sementes

Pirataria de sementes gera prejuízos de R$ 10 bilhões ao ano no Brasil

Estudo mostra que fim da prática poderia gerar receitas anuais de R$ 2,5 bilhões aos agricultores

A pirataria de sementes traz prejuízos anuais de R$ 10 bilhões ao agronegócio nacional, conforme estudo divulgado nesta quarta-feira (2) pela Croplife Brasil e Céleres Consultoria. Além disso, com a prática, o país tende a perder cerca de R$ 1 bilhão em arrecadação de impostos nos próximos dez anos.
O documento mostrou, também, que 11% de toda a soja plantada no país tem sementes sem registro no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) como origem. A área é equivalente às lavouras de todo o Mato Grosso do Sul, o quinto estado brasileiro em produção.

Segundo a pesquisa, o fim da pirataria de sementes de soja geraria receitas anuais de R$ 2,5 bilhões aos agricultores, R$ 4 bilhões ao setor de produção de sementes, bem como R$ 1,2 bilhão para a agroindústria de farelo e óleo de soja e R$ 1,5 bilhão nas exportações do setor.

De acordo com o CEO da Céleres, Anderson Galvão, as estimativas da pesquisa tiveram como base a demanda teórica do insumo necessário para a semeadura dos 46 milhões de hectares de soja no país (safra 2023/24), ou seja, levantou-se a quantidade que as empresas credenciadas efetivamente comercializam somadas às projeções de salvamento declaradas e constatou-se o montante fruto de pirataria.

Perdas de produtividade

Variedades ilegais não passam por etapas de controle técnico e não têm garantia de qualidade, conforme apontam estudos de vigor e germinação conduzidos pela Embrapa.

“No médio e longo prazos, o agricultor está abrindo mão de potencial de produtividade [se usar sementes piratas]. Nos últimos 25 anos, a produtividade da soja cresceu cerca de 1 hectare ao ano, crescimento que vem, principalmente, de melhorias e desenvolvimento genético. Então o agricultor que usa sementes salvas ou piratas de menor qualidade está perdendo produtividade ao longo dos anos”, contextualiza Galvão.

Os responsáveis pela pesquisa enfatizam que a Lei de Proteção de Cultivares incentiva investimentos no melhoramento genético, um processo complexo que pode levar até 10 anos para ser concluído.

“Quanto mais segurança jurídica nós temos, maior a possibilidade de novas variedades vindas continuamente ao mercado e, no final das contas, quem se beneficia é o produtor, porque tem produtos cada vez mais produtivos, pensados para as suas regiões e que, no final das contas, vão trazer benefícios à nossa agricultura e ao nosso país”, destaca o diretor-presidente da CropLife Brasil, Eduardo Leão.

Fonte: Canal Rural Foto: Freepik

WhatsApp Image 2024-12-10 at 10.21.19

Relatório de Atividades 2024 | Apasem protagoniza encontro inédito sobre Análise de Sementes

O 1º WorkLas Apasem reuniu mais de 300 profissionais durante três dias de evento na cidade de Londrina, Norte do Paraná
A importância da análise de sementes para o desenvolvimento do agronegócio como um todo foi o centro de um debate promovido pela Apasem no final de 2024. O encontro reuniu, em Londrina – no Norte do Paraná, mais de 300 pessoas, que, ao longo de três dias, exploraram todas as novidades deste importante elo do segmento sementeiro: a análise laboratorial das sementes. Na abertura do evento, estiveram presentes os presidentes da Abrates (Fernando Henning), da Abrasem (Paulo Pinto) e da Apasem (Luiz Meneghel Neto – vice-presidente).

Participaram, a convite da Associação, grandes nomes e especialistas do setor de análise de sementes no Brasil. “Temos uma grande expertise de mais de 50 anos na análise de sementes por meio de nossos laboratórios, e isso nos credencia a encabeçar eventos dessa natureza. Foi um momento rico, em que inúmeros profissionais se reuniram em torno desse assunto e discutiram desde técnicas hoje ativas até as tendências previstas para os próximos anos”, afirma o diretor executivo da Apasem, Jhony Moller.

O evento, que levou o nome de ‘1º WorkLas Apasem’, foi 100% desenvolvido pelas equipes da Associação. Entre os participantes, estiveram, responsáveis técnicos, analistas de sementes, autônomos, auxiliares, estudantes e palestrantes, além de profissionais ligados a empresas do ramo de laboratórios.

Segundo a direção da Apasem, o tema ‘Análise de Sementes’ sempre é abordado em diferentes eventos do setor, mas nunca como protagonista. “Vimos essa necessidade e oportunidade, e assim nasceu o 1º WorkLas Apasem. Quem participou avaliou positivamente a iniciativa, de acordo com os levantamentos internos de pesquisa de satisfação”, destaca Moller.

Ao propor este evento para o setor, a Apasem levou em consideração muitas das carências vividas por profissionais dentro dos próprios laboratórios. “Como a Associação frequentemente participa de eventos por todo o Brasil e os colaboradores dos LAS interagem com inúmeros profissionais ligados à área, percebemos essa necessidade e enxergamos a oportunidade de encampar esse desafio”, explica o diretor executivo.

O evento trouxe em sua essência assuntos em alta, além da troca de experiências entre os participantes. A projeção da Apasem é realizar esse encontro a cada dois anos, com o intuito de contribuir para que o setor tenha a pauta da ‘Análise de Sementes’ sempre muito bem atualizada.

Acesse o Relatório de Atividades 2024 na íntegra

Fonte: Relatório de Atividades Apasem 2024

WhatsApp Image 2022-03-18 at 15.09.38

Relatório de Atividades Apasem | A força dos LAS Apasem em 2024

A cada ano que passa, os laboratórios de análise de sementes da Apasem avançam em suas atividades e aumentam o número de análises realizadas. Referência no setor sementeiro, as unidades localizadas em Toledo e Ponta Grossa receberam 18.075 amostras em 2024, contra 13.598 registradas em 2023. Esse aumento expressivo deve continuar na mesma tendência em 2025.

O resultado não é por acaso. A gestão dessas estruturas é realizada com responsabilidade e profissionalismo pela Apasem. “Se alcançamos essa credibilidade é porque temos um portfólio que o cliente reconhece, entendendo o valor entregue à semente quando solicita os serviços de nossos LAS”, explica o diretor executivo da Apasem, Jhony Moller.

Acesse o Relatório de Atividades 2024 na íntegra

Fonte: Relatório de Atividades Apasem 2024

images

Colheitas de soja e milho ultrapassam 95% das áreas plantadas no Paraná

A colheita da soja avançou cinco pontos percentuais em uma semana no Paraná e agora está com 95% dos 5,7 milhões de hectares retirados dos campos. O dado faz parte do relatório Condições de Tempo e Cultivo divulgado nesta terça-feira (01) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.

A expectativa de produção para a soja está mantida em pouco mais de 21 milhões de toneladas, com 91% do que resta a campo desenvolvendo-se de forma boa e o restante em condição média. Os produtores aguardam apenas as condições ideais de clima para terminar a colheita, enquanto isso os técnicos realizam reuniões para divulgar os números finais da safra.

O documento do Deral se refere ainda à colheita do milho de 1ª safra, que teve avanço de três pontos percentuais no prazo de uma semana, figurando agora também em 95% dos 268 mil hectares. O plantio do cereal de 2ª safra subiu os mesmos três pontos porcentuais e hoje está com 99% dos 2,6 milhões de hectares semeados.

As condições do milho a ser colhido estão boas para 96% do que resta, prometendo-se a finalização em poucos dias. A 2ª safra teve piora de condições na última semana, caindo de 70% para 66% a área em que é considerada em situação boa. As lavouras ruins foram de 9% para 12%.

Os técnicos e os produtores devem fazer um acompanhamento mais minucioso nos próximos dias para ver se as últimas chuvas foram suficientes para melhorar a germinação das sementes. Independentemente disso, observa-se alta infestação de pulgões e cigarrinhas. Aguardam-se as chuvas previstas para a próxima semana para fazer a pulverização.

O boletim do Deral informa ainda que a colheita do feijão de 2ª safra iniciou de forma tímida. Apenas 1% dos 332 mil hectares foram colhidos. A maioria das lavouras está formando as primeiras vagens. As chuvas registradas nos últimos dias beneficiaram a cultura, mas não corrigiram os problemas anteriores que prejudicaram o desenvolvimento ideal, com as plantas apresentando porte abaixo do esperado.

A colheita da batata de 2ª safra também avança, com 20% da área de 10,7 mil hectares já limpas. No entanto, os valores recebidos pelos produtores para a saca de 25 quilos não são positivos. O levantamento do Deral aponta que em março os produtores receberam em média R$ 30,22 pela saca. Em fevereiro o valor estava em R$ 31,66, e em março do ano passado foram pagos R$ 79,85.

Os dados sobre as condições das culturas a campo no Paraná mostram que várias frutas estão em fase de colheitas. São os casos de abacate, banana, goiaba e maracujá na região de Cianorte. A cana-de-açúcar está sendo beneficiada pelo clima e as perspectivas são boas para a colheita que começa em poucos dias.

O arroz irrigado na região Noroeste do Estado continua a ser colhido com boas perspectivas de produção. A frutificação do café está avançando, mas em algumas áreas já começa o período de maturação. As altas temperaturas dos últimos meses podem provocar o adiantamento do ciclo.

Fonte: AEN Foto: Gilson Abreu/AEN

created by dji camera

ExpoLondrina 2025

Uma das principais feiras agropecuárias do País começa nesta semana no Paraná. A Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina (ExpoLondrina) chega à 63ª edição a partir desta sexta-feira (4) e movimenta a cidade do Norte do Estado até o dia 13 de abril. O Governo do Paraná estará presente apresentando soluções inovadoras e tecnologias para o campo em diversos pavilhões do evento.

Além da participação do governador Carlos Massa Ratinho Junior na abertura do evento, o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) estará presente em três espaços: Via Rural Smart Farm, Via Rural Eventos e Estande Smart.

A Via Rural Smart Farm contará com unidades didáticas do IDR-PR voltadas à sustentabilidade e inovação no campo. Entre os destaques estão o manejo de solo e água para baixa emissão de carbono, bioinsumos na horticultura, criação de abelhas sem ferrão e cultivo de frutas como pitaya, maracujá e morango suspenso.

Os visitantes poderão conhecer técnicas de produção de café, desde a poda do cafeeiro até a identificação da qualidade da bebida, além de inovações no setor pecuário, como manejo e conservação de forrageiras para bovinocultura de corte e leite.

Quem tiver interesse em piscicultura, desde a produção comercial de peixes até a criação de espécimes ornamentais, poderá visitar a unidade de aquicultura. Ali poderá saber como é construído um viveiro escavado ou elevado, bem como as espécies mais adequadas para a criação em aquário ou em um tanque. A criação de abelhas, com ou sem ferrão, também é destaque na Smart Farm. Serão apresentadas as diferentes espécies de abelha que podem ser criadas na propriedade rural.

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) abordará temas essenciais para a sanidade agropecuária. No dia 4 de abril, no Pavilhão Smart Agro, a fiscalização sanitária na avicultura será discutida no seminário sobre o Campo de Atuação e Perspectivas do Profissional da Avicultura.

A certificação de propriedades livres de tuberculose será tema de dois seminários técnicos, reforçando a segurança na produção leiteira do estado. Já no dia 8 de abril, o combate ao greening, doença que afeta os citros, será abordado no Seminário de Citricultura.

Além disso, a Adapar marcará presença nos estandes de Manejo e Conservação de Solos e Fruticultura, em parceria com o IDR-Paraná, a Embrapa e a Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Turismo

A Secretaria do Turismo (SETU) terá dois espaços no evento. O primeiro vai reunir 17 expositores de artesanato e gastronomia de onze municípios paranaenses, dentro do espaço Expo Sabores. Já no pavilhão Expo Negócios e Varejo, a SETU vai estar com dez expositores de hoteis, resorts e estâncias, além de agências de turismo.

Pesquisa e Inovação

A UEL levará diversas ações de ensino, pesquisa e inovação para a Expolondrina. No espaço Smart Farm, em parceria com o IDR-Paraná, a instituição apresentará projetos voltados ao desenvolvimento sustentável e à aplicação de novas tecnologias no campo.

O Hospital Universitário da UEL estará nos dias da ExpoLondrina, entre as 10h e às 22h, no Espaço Cuidar, com serviços, orientações e apresentações de novidades na área da saúde.

No dia 11 de abril, a partir das 14h no pavilhão Smart Agro, a Fundação Araucária lança o Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) Space, que vai estimular projetos de pesquisa e inovação voltados para o uso de dados de satélite no Paraná. A iniciativa busca desenvolver serviços e novas oportunidades de negócios com tecnologias avançadas, como Inteligência Artificial e Internet das Coisas (IoT). Além disso, pretende fortalecer o Estado como referência no setor aeroespacial, incentivando a formação de profissionais e apoiando empresas e startups da área.

O projeto conta com um investimento de R$ 5,2 milhões, somando recursos do Governo do Estado, por meio da Fundação Araucária (R$ 3,95 milhões), da Secretaria da Inovação, Modernização e Transformação Digital (R$ 250 mil) e da Coamo (R$ 1 milhão).
Já o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) deve assinar R$ 77,5 milhões em contratos de crédito para unidades de armazenamento de grãos, fábricas de produção de alimentos e ração de animais.

Energia

A Companhia Paranaense de Energia (Copel) apresenta aos visitantes informações sobre o investimento recorde que a Companhia fará no sistema de distribuição de energia do Estado em 2025, com a previsão de injetar R$ 2,5 bilhões na área. Além disso, quem visitar o estande da Copel, vai poder conhecer soluções inovadoras em energia renovável, além de projetos de geração distribuída e tecnologias que ajudam os produtores a reduzir custos e aumentar a sustentabilidade de suas propriedades.

Segurança

Além de reforçar a segurança do evento, a Polícia Militar terá uma exposição de viaturas do Museu da PMPR, um estande apresentando o trabalho da Polícia Rural e apresentação da Banda da PM, que foi sucesso na temporada do Verão Maior Paraná.

Expolondrina

A ExpoLondrina traz como tema para 2025 “VOCÊ VIVE O AGRO DO INÍCIO AO FIM DO DIA”, que ajuda a reforçar a missão de informar e conscientizar sobre a presença essencial do agronegócio no cotidiano das pessoas. Em sua última edição, a feira recebeu mais de 470 mil visitantes, movimentando cerca de R$ 1,26 bilhão em negócios. Aproximadamente 9 mil empregos diretos e indiretos foram gerados durante o evento.

Algumas das atrações deste ano são shows nacionais de Luan Santana, Daniel, Simone Mendes, Luana Prado, Ana Castela, Matheus & Kauan, entre outros; o Vitinho Park, que trará mais de 35 brinquedos para todas as idades; um novo aquário; a Expo Sabores, um espaço que reflete o compromisso da Sociedade Rural do Paraná em dar visibilidade e viabilizar a produção das pequenas propriedades rurais; a Biblioteca Móvel Ambiental.

Fonte: AEN Foto: Gilson Abreu/AEN

1463761116502

Safra de soja deve crescer 14% no Paraná, segundo Governo do Estado

A safra de soja 2024/2025 deve ter um aumento de 14%, chegando a 21,189 milhões de toneladas. As informações fazem parte de boletim do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

Segundo o boletim, os produtores paranaenses de soja já colheram mais de 90% da área de cultivo do grão no Estado até 24 de março. Para a safra atual, o Deral avalia que a produtividade será de 3.673 quilos por hectare plantado, bem acima da média da safra 2023/2024, que foi de 3.200 quilos por hectare.

A melhora no desempenho, segundo a Seab, está ligada às boas condições climáticas durante o desenvolvimento da lavoura, mas também ao uso de técnicas de manejo aprimoradas pelos agricultores paranaenses. Nesta safra, o plantio da soja permaneceu praticamente estável em relação à passada, ocupando 5,786 milhões de hectares.

Além disso, a qualidade apresentou melhora significativa. Até a semana passada, 87% das lavouras estavam em boas condições, 12% em situação mediana e 1% com avaliação ruim, segundo o boletim. No levantamento mais recente, a proporção de lavouras bem avaliadas subiu para 90%, enquanto as de condição mediana reduziram para 10%, sem registros de lavouras classificadas como ruins.

Além da soja, o Departamento de Economia Rural também apresentou outras novidades sobre o agronegócio paranaense em seu boletim.
A 1ª safra de milho está praticamente finalizada, com 92% da área plantada já colhida, com grande variação de produtividade devido às condições climáticas. Na 2ª safra de milho, restam apenas áreas isoladas que sofreram com escassez de chuvas, que representam os 10% remanescentes a serem colhidos.

Os produtores de batata-doce e mandioquinha-salsa estão colhendo boas safras, com bons ganhos financeiros. A colheita da mandioca de dois ciclos segue dentro do esperado, enquanto as lavouras de um ciclo estão se desenvolvendo bem, favorecidas pelo clima adequado e pelos cuidados dos agricultores.

A colheita de arroz irrigado também ocorre conforme o previsto e deve se prolongar nos próximos meses, considerando as áreas replantadas nas regiões afetadas pela enchente ocorrida no Vale do Rio Ivaí. Essas áreas estão em boas condições vegetativas.

O amendoim, que sofreu com a seca em áreas onde foi plantado mais cedo, registrou uma produtividade abaixo do esperado devido às altas temperaturas. Nas plantações feitas um pouco mais tarde, porém, a produtividade está ótima, o que aumenta poder equilibrar as perdas do plantio antecipado.

Fonte: CBN Foto: Divulgação

images

Produtividade da safra de soja 2024/2025 do Paraná é revista para cima

Os produtores de soja do Paraná já colheram mais de 90% da área de cultivo no Estado até o dia 24 de março. Os dados fazem parte do boletim mais recente do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), que também indica um aumento na produtividade na safra 2024/2025 em relação à anterior.

Para a safra atual, o Deral avalia que a produtividade será de 3.673 quilos por hectare plantado, bem acima da média da safra 2023/2024, que foi de 3.200 quilos por hectare, com isso a safra pode passar de 21 milhões de toneladas.

A melhora no desempenho, segundo os técnicos da Seab, está ligada às boas condições climáticas durante o desenvolvimento da lavoura, mas também ao uso de técnicas de manejo aprimoradas pelos agricultores paranaenses.

Nesta safra, o plantio da soja permaneceu praticamente estável em relação à passada, ocupando 5,786 milhões de hectares. Essa manutenção, somada ao aumento da produtividade média, deve fazer com que o volume total da soja no Estado aumente em 14%, chegando a 21,189 milhões de toneladas.

Em uma semana, a colheita do grão no Paraná avançou nove pontos percentuais, partindo de 81% da área colhida no boletim anterior. Além disso, a qualidade apresentou melhora significativa. Até a semana passada, 87% das lavouras estavam em boas condições, 12% em situação mediana e 1% com avaliação ruim.

No levantamento mais recente, a proporção de lavouras bem avaliadas subiu para 90%, enquanto as de condição mediana reduziram para 10%, sem registros de lavouras classificadas como ruins.

Fonte: Bem Paraná Foto: Divulgação

images

FPA solicita R$ 1 bilhão para reforço na subvenção ao Seguro Rural

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) encaminhou ao Governo Federal um pedido de urgência para a inclusão de R$ 1,05 bilhão no orçamento destinado ao Seguro Rural. O ofício, assinado pelo presidente da bancada, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), foi enviado aos ministérios da Casa Civil, Fazenda e Planejamento. Segundo a FPA, o acréscimo desses recursos é essencial para fortalecer a política de segurança da produção nacional, beneficiando produtores de todo o país.

Lupion destaca que a ampliação dos recursos é fundamental para a manutenção e evolução das políticas públicas voltadas ao setor, garantindo a sustentabilidade dos programas e linhas de financiamento do crédito rural.

“A segurança do produtor é essencial para que ele possa assumir riscos em sua atividade, garantindo produção, abastecimento e contribuindo para a manutenção de preços justos dos alimentos, assegurando o acesso à comida para a população de baixa renda”, afirmou o deputado.

Seguro Rural: desafios e necessidade de ampliação

Mesmo diante do aumento da frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, como El Niño e La Niña, a cobertura do Seguro Rural tem diminuído. A ausência de uma política sólida de mitigação de riscos tem agravado a inadimplência no crédito rural, que triplicou nas operações de mercado no último ano, tornando o acesso ao financiamento ainda mais difícil para os produtores.

Além disso, programas como o Proagro, que deveriam atuar como rede de proteção, apresentam ineficiência e altos custos. Em 2023, por exemplo, o Proagro registrou uma sinistralidade de 428%, tornando-se dez vezes mais oneroso para o governo em comparação ao Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), mas cobrindo uma área menor.

Para 2024, o setor agropecuário solicitou R$ 2,1 bilhões, porém, a Lei Orçamentária Anual (LOA) aprovou apenas R$ 964,5 milhões. Com os cortes orçamentários, esse valor foi reduzido para R$ 820,2 milhões – menos de 60% do montante originalmente pleiteado.

Lupion ressalta a urgência em fortalecer o Seguro Rural para impulsionar a competitividade do setor agropecuário brasileiro. “Se compararmos o modelo de seguro dos Estados Unidos com o nosso, há uma disparidade enorme em relação à cobertura, obrigatoriedade, tipo de seguro e subsídios. Estamos muito atrás e não podemos tratar como secundário algo fundamental para o desenvolvimento do agro e do Brasil”, concluiu o parlamentar.

Fonte: Portal do Agronegócio Foto: Divulgação

2771ee2717a14a0da47c05e5eb61610e_858x483

Brasil lidera exportação de algodão, mas setor enfrenta desafios climáticos

O Brasil alcançou um marco histórico ao se tornar o maior exportador global de algodão na safra 2023/2024, conforme dados da Associação Brasileira dos Produtores de algodão (Abrapa). No entanto, o setor enfrenta desafios crescentes devido às mudanças climáticas, que impactam diretamente a produtividade e a qualidade da fibra brasileira.

A produção de algodão no Cerrado, que responde por 70% do volume nacional, sofre com temperaturas elevadas, baixa umidade e períodos prolongados de seca. Segundo o pesquisador Cornélio Alberto Zolin, da Embrapa Agrossilvipastoril, a adaptação do setor depende de três fatores essenciais: melhoramento genético, manejo do solo e análise de risco climático.

O melhoramento genético tem se mostrado fundamental para desenvolver variedades mais resistentes ao calor. “O algodão é sensível a altas temperaturas noturnas, o que compromete a formação da fibra”, explica Zolin. No manejo do solo, estratégias como plantio direto e cobertura vegetal auxiliam na conservação da umidade e reduzem os impactos do estresse hídrico. Além disso, o Zoneamento Agrícola de Riscos Climáticos (ZARC) permite que produtores escolham o melhor período de plantio para minimizar perdas.

Estudos da Embrapa indicam que, desde 1961, a temperatura média no Cerrado aumentou entre 2°C e 4°C, enquanto a umidade relativa do ar caiu cerca de 15%. Com o calor excessivo, o ciclo de vida de pragas como o bicudo-do-algodoeiro e a mosca-branca acelera, exigindo monitoramento constante e o uso de tecnologias como drones e armadilhas inteligentes para minimizar perdas.

Para enfrentar os impactos climáticos, produtores estão investindo em práticas sustentáveis, como a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e o controle biológico de pragas. “A diversificação das lavouras melhora a saúde do solo e torna o sistema produtivo mais resiliente”, afirma Odair Aparecido Fernandes, especialista em Manejo Integrado de Pragas da UNESP.

A certificação socioambiental também tem sido um diferencial competitivo para o algodão brasileiro no mercado internacional. Selos como o Better Cotton Initiative (BCI) garantem que a produção segue padrões sustentáveis, agregando valor ao produto.

Em Minas Gerais, a falta de chuvas entre fevereiro e março afetou lavouras de sequeiro, reduzindo o potencial produtivo. O diretor-executivo da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa), Lício Augusto Pena de Sairre, destaca que os agricultores enfrentaram ciclos mais curtos e perdas na formação de botões florais. “Estamos incentivando o uso de práticas como plantio direto e aumento da matéria orgânica no solo para minimizar os impactos”, afirma.

Com perspectivas de continuidade dos desafios climáticos, o setor algodoeiro aposta na inovação e na sustentabilidade para manter sua competitividade no mercado global.

Fonte: Agrolink/Aline Merladete Foto: Divulgação