo Antônio da Platina, no Norte Pioneiro, foram registradas precipitações de mais de 40 mm nas últimas horas de domingo.

Ainda no domingo, entre a madrugada e o período da manhã, os acumulados ultrapassaram 70 mm no Norte do estado, enquanto as rajadas de vento chegaram a 92 km/h no Norte Pioneiro.

No final da tarde, novas áreas de instabilidade avançaram do Paraguai e Mato Grosso do Sul em direção às regiões Oeste e Noroeste, trazendo pancadas de chuva acompanhadas de descargas elétricas.

Na madrugada desta segunda-feira, seguem registro de chuvas no Paraná, com incidência mais forte nas proximidades de Toledo, Campina da Lagoa e Mamborê. As temperaturas estão mais elevadas no Noroeste (22 graus) e mais amenas no Sul e na Região Metropolitana de Curitiba (17 graus).

De acordo com levantamento do Defesa Civil, divulgado na manhã desta segunda-feira, o mau tempo atingiu 15 municípios paranaenses, afetando 5.318 pessoas. Desse total, 444 pessoas estão desalojadas e 60 estão desabrigadas. As condições climáticas adversas danificaram 4.056 casas.

Confira o levantamento das condições climáticas aqui

Fonte e Foto: Sistema Ocepar

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Bandeira vermelha patamar 1 é mantida em novembro

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou, na sexta-feira (31/10), que a bandeira tarifária para o mês de novembro será vermelha patamar 1. Com essa sinalização, fica mantido o custo adicional de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos, como ocorreu em outubro. 

O cenário segue desfavorável para a geração hidrelétrica, devido ao volume de chuvas abaixo da média e à redução nos níveis dos reservatórios. Dessa forma, para garantir o fornecimento de energia é necessário acionar usinas termelétricas, que têm custo mais elevado, justificando a manutenção da bandeira vermelha patamar 1.

Além disso, a geração solar é intermitente e não fornece energia de forma contínua, especialmente no período noturno e nos horários de maior consumo. Por isso, o acionamento das termelétricas continua sendo essencial para atender à demanda.

O mecanismo das bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para indicar o custo real da energia. Ele reflete o custo variável da produção de energia, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis, e o acionamento de fontes de geração.

A Aneel reforça a importância da vigilância quanto ao uso responsável da energia elétrica, que evita desperdícios e contribui com a sustentabilidade do setor elétrico.

Saiba mais sobre as bandeiras em https://www.gov.br/aneel/pt-br/assuntos/tarifas/bandeiras-tarifarias.

Fonte: Aneel Foto: Divulgação

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ABRASS apresenta estudo com dados inéditos e de grande relevância do setor de sementes de soja

A Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja (ABRASS), trouxe nessa quinta-feira (23/10), durante reunião online, exclusiva aos associados, dados inéditos do estudo “Farmtrak Sementes de Soja”, realizado pela Kynetec.

O consultor, Pedro Tomazelli, responsável pela apresentação, parabenizou a associação pela iniciativa de levar aos produtores os cenários atuais sobre as principais cultivares, marcas, biotecnologias e tendências, oferecendo uma visão mais detalhada do setor de multiplicação de sementes de soja.

“É a primeira vez que vejo uma associação tão engajada na busca de obter dados relevantes para trabalharmos e discutirmos sobre os cenários e previsões do mercado”, ressaltou Pedro.

A pesquisa considerou a metodologia de entrevistas, realizadas por agricultores e técnicos especializados, durante os períodos de 2022/2023 – 2023/2024 – 2024/2025, diretamente com produtores e profissionais da área, de várias regiões do país, sendo 975 cidades, totalizando a participação de 3.728 entrevistados.

Entre os principais dados, Pedro destacou o aumento na área cultivada de soja no Brasil que cresceu 5%, passando de 44,05 para 46,34 milhões de hectares, entre as safras 2023/24 e 2024/25. Esse aumento de área contribuiu para uma elevação de 3% no volume total de sementes utilizadas, que subiu de 56,67 para 58,38 milhões de sacas de 40 kg. Em termos de valor de mercado, Pedro salientou que houve uma leve retração de 3%, de R$ 27,38 bilhões para R$ 26,45 bilhões, após um expressivo crescimento de 12% no ciclo anterior. O consumo médio de sementes por hectare apresenta ajuste de -2%, passando de 51,46 kg/ha para 50,39 kg/ha.

Ao final da reunião Pedro Tomazelli e o diretor executivo, Osli Barreto, reforçaram aos multiplicadores que a associação tem sempre como objetivo ampliar o conhecimento e desenvolvimento do setor e se colocaram à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais sobre a apresentação.

Fonte: Assessoria de Comunicação ABRASS Foto: Divulgação

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Chuvas no Paraná ameaçam trigo e pressionam mercado brasileiro, aponta Cepea

As chuvas intensas no Paraná acendem o alerta entre os produtores de trigo, com atrasos na colheita e risco à qualidade das lavouras ainda no campo. Enquanto isso, o Rio Grande do Sul avança com alta produtividade, contribuindo para uma revisão positiva das estimativas nacionais para 2025, conforme apontam Cepea, Emater/RS e Conab.

O avanço das precipitações no Paraná, um dos principais estados produtores de trigo do país, já compromete o ritmo da colheita e ameaça a sanidade das áreas ainda em campo. O alerta vem de levantamentos recentes do Cepea, que apontam impactos diretos sobre a qualidade do cereal e preocupações com perdas na rentabilidade.

Em contrapartida, o Rio Grande do Sul registra cenário climático mais favorável, com chuvas fracas que permitem o avanço dos trabalhos sem prejuízos. Dados da Emater/RS indicam que a produtividade estadual deve alcançar 3,261 toneladas por hectare — crescimento de 17,26% em relação à safra anterior —, com produção total estimada em 3,721 milhões de toneladas, 0,57% acima do ciclo anterior.

Esse desempenho positivo no Sul, somado aos ganhos em Santa Catarina, levou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a revisar para cima suas estimativas nacionais. A nova projeção para a safra brasileira de trigo em 2025 é de 7,698 milhões de toneladas — alta de 2,2% frente ao relatório de setembro. Ainda assim, o volume permanece 2,4% inferior ao produzido em 2024, evidenciando que os ganhos de produtividade (estimada em 3,142 t/ha) compensam parcialmente as perdas em área.

Segundo o Cepea, mesmo diante de uma safra com potencial produtivo, o cenário de preços permanece pressionado no Brasil. Entre os fatores que contribuem para esse movimento estão o enfraquecimento do dólar, a ampla oferta da safra argentina — principal origem das importações brasileiras — e a percepção de excesso de oferta interna em algumas regiões.

Além dos desafios de mercado, o produtor enfrenta a necessidade de gestão de risco diante das condições climáticas adversas e das oscilações de preços. A expectativa de safra ainda positiva em termos de rendimento, no entanto, pode equilibrar parte dessas incertezas, especialmente para regiões onde o clima tem favorecido o avanço da colheita com qualidade preservada.

Com o Paraná em alerta e o Rio Grande do Sul sustentando bons indicadores, a safra de trigo 2025 se mostra dividida entre riscos e oportunidades. A evolução do clima nas próximas semanas será decisiva para consolidar os números finais da colheita e o comportamento dos preços no mercado interno. Para os produtores, o momento exige cautela e atenção redobrada às estratégias de comercialização.

Fonte e Foto: Agrolink

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Paraná tem terceira maior alta do País na previsão da safra de setembro, aponta IBGE

O Paraná teve a terceira maior alta na estimativa de produção da safra em setembro, com variação absoluta de 122 mil toneladas em relação ao mês de agosto. As outras grandes variações ocorreram no Mato Grosso (258 mil toneladas), Tocantins (186 mil toneladas), Rondônia (86 mil toneladas), Goiás (69 mil toneladas) e Sergipe (48 mil toneladas). As principais quedas foram observadas na Bahia (-43 325 t), Ceará (-39 757 t), Maranhão (-37 141 t) e Rio Grande do Sul (-28 785 t).

Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (14/10) dentro do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA).

O Paraná é o segundo maior produtor de grãos do Brasil, com participação de 13,5%, atrás apenas de Mato Grosso, que tem 32,4%. Goiás (11,3%), Rio Grande do Sul (9,4%), Mato Grosso do Sul (7,4%) e Minas Gerais (5,5%) completam a relação dos principais produtores. A produção de cereais, leguminosas e oleaginosas estimada em setembro para 2025 deve totalizar 341,9 milhões de toneladas (sendo 46 milhões de toneladas no Paraná), 16,8% maior do que a obtida em 2024 (292,7 milhões de toneladas), e 0,2% acima da informada em agosto.

Entre os destaques da evolução no Estado em relação de agosto estão feijão, cevada e milho. O Paraná é o segundo maior produtor brasileiro de milho 2ª safra, participando com 15,5% do total. A produção deve alcançar 17,4 milhões de toneladas, crescimentos de 0,2% em relação a agosto e de 38,3% em relação ao ano anterior.

O Paraná também é o maior produtor nacional de feijão, prevendo uma produção de 841,0 mil toneladas ou 27,3% de participação, seguido por Minas Gerais com 474,2 mil toneladas ou 15,4% de participação e Goiás com 373,6 mil toneladas ou 12,1 % de participação. O feijão representa 0,9% de toda a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas, ocupando 3,3% do total de área cultivada, aproximadamente 2,7 milhões de hectares.

Em relação à cevada, o Paraná deve produzir 449,4 mil toneladas, crescimentos de 2,2% em relação a agosto e de 56,5% em relação a 2024, devendo participar com 79,3% na safra brasileira em 2025. O Rio Grande do Sul aparece na sequência com uma produção de 95,0 mil toneladas, declínio de 12,9% em relação ao volume produzido em 2024. A produção gaúcha deve representar 16,8% do total da cevada produzida.

Em nível nacional, em relação a agosto, houve aumentos nas estimativas da produção do tomate (4,3% ou 189 710 t), do café canephora (4,2% ou 49 513 t), do algodão herbáceo-em caroço  (3,7% ou 351 683 t), do feijão 2ª safra (3,2% ou 40 096 t), da cevada (1,7% ou 9 600 t), da mandioca (1,2% ou 253 320 t), do trigo (1,0% ou 76 602 t), do feijão 3ª safra (0,8% ou 6 565 t), do milho 2ª safra (0,3% ou 352 880 t), do milho 1ª safra (0,2% ou 61 573 t), do sorgo (0,1% ou 4 717 t), do arroz (0,0% ou 2 151 t), entre outros.

Dados do Deral

Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento, que também mede a evolução da produção a partir de dados mais completos e personalizados, o Paraná deve colher 46,3 milhões de toneladas de grãos ao final da safra 2024/2025, um recorde para o Estado. A previsão do Departamento fica bem acima da safra de grãos de 23/24 (38,48 milhões de toneladas) e supera o recorde da safra 22/23 (45,48 milhões de toneladas).

De acordo com o Deral, o Paraná colheu 21 milhões de toneladas de soja no último ciclo. A produção recorde de milho (20,4 milhões toneladas) e feijão (841 mil toneladas) também colaborou para o patamar histórico desta safra. O Estado ainda colheu 136 mil toneladas de arroz e 44,9 mil toneladas de café na safra 24/25.

Fonte: AEN Foto: Gilson Abreu

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Show Rural reúne montadoras de olho nos preparativos da 38ª edição

Diretores e representantes de mais de 90 empresas especializadas na montagem de estandes, provenientes dos mais diferentes cantos do País, participaram, no último dia 2, de reunião organizada pela coordenação do Show Rural Coopavel. O encontro é tradicional e marca uma das fases decisivas do pré-evento, que neste ano será desenvolvido de 9 a 13 de fevereiro, no parque tecnológico da cooperativa, em Cascavel, no Oeste do Paraná.

Aberta pelo coordenador geral, o agrônomo Rogério Rizzardi, a reunião teve por finalidade o alinhamento de normas e procedimentos que garantam a correta execução dos trabalhos, além de reforçar cuidados fundamentais para a segurança de todos os profissionais envolvidos. Um dos pontos tratados foi a revisão do regulamento geral, prazos, entrega de documentos e atualização de exigências técnicas.

Uma apresentação de equipe da Sesmet (Segurança e Medicina do Trabalho) passou uma mensagem importante sobre cuidados preventivos a acidente e utilização de equipes de segurança. A peça foi encenada, semanas atrás, junto às unidades do complexo industrial e também das filiais da Coopavel, integrando um projeto de atenção e de valorização de colaboradores que ganha cada vez mais força junto à cooperativa.

Missão

Rizzardi destacou que a reunião reforça a missão conjunta de preparar mais uma edição à altura da importância do Show Rural Coopavel. “Temos todos a responsabilidade de organizar um dos maiores eventos técnicos do agronegócio mundial. Cada detalhe faz diferença para garantir excelência, inovação e segurança a expositores e a visitantes”.

Além das orientações práticas, o encontro também estimulou o relacionamento e a integração entre os participantes. Muitas das empresas presentes acumulam décadas de colaboração com o Show Rural, consolidando uma parceria de confiança que contribui diretamente para o sucesso e a credibilidade do evento, comenta a gerente Adriana Gomes.

Com o tema A força de que vem de dentro, a edição de 2026 vai reunir 600 expositores, os maiores de cada segmento da cadeia do agro brasileiro e mundial. A expectativa é reunir produtores rurais, técnicos, acadêmicos, mulheres e filhos de agricultores, além de diretores de empresas nacionais e estrangeiras, para um evento que é referência em qualidade, organização e que se transforma em palco a novidades e inovações para o agro. O Show Rural Coopavel abre o calendário anual brasileiro dos grandes eventos do setor.

Fonte e Foto: Assessoria de Imprensa Coopavel

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Aberto 2º lote de inscrições para o Fórum CSM-PR 2025

Está aberto o 2º lote de inscrições para o Fórum Técnico da Comissão de Sementes e Mudas do Paraná (CSM-PR) 2025

Garanta sua vaga agora mesmo neste link.

Data: 25, 26 e 27 de novembro

Local: Buffet Planalto – Londrina/PR

Serão três dias intensos de aprendizado, networking e troca de experiências entre profissionais, pesquisadores, produtores e empresas do setor de sementes do Paraná e de diversas regiões do Brasil.

Por que participar?

  • Programação técnica de alto nível
  • Conexões estratégicas com os principais agentes da cadeia de sementes
  • Oportunidade de debater tendências e desafios do setor
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Mapa realiza operação de combate ao trânsito irregular de sementes e mudas em São Paulo

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em parceria com a Polícia Civil de São Paulo, deflagrou a Operação Phyto X para combater o trânsito irregular de sementes, mudas e material de propagação vegetal. A ação teve início na manhã desta terça-feira (23), em Batatais (SP), onde está localizado um dos maiores viveiros de mudas do país.

A fiscalização, parte da Operação Ronda Agro XCIX do Programa de Vigilância em Defesa Agropecuária para Fronteiras Internacionais (Vigifronteiras), identificou plantas adultas e material de propagação sem comprovação de origem, incluindo espécies raras e de interesse para colecionadores. Há indícios de comércio interno e exportação em desacordo com normas brasileiras e internacionais.

Além do risco fitossanitário, a operação identificou possível produção irregular de cultivares protegidas, caracterizando indícios de biopirataria. O material foi apreendido cautelarmente e só poderá ser liberado mediante comprovação de origem e regularidade. Amostras foram coletadas para identificação das espécies e análise da presença de pragas ou doenças.

“Essa ação reforça a importância do controle do trânsito de sementes e mudas, protegendo a agricultura nacional contra pragas e doenças e combatendo a concorrência desleal”, destacou o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart.

Os responsáveis foram autuados e terão prazo regulamentar para apresentar defesa e documentação comprobatória. O Mapa lembra que o trânsito internacional de material vegetal depende de autorização oficial e que, para importação, produção, exportação e comércio de sementes e mudas, é obrigatória a inscrição no Registro Nacional de Cultivares (RNC) e no RENASEM.

Fonte e Foto: Mapa