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Brasil precisa acelerar compras de soja

A Hedgepoint Global Markets divulgou um relatório detalhando a situação atual e as perspectivas para o mercado de soja no Brasil no segundo semestre de 2024. Segundo o estudo, as esmagadoras brasileiras estão com cobertura para aproximadamente dois meses de operações, o que significa que precisarão acelerar significativamente as compras para garantir os estoques necessários até o final do ano.

Com base em dados da Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (Abiove), até o final de junho, o Brasil processou 26,9 milhões de toneladas de soja, e em julho, espera-se que o número alcance 31,7 milhões de toneladas, o segundo maior desde 2017. No entanto, apesar desse volume expressivo, a necessidade de compras adicionais é evidente.

A Hedgepoint destaca que o setor terá que adquirir 20,9 milhões de toneladas de soja até dezembro, o que representa quase duas vezes e meia a média de compra dos últimos três anos. Este ritmo acelerado de compras é crucial para manter as operações de esmagamento e garantir estoques de segurança, que atualmente cobrem apenas dois meses de produção.

Com a demanda local em alta, a pressão sobre os preços internos da soja tende a aumentar, tornando mais atrativa a venda para o mercado interno em vez da exportação. Além disso, o Brasil se encontra em um momento de transição para o programa de exportação de milho, o que pode influenciar ainda mais o cenário de preços da soja.

A combinação de fatores, incluindo a concorrência crescente pela soja restante e a possibilidade de que as esmagadoras optem por reduzir os estoques de segurança, pode levar a um fortalecimento do basis local nos próximos meses. Ainda de acordo com a Hedgepoint Global Markets, caso os preços se elevem excessivamente, algumas esmagadoras poderão aproveitar o segundo semestre para realizar manutenções em suas plantas, ajustando sua capacidade produtiva em meio a um mercado mais caro.

Fonte: Agrolink/Aline Merladete Foto: Leonardo Gottems

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Cecafé lança landing page sobre EUDR e os cafés do Brasil

O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) acaba de lançar uma landing page sobre o Regulamento da União Europeia para Produtos Livres de Desmatamento (EUDR). O objetivo da iniciativa é facilitar o entendimento das novas regras e suas implicações no comércio de café do Brasil, por meio, por exemplo, de perguntas e respostas destinadas a produtores, exportadores e importadores.

A União Europeia é o principal bloco importador dos cafés do Brasil, respondendo por 47,3% das exportações do produto no acumulado de janeiro a julho de 2024. Com o EUDR tornando-se mais rígido a partir do ano que vem, promovendo a importação e a comercialização de produtos livres de desmatamento, como parte do Pacto Verde Europeu (Green Deal) para combater às mudanças climáticas, o Cecafé busca esclarecer, a todos os atores da cadeia produtiva, os pontos envolvidos nessa nova legislação.

O EUDR impõe, por exemplo, a obrigatoriedade da informação das geolocalizações das propriedades em que se originou o café e que as empresas europeias realizem a devida diligência ao longo de suas cadeias de abastecimento para garantir que produtos originados de área desmatada, a partir de 31 de dezembro de 2020, não sejam internalizados e comercializados em território europeu.

“Embora existam muitos desafios com o novo regulamento europeu, o Brasil vem empenhando esforços, por meio do comércio exportador, para atender a ele e à demanda do bloco europeu, garantindo o abastecimento de nossos importadores nesse importante mercado ao oferecer cafés de diversas qualidades e produzidos de maneira sustentável, com respeito ao meio ambiente e às pessoas”, destaca o diretor-geral do Cecafé, Marcos Matos.

A diretora de Sustentabilidade do Cecafé, Silvia Pizzol, completa que trazer mais transparência às boas práticas socioambientais adotadas nas regiões cafeeiras do país é uma oportunidade de demonstrar ao mundo que os cafés do Brasil são e estão na vanguarda da sustentabilidade global, considerando suas três dimensões: ambiental, social e econômica.

“O Cecafé lidera o desafio de defender o café brasileiro no exterior e promover a conscientização interna, por meio de campanhas digitais informativas e instrutivas sobre o novo regulamento da União Europeia, levando conhecimento e esclarecimentos aos produtores e exportadores brasileiros de café. Essa iniciativa de comunicação também visa demonstrar aos importadores europeus a plataforma adotada pelo comércio exportador e os procedimentos realizados no Brasil para atender ao EUDR”, comenta.

Para apoiar os processos de devida diligência socioambiental realizados pelas empresas exportadoras, o site apresenta a parceria que o Cecafé possui com a Serasa Experian, através da qual, por meio da plataforma Smart ESG, os exportadores brasileiros podem verificar e monitorar informações socioambientais de propriedades rurais, identificando aquelas que atendem aos requisitos do regulamento europeu, além de extrair os dados de geolocalização.

Eduardo Heron, diretor técnico do Cecafé, recorda que o EUDR se aplica apenas aos operadores econômicos europeus, como importadores e comerciantes, contudo, as novas regras de importação da União Europeia trazem exigências que geram efeitos para os demais elos da cadeia, incluindo produtores e exportadores, em razão do regulamento tornar obrigatória a informação das geolocalizações das propriedades em que se originou o café.

“Essa é uma informação que deverá acompanhar o café ao longo de toda a sua cadeia de comercialização. Por isso nosso site apresenta a parceria Cecafé-Serasa Experian, a qual conta, atualmente, com mais de 50 empresas e cooperativas exportadoras, responsáveis por quase a totalidade dos embarques de café à UE, que aplicam tecnologia para avaliar e gerar evidências sobre a conformidade dos grãos a serem exportados ao bloco europeu sob as regras do EUDR”, conclui.

A nova landing page do Cecafé, que traz as principais informações que produtores, exportadores e importadores precisam saber sobre o EUDR, além de evidenciar como o Brasil vem trabalhando para atender às obrigações do novo regulamento e garantir o abastecimento à UE, pode ser acessada em www.cecafe.com.br/eudr.

Fonte: Cecafé Foto: Divulgação

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Embrapa promove primeiro dia de campo sobre produção de soja com baixo carbono

A Embrapa promove, no dia 3 de setembro, das 8h às 12h, na sede da Embrapa Soja, em Londrina (PR), o primeiro dia de campo sobre as Tecnologias para Produção de Soja Baixo Carbono, para um público estimado de 100 participantes, entre produtores, técnicos, acadêmicos e profissionais do agronegócio. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas aqui. O evento será realizado na Vitrine de Tecnologias do Programa Soja Baixo Carbono, uma iniciativa da Embrapa Soja com sete empresas apoiadas – Bayer, Bunge, Cargill, Coamo, Cocamar, GDM e UPL – que objetiva agregar valor à soja produzida em sistemas que contribuem para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, responsáveis ​​do aquecimento global.

 A palestra de abertura, a ser realizada no Auditório da Embrapa Soja, a partir das 8h40, abordará a primeira versão das diretrizes técnicas para certificação Soja Baixo Carbono, seguida de uma apresentação sobre a teoria e a prática da integração de boas práticas agrícolas. Na sequência, estão quatro estações técnicas a serem realizadas no campo que, segundo a chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Soja, Roberta Carnevalli, irão demonstrar a dinâmica da distribuição de culturas e os impactos das boas práticas agrícolas na redução das emissões de carbono.

“A programação das estações técnicas contará com a apresentação de diferentes modelos variados de produção; assim como a apresentação dos benefícios da inoculação e da coinoculação em soja e o uso do Manejo Integrado de Pragas (MIP) no alcance de uma produção de soja mais sustentável. Toda a programação terá como foco central as tecnologias que podem contribuir para a mitigação das emissões de GEE”, reforça.

Programação

8h30 Abertura: Auditório da Embrapa Soja

8h40 Palestra: Diretrizes técnicas para certificação Soja Baixo Carbono

9h10 Palestra: Integração de boas práticas agrícolas: da teoria à prática

9h40 Coffee break

10h Deslocamento para o campo

10h20 às 12h Estações técnicas: Vitrine SBC 

Estação 1: Modelos de produção diversificados no contexto na mitigação das emissões de GEE: consórcio de milho + forrageiras tropicais

Estação 2: Modelos de produção diversificados no contexto na mitigação das emissões de GEE: consórcios de coberturas e o papel do trigo

Estação 3: Inoculação e coinoculação no contexto na mitigação das emissões de GEE

Estação 4: Manejo integrado de praxe na mitigação das emissões de GEE: resultados da 1ª safra

12h10 Encerramento

 Dia de campo – Tecnologias para Produção de Soja Baixo Carbono

Data: 3 de setembro

Horário: 8h às 12h

Local: Embrapa Soja – Rodovia João Carlos Strass, s/n /Acesso Orlando Amaral – Distrito de Warta- Londrina, PR

Inscrição:https://lp-cnpso.comunica.embrapa.br/dia-de-campo- sbc

 Saiba mais sobre o PSBC: www.sojabaixocarbono.com.br

Fonte: Embrapa Soja

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XXII Congresso Brasileiro de Sementes

A Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes (ABRATES) promove de 10 a 13 de setembro de 2024, no Rafain Palace Hotel & Convention em Foz do Iguaçu PR, o XXII Congresso Brasileiro de Sementes (XXII CBSementes).

Realizado desde 1979, o CBSementes é o maior evento da área, reconhecido dentro e fora do país. Reúne técnicos, produtores, empresários, pesquisadores, docentes e estudantes de graduação e pós-graduação vinculados ao setor de sementes, além das principais empresas do setor. Para a edição de 2024 são esperados mais de 1.500 participantes!

Tema Central

Com o tema Semente: matéria-prima da sustentabilidade o congresso abrangerá palestras, painéis, sessões pôster com trabalhos científicos, além do showroom tecnológico com exposição de stands de empresas renomadas do segmento de sementes, insumos, máquinas e equipamentos, tecnologia e áreas afins.

A programação do CBSementes abrange também o XVI Simpósio Brasileiro de Patologia de Sementes, o XII Simpósio Brasileiro de Tecnologia de Sementes Florestais, o V Simpósio Brasileiro de Sementes de Espécies Forrageiras, I Simpósio de Análise de Sementes e Reunião Nacional das Comissões de Sementes e Mudas.

Fonte: Agrolink

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Nova cultivar de trigo apresenta alto potencial produtivo

Lançada no início deste mês, uma nova cultivar de trigo se destacou nos testes de campo realizados nas últimas três safras. Desenvolvida em parceria entre a Embrapa e a Fundação Meridional , a nova BRS Coleiro apresentou adaptação às diversas condições de cultivo, boa qualidade industrial e ganhos na produtividade de grãos. “Esperamos fomentar o cultivo e a comercialização dessa cultivar para os diferentes sistemas de produção de inverno nas regiões recomendadas”, explica Manoel Carlos Bassoi , pesquisador da Embrapa Soja (PR), ao informar que o material é indicado para os estados do Paraná, São Paulo e Santa Catarina.

No Paraná, as produtividades médias da BRS Coleiro, nos experimentos, foram de 4.922 kg/ha, 5.624 kg/ha e 4.083 kg/ha, nas três regiões de indicação (1, 2 e 3, respectivamente). Por outro lado, a média de produtividade dos agricultores paranaenses, na safra 2023, foi de 2.560 kg/ha, segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento ( Conab ). O nome da cultivar vem de uma ave brasileira, o coleiro ( Sporophila caerulescens ), muito apreciado por seu canto.

Produtividade elevada também em São Paulo e Santa Catarina

Em Santa Catarina, a média de produtividade do BRS Coleiro foi de 6.959 kg/ha e 4.468 kg/ha, nas duas regiões de indicação (1 e 2), enquanto a média de produtividade a campo, na safra 2023, foi de 2.150 Kg , de acordo com a Conab. O desempenho dos experimentos da BRS Coleiro, em São Paulo (região 2), foi de 5.555 kg/ha, enquanto a média produtiva do estado foi de 3.050 kg, segundo a Conab. “Esses números reforçam o excelente potencial produtivo desse lançamento. A BRS Coleiro foi desenvolvida para favorecer os produtores que desejam produtividades elevadas a campo”, ressalta Bassoi.

A nova cultivar possui porte médio, ampla adaptabilidade e estabilidade de rendimento de grãos no Paraná, Santa Catarina e São Paulo. O ciclo médio para espigamento (64 dias) e o ciclo precoce para maturação fisiológica (111 dias) são características que atraem os produtores, por fornecer melhor disponibilidade de janela de semeadura e planejamento para a safra de soja.

Bassoi explica que o BRS Coleiro apresenta grão extra duro e qualidade tecnológica da classe melhorador, com alta força de glúten e farinha de boa estabilidade. Isso indica que os grãos podem ser usados ​​na produção de massa, na fabricação de pão industrial, no tradicional “pão francês” e, também, em misturas com farinhas fracas. “Outro destaque desse lançamento é a sanidade da planta, que apresenta boa tolerância ao acamamento e ao crestamento, sendo resistente ao oídio e moderadamente resistente à giberela e às manchas foliares”, afirma Bassoi.

Em 2024, a Fundação Meridional completará 25 anos de parceria com a Embrapa Soja. “Não pretende comemorar de forma melhor do que lançar uma cultivar de trigo simplesmente excelente”, destaca Henrique Menarim, diretor-presidente da Fundação Meridional. “O seu elevado potencial produtivo, aliado à ótima qualidade industrial, revela o BRS Coleiro como um novo patamar no melhoramento genético. Temos grandes expectativas em relação ao crescimento de participação de mercado, nas próximas safras”, completa o executivo.

Ralf Udo Dengler, gerente-executivo da Fundação Meridional, ressalta aspectos da nova cultivar que impactam a rentabilidade e a sustentabilidade. “A BRS Coleiro traz em sua genética características importantes de adaptação e sanidade, que propiciam a otimização do uso de fertilizantes e fungicidas. Além disso, sua qualidade industrial superior também deverá ser um diferencial no momento da comercialização dos grãos”, prevê Dengler.

 Saiba mais sobre o trigo

O trigo é um componente básico da alimentação humana. Sua farinha é bastante utilizada na confecção de pães, massas e biscoitos. A qualidade do grão produzido é que determina sua utilização pela indústria. “A classificação realizada tem como base o teor de glúten, que determina o volume e a consistência da massa, ou técnicas, a “elasticidade da farinha de trigo”, esclarece Bassoi.

Avanços genéticos

Ao longo das duas últimas décadas, o avanço na genética das cultivares de trigo trouxe melhorias, tanto na qualidade do grão quanto na facilidade para o manejo da cultura. As características das cultivares favorecem tanto a indústria moageira (pães, massas e biscoitos) quanto a indústria de proteína animal (carne, leite, ovos). “Hoje temos cultivares BRS de trigo tipo pão e tipo melhorador para atender às demandas do mercado da região Meridional do Brasil. Essas cultivares podem ser usadas na fabricação de pão em misturas de farinhas mais fracas”, diz o analista de transferência de tecnologia da Embrapa  Rogério Borges .

Segundo ele, a pesquisa tem aprimorado, ainda, tecnologias como rotação de culturas, manejo adequado do solo, controle integrado de flexibilidade, controle químico de doenças e zoneamento agroclimático, que dão suporte à produção de trigo, minimizando os riscos de perdas. “O trigo é uma cultura de grande importância para a sustentabilidade da produção de grãos. O fato de seu cultivo ocorrer nos meses de outono e inverno representa uma oportunidade para os agricultores melhorarem a qualidade do solo, aumentarem seus rendimentos e diluírem os custos fixos da propriedade”, afirma Borges.

Mercado

A área semeada com trigo no Brasil foi de 3,4 milhões de hectares, na safra 2023/2024, com uma produção de 8 milhões de toneladas, de acordo com levantamento da Conab. O Paraná (3,6 milhões de toneladas) e o Rio Grande do Sul (2,8 milhões de toneladas) responderam por 75% da produção nacional.

Com relação ao consumo doméstico de trigo, no Brasil, na safra 2023/2024, foram utilizados 12 milhões de toneladas, havendo necessidade de importar o cereal para suprir a demanda interna, segundo levantamento do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Fonre e Foto: Embrapa Soja

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Soja: Chicago estende ganhos com compras de barganha e seguindo petróleo

Os contratos da soja em grão registram preços mais altos nas negociações da sessão eletrônica na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). O mercado é sustentado por compras de barganha por parte dos investidores. A alta do petróleo em Nova York e uma correção técnica também contribuem para a reação. No entanto, a ampla oferta global e as condições climáticas favoráveis para as lavouras no Meio-Oeste dos Estados Unidos restringem um avanço mais significativo dos preços.

Além disso, os agentes aguardam o relatório semanal para as exportações americanas de soja que será divulgado hoje, às 9h30min, pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Analistas estimam vendas entre 500 mil toneladas e 1,3 milhão de toneladas.

Os contratos com vencimento em novembro operam cotados a US$ 9,73 3/4 por bushel, alta de 5,25 centavos de dólar, ou 0,54%, em relação ao fechamento anterior.

No dia 13, a soja fechou em alta, mas abaixo das máximas do dia. Após seis sessões de perdas, o mercado se recuperou tecnicamente.

Os agentes aproveitaram para compras de barganha, mas os contratos encerraram abaixo das máximas do dia. A reação foi limitada pelo cenário fundamental, diante da expectativa de ampla oferta mundial. O sentimento se intensificou após o relatório do USDA, divulgado na segunda e que projetou safra e estoques americanos acima do esperado.

A previsão de chuvas benéficas sobre as regiões produtoras dos Estados Unidos nos próximos dias completou um cenário de pressão fundamental, que limitou os ganhos técnicos.

Os contratos da soja em grão com entrega em setembro fecharam com alta de 5,00 centavos de dólar, ou 0,52%, a US$ 9,52 1/4 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 9,68 1/2 por bushel, com ganho de 6,00 centavos ou 0,62%.

Fonte: Agência Safras/Henrique Almeida Foto: Divulgação

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CMN autoriza nova prorrogação de dívidas dos produtores rurais gaúchos

O Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou, por meio da Resolução CMN nº 5162, as instituições financeiras a prorrogarem as dívidas bancárias dos produtores rurais gaúchos até o dia 16 de setembro. A autorização foi publicada após reunião extraordinária ocorrida nessa terça-feira (13).

A Resolução vale para suspensão das parcelas e juros das operações de crédito rural de custeio, investimento e industrialização que tinham vencimentos entre o dia 1º de maio e 15 de setembro, e que estejam em situação de inadimplência em 30 de abril deste ano.

Anteriormente, o Governo Federal tinha autorizado as renegociações até o dia 15 de agosto para os munícipios do Rio Grande do Sul que foram decretados em situação de emergência ou estado de calamidade. A nova medida para setembro, vale para todos os munícipios que tenham sido decretados até o 31 de julho de 2024.

Essa é mais uma das ações voltadas para o estado após as fortes chuvas ocorridas entre abril e maio deste ano. Nessa terça-feira (13), foi divulgado o Decreto que regulamenta renegociação de dívidas de crédito rural de custeio, investimento e industrialização.

O ministro Carlos Fávaro também se reuniu com deputados da bancada gaúcha para debaterem sobre outras medidas de apoio aos produtores. Nesta semana deve ser votado o Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) para a desnegativação dos Cadastro de Pessoas Físicas (CPFs) diante de empresas de restrição de crédito. O objetivo do PLN é para que os cidadãos gaúchos tenham acesso as medidas publicadas pelo Governo Federal nas instituições financeiras.

Como também está prevista a publicação da Medida Provisória no Diário Oficial da União que vai autorizar a liberação de cerca de R$1,8 bilhão para aparar as medidas do Decreto nº 12.138.

Fonte e Foto: Ministério da Agricultura

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CBSementes: Reunião com as Comissões de Sementes e Mudas busca o fortalecimento do setor

Representantes de nove Comissões Estaduais de Sementes e Mudas (CSMs) estarão reunidos no XXII Congresso Brasileiro de Sementes (CBSementes), que acontecerá de 10 a 13 de setembro em Foz do Iguaçu (PR). Além do Paraná, estarão presentes os representantes das comissões do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia e Tocantins, principais regiões produtoras de sementes e grãos.

O encontro está sendo organizado pela Comissão de Sementes e Mudas do Paraná (CSM-Paraná), em conjunto com a ABRATES, promotora do CBSementes.

De acordo com Jhony Möller, presidente da CSM-Paraná e diretor-executivo da Apasem, a receptividade das comissões de todos os estados tem sido excelente para o encontro, que vai fornecer subsídios e promover ações para o fortalecimento da cadeia produtiva de sementes e mudas .

A atuação das CSMs, os projetos em andamento e as previsões de encaminhamentos ao Ministério da Agricultura serão parte da pauta no período da manhã. “Faremos, então, um relato de cada CSM junto ao Ministério, trazendo o trabalho que é executado por todos.” A expectativa é que, por meio desses debates, os CSMs possam contribuir com as políticas e ações do Ministério.

No período da tarde, haverá um debate relacionado ao mix de sementes, uma novidade desde a última revisão da legislação, que ainda necessita de alguns ajustes, mas que já é uma realidade forte em todos os estados. “Teremos também uma palavra do Ministério da Agricultura, junto com a Abrasem. Essa aproximação entre Ministério, CSMs e Abrasem fortalece o setor e atende às demandas dos produtores de sementes.

Garanta sua vaga, e participe deste grande evento!

Serviço: Acesse o site http://www.cbsementes.com

Fonte: CBSemente

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Produção de grãos deve chegar a 298,6 milhões de toneladas na safra 2023/2024

A produção brasileira de grãos deverá atingir 298,6 milhões de toneladas na safra 2023/24, uma redução de 21,2 milhões de toneladas quando comparada com o volume obtido na temporada passada. Os dados estão no 11º Levantamento da Safra de Grãos divulgado nesta terça-feira (13) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Essa queda é influenciada principalmente pela perda na produtividade média das lavouras do país, reflexo das adversidades climáticas sobre o desenvolvimento das culturas de primeira safra, em especial, desde o início do plantio até as fases de reprodução das lavouras.

A colheita do milho segunda safra está avançada e segue para a finalização, com produção estimada em 90,28 milhões de toneladas. De acordo com o Progresso de Safra, publicado nesta semana pela Companhia, os trabalhos de colheita superam 90% da área cultivada no país. As produtividades alcançadas neste ciclo do grão variaram de acordo com o pacote técnico utilizado e, principalmente, da época de plantio da cultura. Semeaduras realizadas dentro da janela ideal, ou seja entre janeiro até meados de fevereiro, obtiveram produtividades dentro do esperado e até superiores às registradas na última safra devido, principalmente, à regularidade das chuvas durante o desenvolvimento da cultura. As exceções a esta situação ocorreram no Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, onde veranicos ocorridos em março e abril, aliados a altas temperaturas e ataques de pragas, comprometeram o potencial produtivo do cereal.

Aliada à perda de produtividade, a área destinada para o milho também foi reduzida, tanto na segunda como na primeira safra do grão, o que influencia na menor expectativa de colheita. A produção total esperada para o ciclo 2023/24 é de cerca de 115,65 milhões toneladas, cerca de 12,3% inferior à temporada passada.

Outra importante cultura de segunda safra é o algodão. Mas, para a fibra, a Conab prevê aumento tanto na área como no desempenho médio das lavouras, influenciado pelas condições climáticas que favoreceram o desenvolvimento da cultura. Com isso, a previsão é de um novo recorde para a produção da fibra, sendo estimada uma colheita de 3,64 milhões de toneladas de algodão em pluma.

Já para o feijão é esperada uma produção total de 3,26 milhões de toneladas, 7,3% superior à produção de 2022/23. A segunda safra da leguminosa, com a produção estimada em 1,5 milhão de toneladas, teve seu potencial de produtividade reduzido devido à incidência de doenças e da mosca-branca, além da falta de chuvas e temperaturas elevadas em importantes estados produtores. A terceira safra do grão está estimada em 812,5 mil toneladas, com as lavouras, de modo geral, nos estágios de desenvolvimento à maturação, e em Goiás, em fase inicial de colheita.

Dupla do feijão no prato dos brasileiros, o arroz já está com a colheita finalizada. A produção neste ciclo teve um crescimento de 5,6%, comparada ao volume produzido na safra anterior, chegando a 10,59 milhões de toneladas. O aumento verificado é influenciado pela maior área cultivada no país, já que a produtividade média das lavouras foi prejudicada, reflexo das adversidades climáticas, com instabilidade durante o ciclo produtivo da cultura, em especial no Rio Grande do Sul, maior estado produtor do grão.

Já a soja, principal grão cultivado no país, a produção na atual safra é de 147,38 milhões de toneladas, redução de 4,7% sobre o ciclo anterior. Nas áreas semeadas entre setembro e outubro, nas Regiões Centro-Oeste, Sudeste e na região do Matopiba, houve alterações no potencial produtivo das lavouras, com os baixos índices pluviométricos e as altas temperaturas, situações que causaram replantios e perdas de produtividade, diferente das áreas com lavouras mais tardias.

Dentre as culturas de inverno, destaque para o trigo. A semeadura nos estados da Região Sul, maior produtora do cereal no país, onde se concentra 85% da área cultivada, está quase concluída, restando áreas em Santa Catarina para serem plantadas. No Rio Grande do Sul, após o atraso inicial da semeadura em razão do excesso de chuvas, teve o plantio concluído, assim como as áreas semeadas no Paraná. A expectativa é de uma redução de 11,6% na área destinada ao cereal, estimada em 3,07 milhões de hectares.

Mercado

Neste 11º levantamento, a Conab manteve estáveis as projeções do quadro de suprimentos da safra 2023/2024 para os principais produtos analisados, com exceção do milho. A Companhia aumentou em 2,5 milhões de toneladas a estimativa de exportação desse produto. Este incremento ocorre em meio a recente desvalorização da moeda brasileira, a qual tem refletido em um aquecimento no fluxo das vendas ao mercado externo do cereal.

A questão cambial também pode afetar as exportações de arroz que hoje estão estimadas em 1,3 milhão de toneladas. No último mês, o volume embarcado do grão chegou a 175 mil toneladas, enquanto que em junho as exportações chegaram a 62 mil toneladas. Entretanto, cabe pontuar que a menor disponibilidade interna do grão deverá limitar o volume embarcado até o ciclo 2024/205.

Para outras informações acesse os arquivos do 11º Levantamento – Safra 2023/2024, publicados no Portal da Conab.

Fonte: Conab Foto: Rufino/Embrapa Soja

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Começa prazo para produtor declarar ITR

O prazo para os produtores rurais enviarem a declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR), exercício 2024, começa nesta segunda (12).

Os procedimentos para a declaração estão na Instrução Normativa nº 2206/2024 da Receita Federal e a DITR poderá ser encaminhada pelo site até o dia 30 de setembro.

A declaração do ITR pessoa física ou jurídica, proprietário ou posseiro do imóvel rural, é obrigatória e, por isso, a CNA alerta o produtor rural para que observe o prazo e evite multas.

A DITR é composta pelo Documento de Informação e Atualização Cadastral do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (Diac) e pelo Documento de Informação e Apuração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (Diat).

Caso ocorra erro ou esquecimento de informações, após o envio do documento, o produtor deve fazer uma declaração retificadora. Nela, é importante conter todas as informações anteriormente declaradas mais as correções, sem interromper o pagamento do imposto apurado na DITR original.

Segundo a CNA, mesmo com a publicação da lei nº 14.932/2024, que retirou a obrigatoriedade do Ato Declaratório Ambiental (ADA) na declaração, é importante que o produtor preencha o documento, conforme previsto na IN 2206/2024, para fins de exclusão de áreas não tributáveis do imóvel e redução do valor pago do ITR.

Para baixar o programa gerador do ITR 2024, clique aqui .

Fonte e Foto: CNA