De acordo com informações da TF Agroeconômica, o mercado de trigo no Sul do Brasil enfrenta desafios significativos, com baixa movimentação e problemas de qualidade afetando as operações. No Rio Grande do Sul, o mercado está extremamente lento, com moinhos bem abastecidos devido à moagem reduzida, o que tem prolongado os estoques. Além disso, há relatos de lotes de trigo sendo cancelados por não atenderem aos padrões de qualidade contratados.
Em Santa Catarina, a situação é similar, com moinhos abastecidos e realizando apenas compras ocasionais. A queda na demanda e nos preços das farinhas tem levado alguns moinhos a reduzir a moagem para evitar prejuízos. Como resultado, os moinhos do estado têm alongado os estoques e preferido se abastecer com trigo do Rio Grande do Sul, que é mais barato. Além disso, os moinhos aguardam o início da nova safra do Paraná e do Rio Grande do Sul para reabastecerem seus estoques.
No Paraná, o mercado de trigo novo tem apresentado variações nos preços, com negociações ocorrendo a R$ 1.700 CIF no norte do estado, embora alguns compradores indiquem preços mais baixos, em torno de R$ 1.550 CIF e até R$ 1.300 por tonelada. A alta nos preços foi atribuída à redução da safra, mas há quem aponte valores mais baixos para o trigo novo. No caso da safra velha, os vendedores estão pedindo R$ 1.700 FOB, enquanto os compradores ofertam R$ 1.650 CIF. No mercado internacional, o trigo argentino está sendo cotado a R$ 320 em Paranaguá, enquanto o trigo paraguaio é oferecido a US$ 250 na região de Cascavel.
Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems Foto: Divulgação
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