images

PIB do Paraná cresce o dobro da média nacional e supera os de potências globais

O Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná cresceu 5% no 1º trimestre de 2025 na comparação com o mesmo período do ano passado. O índice, divulgado nesta segunda-feira (16) pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), com base nos dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é quase o dobro da média nacional (2,8%) e posiciona o Estado acima de potências globais, como Estados Unidos (2,1%) e os principais países europeus.

De acordo com o levantamento, o valor total do PIB do Paraná de janeiro a março foi de R$ 210,9 bilhões. Deste montante, R$ 37,9 bilhões são oriundos da atividade agropecuária, o que equivale a 18%. Outros R$ 41,4 bilhões foram produzidos pela indústria (19,6%) e R$ 108,1 bilhões pelo setor de serviços (51,3%), sendo os R$ 23,5 bilhões restantes de impostos (11,1%).

Segundo o Ipardes, o bom desempenho do 1º trimestre está ligado, sobretudo, às atividades de refino de petróleo, produção de veículos automotores, máquinas e equipamentos e geração de energia elétrica, que apresentaram fortes acréscimos de produção no 1º trimestre de 2025, no confronto com os três primeiros meses do ano passado.

Setores com maior crescimento

O maior crescimento estadual aconteceu no setor agropecuário, que registrou alta de 13,08% no 1º trimestre, acima da média nacional de 10,17%. O resultado foi impulsionado, principalmente, pelo desempenho das cooperativas paranaenses, que lideram a produção recorde de carne de frango, suína e bovina nos três primeiros meses de 2025. Outro indicador é o milho, que mesmo com perdas climáticas deverá ter a maior safra da história neste ano.

A indústria também apresentou desempenho expressivo, com crescimento de 5,92%, superior ao índice nacional de 2,4%. O avanço tem sido impulsionado pela instalação de novas fábricas em diversas regiões do Estado, atraídas por um ambiente favorável aos negócios, que combina infraestrutura moderna, segurança jurídica e incentivos fiscais. Entre os setores de destaque estão o automotivo, farmacêutico, alimentício, madeireiro, eletrônico e a agroindústria de alta tecnologia.

O setor de serviços do Paraná cresceu 3,44%, frente aos 2,09% registrados no Brasil, puxado pelos serviços prestados às famílias do Estado, como as atividades de alojamento e alimentação. A performance destes segmentos pode ser explicada pelo aumento da renda média da população e pelo aquecimento do consumo das famílias. O Paraná encerrou o último trimestre de 2024 com a menor taxa de desemprego da sua história: 3,3%. No mesmo período, a renda média dos trabalhadores cresceu 19,2%, a maior entre os estados das regiões Sul, Sudeste, Norte e Centro-Oeste.

Fonte: CBN com informações da AEN/PR Foto: AEN

WhatsApp Image 2025-06-17 at 09.42.17

BNDES aprova financiamento de R$ 133 milhões à Coopavel

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 133,2 milhões à Coopavel Cooperativa Agroindustrial. A operação foi estruturada no âmbito do Plano Safra, com recursos do Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) e do Prodecoop. O projeto, cujo investimento total é de R$ 144,3 milhões viabiliza o crescimento e a sustentabilidade das operações da cooperativa paranaense.

A operação prevê à ampliação e modernização das unidades de recebimento de grãos e comercialização de insumos agrícolas nos distritos de Santo Izidoro, em Três Barras, e Nova União, em Céu Azul, ambas no Paraná. Após a conclusão dos investimentos, a capacidade de armazenagem da unidade de Santo Izidoro será de cerca de 7,6 mil toneladas, com movimentação diária de 5 mil toneladas de grãos. A unidade de Nova União terá capacidade para 12 mil toneladas, também com movimentação diária de 5 mil toneladas.

O financiamento também permitirá a modernização dos frigoríficos de aves e suínos, a ampliação do sistema de captação e tratamento de água, a modernização das estações de separação e compostagem de resíduos sólidos e a construção de um novo centro de triagem de resíduos sólidos no Centro Tecnológico Coopavel.

Outro destaque do apoio é a construção de uma nova fábrica de embalagens em um terreno localizado no Bairro Universitário, em Cascavel, onde funcionava o primeiro frigorífico da cooperativa, hoje desativado. O empreendimento abrigará unidades para a fabricação de etiquetas e rótulos, cartonagem (caixas de papelão), sacarias e bags, frascos e galões, e peças plásticas flexíveis. A produção estimada da nova planta inclui 1,2 milhão de metros lineares de etiquetas e rótulos por mês, 5,3 milhões de caixas por mês (aproximadamente 1,3 mil toneladas), 1,3 milhão de sacos e 30,6 mil bags por mês, 1,45 milhão de frascos por mês e 5.215 toneladas mensais de peças plásticas flexíveis.

Além disso, uma nova linha de produção de ração para peixes será construída em galpão anexo às atuais fábricas de ração da Coopavel. A estimativa é que a capacidade de produção total de ração aumente de 630 mil para 690 mil toneladas/ano.

O sistema de captação e tratamento de água do Complexo Industrial da Coopavel também será ampliado, com a construção de uma barragem de captação, casa de bombas e uma adutora de 2.500 metros, para transportar a água bruta do Rio Barreiros até a lagoa de armazenamento e posterior tratamento na Estação de Tratamento de Água (ETA). Também será reformado um reservatório para água potável.

A ampliação da unidade de compostagem de resíduos orgânicos do Complexo Industrial aumentará a área disponível para compostagem em 1.200 m², viabilizando a produção de composto com potencial de uso agronômico. Já a nova Unidade de Triagem e Reciclagem de Resíduos Sólidos, no Centro Tecnológico Coopavel, será destinada à gestão dos resíduos gerados pelos eventos realizados no espaço do Show Rural Coopavel, que, somente em 2024, gerou mais de 240 toneladas de resíduos.

“O BNDES desempenha um papel importantíssimo para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro. Nesse projeto, serão beneficiados milhares de produtores rurais que dependem da criação de pequenos animais para o desenvolvimento das suas propriedades, melhorando a margem de lucro. Uma parte substancial dos recursos será destinada à ampliação de armazéns para recepção de grãos e à modernização de agroindústrias, melhorando nossa competitividade e levando, inclusive, ao lançamento de novos produtos para o mercado interno e externo, afirma o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli.

“O financiamento de R$ 133 milhões do BNDES à Coopavel viabiliza uma importante ampliação da infraestrutura de armazenagem e de modernização do parque fabril com impactos positivos para o setor. Sob orientação do presidente Lula, o BNDES tem atuado fortemente para construir uma agroindústria cada vez mais produtiva, sustentável e inovadora”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

Fonte e Foto: Gazeta do Povo

IMG_1153

‘A evolução do agro passa pela semente’, afirma especialistas na 4ª Febrasem

Feira em Rondonópolis é considerada um dos maiores eventos do setor de sementes do Brasil. O presidente da Associação Brasileira de Sementes (Abrasem) e vice-presidente da APASEM, Paulo Pinto, durante a solenidade de abertura, pontuou que “eventos como esse nos mostram o que temos e o que está por vir”.

“Toda semente é um ser vivo”. Este é um dos pontos destacados na quarta edição da Feira Brasileira de Sementes (Febrasem), que ocorre em Rondonópolis nestes dias 11 e 12 de junho.

Conforme o presidente da Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat) e realizadora do evento, Nelson Croda, a cada ano a feira vem crescendo.

“A base das escolhas dos temas e palestrantes é com base na realidade atual da agricultura e também sobre as inovações do agro como um todo, principalmente do setor de sementes”, frisou Croda em entrevista ao Canal Rural Mato Grosso.

O evento é realizado no Parque de Exposições Wilmar Peres de Farias, em Rondonópolis. O tema deste ano é “Sementes do Amanhã”, e reúne especialistas, produtores e grandes nomes do agronegócio. Entre os nomes de peso estão Ricardo Amorim e Paulo Hermann, que são referências em economia e em agronegócio.

O presidente da Associação Brasileira de Sementes (Abrasem) e vice-presidente da APASEM, Paulo Pinto, durante a solenidade de abertura, pontuou que “eventos como esse nos mostram o que temos e o que está por vir”.

O presidente do Sistema OCB/MT e do Fórum Agro MT, Nelson Piccoli, lembrou que “toda semente também é um ser vivo” e que “a evolução do agro passa pelas sementes”.

“Vivemos várias revoluções tecnológicas que estão impactando e vão impactar em nosso dia a dia, quebrando paradigmas, mudando relações em vários níveis da sociedade”, lembrou o chefe-geral da Embrapa Soja, Alexandre Nepomuceno.

Fonte: Viviane Petroli/Canal Rural Mato Grosso Foto: Apasem

1cbsoja_11_06_2025

Congresso Brasileiro de Soja debaterá 100 anos de soja no Brasil vislumbrando o amanhã

A 10ª edição do Congresso Brasileiro de Soja (CBSoja) e do Mercosoja 2025 será realizada de 21 a 24 de julho de 2025, em Campinas (SP), pela Embrapa Soja. Para esta edição comemorativa dos 50 anos da Embrapa Soja, o tema central dos eventos será os 100 anos de soja no Brasil: pilares para o amanhã. Considerado o maior fórum técnico-científico da cadeia produtiva da soja na América do Sul, a expectativa da comissão organizadora do CBSoja e do Mercosoja é reunir cerca de 2 mil participantes de diferentes segmentos.

A agenda técnica está composta de temáticas referentes aos últimos avanços da ciência para a cultura da soja, assim como contribuições relevantes sobre temas que vêm impactando o cotidiano da cadeia produtiva, sejam processos e práticas ou inovações. “Construímos uma programação com foco em temas que enfatizem a agregação de valor e o desenvolvimento de uma agricultura sustentável, pautada em tecnologia e inovação”, ressalta o presidente do CBSoja, Fernando Henning, pesquisador da Embrapa Soja.

A programação técnica contará com quatro conferências e nove painéis em que serão realizadas mais de 50 palestras com especialistas nacionais e internacionais de vários segmentos ligados ao complexo soja. “Priorizamos quatro palestras dedicadas aos desafios logísticos do Mercosul, assim como questões referentes à biotecnologia e à propriedade intelectual na região”, detalha Henning.

Outra inovação na programação do CBSoja será a realização do Mãos à Obra, um espaço dedicado ao debate de questões práticas em cinco grandes temas: Fertilidade do solo e adubação, Manejo de nematoides, Plantas daninhas, Bioinsumos e Impedimentos ao desenvolvimento radicular. Também haverá um workshop internacional Soybean2035: A decadal vision for soybean biotechnology, cujo objetivo é debater os próximos 10 anos das ferramentas biotecnológicas na soja, com palestrantes da China, Estados Unidos, Canadá e Brasil.

Sessão pôster

A comissão organizadora aprovou 328 trabalhos técnico-científicos que serão distribuídos em nove sessões temáticas: 1) Ecologia, Fisiologia e Práticas Culturais, 2) Entomologia, 3) Fitopatologia, 4) Genética, Melhoramento e Biotecnologia, 5) Nutrição Vegetal, Fertilidade e Biologia dos Solos, 6) Plantas Daninhas, 7) Pós-Colheita e Segurança Alimentar, 8) Tecnologia de Sementes e 9) Transferência de Tecnologia, Economia Rural e Socioeconomia. Os trabalhos serão apresentados em sessão pôster, cujos autores estarão presentes para esclarecimento de dúvidas, em horário definido na programação.

Histórico da soja e papel da Embrapa Soja

Há quatro mil anos, a soja era uma planta selvagem, que crescia na costa leste da Ásia. De acordo com a publicação “A saga da soja: de 1050 a.C. a 2050 d.C”, editada pela Embrapa Soja, a soja chegou ao Brasil pela Bahia, em 1882, quando foram realizados os primeiros testes com cultivares introduzidas dos Estados Unidos, mas não houve sucesso. Somente após ser introduzida no Rio Grande do Sul, em 1914, para testes, e a partir de 1924, em plantios comerciais, é que a soja apresentou adaptação. Porém, a soja obteve importância econômica somente na década de 1960.

Até o final da década de 1970, os plantios comerciais de soja no mundo restringiam-se a regiões de climas temperados e sub-tropicais, cujas latitudes estavam próximas ou superiores aos 30º. O produtor brasileiro tinha que usar as cultivares importadas dos Estados Unidos que eram adaptadas apenas para a região Sul do Brasil. Com as pesquisas da Embrapa, foi possível romper essa barreira, desenvolvendo variedades adaptadas às condições tropicais com baixas latitudes, permitindo o cultivo da oleaginosa em todo o território brasileiro.

Além do desenvolvimento de novas cultivares, a Embrapa e seus parceiros criaram um sistema de produção de soja tropical. Isso inclui recuperação/manutenção da fertilidade do solo, técnicas de manejo da cultura, controle de plantas daninhas e pragas e doenças, melhoria da qualidade das sementes, entre outras. Esse conjunto de tecnologias tem permitido a sustentabilidade agrícola da cultura da soja no Brasil. A Embrapa Soja foi criada em 16 de abril de 1975, com o propósito de desenvolver tecnologias que viabilizassem a produção de soja no Brasil. Foi além, tornou-se referência mundial em pesquisa dessa oleaginosa para regiões tropicais.

Na safra 2024/25, o Brasil produziu aproximadamente 167 milhões de toneladas de soja, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o que mantém o País na liderança mundial da produção do grão, seguida dos Estados Unidos e da Argentina. Historicamente, a Embrapa Soja, vem liderando redes de pesquisa para geração de soluções sustentáveis para incrementar a produção da leguminosa, reduzir os custos de produção e as emissões de CO2 relacionadas a sua produção além de aumentar a renda dos produtores.

Mais informações na página do evento www.cbsoja.com.br.

Fonte: Assessoria de Imprensa Embrapa Soja Foto: Antonio Neto/RRRufino

transferir (1)

PR e SC crescem e deixam RS para trás no PIB

Um estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre) apontou que o Produto Interno Bruto (PIB) da Região Sul cresceu acima da média nacional no primeiro trimestre de 2025, com destaque para aumentos expressivos de Paraná e Santa Catarina. Por outro lado, o Rio Grande do Sul se manteve estável e não acompanhou os vizinhos da região.

Segundo o FGV Ibre, o crescimento do PIB do Paraná foi de 5,9% e o de Santa Catarina foi de 5,6% na comparação com o mesmo período do ano passado. No caso do estado gaúcho, não houve variação positiva nem negativa em relação aos três primeiros meses de 2024. A média nacional, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi de 2,9%.

“Esse retrato bem discrepante não é de agora. Já estamos percebendo há algum tempo que o Rio Grande do Sul vem com esse perfil de uma magnitude de crescimento abaixo da dos vizinhos”, explica a pesquisadora do FGV Ibre e coordenadora do Monitor do PIB, Juliana Trece.

De acordo com ela, o que levou o Rio Grande do Sul mais para baixo foi o setor de serviços, que apresentou recuo de 1,1% no período. Dentro desse setor, o segmento de serviços prestados às empresas teve peso preponderante para o resultado — segundo o IBGE, a queda foi de 21,4%.

“Essa é uma parte bastante importante que pesa na economia, não só no PIB, mas também no emprego. E isso não está acontecendo nos outros estados do Sul”, complementa a pesquisadora.

A agropecuária foi o setor responsável pelo avanço do Paraná (17,6%) e de Santa Catarina (12,3%). O principal destaque paranaense foi a soja, que respondeu por cerca de 50%. Por sua vez, os catarinenses cresceram especialmente por causa da produção de fumo. No Rio Grande do Sul, a situação só não foi pior devido às contribuições da produção de arroz, fumo e uva, crescendo 2,7% no trimestre.

Apesar do destaque para a agropecuária, o PIB da indústria também avançou nos três estados do Sul, puxado principalmente pela indústria da transformação. O maior crescimento foi de Santa Catarina (7,6%), sendo que a indústria de transformação respondeu por 50% — a fabricação de máquinas e veículos automotores ficou em evidência.

Esse resultado é consequência de um crescimento que vem se intensificando desde 2017 e que é confirmado agora em 2025. “Quando olhamos o dado de um trimestre, poderia ter uma queda e mesmo assim não romperia um ciclo virtuoso de Santa Catarina. O trimestre acaba reforçando a narrativa de que Santa Catarina vem muito bem na indústria, com crescimento disseminado em vários segmentos industriais”, analisa Juliana Trece, do FGV IBre.

A indústria do Paraná, que cresceu 4,9%, encontrou mais tração na fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, fabricação de produtos químicos e fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias – estas respondem por 60% da produção industrial no estado. No Rio Grande do Sul, o principal destaque foi o segmento de fabricação de máquinas e equipamentos, mas o crescimento do setor industrial no estado gaúcho ficou em apenas 0,9%.

O desempenho da indústria no Paraná e no Rio Grande do Sul foi afetado pela baixa atividade da construção. Santa Catarina foi para o outro extremo nesse setor, com crescimento interanual de pessoal ocupado no setor da construção, diferentemente dos vizinhos que não registraram aumento no primeiro trimestre — esses dados constam na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do IBGE (PNAD Contínua).

Fonte e Foto: Gazeta do Povo

seab_11_06_2025

Chuvas são benéficas para produtores de trigo e cevada no Paraná, aponta boletim

As chuvas em praticamente todo o Estado nos últimos dias estão ajudando no plantio e desenvolvimento do trigo, principal cultura de inverno no Paraná. Os triticultores paranaenses devem plantar cerca de 850 mil hectares, um percentual 25% inferior aos 1,1 milhão de hectares do ciclo anterior. Mesmo com essa redução de área, as chuvas chegaram no momento certo. Até agora foram semeados aproximadamente 78% da área.

Para esses a chuva deve auxiliar no desenvolvimento das lavouras, que já vinha bem, com controle fitossanitário em andamento e baixa incidência de pragas. Mas ajuda também os 22% que deixaram para plantar mais tarde, de acordo com o relatório de Condições de Tempo e Cultivo, divulgado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.

Outra beneficiada foi a cevada, que registra que 39% dos 94,3 mil hectares foram plantados. Nas regiões onde a cultura entrou na fase de desenvolvimento vegetativo, as chuvas também ajudam. Nas outras, em que o plantio começou agora, o avanço tem sido observado mesmo com a umidade.

As precipitações têm sido benéficas também para a formação de pastagens, favorecendo a produção de massa verde e a melhora nas condições de alimentação animal. Entretanto, as chuvas também têm prejudicado os produtos que estão em período de colheita, impossibilitando o trabalho a campo.

Colheita

Na cafeicultura, a colheita está atrasada e caminhando de forma lenta devido às chuvas, que também prejudicam secagem e comercialização. De acordo com os técnicos do Deral que acompanham a cultura, foram registradas perdas na granação e ataques do bicho-mineiro. Mesmo assim as produtividades ainda são consideradas boas nas principais regiões produtoras.

O corte da cana-de-açúcar teve interrupções temporárias, mas segue dentro do previsto. Ao contrário do feijão de 2ª safra, que tem a colheita retardada. O excesso de umidade provocou perda de qualidade, mas a preocupação continua porque algumas lavouras foram dessecadas e ainda estão a campo aguardando tempo firme para serem retiradas.

Os municípios que estavam em período de colheita do milho 2ª safra precisaram interromper os trabalhos, mas não se prevê impacto expressivo na produção. Já aqueles em que a cultura estava no período de enchimento de grãos, o clima é favorável para se ter bom potencial produtivo. Mesmo as geadas pontuais não foram tão intensas para causar prejuízo significativo.

Os produtores que optaram por uma segunda safra de soja igualmente têm dificuldade com o término da colheita. Para o restante, a comercialização tem sido lenta em função dos preços não atrativos, gerando preocupação com o armazenamento da próxima safra de milho.

Algumas lavouras de banana e hortaliças tiveram danos na região Norte, em função de granizo. No Sul foram as geadas pontuais que afetaram as folhosas, embora o uso de proteção tenha minimizado as perdas. Os produtores de mandioca seguem com a colheita e o preparo do solo para a próxima safra. Muitas áreas já estão prontas para o plantio, mas a maturação incompleta das manivas tem atrasado o início das atividades.

Fonte: Agência Estadual de Notícias Foto: Embrapa

transferir

Tecnologia leva o agro ao topo do PIB

O agronegócio brasileiro foi o principal motor do crescimento econômico no início de 2025, registrando alta de 12,2% no primeiro trimestre e contribuindo com 1,4 ponto percentual para o avanço do PIB nacional, segundo dados do IBGE. Siegfrid Baumann, Diretor de Desenvolvimento de Produto e Mercado da Bayer, destacou a importância estratégica do setor para a economia do país, com soja, milho, arroz e fumo como protagonistas na elevação da produção.

O desempenho positivo do agronegócio demonstra sua capacidade de impulsionar o crescimento mesmo diante de desafios climáticos e econômicos, mantendo-se como pilar fundamental para o Brasil e abrindo novas oportunidades para empresas e produtores, especialmente aqueles que investem em tecnologia e inovação.

Os avanços tecnológicos são essenciais para aumentar a produtividade e garantir a sustentabilidade do setor. O uso de soluções digitais, biotecnologia e práticas sustentáveis vem permitindo maior eficiência na produção e a redução dos impactos ambientais, aspectos fundamentais para manter a competitividade no mercado global.

“Entre os principais aprendizados, destaca-se a relevância de investimentos contínuos em tecnologia, inovação e sustentabilidade para manter a competitividade e aproveitar as oportunidades que surgem”, comenta.

O agro brasileiro deve continuar investindo em inovação contínua para aproveitar as oportunidades que o mercado oferece e contribuir ainda mais para o crescimento econômico do país. A tecnologia é apontada como o principal vetor para o desenvolvimento e fortalecimento do setor.

Fonte: Agrolink Foto: Divulgação

IMG_1451

Nova diretoria toma posse na Apasem

Presidente, diretores e conselheiros fiscais assumem posto para o biênio 2025/2027. Associação é a entidade que representa o setor de sementes no Paraná

A Associação dos Produtores de Sementes e Mudas do Paraná – Apasem tem novo presidente, diretores e conselheiros fiscais. A cerimônia de posse da instituição, que há mais de 50 anos representa o setor sementeiro no Paraná, ocorreu na cidade de Curitiba, nesta segunda-feira (9). 

Quem assume a presidência da Associação é Josef Pfann Filho, que já foi presidente da instituição em outros mandatos e atua no setor há décadas com vasta experiência no ramo sementeiro. Na cerimônia também foram conhecidos os novos diretores e conselheiros que representarão a Instituição no biênio – 2025/2027 – (confira a lista completa abaixo).

Em seu discurso de posse, Josef   frisou que a Apasem representa um setor estratégico para o crescimento e desenvolvimento do agronegócio brasileiro. “Sabemos que o setor sementeiro é um pedaço indispensável do agronegócio e por isso tudo o que acontece no mercado nacional e no internacional acaba de alguma forma refletindo em nosso dia a dia. Infelizmente o mundo atual vive uma tensão de guerras e divisões. Não podemos deixar que isso nos atinja frontalmente”, destacou Pfann enaltecendo o mercado paranaense “O agronegócio estadual é pujante e alimenta as principais cadeias mundiais – seja na produção da carne bovina, suína ou frango. Ou na produção de soja, milho e algodão onde lideramos internacionalmente. Mas se somos o celeiro do mundo, por isso como setor de sementes vamos continuar a cobrar de nossas lideranças políticas demandas as quais respeitem essa nossa essencialidade na economia e no desenvolvimento de nosso país”.

Também foi destaque em seu discurso de posse, o importante papel dos profissionais que atuarão como diretores e conselheiros fiscais na Apasem nos próximos dois anos. “Quero agradecer aos membros desta nova diretoria que aceitaram embarcar neste desafio e frisar a todos vocês, novos representantes, que estou presidente, contudo, nosso trabalho será em conjunto. Nossas conquistas e desafios serão compartilhados igualmente, assim como, compartilhamos do mesmo propósito de ter a cada dia um setor mais forte e representativo”, destacou.

Veja quem são os novos diretores eleitos para o biênio 2025/2027:

Diretor Presidente:  Josef Pfann Filho

Vice-Presidente: Paulo Pinto de Oliveira Filho

Diretor Administrativo: Roberto Destro

Diretor Institucional: Renato Aparecido Figueiroa   

Diretor Financeiro: Henrique Menarim  

Diretora de Serviços e Soluções: Luana Held Salinet

Conselho Fiscal:

Titulares – Luiz Meneghel Neto, Flávio Enir Turra e João Victor Rodrigues da Silva

Suplentes – Airton Cittolin, Rodrigo Hilbert e Gilberto Tateyama

2e8d09571eea4ac0afcceb8cc1ef046e_858x483

Novo fungicida para combater ferrugem asiática da soja

A empresa BASF deu início ao processo de registro do Adapzo® Active (Flufenoxadiazam), novo fungicida desenvolvido para enfrentar a ferrugem asiática da soja, uma das doenças mais severas que afetam a cultura na América do Sul. Segundo o Consórcio Antiferrugem, a doença pode causar perdas de até 90% se não controlada adequadamente. O novo ingrediente ativo foi submetido às autoridades regulatórias no Brasil e no Paraguai, com previsão de envio à Bolívia.

Desenvolvido especificamente para as necessidades dos agricultores sul-americanos, o Adapzo® Active é o primeiro inibidor de histona desacetilase (HDAC) do setor. Seu novo modo de ação contribui para o manejo da resistência de importantes doenças da soja, como a própria ferrugem e a mancha-alvo. A expectativa da empresa é que os produtos com essa molécula estejam disponíveis no mercado a partir de 2029.

“Usamos nosso profundo conhecimento da agricultura local e ouvimos cuidadosamente nossos clientes, desenvolvendo um ingrediente ativo adaptado às necessidades dos produtores de soja no Brasil, Paraguai e Bolívia”, diz Ademar De Geroni Junior, vice-presidente de Marketing Estratégico para a América Latina da BASF Soluções para Agricultura. “Com o Adapzo® Active, reafirmamos nosso compromisso com o desenvolvimento de uma agricultura sustentável, especialmente para os produtores de soja na América do Sul”, afirma.

Além de seu uso individual, o Adapzo® Active foi concebido para integrar o portfólio da BASF, potencializando resultados quando combinado com outras tecnologias. “Oferece controle de amplo espectro e proteção contra cepas mutantes do fungo, protegendo o potencial produtivo da soja”, destaca Ulf Groeger, vice-presidente de Pesquisa de Fungicidas da BASF.

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems Foto: Aline Merladete

061ee840-0042-496c-9c4b-e46922fa437e

Protagonista das festas juninas, amendoim é cultivado em 200 municípios do Paraná

Chegou o mês de junho e com ele as vibrantes e gastronômicas festas juninas. Nessas celebrações um produto é indispensável por ser matéria-prima para várias formas de consumo, tanto doce quanto salgada: o amendoim. No Paraná ele é cultivado comercialmente em pelo menos 200 municípios.

Esse é um dos assuntos comentados no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 30 de maio a 5 de junho. O documento do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), também analisa o desempenho paranaense no milho, mandioca, cebola e proteínas animais.

Em 2023 o Paraná colheu pouco mais de 7,8 mil toneladas de amendoim em 2,1 mil hectares, resultando em R$ 33,4 milhões em Valor Bruto de Produção (VBP), segundo levantamento do Deral. O município de Guairaçá, no Noroeste, foi responsável por mais de 3,6 mil toneladas, seguido por Alto Paraná e Paranapoema. Na atual safra o volume deve ficar em torno de 7,9 mil toneladas, representando 0,7% da produção nacional.

A estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra brasileira 2024/25é de 1,16 milhão de toneladas. “Se for confirmada será a maior da história”, acentuou o analista do Deral, Edmar Gervasio. O estado de São Paulo é o principal produtor, com quase 80% desse volume. Mato Grosso do Sul fica com outros 15%.

Segundo o analista, a produção de amendoim era majoritariamente destinada à fabricação de óleo refinado para uso culinário até a década de 1970. A partir daí a soja mostrou-se economicamente mais viável para essa finalidade, consolidando-se seu óleo como padrão no mercado.

“Com essa transição, o amendoim passou a ocupar um espaço mais específico no mercado”, destacou Gervasio. “Atualmente ele é valorizado como um item de nicho, focado principalmente na indústria de confeitaria e no consumo direto em suas múltiplas apresentações”.

Milho

As chuvas que caíram no Estado nos últimos dias foram benéficas para o desenvolvimento da safra de milho. O frio e as geadas localizadas não trouxeram impactos desfavoráveis. A colheita atingiu 3% da área estimada em 2,72 milhões de hectares. Pelo menos 40% do que resta a campo está em fase de maturação, praticamente eliminando risco de ser prejudicado pelo frio.

Mandioca

A colheita da mandioca está mais acelerada que no ano passado, quando foi prejudicada pela seca. A estimativa é que sejam colhidos 4,2 milhões de toneladas da raiz, volume 16% superior às 3,7 milhões de toneladas de 2024. O aumento decorre tanto do incremento de 9% em área, indo de 138,6 mil hectares para 151,4 mil hectares, quanto em produtividade, passando de 26,6 toneladas por hectare para 28 toneladas.

Cebola

O boletim também informa que o Paraná deve plantar 2,6 mil hectares de cebola, com colheita projetada de 109,5 mil toneladas. Se confirmado, os números serão 13,5% inferiores em relação à área de 3,2 mil hectares do ciclo passado, e 15,1% a menos que as 129,1 mil toneladas colhidas.

A região de Guarapuava deve plantar 950 hectares e produzir 52,7 mil toneladas, consolidando-se como a maior produtora. Curitiba e cercanias têm previsão de colher 28,7 mil toneladas em 897 hectares, enquanto o regional de Irati prevê extrair 13,3 mil toneladas em 400 hectares.

Suínos

Em relação a proteínas animais, o documento apresenta dados do Observatório de Complexidade Econômica que aponta o Brasil como terceiro maior exportador de fígado suíno congelado em 2023. O produto é utilizado tanto em preparações culinárias como ingrediente opcional em alguns tipos de mortadela, salsicha, fiambre e patê.

Naquele ano o Brasil exportou 10 mil toneladas de fígado suíno congelado e arrecadou US$ 6,65 milhões. Santa Catarina destacou-se, com 8,6 mil toneladas. O Paraná foi o quinto colocado, com 234 toneladas. As Filipinas foram o principal comprador.

Peru

A produção nacional de carne de peru em 2024 foi de 127 mil toneladas, uma retração de 4,4% em relação às 133 mil toneladas do ano anterior. Historicamente há muita oscilação na produção dessa carne, que chegou a ser de 390,5 mil toneladas em 2017. A região Sul é responsável por praticamente toda a produção.

O País enviou 64 mil toneladas para o exterior no ano passado, gerando US$ 154 milhões em receita cambial. O Paraná, com cerca de 8,7 mil toneladas, foi o terceiro exportador, atrás do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Fonte: AEN Foto: Arquivo/MAPA