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Treinamento para RT de laboratório

A Apasem, em parceria com a Academia de Sementes, em maio, nos dias 7, 8 e 9, promove o Treinamento para RT de laboratório, voltado para Responsáveis Técnicos, com conteúdo atualizado sobre gestão de laboratórios, boas práticas e legislação vigente, sendo ministrado pelos instrutores – Dr. Jonas Farias Pinto, Saionara Tesser e Juliana Bueno Veiga.

Confira o conteúdo

✓ Pureza

✓ Determinação de outras sementes por número

✓ Germinação em diversos substratos

✓ Verificação de outras cultivares

✓Número de sementes infestadas

✓ Peso de mil sementes

✓ Utilização de tabela de tolerância

✓ Verificação de padrão de espécie de acordo com normativas vigentes

✓Emissão de laudos

✓Preenchimento de relatórios mensais a serem enviados ao MAPA

Serviço:

As vagas são limitadas. O curso será realizado na Associação Comercial de Ponta Grossa. Mais Informações: comunicacao@apasem.com.br ou WhatsApp (41) 9 8774-7460.

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Relatório Apasem | Administração a favor do Associado

A administração da Apasem recebeu reforço de equipe ao longo de 2024. Na área de comunicação e marketing, foi contratado um profissional para a função de analista. No LAS Toledo, a entrada de uma auxiliar de analista de sementes fortaleceu a equipe, assim como uma auxiliar administrativa no LAS Ponta Grossa, que tem contribuído para a resolução das demandas cotidianas.

Esse avanço foi cuidadosamente planejado e preparado pela Associação, que tem expandido sua representatividade a cada ano, com o objetivo de oferecer suporte aos associados que necessitam de serviços de alta qualidade. Paralelamente a essa estratégia, ações de valorização das equipes internas são realizadas junto aos colaboradores, seja em datas especiais, seja por meio de atividades de destaque ou mesmo treinamentos, que mantêm o time alinhado aos objetivos da Apasem.

Ex-colaboradores que marcaram sua trajetória também merecem atenção da Entidade, como foi o caso do Sr. Eugênio Bohatch, que, por anos, atuou como Diretor Executivo da Apasem e recebeu uma homenagem em 2024, em reconhecimento aos seus serviços prestados junto a CSM-PR.
Aos associados, o destaque para 2024 é a ‘Atualização e Treinamento da Plataforma do Power BI’, ferramenta essencial para consultas e atualização das inscrições de campo de sementes, produção e comercialização.

O apoio irrestrito também foi dado à realização dos treinamentos In Company, que têm crescido consideravelmente na Associação, devido à sua expertise em análise de sementes. Ao longo do ano, esses treinamentos foram realizados nas empresas Tormenta, Integrada, C.Vale, Sementes Mauá e Sementes Paraná.

Comunicação com Stakeholders

As atividades de comunicação com o público-alvo aconteceram diariamente por meio das redes sociais, nos perfis do Instagram e Facebook, com relatórios e métricas mensais que evidenciam a intensa interação com os seguidores. Semanalmente, a News Apasem, bem como os canais no Spotify e Deezer, divulgam informações jornalísticas sobre a Apasem e o setor para seu público. Ao longo do mês, pautas jornalísticas são trabalhadas junto à imprensa, levando informações relevantes sobre o setor para a sociedade.

A oitava edição da Revista Apasem, que já é uma referência no setor de sementes, trouxe mais uma vez uma discussão relevante em sua matéria de capa, destacando a Análise de Sementes.

Vale lembrar que este projeto é totalmente custeado por anunciantes, que são abordados pela equipe de marketing da Apasem, a qual apresenta argumentos sobre a importância de associar a marca de suas empresas a esse relevante projeto da Associação. A edição de 2024 da revista impressa foi distribuída no principal encontro de sementes do Brasil, o ‘Congresso Brasileiro de Sementes’, que ocorreu em Foz do Iguaçu. A mesma pode ser acessada no site apasem.com.br, página que também contém todas as informações sobre a Associação.

Confira relatório na íntegra

Fonte: Relatório Apasem 2024

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Produção de grãos é estimada em 330,3 milhões de toneladas na safra 2024/25

Com a colheita das culturas de primeira safra em fase adiantada, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vem confirmando a perspectiva de uma safra recorde de grãos na temporada 2024/25, agora estimada em 330,3 milhões de toneladas. O volume, se confirmado, além de ser o maior já registrado na série histórica da Conab, representa um crescimento de 32,6 milhões de toneladas quando se compara com o ciclo 2023/24. Os dados estão no 7º Levantamento da Safra de Grãos 2024/24 divulgado nesta quinta-feira (10) pela Companhia.

O incremento estimado pela estatal se deve tanto a uma maior área plantada, prevista em 81,7 milhões de hectares, com incorporação de 1,7 milhão de hectares em relação à 2023/24, quanto às condições climáticas favoráveis registradas na primeira safra nas principais regiões produtoras. As perspectivas positivas para o clima também dão suporte para o desenvolvimento das culturas na segunda safra. Neste cenário, é esperada uma recuperação da produtividade em 8,6%, estimada em 4.045 quilos por hectares.

Dentre os produtos cultivados, a soja deve registrar o maior volume já colhido no país. Nesta safra, a Conab prevê uma produção de 167,9 milhões de toneladas, resultado 20,1 milhões de toneladas superior à safra passada. O Centro-Oeste, principal região produtora do grão, deve registrar um novo recorde na produtividade média das lavouras com 3.808 quilos por hectare, superando o ciclo 2022/23. Em Mato Grosso a colheita já chega a 99,5% da área semeada com a produtividade média chegando a 3.897 quilos por hectares, a maior já registrada no estado mato-grossense. Cenário semelhante é visto em Goiás, onde os trabalhos de colheita já atingem 97% da área com uma produtividade de 4.122 kg/ha.

Com a colheita da soja avançada, o plantio do milho 2ª safra está próximo de ser finalizado. A produção total do cereal, somados os três ciclos da cultura, está estimada em 124,7 milhões de toneladas em 2024/25, crescimento de 9 milhões de toneladas em relação ao ciclo passado. Só na segunda safra do grão é esperada uma colheita de 97,9 milhões de toneladas, resultado de uma maior área plantada, estimada em 16,9 milhões de hectares, combinado com uma recuperação de 5,5% na produtividade média prevista em 5.794 quilos por hectare.

A colheita de arroz também segue em bom ritmo, com mais de 60% da área plantada já colhida. As condições climáticas nas principais regiões produtoras, até o momento, são favoráveis para o desenvolvimento da cultura. Aliado ao manejo adotado pelos agricultores, a produtividade média deve registrar recuperação de 7,2%, estimada em 7.061 quilos por hectare. A área também deve crescer em torno de 7%, chegando a 1,72 milhão de hectares. Com isso, a produção deve registrar uma alta de 14,7%, chegando a 12,1 milhões de toneladas.

No caso do feijão, o aumento previsto na produção é de 2,1% , podendo chegar a 3,3 milhões de toneladas somadas as 3 safras da leguminosa. A elevação acompanha a melhora na produtividade média das lavouras, que sai de 1.135 quilos por hectare para 1.157 quilos por hectare, uma vez que a área se mantém estável em 2,86 milhões de hectares.

Para o algodão, a expectativa de produção recorde vem se confirmando. O plantio está concluído com estimativa de área em 2,1 milhões de hectares, crescimento de 6,9% sobre a safra 2023/24. Já para a produção de pluma é esperada uma colheita de 3,9 milhões de toneladas, 5,1% acima do volume produzido na safra anterior.

Mercado

Neste levantamento, a Companhia ajustou as estimativas de consumo de milho na safra 2024/25, uma vez que a produção total do cereal foi reajustada para 124,7 milhões de toneladas. Com isso, a nova expectativa é de um volume de 87 milhões de toneladas consumidas no mercado interno. Já as exportações estão projetadas em 34 milhões de toneladas. Mesmo com o aumento no consumo interno, o estoque final deve chegar a cerca de 7,4 milhões de toneladas do grão. Cenário semelhante é encontrado para o algodão, em que o aumento na produção possibilita um incremento tanto no consumo quanto no estoque de passagem da fibra.

Clique aqui e confira as informações das principais culturas cultivadas no país no 7º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25.

Fonte: Conab Foto: Divulgação

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Trigo importado pressiona mercado interno

Segundo a TF Agroeconômica, o mercado de trigo no Sul do Brasil segue pressionado pelo aumento do dólar, que eleva o custo do trigo importado, especialmente no Rio Grande do Sul. Os preços do cereal argentino subiram para US$ 250/t em maio, enquanto o trigo uruguaio se destaca como o mais competitivo. No mercado interno gaúcho, os vendedores pedem entre R$ 1.500,00 e R$ 1.550,00 a tonelada, enquanto os compradores falam em R$ 1.450,00. Foram reportados negócios a R$ 1.465,00 no interior. Os preços da pedra em Panambi seguem estáveis em R$ 74,00 a saca.

Para a próxima safra, os moinhos já iniciaram a disputa, oferecendo R$ 1.330,00 no interior. Por outro lado, exportadores anunciaram pagamentos de R$ 1.400,00 FAS no porto, o que equivale a US$ 238/t FOB. Historicamente, em dezembro — mês de menor preço anual —, o mercado costuma reagir com elevação dos valores, o que sinaliza possíveis altas nos próximos meses.

Em Santa Catarina, os moinhos voltaram a buscar trigo local, apesar da oferta ainda restrita. As pedidas estão ao redor de R$ 1.700,00, alinhadas aos preços paranaenses, mas sem atratividade para os compradores. Os preços pagos aos produtores mantiveram-se elevados: R$ 76,00/saca em Canoinhas, R$ 71,00 em Chapecó, R$ 79,00 em Joaçaba, R$ 80,00 em Rio do Sul, R$ 78,00 em São Miguel do Oeste (alta de R$ 1,50) e R$ 80,00 em Xanxerê.

No Paraná, o mercado está travado, com pouca oferta e pedidas altas. A média CEPEA mostra alta acumulada de 10,54% em 2025, sendo 0,84% no mês e 0,54% na semana. Os vendedores pedem R$ 1.700,00 FOB, enquanto moinhos sinalizam intenção de compra nesse valor CIF para entrega em junho. Dois navios de trigo argentino estão chegando ao estado, e o trigo paraguaio tem sido ofertado a US$ 280/t na região Oeste. No RS, a pedida média continua em R$ 1.500,00 por tonelada.

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems Foto: Divulgação

24/02/2021 - Cascavel, colheita de Soja

Guerra tarifária global pode virar oportunidade para produtos do Paraná, afirma Ratinho Junior

A recente escalada da guerra tarifária entre os Estados Unidos e China, com aumento recíproco das taxas de importação, representa uma janela de oportunidade para o Paraná, na avaliação do governador Carlos Massa Ratinho Junior. Nesta quarta-feira (9) houve troca de anúncios de novas altas pelos presidentes de ambos os países.

Ratinho Junior lembrou que o Paraná tem se destacado no mercado global, sobretudo na venda de produtos alimentícios. Em 2024, as exportações de alimentos e bebidas tiveram como destino 176 países diferentes, o que rendeu às empresas instaladas no Estado uma receita de US$ 14,2 bilhões, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Segundo o governador, os produtores de soja podem ser os maiores beneficiados pelas mudanças a partir do aumento da demanda chinesa por mercados alternativos, tendo em vista que o país anunciou uma tarifa de importação de 84% sobre os produtos dos EUA.
“Estamos acompanhando a China taxar as commodities dos EUA, como é o caso do grão de soja, em que o Paraná é um grande produtor e tem capacidade para aumentar as suas exportações, atendendo as necessidades dos chineses por produtos com preços competitivos”, afirmou Ratinho Junior.

Atualmente, a soja e os seus derivados já representam a maior fatia das exportações paranaenses, com US$ 5,3 bilhões em vendas do grão, US$ 1,4 bilhão em farelo e outros US$ 358 milhões no formato de óleo apenas no ano passado. Apenas os grãos de soja representaram 75,5% das exportações para a China em 2024, gerando uma receita de US$ 4,5 bilhões para o Paraná.

Outro produto que deve atrair mais a atenção dos compradores chineses é a carne de frango in natura do Paraná, que totalizou US$ 739 milhões em vendas, no ano passado, o equivalente a 12,4% das exportações para o país.

Estados Unidos

A indústria de produção agroflorestal paranaense, que se destaca pala produção de madeira de reflorestamento, um insumo muito procurado pelos norte-americanos, também é um segmento que pode crescer a partir do novo cenário global, de acordo com Ratinho Junior.

“Os Estados Unidos são muito dependentes da importação de derivados de madeira para a construção civil, usadas principalmente nas residências, e o Paraná se destaca nesta produção, o que ajuda o Estado a ser reconhecido como o mais sustentável do Brasil”, pontuou o governador.

A madeira em formato bruto, manufaturado ou em compensados representa atualmente 28% das exportações do Paraná para os Estados Unidos, o que gerou uma receita de aproximadamente US$ 446 milhões no ano passado. Mesmo antes da disputa comercial já houve um crescimento nas vendas, sobretudo nos compensados de madeira, que aumentaram 24,5% entre 2023 e 2024.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirmam o bom momento da indústria madeireira do Paraná, que registrou o maior crescimento do País em 2024, com uma alta de 12,4% em relação ao ano anterior.

“No Paraná encaramos essa ‘briga’ entre os dois gigantes globais como uma janela de oportunidade, na qual podemos aproveitar a grande vocação do Estado na produção de alimentos e outros produtos agrícolas para que a agroindústria cresça ainda mais, gerando mais empregos e renda à população”, concluiu Ratinho Junior.

Fonte: AEN Foto: Gilson Abreu/AEN

Inscrições abertas para o treinamento ‘Amostrador de sementes’

A APASEM está com inscrições abertas para o treinamento ‘Amostrador de Sementes’, voltado à profissionais das áreas de laboratórios e sementes. Ministrado pelo instrutor Dr. Jonas Farias Pinto, o treinamento será realizado em Ponta Grossa, nos dias 5 e 6 de maio.

O investimento no curso é de R$ 1.500,00. Ele foi desenvolvido para atender às demandas de um mercado que busca cada vez mais qualidade, segurança e eficiência nos processos laboratoriais e na cadeia de sementes. Além de ser essencial para profissionais que desejam atuar na coleta de amostras de sementes com qualidade e segurança, atendendo às exigências regulatórias e técnicas.

1) Atributos da Qualidade das Sementes sobre qualidade de sementes
✓ Noções básicas

2) Noções de Beneficiamento e Armazenamento
✓ Visão geral das etapas do beneficiamento

3) Programa Nacional de Sementes
✓ Principais aspectos legais que regem a produção, comercialização e uso de sementes no Brasil
✓ Os procedimentos legais que regem a amostragem

4) Amostragem de Sementes
✓ Objetivo e finalidade da amostragem
✓ Tipos de amostras
✓ Intensidade de amostragem
✓ Condições para amostragem
✓ Equipamentos de amostragem
✓ Procedimentos de homogeneização da amostra
✓ Documentos para a remessa da amostra

5) Prática de amostragem de sementes
✓ Amostragem em sacarias
✓ Amostragem em big-bags

6) Prática de Homogeneização e redução da amostra
sementes

SDA disponibiliza nova versão das Regras para Análise de Sementes

A Secretaria de Defesa Agropecuária disponibilizou as novas Regras de Análises de Sementes (RAS). As RAS correspondem aos métodos oficiais de análise que devem ser utilizados na avaliação final da qualidade física e fisiológica dos lotes de sementes produzidos no Brasil. É a referência técnica a ser seguida pelos laboratórios credenciados nas análises para emissão dos Boletins de Análise de Sementes, cujos resultados serão utilizados pelos produtores na elaboração dos Certificados ou Termos de Conformidade dos lotes a serem comercializados. Por esse motivo, a padronização desses métodos é muito importante para permitir a comparação dos resultados e resguardar o usuário de sementes de eventuais prejuízos.

A versão anterior das RAS havia sido publicada em 2009 e o setor sementeiro reivindicava a sua revisão havia alguns anos em virtude da evolução e da modernização da produção de sementes nesse período. Diante disso, em 2024, a Coordenação-Geral de Laboratório Agropecuários, área responsável pelos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária, decidiu iniciar a revisão das RAS em 2 etapas: a primeira, apenas com a participação dos Laboratórios Oficiais de Análise de Sementes Supervisores (LASOs Supervisores), e a segunda, por meio de uma consulta pública dirigida à Comissões de Sementes e Mudas do texto revisado pelos LASOs Supervisores.

As Comissões de Sementes e Mudas (CSMs) enviaram cerca de 700 contribuições com correções ou aprimoramentos da proposta de revisão das RAS. O índice de aprovação delas foi em torno de 80%, dado que demonstra que o texto final da nova versão das RAS atenderá a maioria das demandas e dos interesses do setor sementeiro, em especial os laboratórios de análise de sementes.

Os capítulos da revisão das RAS que receberam a maioria das contribuições das CSMs foram os de “Amostragem”, “Análise de Pureza”, “Teste de Germinação”, “Análise de Sementes Revestidas” e “Análise de Sementes de Espécies Florestais”. A maioria dessas sugestões se referia ao aprimoramento do texto para facilitar o entendimento dos leitores ou pedidos de inclusão de imagens para ilustrar os processos e os métodos descritos na proposta.

Também foi mantido o alinhamento das RAS com as Regras Internacionais de Análise de Sementes da ISTA (International Seed Testing Association) e da AOSA (Association of Official Seed Analysts), respeitando, porém, as peculiaridades da nossa agricultura tropical e da legislação de sementes.
Para o coordenador-geral de Laboratório Agropecuários, Fabrício Pedrotti, a revisão das RAS irá atender a maior parte das expectativas do setor sementeiro. “Na prática, do ponto de vista metodológico, muito pouco irá mudar na rotina dos laboratórios credenciados. O que essa revisão fez foi deixar mais claros alguns tópicos das RAS que sempre causavam dúvidas nos laboratórios, o que, no nosso entendimento, é um ponto positivo da revisão”, destacou Pedrotti.

Fonte: e Foto Mapa

Rota do Café - Fazenda Palmeira - Distrito de Santa Mariana - Londrina/PR. Foto: José Fernando Ogura/ANPr

Exportações do Paraná somam US$ 14, 2 bilhões para 176 países em 2024; China lidera mercado

As exportações dos Paraná somaram US$ 14,2 bilhões em alimentos e bebidas para 176 países diferentes de janeiro a dezembro de 2024. Os números são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços organizados e analisados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).

Ao longo do período, a China foi o principal importador de alimentos e bebidas do Paraná, com US$ 5,4 bilhões de produtos deste segmento comercializados, representando 37,9% da pauta de vendas para o Exterior.

Na sequência estão o Irã (US$ 473 milhões), Emirados Árabes Unidos (US$ 471 milhões), Coreia do Sul (US$ 441 milhões), Holanda (US$ 385 milhões), Indonésia (US$ 376 milhões), Japão (US$ 353 milhões), Índia (US$ 330 milhões), México (US$ 306 milhões) e Arábia Saudita (US$ 288 milhões).

O Paraná também exportou muitos produtos para a União Europeia ao longo do ano passado, com França (US$ 208,4 milhões), Alemanha (US$ 208 milhões), Turquia (US$ 200 milhões), Reino Unido (US$ 142 milhões), Espanha (US$ 127 milhões) e Eslovênia (US$ 101 milhões) liderando o comércio. Para os Estados Unidos foram vendidos US$ 117 milhões. Países sul-americanos também estão bem representados na pauta do comércio exterior: Chile (US$ 152 milhões), Uruguai (US$ 95 milhões) e Peru (US$ 71 milhões).

Ao longo dos últimos seis anos, a estratégia do governador Carlos Massa Ratinho Junior de consolidar o Paraná como um grande fornecedor de alimentos para todas as regiões do mundo tem surtido efeito. Em valores totais, as exportações de alimentos e bebidas do Paraná cresceram muito em relação a 2019. Naquele ano, 22 países importavam US$ 50 milhões ou mais em alimentos do Paraná. No mesmo período de 2024, 40 países superaram a marca de US$ 69 milhões.

O principal produto alimentício exportado pelo Paraná entre janeiro e dezembro foi a soja, com US$ 5,3 bilhões, seguida pela carne de frango in natura (US$ 3,8 bilhões), farelo de soja (US$ 1,4 bilhão), açúcar bruto (US$ 1,2 bilhão), cereais (US$ 551 milhões), carne suína (US$ 404 milhões), óleo de soja bruto (US$ 358 milhões), café solúvel (US$ 326 milhões) e carne de frango industrializada (US$ 146 milhões).

Produção em alta

Os dados de exportação e comércio internacional são reflexo do aumento da produção das principais cadeias do Estado. A produção de ovos para consumo, por exemplo, era de 191,866 milhões de dúzias em 2023 (ou 2,302 bilhões de unidades) e aumentou para 202,874 milhões de dúzias produzidas (ou 2,434 bilhões de unidades) em 2024.

O Paraná também liderou o crescimento nacional da produção de frangos e suínos no ano passado, de acordo com as Estatísticas da Produção Pecuária de 2024, divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Estado produziu 53,3 milhões de frangos e 281,4 mil cabeças de suínos a mais em 2024 em relação a 2023, além de acumular altas também na produção bovina, de ovos e de leite.

Na avicultura, o Estado se mantém como líder absoluto, sendo responsável por 34,2% da produção de frango no País. O setor teve um crescimento de 2,47% no abate em relação ao ano anterior, somando mais de 2,2 bilhões de aves produzidas no ano passado no Paraná, superando o recorde de 2023, quando esse número chegou 2,15 bilhões de unidades.

Já na suinocultura, o Paraná diminuiu a diferença com Santa Catarina e se manteve com a segunda maior produção. Enquanto o Paraná teve um aumento de 2,32% em relação ao ano anterior, totalizando 12,4 milhões de porcos abatidos em 2024, o estado vizinho teve queda de 0,08% nos abates, com 16,6 milhões de cabeças de suínos abatidas.

O Paraná também é o maior produtor de feijão e recentemente tem se caracterizado também como um exportador importante. Em 1997, a exportação paranaense somou apenas 277 toneladas. Em 2024, a as exportações somaram 71 mil toneladas, superando em mais de cinco vezes o número registrado em 2023.

Fonte: AEN Foto: José Fernando Ogura/Arquivo AEN

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Soja: produtores do Paraná iniciam planejamento da safra 2025/26

Com a colheita da safra 2024/25 de soja praticamente encerrada no Paraná, os produtores do estado já voltam suas atenções para o planejamento da próxima safra. Segundo o Boletim de Conjuntura Agropecuária, divulgado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o plantio da safra 2025/26 terá início em setembro.

O documento aponta um cenário com perspectivas comerciais consideradas positivas para o próximo ciclo. De acordo com estimativas do Banco Central, a cotação do dólar deverá permanecer acima de R$ 5,90 até dezembro de 2025. Ao mesmo tempo, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projeta uma redução de 4,1% na área plantada com soja naquele país, o segundo maior produtor mundial da oleaginosa.

“O Brasil, líder na produção global de soja, deve colher mais de 167 milhões de toneladas nesta safra, o que mantém o país em posição estratégica no mercado internacional”, informa o boletim do Deral.

Apesar da queda nas cotações internacionais, os preços da soja no mercado doméstico superam os registrados no ano anterior. A valorização do dólar tem sido apontada como o principal fator para essa sustentação de preços no Brasil.

O boletim ainda destaca que, com o fim da colheita, a oferta de soja no mercado começa a diminuir, o que tem impulsionado os prêmios pagos nos portos. “Esse movimento pode manter os preços nos níveis atuais ou até mesmo pressioná-los para cima”, afirmam os analistas do Deral.

Fonte: Agrolink/Seane Lennon Foto: USDA

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Área plantada com trigo pode cair 20% no Paraná

O plantio de trigo foi oficialmente liberado no Paraná a partir de 1º de abril, conforme as indicações do Zoneamento Agrícola. No entanto, a expectativa para a safra de 2025 aponta uma retração significativa na área destinada à cultura. A estimativa inicial prevê redução de 20% na área plantada, caindo de 1,14 milhão para 910 mil hectares.

Segundo o Boletim de Conjuntura Agropecuária produzido pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), a diminuição está associada, entre outros fatores, ao crescimento da área ocupada pelo milho na segunda safra, que é frequentemente semeado após a colheita da soja. “A expansão do milho e da soja reduziu o espaço para o trigo”, afirmaram os técnicos do Deral no relatório.

Apesar de o plantio seguir permitido até junho, o cenário atual não favorece um aumento significativo na área de cultivo. Os analistas apontam como entraves a recorrência de frustrações nas últimas safras e mudanças nas regras de seguro agrícola, que visam restringir o uso recorrente do benefício.

Mesmo com os preços do trigo em alta — a média de março subiu 5% em relação a fevereiro e 24% na comparação com março de 2024 —, o interesse pelo cultivo permanece limitado. “Os preços atuais indicam rentabilidade positiva sobre os custos variáveis, o que não ocorria no mesmo período do ano passado”, aponta o boletim. Ainda assim, os números não têm sido suficientes para reverter a tendência de queda.

Caso a estimativa de plantio se confirme, esta será a menor área de trigo no Paraná desde 2012. Com condições climáticas favoráveis, a produção pode alcançar 2,93 milhões de toneladas, volume inferior à capacidade de moagem das indústrias do estado, que deverão recorrer a fornecedores da Argentina, do Paraguai e do Rio Grande do Sul, como tem ocorrido em anos de safras comprometidas.

Fonte: Agrolink/Seane Lennon Foto: Pixabay