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Como será o clima no Brasil em julho?

A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para o mês de julho, indica chuva acima da média na faixa norte da Região Norte, áreas pontuais do leste das regiões Nordeste, Sudeste e Sul. Já em grande parte das regiões Centro-Oeste e Sudeste, sul da Região Norte, interior da Região Nordeste e oeste da Região Sul, é previsto chuva próxima e abaixo da média climatológica.

É importante ressalta-se que, a redução da chuva em grande parte do Brasil nesta época do ano é devido à persistência de massas de ar seco, que ocasiona a diminuição da umidade relativa do ar, que consequentemente, favorece o aumento da incidência de queimadas e incêndios florestais, além do aumento de doenças respiratórias.

Considerando o prognóstico climático do Inmet para julho de 2024 e seus possíveis impactos nas principais culturas tem-se que, com a previsão de redução da chuva em grande parte do Brasil, esta poderá reduzir os níveis de umidade no solo, principalmente no Matopiba (área que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e regiões Centro-Oeste e Sudeste, além do centro-norte do Paraná.

Este cenário poderá ocasionar restrição hídrica para as lavouras de milho segunda safra em estágio reprodutivo e trigo em desenvolvimento. Por outro lado, a falta de chuva no interior do Nordeste e Região Centro-Oeste, pode favorecer a maturação e colheita do algodão, e da cana-de açúcar e do café na Região Sudeste. A atenção deve ser para a previsão de chuva acima da média em áreas do leste da Região Sul, principalmente o nordeste do Rio Grande do Sul, que vem sendo atingido por fortes chuvas nos últimos meses, e que ainda poderão dificultar a semeadura do trigo.

Temperatura

Quanto às temperaturas, a previsão indica que deverão ser acima da média na parte centro-norte do País, principalmente na divisa do sul do Pará com Mato Grosso e Tocantins (tons em laranja no mapa da figura 1b), devido à redução das chuvas, com possibilidade de ocorrência de alguns dias de calor em excesso em algumas localidades, onde as temperaturas médias poderão ultrapassar os 26ºC.

Em áreas pontuais do norte das regiões Centro-Oeste e Sudeste, além do interior do Nordeste, as temperaturas devem ser próximas ou ligeiramente abaixo da média (tons em cinza e azul no mapa da figura 1b), variando entre 20ºC e 22ºC. Já na Região Sul, são previstos valores acima da média nos estados do Paraná e Santa Catarina, enquanto que, em grande parte do Rio Grande do Sul, as temperaturas devem permanecer próximas e ligeiramente abaixo da média (tons em cinza e azul no mapa da figura 1b). Já em áreas de maior altitude das regiões sul e sudeste, são previstas temperaturas próximas ou inferiores a 14ºC.

Além disto, não se descartam a ocorrência de geadas em algumas localidades destas regiões, devido a entrada de massas de ar frio que podem provocar declínio de temperatura, muito comuns nesta época do ano.

Previsão de anomalias de (a) precipitação e (b) temperatura média do ar do modelo climático do INMET, para o mês de julho de 2024.

O Inmet é um órgão do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e representa o Brasil junto à Organização Meteorológica Mundial (OMM) desde 1950.

Fonte e Foto: Ministério da Agricultura e Pecuária

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Monitoramento agrícola aponta que condições climáticas impactam os cultivos de 2ª safra e de inverno da safra 2023/2024

Nas primeiras semanas de junho, os maiores volumes de precipitação ocorreram em parte da região Norte, Nordeste e Sul. Essas chuvas favoreceram o desenvolvimento do feijão e do milho terceira safras na região do Sealba (Sergipe, Alagoas e Bahia), mas dificultaram a implantação e o estabelecimento do trigo no Rio Grande do Sul.  Nas demais áreas do país, predominou o tempo seco, favorecendo a maturação e a colheita do algodão e do milho segunda safra, mas restringindo o desenvolvimento do milho em estágio reprodutivo e do trigo em diferentes estágios. A análise está na edição de junho do Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), publicado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O estudo apresenta a análise das condições agroclimáticas e de imagens de satélite dos cultivos de verão da safra 2023/2024.

A análise espectral mostra uma predominância de áreas com anomalias negativas do Índice de Vegetação (IV). Isso deve-se, principalmente, à antecipação da colheita do milho e ao atraso na semeadura e no desenvolvimento do trigo. A falta de chuvas e as altas temperaturas, durante o desenvolvimento do milho, anteciparam a maturação em algumas áreas e impactaram as lavouras em estágio reprodutivo. O trigo semeado mais cedo, em áreas do Centro-Oeste, do Sudeste e do Paraná, também sofreu restrição hídrica e teve o desenvolvimento prejudicado. Nas regiões Oeste Catarinense e Noroeste Rio-Grandense, os gráficos de evolução do IV mostram o atraso na semeadura e no desenvolvimento dos cultivos de inverno.

Publicado mensalmente, o BMA é resultado da colaboração entre Conab, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam), além de agentes colaboradores que contribuem com dados pesquisados em campo. O Boletim de Monitoramento Agrícola está disponível na íntegra no site da Conab.

Fonte: Conab Foto: Divulgação

Colheita de milho - 2021. Foto: Gilson Abreu/AEN

Colheita do milho da segunda safra paranaense alcança 42% da área

A colheita da segunda safra de milho 2023/24 avançou na última semana, chegando a 42% da área estimada em 2,42 milhões de hectares. Mas a Previsão Subjetiva de Safra referente a junho, divulgada nesta quinta-feira (27) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, mostrou nova redução na estimativa de produção, passando de 13,2 milhões de toneladas, previstos em maio, para 12,9 milhões.

“Essa redução já era esperada porque o clima continua impactando”, disse o analista da cultura no Deral, Edmar Gervásio. Comparativamente à projeção inicial, feita no ano passado, são 1,8 milhão de toneladas a menos. “É provável que se reduza um pouco mais até o final da safra, embora não seja possível quantificar agora”, acrescentou.

Por enquanto a colheita tem se concentrado mais nas regiões Oeste, Centro-Oeste e Noroeste do Paraná, que já se aproxima de 70%. No Norte do Estado, que concentra a maior área plantada de milho de segunda safra paranaense, com 918 mil hectares, a retirada dos grãos não chegou a 10% até agora. Mesmo assim, na média do Estado, o volume de 42% colhido é o maior já registrado historicamente.

Feijão

A colheita do feijão também está no final, com expectativa de render 662 mil toneladas nesta segunda safra. “Foi uma safra muito boa, bem maior que a do ano passado (480,5 mil toneladas), pautada principalmente na área, que aumentou 40% (de 295 mil para 413 mil hectares), com isso tem oferta bastante grande, o que está mantendo os preços mais baixos, ainda que razoavelmente remunerador para os produtores”, analisou o engenheiro agrônomo Carlos Hugo Godinho.

Trigo

Principal cultura de inverno no Paraná, o trigo já está semeado em 94% dos 1,15 milhão de hectares, faltando apenas o plantio nas regiões mais frias do Estado. “As chuvas ocorridas na parte Sul do facilitaram o plantio, que estava demorando um pouquinho para começar em alguns municípios”, afirmou.

Nas regiões da metade do Estado em direção ao Norte está mais difícil. “Há situação de 30 dias sem chuva, prometendo chegar a 45 dias”, constatou o analista. “Nessa região, para os primeiros trigos que começaram a ser plantados em abril, está complicado, e deve ter algum reflexo de perdas”. No geral, a previsão de produção para o Estado é de 3,8 milhões de toneladas, 5% acima dos 3,6 milhões do ciclo anterior.

Olericultura

No setor de olericultura, as principais culturas neste período no Paraná são a batata, o tomate e a cebola. “As três safras que estão sendo colhidas agora sofreram a influência do clima, as chuvas da primavera e verão, e o calor excessivo em fevereiro”, salientou o engenheiro agrônomo Paulo Andrade, analista do setor no Deral.

A estimativa é que a batata tenha perda entre 15% e 20% no fechamento da segunda safra, que atualmente tem previsão de 302 mil toneladas, uma redução de 10% sobre as 334,5 mil toneladas da safra anterior. A área colhida, que estava em 49% dos 10,5 mil hectares há quatro semanas, alcançou agora 82%.

O tomate primeira safra está com os 2,5 mil hectares praticamente todo colhido, com expectativa de se colher 146 mil toneladas. O produto de segunda safra deve ocupar 1,7 mil hectares, com 96% já plantados. A colheita também avança, com 77% já retirado do campo.

A nova safra de cebola está começando, e o produtor tem expectativa de se manter o preço do último ciclo. “A análise do produtor é em relação ao preço bom do ano passado, que ainda está replicando”, ponderou Andrade. Se isso se efetivar, a tendência é que haja excesso de cebola. Em torno de 50% da área paranaense de 2,7 mil hectares dedicada ao produto já está plantada, com possibilidade de se colher 89 mil toneladas.

Boletim

O Deral também divulgou nesta quinta-feira o Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 21 a 27 de junho. Além dos produtos acima, o documento analisa a exportação do complexo soja que atingiu 7 milhões de toneladas nos primeiros cinco meses de 2024. O montante financeiro chegou a US$ 3,2 bilhões.

O comércio da arroba do boi gordo também é assunto do boletim, que destaca pouca alteração nos preços e lentidão nos negócios no Paraná mesmo em época de entressafra. Já as exportações brasileiras de carne bovina bateram recorde no último mês, com 239,5 mil toneladas ao preço de US$ 1,05 bilhão.

Sobre os suínos, a análise discorre no crescimento de 371% na produção de carne em abatedouros com chancela do Serviço de Inspeção do Paraná (SIP) na última década. Em 2013 foram 34 mil toneladas, enquanto no ano passado alcançou 161 mil toneladas. Somente no primeiro trimestre deste ano foram produzidas 37 mil toneladas, superando todo o ano de 2013.

A produção de ovos também é abordada pelo documento, a partir da Pesquisa Trimestral de Produção de Ovos, feita pelo IBGE. O Brasil produziu quase 1,1 bilhão de dúzias no primeiro trimestre. O Paraná, com 111,2 milhões de dúzias, é o segundo colocado, atrás de São Paulo, que produziu 290 milhões de dúzias.

Fonte: AEN Foto: Gilson Abreu

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4% a mais: exportações dos portos do Paraná batem 16,8 milhões de toneladas em 2024

A exportação nos portos paranaenses cresceu 4% nos cinco primeiros meses de 2024 em relação ao mesmo período do ano anterior, movimentando 16.861.765 toneladas, 715.435 a mais do que em 2023.

A commodity que apresentou maior movimentação em volume foi o grão de soja. Ao todo, 6.381.268 toneladas de soja foram movimentadas de janeiro a maio desse ano, contra 5.743.035 no ano passado, representando um crescimento de 11%. Segundo dados do governo federal, disponibilizados pelo Comex/Stat e do Power BI, os portos paranaenses alavancaram metade do crescimento nacional em exportação de soja entre os meses de janeiro e maio deste ano. Das 1.183.261 toneladas a mais no Brasil este ano, 638.232 toneladas são do Porto de Paranaguá.

“Ou seja, mais da metade da movimentação nacional passou pelo porto paranaense. É um volume bastante expressivo e que mostra a eficiência das nossas operações”, destacou o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

Açucar

Além do crescimento em soja, o açúcar foi destaque na exportação. Entre os meses de janeiro e maio, o açúcar a granel passou de 1.086.008 toneladas, no ano passado, para 2.212.473 toneladas neste ano, um aumento de 104%. A commodity em sacas também apresentou crescimento de 143.913 toneladas, em 2023, para 293.510 toneladas, em 2024, representando também 104% a mais.

“Tivemos um aumento significativo na movimentação de açúcar para exportação e isso se deve a grande procura da Índia, que apresentou uma quebra de safra e está com dificuldades para manter a própria demanda interna. Temos uma grande hinterlândia disponível na região do Porto de Paranaguá, além de infraestrutura para atender esse tipo de carga e eficiência na gestão na operação”, explicou o diretor de Operações, Gabriel Vieira.

“O volume nacional de açúcar no período cresceu 61% em comparação ao ano passado e a cotação da tonelada média no período saltou de US$ 464/tonelada para US$ 520/tonelada. O açúcar está entre os únicos produtos da pauta de exportação do agronegócio, em 2024, com aumento em volume embarcado e em receita cambial simultaneamente”, destacou Vieira.

Panorama geral

A movimentação geral, tanto de importação quanto de exportação, apresentou um crescimento de 8% no período em comparação ao ano passado, de 25.220.449 toneladas para 27.197.565 toneladas. Na importação, houve um crescimento de 14% em relação a 2023, passando de 9.074.119 toneladas para 10.335.801 toneladas movimentadas este ano.

Fonte: AEN Foto: Claudio Neves/Porto do Paraná

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Brics apoia criação de Bolsa de Grãos

Durante uma recente declaração antes da cúpula do Brics em outubro na Rússia, a ministra da Agricultura da Rússia, Oksana Lut, anunciou o apoio do grupo Brics à criação de uma bolsa de grãos. Esta iniciativa visa revolucionar o comércio agrícola ao permitir que compradores adquiram grãos diretamente dos produtores, fortalecendo assim os laços comerciais dentro do grupo.

“Trabalharemos em conjunto com nossos colegas na criação e desenvolvimento dessa plataforma e no desenvolvimento da possibilidade de liquidações em moedas nacionais dos países do Brics”, afirmou Lut, destacando o compromisso com a integração econômica regional através de soluções financeiras inovadoras.

O grupo Brics, composto por Brasil, Índia, China, África do Sul e outros países, detém uma significativa parcela da produção agrícola global, com mais de 30% da terra agrícola mundial sob sua gestão, conforme dados do centro de exportação russo Agroexport. Esta união representa mais de 40% da produção mundial de cereais e carne, quase 40% dos produtos lácteos, e mais de 50% da produção global de peixes e frutos do mar.

“No ano passado, a associação respondeu por mais de um terço das exportações russas de produtos agroindustriais, totalizando US$ 15 bilhões”, complementou Lut ao destacar o impacto econômico significativo dos países do Brics no mercado global.

A bolsa de grãos proposta não apenas promete simplificar as transações entre produtores e compradores, mas também reforçar a cooperação econômica entre os países membros do Brics, oferecendo uma plataforma robusta para o comércio agrícola internacional baseada em moedas locais.

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems Foto: Pixabay

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Apasem marca presença na 39ª Reunião de Pesquisa em Soja em Londrina

A 39ª Reunião de Pesquisa em Soja, promovida pela Embrapa Soja, que acontece nesta semana, dias 26 e 27, em Londrina, conta com a presença de nosso estande ‘9’, com a abordagem ‘O caminho da semente para a certificação’.

Este evento anual, que já se realiza há quase 40 anos, reúne especialistas da área para discutir novas tecnologias e pesquisas relacionadas à produção de sementes e grãos. Além das palestras, o evento oferece oportunidades significativas para networking, troca de informações, lançamentos de livros e periódicos.

A Reunião de Pesquisa de Soja (RPS) é o principal fórum técnico no campo do complexo agropecuário da soja, além de ser um excelente espaço para discutir avanços em tecnologias e práticas que visam aprimorar a produção e a sustentabilidade do setor.

Esperamos a sua visitar!

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Geada atinge Paraná a partir desta quinta-feira (27)

O fenômeno deve vir mais fraco, concentrado no sul e sudoeste do estado

A quinta-feira (27) deve amanhecer com geada em vários municípios do Paraná. O fenômeno é o primeiro registrado no inverno, e deve se prolongar por todo o final de semana. Quem faz o alerta é o Simepar (Sistema Meteorológico do Paraná).

Nesta quinta-feira, 27, a geada deve vir mais fraca, concentrada no sul e sudoeste do estado. É isso que afirma o meteorologista do instituto, Reinaldo Kneib.

O efeito é causado por uma massa de ar frio e seco sob condições específicas, como explica o especialista.

Ainda segundo O Simepar, Curitiba não deve registrar o fenômeno nestes próximos dias. Já os municípios do entorno, como Colombo, São José dos Pinhais e Lapa, devem ser atingidos. No centro-sul, os eventos climáticos vão ser sentidos com mais intensidade no final de semana.

No geral, o inverno no Paraná tende a ser mais ameno este ano.

O estado registra a partir desta quinta-feira temperaturas abaixo dos 10ºC. Curitiba deve marcar 1ºC nos termômetros neste domingo (3).

Fonte: BandNews Foto: Ana Tigrinho/AEN

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Adapar reforça prevenção de praga trazida por colheitadeiras

Com o objetivo de fortalecer as medidas de prevenção contra a planta daninha Amaranthus palmeri no Paraná, a Agência de Defesa Agropecuária (Adapar) iniciou nesta semana uma capacitação para seus servidores de inspeção de colheitadeiras e outros equipamentos agrícolas.

O treinamento, que reforçará o conhecimento sobre esse trabalho, está sendo ministrado pelo Sistema Federação da Agricultura do Paraná e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Faep/Senar), começou segunda-feira (24), com previsão de término para o dia 12 de julho. As atividades ocorrem no Centro de Treinamento Agropecuário (CTA) da Faep/Senar em Assis Chateaubriand, no Oeste do Paraná.

A Amaranthus palmeri está presente no Brasil desde 2015, mas sem ocorrência registrada no Paraná. Sua incidência impacta em qualquer cultura, mas os maiores prejuízos estariam nas lavouras de grãos. Relatos indicam que uma única planta pode produzir de 100 mil a 1 milhão de sementes. O controle ineficiente pode até mesmo inviabilizar a colheita, aumentando o uso de herbicidas e os custos de produção, com potencial de causar grandes prejuízos para a agricultura paranaense.

O treinamento promovido pela Adapar está dividido em quatro turmas, cada uma delas composta por cerca de 15 participantes, totalizando 60 servidores. O chefe do Departamento de Sanidade Vegetal (Desv) da Adapar, Renato Rezende Young Blood, enfatiza a importância da iniciativa para a defesa agropecuária paranaense e para a aplicação da Portaria Adapar nº 129/2024 pelos servidores, como parte das ações para mitigar o risco de introdução de Amarathus palmeri no Paraná.

A Portaria estabelece procedimentos para a entrada de máquinas, implementos agrícolas e seus veículos transportadores no Paraná. Segundo a normativa, a entrada só é permitida se todos os componentes estiverem livres de solo e resíduos vegetais, tanto interna quanto externamente.

O chefe do Desv lembra que a detecção da praga no Mato Grosso do Sul, aliada à ausência de registros no Paraná, ratifica a necessidade de aprimorar as ações preventivas. Segundo Blood, a Amaranthus palmeri está entre as pragas consideradas de maior risco fitossanitário para o País, conforme hierarquização estabelecida no documento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A disseminação de plantas daninhas resistentes a herbicidas no Brasil ocorre principalmente pelo trânsito de máquinas e implementos agrícolas com solo aderido ou resíduos vegetais. O risco da introdução de Amaranthus palmeri no Paraná pode ser, dentre um deles, através do transporte de sementes em colheitadeiras e implementos agrícolas.

Plano de ação

O Departamento de Sanidade Vegetal da Adapar trabalha com um plano de ação desde fevereiro do ano passado, quando houve a detecção da planta daninha em algumas propriedades no Mato Grosso do Sul. Este plano é fundamental para aumentar a proteção da agricultura paranaense e contribuir para a prevenção não só de Amaranthus palmeri, mas também de outras espécies de plantas daninhas resistentes, fungos, vírus, bactérias e nematoides.

Postos

A Adapar mantém mais de 30 Postos de Fiscalização do Trânsito Agropecuário nas divisas do Paraná com Mato Grosso do Sul, São Paulo e Santa Catarina, onde as inspeções de máquinas e implementos agrícolas são intensificadas para verificar a conformidade com a Portaria 129/24.

Fonte: AEN Foto: Adapar

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CDPC aprova redução de taxa de juros para custeio do Funcafé

O Comitê Técnico do Conselho Deliberativo de Política do Café (CDPC) aprovou a redução de 1% na taxa de juros para pequenos produtores rurais que acessarem o crédito de custeio agrícola, operado com recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé).

A decisão foi anunciada na segunda (24) e será encaminhada ao Conselho Monetário Nacional (CMN), que publicará a alteração em resolução específica. A nova taxa de juros deve ser incluída no Plano Agrícola e Pecuário 2024/2025.

Durante a reunião, a Comissão Nacional do Café da CNA defendeu a redução de 3% na taxa final de juros ofertada para pequenos e médios cafeicultores na linha de custeio, reduzindo a remuneração do fundo de 8% para 5% e mantendo o spread bancário do agente financeiro em 3% ao ano.

“Mesmo com uma redução mais modesta do que desejávamos, a decisão é uma conquista relevante para o setor produtivo, pois é a primeira vez que conseguimos qualquer diferenciação no recurso disponibilizado ao produtor rural”, destacou a assessora técnica da CNA, Raquel Miranda.

Segundo Raquel, o setor cafeeiro é um grande demandante de crédito agrícola, em especial recursos de custeio. “Conhecendo a realidade e o perfil dos produtores, há anos a CNA já vinha pleiteando para que os recursos do Funcafé fossem ofertados a taxas menores a estes produtores”.

Antes da decisão do Comitê, os recursos do Fundo eram operados com uma taxa de juros única para todas as linhas de financiamento. No exercício financeiro 2023/2024, produtores, cooperativas, indústria de torrefação, indústria de café solúvel e exportadores acessaram o recurso com uma taxa de 11% ao ano.

“A redução dos juros é uma forma de ampliar a utilização de recursos do Fundo, bem como atender às recomendações do Tribunal de Contas da União (TCU), que alertou sobre a ociosidade e concentração do volume”, disse Miranda.

A assessora técnica ainda alertou que a diferenciação na taxa de juros não impactará o acesso de outros produtores e cooperativas que já acessam o Funcafé. “Esses perfis continuarão acessando o custeio com a mesma taxa aplicada às demais linhas de financiamento destinadas às cooperativas, indústrias e exportadores”, explicou Raquel.

Fonte e Foto: CNA

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Mapa alcança 60 especificações de referência para o controle de pragas

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou a Portaria nº 1.127, que eleva para 60 o número de especificações de referência (ER) de produtos fitossanitários com uso aprovado para a agricultura orgânica. As novas ER são de amplo acesso e devem facilitar o registro de produtos à base de agentes biológicos de controle.

Os produtos registrados com base em ER podem ser usados no manejo fitossanitário tanto em cultivos orgânicos quanto em convencionais. Eles ampliam o leque de opções de baixo impacto para o produtor rural que, até o final de maio deste ano, já contava com mais de 300 produtos registrados.

“Quase 90% dos produtos à base de agentes biológicos de controle registrados no Brasil são pela via das especificações de referência. Nossa expectativa é que esse número aumente com as novas ER”, ressalta Angélica Wielewicki, chefe do Serviço de Especificações de Referência da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa.

A ER59 tem a vespinha Aphidius colemani como ingrediente ativo para o manejo fitossanitário do pulgão Aphis gossypii. “Embora existam agrotóxicos registrados no Brasil para o controle dessa praga, as opções de produtos de baixo impacto ainda são poucas. A inovação, neste caso, está no fato de o Aphidius colemani ser o primeiro parasitoide autorizado contra Aphis gossypii”, destaca Angélica.

Na ER60, o ingrediente ativo é também uma vespinha parasitoide, o Telenomus remus. A indicação de uso desse novo agente contou com a contribuição do Pesquisador Ivan Cruz, da Embrapa Milho e Sorgo, e tem como alvo a lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda). Este é o segundo parasitoides autorizado para o controle dessa praga que, até então, só contava com o Trichogramma pretiosum.

A nova portaria altera a Instrução Normativa Conjunta SDA/SDC nº 02, de 12 de julho de 2013.

Republicações

Na nova Portaria, foram republicadas a ER25 e a ER30, ambas de agentes microbiológicos de controle. As principais alterações contemplaram adequações na classificação taxonômica, na forma de apresentação do ingrediente ativo e no campo de observações no final das especificações. A ER30, que é de amplo acesso, passou também a contar com 27 novos “outros ingredientes” para as formulações comerciais.

Fonte e Foto: Mapa