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Embrapa Soja promove workshop para comemorar seus 50 anos

A Embrapa Soja promoverá no dia 26 de maio, das 13h30 às 18h, em sua sede, em Londrina (PR), o workshop “Embrapa Soja 50 anos: histórico e perspectivas”, como parte da comemoração dos 50 anos da instituição, completados no dia 16 de abril de 2025. O objetivo do evento é destacar a relevância da soja, a contribuição da Embrapa e de seus parceiros para a cultura da soja, assim como projetar o futuro da pesquisa e da sojicultora. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas aqui.

O primeiro painel irá debater o papel da Embrapa Soja na liderança brasileira na produção mundial de soja e contará com a participação de Décio Luiz Gazzoni, ex-chefe-geral da Embrapa Soja e ex-Diretor Embrapa; Antônio Márcio Buainain, professor livre docente da Unicamp e Rubens José Campo, ex-chefe-geral da Embrapa Soja. O debate será conduzido por Ricardo Manuel Arioli Silva, consultor da Confederação Nacional da Agricultura (CNA).

Também haverá um painel para debater o desenvolvimento tecnológico e a inovação como base para a manutenção da sustentabilidade produtiva da soja brasileira. O painel contará com a participação de Maurício Buffon, presidente da Aprosoja Brasil, Carlos Ernesto Augustin, assessor do Ministro da Agricultura e Pecuária, Romeu Kiihl, ex-pesquisador da Embrapa Soja e José Francisco Ferraz de Toledo, ex-chefe-geral da Embrapa Soja. A moderação do painel será feita por Alexandre Lima Nepomuceno, chefe-geral da Embrapa Soja.

Programação

 13h – Recepção de pedidos

13h30 – Solenidade de abertura

14h15 – PAINEL 1: Desenvolvimento tecnológico e inovação como base para manutenção da sustentabilidade produtiva da soja brasileira

– Maurício Buffon, Presidente da Aprosoja Brasil

– Carlos Ernesto Augustin, Assessor Especial do Ministro da Agricultura e Pecuária

– Romeu Afonso de Souza Kiihl, Ex-Pesquisador da Embrapa Soja

– José Francisco Ferraz de Toledo, Ex-Chefe-Geral da Embrapa Soja

Moderador: Alexandre Lima Nepomuceno, Chefe Geral da Embrapa Soja

15h45 – Intervalo para café

16h10 – PAINEL 2: Liderança brasileira na produção mundial de soja: papel da Embrapa Soja

– Décio Luiz Gazzoni, Ex-Chefe-Geral da Embrapa Soja e Ex-Diretor Embrapa

– Antônio Márcio Buainain, Professor Livre Docente da Unicamp

– Rubens José Campo, Ex-Chefe-Geral da Embrapa Soja

Moderador: Ricardo Manuel Arioli Silva, Consultor da CNA

Fonte: Embrapa Soja

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Cientista da Embrapa recebe Prêmio Mundial da Alimentação, o “Nobel” da Agricultura

Por sua relevante contribuição ao desenvolvimento de insumos biológicos para agricultura, a cientista brasileira Mariangela Hungria, pesquisadora da Embrapa Soja, é a laureada da edição de 2025 do Prêmio Mundial de Alimentação – World Food Prize (WFP) https://www.worldfoodprize.org/  reconhecido como “Nobel” da Agricultura. O anúncio de sua nomeação ocorreu na noite de 13 de maio de 2025, na sede da Fundação World Food Prize, nos Estados Unidos, criada pelo Nobel da Paz, Norman Borlaug, pai da revolução verde. A solenidade de entrega da homenagem será realizada em 23 de outubro de 2025, em Des Moines, (EUA).

O Prêmio reconhece anualmente as personalidades que contribuem para o aprimoramento da qualidade e da disponibilidade de alimentos no mundo e também é conhecido como o “Nobel” da Agricultura e Alimentação, uma vez que essa categoria não é contemplada nas categorias oficiais do Nobel. “Estou imensamente feliz, ainda não consigo acreditar, é uma grande honra, um reconhecimento mundial. Acredito que minha principal contribuição para mitigar a fome no mundo tenha sido minha persistência de que a produção de alimentos é essencial, mas deve ser feita com sustentabilidade. Foi uma vida dedicada à busca por altos rendimentos, mas via uso de biológicos, substituindo parcial ou totalmente os fertilizantes químicos. Com essa premiação, existe também o reconhecimento do empenho da pesquisa brasileira rumo a uma agricultura cada vez mais sustentável, favorecendo nossa imagem no exterior, explica Mariangela Hungria.

Para a pesquisadora, por muitos anos, o conceito predominante era o de produzir alimentos para acabar com a fome no mundo, no entanto, seu trabalho sempre esteve pautado na produção de alimentos de forma sustentável. “Hoje, percebo uma crescente demanda global por maior produção e qualidade de alimentos, mas com sustentabilidade — reduzindo a poluição do solo e da água e diminuindo as emissões de gases de efeito estufa”, ressalta. “Minha abordagem busca “produzir mais com menos” — menos insumos, menos água, menos terra, menos esforço humano e menor impacto ambiental”, sempre rumo a uma agricultura regenerativa, reforça.

Solenidade WFP 2025

A governadora do estado de Iowa, Kim Reynolds, celebrou a homenagem. “A trajetória da Dr.ª Hungria mostra que ela é uma cientista de grande perseverança e visão – características que partilha com o Dr. Norman Borlaug, fundador do Prêmio Mundial da Alimentação e pai da Revolução Verde”, afirmou a Governadora Reynolds. “Como cientista pioneira e mãe, a Dra. Hungria também serve como um exemplo inspirador para mulheres pesquisadoras que buscam encarnar ambos os papéis. As suas descobertas e desenvolvimentos contribuíram para levar o Brasil a tornar-se um celeiro mundial. O Prêmio reconhece aqueles cuja coragem e inovação transformam o nosso mundo”, destaca.

O presidente do Comitê de Seleção dos indicados ao Prêmio, Dr. Gebisa Ejeta ressaltou que “A Dr.ª Hungria foi escolhida pelas suas extraordinárias realizações científicas na fixação biológica que transformaram a sustentabilidade da agricultura na América do Sul. “O seu brilhante trabalho científico e a sua visão empenhada no avanço da produção agrícola sustentável para alimentar a humanidade com o uso criterioso de fertilizantes químicos e insumos biológicos deram-lhe reconhecimento global, tanto no país como no estrangeiro.”

O chefe-geral da Embrapa Soja, Alexandre Nepomuceno, comemorou a indicação da pesquisadora ao prêmio. “É uma grande honra contar com uma das maiores cientistas da área agrícola do mundo compondo a equipe de pesquisa da Embrapa Soja. Posso dizer que é um privilégio para a Embrapa Soja ter a Mariangela atuando ativamente em prol da ciência agrícola, e mais, trazendo soluções para desafios complexos da sojicultura e resultados práticos que realmente impactam a vida dos produtores. Por isso, esse reconhecimento do WFP, que é equivalente ao Prêmio Nobel da Agricultura, vem coroar a trajetória de excelência na pesquisa agropecuária que ela faz. Seu trabalho é um orgulho para a Embrapa e para todo o Brasil”, comemora.

A presidente da Embrapa, Silvia Masshurá, também celebrou a conquista. “Considero esta uma homenagem dupla — e profundamente significativa. Primeiro, à nossa colega pesquisadora, uma mulher que dedicou sua trajetória à ciência, acreditando no poder dos microrganismos para transformar a agricultura em uma atividade mais produtiva, competitiva e sustentável. Segundo, à nossa empresa, que em seus 52 anos sempre investiu e acreditou nesses ideais. Como primeira mulher a presidir esta instituição, sinto-me especialmente tocada por esta homenagem, que valoriza não apenas a excelência científica nacional, mas também o protagonismo feminino na construção de um país mais inovador e justo”, afirma.

Uma vida dedicada à microbiologia

Mariangela está sendo reconhecida por sua trajetória de mais de 40 anos dedicados ao desenvolvimento de tecnologias em microbiologia do solo, o que vem permitindo aos produtores rurais a obtenção de altos rendimentos com menores custos e mitigação de impactos ambientais.  A ênfase das suas pesquisas tem sido no aumento da produção e na qualidade de alimentos por meio da substituição total ou parcial de fertilizantes químicos por microrganismos portadores de propriedades como fixação biológica de nitrogênio (FBN), síntese de fitormônios e solubilização de fosfatos e rochas potássicas.

O uso da inoculação na soja com bactérias fixadoras de nitrogênio (Bradyrhizobium), que pode ser ainda mais benéfico se associado à coinoculação com a bactéria Azospirilum brasiliense. Somente em 2024, por exemplo, esta tecnologia propiciou uma economia estimada de 25 bilhões de dólares, ao dispensar o uso de adubos nitrogenados. A pesquisadora estima esse valor considerando a área de soja, a produção de soja, o valor do fertilizante (ureia) que seria necessário para essa produção, e a eficiência de uso do fertilizante nitrogenado. Além deste benefício, Mariangela explica que essa tecnologia evitou, em 2024, a emissão de mais de 230 milhões de toneladas de CO₂ equivalentes por ano para a atmosfera. Hoje, a inoculação da soja é adotada anualmente em aproximadamente 85% da área total cultivada de soja, hoje cerca de 40 milhões de hectares — representando a maior taxa de adoção de inoculação do mundo.

Associado aos trabalhos com soja, a pesquisadora também coordena pesquisas que culminaram com o lançamento de outras tecnologias: autorização/recomendação de bactérias (rizóbios) e coinoculação para a cultura do feijoeiro, Azospirillum brasiliense para as culturas do milho e do trigo e de pastagens com braquiárias.  Ainda em relação às gramíneas, em 2021, a equipe da pesquisadora lançou uma tecnologia que permite a redução de 25% na fertilização nitrogenada de cobertura em milho por meio da inoculação com A. brasilense, gerando benefícios econômicos significativos para os agricultores e impactos ambientais positivos para o país.

Sobre o Prêmio

O Prêmio Mundial de Alimentação (World Food Prize) foi idealizado por Norman E. Borlaug – vencedor do Prêmio Nobel da Paz, em 1970, por seu trabalho na agricultura global – para homenagear as contribuições para o incremento no suprimento mundial de alimentos. É um reconhecimento internacional àqueles que trabalham para aprimorar a qualidade, a quantidade ou a disponibilidade de alimentos no mundo.

Concedido anualmente, o WFP foi criado, em 1986, com o patrocínio da General Foods Corporation. O laureado recebe US$ 500.000 e uma escultura projetada pelo artista e designer Saul Bass. Três brasileiros já foram agraciados com o prêmio WFP. Em 2006, os agrônomos Edson Lobato e Alysson Paulinelli dividiram o prêmio com o colega estadunidense A. Colin McClung, pelo trabalho no desenvolvimento da agricultura na região do cerrado. Em 2011, dois ex-presidentes, Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, e John Kufuor, de Gana, foram os escolhidos por sua atuação no combate à fome como chefes de governo.

Trajetória – Mariangela Hungria possui graduação em Engenharia Agronômica (USP-ESALQ), mestrado em Solos e Nutrição de Plantas (USP–ESALQ), doutorado em Ciência do Solo (UFRRJ) e pós-doutorado em três universidades: Cornell University, University of California-Davis e Universidade de Sevilla. É pesquisadora da Embrapa desde 1982, inicialmente na Embrapa Agrobiologia (Seropédica-RJ) e, desde 1991, na Embrapa Soja (Londrina-PR).

A cientista é comendadora da Ordem Nacional do Mérito Científico e membro titular da Academia Brasileira de Ciências, da Academia Brasileira de Ciência Agronômica e da Academia Mundial de Ciências. É professora e orientadora da pós-graduação em Microbiologia e em Biotecnologia na Universidade Estadual de Londrina. Mariangela atua também na Sociedade Brasileira de Ciência do Solo e na Sociedade Brasileira de Microbiologia. Fez parte do comitê coordenador do projeto N2Africa, financiado pela Fundação Bill & Melinda Gates para projetos de fixação biológica do nitrogênio na África, é membro do Conselho do Comitê de Nutrição Responsável do International Fertilizer Association e parceira em projetos com praticamente todos os países da América do Sul e Caribe, além de países da Europa, Austrália, EUA e Canadá. Em 2020, Mariangela foi classificada entre os 100 mil cientistas mais influentes no mundo, de acordo com o estudo da Universidade de Stanford (EUA).

Em 2022, a pesquisadora ocupou a primeira posição brasileira, confirmada em 2025, em Fitotecnia e Agronomia (Plant Science and Agronomy), publicado pelo Research.com, um site que oferece dados sobre contribuições científicas em nível mundial. Já recebeu várias premiações pela sustentabilidade em agricultura, como o Frederico Menezes, Lenovo-Academia Mundial de Ciências, da Frente Parlamentar Agropecuária, da Fundação Bunge. Em 2025, recebeu o Prêmio Mulheres e Ciência, promovido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em parceria com o Ministério das Mulheres, o British Council e o Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe.

Fonte e Foto: Comunicação Embrapa Soja

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Quais estados devem crescer mais em 2025

Dados da Resenha Regional do Banco do Brasil, publicada no último dia 8, apontam que os estados das regiões Centro-Oeste e Norte deverão ter os crescimentos mais expressivos no Produto Interno Bruto (PIB) em 2025, puxados principalmente pela supersafra prevista para o setor do agronegócio para este ano.

Os destaques estão com o Mato Grosso, com crescimento previsto de 5,8% — consequência da estimativa de produção de soja que deve aumentar quase 25% em relação ao ano passado —, e com Mato Grosso do Sul e Rondônia, ambos com 4,7%. Excetuando Amazonas e Distrito Federal, todos os outros estados do Norte e Centro-Oeste deverão apresentar avanço de pelo menos 3% no PIB em 2025.

Separando apenas o agro, a projeção é de que o PIB do setor cresça 6%, frente a um recuo de 3,2% registrado em 2024. O maior crescimento deverá ser no Centro-Oeste, com 11,7%, sendo que a região Sul aparece em segundo lugar, com 8%, alavancado pelo Paraná, que poderá superar em 14% o crescimento do PIB agropecuário neste ano.

“Na perspectiva regional, o crescimento deverá ser heterogêneo e mais forte nas localidades com maior dependência do agro diante da supersafra deste ano, enquanto aquelas mais industrializadas deverão crescer menos em resposta ao ambiente monetário mais contracionista”, informa o documento do Banco do Brasil.

Nesse cenário antagônico entre agro e indústria, a região Sudeste é a que tem a menor projeção de crescimento do PIB em 2025, com 1,8%. São Paulo, por exemplo, que representa um terço da produção industrial no país, deve crescer 1,7%, acima apenas de Pernambuco e Rio Grande do Sul — no caso do estado do Sul, a menor projeção ainda se dá em virtude das enchentes do ano passado e de outros eventos climáticos extremos.

De acordo com o Banco do Brasil, a atividade industrial sofre as influências da política monetária mais restritiva, com aumento das taxas de juros. “Esse cenário tende a impactar o custo do crédito, assim como as decisões de novos investimentos. Sob a ótica da demanda, essa conjuntura também impacta negativamente o consumo das famílias”, aponta o banco.

Governadores presidenciáveis apostam no agro como bandeira para 2026

Colocando todos os setores, inclusive de serviços, a economia brasileira deverá encerrar 2025 com crescimento de 2,2%, o que representa um recuo em relação ao ano anterior, quando foi registrado um avanço de 3,4%. Abaixo, as projeções de crescimento do PIB separados por região e estado, segundo a Resenha Regional do Banco do Brasil.

Norte: 3,2%

Rondônia: 4,7%

Acre: 3,4%

Amazonas: 1,8%

Roraima: 3,7%

Pará: 3,4%

Amapá: 3,1%

Tocantins: 3,8%

Nordeste: 2,2%

Maranhão: 1,9%

Piauí: 3,7%

Ceará: 2,2%

Rio Grande do Norte: 1,8%

Paraíba: 3,0%

Pernambuco: 1,4%

Alagoas: 2,5%

Sergipe: 1,7%

Bahia: 2,7%

Sudeste: 1,8%

Minas Gerais: 2,5%

Espírito Santo: 2,3%

Rio de Janeiro: 1,5%

São Paulo: 1,7%

Sul: 2,3%

Paraná: 3,1%

Santa Catarina: 2,6%

Rio Grande do Sul: 1,2%

Centro-Oeste: 3,9%

Mato Grosso do Sul: 4,7%

Mato Grosso: 5,8%

Goiás: 4,2%

Distrito Federal: 2,5%

Fonte: Gazeta do Povo Foto: Mayke Toscano/Secom-MT

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Safra 25/26 de soja entra ‘no radar’; saiba o que esperar do mercado

O clima favorável nos Estados Unidos permitiu um avanço mais rápido do plantio da soja, superior à média histórica. Esse ritmo acelerado elevou as expectativas de uma safra cheia, o que limitou a recuperação dos preços no início da semana.

Segundo a plataforma Grão Direto, em Chicago, o contrato para maio de 2025 fechou a US$ 10,44 por bushel com alta de 0,58%, enquanto o de março de 2026 encerrou a US$ 10,48 com leve avanço de 0,1%.

Exportações brasileiras em ritmo lento

No Brasil, o ritmo de embarques segue abaixo do observado em abril. Segundo a Anec, as exportações de maio devem totalizar 12,6 milhões de toneladas, ante 13,5 milhões no mês anterior. Com isso, os prêmios seguem pressionados e os preços internos da soja permanecem contidos, com pouca movimentação também no mercado físico. O dólar ficou estável na semana, cotado a R$ 5,65.

Conflito tarifário gera otimismo moderado

Rumores sobre uma possível retomada de acordo comercial entre Estados Unidos e China trouxeram algum otimismo, com leves altas momentâneas nas cotações em Chicago. No entanto, sem anúncios concretos, os ganhos foram limitados. O mercado segue cauteloso quanto ao impacto dessas negociações nas exportações americanas.

Incertezas sobre o plantio de soja nos EUA

Apesar do bom ritmo até o momento, um estudo da Universidade de Illinois mostra que as margens de lucro para milho e soja estão negativas. Isso pode levar produtores a reverem o tamanho da área cultivada, aumentando a incerteza sobre a real oferta e influenciando os preços nos próximos dias.

USDA

O relatório WASDE, divulgado em 12 de maio pelo USDA, trouxe estimativas de aumento nos estoques de milho e soja, reforçando a perspectiva de uma safra cheia nos Estados Unidos. Ainda assim, há dúvidas sobre a dimensão real da produção, o que pode manter o mercado instável a curto prazo.

Safra 25/26 de soja

Com a aproximação da próxima safra no Brasil, o mercado já começa a projetar custos e oportunidades. A queda recente do dólar e a redução nos preços dos fertilizantes ajudam a aliviar os custos de produção. No entanto, o alto custo do crédito continua sendo um desafio, o que deve impulsionar o uso do barter como alternativa para garantir insumos.

Guerra comercial continua no foco

A retomada das conversas entre Estados Unidos e China pode mudar o equilíbrio do mercado. A China segue buscando diversificação de fornecedores, enquanto os EUA precisam manter a competitividade frente à safra recorde brasileira. Qualquer avanço ou retrocesso nas negociações pode afetar diretamente os preços da soja nos próximos dias.

Cenário da semana tende à estabilidade

Com clima favorável nos EUA, incertezas sobre margens de lucro, estoques em alta e contexto geopolítico indefinido, o mercado da soja deve seguir com tendência de estabilidade. A atenção continua voltada para os desdobramentos do plantio norte-americano e os próximos movimentos entre EUA e China.

Fonte e Foto: Canal Rural/Gabriel Almeida

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Milho novamente de forma mista

Na Bolsa de Mercadorias de São Paulo (B3), o milho fechou de forma mista ainda pressionado pelo milho safrinha, de acordo com informações da TF Agroeconômica. “Com exceção de algumas baixas pontuais, as cotações do milho na B3 apresentaram uma boa recuperação neste meio de semana”, comenta.

“A correção veio depois de uma sequência de baixas nos preços do mercado futuro. Com o encerramento dos contratos de maio, o preço entre físico e mercado futuro ficariam com uma diferença muito grande entre eles, visto que o contrato de julho está em R$63 e a média Cepea está em R$73. Com isso, alguma correção pode acontecer tanto na bolsa como no físico. A recente viagem à China de uma comitiva brasileira pode render bons resultados para a indústria nacional de subprodutos do milho, como etanol e DSG”, completa.

Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam de forma mista no dia. “O vencimento de julho/25 foi de R$ 63,00 apresentando alta de R$ 0,96 no dia, baixa de R$ -1,92 na semana; julho/25 fechou a R$ 64,77, alta de R$ 0,99 no dia, baixa de R$ -1,10 na semana; o vencimento setembro/25 fechou a R$ 68,37, alta de R$ 0,84 no dia e alta de R$ 0,20 na semana”, indica.

Na Bolsa de Chicago, o milho fechou de forma mista com perspectiva de safra recorde nos EUA. “A cotação de julho, referência para a nossa safra de verão, fechou em alta de 0,68 % ou $ 3,00 cents/bushel a $ 445,50. A cotação para julho, fechou em baixa de -0,12 % ou $ -0,50 cents/bushel a $ 427,25”, informa.

“As cotações do cereal fecharam com leves altas e baixas, mas com tom baixista para posições correspondentes à nova safra. Os preços continuam influenciado pela perspectiva de uma safra recorde de 2025/2026 nos Estados Unidos e pela perspectiva positiva para a safrinha brasileira, que começará a entrar no mercado em cerca de um mês, complementada pela chegada do grão argentino. As duas primeiras cotações receberam suporte da alta da soja e do trigo”, conclui.

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems Foto: Divulgação

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Fórum Técnico CSM/PR 2025

O Fórum Técnico da Comissão de Sementes e Mudas do Paraná (CSM-PR), neste ano será realizado nos dias 25, 26 e 27 de novembro, na cidade de Londrina.

Serão três dias dedicados à disseminação de conhecimento técnico, ao intercâmbio de experiências e ao fortalecimento das conexões entre os diversos agentes do setor de sementes no Estado do Paraná.

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Copagril realiza Dia de Campo Milho Safrinha no dia 21 de maio

A Cooperativa Agroindustrial Copagril realizará no dia 21 de maio, a partir das 9 horas, mais uma edição do tradicional Dia de Campo Milho Safrinha, reunindo associados, produtores rurais, técnicos e empresas parceiras na Estação Experimental da Copagril, em Marechal Cândido Rondon – PR.

O evento tem como foco apresentar os resultados dos híbridos de milho safrinha conduzidas em campo experimental, com destaque para desempenho agronômico, sanidade, produtividade e tecnologias associadas à produção eficiente. Além disso, os participantes terão acesso a informações técnicas e comparativos importantes para a tomada de decisões nas próximas safras.

“O Dia de Campo é um momento estratégico para aproximar o produtor das soluções tecnológicas e mostrar, na prática, o desempenho dos materiais disponíveis no mercado. É também uma grande oportunidade de troca de conhecimento, interação com nossos técnicos e alinhamento com o que há de mais atual em produtividade”, destaca o diretor-presidente da Copagril, Eloi Darci Podkowa.

O evento é gratuito e voltado a todos os associados e clientes da Copagril interessados em obter melhores resultados em suas lavouras. A expectativa é reunir um grande número de participantes da região, reforçando o compromisso da cooperativa com o desenvolvimento sustentável da agricultura.

Fonte: Comunicação Copagril Foto: Divulgação

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Sistema Plantio Direto: inovação que brotou no Norte do Paraná conquistou o mundo

O Paraná teve protagonismo não apenas na técnica de semear sem revolver o solo, mas também na construção de um modelo conceitual e na consolidação de um sistema integrado de práticas agrícolas que hoje é referência mundial. Essa é a principal conclusão do artigo científico “No-tillage system: a genuine brazilian technology that meets current global demands”, recentemente publicado na prestigiada revista “Advances in Agronomy”. O texto traça um panorama histórico e técnico sobre o surgimento e disseminação do plantio direto na agricultura brasileira.

Já em meados da década de 1960 pesquisadores questionavam se o preparo convencional do solo com aração e gradagem, herdado da tradição europeia, era adequado às condições tropicais. Datam desse período os primeiros ensaios sobre plantio direto realizados em Londrina (Região Norte) pelo antigo Ipeame (Instituto de Pesquisa e Experimentação Agropecuária Meridional), órgão vinculado ao Ministério da Agricultura e antecessor da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).

No campo, agricultores preocupados com os efeitos da erosão também buscavam alternativas ao manejo tradicional. Foi ao Ipeame que, em 1971, o produtor Herbert Bartz, de Rolândia, recorreu para obter informações sobre os estudos da instituição com plantio direto voltado à conservação do solo. Ele também conheceu experiências práticas nos Estados Unidos, onde a técnica da semeadura direta já vinha sendo adotada havia alguns anos.

No ano seguinte, 1972, Bartz fez a primeira semeadura direta de soja comercial que se tem notícia na América Latina. Outros cinco produtores de Campo Mourão (Centro-Oeste) e três de Mauá da Serra (Centro-Norte do Estado) implementaram a novidade nas safras seguintes. Em 1976, Franke Dijkstra e Manoel Henrique Pereira, o “Nonô”, adotaram a técnica nos Campos Gerais.

Visionários e entusiastas do modelo, Bartz, Nonô e Dijkstra são hoje reconhecidos como verdadeiros “embaixadores” da inovação brasileira, aponta o pesquisador Tiago Santos Telles, do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater), um dos autores do artigo.

Ciência

O ano de 1972 também marcou a criação do Iapar (Instituto Agronômico do Paraná), atual IDR-Paraná, instituição que desempenhou papel decisivo na formulação das bases científicas do sistema, especialmente a definição de seus três pilares – eliminar o revolvimento do solo, mantê-lo permanentemente coberto com palha ou plantas vivas, e, ainda, praticar a rotação de culturas.

“Ao longo do tempo, percebeu-se que não bastava suspender o revolvimento do solo. Era necessário diversificar culturas, manter a cobertura vegetal constante e promover um sistema mais equilibrado e resiliente”, explica Telles. “Esses princípios são indissociáveis para que os benefícios sejam plenamente alcançados, tanto em produtividade quanto em sustentabilidade”.

A partir de 1976, os pesquisadores do Iapar passaram a utilizar a expressão “Sistema Plantio Direto”, ou simplesmente SPD, para abarcar a complexidade e a integração das práticas envolvidas na nova abordagem. Mais do que um nome, tratava-se de uma mudança conceitual, possível após anos de estudos – envolvendo fertilidade do solo, fitotecnia, mecanização agrícola e controle biológico – que embasaram uma proposta de manejo completa, capaz de ampliar os ganhos agronômicos, econômicos e ambientais.

“Foi quando a abordagem deixou de ser uma técnica isolada e passou a ser compreendida como uma estratégia agrícola integrada, com base ecológica e sistêmica, apropriada às condições tropicais”, observa Rafael Fuentes Llanillo, pesquisador que se dedica ao tema desde 1979, quando ingressou no Iapar e um dos coautores do artigo. Hoje aposentado, ele atua na Febrapdp (Federação Brasileira do Sistema Plantio Direto) e mantém seu compromisso com a disseminação do SPD.

Expansão

De uma área inicial de 200 hectares em 1972, o plantio direto se expandiu rapidamente. Na safra 1975/76, cerca de 200 produtores já haviam adotado a prática em diferentes regiões do Paraná. A partir dos anos 1980, a abordagem chegou aos estados do Sul e do Centro-Oeste. A consolidação nacional veio na década de 1990, impulsionada pela mecanização e a disponibilidade de herbicidas apropriados.

Graças à articulação entre agricultores, instituições de pesquisa e setor privado, o plantio direto consolidou-se como uma das tecnologias mais sólidas e bem-sucedidas da agricultura brasileira. Segundo o Censo Agropecuário de 2017, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mais de 33 milhões de hectares eram cultivados sob esse sistema, o equivalente a 62% da área destinada à produção de grãos. Estimativas mais recentes apontam que esse número já ultrapassa os 41 milhões de hectares.

O impacto da tecnologia é global. Em 2020, o plantio direto já era adotado em mais de 205 milhões de hectares ao redor do mundo, com presença significativa na Argentina, Estados Unidos, Canadá, Austrália e China. Ainda assim, o modelo do Brasil segue como referência por sua elaboração sofisticada e adaptação eficaz às condições tropicais. A FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) reconhece nos três pilares do SPD brasileiro a base conceitual da chamada “agricultura de conservação”.

“O sistema de plantio direto é uma vitória da audácia, persistência e solidariedade dos agricultores e da ciência brasileira. Levamos ao mundo uma forma de produzir que alia alta produtividade à conservação ambiental, uma ferramenta das mais eficazes para enfrentar os desafios das mudanças climáticas e da segurança alimentar”, afirma Fuentes Llanillo.

Além de Telles e Fuentes Llanillo, compartilham a autoria do artigo os pesquisadores Ruy Casão Junior, também aposentado do IDR-Paraná; Marie Luise Carolina Bartz, vinculada à UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e à Universidade de Coimbra (Portugal); e Ricardo Ralisch, da UEL (Universidade Estadual de Londrina). O texto está disponível, em inglês e mediante assinatura, no site da revista.

Aos interessados em saber mais sobre a história do SPD, uma boa indicação é o livro “O Brasil possível”, biografia do produtor Herbert Bartz escrita pelo jornalista londrinense Wilhan Santin. A obra pode ser adquirida AQUI.

Fonte: AEN Foto: IDR

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Escoamento da safra vai aumentar fluxo de caminhões no Paraná; concessionária se prepara

Entre abril e julho de 2024 quase um milhão de caminhões passaram pela praça de pedágio da BR-277, em São José dos Pinhais. Esse movimento coincide com o transporte da safra para o Porto de Paranaguá, e deve se repetir neste ano.

Nos próximos meses o fluxo de caminhões nas rodovias sob concessão da EPR Litoral Pioneiro ficará mais intenso. É o período em que parte importante da economia paranaense – e nacional – circula pelas estradas rumo ao Porto de Paranaguá, em especial pela BR-277, entre Curitiba e o Litoral.

A concessionária acompanha o vai e vem de caminhões e está preparada para garantir atendimento operacional aos motoristas que trafegam pela região.

Expectativa de safra recorde

A expectativa é de movimentação alta neste período uma vez que há a estimativa de safra recorde da cultura da soja. De acordo com o Departamento de Economia Rural da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SEAB), a produção de soja no Paraná alcançou nesta safra 21 milhões de toneladas, 14% a mais que na safra anterior.

O Estado, inclusive, é o segundo maior produtor nacional, fazendo com que as riquezas circulem pelas rodovias até o Porto de Paranaguá, que no ano passado foi a porta de saída de 20,6 milhões de toneladas de soja – ou US$ 9,2 bilhões.

Entre abril e julho do ano passado, mais de 950 mil caminhões passaram pela praça de pedágio de São José dos Pinhais na BR-277, entre a Capital e Paranaguá. Outra rodovia que faz parte da rota de produção e que recebeu alto fluxo de caminhões é a PR-151, com quase 740 mil veículos passando pela praça de pedágio de Carambeí no período.

A retomada do atendimento junto com a manutenção da rodovia fez diferença, situação percebida pelas entidades do setor. “É uma diferença brutal. O período sem concessão foi bastante complicado para o setor produtivo”, comenta o técnico do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema FAEP, Luiz Eliezer Ferreira. Ele destaca a manutenção das rodovias e o pronto atendimento aos usuários como grandes diferenciais.

“A EPR Litoral Pioneiro tem o compromisso de garantir a qualidade necessária para que a produção paranaense e também todos os usuários circulem com segurança. Este é um papel essencial da concessionária, que nos próximos anos irá elevar o patamar das rodovias do Estado com grandes intervenções”, comenta o gerente de Operações da EPR Litoral Pioneiro, Fernando Milléo.

Segurança

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) identifica como principais desafios o excesso de peso nos veículos, especialmente nos que carregam contêineres, e o excesso de velocidade.

A corporação ainda destaca a falta de manutenção nos caminhões, problemas com equipamentos obrigatórios, como faixas refletivas apagadas ou mal colocadas, cronotacógrafo vencido (disco que registra o tempo de direção e descanso) e sinalização traseira em mau estado como situações que exigem atenção. Além disso, muitos condutores não respeitam o tempo mínimo para descanso, trazendo componente de risco a todos que circulam nas rodovias.

Para sensibilizar os motoristas, a PRF realiza rotineiramente ações especiais com foco na prevenção e redução de acidentes. Destaque para a Operação Serra Segura, que recebe apoio da EPR Litoral Pioneiro.

O Sest Senat, ligado ao Sistema FETRANSPAR, entidade que representa mais de 20 empresas transportadoras no Paraná, também atua na formação de motoristas profissionais, com foco na condução segura.

O programa ‘Escola de Motorista’ é uma das diversas formações que promovem a capacitação dos motoristas profissionais, com treinamentos teóricos e práticos, sensibilizando e engajando para uma condução preventiva e mais segura.

“O período de safra exige uma preparação prévia especial devido ao aumento significativo da circulação de veículos pesados. A capacitação dos motoristas é fundamental para mudança no comportamento dos profissionais”, destaca a gerente da Unidade Operacional do Sest Senat Paranaguá, Lucimara Braune.

A capacitação é gratuita. No Paraná, o programa está disponível em 13 cidades e para participar basta entrar em contato pelo WhatsApp 61 2017-0063 e informar qual a cidade para atendimento.

Fonte: Bem Paraná com assessoria Foto: Divulgação

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Exportações de soja crescem no Brasil, mas caem no Paraná

Segundo dados do Boletim de Conjuntura Agropecuária divulgado nesta quinta-feira (8) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o volume exportado do complexo soja brasileiro totalizou 27,87 milhões de toneladas no primeiro trimestre de 2025. O número representa um leve aumento em relação ao mesmo período de 2024, quando foram embarcadas 27,42 milhões de toneladas.

O complexo soja inclui o grão, farelo, óleo e outros derivados da oleaginosa. Apesar do crescimento nacional, o Paraná, segundo maior produtor do país, registrou retração nas exportações. Entre janeiro e março deste ano, o estado embarcou 3,37 milhões de toneladas, uma queda de 18,7% em comparação ao primeiro trimestre do ano passado.

De acordo com o Deral, “esta queda é reflexo da menor demanda chinesa pela soja produzida no Paraná”. A China foi o principal destino da soja paranaense, respondendo por mais de 63% do total exportado pelo estado no período.

O boletim aponta que, nos próximos meses, há expectativa de melhora no cenário externo. “Espera-se que o imbróglio tarifário entre China e Estados Unidos arrefeça, possibilitando uma normalização nas exportações e possível aumento dos embarques no segundo semestre de 2025”, afirmaram os analistas. Há, segundo o departamento, disponibilidade de soja no mercado interno para atender a essa eventual retomada da demanda.

Fonte: Agrolink Foto: Pixabay