Visite o estande da Apasem no Congresso Brasileiro de Soja (CBSoja) e do Mercosoja 2025

Para esta edição comemorativa dos 50 anos da Embrapa Soja, o tema central dos eventos será os 100 anos de soja no Brasil: pilares para o amanhã

A Associação Paranaense dos Produtores de Sementes e Mudas (APASEM) espera sua visita  no estande da Associação montado na feira que ocorre durante a X edição do Congresso Brasileiro de Soja (CBSoja) e do Mercosoja 2025, que segue nesta terça-feira e  vai até 24 de julho, no Centro de Exposições e Convenções Expo Dom Pedro, em Campinas (SP). O espaço da Apasem está localizado ao lado do auditório, com a numeração 96.

Para esta edição comemorativa dos 50 anos da Embrapa Soja, o tema central dos eventos será os 100 anos de soja no Brasil: pilares para o amanhã. Considerado o maior fórum técnico-científico da cadeia produtiva da soja na América do Sul, a expectativa da comissão organizadora da CBSoja e Mercosoja é reunir cerca de 2 mil participantes de diferentes segmentos.

A agenda técnica é composta de temas referentes aos últimos avanços da ciência para a cultura da soja, assim como contribuições relevantes sobre temas que trazem impacto no cotidiano da cadeia produtiva, são processos e práticas ou inovações. “Construímos uma programação com foco em temas que enfatizem a agregação de valor e o desenvolvimento de uma agricultura sustentável, pautada em tecnologia e inovação”, ressalta o presidente da CBSoja, Fernando Henning, pesquisador da Embrapa Soja.

A programação técnica contará com quatro conferências e 15 painéis em que serão realizadas mais de 50 palestras com especialistas nacionais e internacionais de vários segmentos ligados ao complexo soja. “Priorizamos quatro palestras dedicadas aos desafios logísticos do Mercosul, assim como questões referentes à biotecnologia e à propriedade intelectual na região”, detalha Henning.

Outra inovação na programação do CBSoja será a realização do Mãos à Obra, um espaço dedicado ao debate de questões práticas em cinco grandes temas: Fertilidade do solo e adubação, Manejo de nematoides, Plantas concretas, Bioinsumos e Impedimentos ao desenvolvimento radicular. Também haverá um workshop internacional Soybean2035: Uma visão decadal para a biotecnologia da soja, cujo objetivo é debater os próximos 10 anos das ferramentas biotecnológicas na soja, com palestrantes da China, Estados Unidos, Canadá e Brasil.

Sessão pôster

A comissão organizadora aprovou 328 trabalhos técnico-científicos que serão distribuídos em nove sessões temáticas: 1) Ecologia, Fisiologia e Práticas Culturais, 2) Entomologia, 3) Fitopatologia, 4) Genética, Melhoramento e Biotecnologia, 5) Nutrição Vegetal, Fertilidade e Biologia dos Solos, 6) Plantas Daninhas, 7) Pós-Colheita e Segurança Alimentar, 8) Tecnologia de Sementes e 9) Transferência de Tecnologia, Economia Rural e Socioeconomia. Os trabalhos serão apresentados em sessão apresentada, cujos autores serão apresentados para esclarecimento de dúvidas, no horário definido na programação.

Serviço:

CBSoja e do Mercosoja 2025

De 21 a 24 de julho – Campinas SP

Visite o Estande da Apasem – Ao lado do Auditório – número 96

Informações sobre o evento www.cbsoja.com.br.

Confira programação do Congresso Brasileiro de Soja e Mercosoja 2025

Começou nesta segunda-feira, 21 de julho, o  X Congresso Brasileiro de Soja (CBSoja) e do Mercosoja 2025

Começou nesta segunda-feira, 21 de julho, o  X Congresso Brasileiro de Soja (CBSoja) e do Mercosoja 2025, no Centro de Exposições Dom Pedro, em Campinas, (SP), com a presença da presidente Silvia Massruhá, da Embrapa, do presidente do Conselho de Administração da Embrapa,  Carlos Ernesto Augustin, representante do Ministro da Agricultura e Pecuária, entre outras autoridades, de Alexandre Nepomuceno, chefe-geral da Embrapa Soja, e do presidente do CBSoja, Fernando Henning.

Na sequência ocorreu a conferência sobre a ‘Soja no Mercosul, um século depois’. Para debater a evolução da soja nos países da América do Sul foram convidados o pesquisador Romeu Afonso de Souza Kiihl, da área de melhoramento genético, da MGS Melhoramento Genético e Sementes; o professor Tuneo Sediyama, da Universidade Federal de Viçosa; Rodolfo Luis Rossi, ex-Gerente Global Investigación Soja en Nidera e Gerardo Bartolomé, do Grupo Dom Mário. O debate será conduzido pelo jornalista Giovani Ferreira.

Programação técnica

Amanhã, 22 de julho, a partir das 8h30, o evento terá início com a conferência A geopolítica da cultura da soja, a ser ministrada por Guilherme Bastos, da Fundação Getúlio Vargas, seguida de três painéis técnicos simultâneos, entre 10h30 às 12h30. Um deles discutirá a soja no âmbito da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30). Na oportunidade serão realizadas três palestras: O Brasil como potência agrícola e ambiental; Demanda por produtos à base de soja com certificação de produção com baixas emissões de GEE; e agricultura regenerativa e Descarbonização da cadeia da soja da originação ao produto final. Este bloco será moderado pela chefe adjunta de Transferência de Tecnologias da Embrapa Soja, Carina Gomes Rufino.

Haverá ainda o painel abordando a soja em sistemas de produção irrigados. Neste debate serão realizadas duas palestras: Outorga de uso da água e sustentabilidade ambiental e Automação em sistemas irrigados de produção de grãos.   A moderação será de  Fernando Campos Mendonça, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz

Simultaneamente, haverá o painel Qualidade da semente e o sucesso da cultura da soja, moderado pelo pesquisador da Embrapa Soja, Francisco Krzyzanowsky. Serão realizadas quatro palestras durante o painel, propondo discussões sobre o Controle de qualidade da semente; Produção de sementes de alta qualidade; Melhoramento para a qualidade de sementes; e Qualidade da semente e a produtividade da lavoura de soja. 

A programação no período da tarde, das 14h às 16h, também terá três painéis simultâneos.  Um deles irá tratar do Zoneamento Agrícola de Risco Climático –  Zarc Níveis de Manejo (NM). As palestras irão tratar dos Impactos das mudanças climáticas sobre a produção agrícola; Zarc NM: princípios metodológicos e aplicações; e Políticas de gestão do risco: Zarc NM. O pesquisador da Embrapa Soja, José Renato Bouças Farias, será o moderador deste debate.

Outro destaque da programação irá abordar os desafios da Tecnologia de aplicação aérea. No painel, serão realizadas três palestras: Legislação aplicável às aplicações aéreas; Aviões, drones de pulverização e o mercado agrícola; e Uso de Drones Agrícolas – da pesquisa à prática. A moderação será do pesquisador da Embrapa Soja, Fernando Adegas. 

Ainda está previsto o painel que discutirá a Soja como matéria-prima para produção de biocombustíveis. O encontro contará com quatro palestras: Situação atual e perspectivas de uso da soja na produção de biodiesel; Situação atual e perspectivas de uso da soja na produção de SAF; Implicações do uso da soja em biocombustíveis nas mudanças diretas e indiretas do uso da terra; e Aspectos econômicos e comerciais no uso de soja para biocombustíveis. A moderação será da Priscila Sabaini, da  Embrapa Meio Ambiente

Das 16h às 17h, na Arena de inovação, estão previstas duas palestras. A primeira com o tema Inovação e Mercado – Onde tudo se conecta. Em seguida, haverá a palestra Inteligência Artificial e Imagens Espectrais para Avaliação de Sementes e Grãos.

Para encerrar as discussões desta terça-feira, o destaque será o debate sobre os Desafios logísticos para a exportação da soja no Mercosul. No encontro, serão abordadas as dificuldades encontradas pelos países exportadores de soja na América Latina: Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia.  Estão previstas duas palestras: Hidrovias como estruturas logísticas no Mercosul e Estado atual da infraestrutura de armazenamento de grãos no Brasil. A atividade será moderada pelo pesquisador da Embrapa Soja, Marcelo Alvares de Oliveira. 

Texto e imagem – Embrapa Soja

Mercosoja 2025 debate logística e sementes no Mercosul

Programação destaca exportação de soja, uso de hidrovias e impactos do mercado

Os desafios da produção e da exportação da soja do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) terão um espaço de destaque na programação do X CBSoja e do Mercosoja 2025, a serem realizados de 21 a 24 de julho, em Campinas (SP). Serão privilegiados debates referentes à logística e a questões sobre propriedade intelectual e biotecnologia, cujo objetivo é apresentar o impacto do mercado informal de sementes: não obedece os critérios pré-estabelecidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Na terça-feira, 22 de julho, das 17h às 18h30, ocorrerá o painel “Desafios logísticos para a exportação de soja no Mercosul” discutindo as dificuldades de exportação dos países produtores de soja no Mercosul: Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Na oportunidade, haverá a palestra sobre hidrovias como estruturas logísticas no Mercosul, a ser ministrada pelo presidente da Associação Argentina da Cadeia da Soja – ACSoja, Luis Zubizarreta. Também está prevista uma discussão sobre o estado atual da infraestrutura de armazenamento de grãos no Brasil, tema a ser apresentado pelo técnico da cooperativa Coamo Edenilson Oliveira, e representante da Associação Brasileira de Pós-Colheita. O painel será moderada pelo pesquisador da Embrapa Soja, Marcelo Alvares de Oliveira.

De acordo com pesquisador Fernando Henning (na foto), presidente do CBSoja, a proposta é apresentar um panorama sobre os desafios da logística de transporte de cargas no Brasil, enfatizando o que vem sendo feito, em termos de melhoria nos portos, assim como implementação dos corredores de exportação, via estruturação de ferrovias. “O painel também abordará o planejamento da iniciativa privada sobre o transporte por hidrovias para escoar a soja, interligando principalmente com as rodovias, o que torna o transporte mais competitivo do que é praticando atualmente”, explica.

Henning diz ainda que haverá debate sobre os investimentos realizados em logística para utilizar a bacia do Prata – como hidrovia – pelos produtores da Argentina, Paraguai e Uruguai. “Na Argentina, por exemplo, estão automatizando os processos, agregando novas tecnologias para reduzir a interferência humana no descarregamento e transbordo de cargas, por exemplo”, comenta Henning.

Biotecnologia e propriedade intelectual no Mercosul  

O outro tema sobre o Mercosul será debatido no painel “Biotecnologia e propriedade intelectual no Mercosul”, na quarta-feira, 23 de julho, das 17h às 18h, com moderação do chefe-geral da Embrapa Soja, Alexandre Nepomuceno. Nesse painel, haverá uma palestra sobre inovações em Biotecnologia e a Propriedade Intelectual como Pilar Estratégico, a ser ministrada por Vivian Nascimento, da Bayer e ainda a discussão sobre tecnologias moleculares e de imagens para proteção da propriedade intelectual em soja, ministrada por Mariano Bulos, da The + Company.

De acordo com a Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem), no Brasil, o percentual de taxa de utilização de sementes certificadas é de cerca de 70% safra por safra, portanto, 30% são sementes guardadas pelo produtor para usar na safra subsequente (semente salva) ou semente pirata: produzidas sem os critérios exigidos pelo Mapa. Na visão de Henning, esses 30% de sementes representam um impacto financeiro no setor, assim como pode apresentar risco fitossanitário. “Ao se utilizar uma semente não certificada, pode-se introduzir uma nova praga, uma nova doença na lavoura, por exemplo. Por outro lado, há a questão econômica. A Crop Life levantou que os 30% de sementes não comercializadas representam cerca de 10 bilhões de reais que deixam de ser movimentados e, consequentemente, reduzem os investimentos em pesquisa para a geração de novas cultivares, por exemplo”, reflete Henning.

Para esta edição comemorativa dos 50 anos da Embrapa Soja, o tema central do CBSoja e do Mercosoja 2025 será os 100 anos de soja no Brasil: pilares para o amanhã. Considerado o maior fórum técnico-científico da cadeia produtiva da soja na América do Sul, a expectativa da comissão organizadora é reunir cerca de 2 mil participantes de diferentes segmentos.

A programação técnica contará com 4 conferências e 15 painéis em que serão realizadas mais de 50 palestras com especialistas nacionais e internacionais de vários segmentos ligados ao complexo soja. A comissão organizadora aprovou 328 trabalhos técnico-científicos que serão apresentados na sessão pôster. Também haverá destaque para os desafios da produção de soja no Mercosul e um workshop internacional Soybean2035: A decadal vision for soybean biotechnology, cujo objetivo é debater os próximos 10 anos das ferramentas biotecnológicas na soja, com palestrantes da China, Estados Unidos, Canadá e Brasil.

Revista Cultivar – Lebna Landgraf –  Foto: Gabriella Mendes

MAPA estabelece novas regras para o Programa Nacional de Combate ao Greening na citricultura

O Ministério da Agricultura e Pecuária atualizou o marco regulatório nacional para o combate ao greening (HLB), uma das doenças mais severas da citricultura

O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) atualizou o marco regulatório nacional para o combate ao greening (HLB), uma das doenças mais severas da citricultura. A nova Portaria SDA/MAPA nº 1.326, publicada em 4 de julho de 2025, institui o Programa Nacional de Prevenção e Controle do Huanglongbing ou Greening (PNCHLB), que redefine as diretrizes para monitoramento, controle e erradicação da doença em todo o território nacional.

As principais alterações referem-se à definição dos critérios para a eliminação das plantas afetadas, que agora será determinado por cada órgão estadual de defesa sanitária vegetal. Esses órgãos terão o prazo de 120 dias para apresentar ao MAPA um plano de ação. Com isso, termina a eliminação facultativa de plantas cítricas afetadas com nove anos ou mais, independentemente da incidência da doença nos diferentes estados. A mudança também permite a adoção de regras mais rigorosas em áreas com menor incidência da doença, uma medida especialmente relevante para sua contenção.  

O programa estabelece a classificação dos estados entre áreas com e sem ocorrência da doença, com responsabilidades distintas para cada cenário. Entre as exigências estão o monitoramento contínuo dos pomares, a erradicação de plantas afetadas, o controle do inseto vetor, restrições ao trânsito de mudas e frutos, além da obrigatoriedade de viveiros telados e da entrega de relatórios semestrais pelos produtores.

Para manter a classificação de “área sem ocorrência”, os estados deverão realizar levantamentos fitossanitários anuais e manter atualizado o cadastro georreferenciado das propriedades produtoras de laranja, limão e tangerina. Além disso, será necessário realizar o monitoramento do psilídeo Diaphorina citri em áreas de risco. Nos estados com a ocorrência confirmada do greening, o monitoramento do inseto vetor será obrigatório tanto nos municípios com registros da doença quanto nos municípios vizinhos.

Outro ponto de destaque, com grande impacto para a cadeia produtiva de citros, é que a produção de mudas e borbulhas deverá, obrigatoriamente, ocorrer em ambientes protegidos por tela antiafídica com malha máxima de 0,87 x 0,30 mm, padrão já adotado no estado de São Paulo. A exigência passa a valer para todos os estados.

A norma também estabelece a remoção obrigatória de murta ou dama-da-noite (Murraya paniculata) com a presença do inseto vetor nas proximidades de pomares comerciais. Além disso, fica proibido o transporte dessa planta, ou de partes dela, de regiões com ocorrência do greening para outras onde a doença já tenha sido detectada.

Para o pesquisador do Fundecitrus Franklin Behlau, as novas diretrizes são fundamentais para reforçar o controle do greening e viabilizam ações fitossanitárias regionais mais eficazes. “As novas regras estabelecidas pelo MAPA representam um avanço importante no combate ao greening no Brasil. Os órgãos de defesa estaduais ganham mais autonomia para definir critérios de erradicação. Assim, ao permitir a adoção de medidas mais rigorosas e adaptadas às realidades locais, a portaria fortalece a capacidade de resposta dos estados e do setor produtivo”, destaca.

O pesquisador também reforça a importância da parceria com outras instituições para o combate da doença. “O envolvimento coordenado entre governo, produtores e pesquisadores é essencial para reduzir o impacto do greening na citricultura e garantir a sustentabilidade da atividade no país”, afirma.

A portaria, elaborada com a contribuição dos órgãos de defesa estaduais e do Fundecitrus, revoga a Portaria SDA/MAPA nº 317, de 21 de maio de 2021, e reforça a articulação entre o MAPA, os estados e o setor produtivo, com o objetivo de coordenar e fortalecer as ações de defesa vegetal diante do avanço do greening no país.

Saiba mais sobre as novas diretrizes no Diário Oficial da União: https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-sda/mapa-n-1.326-de-4-de-julho-de-2025-640269613

Texto e foto – Fundecitrus

Monitora Paraná: Estado terá novos radares meteorológicos

Iniciativa prevê a aquisição de três novos radares meteorológicos de última geração nesta primeira fase, com investimento estimado em R$ 38,4 milhões, fazendo com que o Paraná tenha a melhor e mais completa cobertura meteorológica do Brasil.

O Governo do Estado publicou nesta segunda-feira (21), no Diário Oficial do Paraná, o edital de concorrência internacional eletrônica para a implementação do projeto Monitora Paraná. A iniciativa prevê a aquisição de três novos radares meteorológicos de última geração, com investimento de US$ 6.869.937,77 (aproximadamente R$ 38,4 milhões na cotação atual), fazendo com que o Paraná tenha a melhor e mais completa cobertura meteorológica do Brasil. A divulgação das propostas será no dia 10 de setembro, a partir das 9h30, por meio do sistema eletrônico de licitações do governo federal www.compras.gov.br.

Na sequência, o Estado prevê a abertura de novo processo licitatório, desta vez para a aquisição de mais três radares, uma boia oceanográfica e na ampliação da rede de estações meteorológicas e hidrológicas, dentro do Monitora Litoral. Os equipamentos vão reforçar o setor de monitoramento que acompanha o nível dos rios e as condições oceanográficas – dados que ajudam a Coordenadoria da Defesa Civil na tomada de decisões em caso de enxurradas, alagamentos ou ressacas.

O investimento total nos dois Monitoras é de cerca de R$ 70,4 milhões. Os recursos utilizados são provenientes da indenização da Petrobras em razão de um derramamento de óleo causado pela empresa no Rio Iguaçu, em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), em julho de 2000.

Os radares que serão adquiridos neste momento são do tipo Doppler com polarização dupla, que representam o que há de mais moderno em tecnologia meteorológica em todo o mundo. O processo, conduzido pelo Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) e Instituto Água e Terra (IAT), órgãos vinculados à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), está estruturado em três lotes, cada um voltado à aquisição de um tipo específico de radar (S, C e X), pensado para atender às diferentes realidades regionais do Paraná.

“São radares de três bandas diferentes, para que o modelo meteorológico paranaense fique completo e para que nenhuma fúria da natureza passe despercebida. Vamos monitorar todo o Paraná, protegendo nossos moradores e alertando nossos agricultores”, afirmou o secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável, Rafael Greca.

Atualmente, o sistema de monitoramento do Simepar conta com um radar de banda X em Curitiba e dois radares de banda S, localizados em Teixeira Soares (Centro-Sul) e Cascavel (Oeste), com alcance de até 480 quilômetros. A nova etapa prevê a instalação de três novos equipamentos: um radar de banda X em Pontal do Paraná, no Litoral; um de banda C, em Campo Magro, na Região Metropolitana de Curitiba; e outro de banda S, em Jandaia do Sul, no Vale do Ivaí.

O monitoramento dos equipamentos será integrado e sobreposto, permitindo aos meteorologistas maior precisão na cobertura de áreas anteriormente limitadas por “pontos cegos” nos mapas, causados por obstruções físicas, como as montanhas da Serra do Mar. Essa melhoria também facilitará a observação de chuvas em altitudes mais baixas, aprimorando a análise e a previsão de eventos meteorológicos em regiões de difícil acesso.

Essa estrutura estará integrada à Rede de Prevenção de Acidentes Meteorológicos e Hidrológicos (REPAMH) e ao Sistema Integrado de Gestão de Riscos (SIGRisco), ampliando significativamente a capacidade do Simepar de prever, alertar e responder a eventos extremos.

“Com as mudanças climáticas, é cada vez mais importante ter sistemas confiáveis e precisos para ter maior previsibilidade. Com isso, teremos ações mais seguras e assertivas para prevenção a eventos críticos, como chuvas torrenciais, estiagens prolongadas ou incêndios florestais”, afirmou o diretor-presidente do IAT, Everton Souza.

TECNOLOGIA – Cada tecnologia de radar apresenta características específicas que farão com que o Paraná tenha a melhor cobertura meteorológica do País. O radar de banda S, que será instalado em Jandaia do Sul, oferece o maior alcance de monitoramento, podendo detectar fenômenos meteorológicos a distâncias de até 480 quilômetros.

Pela cidade, passam sistemas de tempestades severas que se formam no Paraguai e vêm para o Norte do Estado causando inundações, deslizamentos ou ventos muito fortes associados a granizo. O radar de banda S, que será instalado no município, apresenta excelente resistência a condições meteorológicas adversas, operando com precisão mesmo durante chuvas intensas, o que é fundamental para o monitoramento de eventos climáticos extremos.

O radar de banda C, previsto para Campo Magro, opera com uma tecnologia equilibrada entre alcance e resolução. Com capacidade de monitoramento quantitativo em distâncias intermediárias de 50 a 200 quilômetros, esta tecnologia é especialmente adequada para acompanhar fenômenos meteorológicos regionais e oferece menor interferência causada por chuvas intensas em comparação aos radares de frequências mais altas.

Já o radar de banda X, que será instalado em Pontal do Paraná, no Litoral, destaca-se pela alta resolução de imagens, permitindo a detecção precisa de fenômenos meteorológicos em pequena escala. Esta tecnologia é capaz de identificar partículas pequenas e oferece imagens com resolução superior, sendo fundamental para o monitoramento detalhado das condições meteorológicas na região litorânea.

“Com essa expansão, passaremos a contar com uma rede híbrida de radares que alia longo alcance, cobertura intermediária e alta resolução. Essa configuração atende com precisão as particularidades climáticas do Paraná, como as chuvas intensas no Litoral e os episódios de granizo no Norte do Estado”, destacou o diretor-presidente do Simepar, Paulo de Tarso.

Texto e foto – Agência Estadual de Notícias do Paraná

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Logística e propriedade intelectual da soja no Mercosul serão debatidas do Mercosoja 2025

Os desafios da produção e da exportação de soja do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) terão um espaço de destaque na programação do X CBSoja e do Mercosoja 2025, a serem realizados de 21 a 24 de julho, em Campinas (SP). Serão debates privilegiados referentes à logística e às questões sobre propriedade intelectual e biotecnologia, cujo objetivo é apresentar o impacto do mercado informal de sementes: não obedece aos critérios pré-estabelecidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Na terça-feira, 22 de julho, das 17h às 18h30, ocorrerá o painel “Desafios logísticos para a exportação de soja no Mercosul” discutindo as dificuldades de exportação dos países produtores de soja no Mercosul: Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Na oportunidade, haverá uma palestra sobre hidrovias como estruturas logísticas no Mercosul, a ser ministrada pelo representante da Associação Argentina da Cadeia da Soja – ACSoja, Luis Zubizarreta. Também está prevista uma discussão sobre o estado atual da infraestrutura de armazenamento de grãos no Brasil, tema a ser apresentado pelo técnico da cooperativa Coamo Edenilson Oliveira, e representante da Associação Brasileira de Pós-Colheita. O painel será moderado pelo pesquisador da Embrapa Soja, Marcelo Alvares de Oliveira.

De acordo com o pesquisador Fernando Henning, presidente da CBSoja, a proposta é apresentar um panorama sobre os desafios da logística de transporte de cargas no Brasil, enfatizando o que vem sendo feito, em termos de melhoria nos portos, assim como a implementação dos corredores de transporte, via estruturação de ferrovias. “O painel também abordará o planejamento da iniciativa privada sobre o transporte por hidrovias para escoar a soja, interligando principalmente com as rodovias, o que torna o transporte mais competitivo do que é praticado atualmente”, explica.

Henning diz ainda que há debate sobre os investimentos realizados em logística para utilização da bacia do Prata – como hidrovia – pelos produtores da Argentina, Paraguai e Uruguai. “Na Argentina, por exemplo, estão automatizando os processos, agregando novas tecnologias para reduzir a interferência humana no descarregamento e transporte de cargas, por exemplo”, comenta Henning.

Biotecnologia e propriedade intelectual no Mercosul – O outro tema sobre o Mercosul será discutido no painel “Biotecnologia e propriedade intelectual no Mercosul”, na quarta-feira, 23 de julho, das 17h às 18h, com moderação do chefe-geral da Embrapa Soja, Alexandre Nepomuceno. Nesse painel, haverá uma palestra sobre inovações em Biotecnologia e a Propriedade Intelectual como Pilar Estratégico, ministrada por Vivian Nascimento, da Bayer e ainda uma discussão sobre tecnologias moleculares e de imagens para proteção da propriedade intelectual em soja, ministrada por Mariano Bulos, da The + Company.

De acordo com a Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem), no Brasil, o percentual de taxa de utilização de sementes certificadas é de cerca de 70% safra por safra, portanto, 30% são sementes guardadas pelo produtor para usar na safra subsequente (semente salva) ou semente pirata: produzidos sem os critérios exigidos pelo Mapa. Na visão de Henning, esses 30% das sementes representam um impacto financeiro no setor, assim como podem apresentar risco fitossanitário. “Ao se utilizar uma semente não certificada, pode-se introduzir uma nova praga, uma nova doença na lavoura, por exemplo. Por outro lado, há a questão econômica. A Crop Life afirmou que os 30% de sementes nãodas comercializadas representam cerca de 10 bilhões de reais que deixam de ser movimentados e, consequentemente, mantendo os investimentos em pesquisa para a geração de novas cultivares, por exemplo”, reflete Henning.

 CBSoja e Mercosoja 2025 – Para esta edição comemorativa dos 50 anos da Embrapa Soja, o tema central do CBSoja e do Mercosoja 2025 serão os 100 anos de soja no Brasil: pilares para o amanhã. Considerado o maior fórum técnico-científico da cadeia produtiva da soja na América do Sul, a expectativa da comissão organizadora é reunir cerca de 2 mil participantes de diferentes segmentos.

A programação técnica contará com 4 conferências e 15 painéis em que serão realizadas mais de 50 palestras com especialistas nacionais e internacionais de vários segmentos ligados ao complexo soja. A comissão organizadora aprovou 328 trabalhos técnico-científicos que serão apresentados na sessão de apresentação. Outra inovação na programação do CBSoja será a realização do Mãos à Obra, um espaço dedicado ao debate de questões práticas em cinco grandes temas: Fertilidade do solo e adubação, Manejo de nematoides, Plantas concretas, Bioinsumos e Impedimentos ao desenvolvimento radicular. Também haverá destaque para os desafios da produção de soja no Mercosul e um workshop internacional Soybean2035: Uma visão decadal para a biotecnologia da soja, cujo objetivo é debater os próximos 10 anos das ferramentas biotecnológicas na soja, com palestrantes da China, Estados Unidos, Canadá e Brasil.

Arena de Inovação

A Arena de Inovação é um espaço para a realização de lançamentos, apresentação de trabalhos técnicos de destaque e inovações propostas pelo mercado. Mais de 40 expositores participantes do evento

Serviço:

X Congresso Brasileiro de Soja e Mercosoja 2025

Data: 21 a 24 de julho de 2025

Local: Centro de Exposições e Convenções Expo Dom Pedro Campinas (SP)

Inscrições e mais informações: cbsoja.com.br

Fonte e Foto: CBSoja

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Drones ganham espaço nas atividades brasileiras e viram opção para agricultores e falar de serviço

Comprar o próprio drone para geração agrícola ou contratar um prestador de serviço? Existe legislação para esta prática no Brasil? Quais são as culturas agrícolas que já estão utilizando a tecnologia? Os resultados são promissores? Para responder a essas e outras perguntas, os especialistas reuniram as principais informações a respeito da frequência agrícola feita com essa tecnologia. Uso de drones agrícolas no Brasil: da pesquisa à prática, Documento 474, é de autoria de Rafael Moreira Soares, pesquisador da Embrapa Soja, (PR), e do empresário Eugênio Passos Schröder. O documento apresenta os aspectos regulatórios, o uso da tecnologia para tratar de serviços e agricultores, analisa resultados de pesquisas nacionais e internacionais, e descreve exemplos práticos de sua aplicação em diversas culturas relevantes.

O uso de drones na agricultura está cada vez mais presente, tanto em quantidade como em diversidade de aplicações. “Os modelos mais comuns são os multirrotores e os de asa fixa, com motorização elétrica por baterias”, explica Soares. “Eles são classificados de acordo com o seu peso e altura máxima de voo permitida, possuindo numerosos tipos de hardware, software, câmeras e sensores, que permitem a execução de diversos processos, como, por exemplo, mapeamento georreferenciado, monitoramento, produção de imagens e, no caso dos drones agrícolas, a aplicação de produtos líquidos e sólidos de forma automatizada”, detalhando a agricultura.

Lançamento no Congresso Brasileiro de Soja

A publicação Uso de drones agrícolas no Brasil: da pesquisa à prática, Documento 474, será lançada durante o Congresso Brasileiro de Soja e o Mercosoja 2025, a ser realizado de 21 a 24 de julho, em Campinas (SP). No evento, o pesquisador Rafael Soares ministrará palestra sobre o tema da publicação no painel técnico sobre tecnologias de aplicação aérea.

O pesquisador conta que os drones agrícolas possuem características próprias no seu processo de intensidade, diferenciando-se tanto das pulverizações terrestres quanto dos aviões agrícolas, representando uma tecnologia interativa entre esses sistemas. “Por isso, é essencial uma análise criteriosa antes de sua adoção, garantindo que a tecnologia agregue benefícios à atividade agrícola”, defende Soares.

Ele explica que ainda faltam dados e pesquisas para determinar, por exemplo, a taxa de aplicação de calda, a velocidade e a altura de trabalho, a faixa de flexibilidade, a deposição e uniformidade de gotas, a deriva, a mistura de produtos e o controle do alvo biológico. “Algumas vantagens inerentes à concentração com drone dispensam comprovação por pesquisas, embora a mensuração de algumas dessas vantagens possa trazer informações valiosas sobre o uso da tecnologia”, declara.

O cientista frisa ainda que a área ainda precisa de muitos uma vez que os equipamentos se encontram em franca evolução e se modernizam a cada ano. “É um trabalho incessante, pois, além da atualização das máquinas, aumenta cada vez mais a diversidade de culturas, de produtos e de alvos envolvidos”, avalia Soares.

Para o pesquisador, um exemplo de mudança na tecnologia é a tendência de adoção de bicos rotativos nos principais modelos de drones utilizados no mercado, em substituições às pontas hidráulicas tradicionais. “O bico rotativo consiste numa ponta com disco giratório de alta velocidade que divide o líquido em gotas e oferece a opção de controlar o tamanho das gotas geradas, o que pode aumentar a uniformidade do espectro das gotas em comparação com as pontas hidráulicas, pois elimina as gotas muito finas que causam deriva”, explica ao enfatizar que a maioria dos bicos rotativos consegue operar desde gotas finas até ultra grossas.

Regulamentação no uso de drones agrícolas

Veículo aéreo não tripulado (Vant) ou aeronave remotamente pilotada (ARP ou RPA, do inglês remotamente pilotado aeronaves), é o termo mais adotado nas regulamentações oficiais brasileiras para os populares drones. De acordo com Soares, os produtores rurais ou empresas prestadoras de serviços de sobrecarga aérea que tenham dúvidas sobre a situação de conformidade com a legislação podem consultar diferentes fontes. Uma delas é o portal do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), que reúne em seu portal os principais requisitos de legislação. “É importante estar ciente de toda a legislação vigente e atender aos requisitos para que não haja problemas com órgãos de fiscalização e que se mantenha a segurança das aplicações aéreas”, afirma Soares.

Segundo Soares, como os drones são equipamentos que transmitem radiofrequência, precisam ser homologados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), órgão do Governo Federal responsável por regulamentações toda a infraestrutura de telecomunicações no Brasil. Soares diz ainda que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), vinculada ao Governo Federal, é responsável por regular e fiscalizar as atividades de aviação civil e a infraestrutura aeronáutica e aeroportuária no País. Por outro lado, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) gerencia as atividades relacionadas ao controle do espaço aéreo brasileiro, à proteção ao voo, ao serviço de busca e salvamento e às telecomunicações do Comando da Aeronáutica, portanto, quem autoriza voos em áreas restritas, por exemplo.

Em complementaridade às regulamentações das agências descritas, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) estabelece regras específicas para operação de aeronaves remotamente pilotadas específicas à aplicação de agrotóxicos e afins, adjuvantes, fertilizantes, inoculantes, corretivos e sementes.

Drone como negócio

O pesquisador conta que com o lançamento de modelos de drone com tanques de 40 litros ou mais, a partir de 2022, tornou possível a distribuição de mais de 100 hectares por dia com um único drone, o que ampliou sua atratividade no campo. Segundo ele, o investimento na estrutura de apoio para o uso do drone por parte do agricultor tende a ser menor que o de um prestador de serviço. “Isso porque o agricultor provavelmente já terá um veículo para transportar o drone, um funcionário ou familiar para auxiliar, um misturador de calda do pulverizador terrestre para adaptar no uso com o drone, entre outras coisas”, explica Soares.

De acordo com o empresário Eugênio Passos Schröder, o investimento necessário para montar um negócio de drones para ocupação exige investimento não apenas em drones, mas também na aquisição de acessórios, veículos para atendimento da operação; estrutura administrativa e capital de giro. “Isso significa que, em um cálculo aproximado, o investimento total equivale a cerca de três vezes o valor do equipamento de drone que se pretende comprar”, calcula. “É preciso fazer um planejamento detalhado de suas necessidades e uma análise financeira cuidadosa para determinar o investimento necessário para iniciar a prestação de serviços de necessidade”, recomenda Schröder.

Segundo o autor da publicação, o custo para contratar uma aplicação de agrotóxicos com drones agrícolas variados, de acordo com a relevância, vegetação da área, complexidade da operação, tecnologia e os equipamentos utilizados, distância do local de operação e tipo de produto a ser aplicado. Em geral, os preços oscilam entre R$ 100,00 a R$ 400,00 por hectare. “Essa amplitude reflete fatores como dificuldade de acesso ou critérios técnicos específicos. Alguns mencionados cobram por hora de voo; outros, por serviço completo, incluindo o preparo da proteção”, ressalta.

Dicas e informações importantes sobre drones agrícolas

Vantagens dos drones agrícolas:

• Remoção do operador humano da área a ser pulverizada, trazendo riscos à saúde deste.

• Independência das condições de tráfego do solo.

• Ausência de compactação do solo, provocada por máquinas terrestres de explosão. Pelo mesmo motivo, não causa amassamento da cultura.

• Baixo consumo de água.

• Rastreabilidade (registro de dados e do mapa de aplicação).

Principais fatores a serem considerados na utilização de drones agrícolas, para iniciar um negócio de prestação de serviço com especialização e para o agricultor que pretende adquirir o equipamento:

• Legislação: conhecer as regulamentações nacionais, estaduais e municipais para operação de drones, incluindo obrigações específicas relacionadas à distribuição de agrotóxicos.

• Equipamentos: selecione o tipo de drone, tecnologia embarcada, capacidade de carga e demais especificações técnicas importantes às necessidades da necessidade, de acordo com as pretensões de uso.

• Capacitação técnica: realização de treinamento específico para operação de drones e aplicação correta de agrotóxicos.

• Investimento financeiro: realiza um planejamento financeiro detalhado, considerando os custos de aquisição de equipamentos, softwares de gerenciamento, seguros, manutenção (regulares e emergenciais), mão-de-obra entre outros. Para o agricultor, avaliar se o drone complementará ou substituirá as tecnologias de energia já utilizadas.

• Identificação do mercado: analisar o potencial do mercado, incluindo características predominantes das áreas a serem atendidas, a demanda por cultura, a concorrência e as tendências em geral da tecnologia.

• Parcerias estratégicas: estabelecer colaborações com empresas ou organizações relacionadas ao setor agrícola, como produtores rurais, cooperativas, associações de agricultores, fabricantes de drones, entre outros.

Fonte: CBSoja Foto: Rafael Soares

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Paraná lidera crescimento da safra de grãos, com alta de 447 mil toneladas, aponta IBGE

O Paraná registrou a maior variação positiva nas estimativas da produção agrícola de grãos para 2025 no Brasil, segundo dados divulgados no último dia 10 pelo IBGE. O acréscimo foi de 447 mil toneladas em relação ao levantamento de maio, desempenho 150% superior ao registrado pela Bahia, o segundo colocado no ranking nacional, cuja variação foi de 177 mil toneladas. Com o aumento estimado, a atual safra de grãos do Estado deve ser de aproximadamente 45,3 milhões de toneladas, de acordo com o órgão federal.

Com esse crescimento, o Paraná mantém a segunda posição no ranking nacional da produção de grãos, com 13,6% de participação, atrás apenas do Mato Grosso (31,5%). O Paraná ainda responde por mais de metade da colheita de grãos na região Sul, que equivale a 25,4% da produção brasileira.

Os novos números do IBGE reforçam a relevância da agricultura paranaense em algumas das cadeias mais relevantes do setor. Com um volume estimado em 865,3 mil toneladas, o Paraná é o maior produtor de feijão do Brasil, além de liderar com folga a produção nacional de cevada, com 423 mil toneladas previstas, o que representa 77,5% da safra do País.

O Estado ainda responde por 33,6% da produção brasileira de trigo, com 2,7 milhões de toneladas, e ocupa a 2ª colocação na produção nacional de soja, com 21,3 milhões de toneladas, e de milho da segunda safra, com 16,5 milhões de toneladas.

Recuperação

Apesar de pequenas variações mensais em algumas culturas, os números apontam uma recuperação sólida em relação ao desempenho de 2024, que foi impactado negativamente por condições climáticas adversas.

Na cevada, por exemplo, o crescimento é de 47,3% em relação ao ano passado. Já no feijão – cuja produção em três safras deve atender plenamente a demanda interna do Brasil em 2025 – o Paraná lidera com 26,8% de participação nacional, com estimativa 4,2% superior à do ciclo anterior. O trigo também apresenta crescimento anual de 13,5%, enquanto a soja tem alta de 14,2%. No milho da segunda safra, o avanço é de 31,7%.

Outro destaque é a cultura de aveia, que deve atingir 248 mil toneladas, um salto de 48,9% em comparação com 2024. O rendimento médio das lavouras cresceu 39,4%, chegando a 2.441 quilos por hectare, o que fortalece a cultura especialmente nas regiões Sul e Centro-Sul do Estado.

Com os resultados mais recentes, o Paraná se consolida como um dos principais vetores do crescimento do agronegócio brasileiro, cuja safra nacional de grãos está estimada atualmente em 333,3 milhões de toneladas em 2025. O Estado integra o grupo das seis maiores potências agrícolas do País – ao lado de Mato Grosso, Goiás, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais –, que juntas respondem por 79,5% da colheita nacional.

LSPA

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) é realizado mensalmente pelo IBGE desde 1972 e reúne estimativas de área plantada, colhida, produtividade e volume total das principais lavouras do País. A pesquisa é referência para produtores, mercados e gestores públicos no planejamento da produção agrícola. A próxima divulgação do levantamento, com os dados de julho, será em 14 de agosto.

Fonte e Foto: AEN

Safra da soja  -  Foto: Gilson Abreu/AEN

Paraná pode ser o 3º estado mais prejudicado com tarifaço de Trump, diz CNI

O Paraná pode ser o 3º estado mais prejudicado com o tarifaço decretado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O dado consta em um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado nesta quarta-feira (16).

O levantamento se baseia em fontes oficiais e estudos econômicos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG),

Segundo a CNI, os estados mais afetados deverão ser São Paulo (queda de R$ 4,4 bilhões no PIB), Rio Grande do Sul (R$ 1,9 bilhão), Paraná (R$ 1,9 bilhão), Santa Catarina (R$ 1,7 bilhão) e Minas Gerais (R$ 1,6 bilhão).

O tarifaço dos EUA pode causar redução de 0,16% no PIB brasileiro (R$ 19,2 bilhões). Deverá diminuir em R$ 52 bilhões as exportações do país. E causaria o desaparecimento de 110 mil empregos.

Os setores mais prejudicados com a tarifa sobre o Brasil deverão ser o da indústria de tratores e máquinas agrícolas (redução de 4,18% na produção e 11,31% nas exportações); indústria de aeronaves, embarcações e equipamentos de transporte (queda de 9,1% na produção e 22,3% nas exportações); e dos produtores de carnes de aves (diminuição de 4,1% na produção e 11,3% nas exportações).

EUA serão principal prejudicado

Segundo estimativas da CNI, os Estados Unidos serão o país mais prejudicado pelas tarifas. O Produto Interno Bruto (PIB) estadunidense poderá cair 0,37% em razão das barreiras tarifárias impostas ao Brasil, à China e a outros 14 países, além das taxas impostas à importação de automóveis e aço de qualquer nação.

De acordo com o levantamento, o tarifaço poderá reduzir em 0,16% o PIB do Brasil, assim como o da China, além de provocar uma queda de 0,12% na economia global e uma retração de 2,1% no comércio mundial.

“Os números mostram que esta política é um perde-perde para todos, mas principalmente para os americanos. A indústria brasileira tem nos EUA seu principal mercado, por isso a situação é tão preocupante. É do interesse de todos avançar nas negociações e sensibilizar o governo americano da complementariedade das nossas relações. A racionalidade deve prevalecer”, destacou o presidente da CNI, Ricardo Alban.

Relação Brasil x EUA

De acordo com o levantamento, o Brasil aplica tarifa média de 2,7% às importações de produtos estadunidenses. No período de 2015 a 2024, os EUA mantiveram superávit com o Brasil: US$ 43 bilhões em bens e US$ 165 bilhões em serviços.

Os EUA são o terceiro maior parceiro comercial do Brasil, sendo o destino de 12% das exportações brasileiras e a origem de 16% das importações. Também são o principal destino das exportações da indústria de transformação nacional, correspondendo a 78,2% das exportações em 2024.

Fonte: Bem Paraná/Lycio Vellozo Ribas via Agência Brasil Foto: Jonathan Campos / AEN

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G7 Paraná é contra a decisão da manutenção do aumento do IOF

O G7 Paraná — grupo que reúne sete grandes entidades do setor produtivo estadual (Fecomércio, Faciap, Faep, Fiep, Fetranspar, Ocepar e ACP) — se posiciona contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou, nesta quarta-feira (16/07), o retorno da eficácia do decreto que aumenta a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Para o G7, a manobra do governo federal (com a chancela do Judiciário) em aumentar a arrecadação de impostos alterando as regras da alíquota do IOF nas operações de crédito de alguns setores, gera insegurança ao setor produtivo. A decisão vai de encontro ao Projeto de Decreto Legislativo (PDL), que revogou a elevação do IOF, aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado no último mês de junho. 

“Certamente teremos um aumento dos custos de capital em diferentes segmentos do setor produtivo. Além disso, a notícia desta quarta-feira traz a tona a questão da insegurança jurídica, uma vez que a decisão dos parlamentares, realizada de forma democrática nos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado, não foi levada em consideração ou sequer respeitada”, destaca o coordenador do G7 Paraná, Cel. Sérgio Malucelli.

Com o aumento do IOF é fato que o custo de operações financeiras realizadas por consumidores e empresas se elevará, somando-se a atual insustentável carga tributária que a sociedade brasileira já está a honrar. “Precisamos de um estado que trabalhe para sustentar as necessidades de seu povo, e não de um povo que trabalhe para sustentar o estado”.

Foto: Divulgação