Plantação de milho. espiga. Foto:Jaelson Lucas / AEN

Mercado do milho: preços, plantio e colheita no Sul

A TF Agroeconômica informou que o Rio Grande do Sul continua plantando milho da primeira safra 2024/25, mas é o único estado adiantado na colheita. Segundo a Conab, a semeadura no estado atingiu 98% da área prevista, contra 97% da semana passada e 99% do ano passado. A colheita já avançou para 54% da área, superando os 43% da semana anterior e os 52% de 2024.

No mercado local, a colheita segue intensa, com indústrias comprando para cobrir fevereiro e março. Os preços de compra variam entre R$ 70,00 em Santa Rosa e Ijuí e R$ 74,00 em Montenegro. No mercado de exportação, a valorização em Chicago elevou os preços para R$ 80,00 por saca, entrega em fevereiro e pagamento em março.

Em Santa Catarina, a colheita está muito atrasada. Apenas 4,8% da área foi colhida, contra 28% no mesmo período do ano passado, segundo a Conab. A Epagri prevê uma safra recorde em 2025, com produção estimada entre 2,3 milhões e 2,4 milhões de toneladas, superando a previsão anterior de 2,2 milhões. No mercado local, cooperativas pagam entre R$ 63,50 em Papanduva e R$ 67,00 no oeste e na serra. No porto, valores variam de R$ 72,00 para entrega em agosto a R$ 72,50 para outubro.

O Paraná lidera o plantio do milho safrinha no Brasil, apesar do atraso na colheita. A Conab aponta que as chuvas interromperam os trabalhos, mas beneficiaram lavouras tardias. A colheita atingiu 11% da área, ainda abaixo dos 36% do ano passado. O plantio da safrinha avançou para 28% da área, tornando o Paraná o estado mais adiantado na semeadura. No mercado, milho spot gira em torno de R$ 72,00/saca no interior, enquanto no porto de Paranaguá compradores oferecem entre R$ 72,00 e R$ 73,00, com pagamentos entre setembro e outubro.

Já no Mato Grosso do Sul, o plantio da safrinha está levemente atrasado, mas ainda acima do ritmo do ano passado. Segundo a Conab, a semeadura avançou 14% da área prevista, comparado a 10% em 2024. O tempo seco pode favorecer os trabalhos nos próximos dias. No mercado físico, os preços recuaram na média geral, com valores variando entre R$ 59,91 em Chapadão e R$ 65,00 em Dourados, onde houve alta.

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems Foto: Divulgação

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Produtores de feijão são contemplados com bônus do PGPAF em fevereiro

Produtores de feijão do Distrito Federal e dos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina agora contam com o benefício do Programa de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar (PGPAF), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A leguminosa foi incluída em fevereiro na lista de bônus de desconto do programa, para aqueles agricultores que, ao venderem seus produtos, não atingem o preço mínimo de garantia estabelecido. A medida foi publicada, nesta segunda-feira (10), pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA).

Além do feijão, outros produtos continuam a ser contemplados pelo PGPAF, como o açaí (fruto de cultivo), banana, batata, cará/inhame, castanha-de-caju, cebola, erva-mate, feijão-caupi, manga, mel de abelha, raiz de mandioca e trigo, com alteração em alguns dos estados beneficiados e nos percentuais de desconto em determinados produtos.

A banana, por exemplo, terá bônus de desconto para produtores de Alagoas, Ceará, Pernambuco e Espírito Santo, com percentuais que variam de 3,44% até 43,88%. Já a batata, terá um bônus de 73,37% para os produtores do Paraná, representando um incentivo considerável para a produção deste tubérculo no estado.

A castanha-de-caju, por sua vez, terá bônus que variam de 29,18% a 46,06%, beneficiando produtores da Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte. O mel de abelha também segue na lista, com bônus entre 8,46% e 44,57% para produtores de Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. A manga terá bônus de 55,91% a 69,33%, contemplando produtores da Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. Já o trigo terá bônus que variam de 1,82% a 16,83%, de acordo com o estado de produção.

O bônus de desconto do PGPAF é uma ferramenta para a manutenção da agricultura familiar no Brasil. Ele garante que os produtores recebam um preço justo por seus produtos, mesmo em situações de mercado desfavoráveis, contribuindo para a segurança alimentar e o desenvolvimento econômico do país. Para ter acesso ao bônus, o agricultor familiar precisa estar cadastrado no Pronaf, produzir um dos produtos contemplados pelo PGPAF e comprovar que o preço de venda do seu produto está abaixo do preço de garantia.

A lista completa dos produtos e seus respectivos bônus, bem como os estados contemplados, podem ser consultados na Portaria nº 310, de 06 de fevereiro.

Fonte: Conab Foto: Divulgação

Colheita de trigo. Pitanga,11/10/2019 Foto:Jaelson Lucas / AEN

Alta nos preços do trigo não impulsiona expansão da área de plantio

Os preços pagos aos produtores de trigo apresentaram uma leve alta em janeiro de 2025, conforme o Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária do Departamento de Economia Rural (Deral), publicado pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná. A saca de trigo foi comercializada, em média, a R$ 72,79, refletindo um aumento de 0,5% em relação ao mês anterior e uma valorização de 12% em comparação ao mesmo período de 2024, quando o preço estava em R$ 65,13.

Apesar desse cenário de valorização, a ampliação da área cultivada com trigo em 2025 é considerada improvável. A principal limitação para o crescimento do cultivo está na concorrência com o milho. A segunda safra de milho está sendo implantada com um aumento de 1% na área de cultivo, impulsionada pela maior rentabilidade dessa cultura. Assim, a produção de trigo tende a se manter restrita às regiões mais suscetíveis a geadas, onde o cultivo de outras culturas apresenta riscos ainda maiores.

Uma possível expansão do plantio de trigo poderia ocorrer em áreas anteriormente destinadas à aveia durante o inverno. Contudo, essa alternativa é limitada pelas adversidades climáticas enfrentadas pelos produtores nos últimos anos. A safra de 2024, por exemplo, sofreu uma quebra de 38% em relação ao seu potencial devido à seca, e outros anos foram marcados por problemas como chuvas excessivas durante a colheita, geadas e perdas na qualidade do grão. A última safra plenamente satisfatória ocorreu em 2016.

Embora os custos estimados para a produção de trigo indiquem uma certa rentabilidade — com um custo variável de R$ 68,68 por saca (com base nos preços de novembro de 2024) e uma margem aproximada de 6% — as incertezas climáticas e econômicas continuam a gerar apreensão entre os produtores.

O Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná divulgará as primeiras projeções sobre a área plantada com trigo e outros grãos de inverno em 27 de março.

Fonte: Portal do Agronegócio Foto: Divulgação

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Show Rural começa no próximo dia 10, em Cascavel

O Show Rural Coopavel 2025 começa no dia 10 de fevereiro em Cascavel, no oeste do Paraná. Uma das empresas participantes é a Forza JMalucelli, empresa referência em maquinários agrícolas e soluções inovadoras para o setor de construção.

Nesta edição da feira uma das novidades no estande da empresa é a demonstração in loco do Drone Pulverizador Case IH, marca da CNH, já incorporado como complemento ao portfólio de pulverizadores da marca, causando grande sensação na área agrícola, colaborando com a eficiência do trabalho do homem do campo.

O Drone Pulverizador Case IH, importado e distribuído no Brasil pela Case IH por meio de suas concessionárias, recebe o mesmo tratamento e atendimento de qualidade mesmo após vendas.

“A feira é a primeira do ano no setor agrícola, sendo uma grande oportunidade para os interessados conhecerem de perto o que está acontecendo de mais moderno em equipamentos para o mundo agrícola, com a presença de equipes especializadas no nosso estande – apresentando os diversos produtos da Case IH e Case CE, entre máquinas e peças. Também estarão presentes diretores das empresas, dando suporte às equipes especializadas, avaliando em conjunto os melhores negócios e condições para cada interessado”, comenta o diretor comercial da Forza, Rafael Malucelli.

No dia 12 de fevereiro o estande da Forza JMalucelli no Show Rural Coopavel vai receber a secretária estadual da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, Leandre Dal Ponte.

No estande da Forza JMalucelli no evento da formalização com a Secretaria de Estado da Mulher, conclui Malucelli: “Todos os visitantes presentes no estande poderão testemunhar a assinatura do acordo e saber mais do projeto Força Feminina, reforçando o reconhecimento do trabalho das mulheres no campo. Por fim, aguardamos com grande expectativa a semana do Show Rural Coopavel, mais uma vez”.

Serviço:

37ª Edição Show Rural Coopavel
Data: 10 a 14 de fevereiro de 2025
Localização: Rodovia BR-277, KM 577 – Cascavel/PR
Horário: 8h às 18h
Detalhes: https://showrural.com.br/sobre.html

Fonte: BandNews Foto: Forza

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IDR-PR apresenta benefícios da sustentabilidade na produção de grãos no Show Rural

O Paraná é o segundo maior produtor de grãos do Brasil, incluindo as culturas de soja, milho, feijão e trigo. Para fomentar ainda mais a produtividade dos plantios e promover a adoção de práticas sustentáveis, o IDR-Paraná apresenta no Show Rural Coopavel 2025 o Programa Grãos Sustentáveis, que busca aumentar a eficiência, reduzir custos e minimizar os impactos ambientais da atividade agrícola.

O programa incentiva o uso racional de insumos agrícolas, promovendo um manejo integrado de pragas e doenças. Com a adoção dessas práticas, os agricultores podem reduzir em até 37% o uso de fungicidas e em até 50% o uso de inseticidas químicos, sem comprometer a produtividade.

Outra tecnologia é o monitoramento da ferrugem asiática da soja, uma das principais doenças que afetam a soja. Os produtores que participam dessa iniciativa têm garantido um controle mais eficaz e econômico da doença. O monitoramento é feito com o uso do coletor de esporo. Neste ano os extensionistas vão apresentar a automação da identificação dos esporos com IA (Inteligência Artificial) tecnologia que já está sendo validada a campo.
Para manter a sustentabilidade das lavouras de grãos, os produtores que participam do programa contam com assistência do IDR-Paraná dos plantios até a colheita. Além disso, apreendem práticas mais sustentáveis para reduzir a deriva de produtos fitossanitários.

O programa tem algumas vertentes: Manejo Integrado de Pragas (MIP), Manejo Integrado de Doenças (MID) e Tecnologia de aplicação de agrotóxicos (TAA). O objetivo é aumentar a eficiência no controle de pragas, doenças e plantas daninhas nas lavouras.

Os visitantes também poderão conhecer outras tecnologias que aumentam a produtividade como a utilização de cultivos rotacionados e plantas de cobertura; a utilização dos dejetos de animais na complementação da fertilização do sistema; o manejo de solos e água; o manejo integrado de pragas do feijão e o manejo do complexo de enfezamento do milho.

Produção

A estimativa mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas, divulgada em janeiro, aponta para uma colheita de 45,2 milhões de toneladas no Paraná em 2025. Esse volume poderá representar acréscimo de 20,5% em relação às 37,5 milhões de toneladas produzidas em 2024, sendo o maior aumento relativo entre os estados das regiões Sul e Sudeste. O Paraná também deve chegar a 14% da fatia nacional de produção.

A soja, principal item da pauta agrícola estadual, deverá registrar incremento de 20% na produção, saltando de 18,6 milhões de toneladas em 2024 para 22,4 milhões em 2025. Igualmente relevante, a oferta de milho deverá subir de 15,1 milhões para 18,2 milhões de toneladas, o que corresponderá, caso a estimativa seja confirmada, a um crescimento de 20,6%, acima do salto nacional de 4% ou do Mato Grosso, principal produtor nacional, que deve reduzir a produção.

Outras ações

O IDR também tem outras ações no Show Rural. Abordar a fruticultura do ponto de vista técnico e apresentar inovações para o produtor é o objetivo da Vitrine de Fruticultura. O espaço evidencia os avanços na fruticultura e sua relevância no fortalecimento da agricultura familiar.
A Vitrine apresenta uma ampla variedade de espécies frutíferas, entre elas a acerola, a amora-preta, a banana, os citros, o figo, a goiaba, o mamão, o maracujá, a pitaya e a uva. O público poderá conhecer técnicas modernas de manejo e práticas sustentáveis. A Vitrine foi concebida por uma equipe de profissionais, fruto da integração entre especialistas em extensão e pesquisa do IDR-Paraná que estarão à disposição dos visitantes para compartilhar orientações e esclarecer dúvidas sobre o cultivo de frutas.

O público que visitar o espaço do IDR-Paraná durante o Show Rural Coopavel também terá a oportunidade de conhecer a Vitrine Tecnológica de Agroecologia Vilson Nilson Redel (Vital). Trata-se de uma unidade demonstrativa onde os extensionistas e pesquisadores mostram tecnologias voltadas à agricultura orgânica e agroecologia. Já a Feira da Agricultura Familiar dá uma mostra da diversidade e qualidade do que é produzido. Tradicionalmente o espaço é ocupado por empreendedores que expõem novidades em diversos segmentos como o alimentício e o artesanato.

Fonte: AEN Foto: Gilson Abreu/AEN

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Passaporte Agro: Nova ferramenta do Mapa facilita exportações para mercados recém-aberto

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), por meio da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais, lançou o Passaporte Agro, uma iniciativa criada para oferecer suporte direto a exportadores brasileiros que desejam acessar mercados internacionais recém-abertos.

A nova ferramenta vem em adição ao AgroInsights, ampliando o portfólio de produtos e serviços oferecidos pelo Mapa, com o objetivo de gerar oportunidades para os exportadores brasileiros por meio de informações qualificadas. A iniciativa está alinhada às diretrizes do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, que tem intensificado os esforços para expandir e consolidar a presença do Brasil nos mais de 300 mercados abertos nos últimos dois anos.

O Passaporte Agro será disponibilizado de forma contínua à medida que novos mercados sejam abertos, reunindo informações detalhadas e atualizadas para fornecer subsídios que auxiliem os exportadores na efetivação de suas vendas. Com isso, a ferramenta visa reduzir barreiras operacionais e facilitar o acesso dos produtos brasileiros aos mercados internacionais recém-abertos.

Entre os conteúdos oferecidos, estão orientações sobre o registro de produtos, listas de potenciais compradores, diretrizes para procedimentos alfandegários e informações mercadológicas específicas. O objetivo é reduzir barreiras operacionais e incentivar as empresas – especialmente aquelas com menor experiência no comércio exterior – a iniciarem suas exportações de forma estruturada e segura.

Segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais, o Passaporte Agro reforça a estratégia do governo de não apenas abrir mercados, mas também garantir que os produtores brasileiros tenham o suporte necessário para transformar essas oportunidades em negócios concretos.

“O Passaporte Agro e o AgroInsights são respostas diretas às demandas do setor produtivo e exportador brasileiro, desenvolvidas após um período de escuta ativa com os principais atores do agronegócio. Com essas ferramentas, não apenas abrimos mercados, mas garantimos que exportadores e produtores tenham acesso a informações estratégicas para aproveitá-los de forma eficiente e competitiva, conhecendo a real dimensão das novas oportunidades comerciais”, destacou o ministro Carlos Fávaro.

“A rede de Adidos Agrícolas nos permite ter acesso a informações qualificadas, que de fato serão úteis aos exportadores que desejam iniciar negócios com um mercado recém-aberto, especialmente para aqueles com menor maturidade no comércio internacional. É o Governo sendo ativo, em uma relação de parceria com o setor privado, para que os produtos brasileiros ampliem sua participação no mundo, trazendo renda e emprego para nosso país”, complementa o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua.

Em princípio, o Passaporte Agro será disponibilizado para as associações que representam os setores produtivos envolvidos nas aberturas comerciais. Essa iniciativa também se soma a outras oferecidas pela ApexBrasil, pelo MDIC e pelo MRE.

Fonte: MAPA

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Expo Cocari 2025

Começa nesta terça-feira (4) e segue até a próxima quinta-feira (6) de fevereiro a Expo Cocari 2025, no Centro Tecnológico da Cocari (CTC), em Mandaguari.

São três dias para você explorar os produtos e serviços da Cocari e das maiores empresas do agronegócio, com tudo o que você precisa para crescer: novas cultivares e manejos, palestras técnicas, insumos agropecuários, máquinas, implementos, seguros, inovação agrícola, sistema de energia fotovoltaica, veterinária, avicultura, piscicultura, feira de produtos artesanais produzidos pelos nossos cooperados, projetos socioambientais e muito mais.

Fonte: Assessoria

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Sistema Ocepar promove Encontro Safra 2024/2025

As perspectivas para a safra 2024/2025 em relação às condições climáticas, produção e comportamento do mercado estarão em pauta no dia 05 de fevereiro no Encontro Safra 2024/2025, promovido pelo Sistema Ocepar. O evento é online e será aberto às 10 horas pelo presidente da entidade, José Roberto Ricken.

Na programação, palestra sobre Perspectivas Soja Milho 2024, com Marcela Marini, responsável pela área de grãos do Rabobank; e sobre Previsões Climáticas, com o meteorologista Luiz Renato Lazinski.

Fonte: Sistema Ocepar

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Embrapa apresenta tecnologias e lançamentos para produção sustentável no Show Rural

A Embrapa participa do Show Rural Coopavel com soluções tecnológicas inovadoras e com cinco lançamentos: duas cultivares de soja (BRS 2361 I2X e BRS 2058 I2X), duas cultivares de feijão (BRS FC422 e BRS FP417) e o Curso Básico On-Line de Produção de Soja.

Durante o evento, serão demonstradas tecnologias para produção animal, grãos, hortaliças, frutíferas, forrageiras, tubérculos, bioinsumos, além de sistemas de produção agrícola, florestal e ambiental e gestão da propriedade. As inovações da pesquisa serão demonstradas em três espaços: Casa da Embrapa, Vitrine de Tecnologias e Vitrine Tecnológica de Agroecologia “Vilson Nilson Redel” (Vital). Além disso, a Embrapa irá participar de iniciativas realizadas no Show Rural Digital e no Espaço Avicultura.

A Embrapa participará da feira apresentando tecnologias de 14 unidades de pesquisa: Embrapa Agricultura Digital, Embrapa Agrobiologia, Embrapa Algodão, Embrapa Arroz e Feijão, Embrapa Clima Temperado, Embrapa Gado de Corte, Embrapa Gado de Leite, Embrapa Hortaliças, Embrapa Mandioca e Fruticultura, Embrapa Meio Norte, Embrapa Pantanal, Embrapa Soja e Embrapa Suínos e Aves.

Lançamentos

Soja BRS 2361 I2X – Esta é uma soja transgênica com a tecnologia Intacta2 Xtend® (I2X), que agrega tolerância aos herbicidas glifosato e dicamba e a resistência às principais lagartas da soja. Desenvolvida pela Embrapa Soja e Fundação Meridional, é do grupo de maturidade 6.1, com ciclo de 125 dias, e apresenta maior potencial produtivo em altitudes acima de 600m na macrorregião REC 201 dos estados de Paraná e São Paulo. Possui resistência ao cancro da haste, podridão radicular de Phytophthora, e pústula bacteriana e moderada resistência à mancha-olho-de rã. Também permite semeadura antecipada, viabilizando a semeadura do milho safrinha na melhor “janela” de plantio, na região em que a cultivar está indicada.

Soja BRS 2058 I2X

Desenvolvida pela Embrapa Soja e Fundação Meridional, com a tecnologia I2X, é do grupo de maturidade 5.8, com ciclo de 119 dias. Apresenta excelente rendimento e tem resistência ao cancro da haste, à podridão radicular de Phytophthora; à pústula bacteriana e moderada resistência à mancha-olho-de rã e ao nematoide de galhas M. javanica. Tem melhor desempenho em altitudes acima de 600 m. É indicada para o Rio Grande do Sul (REC 102 e 103), Santa Catarina (REC 102 e 103), Paraná (REC 102 e 103) e São Paulo (REC 103).

Feijão BRS FC422

A Embrapa Arroz e Feijão e parceiros lançam a cultivar de feijão carioca BRS FC422. Esta cultivar apresenta como destaque o elevado potencial produtivo aliada à moderada resistência à murcha de fusarium e antracnose, possibilitando também sua utilização em áreas antigas de cultivo sob pivô central. Esse lançamento está registrado para os estados de AL, BA, CE, ES, GO, MA, MG, MS, MT, PB, PE, PI, PR, RJ, RN, RS, SC, SE, SP, TO e o DF e será comercializado com exclusividade pelos parceiros sementeiros que auxiliaram no desenvolvimento deste produto.

Feijão BRS FP417

É uma cultivar de feijão-comum do grupo comercial preto que apresenta como destaques a reunião da resistência a várias doenças, apresentando ótimos níveis de resistência à antracnose e à murcha de fusário, e resistência intermediária ao crestamento bacteriano comum e à murcha de curtobacterium. Além disso, apresenta alta produtividade, excelente qualidade comercial de grãos, arquitetura ereta e resistência ao acamamento.

Curso Básico On-Line de Produção de Soja

A Embrapa Soja lança o Curso na plataforma E-CAMPO EMBRAPA, contendo as diretrizes sobre o cultivo da soja. Com uma linguagem objetiva, o curso possui cinco módulos que abordam temas como escolha de cultivares, preparo do solo, semeadura, controle de pragas e doenças, e colheita. Dirigido a produtores rurais, técnicos, estudantes, o curso tem o objetivo de capacitar os participantes, a partir de conhecimento sobre todas as etapas da produção da leguminosa, desde o planejamento da lavoura até a colheita do grão.

Parceria Embrapa e Coopavel

A Embrapa Soja e a Cooperativa Coopavel irão apresentar um inoculante para a cultura do milho com as estirpes CNPSo 2083 (=Ab-V5) e CNPSo 2084 (=Ab-V6) de Azospirillum brasilense em formulação inovadora. O objetivo é aumentar o potencial produtivo e ao mesmo tempo oferecer a possibilidade de diminuir o uso de nitrogênio químico em cobertura. O inoculante possibilita à planta o maior aproveitamento do nitrogênio proveniente do fertilizante, principalmente pela promoção do crescimento de raízes. Com isso, haverá impactos econômicos positivos para a cultura do milho, com menores custos com a adubação nitrogenada e, também, ambientais, contribuindo para a mitigação da emissão de gases de efeito estufa.

Vitrine de Tecnologias

A Embrapa irá apresentar 12 cultivares de soja, além de cultivares de feijão, variedades de mandioca e forrageiras. Também haverá a demonstração do impacto positivo do uso de inoculantes em grãos, forrageiras e em três tipos de consórcios. A ideia é demonstrar as boas práticas de inoculação e coinoculação no contexto do Programa Soja Baixo Carbono.

Outro destaque da Vitrine será a apresentação de uma viagem no tempo da cultura da soja, a partir da demonstração de 16 tipos de soja, desde a soja selvagem cultivada há quatro mil anos na China até as cultivares modernas. A proposta é mostrar a evolução deste grão, que acaba de completar 100 anos de introdução no Brasil e também celebrar os 50 anos da Embrapa Soja, em 2025.

Casa da Embrapa

A Embrapa irá apresentar tecnologias para produção sustentável, abordando temáticas como bioinsumos, manejo integrado de pragas e doenças na cultura da soja, genética avançada e os aplicativos “Restaura Mata Atlântica” e “Guia InNat”, para reconhecimento de inimigos naturais de pragas agrícolas. Na suinocultura, a Embrapa Suínos e Aves apresentará o Sistema de Gestão Ambiental da Suinocultura (SGAS) e o Sistema de Tratamento de Efluentes da Suinocultura (SISTRATES) para tratamento de dejetos suínos. Também estão destacadas as Tecnologias para Destinação de Animais Mortos (TEC DAM) e o Biogás.

Vitrine Tecnológica de Agroecologia

A Embrapa apresentará 23 cultivares de oito culturas (alface, berinjela, cenoura, ervilha, grão-de-bico, lentilha, pimenta e tomate) na Vitrine Tecnológica de Agroecológica, além de cultivares de soja, feijão, feijão caupi, girassol, mandioca, batata doce, gergelim, capins, adubos verdes e culturas de cobertura.

Fonte: Assessoria de Imprensa Embrapa. Foto: Arquivo Embrapa

Frutas,verduras,peixe e  grãos no mercado municipal. Fotos:Ari Dias/AEN

Previsão de safra indica 21,3 milhões de toneladas de soja e aumento na produção de feijão

A estiagem em grande parte do Estado foi prejudicial para a soja, que reduziu em 1 milhão de toneladas a previsão inicial do Deral. O feijão, cultivado mais ao sul, recebeu chuvas mais regulares e sofreu menos com calor, resultando em boa produtividade.

Os novos números da Previsão Subjetiva de Safra (PSS), divulgados nesta quinta-feira (30) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), mostram que o feijão pode ter produtividade acima da esperada e que a soja, principal produto agrícola do Estado, foi prejudicada pelas condições climáticas, sobretudo no período entre meados de dezembro e de janeiro.

A produção de soja foi reavaliada para 21,3 milhões de toneladas. Isso representa uma diferença de 4% em relação às 22,3 milhões de toneladas previstas inicialmente. Esse patamar ainda supera em 15% as 18,5 milhões de toneladas obtidas no ano passado.

“Houve uma mudança em relação às ótimas condições de lavoura apresentadas até meados de dezembro, quando ainda havia indicativo de que se pudesse estabelecer um novo recorde para a cultura”, comentou o agrônomo Carlos Hugo Godinho, do Deral.

De acordo com o levantamento feito pelos técnicos do Deral, já foram colhidos cerca de 18% dos 5,77 milhões de hectares. O trabalho se concentra nas regiões que tiveram mais problemas – Oeste, Noroeste e Centro-Oeste. No Núcleo Regional de Toledo, por exemplo, aproximadamente 84% da área já está colhida.

A produtividade média do Estado até o momento está em 134 sacas por alqueire (55 sacas por hectare). No entanto, a disparidade observada é grande mesmo em áreas próximas. “A evolução dos trabalhos deve trazer melhores resultados, especialmente na região Sul”, acredita Godinho. Espera-se que nessa região cheguem a 160 sacas por alqueire (66 por hectare).

Os recuos dos preços também preocupam os produtores. Mesmo com valorização nos preços internacionais, a correção cambial e a entrada da nova safra pressionam a cotação interna. Em 19 de dezembro do ano passado o preço de balcão da saca era de R$ 127,57 em média. Na última quarta-feira (29) estava em R$ 117,83, recuo de 8%.

Feijão

O feijão de primeira safra está praticamente todo colhido no Paraná, com estimativa de produção em alta. Provavelmente serão retiradas 341,7 mil toneladas dos 169,2 mil hectares semeados nesta safra. No ano passado foram cultivados 107,8 mil hectares, com produção de 160,4 mil toneladas.
Ainda que tivessem sido observados problemas pontuais nesta safra, conhecida como “das águas”, a produtividade da região Sul, que concentra 74% do plantio, se destacou com chuvas um pouco mais regulares e temperaturas mais amenas. O destaque ficou com a região dos Campos Gerais, onde a produtividade foi de 2.378 quilos por hectare.

“Esse valor foi atingido em função de investimento em tecnologia aliada a uma condição climática excepcional, tendo em vista o ciclo curto da cultura”, ponderou Carlos Hugo Godinho. A produtividade média paranaense neste período é de 2.020 quilos por hectare.
No entanto, a grande oferta momentânea reflete no preço pago ao produtor. Essa situação pode levar alguns produtores a recuarem na intenção do plantio da segunda safra de feijão, conhecida como “da seca”. Cerca de 25% dos 365,8 mil hectares previstos já estão semeados. As lavouras têm bom desenvolvimento, com estimativa de produzir 666,8 mil toneladas.

Milho

A colheita da primeira safra do produto está iniciando agora, com estimativa de terem sido retirados apenas 5% dos 260,7 mil hectares plantados. A condição do produto é boa para 93% das lavouras. “A produtividade é um pouquinho melhor nas regiões em que teve chuva e a expectativa é que melhore mais”, disse Godinho.

A segunda safra, que deve cobrir mais de 2,5 milhões de hectares, tem apenas 9% de plantio efetivado. O retorno das chuvas em várias regiões do Paraná tende a beneficiar essa cultura e resultar em uma colheita superior a 15,5 milhões de toneladas.

Cebola

A safra de cebola 2024/25 está encerrada no Paraná. Foram colhidas 131,7 mil toneladas, volume 51,8% superior às 88,8 mil toneladas do ciclo anterior. “O tempo seco na virada do ano contribuiu para a evolução rápida das colheitas já em janeiro, o que tinha sido observado somente em duas outras safras na década passada”, analisou o engenheiro agrônomo Paulo Andrade, do Deral.

A maior parte (47,6%) saiu dos campos de Guarapuava, seguida por Curitiba (26,1%) e Irati (17%), que são responsáveis por 90,8% da cebola colocada no mercado paranaense. Até a última semana os produtores já tinham comercializado cerca de 92,5 mil toneladas.

O negativo é o preço recebido pelo produtor. Em dezembro de 2023 a cotação estava em R$ 59,06 a saca de 20 quilos. No último mês, pela mesma saca, eram pagos R$ 18,99. “O excesso de cebolas na atual safra em todo o País contribuiu para os preços baixos em todos os elos da cadeia”, registrou o agrônomo do Deral.

Batata

A batata de primeira safra está com cerca de 83% da área de 17 mil hectares colhida, com boa qualidade de produto. Dos nove núcleos regionais que plantam essa cultura, cinco já terminaram a colheita. “Mesmo com o período de seca, pela natureza do produto, 95% das lavouras estão em boas condições a campo”, comentou Paulo Andrade.

A segunda safra de batata ultrapassa os 52% de plantio nos 11,2 mil hectares, e nada foi colhido ainda. Da mesma forma, as lavouras têm se comportado bem em pelo menos 93% das áreas. A expectativa é que as duas safras somadas resultem em 900 mil toneladas de batatas no Estado.

Fonte: AEN Foto: Ari Dias/AEN