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Modelo mais moderno: concessionárias assumem rodovias do Paraná nesta quarta

A partir desta quarta-feira (28), entram em operação os primeiros dois lotes das novas concessões rodoviárias do Paraná. A formalização do processo de transferência da administração das rodovias para as concessionárias aconteceu nesta segunda-feira (26), na sede do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR), em Curitiba.

A Via Araucária e a EPR Litoral Pioneiro, empresas responsáveis pelos Lotes 1 e 2, respectivamente, vão realizar obras de melhorias que somam mais de R$ 30 bilhões ao longo dos próximos 30 anos. Neste período, elas também deverão prestar serviços de manutenção e atendimento aos usuários em mais de mil quilômetros de rodovias que compõem os dois trechos.

Segundo o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, o início das operações marca um ponto de virada para a população paranaense, com o maior contrato de concessões do Brasil, e cujo modelo já está servindo de exemplo para outros estados. “É uma virada de página em que os paranaenses vão deixar o antigo pedágio, que era meramente uma tarifação de passagem, para uma verdadeira concessão, com tarifas menores, obras de melhorias e ampliação da malha rodoviária”, afirmou.

Envolvido desde o início das negociações junto ao governo federal, o secretário lembrou que prevaleceu o modelo defendido pelo Governo do Estado, fruto de um amplo debate com a sociedade paraense. “Tivemos um processo transparente, com participação do setor produtivo, das entidades de classe e da população, que levará desenvolvimento, segurança e industrialização, fazendo com que o Paraná se transforme no grande hub logístico da América do Sul”, acrescentou o secretário.

O início da operação não significa que haverá retomada imediata das cobranças, que devem ser retomadas até o fim de março, conforme previsão da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT). O órgão federal deverá comunicar com um prazo mínimo de 10 dias de antecedência a data exata em que as tarifas serão cobradas nas praças de pedágio, bem como os valores. O comunicado será feito em Diário Oficial.

De acordo com o diretor da ANTT, Luciano Lourenço, os contratos de concessão rodoviária elaborado pelo Governo do Paraná em parceria com o governo federal contêm o que existe de mais moderno em concessões públicas. “É uma modelagem que alia tarifas justas com investimentos, que pela primeira vez na história teve a segurança viária como fator determinante para as prioridades de investimento a serem feitos”, declarou.

O diretor-geral do DER-PR, Fernando Furiatti, enfatizou que a experiência prévia das empresas que assumirão as rodovias a partir de quarta-feira é um bom sinal de que as concessões seguirão aquilo que está previsto em contrato. “São duas concessionárias que já têm um histórico de mercado e que vão trazer para o Paraná aquilo que elas já fazem em outras rodovias do Brasil. As equipes do DER-PR, DNIT e da ANTT vão fiscalizar para garantir isso”, comentou.

O superintendente regional no Paraná do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Hélio Gomes, lembrou dos esforços do órgão e do DER-PR para garantir a manutenção das rodovias ao longo dos últimos dois anos e quatro meses, o que reforça a importância das novas concessões. Apenas o Estado investiu mais de R$ 180 milhões.

“Este é um momento importante para o Paraná, em que passamos a responsabilidade para as concessionárias com a expectativa de termos rodovias em excelentes condições, ótimos serviços prestados à população e a ampliação da estrutura rodoviária do Estado”, disse.

Obras

As duas concessionárias que assumem os serviços nesta quarta-feira já têm um cronograma para os três primeiros anos de concessão. O primeiro será de requalificação das vias, com atualização das sinalizações, serviço de manutenção e ajustes emergenciais, bem como o início do atendimento de guinchos, ambulâncias, retiradas de animais das pistas, entre outros serviços. No segundo ano virão os investimentos em si, em especial na duplicação das rodovias. No terceiro ano, a previsão é do início da entrega das obras.

“Até o terceiro ano da concessão teremos 70 km de duplicação em cinco frentes de trabalho nas BRs 277 e 376. Inclusive já começamos a trabalhar para regularizar licenças ambientais, tanto no Ibama quanto no IAT [Instituto Água e Terra]”, apontou o diretor-presidente da concessionária Via Araucária, Sérgio Santillan.

O cronograma da EPR Litoral Pioneiro é semelhante: requalificação das vias e início dos serviços no primeiro ano, investimentos mais profundos de obras no segundo ano e início da entrega das obras no terceiro ano. A previsão é também de 70 km de duplicação.

“Os primeiros 12 meses da concessão serão de requalificação das rodovias com foco nas áreas críticas e que tenham maior impacto na população, como nos entornos das cidades. A partir do segundo ano serão investimentos mais profundos de infraestrutura. E no terceiro começam as entregas”, explicou o diretor-executivo da EPR Litoral, Roberto Longman.

Lote 1

O primeiro lote engloba 473 quilômetros das rodovias BR-277, BR-373, BR-376, BR-476, PR-418, PR-423 e PR-427 que passam por Curitiba, Região Metropolitana, Região Centro-Sul e Campos Gerais. Vencedora do leilão do Lote 1 das rodovias, a Via Araucária vai operar com 420 colaboradores e 37 viaturas, entre os quais quatro guinchos pesados, seis guinchos leves, dois caminhões para resgate de animais, dois caminhões-pipa para apoio do Corpo de Bombeiros, dez ambulâncias (sendo 3 com UTI) e 13 veículos para inspeção de tráfego.

O contrato prevê a implementação de 344 quilômetros de duplicações, 215 quilômetros de faixas adicionais, 32 quilômetros de vias marginais, 27 quilômetros de ciclovia e 63 viadutos e trincheiras. Entre as principais obras, estão a duplicação total da BR-373, entre Ponta Grossa e Prudentópolis, a duplicação da BR-277 entre Balsa Nova e Prudentópolis e do Contorno Norte de Curitiba entre o trevo de Campo Largo e o acesso a Colombo, além da construção de faixas adicionais no Contorno Sul de Curitiba e obras na RMC.

Segundo Santillan, a concessionária está preparada para dar início imediato ao trabalho. “Nos últimos três meses, nossas equipes trabalharam diariamente para a instalação das bases de operação para que a partir da primeira hora do dia 28 estejamos trabalhando de forma eficiente ao longo de todos os trechos sob nossa responsabilidade”, afirmou.

Lote 2

O segundo trecho leiloado envolve 605 quilômetros das rodovias BR-153, BR-277 e BR-369 e das estaduais PR-092, PR-151, PR-239, PR-407, PR-408, PR-411, PR-508, PR-804 e PR-855 em trechos que passam por Curitiba, Litoral, Campos Gerais e Norte Pioneiro. O contrato com a EPR Litoral Pioneiro inclui a duplicação de 350 quilômetros, 138 quilômetros de faixas adicionais, 73 quilômetros de vias marginais e 72 quilômetros de ciclovias. Serão ainda 107 novos viadutos, 52 passarelas, 35 pontos de correção de traçado e oito passa-faunas.

Uma das obras mais aguardadas é a instalação de faixas adicionais na BR-277 em 81 quilômetros entre Curitiba e Paranaguá, que terá três pistas e acostamento nos dois sentidos logo nos primeiros anos de contrato. Também serão instaladas vias marginais, viadutos e trincheiras no perímetro urbano de Paranaguá, próximo ao Porto de Paranaguá.

O contrato engloba as duplicações de 14 quilômetros da PR-407 entre Paranaguá e Pontal do Paraná, 123 quilômetros da PR-092 entre Jaguariaíva e Santo Antônio da Platina e 71 quilômetros da PR-239 entre Piraí do Sul e Jaguariaíva, além de obras na BR-153 no Norte Pioneiro e na BR-369 entre Cornélio Procópio e a divisa de São Paulo.

O presidente da EPR Litoral Pioneiro, José Cassaninga, garantiu que os paranaenses já poderão sentir a diferença no atendimento de imediato. “Vamos iniciar no dia 28 uma operação muito qualificada e os usuários já vão perceber um incremento significativo dos serviços nas estradas, que vão trazer segurança, conforto e desenvolvimento sustentável para o Paraná”, afirmou.

Inovações

Além da isenção para motos, os usuários frequentes das rodovias concedidas que instalarem tags de cobrança automática nos seus veículos terão descontos progressivos nas tarifas de pedágio. Todas as vezes que passarem em uma mesma praça em um mesmo mês pagarão tarifas mais baratas, com desconto aplicado progressivamente da 1ª até a 30ª passagem do veículo pela praça dentro de um mesmo mês. A Agência Estadual de Notícias fez uma simulação desse sistema com a projeção tarifária dos editais. Confira AQUI.

As concessionárias também deverão disponibilizar internet nos pontos de atendimento ao usuário e áreas de descanso para caminhoneiros, e sistema de comunicação Wi-fi em 100% da rodovia, para acesso ao canal de atendimento ao usuário.

Fonte: AEN Foto: Gabriel Rosa/AEN

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Laboratórios de Análises de Sementes não podem cair em descrédito

Os produtores rurais já conheciam os laboratórios de análises de sementes, mas não tinham de fato, esse conjunto de resultados que auxiliam nas tomadas de decisões. E hoje estão confiando mais. Mas a Doutora em Ciência e Tecnologia de Sementes, Fátima Zorato, tem uma preocupação: a partir do momento em que se conquista o produtor, se for aplicada a metodologia errada ou se não se souber interpretar e passar a informação correta, os laboratórios podem cair em descrédito, o que já está acontecendo em alguns casos.

A Edição 07 da “Revista Apasem” traz uma entrevista com a especialista.

Soja.   Curitiba, 26/06/2019 -  Foto: Geraldo Bubniak/ANPr

Colheita atípica em janeiro no Paraná levou a aumento de 282% nas exportações de soja

A acelerada colheita de soja em janeiro deste ano, o que não é comum para o período, levou a um aumento expressivo no volume de produtos do complexo soja exportado pelo Paraná, impulsionando um recorde nesse segmento na história para o mês. No primeiro mês deste ano saíram do Estado 1,2 milhão de toneladas de produtos desse complexo, volume 282% superior às 326,5 mil toneladas de janeiro de 2023. Os números estão na Agrostat, plataforma do Ministério da Agricultura e Pecuária que acompanha o comércio exterior de produtos agropecuários.

No entanto, em valores, o percentual não foi tão expressivo, tendo em vista a queda do preço no mercado internacional: foram US$ 215,7 milhões obtidos em janeiro do ano passado e US$ 542,2 milhões neste ano (151,3%).

Dentro do complexo, a soja em grão lidera os volumes, com 853,5 mil toneladas, contra 84,8 mil toneladas de 2023. Com uma média de US$ 505 a tonelada neste ano, o volume financeiro alcançou US$ 542,2 milhões. Em janeiro do ano passado o valor médio da tonelada foi de US$ 595, com faturamento total de US$ 215,7 milhões.

O segundo colocado neste ano foi o farelo de soja, com 365 mil toneladas vendidas e arrecadação de US$ 183 milhões (US$ 501 a tonelada). Em janeiro de 2023 tinham sido 191 mil toneladas a um custo de US$ 100,8 milhões (US$ 528 a tonelada). Também foram vendidas 29,3 mil toneladas de óleo de soja a US$ 28,8 milhões (US$ 980 a tonelada), contra 50,7 mil toneladas em 2023, com faturamento de US$ 64,2 milhões (US$ 1.266 a tonelada).

“Esse grande volume de exportação do complexo se deve basicamente à colheita antecipada deste ano”, ponderou o analista de soja do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Edmar Gervásio. Em janeiro deste ano 12% dos 5,7 milhões de hectares já estavam colhidos. Em 2023 a colheita começou em fevereiro.

Milho e Carnes

No caso do milho e seus subprodutos, houve uma redução tanto no volume quanto no valor resultante da exportação. Foram 491,8 mil toneladas enviadas ao Exterior em janeiro do ano passado e 416,2 mil toneladas neste último mês. As divisas reduziram de US$ 142,7 milhões para US$ 94,8 milhões. O preço de cada tonelada também caiu: de US$ 290 em 2023 para US$ 228.

“Normalmente a prioridade para exportação em grãos é da soja, o que explica em parte essa redução no milho, mas, sobretudo no Paraná, esse cereal é muito usado para alimentação de frango, suínos e tilápia, o que contribui para a evolução na produção e exportação de proteína animal”, salientou Gervásio.

No complexo das carnes, os números do Agrostat apontam que o Paraná enviou ao Exterior 182,6 mil toneladas no primeiro mês de 2024, com faturamento de US$ 305,3 milhões (US$ 1.672 a tonelada). No mesmo período de 2023 foram exportadas 174,4 mil toneladas e arrecadados US$ 332,5 milhões (US$ 1.905 a tonelada).

O destaque paranaense ficou na carne de frango, da qual é líder nacional em produção e exportação. Em janeiro foram exportadas 166 mil toneladas, com a entrada de US$ 269,2 milhões. No ano anterior tinham sido 159,7 mil toneladas com US$ 299,7 milhões.

O volume exportado de carne suína foi quase o mesmo comparativamente a janeiro de 2023, saltando de 10,2 mil toneladas para 10,7 mil toneladas. Em valores retrocedeu de US$ 22,5 milhões para US$ 22 milhões, fruto da menor valorização no mercado global.

Nos pescados, o Estado exportou 478 toneladas em janeiro deste ano, contra 483 toneladas no mesmo mês de 2023, redução de 1%. No entanto, o valor monetário arrecadado foi 73,4% superior, saindo de US$ 1,2 milhão para US$ 2 milhões. Nesse segmento, a tilápia lidera com 472 mil toneladas exportadas.

Outros

Entre os outros produtos que fazem parte da pauta de exportação paranaense cabe destacar o complexo sucroalcooleiro. Ele teve um bom crescimento, tanto em volume, passando de 166,3 mil toneladas para 188 mil toneladas (13%), quanto em faturamento, que passou de US$ 73 milhões para US$ 108 milhões (48%).

A exportação de frutas também foi expressiva. Enquanto no primeiro mês de 2023 foram 660 toneladas, agora foram 964,3 toneladas (+46%), com salto de US$ 574,3 mil para US$ 885,8 mil (+54%).

Já a exportação do café aumentou 23,4%. Em janeiro de 2023 foram exportadas 3,3 mil toneladas e em 2024, 4 milhões. Com o preço em queda, o volume de recursos também caiu, passando de US$ 28,6 milhões (US$ 8.678 a tonelada) para US$ 27,3 milhões (R$ 6.719 a tonelada).

Fonte: AEN Foto: Geraldo Bubniak/AEN

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Custos em alta: Imea alerta para desafios na safra de milho 2024/25

O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou um relatório que traz atualizações relevantes sobre a próxima safra de milho no estado. O levantamento destaca um aumento de 5,55% nos custos de produção do milho de alta tecnologia para a safra 2024/25, em comparação com a temporada anterior, alcançando R$ 3.466,67 por hectare.

Essa elevação nos custos foi influenciada por atualizações nos painéis modais de custo de produção, incorporando mudanças tecnológicas e no manejo, incluindo a adição de aplicações com adjuvantes. Além disso, o preço da semente de milho teve um aumento significativo de 19,26%, contribuindo para o aumento geral dos custos.

O Custo Operacional Efetivo (COE) foi estimado em R$ 4.871,42/ha, representando um acréscimo de 8,74% em relação ao ciclo anterior. Isso resulta em um ponto de equilíbrio (PE) 8,74% maior para cobrir o COE na safra 2024/25 em comparação com o ciclo 2023/24.

Os técnicos do Imea apontam que, para que o produtor consiga cobrir o COE, colhendo 103,86 sacas por hectare (referência da safra anterior), é necessário comercializar o milho a pelo menos R$ 46,90 por saca. No entanto, o relatório destaca um “cenário desafiador para o produtor”, já que a média do preço disponível na semana está abaixo de R$ 40,00 por saca no Mato Grosso.

Fonte: Portal do Agronegócio Foto: Divulgação

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CNA lança plataforma de denúncia anônima contra invasão de terras

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) lançou, na quarta (21), um canal de denúncia anônima para os produtores rurais denunciarem casos de invasões de propriedade.

A plataforma foi anunciada durante reunião da Comissão Nacional de Assuntos Fundiários da CNA, que reuniu representantes das Federações de Agricultura e Pecuária dos Estados.

De acordo com o presidente da comissão e do Sistema Famasul, Marcelo Bertoni, o objetivo da plataforma é estabelecer um canal direto com o produtor e qualificar o monitoramento de invasões de terras que já é feito pela CNA, federações e sindicatos.

“Não existe invasão legítima, legalizada ou permitida. Invasão de terra é crime. Portanto, a CNA defende a garantia do direito de propriedade, pois é a base para o produtor rural brasileiro trabalhar com tranquilidade e segurança jurídica”, disse Bertoni.

No formulário, o denunciante tem a opção de inserir o nome, e-mail, telefone, área do imóvel invadido e informações adicionais (endereço, ponto de referência). Caso a denúncia seja anônima, as informações exigidas são o nome da fazenda invadida, município e estado, qual movimento ou grupo que invadiu e a data do ocorrido.

Para fazer uma denúncia anônima de invasão de propriedade rural, clique no link http://cnabrasil.org.br/invasaodeterras e preencha as informações sobre o imóvel invadido.

Além do lançamento da plataforma, os integrantes da Comissão Nacional de Assuntos Fundiários da CNA discutiram o plano de ação do colegiado para 2024 com os desafios e soluções das demandas do setor.

O assessor técnico José Henrique Pereira apresentou os principais temas que estarão na pauta da comissão em 2024 são: regularização fundiária; garantia do direito de propriedade e segurança no campo; retificação de títulos em faixa de fronteira; reforma agrária; demarcação de territórios quilombolas e de terras indígenas; integração cadastral/tributação e demarcação de terrenos marginais e de marinha.

As ações no STF sobre as questões relativas à Lei 14.701/2023, que estabelece o marco temporal para a demarcação de terras indígenas, também foram debatidas no encontro. O diretor jurídico da CNA, Rudy Ferraz, explicou que a entidade defende a aplicabilidade da Lei do marco temporal para garantir a segurança jurídica no campo e a produção de alimentos do país.

Fonte e Foto: CNA

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Técnicos da Conab estão em campo para pesquisa do 6º Levantamento da Safra de Grãos 2023/24

Técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) iniciaram nesta semana as pesquisas para o 6º Levantamento da Safra de Grãos 2023/24. O trabalho contempla todos os estados e os dados coletados ajudarão a compor o Boletim a ser divulgado pela estatal no próximo dia 12 de março.

A pesquisa está sendo realizada em todo o país e segue até o dia 24 de fevereiro. Ao todo, são 16 culturas monitoradas pela Companhia. Durante os trabalhos, serão aplicados questionários junto a cooperativas, produtores e representantes de órgãos públicos e privados, além da visita in loco e de acompanhamento de imagens de satélites para indicar variáveis como área, produtividade, desenvolvimento das lavouras a fim de apresentar um panorama da atual safra de grãos. A expectativa é encontrar em campo as lavouras de primeira safra em fase final de cultivo, bem como a colheita, e também a semeadura das lavouras de segunda safra.

De acordo com o último levantamento, divulgado no dia 8 deste mês, a produção brasileira está estimada em 299,8 milhões de toneladas, volume 6,3% inferior ao obtido na safra passada, o que representa 20,1 milhões de toneladas. O comportamento climático nas principais regiões produtoras, sobretudo para soja e milho primeira safra, vem afetando negativamente as lavouras, desde o plantio. O atraso no plantio da soja possivelmente impactará no plantio da segunda safra de milho.

Confira aqui as informações do último Boletim de Safra de Grãos divulgado pela Companhia.

Fonte: Conab Foto: Divulgação

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Dia de Campo de Soja em Londrina

Na próxima sexta-feira (23), a partir das 8h, acontecerá o Dia de Campo da Embrapa em Londrina, de forma presencial. Abaixo seguem os temas técnicos que serão apresentados. Participe você também.

Estações técnicas:

1. Cultivares de soja

2. Cultivares de feijão

3. Manejo de novas plataformas transgênicas em soja

4. Quebramento da haste da soja e podridão de grãos

5. Soja Baixo Carbono: valorização da produção sustentável; sistema de plantio direto; inoculação e coinoculação

Total workload | 4h

Fonte: Embrapa Soja Foto: Divulgação

Produtores de soja contabilizam prejuízos da safra no Paraná

Produtores de soja do Paraná já contabilizam as perdas causadas na safra causadas pelo clima. O grande volume de chuva do segundo semestre de 2023 atrapalhou na hora do plantio. Agora, é a falta de umidade que vem comprometendo a produção.

“Está iniciando o enchimento de grão, precisamos de muita chuva boa ainda porque está finalizando o ciclo”, diz o agricultor Júnior Pagnan, de Francisco Beltrão, no sudoeste do estado.

Ele já colheu uma parte da soja que plantou, mas a maioria ainda está no campo – 300 hectares que dependem de uma boa chuva nos próximos dias.

As perdas também foram sentidas na lavoura do agricultor Altair Johan, em Francisco Beltrão.

“O grão está muito pequeno e não encheu por falta de chuva. Mal dá para pagar as contas, é desanimador”, disse.

Conforme a colheita avança no estado, as perdas vão sendo confirmadas. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revisou os dados de expectativa de produção no país e, de 155 milhões de toneladas esperadas, cai para149 milhões.

A maior perda é no Paraná – 2,2 milhões de toneladas a menos. Em seguida, Mato Grosso do Sul, com 1,6 milhão de toneladas a menos de soja por conta de problemas climáticos.

Segundo Marcelo Garrido, chefe do Departamento de Economia Rural (Deral), a Secretaria da Agricultura estima uma produção acima de 19,2 ou 19,3 milhões de toneladas até o momento.

“No início da safra eram perto de 22 milhões de toneladas previstas, então já temos uma redução significativa. Ainda temos soja em campo em determinadas regiões, em fases que podem ser atingidas por esse excesso de calor, falta de chuva, e consequentemente esse número vai sendo reavaliado”, completa.

Fonte: G1 Paraná Foto: AEN

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Safras reduz previsão de exportação de soja do Brasil em 2024

A exportação de soja do Brasil em 2024 deve alcançar 94 milhões de toneladas, disse nesta segunda-feira a Safras & Mercado, reduzindo sua previsão frente às 95 milhões de toneladas estimadas em janeiro.

Se confirmado, o número ficaria abaixo das 101,86 milhões de toneladas exportadas em 2023, em número também revisado ante as 95 milhões de toneladas indicadas em janeiro, apontou a consultoria.

Já para o esmagamento de soja, as estimativas são de 54,3 milhões de toneladas em 2024 e de 53,5 milhões de toneladas em 2023, com uma elevação de 1% entre uma temporada e outra. Não houve alteração na previsão na comparação com janeiro.

Em comunicado separado, a Safras disse que a colheita de soja brasileira da temporada 2023/24 alcançou 29,4% da área até 16 de fevereiro, contra 21,6% apurados na semana anterior.

“Os trabalhos estão mais adiantados se comparados com o mesmo período do ano passado, 20,9% – e também superam a média dos últimos cinco anos, de 24,4%”.

Fonte e Foto: Reuters

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Exportações do agronegócio alcançam US$ 11,72 bilhões

O Brasil bateu recorde de US$ 11,72 bilhões em exportações do agronegócio em janeiro, conforme divulgado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Os dados representam um salto de 14,8% em relação ao ano anterior, equivalente a um incremento de US$ 1,51 bilhão em comparação a janeiro de 2023.

A Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do MAPA atribui esse recorde ao aumento do volume exportado, com os grãos apresentando um crescimento de 19,7% e o açúcar, um impressionante aumento de 58,1%. Apesar disso, o índice de preço dos produtos exportados registrou uma queda de 5,8% em comparação a janeiro de 2023.

As exportações de soja em grãos atingiram um marco sem precedentes, totalizando US$ 2,50 bilhões em janeiro de 2024. Esse desempenho excepcional foi impulsionado pelo volume robusto exportado, que aumentou em 240,0% em comparação a janeiro de 2023, alcançando 2,85 milhões de toneladas. A China liderou as importações, adquirindo US$ 1,00 bilhão, o que representa 69% do valor exportado.

O complexo sucroalcooleiro destacou-se como o segundo principal setor exportador do agronegócio brasileiro em janeiro de 2024, registrando um aumento de exportação de US$ 1,84 bilhão (+69,9%). O volume exportado de açúcar atingiu uma marca recorde de 3,2 milhões de toneladas, resultando em vendas externas no valor de US$ 1,69 bilhão (+88,6%). A Índia liderou as importações de açúcar brasileiro, totalizando US$ 157,24 milhões.

Entre fevereiro de 2023 e janeiro de 2024, as exportações do agronegócio brasileiro somaram US$ 168 bilhões, representando um crescimento de 4,8% em comparação aos doze meses anteriores (US$ 160,29 bilhões). Destacam-se a soja em grãos e as carnes como os principais impulsionadores desse desempenho positivo ao longo do ano.

Fonte e Foto: Agrolink