Soja - colheita. Fotos:Jaelson Lucas / Arquivo AEN

Projeção da safra paranaense de grãos 2024/25 deve subir, apesar do clima instável

O Paraná tem expectativa de aumento de produtividade e produção nas principais culturas na safra 2024/2025. O Paraná deve registrar uma maior produtividade e produção de soja e milho primeira safra na temporada.

A expectativa para a safra recém-iniciada é o tema do programa Campo & Cia, do Sistema FAEP, com a participação da Ana Paula Kowalski, técnica do Departamento Técnico e Econômico do Sistema FAEP.

O primeiro levantamento aponta área estável na safra de verão. Mesmo com a mesma área, a soja deve registrar maiores produtividade e produção, com aumento de 21%. O Paraná deve colher 22,5 milhões de toneladas.

No milho, a situação é semelhante. O cereal deve reduzir área, como nas temporadas anteriores, mesmo assim registrar avanço de produção, com 2,6 milhões de toneladas.

No trigo, cultura cujo Paraná é o maior produtor nacional, os problemas com excesso de chuva atingiram a quantidade e qualidade do produto.

Em relação aos preços, Ana Paula destaca que a oferta e demanda ainda não são favoráveis para o produtor, pois os estoques seguem em alta, por conta da boa safra norte-americana. Ainda, no curto prazo não há perspectivas de melhoras de preços.

Fonte: Faep Foto: Divulgação

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Pesquisa aponta soluções na tecnologia de aplicação para o milho

Diversas pesquisas têm sido desenvolvidas no Núcleo de Investigação em Tecnologia de Aplicação e Máquinas Agrícolas (Nitec) da Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp) para definir as melhores tecnologias de aplicação de inseticidas e fungicidas na cultura do milho. Experimentos com pulverizadores de barras e drones de pulverização, a campo e laboratório, têm trazido resultados eficientes na qualidade de aplicação para o controle da cigarrinha-do-milho.

Pesquisa evidencia que 55% das gotas de pulverização atingem as folhas superiores do milho, 31% as folhas medianas e apenas 14% as folhas inferiores das plantas.

Diferente da soja, a escolha da técnica de aplicação para o milho deve considerar critérios como: a altura máxima da barra do pulverizador, o efeito “guarda-chuva” das folhas superiores (que cobrem as partes inferiores da planta e as entrelinhas, reduzindo a deposição das gotas nessas áreas), estágio de desenvolvimento e os locais que as gotas de pulverização devem atingir nas plantas para o controle fitossanitário. Por isso, ocorre a avaliação da deposição e da cobertura dos principais modelos de pontas de pulverização por jatos: plano simples, plano com pré-orifício, plano com indução de ar, plano com defletor, plano inclinado, plano com duplo leque, plano com duplo leque inclinado e cônico cheio e vazio.

Os resultados de pesquisa indicam que pontas de pulverização com jato plano simples não proporcionam deposição e cobertura adequada nas plantas de milho, enquanto pontas com configurações de jato plano inclinado e jato cônico vazio permitem maior deposição das gotas no alvo.

Nos experimentos, as plantas de milho foram seccionadas para identificar onde as gotas de pulverização atingiram, como na região do cartucho, inserção da bainha, meio, ponteiro, região abaxial (parte de baixo) e adaxial (parte de cima) das folhas. Os resultados revelam que a aplicação é adequada na região do cartucho, mas ainda desafiadora na inserção da bainha e baixeiro das plantas, considerando os tipos de pontas testados. Esses resultados podem ser relacionados com o comportamento de insetos e as regiões de infecção das doenças nas plantas de milho para aprimorar as técnicas de aplicação.

A pesquisa também evidencia que 55% das gotas de pulverização atingem as folhas superiores do milho, 31% as folhas medianas e apenas 14% as folhas inferiores das plantas, sendo que destas, menos de 2% na região da inserção da bainha, independentemente da posição da folha na planta. Isso evidencia a desigualdade da distribuição das gotas.

Esse estudo faz parte da Rede Complexo de Enfezamento do Milho (Rede CEM), formada por universidades estaduais, cooperativas, centros de pesquisa e instituições de governo, que está fomentando iniciativas de manejo e controle da praga. Sua coordenação cabe à Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), com apoio do Sistema FAEP e Fundação Araucária.

Fonte: Faep Foto: Divulgação

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Brasil rumo ao recorde na safra de soja

A safra de soja 2024/25 apresenta expectativas otimistas para o agronegócio brasileiro, com previsões de crescimento tanto na produtividade quanto na área plantada. Segundo Leandro Viegas, CEO da Sell Agro, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a colheita nacional cresça 8,3%, atingindo 322,47 milhões de toneladas. Este avanço solidifica o Brasil como o maior produtor mundial de soja, com destaque para o estado de Mato Grosso, que desempenha papel crucial no aumento da produção.

A demanda internacional, especialmente da China e da União Europeia, continua forte, o que beneficia o Brasil, responsável por cerca de 25% do PIB agropecuário. A produção de biocombustíveis, como o biodiesel, também influencia positivamente o mercado, já que o óleo de soja é essencial nesse processo. Porém, o cenário econômico traz desafios. A valorização do real frente ao dólar pode afetar a competitividade da soja brasileira no mercado internacional, comprimindo as margens de lucro dos exportadores. Além disso, os custos de produção, como fertilizantes e defensivos agrícolas, seguem elevados, o que preocupa os produtores.

Em Mato Grosso, a área plantada deve crescer 1,47%, alcançando 12,66 milhões de hectares, impulsionada pela conversão de pastagens em áreas de cultivo. A produtividade também tem projeções otimistas, com uma média de 57,97 sacas por hectare, o que resultaria em 44,04 milhões de toneladas, representando um aumento de 12,78% em relação à safra anterior. A expectativa de normalização das chuvas é um fator positivo que pode sustentar esses números.

No entanto, os gargalos logísticos permanecem como um obstáculo significativo. O transporte rodoviário, responsável por mais de 60% do escoamento da produção, enfrenta desafios com estradas em más condições, elevando os custos de frete e causando atrasos. Embora projetos como a Ferrovia Norte-Sul e o Arco Norte estejam em desenvolvimento, a infraestrutura ainda é insuficiente para atender à crescente demanda.

Fonte: e Foto Agrolink

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Show Coopavel 2025

O 37º Show Rural Coopavel em Cascavel, no Oeste, acontecerá entre os dias 10 a 14 de fevereiro de 2025, e as inscrições para a Feira de Artesanato e Feira da Agroindústria já estão abertas. Elas têm como objetivo divulgar, fomentar a produção e ampliar os canais de comercialização de produtos de agroindústrias rurais do Paraná e de artesanatos regionais.

As feiras são organizadas pelos extensionistas do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – IDR-Paraná da região de Cascavel e têm como parceiros a Adamop (Associação das Primeiras-Damas do Oeste do Paraná), Prefeitura de Cascavel e a Cooperativa Agroindustrial Coopavel. O período de inscrições para a Feira do Artesanato vai até 25 de outubro de 2024. Confira o regulamento AQUI.

A Feira da Agroindústria Familiar Rural é um espaço de exposição e comercialização de produtos da agricultura familiar, e tem como intuito incentivar a comercialização e o consumo da produção das agroindústrias familiares rurais no Estado do Paraná.

Serão disponibilizadas até 40 vagas para expositores de agroindústrias da agricultura familiar e cinco vagas para agroindústrias rurais de pequeno porte com indicação ao Susaf/PR. As inscrições terminam dia 28 de outubro de 2024. Veja o regulamento AQUI.

“É uma grande oportunidade para todos agroempreendedores divulgarem a sua marca e também comercializarem seus produtos, desta forma agregando valor, e um bom momento para o produtor fomentar seus negócios”, disse Alcedir Biesdrof, técnico do IDR-Paraná que está à frente da coordenação da Feira de Agroindústria do Show Rural Coopavel.

Fonte: AEN Foto: IDR

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Tratores produzidos a partir de 2016 terão prioridade no Renagro

Os tratores e máquinas agrícolas novos, especialmente aqueles produzidos a partir de 2016, terão prioridade na inscrição junto ao Registro Nacional de Tratores e Máquinas Agrícolas (Renagro). A medida consta da Portaria n. 469, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e está publicada na edição desta quinta-feira (29.9) do Diário Oficial da União.

A portaria define o cronograma para o registro de veículos e máquinas que está previsto no decreto presidencial nº 11.014 que instituiu o Renagro, em 29 de março de 2022. O Renagro, que entra em vigor a partir de outubro deste ano, permite ao produtor ter acesso a um documento com registro e diversos dados sobre os equipamentos.

A medida atende a solicitação de entidades do agro, entre elas a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) e suas afiliadas estaduais e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

A preocupação das entidades ao propor uma lista de prioridades para o registro tem relação com o início do plantio de soja na maior parte do país a partir dos meses de setembro e outubro. O objetivo, com isso, é evitar prejuízos aos proprietários de tratores e máquinas agrícolas e garantir o registro, tornando mais segura as operações de compra e venda desses bens.

Conforme a portaria, a ordem de prioridade será definida a partir do ano de fabricação dos tratores ou máquinas agrícolas. Ou seja, veículos mais novos terão prioridade e, dentre esses, os que primeiro solicitarem o registro.

O proprietário de tratores ou máquinas agrícolas enquadradas na lista como prioridade e que ainda não obtiveram o documento Renagro deverão portar o protocolo de solicitação de registro na Plataforma Nacional de Registro e Gestão de Tratores e Equipamentos Agrícolas (ID Agro).

A análise dos documentos para a obtenção do Renagro deverá ser executada preferencialmente de forma remota.

Fonte: Ascom Aprosoja Brasil Foto: Vinícius Tavares

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Banco Mundial melhora projeção do PIB do Brasil para 2,8% em 2024

O Banco Mundial projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresça 2,8% em 2024 e 2,2% em 2025. As estimativas são do relatório econômico da América Latina e o Caribe, divulgado nesta quarta-feira (9).

A instituição subiu a projeção do PIB de 2024 e manteve a de 2025. No relatório de perspectivas econômicas globais divulgado pela instituição em junho, a estimativa era de que o PIB brasileiro cresceria 2% neste ano e 2,2% em 2025.

Caso a projeção do crescimento econômico brasileiro para este ano se confirme, o resultado será abaixo do registrado em 2023, quando o PIB do Brasil cresceu 2,9%, alcançando R$ 10,9 trilhões.

Segundo a instituição, é “provável” que o Brasil atinja a meta de inflação neste ano. A meta é de 3%, podendo chegar a 4,5%.

Fonte: CNN Brasil Imagem: Shutterstock

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Clima desfavorável impulsiona alta nos preços do milho em setembro

O mercado brasileiro de milho registrou um aumento nos preços ao longo de setembro, impulsionado principalmente pelas preocupações com as condições climáticas. De acordo com a Safras Consultoria, a restrição na oferta por parte dos produtores contribuiu para essa valorização.

A volatilidade cambial e a firmeza da paridade de exportação também favoreceram o avanço dos negócios destinados ao mercado externo. Do lado da demanda, houve um aumento moderado na procura por parte dos consumidores, porém, os valores solicitados pelos produtores estavam acima do que os compradores estavam dispostos a pagar, o que resultou em negociações menos agressivas.

No mercado internacional, os preços também reagiram durante o mês, em parte pelas mesmas preocupações climáticas no Brasil, apesar das expectativas de uma safra robusta nos Estados Unidos.

Preços internos

No Brasil, a saca de milho foi cotada, em média, a R$ 62,86 em 26 de setembro, uma alta de 5,47% em relação aos R$ 59,59 registrados no final de agosto.

Em Cascavel, Paraná, o preço do milho subiu 1,69%, passando de R$ 59,00 para R$ 60,00 por saca. Em Campinas (CIF), a cotação aumentou 4,62% no mês, de R$ 65,00 para R$ 68,00. Na região da Mogiana paulista, o preço se manteve estável em R$ 60,00 por saca.

No Mato Grosso, em Rondonópolis, o valor da saca avançou 7,84%, saindo de R$ 51,00 para R$ 55,00. Já em Erechim, Rio Grande do Sul, o milho apresentou alta de 6,06%, subindo de R$ 66,00 para R$ 70,00 ao longo de setembro.

Em Uberlândia, Minas Gerais, o preço da saca aumentou expressivos 12,07%, passando de R$ 58,00 para R$ 65,00. Em Rio Verde, Goiás, o milho foi cotado a R$ 57,00, registrando uma alta de 3,64% em relação aos R$ 55,00 do final de agosto.

Exportações

As exportações brasileiras de milho em setembro alcançaram uma receita de US$ 1,993 bilhão (em 15 dias úteis), com uma média diária de US$ 99,685 milhões. O volume total exportado foi de 4,696 milhões de toneladas, com média diária de 313,083 mil toneladas, e o preço médio por tonelada ficou em US$ 199,20.

Comparado a setembro de 2023, houve uma queda de 24,1% no valor médio diário das exportações, uma redução de 8,7% na quantidade média diária exportada e uma desvalorização de 16,9% no preço médio da tonelada, conforme dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Fonte: Portal do Agronegócio Foto: Divulgação

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‘Semente Legal’

A APASEM, junto de outras instituições, lançou recentemente a campanha contra a Pirataria de Sementes 2024 ‘Semente Legal”. O objetivo das entidades é levantar a problemática da pirataria de sementes, buscando levar conscientização ao campo e à sociedade em relação aos ganhos que a utilização de sementes certificadas traz para a agricultura. A ação terá caráter permanente em todo o Paraná.

Denuncie a pirataria de sementes. Acesse nosso site e preencha o formulário para o envio de denúncias de sementes piratas. Os dados pessoais são mantidos em sigilo e a denúncia será encaminhada às autoridades competentes.

Plantação de soja. Foto: José Fernando Ogura/AEN

Plantio de soja avança no Paraná e já cobre 1,3 milhão de hectares, 22% da área prevista

As condições climáticas ajudaram e o plantio de soja pôde evoluir na última semana ultrapassando 1,3 milhão (22%) dos 5,8 milhões de hectares previstos para a safra 2024/25. A semeadura é mais adiantada no Núcleo Regional de Toledo, que tem pelo menos 85% dos 493 mil hectares previstos já plantados. A região de Campo Mourão congrega a maior área de produção, com 714 mil hectares. Ali o plantio já se estendeu por 40% da extensão.

A informação sobre o plantio faz parte do Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 27 de setembro a 3 de outubro, preparado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). Os analistas do Deral apontam que 78% da lavoura está em germinação e 22% em desenvolvimento vegetativo. Em razão das boas condições observadas em campo, a previsão de colheita de 22,4 milhões nesta safra está mantida.

Feijão

O boletim registra, também, que os produtores paranaenses de feijão preto receberam uma média de R$ 306,88 por saca em setembro. Representa aumento de 30% em relação aos R$ 236,83 de agosto e de 36% comparativamente aos R$ 225,43 recebidos em setembro do ano passado.

O valor em alta motivou uma aposta maior dos produtores na primeira safra, que tem área estimada em 138,5 mil hectares. Mais da metade já está semeada. Com condições climáticas favoráveis, a produção pode chegar a 266,8 mil toneladas, uma oferta 66% superior às 160 mil toneladas colhidas entre novembro de 2023 e fevereiro de 2024.

Grama

Os gramados geraram renda bruta de R$ 158,3 milhões em 17,7 milhões de metros quadrados no Paraná. Isso representa 63,4% dos R$ 249,6 milhões de Valor Bruto da Produção (VBP) da floricultura em 2023. A produção é maior no Núcleo Regional de Maringá, com 30,1% do total, e Curitiba, com 29,3%.

Entre os municípios, a maior produção de gramados concentra-se em São José dos Pinhais, com 3,9 milhões de metros quadrados e valor de R$ 34,4 milhões no ano passado. Marialva, no Noroeste, é o segundo com 3,6 milhões de metros quadrados e R$ 32,4 milhões em valores. Os dois municípios respondem por 42,2% do total cultivado no Estado.

Suínos

O Paraná foi o principal fornecedor de carne suína para o mercado interno no primeiro semestre deste ano, de acordo com a Pesquisa Trimestral de Abate do IBGE e com o Agrostat/Mapa. Cerca de 486 mil toneladas, ou aproximadamente 86% do produzido no Estado, foram comercializadas no Brasil.

Devido principalmente à proximidade com grandes centros consumidores, o Paraná mantém a liderança desde 2018, com Santa Catarina passando à segunda colocação. No primeiro semestre de 2024 o estado vizinho forneceu 457 mil toneladas ao mercado interno, seguido pelo Rio Grande do Sul, com 328 mil toneladas.

Mel

Sobre o mel, o documento do Deral registra que nos oito primeiros meses do ano as empresas nacionais exportaram 24.240 toneladas in natura. O volume é 27% superior às 19.085 toneladas do mesmo período de 2023. O faturamento chegou a US$ 62,3 milhões, contra US$ 60,8 no ano passado.

O Paraná está na quarta colocação, com 2.415 toneladas exportadas e US$ 6,1 milhões em receitas. No ano anterior o volume tinha sido de 1.084 toneladas para US$ 3,2 milhões. Piauí lidera a exportação, com 7.794 toneladas e US$ 19,3 milhões de faturamento.

Ovos

A Pesquisa Pecuária Municipal (PPM), do IBGE, em setembro, mostrou uma produção de 4,995 bilhões de dúzias de ovos em 2023 no Brasil, marcando um novo recorde no segmento que tem crescido ininterruptamente desde 1999.

São Paulo ficou na liderança, com produção de 1,1 bilhão de dúzias. O Paraná ocupa a segunda posição desde 2011, quando ultrapassou Minas Gerais. No ano passado o Estado produziu 492,4 milhões de dúzias.

Fonte: AEN Foto: José Fernando Ogura/Arquivo AEN

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Porto de Paranaguá aumenta exportação de produtos de outros estados

O Porto de Paranaguá vem sendo cada vez mais usado pelos estados brasileiros para o escoamento de cargas. Entre 2019 e 2024, as exportações de produtos de outros estados pelo porto paranaense saltaram de 6,6 milhões de toneladas para 11,3 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 70% no período.

Os dados, que se referem ao período de janeiro a agosto, são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e foram levantados e organizados pelo Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social).

Na comparação entre os dois períodos, também houve um aumento nos valores dos produtos movimentados a partir destas exportações. Em 2019, o escoamento de produtos de outros estados brasileiros chegou a US$ 3,2 bilhões, enquanto em 2024 o valor entre janeiro e agosto atingiu US$ 7,9 bilhões, um aumento nominal de 143%. A comparação exclui a inflação no período, que foi de 36%.

Ainda foi registrado um crescimento no número de estados que usam o Porto de Paranaguá para suas exportações. Há cinco anos, 20 estados, além do Paraná, escoaram seus produtos por este terminal portuário entre janeiro e agosto. Em 2024, desde o início do ano, foram 26.

Para o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, os números refletem a confiança do setor produtivo de diferentes regiões do País na infraestrutura logística paranaense para o escoamento das produções agrícola e industrial brasileiras.

“Nossos investimentos contínuos em infraestrutura e modernização têm sido fundamentais para consolidar o Porto como um dos principais hubs logísticos do Brasil, facilitando o escoamento de mercadorias de diferentes estados, mesmo em um cenário de crescente concorrência entre os portos nacionais”, afirmou.

Estados e produtos

Excluindo o Paraná, o Mato Grosso do Sul foi o estado que mais demandou a estrutura do Paraná nos oito primeiros meses de 2024. O estado do Centro-Oeste, que não dispõe de porto marítimo, escoou 5,1 milhões de toneladas pelos terminais paranaenses. Na comparação com 2019, quando o Mato Grosso do Sul exportou 2,4 milhões de toneladas por Paranaguá, o crescimento é de 105%.

Apesar de dispor de um grande complexo portuário, São Paulo é o segundo estado, além do Paraná, que mais utilizou o Porto de Paranaguá para o escoamento de produtos. Foram 2,5 milhões de toneladas entre janeiro e agosto deste ano, o que representa um aumento de 175% em relação às 917 mil toneladas exportadas em 2019.

Na sequência estão Mato Grosso (1,4 milhão de toneladas), Goiás (1,1 milhão de toneladas), Santa Catarina (641 mil toneladas), Rio Grande do Sul (148 mil toneladas) e Minas Gerais (103 mil toneladas).

No geral, os produtos mais exportados pelos outros estados por Paranaguá são os grãos, que totalizaram entre janeiro e agosto 4,4 milhões de toneladas escoadas. Açúcares (2,6 milhões de toneladas), alimentos para animais (1,7 milhão de toneladas) e carnes (791 mil toneladas) foram os outros produtos mais exportados por outras unidades da Federação via Porto de Paranaguá.

Fonte e Foto: Gazeta do Povo