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Valor Bruto da Produção deve atingir R$ 1,14 trilhão em 2023

As estimativas do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP), obtidas com base nas informações de agosto, resultaram em R$ 1,142 trilhão para este ano. O valor é 2,4% maior em relação ao obtido em 2022, que foi de R$ 1,115 trilhão.

As lavouras, com crescimento de 4,2%, tiveram um faturamento de R$ 804,3 bilhões, e a pecuária, com retração de 1,6%, apresenta um faturamento de R$ 338,3 bilhões.

A safra recorde de grãos deste ano, os preços agrícolas e as exportações são os principais fatores responsáveis por esses resultados.

Diversos produtos apresentaram desempenho favorável neste ano.

Conforme análise do coordenador geral de Planos e Cenários da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária, José Garcia Gasques, esse resultado se deve, especialmente, aos preços e ao volume produzido.

Entre esses produtos, encontram-se amendoim, com aumento real de 11,7% no VBP, arroz 11,6%, banana 16,9%, cacau 13,1%, cana de açúcar 13%, feijão 7,3%, laranja 27,2%, mandioca 40,3%, soja, 3,0%, milho 1,1%, tomate 17,3% e uva 9,7%.

“Vários produtos desta relação apresentam neste ano, recordes do VBP em uma série de mais de 30 anos de cálculo. Entre esses estão, amendoim, cana-de-açúcar, feijão, laranja, mandioca, milho, tomate e outros”, registra Gasques.

Poucos produtos trazem contribuição negativa ao crescimento do VBP.

Estão incluídos, algodão, batata-inglesa, mamona e trigo, que têm passado por um período de preços reais em decréscimo. Estes são acompanhados pela retração da carne de frango e carne bovina, ambas apresentando forte retração do VBP em relação ao ano anterior. Por outro lado, na pecuária, os suínos, leite e ovos, têm tido desempenho bastante favorável.

Cinco produtos, que respondem por 81,7% do VBP das lavouras, apresentam melhor desempenho, são eles a soja, milho, cana-de-açúcar, café e algodão.

Outra observação salientada pelo coordenador, é que as exportações mostram-se favoráveis, tendo sido gerada uma receita da ordem de US$ 97,12 bilhões nessa metade do ano.

Finalmente, os resultados regionais mostram a liderança de Mato Grosso, seguido por Paraná, São Paulo e Minas Gerais. Estes geram um faturamento de R$ 588,7 bilhões, que corresponde a 51,5% do VBP do país.

Fonte: Canal Rural Foto: Divulgação

31.09.2021 - Plantação de trigo, região de Tibagi/Pr
Foto Gilson Abreu/AEN

Boletim analisa alterações de preço do trigo no Paraná; colheita já alcançou 26%

O preço da saca de trigo tem caído desde o ano passado, principalmente em razão da possibilidade de a safra deste ano superar o recorde estabelecido em 2022 no País. Há um ano a saca de 60 quilos custava R$ 98,00 na maioria das praças do Paraná. Nesta quarta-feira (06) foi cotada a R$ 52,00, o que representa 47% a menos que em 2022 e 21% inferior aos R$ 66,00 do início do mês passado.

A análise sobre esse produto e outros do agronegócio paranaense está no Boletim de Conjuntura Agropecuária, referente à semana de 1º a 6 de setembro. O documento é preparado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab).

A previsão é que sejam produzidas 200 mil toneladas a mais que as 10,5 milhões de toneladas do ano passado no Estado.

O Paraná e o Rio Grande do Sul continuam como estados mais representativos na triticultura, concentrando aproximadamente 85% da produção nacional. A colheita no Estado alcançou 26% da área de 1,4 milhão de hectares e se desenvolve bem. Os gaúchos devem começar muito em breve os trabalhos. A maior preocupação é com futuras chuvas, além dos danos que elas já causaram nos últimos dias.

Feijão, milho e batata

O plantio da primeira safra 2023/24 de feijão iniciou, com vistas a ocupar 112 mil hectares, o que representa redução de 4% em relação aos 116 mil hectares do ciclo anterior. A produção, entretanto, deve ter aumento de 8%, ficando em 216 mil toneladas contra 199 mil retiradas em 2022.

Beneficiado pelo clima, o plantio da primeira safra de milho avançou 17 pontos percentuais nesta semana, chegando a 26% dos 317 mil hectares previstos. Já a colheita da segunda safra chegou a 79% da área estimada de 2,3 milhões de hectares.

A semeadura da primeira safra de batatas atingiu 27% da área estimada de 14,5 mil hectares. O trabalho deve se estender até meados de novembro. Da segunda safra 2022/23, já foram colhidos 94% dos 11,1 mil hectares cultivados, faltando pouco mais de 600 hectares para finalizar.

Fonte e Foto: AEN

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Último dia de inscrições para o Fórum Técnico da CSM

Um dos principais eventos do setor de sementes brasileiro acontece entre os dias 12 e 14 de setembro, em Foz do Iguaçu

“Tudo começa pela semente” é o tema da edição 2023 do Fórum Técnico da Comissão de Sementes e Mudas do Paraná (CSM), que acontece entre os dias 12 e 14 de setembro, em Foz do Iguaçu. Hoje é o último dia para inscrições – www.apasem.com.br/treinamentos – para este que é um dos eventos mais importantes do setor e que reúne especialistas, indústrias, empresas, organismos e instituições de pesquisa da cadeia sementeira.

Nos três dias de evento, os participantes irão discutir as tecnologias de produção de sementes certificadas e de qualidade. O objetivo é promover maior produtividade e rendimento na comercialização a partir de questões levantadas no trabalho diário com as sementes.

Entre os temas a serem abordados estão o controle de qualidade das sementes, beneficiamento, análise de sementes, qualidade de manejo em diversas etapas da produção, entre outros.

Destaque para atualizações sobre a dessecação, tecnologia utilizada pelos produtores que demanda conhecimento amplo sobre fisiologia da planta, produtos adequados para aplicação e época de manejo; bem como processos de secagem e beneficiamento. 

Nomes importantes da cadeia sementeira irão participar do Fórum Técnico da Comissão de Sementes e Mudas do Paraná. O ex-ministro da Agricultura, Antônio Cabrera Mano Filho, abre o evento com a palestra “Agricultura Brasileira e o Mundo-Riscos e Oportunidades”. Também estão na programação painéis, workshops e fóruns.

Além da Associação Paranaense dos Produtores de Sementes e Mudas (Apasem), marcam presença no Fórum entidades relevantes do setor, como Embrapa, Ministério da Agricultura e do Abastecimento (MAPA), Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes (Abrates).

Serviço:

Fórum Técnico CSM/PR 2023

Data: 12 a 14 de setembro de 2023

Local: Hotel Grand Carimã Resort & Convention Center, Av. Cataratas 4790, Foz do Iguaçu-PR

Programação completa e inscrições no site www.apasem.com.br/treinamentos

Programação

12/9 – Terça-feira

14h – ABERTURA DO FÓRUM TÉCNICO CSM-PR 2023

14h30 – 15h45 – PALESTRA INAUGURAL

√ Agricultura Brasileira e o Mundo – Riscos e Oportunidades – Dr. Antônio Cabrera Mano Filho

Moderador: Manfred Leoni Schmid

15h45 – 16h15 – Coffee Break – Visitação aos Estandes

16h15 – 18h30 – PAINEL 01: Tudo começa no campo

√ Vistoria de campos de sementes – Dr. Igor Lindemann

√ Dessecação dos campos de semente – Dr. Fernando Adegas

√ Colheita de sementes – Dr. Flávio Gurgacz

Moderador: Dr. José de Barros França Neto

13/9 – Quarta-feira

8h – 10h – PAINEL 02: WORKSHOP Ministério da Agricultura

√ Legislação de Sementes – Auditores Fiscais do Ministério da Agricultura

            Bruno Magalhães Roncisvale

            Luiz Artur Costa do Valle

            Ildomar Fischer

Moderador: Eng. Agr. Ralf Udo Dengler

10h – 10h30 – Coffee Break – Visitação aos Estandes

10h30 – 12h30 – PAINEL 3 – Os desafios na secagem e no beneficiamento de sementes

√ O uso da tecnologia do Beneficiamento de Sementes – Dra. Gizele Ingrid Gadotti

√ Secagem de Sementes – MSc. Eng. Agr. José Francisco Martins

Moderador: Dr. Jonas Farias Pinto

12h30 – 13h30 – Almoço

13h30 – 15h30 – PAINEL 4 – Como melhorar a eficiência da safra de milho

√ Avanços no melhoramento genético na cultura do milho – Eng. Agr. Jacso Delai

√ Avanços no melhoramento genético na cultura do milho – Eng. Agr. Lívia Torres

√ Controle da cigarrinha – Dra. Simone Martins Mendes

√ Erradicação do milho tiguera – Eng. Agr. Marcílio Martins Araújo

Moderador: Eng. Agr. Marcílio Martins Araújo

15h30 – 16h – Coffee Break – Visitação aos Estandes

16h – 18h – PAINEL 5: Novas ferramentas no melhoramento genético de soja

√ Dra Liliane Marcia Mertz Henning

√ Thiago Oro

√ Basf

√ Dr. Anderson Meda

Moderador: Fernando Henning

19h30 – Coquetel – Confraternização

14/9 – Quinta-feira

8h – 9h20 – PAINEL 6: Monitorando a qualidade das sementes – LAS

√ Execução das análises e uso das tabelas de tolerância – Dra. Maria de Fátima Zorato

√ Amostragem para realização das análises de Qualidade em pré-colheita e execução dos testes –  Dr. Francisco Krzyzanowski

Moderador: MSc. Saionara Tesser

9h20 – 10h – Coffee Break – Visitação aos Estandes

10h – 11h – PAINEL 7: Preservando e protegendo as sementes

√ Proteção de sementes – Eng. Agr. Ana Claudia Constantino Nogueira

√ Novas tecnologias na fabricação das embalagens de sementes – PackBag

Moderador: Jhony Möller

11h – 12h – PAINEL 8: Os objetivos e os trabalhos desenvolvidos pelos Comitês das Associações e Entidades do Setor de Sementes

√ Abrasem – Ronaldo Troncha

√ Abrates – Dr. Fernando Henning

√ Apasem e CSM/Pr – Jhony Möller

Moderadora: Dra. Maria de Fátima Zorato

12h – 12h30 – ENCERRAMENTO DO FÓRUM TÉCNICO CSM-PR 2023 – Presidente Jhony Möller

12h30 – 13h30 – Almoço

Foto: Cristhian Rizzi

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14 municípios produzem mais de 1 milhão de toneladas de soja; veja ranking

A soja é a principal commodity agrícola do Brasil. O país é líder absoluto em produção, com 154,6 milhões de toneladas na safra 2022/23, de acordo com o último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Atualmente, 2.468 municípios cultivam a oleaginosa, ou seja, 44,3% dos 5.568 existentes. Ainda que o grão esteja presente em grande parte do território brasileiro, 14 municípios se sobressaem.

Juntos, cultivaram 19.161.287 milhões de toneladas no último ciclo, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Veja o ranking da soja (em milhões de toneladas)

1. Sorriso (MT) – 2,010

2. Formosa do Rio Preto (BA) – 1,855

3. São Desidério (BA) – 1,650

4. Rio Verde (GO) – 1,476

5. Nova Mutum (MT) – 1,337

6. Sapezal (MT) – 1,319

7. Diamantino (MT) – 1,315

8. Campo Novo do Parecis (MT) – 1,304

9. Nova Ubiratã (MT) – 1,301

10. Querência (MT) – 1,298

11. Maracaju (MS) – 1,115

12. Jataí (GO) – 1,078

13. Canarana (MT) – 1,053

14. Ponta Porã (MS) – 1,045

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a área de soja na próxima safra deve crescer 2,5% na próxima temporada. Assim, tende a chegar a 45,6 milhões de hectares.

Considerando esse avanço, o número de municípios que podem romper a barreira de 1 milhão de toneladas de soja produzidas chega a 20. Veja:

15. Cristalina (GO) – 993

16. Primavera do Leste (MT) – 939

17. Sidrolândia (MS) – 931

18. Brasnorte (MT) – 851

19. Campo Verde (MT) – 846

20. Barreiras (BA) – 831

Fonte: Canal Rural

Plantação de soja. Foto: José Fernando Ogura/AEN

Boletim do IDR-PR mostra agosto “quente” e chuvas com distribuição irregular

Os índices de precipitação em agosto variaram bastante nas diversas regiões do Paraná. Houve maiores quantitativos pluviométricos na metade Sul e menores nas regiões mais ao Norte do Estado. A média estadual de precipitação em agosto/2023 e a média histórica foram bem próximas, com valores de 91,5 mm e 88,9 mm, respectivamente. Segundo o boletim agrometeorológico do IDR-Paraná, a precipitação ficou muito abaixo da média histórica nas regiões Norte e Noroeste, e nas demais ou acima ou bem próxima da média histórica.

Um dos principais sistemas que provoca chuva no Paraná, preponderantemente no outono/inverno, são as frentes frias advinda do Sul do Brasil. Houve três entradas desses sistemas no Estado, provocando formação de áreas de instabilidade e chuvas abundantes na metade Sul, mas a presença de bloqueios atmosféricos mais ao Norte do Estado impediu a atuação efetiva desses sistemas nessa região.

As anomalias das temperaturas máximas de agosto foram predominantemente acima da média. A temperatura máxima de agosto e a média histórica foram de 25,0 ºC e 24,4 ºC, respectivamente. Quanto às mínimas, observa-se que em todos os municípios analisados as temperaturas de agosto/2023 ficaram acima da média histórica, indicando um mês com manhãs mais quentes que o normal. A temperatura mínima média do Paraná em agosto foi 13,2 °C e a média histórica é 11,9 °C, ou seja, 1,3 °C mais elevada.

Quanto à ocorrência de geadas, houve atuação de três massas polares de intensidades fracas provocando geadas leves e restritas ao extremo sul do Paraná.

Com relação à agricultura, de maneira geral o clima favoreceu as culturas as quais se desenvolveram dentro da normalidade.

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Em revista científica, técnico do IDR-Paraná propõe aprimorar conceito de plantio direto

MILHO 2ª SAFRA – De forma geral o clima mais seco e com chuvas espaçadas beneficiou a cultura do milho, que foi colhido na sua grande maioria. De acordo com a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), no final de agosto 1% do milho paranaense estava na fase de frutificação, 99% na maturação e 63% da área colhida. Além disso, 76% das lavouras foram classificadas como boa condição, 19% condição mediana e 5% ruim. A produtividade esteve dentro do previsto inicialmente.

MILHO 1ª SAFRA – Em agosto iniciou-se a semeadura do milho primeira safra e até o final do mês 9% da safra do Paraná foi implantada e apresentou boas condições de desenvolvimento (Seab).

FEIJÃO 1ª SAFRA – A semeadura do feijão primeira safra já começou e até o final do mês 4% da safra do Paraná foi implantada, segundo a Seab. Desse montante, 93% apresentaram boas condições e 7% condição média.

TRIGO E DEMAIS CEREAIS DE INVERNO – Começou a colheita do trigo no Paraná, com 13% do cereal colhidos. Também se iniciou a colheita dos demais cereais de inverno. De modo geral, o clima favoreceu essas culturas as quais apresentaram bom desenvolvimento. Há relatos de redução da produtividade em decorrência de doenças fúngicas como brusone, giberela e ferrugem. De acordo com a Seab, estima-se que 76%, 19% e 5% das lavouras de trigo apresentaram condições boas, medianas e ruins, respectivamente.

CAFÉ – De acordo com a Seab, cerca de 82% do café do Paraná foi colhido até agosto. Na região cafeeira do Estado, localizada mais ao Norte, a colheita foi favorecida pelo clima mais seco. Houve atraso e desuniformidade na maturação devido às floradas tardias ocorridas em novembro e dezembro/2022. O café colhido apresentou, na sua maioria, boa qualidade de bebida e grãos graúdos. 89% apresentaram boas condições de desenvolvimento e 11% condições médias.

PASTAGENS – As pastagens apresentaram produções de massa verde bastante variável de acordo com o clima local. Em algumas regiões a produção foi satisfatória, já em outras se observou baixa produção, com necessidade de suplementação para o rebanho, como no Noroeste do Estado.

BATATA – A batata segunda safra foi praticamente toda colhida e a maioria apresentou boas condições (90%). Iniciou-se o plantio da batata primeira safra, e até o final de agosto 8% das áreas foram plantadas, as quais apresentaram bom desenvolvimento vegetativo e floração.

MANDIOCA – As condições climáticas foram favoráveis à colheita e a implantação da nova safra de mandioca, que iniciou em alguns municípios do Paraná.

OLERÍCOLAS – O clima foi favorável às hortaliças de modo geral, sem ocorrência de geadas e sem necessidade de irrigação intensiva. As olerícolas em geral apresentaram um bom desenvolvimento.

Área de soja deve crescer e de milho diminuir no Paraná, aponta estimativa da safra 23/24

FRUTICULTURA – A colheita da laranja, uva, tangerina e demais frutíferas foi, em geral, favorecida pelas condições climáticas de agosto.

MANANCIAIS HÍDRICOS – De modo geral, os rios, represas e córregos registraram níveis dentro da normalidade.

Fonte: AEN Foto: Fernando Ogura

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Brasil assume o topo como maior exportador global de milho

Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), relativos à safra 2022/2023, o Brasil conquistou a posição de maior exportador de milho do mundo, superando os Estados Unidos. Isso marca a primeira vez em uma década em que o Brasil conquista esse feito, sendo a última vez em 2013, quando os EUA enfrentaram perdas na produção devido a uma seca devastadora. A exportação de milho é crucial para o abastecimento de rebanhos em todo o mundo.

Na safra encerrada em 31 de agosto, o Brasil representou 32% das exportações globais de milho, enquanto os Estados Unidos, que dominaram o mercado de milho por mais de um século, ficaram com cerca de 23%. As projeções da USDA indicam que o Brasil exportou 56 milhões de toneladas de milho na safra 2022/2023, enquanto os EUA venderam 41,277 milhões de toneladas, contribuindo para um total mundial de aproximadamente 177,5 milhões de toneladas.

Várias razões explicam a ascensão do Brasil à liderança das exportações de milho. Primeiro, o país colheu uma safra de milho excepcional. Além disso, a China, um grande comprador de milho dos EUA, busca diversificar seus fornecedores de grãos. Enquanto isso, a produção de milho dos EUA diminuiu devido a condições climáticas adversas e ao aumento dos custos. Os EUA também estão alocando mais milho para a produção de biocombustíveis, farelo e óleos vegetais.

Além do milho, o Brasil está pronto para liderar as exportações de farelo de soja, deixando a Argentina, atual maior exportadora global desse produto, em segundo lugar. Essa mudança de cenário é resultado de uma redução na produção argentina devido a uma severa seca na região.

Vale ressaltar que o Brasil já foi o principal fornecedor mundial de farelo de soja na safra 1997/98, conforme informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP). De acordo com a USDA, na safra 2022/2023, as exportações de farelo de soja devem se configurar da seguinte maneira: Brasil exportando 21,500 milhões de toneladas, Argentina com 21,200 milhões de toneladas e o total de todos os exportadores alcançando 66,478 milhões de toneladas.

Fonte: Agrolink via Suinocultura Industrial

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Fique atento: informações do Vale Pedágio Obrigatório devem ser inseridas no MDF-e

Na última sexta-feira (dia 1º), a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) publicou a Portaria nº 21, determinando que os contratantes (ou seja, o embarcador ou embarcador equiparado) deverão registrar os dados do Vale-Pedágio Obrigatório (VPO) no MDF-e (Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais). Este registro dos dados do VPO, deverão observar as especificações técnicas constantes no MOC (Manual de Orientações ao Contribuinte).

Considera-se cumprida a obrigatoriedade quando o emitente do MDF-e for prestador de serviço de transporte e registrar as informações do Vale-Pedágio obrigatório.

Conforme o MOC do MDF-e as informações referente ao VPO são:

responsável pelo pagamento do Vale Pedágio;

categoria da combinação veicular;

CNPJ do Fornecedor do VPO;

CNPJ do responsável pelo pagamento;

número do comprovante de compra; e

valor e tipo de vale pedágio (TAG, Cupom ou cartão).

As concessionárias de rodovias se integrarão ao processo de registro e comunicação do fornecimento do Vale-Pedágio obrigatório por meio do Operador Nacional dos Estados (ONE).

O ONE é o sistema responsável por integrar os documentos fiscais eletrônicos das Administrações Tributárias com as diversas tecnologias de identificação de veículos nas rodovias brasileiras.

O sistema tem por objetivo a geração dos eventos ‘Registro de Passagem’ nos documentos fiscais transportados, por intermédio da informação da placa do veículo e sua respectiva geolocalização, detectada por algum dispositivo ou tecnologia de monitoramento, o que auxilia nas ações de fiscalização de trânsito e de combate à sonegação.

As informações enviadas serão utilizadas para a geração dos eventos de registros de passagem automáticos nos MDF-e autorizados, possibilitando a fiscalização do fornecimento VPO, bem como das demais obrigações previstas nos normativos da ANTT.

Fonte: Caroline Duarte, coordenadora jurídica do SETCESP.

Colheita de feijão em Irati. Foto: Gilson Abreu/AEN

Ministério diz que pode rever calendário do plantio da soja no Paraná

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) disse que pode revisar e mudar o teor da Portaria 840, que encurtou de 140 para 100 dias a janela de plantio da soja no Paraná, estado que é o segundo maior produtor de grão do país.

Na última semana, pareceres técnicos de diferentes instituições ligadas ao agronegócio, reforçados pelo Governo do Paraná, a partir da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) e da Agência de Defesa Agropecuária (Adapar) foram enviados às equipes do Mapa para reforçar as condições de ampliação do zoneamento, a exemplo do que ocorria nos anos anteriores.

“Agricultura se faz com planejamento, não dá para definir assim, pouco antes do início do plantio. Provamos de forma técnica ao Mapa, com o envio de pareceres de diferentes órgãos, que o Paraná faz sua parte na prevenção à ferrugem asiática. Pedimos que, se não voltar o calendário de 140 dias, que ao menos tenhamos 120 dias de plantio”, disse o secretário de Agricultura do Paraná, Norberto Ortigara.

A portaria foi publicada pelo órgão federal no mês de julho, apenas dois meses antes do início da semeadura que no estado. Pelo primeiro documento, o cultivo no Paraná encerraria na segunda quinzena de dezembro. Antes, a semeadura estava liberada até o fim de janeiro.

“No momento da publicação, o produtor já tinha comprado insumos, sementes, arrendou e preparou a terra, existe um planejamento”, completou Ortigara, ao destacar que, no caso de a decisão valer para os próximos anos, que ocorra de forma programada e gradativa.

Com a redução da janela estipulada pelo Ministério da Agricultura, o Paraná poderia perder cerca de 650 mil hectares destinados à cultura no sudoeste do estado, de onde foram colhidas 2,7 milhões de toneladas no último ciclo, o equivalente à perda de rentabilidade no campo de quase R$ 6 bilhões.

“Essa região costuma plantar mais tarde por conta de outros cultivos que existem lá. Até daria para plantar fora da janela, mas interfere em financiamento, custeio e ficaria sem seguro agrícola. Um risco que muitos produtores não querem e não vão correr”, completou o secretário.

Como justificativa à portaria, o Mapa tem afirmado que o calendário de semeadura e o vazio sanitário têm como foco controlar a ferrugem asiática da soja no país e que “as datas estipuladas têm um nível de flexibilidade para alterações e autorizações excepcionais, desde que os pedidos sejam encaminhados dos Estados para o Mapa com argumentação técnica para que possam ser analisados e posteriormente publicados”.

Há mais de uma década, o Paraná adota, como forma preventiva ao fungo da ferrugem, o chamado vazio sanitário. De julho a início de setembro ficam proibidos os cultivos comerciais e voluntários da oleaginosa.

O Ministério da Agricultura alertou que o “procedimento é feito todos os anos de forma a atender as necessidades regionais, visto às diferenças de produções e climas do Brasil”. O governo federal considerou ainda que as decisões para definição do calendário são feitas com base em informações técnicas, principalmente da Embrapa, sobre a evolução do controle da ferrugem ao longo do tempo.

“O Programa Nacional de Combate à Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS), de governança da Secretaria de Defesa Agropecuária, busca harmonizar ao máximo o controle da ferrugem asiática nas diferentes regiões do país. Assim como nos demais programas oficiais de prevenção e controle de pragas, as particularidades regionais podem ser consideradas, conforme as excepcionalidades, sem que, no entanto, comprometam a sustentabilidade da cadeia produtiva como um todo”, descreveu. O Mapa não informou, no entanto, qual o prazo estimado para confirmar a alteração da portaria.

Segundo Ortigara, para reforçar a necessidade de manutenção do calendário passado, foram elaborados pareceres de setores como da Federação das Agricultura do Estado do Paraná (Faep), da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar) e da própria Seab.

Fonte: Gazeta do Povo Foto: Gilson Abreu/AEN

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Faturamento das cooperativas cresce 11,8% no primeiro semestre

As 226 cooperativas do Paraná, que integram o Sistema Ocepar, faturaram R$ 101,4 bilhões no primeiro semestre de 2023. O resultado é 11,8% superior em comparação ao mesmo período do ano passado.  Todos os ramos apresentaram crescimento nominal. O maior percentual de aumento foi no ramo Consumo (46,5%), seguido do Crédito (43,8%), Infraestrutura (21,4%), Transporte (19,4%), Saúde (11,7%), Agropecuário (8,7%) e Trabalho (4,2%). Os dados são da Gerência de Monitoramento e Consultoria e são resultado da análise executiva feita a partir dos balancetes fornecidos pelas cooperativas. Em relação ao desempenho econômico, o resultado consolidado até junho de 2023 totalizou R$ 4,5 bilhões, representando um crescimento de 12,9% em relação ao primeiro semestre de 2022.

Expansão

O cooperativismo paranaense demonstrou um crescimento expressivo em termos de tamanho, com um aumento de 20,2% no total de ativos, alcançando R$ 257,6 bilhões. Destaca-se que os ramos crédito e agropecuário representam a parcela predominante deste montante, com 48,9% e 48,8%, respectivamente. O patrimônio líquido das cooperativas registrou um avanço de 22,5%, atingindo um valor total de R$ 56,8 bilhões. Esse crescimento é justificado pela geração de sobras até junho de 2023.

Mercado internacional

O mercado exterior demonstrou um impacto positivo, com as exportações acumuladas até junho de 2023 aumentando em 18,1%, comparativamente ao resultado de janeiro a junho de 2022. As vendas ao mercado externo totalizaram US$ 4,3 bilhões neste primeiro semestre de 2023. Houve aumento também no volume de impostos recolhidos pelo setor que foi 8,3% superior no período, totalizando R$ 2 bilhões.

Sustentabilidade e Emprego

O cooperativismo paranaense cresceu também em número de cooperativas e de associados. O primeiro semestre de 2023 fechou com quatro cooperativas a mais em comparação a junho de 2022. O número de cooperados no total aumentou 8,8%, chegando a 3,4 mil em julho de 2023. Além disso, houve expansão de 4,1% no número de funcionários diretos, chegando ao total de 140.416 empregos no encerramento do primeiro semestre.

Perspectivas positivas

“Mantendo o cenário atual e incorporando os dados até julho de 2023, as projeções apontam para um faturamento próximo a R$ 201,3 bilhões e um resultado de R$ 9 bilhões no fechamento do exercício de 2023”, destaca José Roberto Ricken, presidente do Sistema Ocepar. Segundo ele, os dados da análise evidenciam o crescimento constante e diversificado do cooperativismo paranaense, refletindo sua resiliência e contribuição para a economia regional e nacional. “Se a projeção for confirmada, estaremos alcançando, ao final deste ano, a meta estabelecida pelo Plano Paraná Cooperativo (PRC200), o planejamento estratégico do cooperativismo paranaense”, pontua.

Fonte: Ocepar Foto: Divulgação

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El Niño deve trazer bons ventos para a safra 2023/24 no Paraná

Os últimos anos foram marcados por prejuízos na produção de grãos na região Sul do Brasil e nos vizinhos Paraguai, Argentina e Uruguai, em função da falta de chuvas. Isso porque o clima estava sob influência do fenômeno La Niña, que torna irregular a distribuição da precipitação na região Centro-Sul da América do Sul. Ao que tudo indica, esse período ficou para trás com a chegada do El Niño.

Até o momento, os prognósticos apontam que o El Niño, que já está instalado, deve ganhar intensidade e permanecer, pelo menos, até a metade do próximo ano, trazendo chuva em boa quantidade. A preocupação passa a ser a possibilidade de granizo e vendavais em terras paranaenses.

“O El Niño muda o padrão dos ventos e aumenta as chances de passagem de frentes frias, causando chuvas. Com essas entradas mais frequentes de umidade, a tendência é que haja temperaturas acima do normal climatológico, aumentando, assim, a chance de granizos e tempestades”, Heverly Morais, agrometeorologista do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná)

Segundo a especialista, ainda é cedo para cravar que o El Niño será de intensidade moderada a forte na influência dos eventos climáticos. Em 2018, por exemplo, último período de El Niño no Paraná, o fenômeno foi fraco. Naquele período, choveu até menos que o normal (55 milímetros em outubro, quando a média é de 200 milímetros). Já 2015, último El Niño de intensidade forte, foi marcado por chuvas acima da média, com 516 milímetros em novembro.

“Em geral, na agricultura, é melhor que sobre água, do que falte. Então imagino que tenhamos boas perspectivas em relação ao clima para essa safra”, complementa a agrometeorologista. “A previsão é que tenhamos precipitações significativas na primavera e verão, até o fim do ano e primeiro trimestre de 2024. As chuvas, em alguns momentos, podem ser mais fortes, com temporais severos, o que pode impactar em culturas do verão”, alerta Reinaldo Kneib, meteorologista do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar).

Inverno

O El Niño deve se refletir já em um inverno menos rigoroso em 2023. Com o passar do tempo, o fenômeno deve ganhar força e influenciar ainda mais o clima na primavera e verão. “Já em setembro devemos ter um adiantamento da estação chuvosa. Geralmente, começa a chover na segunda quinzena, mas esse ano há possibilidade de as chuvas começarem antes. Como é o período de plantio de alguns grãos, isso pode contribuir”, aponta o meteorologista do Simepar.

Geralmente, a possibilidade de geadas tardias em setembro tira o sono dos produtores rurais que apostam nos cereais de inverno e na soja e milho no verão, já que temperaturas baixas significam prolongamento dos ciclos. Com o El Niño, a chance de o frio se prolongar e causar prejuízos diminui.

“Em ano de El Niño, a probabilidade de geada tardia é pequena. A chuva costuma ser melhor distribuída ou até mesmo acima da média, o que pode gerar problema também. Vale um alerta para as culturas de inverno, que podem enfrentar muita umidade na hora da colheita e também no plantio de verão, quando pode haver dificuldades na semeadura”, pontua o meteorologista Luiz Renato Lazinski. “Com mais umidade, podemos ter mais doenças, o que exige cuidado por parte dos produtores nos manejos das lavouras. E, claro, preocupa na hora da colheita, que pode coincidir com períodos de bastante chuva”, complementa.

Fonte: Faep Foto: IDR-PR