trigo-na-australia

Mercado de trigo segue pressionado no Sul

O mercado de trigo apresentou oscilações regionais nesta semana, com destaque para a estabilidade dos preços no Rio Grande do Sul e quedas mais acentuadas em Santa Catarina e Paraná. Segundo a TF Agroeconômica, a oferta segue elevada, mas a demanda está retraída, em meio à chegada de trigo argentino e à pressão de preços internacionais.

No Rio Grande do Sul, o mercado disponível segue parado, com moinhos cobertos e preços estáveis, mesmo diante de muitos lotes de safra nova ofertados a R$ 1.100. Os preços de exportação para dezembro recuaram para R$ 1.180,00, com possibilidade de deságio de até 20% para trigo de ração. Além disso, a chegada de 30 mil toneladas de trigo argentino ao porto de Rio Grande deve ampliar a pressão sobre os preços locais, que já registram queda no preço da pedra em Panambi, a R$ 68,00/saca.

Em Santa Catarina, os preços pagos aos produtores recuaram entre R$ 1,00 e R$ 9,00/saca em diferentes praças, com destaque para Canoinhas (R$ 69,33/saca) e São Miguel do Oeste (R$ 67,00/saca). O mercado segue parado, sem ofertas significativas de trigo local, e compradores recorrem a lotes de São Paulo e do Cerrado. Já no Paraná, a queda de 0,78% em três dias úteis tornou o trigo importado mais atrativo frente ao gaúcho. O cereal paraguaio foi ofertado entre US$ 230 e US$ 245 posto Oeste do PR, enquanto o argentino nacionalizado chegou a US$ 269 no Porto.

Os preços pagos aos produtores paranaenses recuaram 3,56% na semana, para R$ 68,00/saca, abaixo do custo de produção estimado pelo Deral em R$ 74,63/saca. Isso reforça o prejuízo atual, ainda que no mercado futuro já tenham ocorrido oportunidades de rentabilidade de até 32,1%, evidenciando a importância da estratégia de venda antecipada para mitigar perdas.

Fonte: Agrolink Foto: Divulgação

idr.jpr-e1758763184722-850x560

IDR-PR abre processo seletivo para profissionais no Paraná

Um processo seletivo foi aberto pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), para a contratação de 173 profissionais. As vagas abrangem as áreas de administração, agronomia, medicina veterinária, engenharia florestal, serviço social, zootecnia e engenharia de alimentos, além de técnicos em agrícola ou agropecuária e pesquisadores com doutorado.

Os contratos têm duração de um ano, que podem ser prorrogados por outros doze meses. Os salários variam de R$ 4 mil a R$ 9 mil. De acordo com o IDR-PR, após o processo seletivo, vai ser possível reabrir todas as unidades municipais de extensão rural do Estado, além de reforçar a pesquisa.

O candidato deve ser brasileiro nato ou naturalizado, ter 18 anos, no mínimo; possuir Carteira Nacional de Habilitação regular, em categoria no mínimo “B”; ter registro profissional no órgão de classe, de acordo com a profissão exigida e cumprir as determinações do edital.

O candidato deverá selecionar a vaga e indicar o Polo de Pesquisa, Escritório Regional ou Sede ao qual deseja concorrer. O processo seletivo consistirá em prova de títulos referente à formação acadêmica, aperfeiçoamento e capacitação profissional ou produção acadêmica, bem como experiência profissional, de caráter classificatório, sob a responsabilidade da autarquia.

As inscrições serão realizadas do dia 04 a 14 de outubro, pelo site www.eprotocolo.pr.gov.br. Não há custo para o candidato.

Fonte e Foto: Band News

79397df5288343be98bceab101d8a832_858x483

Fatores externos mexem na soja

A retirada das retenciones na Argentina, segundo a TF Agroeconômica, pressiona o mercado da soja no Rio Grande do Sul, segundo informações da TF Agroeconômica. “Nas cotações reportadas para pagamento em meados de outubro, com entrega entre setembro e outubro, o preço no porto ficou em torno de 134,50 (-4,6%), enquanto no interior os valores caíram em diferentes praças, como Cruz Alta, Passo Fundo e Santa Rosa/São Luiz, todas próximas de 130,00 (-2,99%). Em Panambi, os preços de pedra caíram menos que os lotes, recuando de 122,00 para 119,00 no mesmo período”, comenta.

Santa Catarina mantém estabilidade no mercado de soja em período de entressafra. “O mercado de soja também tomou uma dura queda em especial no porto onde as cotações recuaram na base de 3,3%, perdendo o território de R$ 140,00. No porto de São Francisco, a saca de soja é cotada a R$ 135,57 (-3,36%)”, completa.

O Paraná acelera o plantio e mantém cautela na comercialização da soja. “Em Paranaguá, o preço chegou R$ 137,39 (-3,40%). Em Cascavel, o preço foi 126,56 (-0,53%). Em Maringá, o preço foi de R$ 126,97 (-0,90%). Em Ponta Grossa o preço foi a R$ 127,99 (-0,94%) por saca FOB, Pato Branco o preço foi R$ 137,57 (-1,17%). No balcão, os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 120,00”, indica.

Mato Grosso do Sul reforça resiliência com a soja e segue em lenta comercialização. “O protagonismo do grão consolida o estado como um dos polos estratégicos do agronegócio, sustentando o fluxo de divisas e reforçando sua importância no mercado internacional. Em Dourados, o spot da soja ficou em R$ 122,64 (-1,51%), Campo Grande em R$ 122,64 (-0,75%), Maracaju em R$ 122,64 (-2,25%), Chapadão do Sul a R$ 122,64 (+1,71%), Sidrolândia a em R$ 122,64 (-1,51%)”, informa.

Já o Mato Grosso enfrenta desafios climáticos no início do plantio. “No campo da comercialização, a estratégia predominante continua sendo a venda antecipada, medida adotada para reduzir riscos diante da volatilidade dos preços internos e externos. Campo Verde: R$ 122,26 (-0,67%). Lucas do Rio Verde: R$ 117,19 (-1,75%), Nova Mutum: R$

117,19 (-1,75%). Primavera do Leste: R$ 122,26 (-0,43%). Rondonópolis: R$ 122,26 (-0,43%). Sorriso: R$ 117,19 (-2,56%)”, conclui.

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems Foto: Alabama Extension

soja_6.jun_-scaled-1-1-1024x683

Avanços no melhoramento genético impulsionam a soja brasileira e preparam novos caminhos de produção

A ciência e a tecnologia têm desempenhado papel fundamental no avanço da agricultura brasileira, especialmente na produção de soja. Mas, esse desenvolvimento produtivo não ocorreu de forma repentina, mas sim por meio de uma sequência de inovações e pelo melhoramento genético, que foi essencial para desenvolver cultivares mais adaptadas às condições climáticas, pragas e doenças, em diferentes regiões do Brasil.

Práticas como calagem, gessagem, melhorias na adubação e o plantio direto abriram caminho para um grande salto no plantio de soja, e o melhoramento genético foi decisivo para encurtar ciclos.

Ao falar sobre o melhoramento genético, vale destacar a ampla adoção das biotecnologias, já presentes em até 90% das lavouras brasileiras, que conferem resistência a nematóides e doenças, fortalecem o plantio direto, pois proporcionam mudanças no hábito de crescimento das plantas, que estão se tornando cada vez mais tolerantes.

Com o propósito de elevar a produtividade da soja com eficiência e agilidade, impulsionando o desenvolvimento de sementes mais vigorosas e adaptadas às demandas do futuro, a Latitude Genética trabalha com o desenvolvimento de novos cultivares a partir da observação constante das necessidades dos próprios produtores rurais. “O programa de melhoramento genético da Latitude leva em conta o ciclo, a biotecnologia, o porte das plantas, a resistência a nematóides e a adaptação às diferentes regiões do Brasil. O processo, que leva anos, é baseado em cruzamentos, ciclos de seleção e testes em várias localidades para garantir sempre materiais de alto potencial produtivo”, explicou o gerente de melhoramento da Latitude Genética, Ciro Humberto Almeida Alvares.

Investimos sempre em pesquisa e tecnologia, a Latitude conta com cerca de 3 mil combinações anuais e um crescente número de progênies testadas, e 7 cultivares de soja com melhor rendimento. Entre os destaques mais atuais da empresa estão os cultivares Tupi (grupo de maturação 6,8), com alta produtividade e resistência moderada ao nematoide de galha, e o Insana (grupo de maturação 7,6) com ampla adaptação do Goiás ao Oeste da Bahia irrigado, que tem apresentado ótimos resultados.

Ciro destaca que a semente não é apenas um insumo, mas sim um pacote tecnológico que carrega anos de pesquisa, e cada região tem problemas específicos, por isso a necessidade de entregar materiais cada vez mais produtivos, resistentes e adaptados.

Atualmente, o Brasil é líder mundial em produção e exportação de soja, já que possui vantagens únicas em expansão de área e aumento de produtividade. “Olhando para o futuro, as inovações devem estar ligadas ao aumento produtivo e ao desenvolvimento de cultivares de ciclo mais curto. Tecnologias que trazem resistência a novos herbicidas, como glufosinato de amônia, dicamba e mesotriona, devem chegar ao mercado nos próximos anos. A previsão é que, até 2028 ou 2029, também estejam disponíveis sojas com resistência a nematóides de cisto e pratylenchus, além de cultivares tolerantes à seca. Investir em genética, tecnologia e pesquisa de campo é essencial para garantir maior produtividade e sustentabilidade na lavoura”, completou o gerente de melhoramento da Latitude.

Entre em contato com a Latitude Genética

Presente nas regiões estratégicas dos estados do Maranhão, Piauí, Tocantins, Bahia e Pará, e expandindo ainda mais sua atuação em Mato Grosso e Goiás, a Latitude Genética é uma empresa inovadora no campo da genética de sementes, especializada em cultivares adaptadas ao cerrado. Com o objetivo de impulsionar o crescimento e a produtividade agrícola, sempre investindo em pesquisa e tecnologia para desenvolver soluções que potencializam o desempenho das culturas, tornando-as mais vigorosas, produtivas e resistentes a desafios climáticos e fitossanitários.

Quer saber mais sobre os cultivares da Latitude? Clique aqui.

Fonte: Latitude Foto: Divulgação

68d1b8b062eab

Exportações de milho em setembro avançam, mas ainda não reduzem estoques brasileiros

As exportações brasileiras de milho registram crescimento em setembro de 2025 em relação ao mesmo período do ano passado, mas permanecem abaixo do necessário para reduzir o excedente de estoque no país. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), até agora foram embarcadas 4.730.645,5 toneladas de milho não moído (exceto milho doce), o que representa 73,66% do total exportado em setembro de 2024, quando o volume somou 6.421.949,9 toneladas.

A média diária de embarques nos 15 primeiros dias úteis do mês atingiu 315.376,4 toneladas, ligeiramente acima da média registrada em setembro do ano passado (305.807,1 toneladas/dia útil).

Preços baixos limitam ritmo das exportações

Para o analista Roberto Carlos Rafael, da Germinar Corretora, o avanço das exportações ainda é lento devido aos preços pouco competitivos pagos nos portos, que desestimulam produtores e mantêm o mercado interno mais lateralizado.

“Hoje a exportação ocorre em torno de R$ 65,00 a R$ 66,00 por saca no porto. Algumas empresas já não estão comprando para outubro, apenas para novembro. O Brasil perde atratividade frente à Argentina e aos Estados Unidos, que avançam nas exportações e ocupam espaço que poderia ser do milho nacional”, explica Rafael.

Ele alerta que, diante desse cenário, o país deve exportar cerca de 40 milhões de toneladas em 2025, enquanto o necessário para reduzir o excedente é algo próximo de 55 milhões de toneladas.

Receita das exportações cresce, preço médio sobe

No faturamento, o país acumulou US$ 937,143 milhões em setembro até o momento, abaixo dos US$ 1,249 bilhão registrados no mês completo de 2024. A média diária de receita avançou 5%, passando de US$ 59,507 milhões para US$ 62,476 milhões por dia útil.

O preço médio por tonelada também apresentou alta de 1,8%, saindo de US$ 194,60 em setembro de 2024 para US$ 198,10 neste mês.

Fonte: Portal do Agronegócio Foto: APPA – Paranaguá

9e5761b5-270a-4070-899f-d302d617d8ef

Desembolso rural do primeiro bimestre do Plano Safra 2025/2026

O desempenho do crédito rural em julho, excluindo o Pronaf, registrou queda de 8% em relação ao mesmo período da safra anterior. Foram contratados e concedidos R$ 39,5 bilhões, contra R$ 42,8 bilhões no mesmo mês do ciclo passado. No entanto, ao se considerar também os valores já contratados, mas ainda não liberados, o total alcança R$ 49,58 bilhões, o que representa um crescimento de 15,76%. Como os valores são registrados não no momento da contratação, mas quando são concedidos, ou seja, liberados, e existe um prazo de até 360 dias para que a liberação ocorra, a comparação com a safra anterior se torna mais realista, pois ela já contabiliza a totalidade dos recursos contratados.

É importante explicar a estrutura de alocação dos recursos no Plano Safra, em especial a distinção entre fontes controladas e livres, sendo estas últimas exemplificadas pelas Cédulas de Produto Rural (CPR).

Do total de R$ 516 bilhões anunciados para o Plano Safra 2025/2026, R$ 174,6* bilhões (34%) são recursos controlados, com taxas de juros fixas e pré-definidas. Eles incluem: os Recursos Obrigatórios oriundos de depósitos à vista (MCR 6-2), os Fundos Constitucionais de Financiamento (FCO, FNO e FNE), o Funcafé e os recursos equalizados. Estes últimos têm como origem a poupança rural, as LCAs, o FAT, recursos ordinários do BNDES e os próprios das instituições financeiras.

A programação de recursos equalizados para médios e grandes produtores é de R$ 113,8 bilhões, sendo R$ 64,25 bilhões destinados ao custeio e R$ 49,53 bilhões ao investimento. Como a equalização consiste no pagamento, pelo Tesouro Nacional, da diferença entre o custo da fonte e a taxa de juros final ao mutuário, esse volume é viabilizado por R$ 3,9 bilhões previstos em subvenção.

Os recursos livres, por sua vez, dividem-se em duas categorias: direcionados e sem direcionamento. Os direcionados correspondem a valores que, por norma, devem ser aplicados no crédito rural, mas com taxas livres. É o caso da poupança rural (70% da captação) e das LCAs (60% das emissões), que podem ser aplicadas em operações de custeio, investimento, comercialização e industrialização, ou na aquisição de CPRs emitidas por produtores. Já os recursos livres, sem direcionamento, possuem encargos financeiros mais próximos dos praticado pelo mercado de crédito tradicional.

Na composição do Plano Safra 2025/2026, os recursos livres direcionados somam R$ 300 bilhões, enquanto os sem direcionamento chegam a R$ 27 bilhões, o que corresponde a apenas 8% do total de recursos livres. Ressalte-se que os direcionados, possuem OBRIGAÇÃO NORMATIVA de aplicação, sob pena de cobrança de custo financeiro por Deficiência no Cumprimento das Exigibilidades (vide Manual de Crédito Rural, capítulo 6, seção 5) e, portanto, costumam apresentar encargos financeiros mais baixos em relação aos livres sem vinculação.

O planejamento para financiamentos via CPR no ciclo atual totaliza R$ 188,53 bilhões. Desse montante, R$ 179,43 bilhões correspondem à aquisição, por instituições financeiras, de CPRs contabilizadas para cumprimento das exigibilidades das LCAs, enquanto R$ 9,1 bilhões são destinados ao cumprimento das exigibilidades da poupança rural.

O desempenho do primeiro mês da safra, por si só, não define a trajetória do crédito rural ao longo do período. Condições conjunturais, como preços de produtos e insumos ou fatores climáticos, podem influenciar a procura por crédito e o tempo de decisão do produtor.

No acumulado provisório de julho e agosto de 2025, foram concedidos R$ 81,11 bilhões: R$ 33,72 bilhões em custeio, R$ 4,48 bilhões em investimento, R$ 4,36 bilhões em comercialização, R$ 5,36 bilhões em industrialização e R$ 33,19 bilhões em emissões de CPR. Ao considerar também os valores contratados e ainda não liberados, o total pode alcançar R$ 99,08 bilhões, praticamente em linha com os R$ 100,81 bilhões do mesmo período de 2024/2025, o que representa uma redução de apenas 1,75%.

Atualmente, 25 instituições financeiras operam recursos equalizáveis, incluindo o BNDES, que atua com todas elas e com aquelas que não possuem linhas próprias de equalização. Isso garante maior pulverização dos financiamentos e amplia a chance de contratação em programas com forte demanda, como o Moderfrota, o Proirriga, o Renovagro, o Inovagro e o PCA, mesmo quando há escassez em algum banco específico.

Fonte: MAPA Foto: Divulgação

2023062808060_6ce49fde7ead79f08b8b4c8d1124db00277920763d556bf0d2bb93832e4c463f

Brasil importa fertilizantes recorde, mas enfrenta desafios

O Brasil está importando a maior quantidade de fertilizantes de sua história, segundo Jeferson Souza, analista de inteligência de mercado. Embora os volumes totais aumentem, grande parte são produtos menos concentrados, como sulfato de amônio, SSP, TSP e NP, enquanto Ureia e map registram queda ano a ano, mostrando que quantidade de produto e quantidade de nutriente são métricas distintas.

A logística nacional, porém, tem gerado preocupação. Nos últimos meses, portos como Paranaguá registraram filas de navios carregados com fertilizantes, com tempo médio de espera chegando a 35 dias e casos extremos de até 50 dias. Esse atraso provoca custos adicionais para importadores, conhecidos como “demurrage”, elevando o preço final do produto no país.

O aumento dos fretes rodoviários nas últimas semanas também impacta a internalização dos fertilizantes. Para especialistas, ter oferta disponível é positivo, mas infraestrutura e logística determinam se o mercado consegue absorver esses volumes sem onerar importadores e consumidores.

No mercado futuro, as cotações para 2026/27 seguem altas em Mato Grosso, mas a recente queda nos preços da soja pode limitar parte da demanda interna. Assim, a análise dos preços CFR precisa considerar o comportamento logístico e seus reflexos nos custos domésticos, especialmente em programas de compras tardias.

“Claro que esse tempo varia de acordo com o berço e também com o navio, mas a média de espera está acima de 30 dias. Há casos mais críticos, como um navio de sulfato de amônio que já está há 50 dias aguardando no porto. Tudo isso implica em custos que oneram o importador, a chamada ‘demurrage’”, conclui.

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems Foto: Divulgação

dji202507301028000006dcopiar-850x560 (1)

Paranaguá lidera exportação de soja e amplia volume de farelo e proteínas animais

O Porto de Paranaguá liderou as exportações de soja em todo o Brasil no mês de agosto, com um volume de 2 milhões de toneladas, alcançando a cifra de US$ 845,9 milhões FOB – valor correspondente ao preço do produto no ponto de embarque. A marca representa 21,7% de todo o volume exportado pelo país no mesmo período.

De janeiro a agosto de 2025, foram embarcadas no Porto de Paranaguá 11,3 milhões de toneladas de soja, que correspondem a US$ 4,5 bilhões FOB. Esse valor supera em US$ 1,2 bilhão o total exportado pelos produtores paranaenses, de acordo com os dados divulgados na última semana pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).

A diferença se deve ao fato de que o Porto de Paranaguá também realizar a operação do produto proveniente de outros estados. “É uma clara demonstração de que estamos prontos para atender toda a nossa hinterlândia, que corresponde ao Paraná e partes de Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás”, ressalta o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

O principal destino da soja exportada no período foi a China, que representou mais de 90% da demanda. Em seguida aparecem a Tailândia (2,2%) e o Iraque (1,6%).

Apesar de um terço do mês ter sido marcado por chuvas, que paralisaram as operações, o Porto de Paranaguá movimentou 7 milhões de toneladas em agosto, maior quantidade registrada para o mês na média histórica.

Segundo o diretor de Operações Portuárias, Gabriel Vieira, mesmo com a ampliação dos embarques de grãos, as embarcações não ficam em filas para atracar. “Nosso corredor de exportação não enfrenta um dia de fila além do necessário para os trâmites de liberação e do processo de atracação”, destaca.

Liderança na exportação de proteína animal

Ao longo do mês, outra commodity de destaque foi o frango congelado, com 185,5 mil toneladas movimentadas, o que corresponde a 49,6% da exportação nacional – praticamente metade de todo o volume brasileiro. A principal origem do produto exportado são os estados do Paraná e parte de Santa Catarina.

No acumulado de 2025, já foram exportadas via Paranaguá 1,7 milhão de toneladas de frango. Isso representa 44,4% de toda a exportação nacional, consolidando o porto como maior corredor de exportação de frango do mundo. Em valor FOB, foram mais de US$ 2,4 bilhões referentes ao produto enviado para o exterior.

Farelo de soja

Outro produto que vem ganhando cada vez mais espaço é o farelo de soja. As exportações registradas pelo Porto de Paranaguá representam 29,1% da movimentação nacional, segundo maior volume do Brasil, com 4,5 milhões de toneladas embarcadas em 2025. Somente em agosto, foram movimentadas 508 mil toneladas.

Os principais destinos foram Países Baixos (Holanda), França, Coreia do Sul, Espanha, Indonésia e Alemanha. Neste oitavo mês do ano, a França liderou as importações de farelo.

Fonte e Foto: AEN

Drone_abre

Sistema FAEP lança cartilha sobre uso de drone de pulverização

Os drones estão cada vez mais presentes nas atividades agropecuárias. Esses equipamentos, que no início realizavam serviços como georreferenciamento, monitoramento e análise por imagens, hoje podem embarcar produtos agroquímicos para efetuar pulverizações em campo, possibilitando mais economia e segurança para os produtores rurais. Essas funcionalidades, no entanto, demandam cuidado adicional, uma vez que as aeronaves destinadas à pulverização são maiores e mais pesadas.

Para orientar os agricultores sobre o uso destes equipamentos, o Sistema FAEP desenvolveu a cartilha “Drones na lavoura – guia completo para pulverização agrícola”. O material traz as informações necessárias para o uso dos drones de pulverização com responsabilidade, segurança e em conformidade com as normas legais.

Mais do que isso, o material permite que o leitor tome a melhor decisão sobre o uso de drones de pulverização/aplicação na sua propriedade: contratar serviço especializado ou adquirir o próprio equipamento? Ambas as alternativas têm vantagens. Por isso, a decisão depende da análise cuidadosa da realidade de cada propriedade, considerando as necessidades e a disposição para gerenciar os aspectos técnicos e legais dessa atividade.

Uma vez que o produtor decidiu o caminho, a cartilha traz um guia detalhado para orientar cada tipo de operação, com um checklist que deve ser observado tanto para contratação de terceiros quanto para a operação do próprio equipamento. O material informativo também destaca orientações sobre boas práticas que devem ser adotadas para garantir uma aplicação eficaz, segura para o operador, meio ambiente e culturas vizinhas.

Outro tema importante abordado é a legislação vigente. Para operar drones é necessário registro na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e cadastro no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Para facilitar a consulta e o acesso aos órgãos e entidades ligados a atividade com drones de pulverização, a cartilha tem uma seção com contatos que podem ajudar o produtor rural a se manter atualizado em relação à legislação pertinente.

Além do corpo técnico do Sistema FAEP, o conteúdo da cartilha teve participação de especialistas do Mapa, da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar) e da Federação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná (FEAPR).

Curso na área de drones

O Sistema FAEP também oferece o curso “Operação de Drones”, com carga horária de 24h. Para mais informações e inscrições, procure o sindicato rural mais próximo.

Fonte e Foto: FAEP

whatsapp_image_2023-11-28_at_10.48.59

Produtores já podem se inscrever para o concurso Café Qualidade Paraná 2025

Produtores interessados em participar da 23ª edição do Concurso Café Qualidade Paraná já podem se inscrever, gratuitamente, até o dia 30 de setembro, em qualquer unidade municipal do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater). O certame é aberto a proprietários, meeiros, arrendatários e parceiros, que podem inscrever apenas um lote. É possível concorrer nas categorias natural (via seca, em que os grãos são secados inteiros) ou cereja descascado (via úmida, que retira a polpa antes da secagem).

Os lotes devem ter uma saca (60 kg) de café beneficiado, com peneira 16 ou superior, umidade inferior a 11,5% e, no máximo, 12 defeitos.

Os cafés inscritos são avaliados em duas etapas: a primeira analisa características físicas conforme a COB (Classificação Oficial Brasileira), para identificação de grãos quebrados, ardidos ou danificados por insetos. A segunda etapa é a prova de xícara, conduzida segundo o protocolo da Associação de Cafés Especiais (SCA, na sigla em inglês) que avalia aroma, sabor, acidez, doçura, corpo, equilíbrio e retrogosto.

Os cinco primeiros colocados em cada categoria terão seus lotes adquiridos com base na cotação da B3 (Bolsa de Valores do Brasil) do dia anterior ao encerramento do concurso, acrescida de um ágio mínimo de 50%. O anúncio dos vencedores feito durante a cerimônia de encerramento, marcada para o dia 25 de novembro, em Curitiba.

O regulamento completo está disponível no site www.cafequalidadeparana.com.br.

Realização

O Concurso Café Qualidade Paraná é uma realização da Câmara Setorial do Café do Estado do Paraná, IDR-Paraná e Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

Patrocínio

A edição 2025 conta com o apoio financeiro da Bratac Seda, BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul), Ceal (Clube de Engenharia e Arquitetura de Londrina), Ceasa (Centrais de Abastecimento do Paraná), Crea-PR (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia), Faep (Federação de Agricultura do Paraná), Fetaep (Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná), Grupo Dois Irmãos, Integrada Cooperativa Agroindustrial, Ocepar (Organização das Cooperativas do Paraná), Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), Sicredi (Sistema de Crédito Cooperativo) e Sociedade Rural do Paraná (SRP).

Serviço:

23º Concurso Café Qualidade Paraná

Inscrições: até 30 de setembro

Local: escritórios municipais do IDR-Paraná

Informações: www.cafequalidadeparana.com.br

Fonte: AEN Foto: IDR-PARANÁ