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Reforma Tributária segue em discussões acaloradas em Brasília

O vice-líder da oposição, deputado federal Maurício Marcon (PL-RS) se exaltou nesta quarta-feira (10), no plenário da Câmara dos Deputados, durante a discussão da reforma tributária. De forma revoltada, o parlamentar criticou a proposta e disse que é mais uma medida do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para “aumentar impostos”.

“Pergunta aos parlamentares se alguém acredita que a reforma do PT vai diminuir imposto? Porque o que a gente só votou nesse um ano e meio de governo do PT foi só aumentar imposto. A reforma do PT é só aumento de imposto. Chega! A população não aguenta mais”, alertou o deputado.

Marcon também denunciou que alguns deputados “vão receber emendas” para votar essa “desgraça”. “Não tem vergonha? Dormem tranquilo?”, questionou.

“A cervejinha vai aumentar, a carne vai aumentar e o pobre vai ser ferrar”, complementou.

Por fim, Marcon cobrou mais tempo para debater a reforma tributária, de modo que os deputados possam conhecer melhor o projeto em discussão. “Ninguém leu o projeto, ninguém sabe nada. Tira de pauta, vamos estudar e depois votar”, disse.

Nesta quarta-feira (10), líderes da oposição e da minoria se pronunciaram contra as propostas apresentadas no âmbito da regulamentação da Reforma Tributária que, segundo os parlamentares, não se trata de “reforma”, mas de “aumento de imposto” que usa o “modelo soviético” de “centralização”.

O texto foi protocolado durante a madrugada e tem previsão de ser debatido pelo menos até quinta (11), com mais de 800 emendas já apresentadas pelos parlamentares.

A oposição tentou retirar a proposta de pauta, mas o pedido foi rejeitado por 309 votos a 139.

A proposta em análise no Plenário define regras para o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto Seletivo (IS), todos previstos na Emenda Constitucional 132.

Texto e foto – Gazeta do Povo

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Preço do hectare de terra para agricultura cai no Paraná; confira

O preço das terras agricultáveis no Paraná, classificadas no grupo A, teve uma redução média de 5% no último ano, segundo levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral) divulgado nesta segunda-feira (29).

A principal causa para a queda dos preços foi a menor rentabilidade da soja, principal referência para a comercialização de terras no estado.

Em março de 2023, o preço da saca de soja era de R$ 149,15, enquanto em março deste ano caiu para R$ 105,72, uma baixa de 29%.

Já o custo de produção da mesma saca diminuiu de R$ 122 para R$ 107,22 no mesmo período, representando uma redução de 12%.

De acordo com o coordenador da Divisão de Conjuntura do Deral, Carlos Hugo Godinho, o que realmente importa para o produtor é o lucro que ele obtém da propriedade, não apenas o preço final do produto.

“A terra é um ativo muito importante e o que vale é a capacidade de retorno financeiro ao produtor”, diz.

Godinho ainda ressalta que, mesmo em um ano ruim como 2023, os produtores que conseguiram manter a produção dentro da normalidade tiveram lucratividade e a garantia de um bom preço para suas terras.

O levantamento do Deral mostra que o preço das terras varia bastante de acordo com a região e a qualidade do solo.

O maior preço de terra da classe A-I, considerada a melhor por ser plana, fértil, bem drenada e profunda, foi verificado em Maringá, no Norte do Estado, com R$ 175 mil o hectare.

Já o menor valor nesse mesmo grupo, na classe IV, que é de menor aptidão agrícola, mas ainda mecanizado, está em Adrianópolis, município do Vale do Ribeira, na Região Metropolitana de Curitiba, cujo hectare vale 20,5 mil.

A média dos preços das terras de soja varia entre R$ 41 mil e R$ 96 mil por hectare, dependendo das características específicas de cada região do estado.

Além das terras agricultáveis, o levantamento também incluiu o grupo B, destinado a pastagens ou reflorestamento, e o grupo C, com terras impróprias para agricultura.

Confira os preços médios da terra no Paraná  AQUI.

Fonte: Canal Rural Foto: Divulgação

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Produção amendoim no Brasil dispara com sementes certificadas

Há menos de dez anos, a cultura do amendoim no Brasil era considerada rústica e mantinha uma cadeia produtiva informal.

Os agricultores utilizavam parte dos grãos colhidos para plantio na próxima safra.

Mas essa realidade ficou para trás em função do aumento da demanda de exportação e da maior exigência do mercado consumidor por qualidade.

O produtor se viu obrigado a buscar novas tecnologias, entre elas o uso de sementes produzidas com controle de geração e sob as regras estabelecidas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

De acordo com informações da Superintendência de Agricultura e Pecuária no Estado de São Paulo (SFA-SP), é crescente a utilização de sementes de categoria superior e produzidas sob as normas estabelecidas pelo Mapa.

Para se ter uma ideia, na safra 2015/16 estavam inscritos no Mapa sete produtores de sementes de amendoim e 7.926,87 hectares de campos de produção instalados.

Já na safra 23/24 se inscreveram 27 produtores de sementes com 32.321,29 hectares de campos. Ou seja, a área quadruplicou.

Os dados foram apresentados pelo auditor fiscal Eduardo Gusmão, que atua na unidade regional do ministério em Marília.

No final de março, ele esteve em Queiroz, região de Tupã, vistoriando um campo de produção de sementes genéticas de uma cultivar de amendoim desenvolvida pela Embrapa.

Nos últimos anos, a Embrapa Algodão (Campina Grande-PB) tem investido no melhoramento genético do amendoim, lançando no mercado quatro novos cultivares e ampliando o leque de opções para o produtor rural. Além da Embrapa, cultivares utilizados na cultura do amendoim brasileiro têm sido desenvolvidos pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e pela empresa argentina El Carmen.

O IAC, por sinal, é um grande melhorista na área de amendoim e a maior parte das sementes utilizadas hoje é proveniente do melhoramento do instituto. Em 2022, as cultivares IAC de amendoim ocupavam 80% das lavouras paulistas. Ao todo, o país utiliza entre 25 e 26 variedades.

Dos 27 produtores de sementes certificadas cadastrados no Mapa, 25 se localizam no estado de São Paulo, um em Mato Grosso e outro em Goiás, de acordo com o agrônomo Guilherme Uitdewilligen.

Ele atua como responsável técnico de uma empresa de Tupã e já trabalhou na Coplana, em Jaboticabal, uma das maiores produtoras de amendoim do país.

São Paulo concentra 90% das plantações de amendoim do Brasil.

As quatro principais regiões produtoras, de acordo com o Instituto de Economia Agrícola (IEA), são Tupã, Marília, Jaboticabal e Presidente Prudente, todas com mais de 3 milhões de sacas de 25 quilos por safra.

De acordo com Guilherme, o setor vem vivenciando uma “evolução gigantesca” nos últimos anos. A área plantada com a cultura passou de 160 a 180 mil hectares em 2015 para mais de 300 mil hectares neste ano. “E a tendência é de aumento, pois o amendoim não é uma commodity e o preço não vem caindo”, afirmou.

O agrônomo calcula que entre 65% e 70% da área cultivada no país utilizam sementes certificadas, uma matéria-prima de qualidade. “O produtor percebeu que usando uma semente melhor, a qualidade da safra é diferente”, afirmou. Outra vantagem é o respaldo técnico do fornecedor de uma semente certificada. “Se ele utilizar o grão salvo e tiver problema, não tem onde reclamar. A semente certificada é mais segura”, continuou Guilherme.

O amendoim é plantado uma vez por ano, geralmente no período de início das chuvas – setembro ou outubro, podendo se estender até novembro ou dezembro. Dependendo da variedade, a colheita é mais precoce, entre 120 e 125 dias, ou mais tardia, por volta de 150 dias.

Ainda de acordo com Guilherme, 70% do amendoim produzido no Brasil são exportados e 30% permanecem no mercado doméstico. O consumo per capita no país é de 1,1 quilo/ano, enquanto nos Estados Unidos chega a 6 quilos/ano e na China, 13 quilos/ano. “A ideia é estimular o consumo interno para que a produção não dependa muito das exportações”, disse ele.

Fonte e Foto: Canal Rural

Produtores de soja contabilizam prejuízos da safra no Paraná

Produtores de soja do Paraná já contabilizam as perdas causadas na safra causadas pelo clima. O grande volume de chuva do segundo semestre de 2023 atrapalhou na hora do plantio. Agora, é a falta de umidade que vem comprometendo a produção.

“Está iniciando o enchimento de grão, precisamos de muita chuva boa ainda porque está finalizando o ciclo”, diz o agricultor Júnior Pagnan, de Francisco Beltrão, no sudoeste do estado.

Ele já colheu uma parte da soja que plantou, mas a maioria ainda está no campo – 300 hectares que dependem de uma boa chuva nos próximos dias.

As perdas também foram sentidas na lavoura do agricultor Altair Johan, em Francisco Beltrão.

“O grão está muito pequeno e não encheu por falta de chuva. Mal dá para pagar as contas, é desanimador”, disse.

Conforme a colheita avança no estado, as perdas vão sendo confirmadas. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revisou os dados de expectativa de produção no país e, de 155 milhões de toneladas esperadas, cai para149 milhões.

A maior perda é no Paraná – 2,2 milhões de toneladas a menos. Em seguida, Mato Grosso do Sul, com 1,6 milhão de toneladas a menos de soja por conta de problemas climáticos.

Segundo Marcelo Garrido, chefe do Departamento de Economia Rural (Deral), a Secretaria da Agricultura estima uma produção acima de 19,2 ou 19,3 milhões de toneladas até o momento.

“No início da safra eram perto de 22 milhões de toneladas previstas, então já temos uma redução significativa. Ainda temos soja em campo em determinadas regiões, em fases que podem ser atingidas por esse excesso de calor, falta de chuva, e consequentemente esse número vai sendo reavaliado”, completa.

Fonte: G1 Paraná Foto: AEN

Arnaldo Jardim

Relator vai propor elevação a 20% na mistura do biodiesel 

O relator do projeto de lei do combustível do futuro na Câmara, deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), afirmou que vai acrescentar no seu parecer uma proposta que prevê o aumento em até 20% do porcentual de biodiesel na mistura ao óleo diesel. Este era um dos pontos de impasse na elaboração do relatório. A expectativa, segundo ele, é de que a matéria avance na Casa logo após o feriado de carnaval. 

“Vamos traçar (no relatório) um cenário até a mistura de 20%. Hoje a partir de março é 14%, vamos traçar cenário de 20% e depois deixar, mediante condições, a possibilidade de evoluir até 25%”, afirmou o parlamentar. 

No final do ano passado, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) decidiu aumentar, gradualmente, o porcentual da mistura obrigatória do biodiesel no óleo diesel vendido no Brasil. Pelo acordo anunciado, o porcentual, atualmente estabelecido em 12%, passará para 14% a partir de março de 2024, e para 15% em 2025 

BIOMETANO. “A experiência com biodiesel é uma bem-sucedida política pública. Ampliando o uso da mistura nós temos tido impacto altamente benéfico à questão ambiental, temos criado um círculo virtuoso de produção extremamente importante. Agora, a ideia é constar em lei a evolução da mistura para que isso possa dar previsibilidade aos investimentos”, explicou o relator. 

Jardim também disse que vai incluir no relatório uma proposta que prevê a regulamentação do biometano. “Nós temos bem-sucedidas experiências, rotas tecnológicas bem consistentes e vitoriosas, portanto, o biometano se incorporará como uma vertente altamente positiva na nossa matriz energética”, afirmou. 

O projeto do combustível do futuro é de autoria do Poder Executivo e prevê uma série de iniciativas para reduzir a emissão de carbono e abrir caminho para que o Brasil cumpra metas internacionais de diminuir a geração de gases de efeito estufa. Para isso, o texto cria o Programa Nacional de Combustível Sustentável de Aviação, o Programa Nacional de Diesel Verde e o marco legal de captura e estocagem geológica de dióxido de carbono. 

Jardim confirmou que vai manter no texto a proposta que amplia o limite máximo do teor de mistura de etanol anidro à gasolina para 30%, além dos dispositivos que tratam sobre regras para sequestro de carbono e sobre a definição do diesel verde.  

A proposta foi apensada a outros projetos que já estavam mais avançados, como forma de acelerar a tramitação. O principal é de autoria do deputado Alceu Moreira (MDB-RS), diretor de Política Agrícola da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que atua para defender os interesses do setor. 

Combustível do futuro integra a ‘agenda verde’ 

O combustível do futuro faz parte da chamada “agenda verde” encampada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e defendida pelo governo. Desse pacote, os deputados aprovaram em 2023 o marco legal do hidrogênio verde, a regulação do mercado de carbono e o projeto que impulsiona a produção de energia eólica em alto-mar (offshore).  

O outro projeto da agenda sustentável que será prioridade na Casa, segundo o deputado Arnaldo Jardim, é o que cria o Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten), do qual ele é o autor. A deputada Marussa Boldrin (MDB-GO) é a relatora da proposta, que foi abraçada de forma mais firme por Lira.  

O Paten, uma espécie de Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) “verde”, cria um fundo de financiamento de projetos sustentáveis como alternativa aos subsídios e incentivos fiscais. Apesar de a relatora ter chegado a um acordo com o governo sobre os recursos que abasteceriam o fundo, ainda não havia definição de quem será beneficiado pelo programa.  

Texto – Jornal O Estado de São Paulo   

Foto – Cidadania – 23  

AEN-Pedagio

Evento em Brasília marca início da concessão dos lotes 1 e 2 das rodovias paranaenses

Presidente Lula e ministro dos Transportes, Renan Filho, participam. Vencedores dos leilões realizados no ano passado, Infraestrutura Brasil Holding XXI S.A. e Consórcio Infraestrutura PR serão responsáveis pela administração do conjunto de estradas pelos próximos 30 anos

Publicado em 26/01/2024 16h00 Atualizado em 26/01/2024 15h52

Está marcada para esta terça-feira (30), no Palácio do Planalto, solenidade na qual o Governo Federal transfere oficialmente o controle das rodovias que compõem os lotes 1 e 2 do sistema rodoviário paranaense para as empresas vencedoras dos leilões realizados em agosto e setembro de 2023. O ministro dos Transportes, Renan Filho, participa da cerimônia, ao lado do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Os projetos elaborados sob a modelagem da nova política de concessões rodoviárias desenvolvida pelo Ministério dos Transportes foram marcados pelo ineditismo de unir vias estaduais e federais. Ao longo das próximas três décadas, os sistemas rodoviários serão administrados por duas empresas entrantes no setor: a Infraestrutura Brasil Holding XXI S.A., vencedora do Lote 1 e que vai gerir o ativo como concessionária Via Araucária, e o Consórcio Infraestrutura PR, que arrematou o Lote 2 e o administrará como EPR Litoral Pioneiro.

As empresas investirão R$ 30,4 bilhões – somados investimentos e serviços operacionais – nos 19 trechos de estradas que compõem os dois lotes de estradas, beneficiando moradores de 41 municípios da área de abrangência – cerca de 6 milhões de habitantes.

Também participam da solenidade o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Rafael Vitale, o governador do Paraná, Ratinho Júnior, parlamentares da representação federal do Paraná no Congresso Nacional e gestores municipais da região. Após o evento, está previsto atendimento à imprensa.

Cobertura

COBERTURA — O credenciamento da imprensa deve ser feito diretamente no site da Presidência da República (https://credimprensa.presidencia.gov.br/credimprensa/pt/login) até as 12h do dia 30 de janeiro de 2024 (horário de Brasília). Está prevista transmissão da TV Brasil e do Canal Gov (no YouTube).

SERVIÇO

O quê: Cerimônia de assinatura de contratos de concessão dos lotes 1 e 2 das rodovias do Paraná

Quando: Terça-feira (30), 15h

Local: Salão Leste do Palácio do Planalto

Transmissão: https://www.youtube.com/@canalgov

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Colheita de soja avança no Brasil

De acordo com o boletim semanal da Conab, a colheita de soja no Brasil avançou para 5,72% da área total na semana de 16 a 22 de janeiro de 2024. Mato Grosso lidera o ritmo de colheita, com 10% da área colhida. Já no sul do Brasil, as chuvas frequentes estão limitando a finalização do plantio e prejudicando os tratos culturais.

Em Mato Grosso, a colheita atingiu cerca de 10% da área total, indicativo de um progresso inicial significativo. As chuvas recentes trouxeram alívio às lavouras, que antes enfrentavam um período de escassez hídrica. Esta melhoria nas condições hídricas é crucial para o desenvolvimento da soja, especialmente nas fases entre o desenvolvimento vegetativo e enchimento de grãos.

No Rio Grande do Sul, por outro lado, a situação apresenta-se mais complexa. Os temporais frequentes têm limitado tanto as operações de manejo preventivo quanto a conclusão da semeadura. Este padrão de chuvas intensas pode levar a desafios tanto na germinação quanto na saúde das plantas, exigindo atenção redobrada dos produtores.

O estado do Paraná mostra um cenário onde a colheita avança, concentrando-se em regiões específicas. Apesar das chuvas terem sido esparsas e de baixo volume, elas beneficiaram as lavouras em estágios mais tardios, especialmente aquelas em fase de floração e enchimento de grãos. 

Em Goiás, as lavouras de ciclo médio e tardio estão demonstrando uma recuperação mais efetiva após as chuvas recentes, enquanto as áreas mais precoces já estão em fase de colheita. 

Em Mato Grosso do Sul, a colheita prossegue em ritmo lento, com a maior parte das lavouras ainda nas fases reprodutivas.

Minas Gerais apresenta um contraste nas condições das lavouras, onde as mais tardias se beneficiam das chuvas recentes, enquanto as mais precoces enfrentam perdas devido ao calor e à estiagem.

Na Bahia, a colheita iniciou-se, focando principalmente em áreas irrigadas. A maioria das lavouras, incluindo as de sequeiro, estão em boas condições.

Por fim, no Maranhão, a colheita começou, especialmente no sul do estado, enquanto a semeadura ainda ocorre nas regiões central, leste e oeste, estando limitada pela falta de chuvas.

Do meio para o final do ciclo da soja, a maioria das lavouras avançam pelo enchimento de grãos (40,4%) estádios que ainda precisa de chuvas para a manutenção de umidade adequada no solo, que é crucial para a saúde e desenvolvimento ótimo dos grãos. Assim como as lavouras mais tardias que ainda estão em desenvolvimento vegetativo e floração.

A colheita já avançou em pelo menos 4,7% das áreas monitoradas pela Conab. Percentual à frente do registrado na safra anterior. Já o plantio ainda está avançando em áreas do Maranhão e ruma à finalização em Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

No plantio, a maior mudança semanal ocorreu em Santa Catarina, com um leve aumento de 92,0% para 92,2%. Em relação à safra anterior, o Maranhão mostra uma recuperação notável, passando de 75,0% para 82,0%, ainda abaixo dos 88,0% do ano passado. O Piauí e Goiás mantêm-se praticamente estáveis, ambos com 98,0% e 99,8% respectivamente, refletindo um padrão de plantio consistente com a safra anterior. O Rio Grande do Sul também se manteve estável em 99,0%, alinhado com a safra passada.

Na colheita, Mato Grosso apresentou um salto significativo, de 3,9% na semana passada para 10,9%, um crescimento expressivo em relação à safra anterior nesta mesma época. Em São Paulo, a colheita avançou de 1,5% para 8,0%, um aumento notável em uma semana. No Paraná, a colheita cresceu de 3,0% para 7,0%, indicando um ritmo acelerado em comparação à semana anterior. Em Goiás, o progresso foi de 1,0% para 3,0%, enquanto no Mato Grosso do Sul, passou de 0,5% para 1,0%. O Maranhão iniciou sua colheita, chegando a 1,0%, e na Bahia, a colheita se manteve estável em 0,1%.

Fonte: Agrolink com informações obtidas no boletim de Progresso de Safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) com análise do meteorologista do Portal Agrolink, Gabriel Rodrigues Foto: Nadia Borges

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Calendário de plantio da soja é alterado pelo Ministério da Agricultura

Um novo calendário de plantio da soja foi elaborado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no último dia 15 de setembro.

Com a alteração, novas datas passam a valer para os estados da Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia e Santa Catarina passarão a contar com novas datas (Confira a lista abaixo).

Paraná

De 11 de setembro a 20 de dezembro de 2023

De 17 de setembro a 15 de janeiro de 2024

De 20 de setembro a 18 de janeiro de 2024

Rio Grande do Sul

De 1º de outubro a 18 de janeiro de 2024

De 1º de outubro a 28 de janeiro de 2024

De 1º de outubro a 08 de janeiro de 2024

Rondônia

De 11 de setembro a 20 de dezembro de 2023

Santa Catarina

De 13 de outubro a 10 de fevereiro de 2024

De 2 de outubro a 30 de janeiro de 2024

De 2 de outubro a 10 de janeiro de 2024

Bahia

De 1º de outubro a 31 de dezembro 2023

Fonte: Globo Rural Foto: SEOP

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PR: produtor tem até 29 de setembro para declarar o VTN

A Receita Federal do Brasil (RFB) publicou, no dia 8 de agosto, a Instrução Normativa 2151/2023, que define o prazo para a declaração do Valor de Terra Nua (VTN), referente ao exercício de 2023. A tabela do VTN serve de base para a Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR). Os produtores rurais têm entre 14 de agosto e 29 de setembro para realizar o lançamento do imposto. O Valor da Terra Nua é o preço de terras, entendido como o valor do solo com sua superfície e a respectiva mata, floresta e pastagem nativa ou qualquer outra forma de vegetação natural. Por meio desse índice são definidos os preços médios, que servem como referência para negociações nos municípios.

Desde 2005, com a Lei 11.250/2005, a União transfere aos municípios a possibilidade de fiscalização e arrecadação do ITR por meio do convênio. Além da cobrança, lançamento e fiscalização do imposto, a gestão municipal é responsável por informar o VTN local. Porém, para a FAEP, as gestões municipais não contam com capacidade técnica suficiente para definirem, fiscalizarem e atenderem os produtores rurais e o convênio passou a ser uma possibilidade concreta de incremento da receita.

“Sabemos que o município deve fazer a adequação do valor, mediante justificativa técnica. Mas não é isso que está ocorrendo. Hoje, o Paraná tem a tabela com os maiores valores de terra nua do país. Isso impacta diretamente nos custos de produção. O VTN não pode se tornar um incremento na receita das prefeituras”, defende o presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR, Ágide Meneguette. “Estamos recebendo muitas reclamações e, dentro do possível, estamos buscando o diálogo com as prefeituras. É preciso critérios técnicos para definir esse valor, pois é mais um custo no bolso do produtor”, complementa.

A definição do valor leva em consideração critérios técnicos estabelecidos pela legislação e pelas Instruções Normativas 1640/2016 e 1877/2019, que normatiza a prestação das informações sobre VTN à Secretaria Especial da Receita Federal. O levantamento técnico é realizado por profissionais habilitados, vinculados ao Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) e aos correspondentes Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (Crea).

Conforme nota técnica do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab), a pesquisa de preços de terras agrícolas, realizada anualmente pelo órgão junto aos 22 núcleos regionais, não serve de base de cálculo para o VTN.

Mais informações

Em caso de dúvida, o produtor rural pode procurar o sindicato rural local (a lista completa com telefones e endereço no site www.sistemafaep.org.br) ou o Departamento Jurídico da FAEP, no telefone (41) 2169-7947.

Fonte: Faep Foto: Divulgação

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Portos do Paraná registram alta de 4% na movimentação geral de janeiro a julho

A movimentação nos portos de Paranaguá e Antonina registrou aumento nas operações portuárias de 4% de janeiro a julho desse ano, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Foram 36.060.696 toneladas nesse período em 2023.

O volume acumulado em sete meses é o maior já registrado pelo complexo. A marca anterior era de 2020, com 12.924.748 toneladas embarcadas nos sete primeiros meses do ano.

O aumento está ligado principalmente ao desempenho do Corredor Leste de Exportação do Porto de Paranaguá, que movimentou 12.975.534 toneladas de granéis vegetais de janeiro a julho.

Entre os principais produtos movimentados de janeiro a julho estão os granéis sólidos para exportação, com alta de 16% no acumulado do ano.

Somente de soja em grão foram 8.478.722 toneladas (+15%). O farelo de soja somou 3.787.035 toneladas (+9%), o milho, 2.585.082 toneladas (+21%), e o açúcar a granel, 2.238.920 toneladas (+28%).

Além disso os portos paranaenses registraram 1.468 atracações de janeiro a julho. O número é 5% maior em relação às 1.400 manobras executadas no mesmo período do ano anterior.

Fonte: CBN/Vinicius Bonato Foto: Claudio Neves