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Congresso de Sementes das Américas marca integração histórica entre ciência, regulação e mercado

Diretores da SAA e da Abrasem avaliam resultados e destacam avanços em inovação, sustentabilidade e legislação

O Congresso de Sementes das Américas, realizado entre 29 de setembro e 1º de outubro em Foz do Iguaçu, consolidou-se como o maior já organizado pela Seed Association of the Americas (SAA), em parceria com a Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem). O encontro reuniu aproximadamente 500 especialistas de 18 países, entre pesquisadores, produtores, reguladores e representantes da academia, unindo setores público e privado em um formato considerado inédito.

O modelo inovador integrou, em uma mesma semana, sessões plenárias, painéis acadêmicos, encontros regulatórios, rodadas de negócios, exposição de startups e apresentações de pesquisas científicas. Para o diretor-executivo da SAA, Diego Risso, essa combinação foi o ponto alto do evento. “O Congresso foi um sucesso pela qualidade dos participantes, pelo nível de liderança presente e pela diversidade de atividades propostas”, destacou.

Durante dois dias e meio de plenárias, os debates abordaram temas de última geração em biotecnologia, edição gênica, tratamento de sementes, fitossanidade e tendências regulatórias. Paralelamente, empresas e instituições tiveram a oportunidade de apresentar tecnologias, buscar novos germoplasmas, fechar contratos de multiplicação de sementes e dialogar diretamente com governos sobre marcos regulatórios.

Segundo Risso, o grande diferencial foi reunir, em um só lugar, todos os elos da cadeia de valor das sementes. “Queríamos posicionar a inovação no centro do debate, mas sempre considerando o acesso dos agricultores. Se há pesquisa e investimento, mas a regulação não acompanha, o produto nunca chegará ao campo”, afirmou.

Ele também destacou a importância de conectar consumidores, agricultores, centros de pesquisa e empresas. “Precisamos de uma cadeia integrada, em que a sociedade demanda alimentos mais saudáveis e sustentáveis, enquanto os produtores têm acesso às tecnologias que podem entregar isso”, explicou.

A sustentabilidade foi outro ponto central. “O setor de sementes é um negócio de longo prazo. Não podemos produzir tecnologias que não sejam seguras e sustentáveis. Sustentabilidade não é apenas ambiental, mas também econômica e social. Cada elo da cadeia precisa estar alinhado com esses princípios”, ressaltou Risso.

Resultados refletem em ganhos para agricultores e sociedade

O presidente-executivo da Abrasem, Ronaldo Troncha, reforçou que o evento deixa um legado para o setor. “Foi um evento histórico, reunindo academia, reguladores e produtores, e deixará um legado para o setor de sementes. Tudo o que foi discutido aqui vai se refletir em ganhos concretos para o setor e para a sociedade como um todo”, afirmou.

Troncha destacou ainda a forte presença da equipe do Ministério da Agricultura e Pecuária, incluindo o Secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, que representou o ministro Carlos Fávaro. Entre os temas de maior impacto, ele citou o avanço na atualização da Lei de Proteção de Cultivares, de 1997.

Após meses de debates coordenados pelo Instituto Pensar Agropecuário (IPA), foi aprovado um texto de consenso na Comissão de Agricultura da Câmara (CAPADR), que amplia prazos de proteção de cultivares de 15 para até 25 anos, reforça o pagamento de royalties e criminaliza a pirataria de sementes em esferas penal, civil e administrativa. “O grande avanço é dar fôlego à pesquisa e ao desenvolvimento, garantindo retorno aos investimentos feitos no país”, destacou Troncha.

Ele lembrou ainda que os pequenos produtores continuarão amparados na legislação, mas o combate à semente ilegal será fortalecido, estimulando inovação e competitividade. Segundo ele, os reflexos chegarão também à sociedade. “A atualização da lei deve contribuir para maior produtividade agrícola, recuperação de áreas degradadas e aumento da produção, impactando positivamente os preços internos e a capacidade do Brasil de abastecer o mundo”, avaliou.

Troncha encerrou reforçando o papel do produtor brasileiro na preservação ambiental. “Nenhuma propriedade rural pode ter menos de 20% de área de reserva legal, chegando a 80% na Amazônia. Isso significa que cerca de 66% do território nacional está preservado, um benefício que toda a população mundial recebe graças ao esforço dos produtores”, concluiu.

O Brasil se destaca globalmente na produção e comercialização de sementes, movimentando um mercado de 6,2 bilhões de dólares anualmente. O país ocupa uma posição estratégica, sendo um dos maiores produtores mundiais e o principal mercado de sementes da América Latina. “A liderança impulsiona a exportação de tecnologias genéticas e garante a base para a alta produtividade do agronegócio nacional, consolidando a relevância do setor para a economia e a segurança alimentar global”, reforça Ronaldo Troncha.

Serviços Acesse o Link saber mais sobre o Congresso

Fonte e Foto: Assessoria de Imprensa Abrasem Paraná

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Revista APASEM 2025

Durante o 10º Congresso de Sementes das Américas (SAA), realizado nesta semana em Foz do Iguaçu, a APASEM lançou a edição 2025 de sua revista institucional. A publicação traz conteúdos de grande relevância para o setor, como uma entrevista com Mariangela Hungria — a primeira brasileira a receber o Prêmio Mundial de Alimentação — e uma reportagem sobre a importância dos treinamentos em análise de sementes promovidos nos LAS APASEM, entre vários outros temas. Os participantes do congresso já puderam garantir o seu exemplar em primeira mão.

A APASEM agradece a todos os apoiadores da 9ª edição da revista, que contribuíram para o fortalecimento dessa importante publicação.

OR Genetica
Agro 1
Sementes Mauá
SafraBag
Laborsan
Coprossel
Agrotis
Dicalab
Sol Campo
Bayer
Biotrigo/GDM
Sicredi
Cold Line
Cocari
Castrolanda
Profile

Não perca a oportunidade de estar na próxima edição da Revista APASEM, lançada sempre onde se encontra o setor de sementes.

Crédito ABRASEM

CRISPR e Lei de Cultivares moldam o futuro da agricultura

Tecnologia acelera o melhoramento genético de sementes enquanto legislação busca frear pirataria e garantir inovação no campo

Jhony Möller, Diretor Executivo da Apasem (Associação Paranaense dos Produtores de Sementes e Mudas), nesta quarta-feira (1º), durante o 10º Congresso de Sementes das Américas (SAA Seed Congress), realizado em Foz do Iguaçu, destacou como os avanços tecnológicos estão revolucionando o melhoramento genético de plantas. Segundo ele, os métodos tradicionais, que antes exigiam de 10 a 15 anos de cruzamentos para desenvolver uma nova variedade, foram substituídos por ferramentas modernas como o CRISPR (tecnologia de edição genética), que permitem intervenções mais rápidas e precisas nos genes.

Diferente da transgenia, explicou Möller, a edição genética não necessariamente adiciona genes externos, mas atua em ligações internas, “ligando ou desligando” funções específicas. Ele citou como exemplo a soja tolerante à seca: “ao desativar um gene responsável por reduzir a atividade da planta em períodos de estiagem, foi possível criar uma variedade capaz de manter-se ativa até a volta das chuvas”.

Esse tipo de inovação, avalia o executivo, não representa apenas ganhos em produtividade, mas também maior resiliência das lavouras diante de fenômenos climáticos, como El Niño e La Niña, que impactam diretamente a disponibilidade de água nas safras. “Estamos diante de um salto científico que torna a condução das lavouras mais segura e sustentável”, afirmou.

O impacto vai além da soja. Culturas como o tomate já estão sendo estudadas para incluir características que não só reforçam a resistência, mas também trazem benefícios à saúde humana. Uma das pesquisas em andamento busca variedades capazes de contribuir para a saúde cardiovascular, ampliando o alcance da biotecnologia da produção de alimentos para a qualidade de vida das pessoas.

LPC é um pilar essencial

Paralelamente, a tecnologia de edição genética se soma à Lei de Proteção de Cultivares, apontada como um pilar essencial para fortalecer a inovação no setor agrícola. A legislação, apoiada por associações estaduais e pela Abrasem (Associação Brasileira de Sementes e Mudas), estabelece responsabilidades claras sobre a produção de sementes, desde o desenvolvimento de germoplasma até a cobrança de royalties.

Um dos pontos centrais da lei é o combate à pirataria de sementes, prática que gera perdas bilionárias. Estudos apontam que cerca de 11% da soja cultivada no Brasil é plantada com sementes piratas, resultando em prejuízo anual de aproximadamente R$ 10 bilhões. “Quando combatemos a pirataria, não estamos apenas protegendo os obtentores, mas fortalecendo toda a cadeia produtiva, garantindo arrecadação tributária e criando um ambiente mais justo para a agricultura avançar”, reforçou Möller.

Na avaliação do dirigente, tanto o avanço científico quanto o respaldo legal caminham juntos para impulsionar a agricultura sustentável, conciliando produtividade, inovação, segurança alimentar e responsabilidade ambiental.

Fonte e Foto: ABRASEM

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Propriedade intelectual e pirataria de sementes em debate no Congresso das Américas

Evento em Foz do Iguaçu reúne 400 especialistas de 18 países e destaca desafios regulatórios e inovação no setor agrícola

O Congresso de Sementes das Américas, realizado em Foz do Iguaçu, entrou em sua reta final com debates que colocaram a propriedade intelectual no centro das discussões. O evento reúne mais de 400 pesquisadores de 18 países e encerra nesta quarta-feira (1º), com painéis sobre melhoramento de plantas, edição gênica, fitossanidade e o painel “Sementes na encruzilhada”.

No painel “Criação de valor da propriedade intelectual”, Miguel Rapela, professor e pesquisador da Universidade Austral, apresentou um panorama comparativo sobre as legislações de proteção de variedades vegetais (PBR) no Cone Sul. Segundo ele, há semelhanças entre os países, como a pressão de empresas contra o uso de sementes salvas pelos agricultores e a busca pela modernização das normas. “Vivemos um cenário de avanços desiguais, sobreposição de regras e concentração de mercado, o que exige uma agenda regional mais alinhada”, destacou Rapela.

Na prática, a propriedade intelectual de sementes garante aos pesquisadores e melhoristas o direito sobre novas variedades desenvolvidas, reconhecendo o esforço e o investimento em inovação. Isso significa que, ao criar sementes mais resistentes, produtivas ou adaptadas às mudanças climáticas, os criadores passam a ter proteção legal e recebem compensação financeira por meio de royalties.

O sistema não só assegura retorno para quem investe em pesquisa, como também amplia o acesso dos agricultores a sementes de qualidade superior. O resultado é uma agricultura mais produtiva, sustentável e capaz de responder aos desafios globais de segurança alimentar.

Ainda dentro do tema sobre a segurança sobre a propriedade intelectual, Marlene Ortiz, da Associação Mexicana de Sementes, explicou que a pirataria é favorecida por preços baixos e pelo desconhecimento dos agricultores, que muitas vezes compram sementes ilegais acreditando serem originais.

Pirataria de sementes no Brasil causam prejuízos milionários

A pirataria de sementes de soja causa perdas estimadas em R$ 10 bilhões ao ano no Brasil, alerta a CropLife Brasil em estudo feito com a consultoria Céleres. Aproximadamente 11% da área plantada de soja no país utiliza sementes irregulares, sem registro no Ministério da Agricultura, o que equivale à área de cultivo do estado do Mato Grosso do Sul. No Rio Grande do Sul, esse percentual é ainda maior, com danos próximos a R$ 1,1 bilhão por safra. Recentemente, durante a Operação Semente Segura II, foram apreendidas mais de 3.000 toneladas de sementes piratas avaliadas em R$ 35 milhões.

Além do prejuízo financeiro, sementes ilegais comprometem qualidade, produtividade, trazem risco fitossanitário e enfraquecem o sistema de inovação genético. Catharina Pires, diretora de Biotecnologia e Germoplasma da CropLife Brasil, enfatiza que é urgente unir forças entre setor público e privado para enfrentar o problema: “Pirataria de sementes é um tema grave para a cadeia produtiva do agro. É preciso fomentar novas condutas, firmeza na fiscalização e punição conforme a legislação para quem persistir na prática dessa atividade ilegal.”

Encerrando o ciclo de debates, Lorelei Garagancea, representante da Federação Internacional de Sementes, destacou os avanços da UPOV (União Internacional para a Proteção de Obtenções Vegetais), organismo internacional que estabelece regras para a proteção de variedades vegetais. Ela ressaltou que o grande desafio é encontrar um equilíbrio entre os direitos dos obtentores — que investem em pesquisa para desenvolver novas sementes — e o acesso dos pequenos agricultores, que muitas vezes dependem da prática tradicional de guardar sementes de uma safra para outra.

Lorelei também explicou a importância do conceito de EDV (Variedade Essencialmente Derivada, na sigla em inglês). Esse mecanismo garante que, quando uma nova variedade de planta é criada a partir de outra já protegida, os direitos do obtentor original sejam reconhecidos. Na prática, isso evita cópias desleais e assegura um ambiente de competitividade justa e incentivo contínuo à inovação no setor de sementes.

Fonte e Foto: ABRASEM

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Tecnologia e sustentabilidade pautam futuro da agricultura no Brasil

Evento discute tecnologias que prometem transformar a agricultura, conciliando aumento da produtividade com sustentabilidade e preservação ambiental.

O Paraná abriu a semana destacando sua força no agronegócio durante a abertura do 10º Congresso de Sementes das Américas (SAA), realizado nesta segunda-feira (29) em Foz do Iguaçu. O encontro, que segue até 1º de outubro, reúne cerca de 400 especialistas de 18 países para debater os rumos da agricultura diante da necessidade global de produzir mais alimentos de forma sustentável.

Organizado pela Seed Association of the Americas (SAA), em parceria com a Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem), o congresso traz ao Brasil um dos debates mais estratégicos do setor, com foco em inovação, segurança alimentar e preservação ambiental. Além de impulsionar a agricultura, a expectativa é que o evento movimente a economia local e consolide Foz como destino estratégico para negócios ligados ao campo.

Na cerimônia de abertura, o presidente do Conselho da Abrasem, Paulo Pinto de Oliveira Filho, destacou o papel central dos pesquisadores e das novas tecnologias para o futuro do agronegócio. “Estamos antecipando o que vai acontecer nos próximos anos. Precisamos produzir mais, reduzir custos e preservar o meio ambiente. Esse é o grande desafio que será discutido aqui: aumentar a produtividade de maneira sustentável”, afirmou.

Paraná destaca força no agronegócio

O crescimento populacional mundial, que já ultrapassa 8 bilhões de pessoas, aliado ao aumento da demanda por proteína animal na dieta humana, coloca o agronegócio em posição estratégica. Durante a abertura do 10º Congresso de Sementes das Américas, em Foz do Iguaçu, o secretário de Agricultura do Paraná, Marcio Nunes, representando o governador Ratinho Junior, ressaltou o protagonismo do estado.

Atualmente, o Paraná é o maior exportador de peixe e frango do Brasil, o segundo em suínos e o terceiro em bovinos, transformando proteína vegetal em proteína animal para atender mercados globais. “Para sustentar essa posição e impulsionar o setor, é crucial aumentar a produtividade através da adoção de tecnologias. Eventos como este são exemplos valiosos de como unir produção, preservação e recuperação ambiental”, afirmou Nunes.

A agricultura paranaense vive um momento de prosperidade: o estado alcançou um PIB de R$ 800 bilhões, dobrando em sete anos. “É hoje o estado que mais cresceu, se desenvolveu e gerou empregos com carteira assinada no país, sempre alinhado ao compromisso ambiental e ao turismo”.

Já o pesquisador Enilson Nogueira, Analista-chefe da Céleres Consultoria, fez uma apresentação do panorama agrícola, em especial sobre os desafios e oportunidades do mercado de sementes no Brasil. Ele destacou que a soja é o principal produto de exportação brasileira, mas a pauta de exportações brasileiras está cada vez mais diversificada, com itens como carne, produtos de base florestal, como madeira, celulose e café. “Esse movimento fortalece a posição do Brasil como fornecedor confiável de alimentos, mas também evidencia uma vulnerabilidade: a dependência excessiva de três grandes parceiros — China, União Europeia e Estados Unidos. Para o palestrante, diversificar mercados é essencial não só para a segurança comercial do país, mas também para a resiliência frente às tensões geopolíticas”, conclui.

Potência verde

O pesquisador Evaristo de Miranda, desmistificou a ideia de que crescimento agrícola e sustentabilidade são antagônicos no Brasil. Com o título “O Futuro da Agricultura Brasileira é Sustentável”, Miranda apresentou um panorama de como o país se consolidou como uma potência verde, conciliando a produção de mais de 350 milhões de toneladas de grãos anuais com a preservação de vastas áreas de biomas.

A pesquisa de Miranda aponta que a agricultura brasileira não só garante que a população se alimente bem e de forma acessível – exemplificado pelo salto do consumo de frango de 3 kg por ano em 1970 para 46 kg em 2024 –, mas também carrega a balança comercial, com exportações que superam os US$ 170 bilhões. “Essa força econômica é acompanhada por um compromisso ambiental notável: 33,2% do território brasileiro é preservado por produtores rurais em propriedades privadas, somando-se a áreas públicas protegidas para atingir cerca de 66% de área conservada do país”, destaque.

Miranda ressaltou ainda a importância da inovação e da tecnologia para essa jornada. “Apesar da dependência externa por insumos como adubos e defensivos, o Brasil avança na busca por uma agricultura eficiente e responsável”, conclui.

Reflexões globais sobre o futuro agrícola

As palestras da tarde mostraram como mercado, políticas e regulações moldam o futuro da agricultura. Representantes da S&P Global destacaram que biocombustíveis e diversificação de culturas vão ganhar força na próxima década.

Sam Crowell (ASTA) alertou que tarifas e tensões comerciais, como as da era Trump, ainda trazem instabilidade ao setor e o Garlich von Essen (Euroseeds) trouxe a visão europeia, marcada pela agenda verde e pela regulação ambiental. Ele ressaltou que União Europeia e Reino Unido mantêm metas comuns mesmo após o Brexit.

A guerra da Ucrânia aproximou a Europa de parceiros pragmáticos na América Latina, o Mercosul e o México foram citados como aliados estratégicos. As falas reforçaram que inovação e sustentabilidade caminham junto com a geopolítica e o futuro agrícola global depende da capacidade de adaptação e cooperação.

Fonte: Assessoria de Imprensa Foto: Abrasem

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Congresso de Sementes das Américas destaca liderança de países em tecnologia e inovação

O Paraná recebe, entre os dias 29 de setembro e 1º de outubro, a 10ª edição do Seed Congress of the Americas, promovido pela Seed Association of the Americas (SAA), em parceria com a Abrasem. O Estado tem papel estratégico na produção de sementes

O Paraná será o centro das atenções do setor de sementes em 2025. Entre os dias 29 de setembro e 1º de outubro, a cidade de Foz do Iguaçu sedia o Congresso de Sementes das Américas – 10º Seed Congress of the Americas, evento que reunirá representantes da América do Norte, Central e do Sul, além de participantes da Europa e da Ásia. O encontro é promovido pela Seed Association of the Americas (SAA), em parceria com a Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem).

Com o tema “Promovendo o Negócio de Sementes nas Américas”, o Congresso contempla uma rica programação voltada para a troca de informações, apresentação de cases e inovação. São sessões plenárias e espaço dedicado a painéis especializados sobre os principais temas atualmente para o setor de sementes, como regulamentações, tecnologias, comércio e sustentabilidade. A expectativa é reunir produtores de sementes, instituições ligadas ao setor e ao agronegócio como um todo, pesquisadores, integrantes de equipes técnicas, representantes governamentais e estudantes, entre outros.

Complementando o conhecimento técnico, haverá ainda feira comercial e mesas-redondas de negócios. A organização estima que 55% dos participantes do 10º Congresso de Sementes das Américas sejam brasileiros e 45%, estrangeiros, vindos especialmente de países do Mercosul e dos Estados Unidos. Também estão confirmados representantes da Colômbia, Equador, Canadá e Chile.

Com isso, o conhecimento de iniciativas e experiências em outros países será estimulado, favorecendo a adoção de novidades em cada uma das regiões dos participantes do Congresso, visando à evolução do segmento como um todo.

“É de extrema importância o Brasil receber um evento internacional, um dos mais importantes no mundo do segmento da cadeia do negócio de sementes. Para nós, a vinda da SAA para o Brasil, com o 10º Congresso de Sementes das Américas, significa uma oportunidade única de tratarmos de assuntos como planejamento, marco regulatório, novas tecnologias e inovação, com exemplo de todo o mundo, na área e nos negócios do setor sementeiro”, analisa Paulo Pinto, presidente do Conselho de Administração da Abrasem e vice-presidente da Associação Paranaense de Produtores de Sementes e Mudas (Apasem).

Ainda de acordo com ele, um evento internacional desse porte representa uma chance relevante de mostrar a pujança do agronegócio brasileiro e o destaque do país no cenário global, especialmente a forma como o Brasil transformou a agricultura tropical em uma potência moderna, que alimenta boa parte de todo o mundo.

Programação: edição gênica como um dos principais temas

Em entrevista à Revista da Apasem, Diego Risso, diretor-executivo da SAA, afirmou que a maior parte da programação do Congresso está voltada às demandas e oportunidades das Américas. Entretanto, o encontro também trará análises sobre o mercado global, com destaque para a Europa, um dos principais destinos de exportação de sementes da região. “Isso é importante porque o continente europeu é um mercado de exportação muito relevante para nós. Queremos compreender todo o sistema regulatório de lá para poder cumprir suas normas e, assim, exportar”, disse.

Diego Risso revela que os temas do Congresso deste ano estão fortemente ligados ao negócio de sementes. Isso inclui biotecnologia e tratamentos associados, fazendo parte de um pacote tecnológico com várias camadas, todas voltadas para gerar resultados para o produtor de sementes e, consequentemente, para o agronegócio como um todo.

Dentro desse contexto, a edição gênica aparece como destaque. “Essa é uma área na qual a América Latina, especialmente o Mercosul, é líder mundial em termos de marcos regulatórios já aprovados e funcionando.

Empresas e instituições de pesquisa, como a Embrapa e universidades, já podem apresentar aos órgãos competentes variedades vegetais editadas geneticamente e, no curto prazo, muitos produtores da região terão acesso a essas tecnologias.

No Congresso, vamos tratar não só das regras e normas, mas também das tecnologias, seus benefícios e os rumos da pesquisa”, aponta.

Paralelamente, grupos de trabalho discutirão temas como tratamento de sementes, propriedade intelectual, biotecnologia, fitossanidade e regulação. Por sinal, o presidente executivo da Abrasem, Ronaldo Troncha, salienta a conquista da organização do evento em reunir, de maneira anexa ao Congresso, os representantes de Ministérios da Agricultura dos países do Mercosul e das Américas. O objetivo é discutir legislação  relacionada às sementes, como um todo.

O 10º Seed Congress of the Americas será o espaço para uma reunião da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) com representantes de diferentes países, focando nessa área. Esta será a oportunidade para buscar avanços na legislação relacionada às sementes, o que abrange produção e comercialização, assim como a adoção de novas tecnologias e a consolidação de outras evoluções para o segmento. “A questão da edição gênica e a modernização do sistema como um todo é de fundamental importância para todos nós”, lembra Troncha.

Paulo Pinto ainda comenta que o Congresso vai permitir acesso a essas informações, debates sobre marcos regulatórios e avanço de tecnologias como a edição genética, o que deve favorecer um alinhamento global a respeito desse tema e garantir mais segurança para o negócio como um todo. “São muitas tecnologias novas que estão vindo e é preciso estarmos atentos para acompanhar todo esse desenvolvimento, que tem,  inclusive, um grande destaque por parte do Brasil”, analisa.

Revista Apasem/Joyce Carvalho

FOTO SÉRGIO MENDONÇA JUNIOR

Foz do Iguaçu será palco do maior evento de sementes das Américas

Congresso internacional reunirá cerca de 400 especialistas para debater inovação, biotecnologia e futuro do agronegócio

Foz do Iguaçu, conhecida mundialmente como destino turístico e referência em eventos internacionais, se prepara para sediar o 10º Congresso de Sementes das Américas (SAA Seed Congress), considerado o maior encontro do setor no continente. O evento acontecerá de 29 de setembro a 1 de outubro, no Mabu Thermas Grand Resort, reunindo cerca de 400 profissionais de 18 países ligados ao agronegócio, biotecnologia e pesquisa agrícola.

Organizado pela Seed Association of the Americas (SAA) em parceria com a Associação Brasileira de Sementes e Mudas (ABRASEM), o congresso será um marco para a região e para o Brasil, que se destaca como um dos maiores produtores agrícolas do planeta. A expectativa é de que o encontro movimente a economia local, consolidando Foz do Iguaçu como destino estratégico não apenas para o turismo, mas também para o agronegócio e a inovação.

Programação robusta e inovadora

A agenda inclui sessões plenárias, reuniões técnicas e negociações comerciais, com foco em temas decisivos para o setor: Propriedade Intelectual, Biotecnologia, Tratamento de Sementes, Fitossanidade e Edição Gênica.

O tradicional Trading Floor será mantido como espaço exclusivo de negociação, permitindo a conexão entre empresas, instituições e investidores. Outro destaque é o Piso de Inovação, área dedicada à exposição de pôsteres científicos e tecnológicos. Serão selecionados 30 trabalhos de universidades, institutos e empresas, avaliados pela originalidade e relevância para o setor. Os três melhores receberão premiação.

Conexão internacional e novos negócios

O congresso contará com a presença de executivos, pesquisadores, reguladores, representantes governamentais e investidores. Além da troca de experiências, o evento será uma oportunidade para o alinhamento técnico entre diferentes países e a formação de parcerias estratégicas.

Segundo Diego Risso, diretor executivo da SAA, “este é o local ideal para estabelecer contatos, formar alianças estratégicas e avançar em iniciativas empresariais, reunindo as principais empresas do setor e tomadores de decisão influentes, tanto da esfera pública como privada”.

Representatividade continental

Estarão presentes representantes de associações de sementes de países como Brasil, Argentina, China, Estados Unidos, Canadá, Chile, México, Peru, Paraguai, Uruguai, Colômbia e Equador, Índia, França, Suíça, Namíbia, Países Baixos, Eslováquia e Bélgica. Essa diversidade reforça a posição do congresso como o principal fórum de integração e inovação agrícola das Américas.

Brasil se destaca no mercado global de sementes

Atualmente o Brasil ocupa a 4ª posição mundial no setor de sementes, atrás apenas de EUA, China e Índia, e o mercado movimenta cerca de US$ 6,2 bilhões por ano (aprox. R$ 32 bilhões). São produzidas 5,8 milhões de toneladas anuais, com destaque para soja, milho e algodão.

O país aplica tecnologias como edição gênica, biotecnologia, agricultura digital, inteligência artificial, drones e sensores. Referência em agricultura tropical, o Brasil exporta tecnologia e inovação para diversos continentes, consolidando-se como potência estratégica no agronegócio global.

Foz do Iguaçu: turismo e agronegócio

Para além das belezas naturais, como as Cataratas do Iguaçu, uma das 7 Maravilhas da Natureza, e a grandiosidade da Itaipu Binacional, Foz do Iguaçu tem se consolidado como hub de grandes eventos internacionais. Localizada em uma tríplice fronteira, a cidade reúne dezenas de etnias que convivem em harmonia, formando um dos cenários multiculturais mais ricos do Brasil.

Além disso, abriga o Parque Nacional do Iguaçu, patrimônio natural da humanidade, com uma biodiversidade exuberante que atrai cientistas e turistas do mundo todo. A realização do congresso fortalece ainda mais a imagem da cidade como local estratégico para o turismo de negócios, ampliando sua vocação para sediar encontros globais e estimular investimentos.

Setores como o agronegócio e a biotecnologia encontram em Foz um ambiente fértil para crescer, integrando inovação, sustentabilidade e hospitalidade.

Serviços:

Acesse o Link para inscrição e informações sobre o Congresso
https://saaseedcongress.org/10/pt/

Fonte: Silvana Canal Foto: Sérgio Mendonça Junior

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Confira a programação do Fórum CSM 2025

A programação do Fórum Técnico da Comissão de Sementes e Mudas do Paraná (CSM-PR) 2025 já está definida. Nos dias 25, 26 e 27 de novembro, em Londrina, no Buffet Planalto, você confere uma agenda completa de conteúdos qualificados.

Serão três dias intensos de conhecimento técnico, troca de experiências e conexões estratégicas entre os diversos agentes do setor de sementes do Paraná e de outras regiões do Brasil.

Não fique de fora deste evento que, ano após ano, impulsiona debates e contribui para o desenvolvimento do setor de sementes.

PROGRAMAÇÃO FÓRUM TÉCNICO CSM-PR 2025
25/11/2025
13:00 – 13:30Credenciamento
13:30 – 14:00Abertura Oficial do Evento
14:00 – 15:30Painel 1 – O Negócio de Sementes – Panorama Atual e Perspectivas Futuras
Sementes Oilema – Celito Missio
Roberto Destro – COAMO
Sementes Jotabasso – Tages Martinelli
Sementes Butiá – Verônica Bertagnolli
Moderador: Dr. Silmar Peske – Seed News
15:30 – 16:30Coffee Break e Visita aos Estandes
16:30 – 18:00MOMENTO MAPA
Agenda Regulatória – Sistema Nacional de Sementes e Mudas
 CGSM – Coordenação Geral de Sementes e Mudas
 Coordenação Geral de Sementes e Mudas
 Moderador: Jhony Möller – Apasem – Presidente da CSM-PR
18:00 – 19:30Visita aos Estandes
26/11/2025
08:30 – 09:30Painel 2 – Mentes que Lideram
Raquel Mendes – RM Consultoria
09:30 – 10:30Coffee Break e Visita aos Estandes
10:30 – 12:30Painel 3 – Análise de Sementes – “Precisão e confiabilidade no centro da qualidade”
10:30 – 11:303.1 – Interpretação de Resultados – A Culpa é da Semente?
Dra. Sheila Bigolin – Sementes Oilema
Dr. Ricardo Bagateli – Pesquisador
Moderador: Dr. José de Barros França Neto – Embrapa Soja
11:30 – 12:303.2 – Testes de Vigor são todos Iguais?
Juliana Veiga – Apasem
Saionara Maria Tesser – Apasem
Sheila Bigolin – Sementes Oilema
Moderadores: Dr. Francisco Krzyzanowski
12:30 – 14:00Almoço e Visita aos Estandes
14:00 – 15:30Painel 4 – Novas RAS – Principais mudanças e impactos nos LAS
Júlio Garcia – LASO/MG
Moderador: Maria Selma – APSEMG
15:30 – 16:30Coffee Break e Visita aos Estandes
16:30 – 18:00Painel 5 – Beneficiamento e Armazenamento de Sementes
Dr. Jonas Farias Pinto – Academia da Semente
Ian Jepsen Ely – Oliver
 Moderador: José Francisco Martins – JF Estratégia e Gestão em Sementes
18:00 – 21:00Coquetel e Visita aos Estandes  
27/11/2025
08:30 – 10:00Painel 6 – Patologia de Sementes
Dr. Carlos Uthiamada – Pesquisador
Dra. Debora Rocha – Agromen Sementes
Dra. Norimar Denardin – Cebtecagro
Moderador: Dr. Fernando Henning – Embrapa Soja
10:00 – 11:00Coffee Break e Visita aos Estandes
11:00 – 12:00MOMENTO EMBRAPA SOJA
 Dr. Alexandre Nepomuceno – Embrapa Soja
12:00 – 13:30Encerramento Oficial e Almoço
14:30 – 16:30Visita a Embrapa Soja

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10º Congresso de Sementes das Américas

Na próxima semana, entre os dias 29 de setembro e 1º de outubro, acontece a 10ª edição do Congresso de Sementes das Américas, em Foz do Iguaçu.

De acordo com a organização, o congresso servirá como um ponto de encontro para líderes da indústria, pesquisadores, melhoristas de plantas, agentes do governo, estudantes e outras partes interessadas vitais no setor de sementes.

Com o tema “Promovendo o Negócio de Sementes nas Américas”, o encontro de dois dias e meio oferecerá uma rica agenda de aprendizado, inovação e networking. Os participantes beneficiarão de sessões plenárias e painéis especializados que abrangem temas críticos como comércio, regulamentações, sustentabilidade e tecnologias emergentes que estão remodelando nossa indústria.

Agregando ainda mais valor, o evento incluirá uma feira comercial e mesas redondas de negócios, promovendo parcerias estratégicas e abrindo novas oportunidades em um ambiente vibrante e dinâmico.

O congresso é o local ideal para estabelecer contatos, formação de alianças estratégicas e avanço de iniciativas empresariais, reunindo as principais empresas do setor e tomadores de decisão influentes, tanto da esfera pública como privada.

Fonte: SeedCongress