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Boletim Logístico: Avanço da colheita de milho e da comercialização da soja influenciam em preços de fretes

O avanço da colheita das culturas que já se encontram em estágio de maturação, em especial aquelas cultivadas na 2ª safra, como o milho, e o aquecimento nos embarques de soja, seja pela melhoria verificada nos preços da oleaginosa, destravando a comercialização, ou ainda pelo aumento da demanda do grão ou ainda pela necessidade de liberar espaços nos armazéns, influenciaram na procura pelo serviço de transporte refletindo no aumento de preços em importantes estados produtores, como Mato Grosso. Os dados estão na edição de junho do Boletim Logístico, publicado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Nas rotas do maior estado produtor de grãos, a Conab verificou o aumento dos fretes na maior parte delas. A demanda por caminhões se encontrou bastante elevada, dado o ritmo mais intenso de carregamento para liberação de espaço em armazéns em uma conjuntura de uma melhora nos preços da soja. “Para junho, a tendência seria de aquecimento no mercado e elevação nos preços, tendo em vista a sazonalidade do mercado de fretes rodoviários, uma vez que a colheita acarreta relação mais apertada entre oferta e demanda por transporte. No entanto, é possível que as condições de preços para o milho possam influenciar este mercado, diminuindo a pressão na demanda pelo transporte dos produtos”, analisa o superintendente de Logística Operacional da Conab, Thomé Guth.

Alta também verificada para os fretes praticados em Minas Gerais. No estado mineiro, a intensificação da colheita do café é um dos principais fatores para o incremento. No Maranhão, no Piauí, em Goiás, no Paraná e na Bahia as cotações praticadas na maioria das rotas registraram elevação no último mês.

Já em São Paulo e em Mato Grosso do Sul, os preços se mantiveram próximos à estabilidade com ligeiras altas. No estado sul-mato-grossense as perdas provocadas no milho de segunda safra e no trigo pela estiagem e má distribuição das chuvas implicou maior disponibilidade de veículos e menor demanda de serviços de transporte no período. Em contrapartida, a comercialização da soja apresentou reação no mercado regional nos últimos meses em virtude da maior demanda pelo produto para exportação e prêmios positivos nos portos utilizados. Em São Paulo, o boletim da Conab aponta que com a tragédia no Rio Grande do Sul e a comercialização mais lenta das safras de milho e soja, o mercado de fretes apresentou um comportamento de estabilidade a uma leve alta em relação ao mês anterior.

No Distrito Federal o cenário foi de queda na maior parte das praças pesquisadas, com destaque para as rotas de Uberaba e Araguari, em Minas Gerais, Santos/SP e Imbituba/SC, com recuos de médios na ordem de 8%. As reduções nas cotações foram motivadas, sobretudo, pela menor demanda, prioritariamente de soja e milho. Outro fator que manteve os fretes em queda foi o comportamento do preço médio do diesel, item que compõe a maior parcela do frete vem mantendo o valor com pouca variação.

Exportações

Os embarques de milho em maio/24 atingiram 0,42 milhão de toneladas contra 0,07 milhão, observado no mês passado e 0,47 milhão ocorridas no mesmo período de 2023.  De janeiro a maio deste ano, já foram enviadas ao mercado internacional 7,5 milhões de toneladas. Deste total,  45,3% foram embarcados pelos portos do Arco Norte.

Já as exportações de soja atingiram em maio 13,47 milhões de toneladas, contra 14,7 milhões ocorridas no mês anterior – decréscimo de 8,3%, revertendo um movimento recorde observado naquele mês. O mercado da soja tem apresentado variações influenciadas por diversos fatores globais e regionais. No acumulado dos cinco primeiros meses deste ano foram exportadas 50,2 milhões de toneladas, sendo 36,4% escoadas pelos portos do Arco Norte.

O periódico mensal coleta dados em dez estados produtores, com análises dos aspectos logísticos do setor agropecuário, posição das exportações dos produtos agrícolas de expressão no Brasil, análise do fluxo de movimentação de cargas e levantamento das principais rotas utilizadas para escoamento da safra. O Boletim traz também informações sobre a movimentação de estoques da Conab, realizada por transportadoras contratadas via leilão eletrônico. Confira a edição completa do Boletim Logístico – Junho/2024, disponível no site da Companhia.

Fonte: Conab Foto: Agência Gov – EBC

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Exportações do agronegócio brasileiro atingem mais de US$ 15 bilhões em maio

As vendas externas brasileiras de produtos do agronegócio foram de US$ 15,05 bilhões em maio de 2024. Esse resultado correspondeu a 49,6% das exportações totais do Brasil.

Os produtos que mais contribuíram para o resultado da balança comercial no mês foram café verde (+US$ 392,21 milhões), algodão não cardado nem penteado (+ US$ 337,30 milhões), celulose (+ US$ 298,95 milhões) e açúcar de cana em bruto (+ US$ 114,63 milhões).

“Atingir a marca de mais de US$ 15 bilhões em exportações do agronegócio em um único mês não só reforça a competitividade dos nossos produtos no mercado global, mas também representa um grande avanço para a economia brasileira. Esse crescimento impulsiona o desenvolvimento das cadeias produtivas, gera emprego e renda, e proporciona melhores condições de vida para a nossa população. Além disso, para o mercado, essa performance consolida o Brasil como um fornecedor de confiança e qualidade, ampliando nossa presença internacional e abrindo novas oportunidades de negócios”, destacou Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa.

Produtos brasileiros  

Um dos destaques das exportações brasileiras do agronegócio, o complexo sucroalcooleiro continua registrando recordes de exportação. O setor elevou as exportações de US$ 1,24 bilhão em maio de 2023 pra US$ 1,43 bilhão em maio de 2024 (+15,3%). O volume recorde de açúcar exportado para os meses de maio foi o fator responsável por esse bom desempenho.

Vale ressaltar que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou uma produção 46,3 milhões de toneladas de açúcar para a safra 2024/2025, maior volume de produção de açúcar em toda a série histórica. Com essa produção recorde, o Brasil exportou 2,81 milhões de toneladas em maio (+16,7%).

As carnes também estão entre os principais setores exportadores do agronegócio brasileiro, sendo responsáveis por 14,2% de todas as vendas externas do agronegócio. Foram registrados US$ 2,13 bilhões em maio de 2024, valor 2,0% superior na comparação com os US$ 2,09 bilhões exportados no mesmo período de 2023.

Houve embarques recordes em três tipos de carnes: 211,98 mil toneladas exportadas de carne bovina in natura em maio de 2024 (recorde de todos os meses); 430,26 mil toneladas de carne de frango in natura (recorde para os meses de maio); e 91,63 mil toneladas de carne suína in natura (também recorde para os meses de maio).

Os produtos florestais ficaram na terceira posição dentre os principais setores exportadores do agronegócio, registrando US$ 1,55 bilhão em vendas externas (+25,5%).

Ao contrário do complexo soja e das carnes, houve elevação nos preços médios de exportação nos produtos florestais. O principal motivo dessa alta ocorreu devido ao incremento do preço internacional da celulose, que passou de US$ 403 por tonelada em maio de 2023 para US$ 551 por tonelada em maio de 2024 (+36,8%). A China é o principal importador desse produto brasileiro.

Acumulado

No período acumulado dos últimos doze meses as exportações do agronegócio brasileiro somaram US$ 166,38 bilhões, o que significou crescimento de 2,4% em relação aos US$ 162,53 bilhões exportados nos doze meses imediatamente anteriores. Com esse valor, a participação dos produtos do agronegócio no total exportado pelo Brasil no período foi de 48,5%.

As importações, por sua vez, totalizaram US$ 17,49 bilhões, cifra 1,3% inferior à registrada nos doze meses anteriores (US$ 17,72 bilhões), e representaram 7,2% do total adquirido pelo Brasil no período.

Fonte e Foto: Ministério da Agricultura e Pecuária

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Momento Apasem: Série ‘Entrevistas’

Teve início nesta semana o Momento Apasem: Série ‘Entrevistas’, que será publicado uma vez por mês no Instagram da Apasem.

A primeira entrevista é com o Diretor Institucional da Apasem, Jonas Farias Pinto, e pode ser ouvida no Storys em Destaque da rede social.

Acesse @apasem_pr

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3ª Feira Brasileira de Sementes é realizada em Rondonópolis (MT)

Organizada pela Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (APROSMAT), a feira reúne especialistas e empresas de destaque no agronegócio

Nesta quarta-feira (19), Rondonópolis, em Mato Grosso, se tornou o epicentro da cadeia produtiva de sementes com a abertura da 3ª edição da Feira Brasileira de Sementes (FEBRASEM). Realizado no Parque de Exposições Wilmar Peres de Farias, o evento, que é o maior do setor no país, estende-se até esta quinta-feira (20).

O evento proporciona uma série de inovações, tecnologias e tendências para todos os participantes. Organizada pela Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (APROSMAT), a feira reúne especialistas e empresas de destaque no agronegócio.

Ao longo do primeiro dia, os participantes tiveram a oportunidade de assistir a palestras sobre inovação na agricultura e visitar estandes de expositores que apresentam as últimas novidades do mercado. Um dos destaques foi o painel sobre qualidade de sementes, moderado pelo Dr. Geri Meneghello, com a presença dos especialistas Dr. Ricardo Bagateli, Dr. Silmar Peske e Dr. Fernando Henning.

2º dia

Nesta quinta-feira (20), segundo dia do evento, começa com uma análise detalhada das projeções para os mercados de soja e milho, seguida por uma palestra sobre o mercado de Mato Grosso com o engenheiro agrônomo Cleiton Gauer, superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA).

O painel sobre crédito de carbono, um dos temas mais discutidos atualmente no agronegócio, será um dos pontos altos do dia. Contando com a participação de Marília Folegatti, pesquisadora sênior da Embrapa, Fabio Passos, líder de carbono da Bayer, André Nassar, presidente executivo da Abiove, e Bruno Alves, diretor de relações governamentais e sustentabilidade da Unem, o painel discutirá as oportunidades e desafios da implementação de práticas sustentáveis na produção agrícola.

Para encerrar o evento, o deputado federal Pedro Lupion, presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), apresentará uma palestra sobre as oportunidades e desafios do setor agropecuário. Sua participação promete abordar questões legislativas e políticas que impactam diretamente o agronegócio brasileiro, oferecendo uma visão abrangente sobre o futuro do setor.

A 3ª Feira Brasileira de Sementes se consolida, assim, como um evento fundamental para o desenvolvimento da cadeia produtiva de sementes no Brasil, promovendo o intercâmbio de conhecimentos e a adoção de novas tecnologias que impulsionam a eficiência e a sustentabilidade no campo.

Fonte: ASCOM Famato Foto: Divulgação

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Inverno começa nesta quinta-feira (20) com previsão de chuvas abaixo da média e temperaturas acima do normal na maior parte do país

O inverno do Hemisfério Sul começa às 17h51 (Horário de Brasília) desta quinta-feira (20). De acordo com informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a estação deve registrar chuvas abaixo da média climatológica e temperaturas acima do normal na maior parte do Brasil, especialmente nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste.

Conforme aponta o Inmet em prognóstico climático de inverno, o Centro-Oeste que já vem de um período seco iniciado no mês de maio, com chuvas abaixo da média, deve prosseguir com essa condição durante o inverno.

A previsão é para uma tendência de diminuição da umidade relativa do ar nos próximos meses, com valores diários abaixo de 30% e picos mínimos abaixo de 20%. Além disso, a temperatura na região deve ficar acima da média, por causa da permanência de massas de ar seco e quente, favorecendo a ocorrência de queimadas e incêndios florestais.

De maneira semelhante, o inverno no Sudeste terá um predomínio de chuva abaixo da média. A exceção é a possibilidade de ocorrência de precipitação acima da média em áreas pontuais do litoral sul de São Paulo, por conta da passagem de frentes frias, segundo o Instituto.

As temperaturas, de forma geral, devem ficar acima da média em grande parte do Sudeste. Entretanto, existe a possibilidade de queda na temperatura média do ar devido à entrada de massas de ar frio em alguns dias, podendo ocorrer formação de geadas em pontos isolados de regiões com altitude elevada.

No Nordeste do Brasil a previsão também indica a predominância de chuva próxima à média no interior da região, que estará em seu período seco. No restante das áreas, devem ocorrer chuvas ligeiramente abaixo da média.

Segundo o Inmet, e a ocorrência de chuva intensa não está descartada para o litoral do Nordeste em função do persistente aquecimento anômalo das águas do oceano Atlântico tropical.

Para o Norte do Brasil, as condições de chuva serão próximas ou abaixo da média. Apenas no extremo norte de Roraima, Amapá e noroeste do Amazonas, a previsão é favorável para precipitação acima da média.

“A temperatura do ar nos próximos meses é prevista com predominância de condições acima da média em grande parte da região. Ressaltasse que a falta de chuva no sul da Amazônia é comum entre os meses de julho a setembro e, aliada à alta temperatura e baixa umidade relativa do ar, favorecem a incidência de queimadas e incêndios florestais”, informou o Inmet.

Na região Sul, o prognóstico aponta chuvas acima da média nas partes central e leste do Rio Grande do Sul, Santa Cataria e sudeste do Paraná. Nas demais áreas, as condições estão previstas próximas ou abaixo da média, sobretudo no norte paranaense.

Temperaturas acima da média são previstas para o Sul na maior parte do inverno, principalmente no Paraná, para onde são previstos os maiores valores. No centro-sul gaúcho, as temperaturas devem ser próximas à média.

O Inmet ressalta que a incursão de massas de ar de origem polar poderá provocar declínio nas temperaturas em alguns dias. Isso irá possibilitar a ocorrência de geadas em algumas localidades, especialmente em regiões de maior altitude.

Fonte: Notícias Agrícolas/Igor Batista Foto: Fernando Dias/Seapi

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VBP Agropecuário do Paraná cresce 11% em 2023

Nesta quarta-feira (19), a Secretaria estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab) divulgou uma análise preliminar revelando que o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) do Paraná atingiu R$ 197,8 bilhões no ano passado. O valor representa um crescimento nominal de 3% em comparação ao VBP de 2022, que foi de R$ 191,2 bilhões. Considerando a inflação do período, o aumento real foi de 11%. As informações foram divulgadas pela Seab.

O VBP paranaense abrange cerca de 350 produtos diversificados, englobando desde grãos até fruticultura, floricultura e silvicultura. Os dados são coletados ao longo do ano pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral) da Seab, por meio de pesquisas de preços e análise das condições das lavouras nos municípios.

O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Natalino Avance de Souza, destacou o desempenho notável das culturas de verão, que impulsionaram o resultado positivo. “O VBP apresentou um aumento significativo, puxado basicamente pelas culturas de verão, que tiveram um ótimo desempenho, e isso remete a ter um VBP por hectare/ano de R$ 13,5 mil aproximadamente, que é um dos maiores VBP por hectare que temos hoje no Brasil”, afirmou.

Em termos de segmento, a pecuária liderou a formação do VBP pelo segundo ano consecutivo, contribuindo com 49% do valor gerado nas propriedades rurais do Paraná em 2023, totalizando R$ 96,5 bilhões. A avicultura foi o destaque dentro do segmento pecuário, gerando mais de R$ 44,7 bilhões, seguida pelos bovinos (R$ 25,5 bilhões) e suínos (R$ 12,4 bilhões). A produção de leite também teve um leve aumento, atingindo 4,5 bilhões de litros e um VBP de R$ 11,4 bilhões.

No segmento agrícola, responsável por 46,6% do faturamento bruto, as culturas de grãos se destacaram com um VBP de R$ 82,3 bilhões, o que representa um aumento de 17% em termos reais comparado a 2022.

A soja se destacou como a principal cultura do Paraná, alcançando um recorde de produção de 22,4 milhões de toneladas em 2023, com VBP aproximado de R$ 49 bilhões. O milho também teve uma produção significativa, com 17,8 milhões de toneladas nas duas safras.

A cana-de-açúcar assumiu a terceira posição, com VBP de R$ 4,3 bilhões, ultrapassando o trigo, que teve uma redução para R$ 3,6 bilhões. O segmento agrícola também contou com a participação das hortaliças, com VBP de R$ 6,7 bilhões, destacando-se as batatas (R$ 1,8 bilhão) e o tomate (R$ 1,1 bilhão). Na fruticultura, as laranjas lideraram com R$ 752 milhões, seguidas pelo morango com R$ 505 milhões. O setor de flores também teve um crescimento real de 20%, alcançando R$ 250 milhões.

No segmento florestal, o destaque foi a erva-mate, com crescimento de 10% na produção, totalizando 840,4 mil toneladas e um VBP de R$ 1,3 bilhão, apesar do VBP total do segmento ter sido ligeiramente inferior ao ano anterior, alcançando R$ 9,2 bilhões contra R$ 9,6 bilhões.

Fonte: Agrolink/Seane Lennon Foto: Pixabay

Adapar lança sistemas de Business Intelligence

Transparência e agilidade nos serviços: Adapar lança sistemas de Business Intelligence

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) lançou neste mês quatro Sistemas de Business Intelligence (BI) públicos. O objetivo é gerir e disponibilizar informações agropecuárias de forma mais transparente e eficiente. Business Intelligence refere-se a um conjunto de processos, tecnologias e ferramentas que transformam dados brutos em informações significativas e úteis para tomada de decisão.

Desenvolvidos em parceria com a Celepar, os sistemas de BI da Adapar agregam dados de diversas fontes agropecuárias, analisam essas informações e geram relatórios e dashboards intuitivos. Esses recursos permitem uma visão clara e detalhada da produção, controle de pragas, uso de defensivos agrícolas, entre outros aspectos.

Os primeiros quatro BIs lançados pela Adapar são relativos às atividades de Fiscalização de Trânsito Agropecuário, Atualização do Rebanho estadual, Emissão de Guias de Trânsito Animal e Uso de Agrotóxicos. De acordo com o engenheiro agrônomo da Adapar Alessandro Casagrande, a publicação de dados públicos atende à Lei de Acesso à Informação e é fundamental para promover a transparência e a responsabilidade na gestão pública.

“Ao divulgar informações sobre suas ações, como relatórios de fiscalização e monitoramento de insumos agropecuários, a Agência fortalece a confiança da sociedade e assegura que suas atividades sejam compreendidas e validadas pelo público”, explica.

Casagrande destaca que a transparência dos dados facilita o controle social, permitindo que cidadãos e organizações não governamentais fiscalizem e contribuam para a melhoria dos serviços da Adapar. “A divulgação de informações detalhadas sobre as atividades estimula a participação social na construção e aprimoramento de políticas públicas, promovendo uma gestão democrática e eficaz”, completa.

Segundo o diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins, os sistemas de BI também melhoram a eficiência administrativa, ao permitir uma análise precisa das atividades e identificar áreas para melhoria. “Isso contribui para a otimização de processos internos e práticas mais eficientes na gestão de recursos públicos, fortalecendo a credibilidade da agência perante a sociedade”, diz.

Implementação e acesso

Os sistemas de BI da Adapar foram desenvolvidos com uma interface amigável e acessível. Produtores, consumidores, pesquisadores e demais interessados poderão acessar os dados na internet, que contará com ferramentas interativas para exploração das informações.

Para o diretor-presidente da Adapar, o lançamento dos sistemas de BI públicos marca um avanço significativo para a agricultura no Paraná, que representa evolução na gestão e na transparência da informação agropecuária. “Espera-se que essa ferramenta se torne um modelo a ser seguido por outras agências e entidades do setor, contribuindo para um ambiente agrícola mais informado, eficiente e sustentável” completa o diretor-presidente.

Acesse os BIs no Painel de Indicadores da Adapar.

Fonte: AEN Foto: Geraldo Bubniak/AEN

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Vem aí o 3º Congresso Catarinense de Sementes

Programe-se! Vem aí o 3º Congresso Catarinense de Sementes, que será realizado nos dias 2 e 3 de julho. Sucesso em 2023, o evento reuniu mais de 30 marcas expositoras e 600 visitantes qualificados, apresentando o que há de mais novo para o segmento.

Para 2024, está prevista uma nova estrutura, moderna, acessível e confortável onde estarão reunidos os principais players do segmento, demonstrando seus produtos, soluções e tecnologias.

Além de uma nova área, informações técnicas e gerenciais, ministradas pelos principais experts em sementes, aguardam visitantes e expositores.

Confira a programação

Fonte: Congresso Catarinense de Sementes

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Feijão: Perspectivas divergentes

O Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (Ibrafe) destaca um cenário diversificado para o feijão-Carioca, refletindo as particularidades de cada região produtora do país. Empacotadores estão especialmente otimistas com a chegada do feijão-Carioca irrigado, previsto para chegar ao mercado nacional no final de julho. No entanto, a expectativa é de que a oferta seja suficiente apenas para suprir a demanda interna.

Em Minas Gerais, os preços do Feijão-Carioca têm mostrado variações significativas. Ontem, a referência de negócios foi de R$ 330 por saca de 60 quilos para notas 8,5/9, enquanto o Feijão comercial está cotado em torno de R$ 200 no Paraná. Apesar dos preços elevados em Minas Gerais, há relatos de que produtores com Feijões de alta qualidade estão encontrando dificuldades para vender seus estoques há mais de dez dias, o que aponta para uma demanda potencialmente limitada na região.

Já no Paraná, a situação do mercado do Feijão-Carioca é distinta. Os preços praticados são mais baixos, refletindo uma oferta relativamente maior. As notas de Feijão comercial estão em torno de R$ 200 por saca, o que indica uma diferença substancial em relação aos preços observados em Minas Gerais.

Em contrapartida, o mercado do Feijão-Preto enfrenta um cenário de maior cautela entre os produtores paranaenses. Muitos continuam reticentes em vender sua produção, o que pode sinalizar uma expectativa de valorização futura ou uma percepção de que os preços atuais não refletem o valor real do produto. Essa resistência à venda pode impactar diretamente a dinâmica de oferta e demanda, contribuindo para um mercado potencialmente mais volátil.

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems Foto: Canva

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Moratória da soja sob ataque: acordo protege o país ou afronta a soberania nacional?

“Eu recebi o telefonema numa sexta-feira, estava viajando, ia pegar o avião: se não tivermos um documento assinado na segunda-feira, se comprometendo a estabelecer um regime onde não se desmate na Amazônia, nós não compramos mais nada de vocês.”

Esse recado curto e grosso foi dado por um porta-voz de clientes europeus em junho de 2006 a Sérgio Mendes, diretor-geral da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). Era o pontapé inicial do protocolo que passou a ser conhecido como Moratória da Soja e viria a vetar grãos produzidos em áreas desmatadas na Amazônia, legal ou ilegalmente, após 2008.

O próprio Mendes relatou o episódio durante audiência da Comissão de Agricultura da Câmara sobre a Moratória da Soja, iniciativa polêmica que vem enfrentando pressão crescente de lideranças dos estados situados na Amazônia Legal, notadamente do Mato Grosso, principal produtor da leguminosa do país.

“Esse documento foi assinado sob a égide do medo. Nós íamos perder tudo. Essa foi a história, por isso que todo mundo se engajou. A gente pode dizer que foi um esforço de guerra. Hoje [a moratória] é uma conquista excepcional, mais da produção do que nossa”, afirmou Mendes, destacando um legado positivo daquilo que começou como uma imposição arbitrária.

Moratória exige mais do que a lei nacional

Enquanto a Anec, a Associação das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e ONGs ambientalistas veem a moratória como um selo de garantia para preservar clientes e mercados, os opositores dizem tratar-se de uma rendição aos interesses comerciais de grandes tradings e países europeus. Seria, sobretudo, uma afronta à soberania nacional ao impor restrições à revelia da lei brasileira, que autoriza o uso de até 20% das áreas da Amazônia Legal.

Na prática, um proprietário rural da Amazônia Legal não pode plantar nem sequer um pé de soja em áreas que tenham sido desflorestadas após 2008. A carne produzida nessas áreas também é boicotada. Quem se arrisca a ignorar o protocolo, mesmo amparado pela lei brasileira, é identificado por mapas de satélite e enfrenta um severo bloqueio comercial.

As tradings que participam do acordo, dentre elas gigantes como a Bunge, Cargill, Amagi e ADM, originam cerca de 95% da soja exportada pelo país. Também são signatários da moratória ONGs como o Greenpeace, WWF Brasil e Imaflora, e, por parte do governo federal, o Banco do Brasil e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Não há representantes dos produtores no acordo.

Se no início a insatisfação mais declarada veio dos agricultores, mais recentemente a oposição à moratória tem crescido no meio político, mobilizando o governador do Mato Grosso, Mauro Mendes, parlamentares e dezenas de prefeitos.

“Isso é uma aberração que vai aumentar as desigualdades regionais entre os municípios. Não estamos falando da defesa dos produtores, mas da sobrevivência econômica dos municípios mato-grossenses”, assegura Leonardo Bortolini, prefeito de Primavera do Leste (MT) e presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM).

Fonte: Gazeta do Povo/Marcos Tosi Foto: Michel Willian / Arquivo Gazeta do Povo