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Exportações de café do Brasil batem recorde

De acordo com o Rabobank, setembro foi um mês histórico para o Brasil, que exportou 4,5 milhões de sacas de café de 60 quilos, marcando um volume recorde para o período. Esse excelente desempenho elevou o total de exportações brasileiras em 2024 para 36,4 milhões de sacas, resultando em um crescimento de 39% em relação ao mesmo período do ano anterior. O aumento na demanda global pelo café brasileiro destaca a importância do país no mercado internacional.

Entretanto, o setor ainda enfrenta desafios logísticos significativos. A escassez de espaço nos portos brasileiros e a alta demanda por contêineres têm causado atrasos nas operações. Como resultado, estima-se que o Brasil deixou de exportar cerca de 2 milhões de sacas de café devido a essas dificuldades, impactando potencialmente os resultados do setor no final do ano.

No mercado interno, os preços do café continuam em alta. Em setembro, a média do café arábica foi de R$ 1.459 por saca, o que representa um aumento de 49% em relação ao mesmo mês do ano passado. O café conilon, por sua vez, teve uma média de R$ 1.497 por saca, refletindo uma valorização de 87% em comparação com 2023. Esses aumentos de preços indicam um fortalecimento da demanda no mercado interno.

O Rabobank prevê que essa tendência de valorização pode levar as torrefadoras locais a aumentar significativamente o uso de arábica em seus blends. Além disso, o banco enfatiza a importância de monitorar as condições climáticas, como chuvas e temperaturas elevadas, que podem impactar a safra brasileira de café para 2025/2026, exigindo atenção constante do setor.

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems Foto: Pixabay

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Mercado Livre passa de vilão a aliado do MP no combate à pirataria

O Mercado Livre já foi considerado um antagonista quando se falava de combate à pirataria. A empresa tem um programa de remoção de anúncios de produtos falsificados ou não autorizados há cerca de 24 anos.

Ainda assim, em 2019, quando a empresa decidiu intensificar seus esforços na área, o promotor do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo, Richard Gantus Encinas, disse – em evento da companhia – que, na época, a empresa era considerada uma vilã.

Hoje essa visão mudou no MP. Em janeiro deste ano, por exemplo, o Mercado Livre participou de uma investigação que apreendeu 21 toneladas de bebidas adulteradas.

O Programa de Proteção a Marcas (BPP) da companhia parte da lógica da legislação norte-americana, na qual a empresa detentora das patentes deve indicar à plataforma de compras os anúncios que contém produtos irregulares.

Esse fluxo, porém, pode ser demorado e gerar transtornos para as marcas, que precisam buscar ativamente os anúncios suspeitos.

Para melhorar a relação com essas companhias, que, muitas vezes, também vendem seus produtos originais na plataforma, o Mercado Livre passou a buscar anúncios suspeitos antes das denúncias chegarem, por meio de aprendizado de máquina e inteligência artificial.

No primeiro semestre de 2024, a cada postagem removida devido a uma reclamação no BPP, a empresa retirou proativamente outras 9 publicações.

Além disso, desde 2021, a empresa passou a chamar marcas estratégicas para uma contribuição mais avançada, que envolve ceder dados como o desenho industrial de seus produtos para que, por meio de inteligência artificial, os algoritmos do Mercado Livre consigam identificar fotos e descrições das falsificações mais precisamente.

Por meio dessas parcerias, é possível enviar denúncias ao Ministério Público já com informações mais aprofundadas, o que agiliza a investigação, segundo Gantus Encinas, promotor do MP.

Esse mecanismo, denominado Mercado Libre Anti-Counterfeiting (MACA), consegue, a cada reclamação feita no programa tradicional de proteção de marcas, remover proativamente outras 25 publicações.

Foi nesse contexto que foi encaminhada uma denúncia ao MP que resultou na apreensão de 21 toneladas de bebidas adulteradas de patentes da Diageo, empresa de bebidas.

O responsável pela área Jurídica do Mercado Livre, Fede Deya, diz que esse processo envolveu um início de conversa difícil com a empresa, que sofria com o fato de produtos piratas de suas patentes serem comercializados na plataforma.

Ele conta que esse tipo de colaboração gera investigações internas de cerca de seis meses. Nesse processo, os próprios agentes do Mercado Livre podem comprar mercadorias suspeitas para avaliar o material entregue.

Para isso, Deya diz que a companhia investiu em profissionais qualificados e em tecnologia, com uma equipe composta por 8 áreas que trabalham juntas no tema. Os valores de investimento, porém, não foram divulgados para a reportagem

O programa começou em 2021, com 12 marcas, e, hoje, são 26 participantes. “Temos um plano [para] daqui a 3 ou 4 anos chegar a um número mais próximo a 100 membros”, diz o executivo.

Ele avalia, no entanto, que esse modelo não deve atingir todas as marcas que participam no BPP.

As marcas habilitadas a participarem dessa cooperação têm de atender critérios como o fato de ter abrangência internacional, comercialização via Mercado Livre nos principais países de atuação da varejista (Brasil, Argentina e México), atingir um volume de vendas mínimo não revelado, bem como ter encontrado uma porcentagem mínima de produtos falsificados na plataforma do Meli.

Fazem parte nomes como Adidas, Puma, Levi’s, Under Armour, Microsoft, Casio, Tommy Hilfiger, Victoria’s Secret, Crocs, Sony, Directv, Diageo, Apple, Tiffany & Co, Burberry, Lego, Syngenta, Canon y HP.

Questionado sobre as vantagens para o Mercado Livre em combater a pirataria, Deya diz que a maior intensidade com a qual a empresa se dedica ao tema hoje não diz respeito a processos sofridos ou pressões externas, mas, sim, ao fato de que a empresa deseja se tornar um ambiente mais confiável e seguro para o consumidor, mesmo que isso signifique perder usuários mais orientados por preço na hora da compra.

O Mercado Livre já foi citado em consulta pública da União Europeia que gerou uma lista de empresas que deveriam ser observadas devido aos relatos de práticas inadequadas em relação à pirataria, em dezembro de 2020.

À época, a companhia argentina respondeu dizendo ter compromisso de lutar contra produtos falsificados e pirateados e ter aprimorado o procedimento de notificação e remoção.

Fonte: CNN Brasil Foto: Divulgação

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Mesmo com menor produção, café garante mais rendimento ao produtor paranaense

A cafeicultura paranaense ocupou em 2024 praticamente a mesma extensão territorial do ano anterior, mas a produção foi 8% menor. No entanto, em razão da valorização dos preços recebidos pelos produtores, com a saca beneficiada superando em até 73% os valores de 2023, o rendimento tem sido maior.

Esta análise faz parte do Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 4 a 10 de outubro. O documento é preparado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), e analisa também o desempenho da soja e batata, os preços de suínos e bovinos, e as exportações de frango e peru.

A safra de café deste ano já está totalmente colhida. Ela ocupou 25 mil hectares e a estimativa é uma produção de 40,2 mil toneladas. No ano passado foram obtidas 43,9 mil toneladas. Os produtores conseguiram comercializar a saca beneficiada por R$ 1.247,17, em média, durante setembro deste ano. Valor bem superior aos R$ 720,57 de setembro de 2023.

Segundo o Deral, a alta estimulou a venda, que alcançou 41% das 670,6 mil sacas produzidas no ciclo. No mesmo período da safra anterior estava em 13%. É possível projetar que o Valor Bruto de Produção (VBP) do café supere R$ 750 milhões em 2024, valor 33% maior que os R$ 562,8 milhões obtidos em 2023.

A expectativa é que isso ajude a amenizar, ainda que momentaneamente, a tendência de retração de áreas dedicadas ao café no Estado. “A longo prazo, a tendência ainda é de encolhimento desta atividade rural, em razão das dificuldades de sucessão familiar e obtenção de mão de obra, somadas à grande concorrência com a produção de grãos no Estado”, analisou o agrônomo do Deral, Carlos Hugo Godinho.

De acordo com ele, a segunda década do milênio apresentou preços pouco atrativos para os produtores e muitos operaram no prejuízo. “Além disso, as dificuldades climáticas ainda são presentes, como a marcante frente fria de julho de 2013 que ocasionou grande erradicação de cafezais, que até então ocupavam 65 mil hectares, área duas vezes e meia superior à atual”, disse Godinho.

Batata

A colheita da batata de segunda safra caminha para o final. Restam pouco mais de 150 dos 10,5 mil hectares plantados. Eles estão em fase de desenvolvimento vegetativo na região de Cornélio Procópio, no Norte do Estado.

A produção total projetada é de 289 mil toneladas, 10,4% abaixo das 322,5 mil toneladas previstas no início da safra. Contribuíram para essa redução as chuvas irregulares, as ondas de calor intenso e os longos períodos de estiagem.

Soja

O boletim registra ainda a estimativa de produção de 429,2 milhões de toneladas de soja no mundo, o que configuraria recorde. Como principal produtor da oleaginosa, o Brasil deve ser responsável por 40% desse total, seguido pelos Estados Unidos, com 29%, e a Argentina (11,9%).

No cenário brasileiro, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) prevê 166,28 milhões de toneladas a serem colhidas em uma área de 47,4 mil hectares. Se confirmada, será a maior da história. O Paraná deve contribuir com mais de 22 milhões de toneladas, fruto de semeadura em área recorde de 5,8 milhões de hectares.

Suínos

O preço médio de varejo dos cortes de carne suína pesquisados pelo Deral (lombo sem osso, paleta com osso e pernil com osso) subiu pelo quarto mês consecutivo no Paraná. Em média, o preço de R$ 16,54 praticado em maio de 2024 chegou agora em R$ 18,86 (12% a mais).

O maior reajuste foi da paleta com osso, que teve acréscimo de 15%, ou R$ 2,42 a mais por quilo. O pernil com osso elevou-se 13%, ou R$ 2,06 por quilo, enquanto o lombo sem osso está custando R$ 2,50 a mais por quilo (10% de aumento). A maior demanda é a principal explicação para o aquecimento no preço.

Bovino

No caso dos bovinos, a diminuição na oferta de animais prontos para o abate e a deterioração da qualidade de pastagens em boa parte do País provocou alta de 7,24% no preço da arroba nos oito primeiros meses do ano. Atualmente está em R$ 294,20 (US$ 53,18), o maior valor em dólares neste ano.

A constante desvalorização do real, a menor oferta de animais nos abatedouros e a expectativa de menor produção devido ao maior abate de fêmeas nos últimos anos pode elevar ainda mais o preço da carne no mercado interno. No varejo, todos os cortes pesquisados pelo Deral, com exceção do filé mignon, fecharam setembro de 2024 mais caros que no mesmo mês do ano passado.

Frango

O documento mostra também que as exportações brasileiras de carne de frango diminuíram 7,7% em faturamento nos oito primeiros meses de 2024. Foram US$ 6,2 bilhões contra US$ 6,7 bilhões no ano passado. Em quantidade, a retração foi de 1,7%, caindo de 3,40 milhões de toneladas para 3,34 milhões de toneladas.

No Paraná, a retração foi de 0,6% no volume exportado, reduzindo de 1,43 milhão de toneladas para 1,42 milhão de toneladas, e de 2,1% em valores, saindo de US$ 2,6 bilhões para US$ 2,5 bilhões. Principal produtor e exportador, o Estado tem participação de 42,6% em volume e de 41,5% da receita cambial.

Peru

A plataforma Agrostat Brasil aponta ainda que no mesmo período de oito meses as empresas nacionais exportaram 38.054 toneladas de carne de peru, com receita de US$ 93 milhões. Em 2023 tinham sido 47.451 toneladas (19,8% a mais) e US$ 144 milhões (54,6% a mais).

O Paraná é o terceiro colocado entre os estados brasileiros em exportação de carne de peru, com 8.180 toneladas e faturamento de US$ 19,5 milhões. Santa Catarina lidera com 16 mil toneladas e US$ 38,3 milhões em receitas, seguido pelo Rio Grande do Sul, com 13.841 toneladas e US$ 35 milhões de divisas.

Fonte: AEN Foto: José Fernando Ogura

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Sindiadubos Paraná realiza 18ª edição do Simpósio NPK em Curitiba

O Sindiadubos Paraná anuncia a 18ª edição do Simpósio Sindiadubos NPK 2024, que ocorrerá no dia 24 de outubro, no Centro de Eventos da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), em Curitiba. O evento, que será realizado de forma presencial, é um dos principais encontros do setor e reúne uma ampla gama de participantes, incluindo importadores, fabricantes, distribuidores de fertilizantes, produtores de aditivos, fornecedores de insumos, e outras partes interessadas no agronegócio.

Este ano, o simpósio abordará temas cruciais para o setor, como os impactos da reforma tributária sobre o agronegócio brasileiro e as perspectivas do segmento de fertilizantes no cenário nacional e mundial. As discussões prometem trazer insights valiosos sobre o futuro do agronegócio, com a presença de especialistas renomados.

A programação inclui palestras e painéis com figuras importantes do setor, como os Deputados Federais Pedro Lupion e Tião Medeiros, que discutirão os reflexos da reforma tributária. Marcos Jank, especialista e executivo em empresas do agronegócio e professor sênior do Insper e da USP, também estará presente para falar sobre as perspectivas do agronegócio brasileiro, com ênfase no setor de fertilizantes.

Inscrições

As inscrições para o Simpósio Sindiadubos NPK 2024 podem ser feitas pelo site oficial (www.sindiadubos.org.br) até o dia 18 de outubro de 2024. O valor da inscrição é de R$ 750,00 por participante. Após essa data, caso ainda haja vagas, as inscrições poderão ser feitas no local do evento, com pagamento em dinheiro ou cartão.

Fonte e Foto: Revista Cultivar

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Soja: confira a análise e perspectivas para o mercado do grão

A análise do mercado da soja da plataforma Grão Direto destaca que o relatório de oferta e demanda está alinhado com as expectativas do setor. Embora as estimativas de safra nos Estados Unidos tenham caído, as previsões para Brasil e Argentina se mantiveram estáveis, sugerindo um cenário equilibrado para os próximos meses.

Chuvas previstas

A semana trouxe chuvas para diversas regiões do país, embora, em muitos locais, a quantidade de precipitação ainda seja insuficiente para dar início ao plantio. Nos EUA, o ritmo da colheita avançou consideravelmente, com índices 10% superiores ao mesmo período do ano passado e 13% acima da média dos últimos cinco anos.
Esse cenário impactou de forma negativa os preços em Chicago, onde o contrato de soja para novembro de 2024 fechou a U$10,05 por bushel, uma queda de 3,18%. O contrato para março de 2025 também caiu, terminando em U$10,35 por bushel. O mercado físico brasileiro acompanhou essa tendência, mesmo com uma alta de 2,93% no dólar, que encerrou a R$5,62.

Perspectivas e projeções

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê que as chuvas se espalhem pelo Brasil Central na próxima semana, com maior intensidade no Rio Grande do Sul. No Mato Grosso, as precipitações devem ser gerais, com volumes mais baixos na região leste e chuvas mais intensas no noroeste. Essa melhoria nas condições climáticas pode incentivar muitos produtores a iniciar ou acelerar o plantio da safra 2024/25.

Além disso, especulações sobre um possível cessar-fogo impactaram o mercado, resultando em uma queda significativa nos preços do petróleo. Isso afetou toda a cadeia de commodities, incluindo a soja. Mesmo que esses rumores não tenham sido confirmados, a situação permanece instável, e especialistas afirmam que a resolução do conflito ainda está distante. Essa incerteza continuará a influenciar o mercado de grãos, dada a relevância da região na produção de petróleo.

Dados da ferramenta de Inteligência de Mercado da Grão Direto indicam que os meses de junho e julho registraram o maior volume de vendas para entrega em março de 2025. Agora, há um aumento nas vendas para entrega em abril de 2025, impulsionado pelo atraso no plantio da safra 2024/25. Espera-se que o ritmo de comercialização para os meses de abril e maio de 2025 aumente conforme o avanço do plantio.

Análise gráfica

Analisando o contrato de novembro da soja em Chicago (X24), notamos que os preços se aproximaram da faixa de US$10.00/bushel, um ponto crucial para o comportamento do mercado. Caso os preços caiam abaixo dessa marca, há a possibilidade de recuar até as mínimas do ano, próximas a US$9.55/bushel. Se, por outro lado, os preços se mantiverem acima de US$10.00/bushel, pode haver um teste das máximas de setembro, em torno de US$10.70/bushel.

O mercado seguirá atento ao progresso do plantio no Brasil, que, apesar do atraso, é avaliado de maneira otimista. Assim, a próxima semana pode ser marcada por uma desvalorização em Chicago, refletindo nas cotações brasileiras.

Fonte: Canal Rural Foto: Divulgação

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Agronegócio empregou 28,6 milhões de pessoas no segundo trimestre

De abril a junho de 2024, o agronegócio brasileiro empregou um recorde de 28,6 milhões de pessoas, o maior número registrado desde o início da série histórica em 2012, superando o resultado do primeiro trimestre deste ano.

Os dados são do boletim “Mercado de Trabalho do Agronegócio Brasileiro”, elaborado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

De acordo com o levantamento, os trabalhadores do agronegócio representaram 26,5% do mercado de trabalho brasileiro no segundo trimestre. “Frente ao 2º trimestre de 2023, a população ocupada do setor aumentou 2,3% (643 mil pessoas), reflexo do maior contingente ocupado nas agroindústrias (4,0% ou 179 mil pessoas) e, principalmente, nos agrosserviços (8,3% ou 815 mil pessoas)”, diz o boletim.

Clique aqui e confira a íntegra do boletim.

Fonte: CNA Foto: Divulgação

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Estoques de milho do Venda em Balcão são reforçados em virtude de estiagem

Os criadores e as criadoras de animais de todo país irão contar com o reforço de 16 mil toneladas de milho nos estoques do Programa de Venda em Balcão (ProVB). O reforço realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é uma ação recorrente e leva em consideração a estiagem registrada nos últimos meses. Além dessa remoção, a Companhia prevê contratar o serviço de frete de outras 21 mil toneladas do cereal neste ano.

Para facilitar o acesso dos criadores ao grão disponível nos estoques públicos, a Companhia permite a compra de quem já possui cadastro diretamente do seu celular ou computador de maneira on-line, por meio do Balcão Digital. Essa ferramenta permite ao cidadão formalizar demandas de compra de milho, emitir a autorização de venda e a Guia de Recolhimento da União (GRU) para pagamentos e até agendar a retirada do cereal nas unidades da Companhia.

“O objetivo da Companhia com esta ação é oferecer um serviço público de qualidade, economizando tempo e dinheiro do cidadão e tornando as operações mais simples e ágeis. A iniciativa segue as estratégias da Transformação Digital no Setor Público, que busca simplificar a comunicação e a aquisição de produtos, tornando o processo mais eficiente”, reforça o diretor de Operações e Abastecimento da Conab, Arnoldo de Campos.

Parcerias

Outra ação que tende a aproximar o criador da Companhia são as parcerias com entidades estaduais, municipais ou organizações da sociedade civil . “Uma das dificuldades encontradas pelos pequenos criadores é a questão logística, uma vez que é preciso se deslocar para a unidade de venda da Conab mais próxima. Mas uma colaboração com prefeituras, secretarias ou ainda com associações e cooperativas pode auxiliar na superação desse desafio, facilitando o acesso ao milho comercializado pela estatal”, destaca Campos.

Atualmente, o Programa conta com aproximadamente 69 mil toneladas de milho nos estoques. De janeiro a setembro deste ano foram comercializadas cerca de 74,5 mil toneladas do cereal, atendendo mais de 11 mil criadores cadastrados nos estados em que o ProVB é executado pela Companhia.

O Venda em Balcão é destinado aos pequenos criadores, entre suinocultores, avicultores, bovinocultores, caprinocultores, ovinocultores, bubalinocultores (búfalos), aquicultores e coturnicultores (codornas), que sejam detentores da Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP), do Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) ou que, embora não a possuam, atendam os critérios de enquadramento.

Para participar do Programa, os criadores devem procurar a Conab e realizar o cadastro no Sistema de Cadastro Nacional de Produtores Rurais e Demais Agentes (Sican), disponível no portal da Companhia. Após a realização da inscrição, o interessado em adquirir o milho comercializado pela Conab deverá entrar em contato, por e-mail ou telefone, com a Superintendência da estatal ou ainda a Unidade armazenadora mais próxima para habilitação da documentação enviada. As informações devem estar atualizadas e permitem o acesso mensal aos estoques públicos, de acordo com o tamanho do plantel.

Fonte: Conab Foto: Divulgação

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A chave para a produtividade da soja

O Brasil, o maior produtor e exportador de soja do mundo, prevê uma safra de 165 milhões de toneladas para 2024/2025, com um crescimento de 12% em relação à safra anterior. Apesar de desafios climáticos e preços baixos, a demanda global pela soja permanece forte, o que pode gerar boa rentabilidade para os agricultores. Para maximizar a produtividade, é fundamental abordar os desafios nutricionais na fase inicial do ciclo da soja, incluindo a disponibilidade de Nitrogênio, Fósforo, Potássio e micronutrientes como Zinco e Manganês.

“Os agricultores precisam ter atenção especial a essas deficiências, uma vez que esses nutrientes contribuem para fortalecer a planta e fortalecem e aumentam sua resistência ao estresse hídrico. Já os micronutrientes desempenham papéis críticos nas defesas naturais da planta, como a ativação de enzimas antioxidantes, que reduzem os danos celulares em condições adversas”, explica Bernardo Borges, gerente técnico da BRQ Brasilquímica.

O especialista ressalta que o tratamento de sementes com inoculantes e fungicidas é crucial para proteger as plantas e melhorar a fixação de nitrogênio. A aplicação de micronutrientes, como zinco e manganês, no sulco de plantio garante a nutrição desde o início do ciclo.  A BRQ Brasilquímica oferece soluções, incluindo a coinoculação com QualyFix 7.2 e QualyFix Gramíneas, e o tratamento com AminoSpeed Leg, que fornece nutrientes e enraizadores. Seus produtos QualyFol 9.9 e QualyFol Cerrado Mn, que contêm manganês e zinco balanceados, ajudam a maximizar a produtividade e a qualidade da safra.

“Também temos produtos aplicados no momento inicial, como QualyFol 9.9, fonte de manganês, e QualyFol Cerrado Mn, que tem outros componentes, como zinco, de maneira balanceada. O portfólio foi desenvolvido para ajudar os sojicultores a atingir o maior teto produtivo da safra e com excelente qualidade. Ao utilizar nossos produtos, eles estão oferecendo às plantas todos os nutrientes necessários para o seu esperado desenvolvimento”, finaliza Bernardo Borges.

Fonte: Agrolink Foto: Divulgação

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Exportação de milho: Paranaguá sem vendas

Os prêmios de exportação de milho em Paranaguá apresentaram variações nas ofertas de compra, enquanto as vendas registraram ausência de valores nos principais meses. Para outubro, a venda ficou sem valor, mantendo a indicação anterior em 115, enquanto a compra subiu para 115 (+5), com base no contrato Z4. Em novembro, a situação foi semelhante, com a venda sem valor e a compra subindo para 120 (+5). Para julho e agosto, não houve valor de venda, e a compra foi registrada em 60 (+5), com base U5. Essas oscilações refletem um cenário de alta nas ofertas de compra, mas sem movimentação nas vendas.

No mercado argentino, o preço do milho com entrega imediata manteve-se em A$ 180 mil por tonelada, mesma cotação do dia anterior, mas há expectativa de melhorias. Esse valor também foi oferecido para contratos futuros, registrando um aumento de A$ 3 mil por tonelada em comparação com a rodada anterior. Para os forwards, as ofertas para embarques entre novembro e dezembro também permaneceram estáveis em A$ 180 mil por tonelada. No mercado MATBA, o preço oscilou para US$ 193,00 por tonelada, com entrega em abril, um aumento em relação aos US$ 189,00 anteriores. Em Chicago, o preço ficou em US$ 172,27.

No cenário global, o milho FOB americano foi cotado a US$ 210, o argentino a US$ 203 e o brasileiro a US$ 212 por tonelada. Esses valores, convertidos para US$/t, fornecem uma ideia aproximada dos custos para os importadores brasileiros. O milho argentino FOB fechou com preços aproximados de US$ 209 para outubro e US$ 210 para os meses de novembro e dezembro.

Fonte e Foto: Agrolink

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Desafios e Perspectivas no Mercado de Trigo

De acordo com informações da TF Agroeconômica, o mercado de trigo no Rio Grande do Sul atravessa um cenário desafiador, especialmente para os moinhos locais. Estes estão bem abastecidos, sobretudo com trigos de qualidade mediana, o que tem mantido as moagens em níveis baixos ao longo de setembro. Em relação aos preços, os vendedores estão pedindo R$ 1.250,00 por tonelada (FOB) para trigos com um teor de proteína mínima de 77 e qualidade panificável, mas esse valor não tem sido alcançado, e os moinhos preferem não fazer ofertas.

Em Santa Catarina, os moinhos também estão atentos à safra gaúcha, aguardando a colheita para reabastecer seus estoques. A demanda segue baixa, mas espera-se que uma melhora na qualidade do trigo impulsione a procura por farinhas. Recentemente, os preços variaram nas principais cidades catarinenses: R$ 72,00 em Caçador, R$ 67,67 em Canoinhas, R$ 73,00 em Chapecó, R$ 72,00 em Joaçaba, R$ 70,00 em Rio do Sul, R$ 75,25 em São Miguel do Oeste e R$ 76,48 em Campos Novos.

No Paraná, o mercado de trigo está sob pressão. Os preços variam entre R$ 1.450,00 e R$ 1.500,00 (FOB), pressionados pela busca dos moinhos por valores mais baixos. A chegada do trigo da nova safra gaúcha, com preços CIF entre R$ 1.300,00 e R$ 1.380,00, também contribui para essa pressão. O aumento da colheita no estado paranaense intensifica a oferta e afeta ainda mais os preços locais. Em comparação, o mercado gaúcho apresenta melhores condições de custo para os moinhos, enquanto o Paraná, com a colheita já em andamento, movimenta o mercado spot.

Fonte e Foto: Portal do Agronegócio