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Semana começa lenta para a soja

No mercado da soja do estado do Rio Grande do Sul os preços retornam a altas amenas, mas negócios se mostram expressivamente lentos, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Semana começa lenta, apesar de bons preços. Grande parte dos negócios feitos com Soja no RS, acabam sendo feitos com soja de outros estados, para esmagar e/ou apenas embarcar aqui”, comenta.

“Compradores seguem com suas demandas focadas no setembro (segunda quinzena), e indo para o final, e a maioria já olha outubro e até no novembro. No porto, melhor preço do dia foi de R$ 163,00 para final de agosto, marcando alta de R$ 3,00/saca. No interior, em Cruz Alta o preço subiu em R$ 6,00/saca, indo a R$ 153,00. Em Ijuí o valor foi a R$ 155,50, marcando alta de R$ 3,00/saca. Em Santa Rosa, assim como em São Luiz o preço ficou a R$ 155,00, também com alta de R$ 3,00/saca”, completa.

Alta de preços de R$ 2,00/saca foi vista em Santa Catarina, mas os negócios seguem lentos. “Preços marcam alta de R$ 2,00/saca em SC, a semana começou muito lenta, sem negócios saindo apesar da alta, com o produtor já muito bem comercializado aguardando momentos ainda melhores, sabe-se que volumes a R$ 155,00 para momentos mais distantes têm saído, o produtor aguarda esses. No porto de São Francisco do Sul, o preço ficou a R$ 148,00 para 05/09 marcando alta de R$ 2,00/saca”, indica.

Já o Paraná teve altas de até R$ 4,00/saca, com negócios saindo. “Negócios passam por dia melhor em especial no porto de Paranaguá com alguns bons volumes saindo, as demais posições no entanto seguem fracas em termos de oferta, com produtor segurando mesmo diante de boas e atípicas altas, algo de se estranhar. Ademais, a maior parte dos volumes saindo são para mês que vem ou o próximo”, informa.

“No porto, cif Paranaguá marcou alta de R$ 4,00/saca, indo a R$ 153,00 com pagamento em 30/09 e entrega em agosto. No interior, o  mercado de soja spot Ponta Grossaregistrou alta de R$ 2,00/saca e segue a R$ 142,00”, conclui.

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems Foto: Divulgação

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38ª edição Reunião de Pesquisa da Soja em Londrina

A 38ª edição da Reunião de Pesquisa de Soja – RPS, principal fórum de pesquisa do complexo agropecuário da soja e que tem caráter estritamente técnico, está sendo realizado em Londrina, nesta semana, dias 23 e 24. Os diretores Paulo Pinto de Oliveira Filho e Ralph Udo Dengler (foto) estão entre os representantes que estão participando do evento.

O evento tem o objetivo avaliar os avanços de pesquisas com os sistemas de produção de soja, além de discutir as ações de transferência de tecnologias estratégicas para a sustentabilidade da cadeia produtiva.

A programação conta com sessão plenária de abertura e de encerramento, além de palestras e painéis sobre temas relevantes para a soja, que tratarão de atualidades e desafios nos sistemas de produção em que a cultura se insere.

Fonte: Embrapa Soja Foto: Apasem

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Brasil torna-se maior fornecedor mundial de farelo de soja

O Brasil deverá manter elevadas as exportações de farelo de soja nesta temporada, tornando-se o maior fornecedor mundial desse subproduto com o escoamento de 21,82 milhões de toneladas. De acordo com a análise do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado na segunda-feira (21), as recentes alterações foram motivadas pela redução do processamento de soja na Argentina – principal fornecedor mundial – em decorrência da queda na produção da oleaginosa naquele país, com previsão de ser 50% inferior à do ano passado, o pior resultado argentino desde o ciclo 1999/00.

De forma indireta, outro fator importante no acréscimo da oferta do farelo de soja nacional está relacionado à forte demanda por parte das indústrias brasileiras de biodiesel, que impulsionaram os preços do óleo de soja no mercado brasileiro. Esse cenário foi acirrado pela disputa externa, uma vez que a procura global pelo óleo de soja do Brasil também está aquecida, apresentando, de acordo com o Comex Stat, recorde de exportação do subproduto no período. As exportações brasileiras do farelo de soja no acumulado até julho/23 atingiram 12,9 milhões de toneladas contra 12,2 milhões ocorridas no mesmo período do exercício passado. Destaca-se ainda o escoamento pelo porto de Santos (40,6%), Paranaguá (29%), Rio Grande (15,5%) e Salvador (5,7%).

O Boletim informa ainda que, no mês de julho, 36,1% das exportações brasileiras de soja ocorreram pelo porto de Santos, 37,3% foram escoadas pelo porto do Arco Norte, e 11,7% pelo porto de Paranaguá. Já com relação ao milho, os portos do Arco Norte continuam apresentando incrementos na participação das vendas externas em relação aos demais portos do país, atingindo, em jul/23, 39,8% da movimentação nacional contra 36% no mesmo período do ano anterior. Na sequência, o porto de Santos, com 27,2% da movimentação total, o porto de Paranaguá com 16,9%, e o porto de São Francisco do Sul, que registrou 7,7% dos volumes embarcados contra 2,6% em igual período do exercício anterior. Tanto para o milho quanto para a soja, a origem das cargas para exportação ocorreu, prioritariamente, dos estados de Mato Grosso, Goiás, Paraná, e Mato Grosso do Sul.

Fretes – Com relação aos preços de fretes rodoviários, o Boletim aponta que houve tendência de aumento na média das cotações em Mato Grosso, onde as contratações de transporte de grãos vêm sofrendo sucessivos acréscimos, acompanhando a volatilidade observada nos preços dos combustíveis. De acordo com as fontes, este aquecimento deve perdurar até que o nível de comercialização da soja e do milho atinja patamares considerados suficientes para que se estabilize, o que poderá acontecer em outubro e novembro. Em Mato Grosso do Sul, o mercado também experimentou reajustes de preços, especialmente a partir da segunda quinzena do mês, devido a questões comerciais que envolvem as cotações dos grãos e dos prêmios nos portos, e a demanda do mercado interno e externo.

Outros estados que seguiram o movimento de alta foram Goiás, onde os preços sofreram reajustes e as dificuldades para obter caminhões continuaram em julho, e Tocantins, que apresenta alta demanda em determinados itinerários, especialmente na retirada da soja em grãos dos armazéns com descarga no transbordo de Palmeirante e destino no porto de Itaqui/MA. No Paraná, os valores de transporte para o milho não apresentaram variações nos trajetos em direção a Paranaguá. Já nos estados da Bahia, Piauí, Maranhão e também no Distrito Federal, o mercado de fretes apresentou redução na maior parte dos trechos.

Em Minas Gerais, na avaliação das transportadoras, o grande volume de soja que continua armazenado e sem comercialização fará com que o setor siga aquecido ao longo de todo o segundo semestre. Além disso, o grande destaque do estado é a rota do café, líder das exportações do setor agropecuário mineiro e que desempenha um papel crucial na receita do estado, representando 36% do valor total. No primeiro semestre deste ano o produto faturou US$ 2,6 bilhões, com embarques correspondentes a 11 milhões de sacas.

O Boletim Logístico da Conab traz também informações sobre o desembarque de adubos e fertilizantes nos portos brasileiros, que revela incremento de 16%, e ainda dados sobre a movimentação de estoques da Conab, realizada por transportadoras contratadas via leilão eletrônico. O periódico mensal coleta dados em dez estados produtores, com análises dos aspectos logísticos do setor agropecuário, posição das exportações dos produtos agrícolas de expressão no Brasil, análise do fluxo de movimentação de cargas e levantamento das principais rotas utilizadas para escoamento da safra. Confira a edição completa do Boletim Logístico – Agosto/2023, disponível no site da Companhia.

Fonte: Conab Foto: Agência Brasil

GUARAPUAVA - 08-04-2021- Colheita de soja na região de Guarapuava / Foto Jonathan Campos / AEN

34 cidades do Paraná têm Valor Bruto de Produção Agropecuária acima de R$ 1 bilhão

O Paraná tem 34 municípios com Valor Bruto de Produção Agropecuária (VBP) superior a R$ 1 bilhão. A galeria cresceu com a divulgação oficial dos números de 2022 pela Secretaria estadual da Agricultura e do Abastecimento na terça-feira (22) e a inclusão de nove novos integrantes do Clube do Bilhão: Pinhão, Astorga, Pitanga, Pato Branco, Irati, General Carneiro, Medianeira, Mangueirinha e Missal. O VBP total do Paraná no ano passado foi de R$ 191,7 bilhões.

Eles se somam a Toledo, Castro, Cascavel, Guarapuava, Santa Helena, Marechal Cândido Rondon, Assis Chateaubriand, Tibagi, Dois Vizinhos, Carambeí, Palotina, São Miguel do Iguaçu, Ubiratã, Piraí do Sul, Nova Aurora, Palmeira, Lapa, Londrina, Francisco Beltrão, Arapoti, Cianorte, Ponta Grossa, Prudentópolis, Cafelândia e Candói na lista. Esses municípios têm como vocação, entre várias culturas, soja, produção leiteira, suinocultura e avicultura.

“Os novos bilionários estão distribuídos em diversas regiões do Estado e foram destacados em atividades distintas, que vão desde a agricultura, passando pela pecuária e silvicultura, o que reflete bem o Paraná, um Estado com terra fértil e agricultores criativos, trabalhadores e que sabem aproveitar as oportunidades para agregar renda às suas famílias e a seus municípios”, afirmou o secretário Norberto Ortigara.

Pinhão, na região Centro-Sul do Estado, ocupa a 23ª colocação, com R$ 1.182.984.609,64. O destaque é para a produção de soja, com valor superior a R$ 399 milhões, representando 33,73% de toda a atividade agropecuária municipal. É seguida pelo milho e pela batata de segunda safra, cada um com pouco mais de R$ 103 milhões.

No Norte do Estado, Astorga chegou ao 24º lugar e somou R$ 1.178.874.735,19. Ali predomina o frango de corte, responsável por 56,17% de toda a produção agropecuária do município, com valor bruto de R$ 662,1 milhões. A soja vem em segundo lugar com R$ 145,9 milhões.

Pitanga, no Centro, também alcançou o grupo dos bilionários, tendo na soja a maior representatividade, com R$ 457,7 milhões. O leite – R$ 179 milhões – também foi importante para que o município acumulasse R$ 1.111.671.264,86 e passasse a ocupar a 28ª colocação no ranking paranaense.

Logo abaixo, no 29º lugar, aparece Pato Branco, município no Sudoeste do Estado que tem na produção de pintinhos para corte a principal atividade agropecuária. O segmento foi responsável por R$ 288,9 milhões dos R$ 1.090.724.285,44 de VBP em 2022. A soja contribuiu com o valor expressivo de R$ 142,5 milhões.

Irati, mais um município na região Centro-Sul, é o 30º colocado com VBP de R$ 1.061.367.866,65. A soja de primeira safra destacou-se com R$ 342,4 milhões. Município onde predominam as pequenas propriedades, teve na produção de fumo o segundo maior destaque, com valor bruto de R$ 155,8 milhões.

A região Sul também teve um terceiro novo bilionário. General Carneiro foi o município que deu o maior salto. Em 2021 ficou na 75ª colocação com VBP de R$ 649,4 milhões. Um ano depois desponta no 31º lugar com valor de R$ 1.048.717.676,90. Segundo a economista do Departamento de Economia Rural (Deral) responsável pelo relatório do VBP, Larissa Nahirny, General Carneiro teve o quarto maior incremento no Estado em 2022. “Os municípios que mais cresceram no ano passado têm em comum o bom desempenho no mercado madeireiro”, disse.

No Oeste paranaense, Medianeira, com a produção de frango de corte (R$ 407,7 milhões) e com suínos (R$ 231,8 milhões), passou a ser o 32º colocado entre os municípios com maior VBP do Estado. Em 2022 o número alcançou R$ 1.028.190.440,14.

Mangueirinha, no Sudoeste, teve na soja a principal cultura a contribuir para o VBP total de R$ 1.027.194.667,35. A oleaginosa sozinha somou R$ 432,9 milhões. A produção de leite também foi importante para o município, com R$ 103,3 milhões.

Também no Oeste, Missal fecha a lista dos 34 municípios com VBP bilionário, tendo alcançado R$ 1.008.641.654,54. O município tem na suinocultura a maior projeção em termos de produção, com VBP de R$ 455,9 milhões. A segunda grande atividade é a avicultura, que gerou R$ 223,5 milhões.

Quase bilionários

De acordo com o VBP, outros dez municípios quase alcançaram a marca de R$ 1 bilhão, variando entre R$ 901 milhões e R$ 975 milhões. Aparecem na lista Teixeira Soares (35º), Chopinzinho (36º), São Mateus do Sul (37º), Coronel Vivida (38º), Corbélia (39º), Mamborê (40º), Matelândia (41º), Nova Santa Rosa (42º), Jaguariaíva (43º) e São José dos Pinhais (44º).

Pesquisa ampla

O levantamento do VBP paranaense é um dos mais completos do País, com cerca de 350 culturas, entre elas produtos da agricultura, pecuária, piscicultura, silvicultura, extrativismo vegetal, olericultura, fruticultura, plantas aromáticas e ornamentais.

Os setores pecuário e de produtos florestais ampliaram a participação no Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária paranaense em 2022. Enquanto a pecuária subiu de 48% para 51% comparado com o ano anterior, a produção florestal foi de 3% para 5%. Prejudicada pelas geadas e estiagem, a agricultura passou de 49% para 44%.

Fonte e Foto: AEN

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Anec reduz estimativa para exportação de soja em agosto

As exportações brasileiras de soja devem alcançar 7,58 milhões de toneladas este mês, projeta a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), que atualiza suas estimativas semanalmente.

O volume é 2,6% menor que as 7,78 milhões de toneladas previstas na semana passada. No entanto, supera em mais de 50% as 5,05 embarcadas em agosto de 2022.

No caso do farelo de soja, a Anec aumentou sua estimativa em 2,9%, de 2,05 milhões para 2,1 milhões de toneladas — 25% acima das 1,69 milhão de toneladas exportadas em igual mês do ano anterior.

Os embarques de milho estão previstos em 9,39 milhões de toneladas, 4% mais do que as 9,03 milhões de toneladas projetadas na semana passada. No comparativo anual, o volume é 36% maior do que as 6,9 milhões de toneladas despachadas.

A associação manteve em 50 mil toneladas sua projeção para as exportações de trigo. Em agosto de 2022, o país não enviou esse cereal para o exterior.

Fonte e Foto: Globo Rural/José Florentino — São Paulo

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PIB da cadeia da soja e do biodiesel pode crescer 20% em 2023; e empregos e exportações também avançam

O PIB total da cadeia da soja e do biodiesel deve crescer 19,88% em 2023 frente a 2022, conforme estimativa realizada pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais.

Segundo pesquisadores do Cepea/Abiove, esse desempenho reflete os crescimentos estimados em todos os segmentos do PIB, de 6,2% para insumos, de 38,47% para a soja dentro da porteira, de 3,88% para a agroindústria e de 15,66% para os agrosserviços. Diante disso, o valor do PIB agregado pela cadeia produtiva pode alcançar R$ 691 bilhões em 2023, representando 28,5% do PIB do agronegócio brasileiro e 6,3% do PIB total do País.

Apesar desse excelente resultado do PIB (medido por uma perspectiva de volume), devido ao comportamento desfavorável dos preços, pesquisadores do Cepea/Abiove ressaltam que o aumento do PIB-renda poderá ser de apenas 0,42% em 2023 – em outras palavras, a renda auferida pelos agentes da cadeia produtiva poderá crescer apenas 0,42% acima da inflação média do País (medida pelo deflator do PIB nacional).

Mercado de trabalho

A população ocupada (PO) na cadeia da soja e do biodiesel no primeiro trimestre de 2023 foi de 2,4 milhões de pessoas, 12,64% acima do primeiro trimestre de 2022. Com esse resultado, a tendência de aumento da participação da PO da cadeia produtiva na PO do agronegócio e na do Brasil se manteve. No primeiro trimestre, essas participações foram de 10,54% com relação ao agronegócio e de 2,46% com relação à economia. Na comparação entre os primeiros trimestres de 2022 e 2023, a PO cresceu para todos os segmentos da cadeia produtiva, exceto a agroindústria.

Em relação ao perfil da mão de obra, a cadeia se manteve relativamente formalizada entre os primeiros trimestres de 2022 e de 2023. Os empregados com carteira assinada representaram 46% do total de pessoas ocupadas; a participação feminina manteve-se reduzida, sendo 35% da PO. Quanto à escolaridade, a cadeia produtiva manteve destaque positivo se comparada ao agronegócio.

Comércio exterior

Mesmo após registrar valores recordes em 2022, houve aumento de 2,46% na receita com as exportações dos produtos da cadeia produtiva no primeiro trimestre de 2023 frente ao mesmo período de 2022. De acordo com pesquisadores do Cepea/Abiove, esse crescimento trimestral do valor exportado está atrelado aos maiores preços de exportação (+8,85%), tendo em vista o menor volume embarcado (-5,87%).

E o avanço no valor exportado foi impulsionado pelos aumentos observados para o farelo, o óleo e o biodiesel, com exportações menores para a soja em grão, o glicerol e a proteína de soja. O biodiesel foi o produto com aumento mais expressivo nas exportações no primeiro trimestre, que cresceram em valor (213,09%) e, sobretudo, em quantidade (393,05%).

Fonte: Cepea/Esalq Foto: Divulgação

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Apasem lança novo site institucional

A Associação Paranaense dos Produtores de Sementes e Mudas (Apasem) lançou seu novo site institucional. A página ganhou nova apresentação e conta com layout mais moderno. Além disso, o acesso a informações relevantes para o setor – como legislação, combate à pirataria, materiais publicados pela entidade e novidades da área – ganham mais visibilidade na homepage.

Outra importante novidade é a ferramenta que permite a realização das inscrições em cursos e treinamentos da Apasem diretamente pelo site, sem a necessidade de contato por outras plataformas. As informações sobre os associados também ganharam mais visibilidade, destacando assim o importante trabalho do setor.

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Novos cultivares de trigo serão lançados no Show Rural de Inverno

Quinze cultivares de trigo vão ser lançados por expositores de terça a quinta-feira, 22 a 25 de agosto, no 4º Show Rural Coopavel de Inverno, em Cascavel, no Oeste do Paraná. Entre trigo e outras culturas indicadas para os meses frios do ano, serão mais de 40 cultivares em demonstração, incluindo triticale, aveia, centeio, plantas de cobertura e também pastagens.

A edição de inverno é realizada com o objetivo de centralizar informações e tecnologias em um mesmo ambiente. Em um lugar no qual, além de visualizar a cultura, o produtor possa conversar com técnicos, aprimorar seus conhecimentos e esclarecer as mais diferentes dúvidas. “A Coopavel tem a inovação como marca e, por meio de eventos como esse, a cooperativa contribui para melhorar continuamente os resultados do campo, com reflexos a toda a economia”, diz o presidente Dilvo Grolli.

A OR Genética estará presente com a Geração 4×4. Os visitantes interessados em saber mais poderão conferir, em campo, as quatro cultivares preparadas para enfrentar os mais diferentes desafios: ORS Selvagem, ORS Falcão, ORS Gladiador, ORS Turbo, materiais que chegaram para modificar e melhorar as condições de qualidade industrial, sanidade e potencial produtivo. Outros materiais do portfólio ORS também estarão semeados e equipe de técnicos estará a postos para levar o máximo de informações aos interessados.

A Biotrigo vai apresentar três lançamentos: Sentinela, Talismã e Titã, materiais que vão entrar em multiplicação em 2024 e estarão à disposição dos triticultores a partir do ano seguinte. A empresa também mostrará materiais já disponíveis e que estarão à disposição dos produtores a partir do próximo plantio de inverno.

Por sua vez a Embrapa, em conjunto com a Fundação Meridional, lançará oito cultivares de trigo, duas de cevada e uma de triticale. Entre elas está a BRS Jacana da classe Pão, ideal para o fabrico do tradicional “pão francês”, farinha branca, de ciclo precoce, grão duro, moderadamente resistente ao acamamento.

Já a cultivar BRS Belajoia de ciclo precoce entrega o melhor pacote fitossanitário do mercado, permitindo a redução de custos no controle de doenças. A BRS Reponte, por sua vez, obteve o título de campeã em produtividade segundo o Ensaios Estadual de Cultivares de Trigo 2016, com resultado médio de 102 sc/ha (6.136 kg). Ela pode ser utilizada para panificação, mas também se enquadra no perfil de trigo exportação.

Destinado a triticultores, agricultores, filhos e mulheres de produtores rurais, técnicos e acadêmicos, o Show Rural Coopavel de Inverno recebe neste ano 20 empresas nacionais e estrangeiras. A visitação, diariamente, será das 8h30 às 17h. O acesso ao parque não tem custos, bem como utilizar o estacionamento. Neste ano, o almoço dos participantes também será gratuito.

Fonte: Agrolink e Assessoria Foto: Divulgação

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PR: produtor tem até 29 de setembro para declarar o VTN

A Receita Federal do Brasil (RFB) publicou, no dia 8 de agosto, a Instrução Normativa 2151/2023, que define o prazo para a declaração do Valor de Terra Nua (VTN), referente ao exercício de 2023. A tabela do VTN serve de base para a Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR). Os produtores rurais têm entre 14 de agosto e 29 de setembro para realizar o lançamento do imposto. O Valor da Terra Nua é o preço de terras, entendido como o valor do solo com sua superfície e a respectiva mata, floresta e pastagem nativa ou qualquer outra forma de vegetação natural. Por meio desse índice são definidos os preços médios, que servem como referência para negociações nos municípios.

Desde 2005, com a Lei 11.250/2005, a União transfere aos municípios a possibilidade de fiscalização e arrecadação do ITR por meio do convênio. Além da cobrança, lançamento e fiscalização do imposto, a gestão municipal é responsável por informar o VTN local. Porém, para a FAEP, as gestões municipais não contam com capacidade técnica suficiente para definirem, fiscalizarem e atenderem os produtores rurais e o convênio passou a ser uma possibilidade concreta de incremento da receita.

“Sabemos que o município deve fazer a adequação do valor, mediante justificativa técnica. Mas não é isso que está ocorrendo. Hoje, o Paraná tem a tabela com os maiores valores de terra nua do país. Isso impacta diretamente nos custos de produção. O VTN não pode se tornar um incremento na receita das prefeituras”, defende o presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR, Ágide Meneguette. “Estamos recebendo muitas reclamações e, dentro do possível, estamos buscando o diálogo com as prefeituras. É preciso critérios técnicos para definir esse valor, pois é mais um custo no bolso do produtor”, complementa.

A definição do valor leva em consideração critérios técnicos estabelecidos pela legislação e pelas Instruções Normativas 1640/2016 e 1877/2019, que normatiza a prestação das informações sobre VTN à Secretaria Especial da Receita Federal. O levantamento técnico é realizado por profissionais habilitados, vinculados ao Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) e aos correspondentes Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (Crea).

Conforme nota técnica do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab), a pesquisa de preços de terras agrícolas, realizada anualmente pelo órgão junto aos 22 núcleos regionais, não serve de base de cálculo para o VTN.

Mais informações

Em caso de dúvida, o produtor rural pode procurar o sindicato rural local (a lista completa com telefones e endereço no site www.sistemafaep.org.br) ou o Departamento Jurídico da FAEP, no telefone (41) 2169-7947.

Fonte: Faep Foto: Divulgação

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Primeiro leilão das rodovias do Paraná é realizado na sexta-feira

A Secretaria Nacional de Transportes Rodoviários espera que as novas tarifas dos pedágios do Paraná tenham descontos superiores a 30% na comparação com os preços antigos. O primeiro lote da nova concessão, que engloba trechos da BR-277 interior e da BR-476, na região metropolitana de Curitiba, será leiloado nesta sexta-feira (25) na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. Este bloco tem cinco praças de pedágio e previsão de investimentos de R$ 7,9 bilhões pelos próximos 30 anos.

A secretária nacional de Transporte Rodoviário, Viviane Esse, destaca que o Brasil começou a aplicar o modelo de concessões nos ano 1990. Os primeiros contratos, como os que foram assinados no Paraná durante a gestão de Jaime Lerner, apresentavam falhas que ficaram evidentes com o passar do tempo. A engenheira confia que o aprendizado construído nas últimas três décadas faz o atual modelo mais refinado e estabelece mais garantias de que a tarifa será condizente com os serviços prestados:

Ouça

O leilão será realizado considerando o menor valor da tarifa de pedágio. Ou seja, a empresa que ou o consórcio que oferecer a menor tarifa será declarado vencedor. Segundo a secretária nacional, na largada, os preços estabelecidos são 30% menores do que os preços cobrados no final da última concessão. No entanto, considerando a concorrência, são esperados descontos ainda maiores para os usuários:

A secretária nacional de Transportes Rodoviárias pondera que o modelo de concessões permite investimentos que o Poder Público não teria capacidade. Na avaliação de Viviane Esse, as obras previstas em contrato devem aumentar a qualidade, o fluxo, o conforto e a segurança das rodovias paranaenses:

Segundo a previsão do Ministério dos Transportes, o processo de leilão das concessões das rodovias paranaenses deve ser concluído em 2025. Os trechos estaduais e federais foram divididos em seis lotes, que serão disponibilizados para ofertas públicas em parcelas. Os lotes 1 e 2 vão a leilão neste ano. Mais dois lotes serão disponibilizados no ano que vem e os últimos ficam para o ano seguinte. Essa divisão, segundo o governo federal, permite um melhor planejamento tanto para o governo quanto para os investidores:

O primeiro lote tem o leilão marcado para sexta-feira (25), enquanto o lote dois deve ser leiloado no dia 29 de setembro. Ambos serão realizados na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. Segundo o Governo do Paraná, os lotes 3, 4, 5 e 6 ainda estão em fase de análise pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Ao todo, o pacote de concessões engloba 3,3 mil quilômetros de rodovias, entre as quais 1,1 mil são trechos estaduais. Pelos próximos 30 anos, a previsão de investimentos nos trechos é de pelo menos 50 bilhões de reais.

Fonte: BandNews/Angelo Sfair Foto: Roberto Dziura Jr/AEN