images (1)

PIB do Paraná cresce o dobro da média nacional e supera os de potências globais

O Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná cresceu 5% no 1º trimestre de 2025 na comparação com o mesmo período do ano passado. O índice, divulgado nesta segunda-feira (16) pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), com base nos dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é quase o dobro da média nacional (2,8%) e posiciona o Estado acima de potências globais, como Estados Unidos (2,1%) e os principais países europeus.

De acordo com o levantamento, o valor total do PIB do Paraná de janeiro a março foi de R$ 210,9 bilhões. Deste montante, R$ 37,9 bilhões são oriundos da atividade agropecuária, o que equivale a 18%. Outros R$ 41,4 bilhões foram produzidos pela indústria (19,6%) e R$ 108,1 bilhões pelo setor de serviços (51,3%), sendo os R$ 23,5 bilhões restantes de impostos (11,1%).

Segundo o Ipardes, o bom desempenho do 1º trimestre está ligado, sobretudo, às atividades de refino de petróleo, produção de veículos automotores, máquinas e equipamentos e geração de energia elétrica, que apresentaram fortes acréscimos de produção no 1º trimestre de 2025, no confronto com os três primeiros meses do ano passado.

Setores com maior crescimento

O maior crescimento estadual aconteceu no setor agropecuário, que registrou alta de 13,08% no 1º trimestre, acima da média nacional de 10,17%. O resultado foi impulsionado, principalmente, pelo desempenho das cooperativas paranaenses, que lideram a produção recorde de carne de frango, suína e bovina nos três primeiros meses de 2025. Outro indicador é o milho, que mesmo com perdas climáticas deverá ter a maior safra da história neste ano.

A indústria também apresentou desempenho expressivo, com crescimento de 5,92%, superior ao índice nacional de 2,4%. O avanço tem sido impulsionado pela instalação de novas fábricas em diversas regiões do Estado, atraídas por um ambiente favorável aos negócios, que combina infraestrutura moderna, segurança jurídica e incentivos fiscais. Entre os setores de destaque estão o automotivo, farmacêutico, alimentício, madeireiro, eletrônico e a agroindústria de alta tecnologia.

O setor de serviços do Paraná cresceu 3,44%, frente aos 2,09% registrados no Brasil, puxado pelos serviços prestados às famílias do Estado, como as atividades de alojamento e alimentação. A performance destes segmentos pode ser explicada pelo aumento da renda média da população e pelo aquecimento do consumo das famílias. O Paraná encerrou o último trimestre de 2024 com a menor taxa de desemprego da sua história: 3,3%. No mesmo período, a renda média dos trabalhadores cresceu 19,2%, a maior entre os estados das regiões Sul, Sudeste, Norte e Centro-Oeste.

Fonte: CBN com informações da AEN/PR Foto: Divulgação

WhatsApp Image 2025-06-17 at 09.42.17

BNDES aprova financiamento de R$ 133 milhões à Coopavel

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 133,2 milhões à Coopavel Cooperativa Agroindustrial. A operação foi estruturada no âmbito do Plano Safra, com recursos do Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) e do Prodecoop. O projeto, cujo investimento total é de R$ 144,3 milhões viabiliza o crescimento e a sustentabilidade das operações da cooperativa paranaense.

A operação prevê à ampliação e modernização das unidades de recebimento de grãos e comercialização de insumos agrícolas nos distritos de Santo Izidoro, em Três Barras, e Nova União, em Céu Azul, ambas no Paraná. Após a conclusão dos investimentos, a capacidade de armazenagem da unidade de Santo Izidoro será de cerca de 7,6 mil toneladas, com movimentação diária de 5 mil toneladas de grãos. A unidade de Nova União terá capacidade para 12 mil toneladas, também com movimentação diária de 5 mil toneladas.

O financiamento também permitirá a modernização dos frigoríficos de aves e suínos, a ampliação do sistema de captação e tratamento de água, a modernização das estações de separação e compostagem de resíduos sólidos e a construção de um novo centro de triagem de resíduos sólidos no Centro Tecnológico Coopavel.

Outro destaque do apoio é a construção de uma nova fábrica de embalagens em um terreno localizado no Bairro Universitário, em Cascavel, onde funcionava o primeiro frigorífico da cooperativa, hoje desativado. O empreendimento abrigará unidades para a fabricação de etiquetas e rótulos, cartonagem (caixas de papelão), sacarias e bags, frascos e galões, e peças plásticas flexíveis. A produção estimada da nova planta inclui 1,2 milhão de metros lineares de etiquetas e rótulos por mês, 5,3 milhões de caixas por mês (aproximadamente 1,3 mil toneladas), 1,3 milhão de sacos e 30,6 mil bags por mês, 1,45 milhão de frascos por mês e 5.215 toneladas mensais de peças plásticas flexíveis.

Além disso, uma nova linha de produção de ração para peixes será construída em galpão anexo às atuais fábricas de ração da Coopavel. A estimativa é que a capacidade de produção total de ração aumente de 630 mil para 690 mil toneladas/ano.

O sistema de captação e tratamento de água do Complexo Industrial da Coopavel também será ampliado, com a construção de uma barragem de captação, casa de bombas e uma adutora de 2.500 metros, para transportar a água bruta do Rio Barreiros até a lagoa de armazenamento e posterior tratamento na Estação de Tratamento de Água (ETA). Também será reformado um reservatório para água potável.

A ampliação da unidade de compostagem de resíduos orgânicos do Complexo Industrial aumentará a área disponível para compostagem em 1.200 m², viabilizando a produção de composto com potencial de uso agronômico. Já a nova Unidade de Triagem e Reciclagem de Resíduos Sólidos, no Centro Tecnológico Coopavel, será destinada à gestão dos resíduos gerados pelos eventos realizados no espaço do Show Rural Coopavel, que, somente em 2024, gerou mais de 240 toneladas de resíduos.

“O BNDES desempenha um papel importantíssimo para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro. Nesse projeto, serão beneficiados milhares de produtores rurais que dependem da criação de pequenos animais para o desenvolvimento das suas propriedades, melhorando a margem de lucro. Uma parte substancial dos recursos será destinada à ampliação de armazéns para recepção de grãos e à modernização de agroindústrias, melhorando nossa competitividade e levando, inclusive, ao lançamento de novos produtos para o mercado interno e externo, afirma o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli.

“O financiamento de R$ 133 milhões do BNDES à Coopavel viabiliza uma importante ampliação da infraestrutura de armazenagem e de modernização do parque fabril com impactos positivos para o setor. Sob orientação do presidente Lula, o BNDES tem atuado fortemente para construir uma agroindústria cada vez mais produtiva, sustentável e inovadora”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

Fonte e Foto: Gazeta do Povo

1cbsoja_11_06_2025

Congresso Brasileiro de Soja debaterá 100 anos de soja no Brasil vislumbrando o amanhã

A 10ª edição do Congresso Brasileiro de Soja (CBSoja) e do Mercosoja 2025 será realizada de 21 a 24 de julho de 2025, em Campinas (SP), pela Embrapa Soja. Para esta edição comemorativa dos 50 anos da Embrapa Soja, o tema central dos eventos será os 100 anos de soja no Brasil: pilares para o amanhã. Considerado o maior fórum técnico-científico da cadeia produtiva da soja na América do Sul, a expectativa da comissão organizadora do CBSoja e do Mercosoja é reunir cerca de 2 mil participantes de diferentes segmentos.

A agenda técnica está composta de temáticas referentes aos últimos avanços da ciência para a cultura da soja, assim como contribuições relevantes sobre temas que vêm impactando o cotidiano da cadeia produtiva, sejam processos e práticas ou inovações. “Construímos uma programação com foco em temas que enfatizem a agregação de valor e o desenvolvimento de uma agricultura sustentável, pautada em tecnologia e inovação”, ressalta o presidente do CBSoja, Fernando Henning, pesquisador da Embrapa Soja.

A programação técnica contará com quatro conferências e nove painéis em que serão realizadas mais de 50 palestras com especialistas nacionais e internacionais de vários segmentos ligados ao complexo soja. “Priorizamos quatro palestras dedicadas aos desafios logísticos do Mercosul, assim como questões referentes à biotecnologia e à propriedade intelectual na região”, detalha Henning.

Outra inovação na programação do CBSoja será a realização do Mãos à Obra, um espaço dedicado ao debate de questões práticas em cinco grandes temas: Fertilidade do solo e adubação, Manejo de nematoides, Plantas daninhas, Bioinsumos e Impedimentos ao desenvolvimento radicular. Também haverá um workshop internacional Soybean2035: A decadal vision for soybean biotechnology, cujo objetivo é debater os próximos 10 anos das ferramentas biotecnológicas na soja, com palestrantes da China, Estados Unidos, Canadá e Brasil.

Sessão pôster

A comissão organizadora aprovou 328 trabalhos técnico-científicos que serão distribuídos em nove sessões temáticas: 1) Ecologia, Fisiologia e Práticas Culturais, 2) Entomologia, 3) Fitopatologia, 4) Genética, Melhoramento e Biotecnologia, 5) Nutrição Vegetal, Fertilidade e Biologia dos Solos, 6) Plantas Daninhas, 7) Pós-Colheita e Segurança Alimentar, 8) Tecnologia de Sementes e 9) Transferência de Tecnologia, Economia Rural e Socioeconomia. Os trabalhos serão apresentados em sessão pôster, cujos autores estarão presentes para esclarecimento de dúvidas, em horário definido na programação.

Histórico da soja e papel da Embrapa Soja

Há quatro mil anos, a soja era uma planta selvagem, que crescia na costa leste da Ásia. De acordo com a publicação “A saga da soja: de 1050 a.C. a 2050 d.C”, editada pela Embrapa Soja, a soja chegou ao Brasil pela Bahia, em 1882, quando foram realizados os primeiros testes com cultivares introduzidas dos Estados Unidos, mas não houve sucesso. Somente após ser introduzida no Rio Grande do Sul, em 1914, para testes, e a partir de 1924, em plantios comerciais, é que a soja apresentou adaptação. Porém, a soja obteve importância econômica somente na década de 1960.

Até o final da década de 1970, os plantios comerciais de soja no mundo restringiam-se a regiões de climas temperados e sub-tropicais, cujas latitudes estavam próximas ou superiores aos 30º. O produtor brasileiro tinha que usar as cultivares importadas dos Estados Unidos que eram adaptadas apenas para a região Sul do Brasil. Com as pesquisas da Embrapa, foi possível romper essa barreira, desenvolvendo variedades adaptadas às condições tropicais com baixas latitudes, permitindo o cultivo da oleaginosa em todo o território brasileiro.

Além do desenvolvimento de novas cultivares, a Embrapa e seus parceiros criaram um sistema de produção de soja tropical. Isso inclui recuperação/manutenção da fertilidade do solo, técnicas de manejo da cultura, controle de plantas daninhas e pragas e doenças, melhoria da qualidade das sementes, entre outras. Esse conjunto de tecnologias tem permitido a sustentabilidade agrícola da cultura da soja no Brasil. A Embrapa Soja foi criada em 16 de abril de 1975, com o propósito de desenvolver tecnologias que viabilizassem a produção de soja no Brasil. Foi além, tornou-se referência mundial em pesquisa dessa oleaginosa para regiões tropicais.

Na safra 2024/25, o Brasil produziu aproximadamente 167 milhões de toneladas de soja, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o que mantém o País na liderança mundial da produção do grão, seguida dos Estados Unidos e da Argentina. Historicamente, a Embrapa Soja, vem liderando redes de pesquisa para geração de soluções sustentáveis para incrementar a produção da leguminosa, reduzir os custos de produção e as emissões de CO2 relacionadas a sua produção além de aumentar a renda dos produtores.

Mais informações na página do evento www.cbsoja.com.br.

Fonte: Assessoria de Imprensa Embrapa Soja Foto: Antonio Neto/RRRufino

transferir (1)

PR e SC crescem e deixam RS para trás no PIB

Um estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre) apontou que o Produto Interno Bruto (PIB) da Região Sul cresceu acima da média nacional no primeiro trimestre de 2025, com destaque para aumentos expressivos de Paraná e Santa Catarina. Por outro lado, o Rio Grande do Sul se manteve estável e não acompanhou os vizinhos da região.

Segundo o FGV Ibre, o crescimento do PIB do Paraná foi de 5,9% e o de Santa Catarina foi de 5,6% na comparação com o mesmo período do ano passado. No caso do estado gaúcho, não houve variação positiva nem negativa em relação aos três primeiros meses de 2024. A média nacional, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi de 2,9%.

“Esse retrato bem discrepante não é de agora. Já estamos percebendo há algum tempo que o Rio Grande do Sul vem com esse perfil de uma magnitude de crescimento abaixo da dos vizinhos”, explica a pesquisadora do FGV Ibre e coordenadora do Monitor do PIB, Juliana Trece.

De acordo com ela, o que levou o Rio Grande do Sul mais para baixo foi o setor de serviços, que apresentou recuo de 1,1% no período. Dentro desse setor, o segmento de serviços prestados às empresas teve peso preponderante para o resultado — segundo o IBGE, a queda foi de 21,4%.

“Essa é uma parte bastante importante que pesa na economia, não só no PIB, mas também no emprego. E isso não está acontecendo nos outros estados do Sul”, complementa a pesquisadora.

A agropecuária foi o setor responsável pelo avanço do Paraná (17,6%) e de Santa Catarina (12,3%). O principal destaque paranaense foi a soja, que respondeu por cerca de 50%. Por sua vez, os catarinenses cresceram especialmente por causa da produção de fumo. No Rio Grande do Sul, a situação só não foi pior devido às contribuições da produção de arroz, fumo e uva, crescendo 2,7% no trimestre.

Apesar do destaque para a agropecuária, o PIB da indústria também avançou nos três estados do Sul, puxado principalmente pela indústria da transformação. O maior crescimento foi de Santa Catarina (7,6%), sendo que a indústria de transformação respondeu por 50% — a fabricação de máquinas e veículos automotores ficou em evidência.

Esse resultado é consequência de um crescimento que vem se intensificando desde 2017 e que é confirmado agora em 2025. “Quando olhamos o dado de um trimestre, poderia ter uma queda e mesmo assim não romperia um ciclo virtuoso de Santa Catarina. O trimestre acaba reforçando a narrativa de que Santa Catarina vem muito bem na indústria, com crescimento disseminado em vários segmentos industriais”, analisa Juliana Trece, do FGV IBre.

A indústria do Paraná, que cresceu 4,9%, encontrou mais tração na fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, fabricação de produtos químicos e fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias – estas respondem por 60% da produção industrial no estado. No Rio Grande do Sul, o principal destaque foi o segmento de fabricação de máquinas e equipamentos, mas o crescimento do setor industrial no estado gaúcho ficou em apenas 0,9%.

O desempenho da indústria no Paraná e no Rio Grande do Sul foi afetado pela baixa atividade da construção. Santa Catarina foi para o outro extremo nesse setor, com crescimento interanual de pessoal ocupado no setor da construção, diferentemente dos vizinhos que não registraram aumento no primeiro trimestre — esses dados constam na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do IBGE (PNAD Contínua).

Fonte e Foto: Gazeta do Povo

seab_11_06_2025

Chuvas são benéficas para produtores de trigo e cevada no Paraná, aponta boletim

As chuvas em praticamente todo o Estado nos últimos dias estão ajudando no plantio e desenvolvimento do trigo, principal cultura de inverno no Paraná. Os triticultores paranaenses devem plantar cerca de 850 mil hectares, um percentual 25% inferior aos 1,1 milhão de hectares do ciclo anterior. Mesmo com essa redução de área, as chuvas chegaram no momento certo. Até agora foram semeados aproximadamente 78% da área.

Para esses a chuva deve auxiliar no desenvolvimento das lavouras, que já vinha bem, com controle fitossanitário em andamento e baixa incidência de pragas. Mas ajuda também os 22% que deixaram para plantar mais tarde, de acordo com o relatório de Condições de Tempo e Cultivo, divulgado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.

Outra beneficiada foi a cevada, que registra que 39% dos 94,3 mil hectares foram plantados. Nas regiões onde a cultura entrou na fase de desenvolvimento vegetativo, as chuvas também ajudam. Nas outras, em que o plantio começou agora, o avanço tem sido observado mesmo com a umidade.

As precipitações têm sido benéficas também para a formação de pastagens, favorecendo a produção de massa verde e a melhora nas condições de alimentação animal. Entretanto, as chuvas também têm prejudicado os produtos que estão em período de colheita, impossibilitando o trabalho a campo.

Colheita

Na cafeicultura, a colheita está atrasada e caminhando de forma lenta devido às chuvas, que também prejudicam secagem e comercialização. De acordo com os técnicos do Deral que acompanham a cultura, foram registradas perdas na granação e ataques do bicho-mineiro. Mesmo assim as produtividades ainda são consideradas boas nas principais regiões produtoras.

O corte da cana-de-açúcar teve interrupções temporárias, mas segue dentro do previsto. Ao contrário do feijão de 2ª safra, que tem a colheita retardada. O excesso de umidade provocou perda de qualidade, mas a preocupação continua porque algumas lavouras foram dessecadas e ainda estão a campo aguardando tempo firme para serem retiradas.

Os municípios que estavam em período de colheita do milho 2ª safra precisaram interromper os trabalhos, mas não se prevê impacto expressivo na produção. Já aqueles em que a cultura estava no período de enchimento de grãos, o clima é favorável para se ter bom potencial produtivo. Mesmo as geadas pontuais não foram tão intensas para causar prejuízo significativo.

Os produtores que optaram por uma segunda safra de soja igualmente têm dificuldade com o término da colheita. Para o restante, a comercialização tem sido lenta em função dos preços não atrativos, gerando preocupação com o armazenamento da próxima safra de milho.

Algumas lavouras de banana e hortaliças tiveram danos na região Norte, em função de granizo. No Sul foram as geadas pontuais que afetaram as folhosas, embora o uso de proteção tenha minimizado as perdas. Os produtores de mandioca seguem com a colheita e o preparo do solo para a próxima safra. Muitas áreas já estão prontas para o plantio, mas a maturação incompleta das manivas tem atrasado o início das atividades.

Fonte: Agência Estadual de Notícias Foto: Embrapa

2e8d09571eea4ac0afcceb8cc1ef046e_858x483

Novo fungicida para combater ferrugem asiática da soja

A empresa BASF deu início ao processo de registro do Adapzo® Active (Flufenoxadiazam), novo fungicida desenvolvido para enfrentar a ferrugem asiática da soja, uma das doenças mais severas que afetam a cultura na América do Sul. Segundo o Consórcio Antiferrugem, a doença pode causar perdas de até 90% se não controlada adequadamente. O novo ingrediente ativo foi submetido às autoridades regulatórias no Brasil e no Paraguai, com previsão de envio à Bolívia.

Desenvolvido especificamente para as necessidades dos agricultores sul-americanos, o Adapzo® Active é o primeiro inibidor de histona desacetilase (HDAC) do setor. Seu novo modo de ação contribui para o manejo da resistência de importantes doenças da soja, como a própria ferrugem e a mancha-alvo. A expectativa da empresa é que os produtos com essa molécula estejam disponíveis no mercado a partir de 2029.

“Usamos nosso profundo conhecimento da agricultura local e ouvimos cuidadosamente nossos clientes, desenvolvendo um ingrediente ativo adaptado às necessidades dos produtores de soja no Brasil, Paraguai e Bolívia”, diz Ademar De Geroni Junior, vice-presidente de Marketing Estratégico para a América Latina da BASF Soluções para Agricultura. “Com o Adapzo® Active, reafirmamos nosso compromisso com o desenvolvimento de uma agricultura sustentável, especialmente para os produtores de soja na América do Sul”, afirma.

Além de seu uso individual, o Adapzo® Active foi concebido para integrar o portfólio da BASF, potencializando resultados quando combinado com outras tecnologias. “Oferece controle de amplo espectro e proteção contra cepas mutantes do fungo, protegendo o potencial produtivo da soja”, destaca Ulf Groeger, vice-presidente de Pesquisa de Fungicidas da BASF.

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems Foto: Aline Merladete

061ee840-0042-496c-9c4b-e46922fa437e

Protagonista das festas juninas, amendoim é cultivado em 200 municípios do Paraná

Chegou o mês de junho e com ele as vibrantes e gastronômicas festas juninas. Nessas celebrações um produto é indispensável por ser matéria-prima para várias formas de consumo, tanto doce quanto salgada: o amendoim. No Paraná ele é cultivado comercialmente em pelo menos 200 municípios.

Esse é um dos assuntos comentados no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 30 de maio a 5 de junho. O documento do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), também analisa o desempenho paranaense no milho, mandioca, cebola e proteínas animais.

Em 2023 o Paraná colheu pouco mais de 7,8 mil toneladas de amendoim em 2,1 mil hectares, resultando em R$ 33,4 milhões em Valor Bruto de Produção (VBP), segundo levantamento do Deral. O município de Guairaçá, no Noroeste, foi responsável por mais de 3,6 mil toneladas, seguido por Alto Paraná e Paranapoema. Na atual safra o volume deve ficar em torno de 7,9 mil toneladas, representando 0,7% da produção nacional.

A estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra brasileira 2024/25é de 1,16 milhão de toneladas. “Se for confirmada será a maior da história”, acentuou o analista do Deral, Edmar Gervasio. O estado de São Paulo é o principal produtor, com quase 80% desse volume. Mato Grosso do Sul fica com outros 15%.

Segundo o analista, a produção de amendoim era majoritariamente destinada à fabricação de óleo refinado para uso culinário até a década de 1970. A partir daí a soja mostrou-se economicamente mais viável para essa finalidade, consolidando-se seu óleo como padrão no mercado.

“Com essa transição, o amendoim passou a ocupar um espaço mais específico no mercado”, destacou Gervasio. “Atualmente ele é valorizado como um item de nicho, focado principalmente na indústria de confeitaria e no consumo direto em suas múltiplas apresentações”.

Milho

As chuvas que caíram no Estado nos últimos dias foram benéficas para o desenvolvimento da safra de milho. O frio e as geadas localizadas não trouxeram impactos desfavoráveis. A colheita atingiu 3% da área estimada em 2,72 milhões de hectares. Pelo menos 40% do que resta a campo está em fase de maturação, praticamente eliminando risco de ser prejudicado pelo frio.

Mandioca

A colheita da mandioca está mais acelerada que no ano passado, quando foi prejudicada pela seca. A estimativa é que sejam colhidos 4,2 milhões de toneladas da raiz, volume 16% superior às 3,7 milhões de toneladas de 2024. O aumento decorre tanto do incremento de 9% em área, indo de 138,6 mil hectares para 151,4 mil hectares, quanto em produtividade, passando de 26,6 toneladas por hectare para 28 toneladas.

Cebola

O boletim também informa que o Paraná deve plantar 2,6 mil hectares de cebola, com colheita projetada de 109,5 mil toneladas. Se confirmado, os números serão 13,5% inferiores em relação à área de 3,2 mil hectares do ciclo passado, e 15,1% a menos que as 129,1 mil toneladas colhidas.

A região de Guarapuava deve plantar 950 hectares e produzir 52,7 mil toneladas, consolidando-se como a maior produtora. Curitiba e cercanias têm previsão de colher 28,7 mil toneladas em 897 hectares, enquanto o regional de Irati prevê extrair 13,3 mil toneladas em 400 hectares.

Suínos

Em relação a proteínas animais, o documento apresenta dados do Observatório de Complexidade Econômica que aponta o Brasil como terceiro maior exportador de fígado suíno congelado em 2023. O produto é utilizado tanto em preparações culinárias como ingrediente opcional em alguns tipos de mortadela, salsicha, fiambre e patê.

Naquele ano o Brasil exportou 10 mil toneladas de fígado suíno congelado e arrecadou US$ 6,65 milhões. Santa Catarina destacou-se, com 8,6 mil toneladas. O Paraná foi o quinto colocado, com 234 toneladas. As Filipinas foram o principal comprador.

Peru

A produção nacional de carne de peru em 2024 foi de 127 mil toneladas, uma retração de 4,4% em relação às 133 mil toneladas do ano anterior. Historicamente há muita oscilação na produção dessa carne, que chegou a ser de 390,5 mil toneladas em 2017. A região Sul é responsável por praticamente toda a produção.

O País enviou 64 mil toneladas para o exterior no ano passado, gerando US$ 154 milhões em receita cambial. O Paraná, com cerca de 8,7 mil toneladas, foi o terceiro exportador, atrás do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Fonte: AEN Foto: Arquivo/MAPA

credito_rural

Aplicação do crédito rural da safra 2024/2025 somou R$ 330,9 bilhões

Faltando apenas um mês para o término do Plano Safra 2024/2025, já foram desembolsados, considerando todos os produtores rurais, R$ 330,93 bilhões no período de julho/2024 a maio/2025, um avanço de 11% em relação ao mês anterior.

Em relação aos beneficiários do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e demais produtores rurais, foram desembolsados R$ 273,84 bilhões em maio, ou seja, um incremento de R$ 27 bilhões se comparados com o mês de abril. Essa performance compreende os financiamentos de custeio, com R$ 155,07 bilhões; os de investimento, R$ 56,97 bilhões; e os de comercialização e industrialização, que somam R$ 70,90 bilhões.

Esse volume de crédito desembolsado pelo Pronamp e pelos demais produtores rurais corresponde a cerca de 68% da programação estabelecida para a safra em vigor e a 82% dos recursos desembolsados no mesmo período da safra 2023/2024, que foi de R$ 332,50 bilhões.

A diferença verificada ocorre apenas em decorrência da performance relacionada aos demais produtores rurais, que, em contrapartida, estão se financiando por meio de cédulas de produto rural, as CPRs, que até o mês de abril registravam emissões, no período de julho/2024 a abril/2025, de R$ 331,4 bilhões, considerando aquelas emitidas em favor de instituições financeiras (R$ 150,5 bilhões) e as emitidas em favor do mercado de capitais (R$ 180,9 bilhões), resultando em R$ 116,2 bilhões a mais de financiamentos, por meio desse título, comparativamente ao mesmo período do ano agrícola anterior.

Como destaque, o Pronamp está com desempenho positivo em todas as finalidades de crédito, tanto em número de contratos como em valores desembolsados. Foram R$ 53,48 bilhões em 202.137 contratos. Em operações de custeio e de investimento, foram desembolsados R$ 47 bilhões e R$ 6,48 bilhões, em 174.243 e 27.894 contratos, respectivamente.

Dentre as fontes de recursos com performances superiores às da safra passada, destacam-se a Poupança Rural Controlada, com 24% de variação; os recursos equalizados do BNDES (13%); e os Recursos Livres Equalizáveis (181%). Nas fontes com taxas de juros não controladas, a Poupança Rural Livre teve variação de 113%.

No conjunto dos programas de investimento agropecuário, que possuem equalização de taxas de juros, há um saldo a ser comprometido de 29%, enquanto os recursos equalizáveis para custeio e comercialização apresentam um saldo de 14%.

Os valores apresentados representam a parcela dos financiamentos contratados efetivamente liberados ou concedidos, sendo, portanto, provisórios. A extração dos dados ocorreu no dia 4 de junho, do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor/BCB – https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/micrrural), que registra as operações de crédito informadas pelas instituições financeiras autorizadas a operar em crédito rural. Os valores definitivos só são divulgados, normalmente, após 35 dias do encerramento do mês considerado na avaliação.

Fonte e Foto: Mapa

pulverizador_barras

Com foco em culturas sensíveis, Estado reforça combate à deriva de agrotóxicos

A preocupação com a qualidade da uva e do bicho-da-seda, culturas com forte representatividade no Paraná, pautou a reunião técnica promovida nesta última sexta-feira (6) em Maringá, no Noroeste do Estado. O encontro foi na sede regional do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-PR) e reuniu representantes da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), empresas que atuam nos segmentos de defensivos e pesquisadores.

O foco foi a mitigação dos efeitos da deriva de agrotóxicos nessas culturas sensíveis. A deriva ocorre quando o defensivo aplicado em uma lavoura é transportado pelo vento ou por condições climáticas adversas para áreas vizinhas não alvo. Essa movimentação pode causar prejuízos em culturas como uva e amoreiras, impactar o solo e afetar a qualidade ambiental.

Durante o evento, o diretor de Defesa Agropecuária da Adapar, Renato Young Blood, destacou os avanços obtidos pela agência nos últimos anos no enfrentamento à deriva de agrotóxicos e à aplicação inadequada de defensivos agrícolas. Ele reforçou que a Adapar vem investindo em ações estruturadas de fiscalização e orientação dos produtores.

“Nos últimos cinco anos, capacitamos nossos fiscais e investimos nas melhorias nos pulverizadores em Marialva. Conseguimos reverter a situação, e hoje mais de 90% dos maquinários estão com a qualidade adequada para aplicar os defensivos agrícolas”, disse.

Como parte desse esforço, a Adapar realizou em 2023 uma grande operação de fiscalização de pulverizadores na região Noroeste, com foco no município de Marialva — maior produtor de uva do Estado, conforme o Valor Bruto da Produção (VBP) de 2023. A cidade registrou mais de 10 mil toneladas colhidas, com VBP de R$ 70,4 milhões. A Operação Agro+ inspecionou 260 equipamentos, e os fiscais da Adapar também orientaram os produtores rurais sobre a correção das irregularidades encontradas.

Sericultura

Outra cultura sensível aos efeitos da deriva é o bicho-da-seda. Na sericicultura, o uso inadequado de inseticidas pode contaminar as amoreiras — principal alimento das lagartas — e comprometer a produção de casulos, gerando perdas econômicas aos produtores.

O Paraná é o maior produtor de casulos do país. Em 2023, o Estado produziu 1,4 mil toneladas, o que representa 86% da produção nacional, com um VBP de R$ 39,2 milhões. Nova Esperança, no Noroeste, é o município líder na atividade, com 138,8 toneladas produzidas em 277 hectares.

A situação da sericicultura foi também um dos pontos destacados no encontro, e a Adapar reforçou a inclusão dessa cadeia produtiva como prioridade na pauta de combate à deriva, com o objetivo de ampliar as ações de prevenção e orientação em regiões de maior sensibilidade.

O encontro também abordou aspectos técnicos e contribuições da pesquisa. As empresas participantes acompanharam apresentações da defesa agropecuária sobre o uso e aplicação adequada destes defensivos, e sobre os cadastros de pomares de uva na Adapar. As empresas tiveram também um espaço para contribuir com alternativas para vencer este desafio.

Outras ações

A reunião é um desdobramento de iniciativas em andamento no Estado. Em maio, o Paraná iniciou o mapeamento de pomares de uva como medida preventiva. O objetivo é identificar a localização e as características dessas áreas para melhor planejar ações educativas e de controle da deriva de agrotóxicos.

Fonte: AEN Foto: Adapar

iStock-537432292-(1)

Evolução genética da soja no Brasil: avanço estratégico para a cadeia de multiplicação de sementes

A trajetória da soja no Brasil é marcada por impressionante inovação genética e evolução constante do germoplasma, fatores decisivos para o país alcançar a liderança global na produção e exportação desse grão. De uma cultura pouco expressiva nos anos 1960 até alcançar uma produção recorde estimada em 167,3 milhões de toneladas na safra 2024/2025, segundo levantamento da CONAB, os resultados têm superado positivamente as expectativas, especialmente em Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, onde recordes de produtividade foram obtidos.

Nos últimos 59 anos, conforme o livro “A Saga da Soja: de 1050 a.C. a 2050 d.C.”, produzido pela Embrapa, a produção brasileira de soja expandiu-se à taxa média anual de 10,88%, impulsionada pela ampliação da área cultivada, que cresceu a 8,98% ao ano, aliada a ganhos expressivos de produtividade que acumularam crescimento de 173% no período. O papel central dessa evolução foi desempenhado pela genética incorporada às sementes de soja e amplamente disseminada pelos multiplicadores aos sojicultores nacionais.

Desde a década de 1970, quando variedades adaptadas às condições tropicais brasileiras foram desenvolvidas, a soja conquistou novos territórios agrícolas especialmente no Cerrado. O avanço genético trouxe resistências a doenças, maior adaptação climática, produtividade crescente e características adequadas às exigências dos mercados internacionais.

A biotecnologia, notadamente a partir dos anos 2000, deu grande impulso a essa evolução. A adoção maciça de sementes transgênicas resistentes a herbicidas, insetos e doenças elevou expressivamente a produtividade e reduziu custos operacionais. Novas tecnologias, como a edição gênica por CRISPR-Cas9, prometem ser protagonistas dessa evolução contínua.

Na visão de Luiz Eduardo Salomão, diretor de Comunicação da ABRASS, a genética desempenha um papel crucial na agricultura moderna “Proporciona aos produtores a capacidade de aumentar sua produtividade e, consequentemente, sua renda. Ao desenvolver cultivares mais resistentes e adaptáveis, os avanços genéticos permitem que os agricultores produzam mais com menos recursos. Isso não apenas melhora a eficiência do uso da terra, mas também contribui para a segurança alimentar, ajudando a alimentar um número crescente de pessoas em todo o mundo. Com uma abordagem focada na inovação genética, podemos garantir um futuro mais sustentável e nutritivo para todos.”

Outro aspecto importante ressaltado pelo livro “A Saga da Soja” é o “efeito poupa terra” proporcionado pelas melhorias genéticas e pela adoção da biotecnologia. Entre 1960 e 2017, os avanços nessas áreas permitiram que a produtividade aumentasse significativamente, poupando aproximadamente 129 milhões de hectares que seriam necessários sem esses avanços tecnológicos. Isso evidencia a importância estratégica do aprimoramento genético para uma agricultura mais sustentável e eficiente.

Osli Barreto, Diretor Executivo da ABRASS, reforça esse aspecto estratégico: “O contínuo avanço no germoplasma da soja é fundamental para a sustentabilidade da cadeia no Brasil. Nosso papel é apoiar a pesquisa, difundir inovações e assegurar o acesso dos agricultores às melhores tecnologias existentes, garantindo resultados econômicos expressivos com a preservação do meio ambiente.”

Além disso, o estudo “A Cadeia produtiva de soja e o desenvolvimento econômico e regional no Brasil”, elaborado pelo pesquisador José Eustáquio Ribeiro Vieira Filho, do IPEA, ressalta que a soja desempenha papel fundamental na geração de emprego e desenvolvimento econômico regional. Municípios como Rio Verde (Goiás), Sorriso (Mato Grosso) e Campo Novo do Parecis (Mato Grosso) apresentaram aumentos significativos no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), graças à expansão da produção de soja. A alta tecnologia contida na soja, fruto de anos de desenvolvimento genético e de pesquisa, gera alto valor agregado aos produtos, promove renda, emprego e impulsiona o crescimento econômico local.

Finalmente, é imperioso mencionar que o setor agropecuário, especialmente a cadeia da soja, tem contribuído para saldos comerciais positivos desde 1989, segundo o estudo “Transformações no comércio agropecuário brasileiro no período recente: uma análise descritiva com base nas estatísticas do ComexStat”, do IPEA. Segundo a publicação, desde 2008, o saldo dos setores não agropecuários foi sempre negativo, de modo que os saldos comerciais positivos nos últimos quinze anos somente foram possíveis devido aos superávits comerciais agropecuários.

Nesse contexto, a ABRASS reforça seu compromisso em promover e apoiar o avanço genético das sementes de soja, “Reconhecemos que a genética incorporada e disseminada pelos multiplicadores é elemento essencial para manter o Brasil competitivo no cenário global e manter a balança comercial superavitária”, enfatiza André Schwening, Presidente da ABRASS.

Fonte e Foto: Assessoria de Comunicação ABRASS / Informativo Revista Seednews – Edição Maio/Junho 2025