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Com dados de campo, USDA de setembro deve trazer safras menores de soja e milho nos EUA

O boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) de setembro é um dos mais aguardados e importantes do ano e depois do cenário climático adverso enfrentado pelas lavouras norte-americanas durante o mês de agosto, os números atualizados são aguardados com ainda mais ansiedade. As safras 2023/24 de soja e milho do país, segundo os especialistas, deverão se concluir abaixo da média, mas não configurando uma “quebra trágica”.

Assim, os dados atualizados que chegam às 13h (horário de Brasília) desta terça-feira, dia 12, são os primeiros a chegarem com dados de campo, efetivamente, e devem mexer com o mercado. “Há ainda chances de vermos ajustes nos números de áreas da soja e do milho”, afirma Todd Hultman, analista líder do portal DTN The Progressive Farmer. “Como o clima de plantio foi geralmente favorável em 2023, quaisquer alterações na terça-feira provavelmente serão pequenas”.

É consenso, todavia, que o departamento deverá trazer números menores em relação aos apresentados em agosto para a produtividade e produção das duas culturas no país.

Soja

A média das expectativas do mercado para a produção de soja norte-americana é de 122,65 milhões de toneladas, contra 114,4 milhões do reporte anterior. O intervalo varia de 110,39 e 114,8 milhões e, no ano passado, os EUA colheram 116,37 milhões de toneladas da oleaginosa.

A produtividade esperada é de 56,04 sacas por hectare, em um intervalo de 54,91 a 57,16 scs/ha. Há um mês, o rendimento da soja veio estimado em 57,04 sacas e há um ano, foi de 55,48 sacas por hectare.

Assim, as projeções do mercado para os estoques finais de soja no país são de 6,4 a 7,3 milhões de toneladas. A média esperada é de 6,97 milhões, menor do que as 7,08 milhões estimadas em agosto.

Milho

O intervalo de expectativas do mercado para a produção de milho dos Estados Unidos é de 374,98 a 384,20 milhões de toneladas, com média de 380,87 milhões. No mês passado, o reporte estimou uma produção de 383,84 milhões de toneladas e, na safra 2022/23, o número foi de 348,70 milhões.

As projeções para o rendimento do cereal americano têm média esperada de 181,28 sacas por hectare, dentro de um intervalo de 178,88 a 183,06 scs/ha. O USDA estimava, em agosto, 183,16 sacas por hectare e os EUA finalizaram a última temporada com 181,28.

Sobre os estoques finais, a expectativa média do mercado é de 37,06 milhões de toneladas, contra 37,01 milhões de agosto. O intervalo esperado é de 34,22 a 38,91 milhões de toneladas.

Safra 2023/24

Para os estoques finais globais de soja 2023/24, o intervalo das expectativas do mercado é de 116,4 a 120,8 milhões de toneladas, com média de 118,5 milhões. A média, se confirmada, também poderá ser menor do que o número de agosto, de 119,4 milhões.

Já no milho, a média das expectativas é de 310,3 milhões de toneladas, também menor do que o número do reporte anterior, de 311,1 milhões. As projeções variam de 305 a 313,8 milhões de toneladas.

O mercado espera entre 261 e 267,9 milhões de toneladas para os estoques finais mundiais de trigo, com média de 265 milhões. Em agosto, o USDA estimou 265,6 milhões.

Safra 2022/23

Para a safra 2022/23, as expectativas do mercado para os estoques finais mundiais de soja são de 102 a 103,5 milhões de toneladas, com média de 103 milhões. No boletim anterior, o número veio em 103,1 milhões.

Os traders esperam ainda entre 267,9 e 298,5 milhões de toneladas no caso do milho, com a média das expectativas ficando em 294,9 milhões. Em agosto, o número foi de 297,9 milhões.

Para o trigo, o mercado tem projeções de estoques finais 22/23 de 261 a 267,9 milhões de toneladas, com média de 265 milhões. No reporte anterior, foram estimadas 265,6 milhões.

Fonte: Notícias Agrícolas/Carla Mendes Foto: Divulgação

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Valor Bruto da Produção deve atingir R$ 1,14 trilhão em 2023

As estimativas do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP), obtidas com base nas informações de agosto, resultaram em R$ 1,142 trilhão para este ano. O valor é 2,4% maior em relação ao obtido em 2022, que foi de R$ 1,115 trilhão.

As lavouras, com crescimento de 4,2%, tiveram um faturamento de R$ 804,3 bilhões, e a pecuária, com retração de 1,6%, apresenta um faturamento de R$ 338,3 bilhões.

A safra recorde de grãos deste ano, os preços agrícolas e as exportações são os principais fatores responsáveis por esses resultados.

Diversos produtos apresentaram desempenho favorável neste ano.

Conforme análise do coordenador geral de Planos e Cenários da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária, José Garcia Gasques, esse resultado se deve, especialmente, aos preços e ao volume produzido.

Entre esses produtos, encontram-se amendoim, com aumento real de 11,7% no VBP, arroz 11,6%, banana 16,9%, cacau 13,1%, cana de açúcar 13%, feijão 7,3%, laranja 27,2%, mandioca 40,3%, soja, 3,0%, milho 1,1%, tomate 17,3% e uva 9,7%.

“Vários produtos desta relação apresentam neste ano, recordes do VBP em uma série de mais de 30 anos de cálculo. Entre esses estão, amendoim, cana-de-açúcar, feijão, laranja, mandioca, milho, tomate e outros”, registra Gasques.

Poucos produtos trazem contribuição negativa ao crescimento do VBP.

Estão incluídos, algodão, batata-inglesa, mamona e trigo, que têm passado por um período de preços reais em decréscimo. Estes são acompanhados pela retração da carne de frango e carne bovina, ambas apresentando forte retração do VBP em relação ao ano anterior. Por outro lado, na pecuária, os suínos, leite e ovos, têm tido desempenho bastante favorável.

Cinco produtos, que respondem por 81,7% do VBP das lavouras, apresentam melhor desempenho, são eles a soja, milho, cana-de-açúcar, café e algodão.

Outra observação salientada pelo coordenador, é que as exportações mostram-se favoráveis, tendo sido gerada uma receita da ordem de US$ 97,12 bilhões nessa metade do ano.

Finalmente, os resultados regionais mostram a liderança de Mato Grosso, seguido por Paraná, São Paulo e Minas Gerais. Estes geram um faturamento de R$ 588,7 bilhões, que corresponde a 51,5% do VBP do país.

Fonte: Canal Rural Foto: Divulgação

31.09.2021 - Plantação de trigo, região de Tibagi/Pr
Foto Gilson Abreu/AEN

Boletim analisa alterações de preço do trigo no Paraná; colheita já alcançou 26%

O preço da saca de trigo tem caído desde o ano passado, principalmente em razão da possibilidade de a safra deste ano superar o recorde estabelecido em 2022 no País. Há um ano a saca de 60 quilos custava R$ 98,00 na maioria das praças do Paraná. Nesta quarta-feira (06) foi cotada a R$ 52,00, o que representa 47% a menos que em 2022 e 21% inferior aos R$ 66,00 do início do mês passado.

A análise sobre esse produto e outros do agronegócio paranaense está no Boletim de Conjuntura Agropecuária, referente à semana de 1º a 6 de setembro. O documento é preparado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab).

A previsão é que sejam produzidas 200 mil toneladas a mais que as 10,5 milhões de toneladas do ano passado no Estado.

O Paraná e o Rio Grande do Sul continuam como estados mais representativos na triticultura, concentrando aproximadamente 85% da produção nacional. A colheita no Estado alcançou 26% da área de 1,4 milhão de hectares e se desenvolve bem. Os gaúchos devem começar muito em breve os trabalhos. A maior preocupação é com futuras chuvas, além dos danos que elas já causaram nos últimos dias.

Feijão, milho e batata

O plantio da primeira safra 2023/24 de feijão iniciou, com vistas a ocupar 112 mil hectares, o que representa redução de 4% em relação aos 116 mil hectares do ciclo anterior. A produção, entretanto, deve ter aumento de 8%, ficando em 216 mil toneladas contra 199 mil retiradas em 2022.

Beneficiado pelo clima, o plantio da primeira safra de milho avançou 17 pontos percentuais nesta semana, chegando a 26% dos 317 mil hectares previstos. Já a colheita da segunda safra chegou a 79% da área estimada de 2,3 milhões de hectares.

A semeadura da primeira safra de batatas atingiu 27% da área estimada de 14,5 mil hectares. O trabalho deve se estender até meados de novembro. Da segunda safra 2022/23, já foram colhidos 94% dos 11,1 mil hectares cultivados, faltando pouco mais de 600 hectares para finalizar.

Fonte e Foto: AEN

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Último dia de inscrições para o Fórum Técnico da CSM

Um dos principais eventos do setor de sementes brasileiro acontece entre os dias 12 e 14 de setembro, em Foz do Iguaçu

“Tudo começa pela semente” é o tema da edição 2023 do Fórum Técnico da Comissão de Sementes e Mudas do Paraná (CSM), que acontece entre os dias 12 e 14 de setembro, em Foz do Iguaçu. Hoje é o último dia para inscrições – www.apasem.com.br/treinamentos – para este que é um dos eventos mais importantes do setor e que reúne especialistas, indústrias, empresas, organismos e instituições de pesquisa da cadeia sementeira.

Nos três dias de evento, os participantes irão discutir as tecnologias de produção de sementes certificadas e de qualidade. O objetivo é promover maior produtividade e rendimento na comercialização a partir de questões levantadas no trabalho diário com as sementes.

Entre os temas a serem abordados estão o controle de qualidade das sementes, beneficiamento, análise de sementes, qualidade de manejo em diversas etapas da produção, entre outros.

Destaque para atualizações sobre a dessecação, tecnologia utilizada pelos produtores que demanda conhecimento amplo sobre fisiologia da planta, produtos adequados para aplicação e época de manejo; bem como processos de secagem e beneficiamento. 

Nomes importantes da cadeia sementeira irão participar do Fórum Técnico da Comissão de Sementes e Mudas do Paraná. O ex-ministro da Agricultura, Antônio Cabrera Mano Filho, abre o evento com a palestra “Agricultura Brasileira e o Mundo-Riscos e Oportunidades”. Também estão na programação painéis, workshops e fóruns.

Além da Associação Paranaense dos Produtores de Sementes e Mudas (Apasem), marcam presença no Fórum entidades relevantes do setor, como Embrapa, Ministério da Agricultura e do Abastecimento (MAPA), Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes (Abrates).

Serviço:

Fórum Técnico CSM/PR 2023

Data: 12 a 14 de setembro de 2023

Local: Hotel Grand Carimã Resort & Convention Center, Av. Cataratas 4790, Foz do Iguaçu-PR

Programação completa e inscrições no site www.apasem.com.br/treinamentos

Programação

12/9 – Terça-feira

14h – ABERTURA DO FÓRUM TÉCNICO CSM-PR 2023

14h30 – 15h45 – PALESTRA INAUGURAL

√ Agricultura Brasileira e o Mundo – Riscos e Oportunidades – Dr. Antônio Cabrera Mano Filho

Moderador: Manfred Leoni Schmid

15h45 – 16h15 – Coffee Break – Visitação aos Estandes

16h15 – 18h30 – PAINEL 01: Tudo começa no campo

√ Vistoria de campos de sementes – Dr. Igor Lindemann

√ Dessecação dos campos de semente – Dr. Fernando Adegas

√ Colheita de sementes – Dr. Flávio Gurgacz

Moderador: Dr. José de Barros França Neto

13/9 – Quarta-feira

8h – 10h – PAINEL 02: WORKSHOP Ministério da Agricultura

√ Legislação de Sementes – Auditores Fiscais do Ministério da Agricultura

            Bruno Magalhães Roncisvale

            Luiz Artur Costa do Valle

            Ildomar Fischer

Moderador: Eng. Agr. Ralf Udo Dengler

10h – 10h30 – Coffee Break – Visitação aos Estandes

10h30 – 12h30 – PAINEL 3 – Os desafios na secagem e no beneficiamento de sementes

√ O uso da tecnologia do Beneficiamento de Sementes – Dra. Gizele Ingrid Gadotti

√ Secagem de Sementes – MSc. Eng. Agr. José Francisco Martins

Moderador: Dr. Jonas Farias Pinto

12h30 – 13h30 – Almoço

13h30 – 15h30 – PAINEL 4 – Como melhorar a eficiência da safra de milho

√ Avanços no melhoramento genético na cultura do milho – Eng. Agr. Jacso Delai

√ Avanços no melhoramento genético na cultura do milho – Eng. Agr. Lívia Torres

√ Controle da cigarrinha – Dra. Simone Martins Mendes

√ Erradicação do milho tiguera – Eng. Agr. Marcílio Martins Araújo

Moderador: Eng. Agr. Marcílio Martins Araújo

15h30 – 16h – Coffee Break – Visitação aos Estandes

16h – 18h – PAINEL 5: Novas ferramentas no melhoramento genético de soja

√ Dra Liliane Marcia Mertz Henning

√ Thiago Oro

√ Basf

√ Dr. Anderson Meda

Moderador: Fernando Henning

19h30 – Coquetel – Confraternização

14/9 – Quinta-feira

8h – 9h20 – PAINEL 6: Monitorando a qualidade das sementes – LAS

√ Execução das análises e uso das tabelas de tolerância – Dra. Maria de Fátima Zorato

√ Amostragem para realização das análises de Qualidade em pré-colheita e execução dos testes –  Dr. Francisco Krzyzanowski

Moderador: MSc. Saionara Tesser

9h20 – 10h – Coffee Break – Visitação aos Estandes

10h – 11h – PAINEL 7: Preservando e protegendo as sementes

√ Proteção de sementes – Eng. Agr. Ana Claudia Constantino Nogueira

√ Novas tecnologias na fabricação das embalagens de sementes – PackBag

Moderador: Jhony Möller

11h – 12h – PAINEL 8: Os objetivos e os trabalhos desenvolvidos pelos Comitês das Associações e Entidades do Setor de Sementes

√ Abrasem – Ronaldo Troncha

√ Abrates – Dr. Fernando Henning

√ Apasem e CSM/Pr – Jhony Möller

Moderadora: Dra. Maria de Fátima Zorato

12h – 12h30 – ENCERRAMENTO DO FÓRUM TÉCNICO CSM-PR 2023 – Presidente Jhony Möller

12h30 – 13h30 – Almoço

Foto: Cristhian Rizzi

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14 municípios produzem mais de 1 milhão de toneladas de soja; veja ranking

A soja é a principal commodity agrícola do Brasil. O país é líder absoluto em produção, com 154,6 milhões de toneladas na safra 2022/23, de acordo com o último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Atualmente, 2.468 municípios cultivam a oleaginosa, ou seja, 44,3% dos 5.568 existentes. Ainda que o grão esteja presente em grande parte do território brasileiro, 14 municípios se sobressaem.

Juntos, cultivaram 19.161.287 milhões de toneladas no último ciclo, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Veja o ranking da soja (em milhões de toneladas)

1. Sorriso (MT) – 2,010

2. Formosa do Rio Preto (BA) – 1,855

3. São Desidério (BA) – 1,650

4. Rio Verde (GO) – 1,476

5. Nova Mutum (MT) – 1,337

6. Sapezal (MT) – 1,319

7. Diamantino (MT) – 1,315

8. Campo Novo do Parecis (MT) – 1,304

9. Nova Ubiratã (MT) – 1,301

10. Querência (MT) – 1,298

11. Maracaju (MS) – 1,115

12. Jataí (GO) – 1,078

13. Canarana (MT) – 1,053

14. Ponta Porã (MS) – 1,045

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a área de soja na próxima safra deve crescer 2,5% na próxima temporada. Assim, tende a chegar a 45,6 milhões de hectares.

Considerando esse avanço, o número de municípios que podem romper a barreira de 1 milhão de toneladas de soja produzidas chega a 20. Veja:

15. Cristalina (GO) – 993

16. Primavera do Leste (MT) – 939

17. Sidrolândia (MS) – 931

18. Brasnorte (MT) – 851

19. Campo Verde (MT) – 846

20. Barreiras (BA) – 831

Fonte: Canal Rural

Plantação de soja. Foto: José Fernando Ogura/AEN

Boletim do IDR-PR mostra agosto “quente” e chuvas com distribuição irregular

Os índices de precipitação em agosto variaram bastante nas diversas regiões do Paraná. Houve maiores quantitativos pluviométricos na metade Sul e menores nas regiões mais ao Norte do Estado. A média estadual de precipitação em agosto/2023 e a média histórica foram bem próximas, com valores de 91,5 mm e 88,9 mm, respectivamente. Segundo o boletim agrometeorológico do IDR-Paraná, a precipitação ficou muito abaixo da média histórica nas regiões Norte e Noroeste, e nas demais ou acima ou bem próxima da média histórica.

Um dos principais sistemas que provoca chuva no Paraná, preponderantemente no outono/inverno, são as frentes frias advinda do Sul do Brasil. Houve três entradas desses sistemas no Estado, provocando formação de áreas de instabilidade e chuvas abundantes na metade Sul, mas a presença de bloqueios atmosféricos mais ao Norte do Estado impediu a atuação efetiva desses sistemas nessa região.

As anomalias das temperaturas máximas de agosto foram predominantemente acima da média. A temperatura máxima de agosto e a média histórica foram de 25,0 ºC e 24,4 ºC, respectivamente. Quanto às mínimas, observa-se que em todos os municípios analisados as temperaturas de agosto/2023 ficaram acima da média histórica, indicando um mês com manhãs mais quentes que o normal. A temperatura mínima média do Paraná em agosto foi 13,2 °C e a média histórica é 11,9 °C, ou seja, 1,3 °C mais elevada.

Quanto à ocorrência de geadas, houve atuação de três massas polares de intensidades fracas provocando geadas leves e restritas ao extremo sul do Paraná.

Com relação à agricultura, de maneira geral o clima favoreceu as culturas as quais se desenvolveram dentro da normalidade.

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Em revista científica, técnico do IDR-Paraná propõe aprimorar conceito de plantio direto

MILHO 2ª SAFRA – De forma geral o clima mais seco e com chuvas espaçadas beneficiou a cultura do milho, que foi colhido na sua grande maioria. De acordo com a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), no final de agosto 1% do milho paranaense estava na fase de frutificação, 99% na maturação e 63% da área colhida. Além disso, 76% das lavouras foram classificadas como boa condição, 19% condição mediana e 5% ruim. A produtividade esteve dentro do previsto inicialmente.

MILHO 1ª SAFRA – Em agosto iniciou-se a semeadura do milho primeira safra e até o final do mês 9% da safra do Paraná foi implantada e apresentou boas condições de desenvolvimento (Seab).

FEIJÃO 1ª SAFRA – A semeadura do feijão primeira safra já começou e até o final do mês 4% da safra do Paraná foi implantada, segundo a Seab. Desse montante, 93% apresentaram boas condições e 7% condição média.

TRIGO E DEMAIS CEREAIS DE INVERNO – Começou a colheita do trigo no Paraná, com 13% do cereal colhidos. Também se iniciou a colheita dos demais cereais de inverno. De modo geral, o clima favoreceu essas culturas as quais apresentaram bom desenvolvimento. Há relatos de redução da produtividade em decorrência de doenças fúngicas como brusone, giberela e ferrugem. De acordo com a Seab, estima-se que 76%, 19% e 5% das lavouras de trigo apresentaram condições boas, medianas e ruins, respectivamente.

CAFÉ – De acordo com a Seab, cerca de 82% do café do Paraná foi colhido até agosto. Na região cafeeira do Estado, localizada mais ao Norte, a colheita foi favorecida pelo clima mais seco. Houve atraso e desuniformidade na maturação devido às floradas tardias ocorridas em novembro e dezembro/2022. O café colhido apresentou, na sua maioria, boa qualidade de bebida e grãos graúdos. 89% apresentaram boas condições de desenvolvimento e 11% condições médias.

PASTAGENS – As pastagens apresentaram produções de massa verde bastante variável de acordo com o clima local. Em algumas regiões a produção foi satisfatória, já em outras se observou baixa produção, com necessidade de suplementação para o rebanho, como no Noroeste do Estado.

BATATA – A batata segunda safra foi praticamente toda colhida e a maioria apresentou boas condições (90%). Iniciou-se o plantio da batata primeira safra, e até o final de agosto 8% das áreas foram plantadas, as quais apresentaram bom desenvolvimento vegetativo e floração.

MANDIOCA – As condições climáticas foram favoráveis à colheita e a implantação da nova safra de mandioca, que iniciou em alguns municípios do Paraná.

OLERÍCOLAS – O clima foi favorável às hortaliças de modo geral, sem ocorrência de geadas e sem necessidade de irrigação intensiva. As olerícolas em geral apresentaram um bom desenvolvimento.

Área de soja deve crescer e de milho diminuir no Paraná, aponta estimativa da safra 23/24

FRUTICULTURA – A colheita da laranja, uva, tangerina e demais frutíferas foi, em geral, favorecida pelas condições climáticas de agosto.

MANANCIAIS HÍDRICOS – De modo geral, os rios, represas e córregos registraram níveis dentro da normalidade.

Fonte: AEN Foto: Fernando Ogura

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Brasil assume o topo como maior exportador global de milho

Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), relativos à safra 2022/2023, o Brasil conquistou a posição de maior exportador de milho do mundo, superando os Estados Unidos. Isso marca a primeira vez em uma década em que o Brasil conquista esse feito, sendo a última vez em 2013, quando os EUA enfrentaram perdas na produção devido a uma seca devastadora. A exportação de milho é crucial para o abastecimento de rebanhos em todo o mundo.

Na safra encerrada em 31 de agosto, o Brasil representou 32% das exportações globais de milho, enquanto os Estados Unidos, que dominaram o mercado de milho por mais de um século, ficaram com cerca de 23%. As projeções da USDA indicam que o Brasil exportou 56 milhões de toneladas de milho na safra 2022/2023, enquanto os EUA venderam 41,277 milhões de toneladas, contribuindo para um total mundial de aproximadamente 177,5 milhões de toneladas.

Várias razões explicam a ascensão do Brasil à liderança das exportações de milho. Primeiro, o país colheu uma safra de milho excepcional. Além disso, a China, um grande comprador de milho dos EUA, busca diversificar seus fornecedores de grãos. Enquanto isso, a produção de milho dos EUA diminuiu devido a condições climáticas adversas e ao aumento dos custos. Os EUA também estão alocando mais milho para a produção de biocombustíveis, farelo e óleos vegetais.

Além do milho, o Brasil está pronto para liderar as exportações de farelo de soja, deixando a Argentina, atual maior exportadora global desse produto, em segundo lugar. Essa mudança de cenário é resultado de uma redução na produção argentina devido a uma severa seca na região.

Vale ressaltar que o Brasil já foi o principal fornecedor mundial de farelo de soja na safra 1997/98, conforme informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP). De acordo com a USDA, na safra 2022/2023, as exportações de farelo de soja devem se configurar da seguinte maneira: Brasil exportando 21,500 milhões de toneladas, Argentina com 21,200 milhões de toneladas e o total de todos os exportadores alcançando 66,478 milhões de toneladas.

Fonte: Agrolink via Suinocultura Industrial

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Fique atento: informações do Vale Pedágio Obrigatório devem ser inseridas no MDF-e

Na última sexta-feira (dia 1º), a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) publicou a Portaria nº 21, determinando que os contratantes (ou seja, o embarcador ou embarcador equiparado) deverão registrar os dados do Vale-Pedágio Obrigatório (VPO) no MDF-e (Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais). Este registro dos dados do VPO, deverão observar as especificações técnicas constantes no MOC (Manual de Orientações ao Contribuinte).

Considera-se cumprida a obrigatoriedade quando o emitente do MDF-e for prestador de serviço de transporte e registrar as informações do Vale-Pedágio obrigatório.

Conforme o MOC do MDF-e as informações referente ao VPO são:

responsável pelo pagamento do Vale Pedágio;

categoria da combinação veicular;

CNPJ do Fornecedor do VPO;

CNPJ do responsável pelo pagamento;

número do comprovante de compra; e

valor e tipo de vale pedágio (TAG, Cupom ou cartão).

As concessionárias de rodovias se integrarão ao processo de registro e comunicação do fornecimento do Vale-Pedágio obrigatório por meio do Operador Nacional dos Estados (ONE).

O ONE é o sistema responsável por integrar os documentos fiscais eletrônicos das Administrações Tributárias com as diversas tecnologias de identificação de veículos nas rodovias brasileiras.

O sistema tem por objetivo a geração dos eventos ‘Registro de Passagem’ nos documentos fiscais transportados, por intermédio da informação da placa do veículo e sua respectiva geolocalização, detectada por algum dispositivo ou tecnologia de monitoramento, o que auxilia nas ações de fiscalização de trânsito e de combate à sonegação.

As informações enviadas serão utilizadas para a geração dos eventos de registros de passagem automáticos nos MDF-e autorizados, possibilitando a fiscalização do fornecimento VPO, bem como das demais obrigações previstas nos normativos da ANTT.

Fonte: Caroline Duarte, coordenadora jurídica do SETCESP.

Colheita de feijão em Irati. Foto: Gilson Abreu/AEN

Ministério diz que pode rever calendário do plantio da soja no Paraná

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) disse que pode revisar e mudar o teor da Portaria 840, que encurtou de 140 para 100 dias a janela de plantio da soja no Paraná, estado que é o segundo maior produtor de grão do país.

Na última semana, pareceres técnicos de diferentes instituições ligadas ao agronegócio, reforçados pelo Governo do Paraná, a partir da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) e da Agência de Defesa Agropecuária (Adapar) foram enviados às equipes do Mapa para reforçar as condições de ampliação do zoneamento, a exemplo do que ocorria nos anos anteriores.

“Agricultura se faz com planejamento, não dá para definir assim, pouco antes do início do plantio. Provamos de forma técnica ao Mapa, com o envio de pareceres de diferentes órgãos, que o Paraná faz sua parte na prevenção à ferrugem asiática. Pedimos que, se não voltar o calendário de 140 dias, que ao menos tenhamos 120 dias de plantio”, disse o secretário de Agricultura do Paraná, Norberto Ortigara.

A portaria foi publicada pelo órgão federal no mês de julho, apenas dois meses antes do início da semeadura que no estado. Pelo primeiro documento, o cultivo no Paraná encerraria na segunda quinzena de dezembro. Antes, a semeadura estava liberada até o fim de janeiro.

“No momento da publicação, o produtor já tinha comprado insumos, sementes, arrendou e preparou a terra, existe um planejamento”, completou Ortigara, ao destacar que, no caso de a decisão valer para os próximos anos, que ocorra de forma programada e gradativa.

Com a redução da janela estipulada pelo Ministério da Agricultura, o Paraná poderia perder cerca de 650 mil hectares destinados à cultura no sudoeste do estado, de onde foram colhidas 2,7 milhões de toneladas no último ciclo, o equivalente à perda de rentabilidade no campo de quase R$ 6 bilhões.

“Essa região costuma plantar mais tarde por conta de outros cultivos que existem lá. Até daria para plantar fora da janela, mas interfere em financiamento, custeio e ficaria sem seguro agrícola. Um risco que muitos produtores não querem e não vão correr”, completou o secretário.

Como justificativa à portaria, o Mapa tem afirmado que o calendário de semeadura e o vazio sanitário têm como foco controlar a ferrugem asiática da soja no país e que “as datas estipuladas têm um nível de flexibilidade para alterações e autorizações excepcionais, desde que os pedidos sejam encaminhados dos Estados para o Mapa com argumentação técnica para que possam ser analisados e posteriormente publicados”.

Há mais de uma década, o Paraná adota, como forma preventiva ao fungo da ferrugem, o chamado vazio sanitário. De julho a início de setembro ficam proibidos os cultivos comerciais e voluntários da oleaginosa.

O Ministério da Agricultura alertou que o “procedimento é feito todos os anos de forma a atender as necessidades regionais, visto às diferenças de produções e climas do Brasil”. O governo federal considerou ainda que as decisões para definição do calendário são feitas com base em informações técnicas, principalmente da Embrapa, sobre a evolução do controle da ferrugem ao longo do tempo.

“O Programa Nacional de Combate à Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS), de governança da Secretaria de Defesa Agropecuária, busca harmonizar ao máximo o controle da ferrugem asiática nas diferentes regiões do país. Assim como nos demais programas oficiais de prevenção e controle de pragas, as particularidades regionais podem ser consideradas, conforme as excepcionalidades, sem que, no entanto, comprometam a sustentabilidade da cadeia produtiva como um todo”, descreveu. O Mapa não informou, no entanto, qual o prazo estimado para confirmar a alteração da portaria.

Segundo Ortigara, para reforçar a necessidade de manutenção do calendário passado, foram elaborados pareceres de setores como da Federação das Agricultura do Estado do Paraná (Faep), da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar) e da própria Seab.

Fonte: Gazeta do Povo Foto: Gilson Abreu/AEN

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Faturamento das cooperativas cresce 11,8% no primeiro semestre

As 226 cooperativas do Paraná, que integram o Sistema Ocepar, faturaram R$ 101,4 bilhões no primeiro semestre de 2023. O resultado é 11,8% superior em comparação ao mesmo período do ano passado.  Todos os ramos apresentaram crescimento nominal. O maior percentual de aumento foi no ramo Consumo (46,5%), seguido do Crédito (43,8%), Infraestrutura (21,4%), Transporte (19,4%), Saúde (11,7%), Agropecuário (8,7%) e Trabalho (4,2%). Os dados são da Gerência de Monitoramento e Consultoria e são resultado da análise executiva feita a partir dos balancetes fornecidos pelas cooperativas. Em relação ao desempenho econômico, o resultado consolidado até junho de 2023 totalizou R$ 4,5 bilhões, representando um crescimento de 12,9% em relação ao primeiro semestre de 2022.

Expansão

O cooperativismo paranaense demonstrou um crescimento expressivo em termos de tamanho, com um aumento de 20,2% no total de ativos, alcançando R$ 257,6 bilhões. Destaca-se que os ramos crédito e agropecuário representam a parcela predominante deste montante, com 48,9% e 48,8%, respectivamente. O patrimônio líquido das cooperativas registrou um avanço de 22,5%, atingindo um valor total de R$ 56,8 bilhões. Esse crescimento é justificado pela geração de sobras até junho de 2023.

Mercado internacional

O mercado exterior demonstrou um impacto positivo, com as exportações acumuladas até junho de 2023 aumentando em 18,1%, comparativamente ao resultado de janeiro a junho de 2022. As vendas ao mercado externo totalizaram US$ 4,3 bilhões neste primeiro semestre de 2023. Houve aumento também no volume de impostos recolhidos pelo setor que foi 8,3% superior no período, totalizando R$ 2 bilhões.

Sustentabilidade e Emprego

O cooperativismo paranaense cresceu também em número de cooperativas e de associados. O primeiro semestre de 2023 fechou com quatro cooperativas a mais em comparação a junho de 2022. O número de cooperados no total aumentou 8,8%, chegando a 3,4 mil em julho de 2023. Além disso, houve expansão de 4,1% no número de funcionários diretos, chegando ao total de 140.416 empregos no encerramento do primeiro semestre.

Perspectivas positivas

“Mantendo o cenário atual e incorporando os dados até julho de 2023, as projeções apontam para um faturamento próximo a R$ 201,3 bilhões e um resultado de R$ 9 bilhões no fechamento do exercício de 2023”, destaca José Roberto Ricken, presidente do Sistema Ocepar. Segundo ele, os dados da análise evidenciam o crescimento constante e diversificado do cooperativismo paranaense, refletindo sua resiliência e contribuição para a economia regional e nacional. “Se a projeção for confirmada, estaremos alcançando, ao final deste ano, a meta estabelecida pelo Plano Paraná Cooperativo (PRC200), o planejamento estratégico do cooperativismo paranaense”, pontua.

Fonte: Ocepar Foto: Divulgação