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Conab inicia visitas de campo para o 2º levantamento da safra de grãos 2023/24

Esta semana, os técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) deram início às pesquisas para o 2º Levantamento da Safra de Grãos 2023/24. O trabalho seguirá até o dia 21 deste mês. Este estudo de campo visa fornecer informações essenciais para orientar o setor agrícola do país.

A pesquisa avalia a área destinada ao plantio de culturas de primeira safra, como algodão, amendoim, arroz, feijão, milho e soja. Será monitorado o percentual já semeado. Além disso, também estão sendo coletadas informações detalhadas sobre as condições das lavouras, incluindo questões climáticas, incidência de pragas e doenças que podem afetar o desempenho das culturas. O trabalho de campo inclui também dados sobre a oferta e demanda por insumos e crédito rural, o que permite entender a disponibilidade de insumos agrícolas e a acessibilidade ao benefício.

Além das culturas de primeira safra, a pesquisa também está atualizando informações sobre as culturas de terceira safra e de inverno, como feijão, milho e trigo. Isso inclui dados sobre o percentual de área já colhida, produtividade e qualidade dos produtos colhidos. Para coletar esses dados de maneira abrangente e precisa, equipes de pesquisa estão realizando visitas a campo e estabelecendo contato telefônico com diversas instituições parceiras.

O resultado deste levantamento é importante para orientar políticas agrícolas, decisões de investimento e planejamento estratégico no setor agrícola do Brasil. Os dados coletados ajudarão a compor o Boletim a ser divulgado pela estatal no dia 9 de novembro.

Fonte: Conab Foto: Divulgação/Arquivo OPR

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Conhecimento agropecuário e integração são destaques na Winter Show em Guarapuava

A busca incessante pelo conhecimento e pela integração entre fornecedores, produtores e consumidores foi destacada nesta terça-feira (17) na abertura da Winter Show, evento promovido pela Cooperativa Agrária, em Entre Rios, no município de Guarapuava, no Centro-Sul do Estado. O evento completa 20 anos tendo como objetivo a difusão de tecnologias e pesquisas sobre culturas de inverno, particularmente trigo e cevada.

A Agrária, em parceria com a empresa alemã Ireks, está investindo R$ 500 milhões para produzir malte especial. A nova indústria será levantada ao lado de outra maltaria da Agrária, com previsão de iniciar a operação em 2026. Os maltes especiais são importados hoje para abastecer o mercado nacional. A previsão é gerar cerca de 400 empregos diretos e indiretos.

“Precisaremos de mais cereais de inverno”, destacou o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. “Esta região de Entre Rios é diferente, onde se faz uma das melhores agriculturas do Brasil, fruto de investimento em ciência, em conhecimento, em inovação”.

Segundo ele, muito disso se deve aos 20 anos do evento da Winter Show. “É um ambiente para bem decidir a produção, para aprender um pouco todo dia sobre fazer mais e melhor com menos”, afirmou Ortigara.

O presidente da Agrária, Adam Stemmer, salientou que o evento foi criado com base em dois princípios: ter cunho técnico e ligar cadeia de fornecedores, produtores e clientes. “Esses princípios continuam vivos e sendo cumpridos”, reforçou. De acordo com ele, a própria cooperativa também se move nesse sentido. “Todas as indústrias têm contrato de longo prazo com os clientes, o que possibilita novos negócios”, disse.

Cultura de inverno

Historicamente o Paraná é grande produtor de culturas de inverno. Na safra passada foram produzidas 334,6 mil toneladas de cevada em 84,6 mil hectares. Na nova safra, a previsão é de 396,6 mil toneladas em 87,1 mil hectares.

O trigo ocupou 1,2 milhão de hectares na safra 2021/22 com produção de 3,5 milhões de toneladas. No ciclo que está sendo colhido agora, a estimativa neste momento é de 4,1 milhões de toneladas. As aveias branca e preta devem render 520 mil toneladas, enquanto canola, centeio e triticale somam 46,5 mil toneladas.

Evento

O Winter Show 2023 é promovido pela Agrária e pela Fundação Agrária Pesquisa Agropecuária (Fapa). Entre os dias 17 e 19 de outubro, o público terá contato com dezenas de expositores que oferecerão soluções para o agronegócio, além de palestras e cursos.

Fonte e Foto: AEN

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Preços do arroz no Brasil: firmeza no mercado

O mercado interno de arroz no Brasil continua a demonstrar estabilidade, conforme revelam os dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). A manutenção dos preços é impulsionada por diversas variáveis, incluindo as paridades de exportação e importação, que ganharam destaque recentemente devido à variação da taxa de câmbio.

De acordo com boletim do Cepea, além disso, a previsão de estoques de passagem reduzidos mantém a sustentação nos preços domésticos. Segundo informações divulgadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a relação estoque final sobre o consumo deve atingir 16,6% em dezembro de 2023. Se essa projeção se confirmar, será a menor relação em sete anos, remontando à safra 2015/16. Além disso, as perspectivas para a oferta e demanda em 2024 indicam uma recuperação modesta nos estoques de passagem, atingindo 18,1%.

Perspectivas de preços e sazonalidade

A manutenção dos preços do arroz no próximo ano-safra permanece como tendência, uma vez que as projeções apontam para uma limitada recuperação dos estoques. No entanto, os agentes do mercado devem estar atentos à sazonalidade de preços, que pode influenciar as cotações ao longo do ano. As flutuações sazonais podem resultar em variações nos preços, sendo importante acompanhar esses movimentos para tomar decisões informadas no mercado.

Fonte: Agrolink/Aline Merladete Foto: Divulgação

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Cotações do trigo voltam a reagir

As cotações de trigo no mercado de lotes brasileiro mostraram uma notável reviravolta após uma série de quedas, como indicam os dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). No período compreendido entre 6 a 13 de outubro, as cotações experimentaram um crescimento significativo, com aumento de 6,14% em São Paulo, 2,52% no Paraná e 1,85% no Rio Grande do Sul, mantendo-se estáveis em Santa Catarina, que é um importante centro de negociações entre empresas no setor de trigo. Enquanto as cotações mostram resiliência, o cenário na colheita de trigo também está evoluindo.

Os principais estados produtores do Brasil, Rio Grande do Sul e Paraná, estão gradualmente intensificando os trabalhos de colheita. No entanto, as chuvas continuam sendo um fator de preocupação para os triticultores.

As estimativas recentes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontam para uma redução na produtividade e, consequentemente, na produção de trigo no país. A nova safra de trigo no Brasil, atualmente em processo de colheita, é projetada em aproximadamente 10,46 milhões de toneladas. Isso representa uma queda de 3,3% em comparação com o relatório de setembro e 0,9% abaixo do recorde estabelecido na temporada passada.

Fonte: Agrolink/Aline Merladete Foto: Divulgação

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Brasil desvia cargas de grãos para Santos por seca nos rios amazônicos, diz Anec

Exportadores de grãos que veem algum risco de atraso para seus embarques antes previstos para os portos do Norte do Brasil estão desviando algumas cargas para terminais ao Sul/Sudeste, especialmente para Santos, principal canal de escoamento de soja e milho do país, disse o diretor-geral da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), Sérgio Mendes, à Reuters.

Segundo ele, não se trata de um movimento amplo. O dirigente da Anec, que representa gigantes do setor como ADM, Bunge, Cargill, Cofco, entre outras, não citou quais empresas estariam desviando cargas do Norte para o porto do Sudeste. Os volumes envolvidos também não foram estimados.

Mendes disse ainda que a seca nos rios amazônicos, que tem limitado os volumes transportados em barcaças até os portos de exportação do Arco Norte, não impactará as exportações brasileiras este ano, já que há alternativas como o porto de Santos, onde cerca de 70% da carga de grãos chega por ferrovia.

“Aqueles recordes de exportação no ano permanecem, isso é uma mera troca (de porto). A companhia vê que ela poderia correr um risco transportando pelo Norte, ela pega e desvia o navio para Santos, parece que é mais Santos que está acontecendo”, disse Mendes, por telefone.

“Não é uma coisa que o setor inteiro (esteja) desviando. Aqueles que acham que estão em algum local que pode ter sido afetado, e que possa correr algum risco, eles desviam”, acrescentou.

Os comentários foram feitos após a Reuters questionar a Anec sobre uma redução na expectativa de exportação de soja e milho do Brasil em outubro. Na véspera, a associação reduziu em cerca de 900 mil toneladas a previsão de embarques dos dois grãos para o mês, em relação à projeção da semana anterior.

Neste momento do ano, o Brasil exporta maiores volumes de milho, enquanto grande parte da soja já foi escoada.

“É coisa pequena (o que está sendo desviado). E que não vai afetar os nossos volumes anuais previstos”, disse ele, lembrando que os ajustes semanais nas previsões da Anec sobre exportações são “normais”, e muitas vezes estão relacionados a chuvas que interrompem os embarques.

Recentemente, choveu bastante no Sul e Sudeste do Brasil.

“Agora está havendo mudança por precaução, negócio é negócio, naquilo que está dando para alterar. E normalmente é Santos… se analisar o milho, ao longo dos anos, Santos é o maior exportador… o pessoal da ferrovia dá segurança”, destacou.

Procurada, a Rumo, que opera a ferrovia que dá acesso a Santos, disse que não faz avaliações pontuais do mercado, apresentando dados apenas nas divulgações de resultados trimestrais.

Arco Norte e China

Os portos do Arco Norte, que têm sofrido com a seca e baixa navegabilidade dos seus principais rios neste ano, vêm ganhando fatia nos embarques nos últimos anos, sendo vitais para que as exportações brasileiras ampliem sua competitividade no cenário mundial.

De janeiro a agosto, 44% das exportações de milho do Brasil saíram por Barcarena (PA), Itaqui (MA), Itacoatiara (AM) ou Santarém (PA), de acordo com dados da estatal Conab.

No período, o Porto de Santos concentrou 31% dos embarques do milho do Brasil, que este ano deve ultrapassar os Estados Unidos como o maior fornecedor global a despeito de a produção brasileira ser cerca de um terço da norte-americana, com impulso da demanda da China.

Das 34 milhões de toneladas de milho que o Brasil exportou de janeiro a setembro, volume de 7,9 milhões de toneladas teve como destino a China, que no primeiro ano após um acordo entre os dois países em 2022 já é o maior cliente do cereal brasileiro.

Mendes disse que a Anec mantém as projeções de exportações recordes do Brasil em 2023, em 99 milhões de toneladas para a soja, e entre 52 milhões e 53 milhões para o milho.

Mas disse que os traders consideram que o Brasil pode exportar volumes ainda maiores de milho em 2023.

“Se me perguntar quanto acho hoje, o número é 56 (milhões de toneladas para o milho)”, disse, lembrando que agentes do mercado já falam também em 100 milhões de toneladas de exportação da soja neste ano.

Tais volumes representam um salto em relação a 2022, quando o Brasil exportou 77,8 milhões de toneladas de soja, após uma seca reduzir a produção no Sul, e 44,7 milhões de toneladas de milho, segundo a Anec.

Fonte: Reuters Foto: Divulgação

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Embrapa: Abertas inscrições para Curso de Produção de Soja

A Embrapa promoverá o módulo de Manejo Fitossanitário do Curso de Produção de Soja, de 27 de novembro a 1º de dezembro, em Londrina, em formato presencial e com carga horário de 36 horas. O curso, que é voltado para técnicos, produtores e profissionais de ciências agrárias, está com as inscrições abertas.

O conteúdo irá abordar os seguintes tópicos: Fisiologia Vegetal, Manejo integrado de doenças, Manejo de nematoides, Manejo integrado de pragas e Tecnologia de aplicação de agroquímicos. As aulas teóricas, as práticas de campo e as visitas técnicas serão ministradas por pesquisadores da Embrapa Soja e por especialistas de empresas e instituições parceiras.

O curso é dividido em dois módulos independentes, sendo Manejo Fitossanitário e Manejo do Solo e da Cultura, este último será realizado em data a ser definida.

Curso de Produção de Soja: módulo Manejo Fitossanitário

Data: 27/11 a 1/12/2023

Horário: 8h às 17h (segunda à quinta-feira)

8h às 12h (sexta-feira)

Local: Embrapa Soja, distrito de Warta, Londrina (PR)

Programação completa e inscrições: www.embrapa.br/soja/curso-de-producao

Mais informações sobre o curso em soja.eventos@embrapa.br / (43) 3371 6067

Fonte e Foto: Embrapa Soja

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Lista Forbes das 100 Mulheres Doutoras do Agro

No Dia Internacional da Mulher Rural, 15 de outubro, a Forbes faz uma homenagem àquelas que se dedicam a longos anos de estudos, em busca de seus doutorados, cujas consequências levam ao avanço da produção de alimentos, fibras e bioenergia. A data foi criada pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1995.

O número de mulheres com doutorado tem crescido no Brasil.  Os dados mais recentes da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), mostram que em seis anos, entre 2013 e 2019, houve um crescimento anual de 61% no número de doutoras no país. No total, as mulheres passaram de 8.315 para 13.419, superando os homens, que foram de 7.336 para 11.013, no mesmo período.

No agro, as mulheres doutoras não estão apenas na academia – universidades e faculdades – ou nas instituições representativas, como é o caso da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), um dos maiores redutos de talentos femininos na pesquisa. Cada vez mais, as empresas do agronegócio buscam por mulheres com esse título para integrarem seus quadros em funções de alta gestão ou que sinalizam para lá.

Essas mulheres doutoras representam uma nova geração no campo, altamente especializada, como mostra a lista das 100 mulheres doutoras preparada pela Forbes. O doutorado, também conhecido como Ph.D. (Doctor of Philosophy), é o mais alto grau acadêmico que uma pessoa pode obter em uma determinada área do conhecimento. O pós-doutorado é considerado um aperfeiçoamento. Confira as 10 primeiras e lista completa aqui.

1 – Adriana Lúcia da Silva, do IBGC e Agtech Garage

A engenheira agrícola Adriana Lúcia da Silva é doutora em agronomia desde 2006. Em janeiro deste ano, ela tornou-se coordenadora do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) para o interior paulista, a partir de Piracicaba. Neste município em 2016, Adriana também foi cofundadora do Agtech Garage, hub de inovação, sendo membro do conselho até os dias atuais.

2 – Andréia Mara Rotta de Oliveira, pesquisadora

Formada em ciências biológicas, Andréia Mara Rotta de Oliveira é doutora em fitotecnia, técnica de estudo das plantas, desde 2001, com pós-doutorado em microbiologia agrícola. Nos dias atuais, ela é coordenadora da área de pesquisa em olivicultura do departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária, órgão do governo do Rio Grande do Sul, estado que é o maior produtor de azeite do país.

3 -Adrielle Ferrinho, da Minerva Foods

A zootecnista Adrielle Ferrinho é doutora em ciências, qualidade e produtividade animal desde 2020. Seus estudos foram sobre a expressão de genes, envolvendo aspectos de animais da raça nelore e também os cruzamentos com a galiza rubia gallega, de origem na Galícia. Atualmente, ela é a especialista em pesquisa e desenvolvimento na Minerva Foods, em Barretos (SP).

4- Alexandra Pavan Novello, do Centro de Tecnologia Canavieira

A bióloga Alexandra Pavan Novello é doutora em microbiologia agrícola desde 2015, com estudos sobre fermentação, prospecção e formulação de biológicos. Atualmente, ela faz parte da equipe do CTC (Centro de Tecnologia Canavieira), em Piracicaba (SP), onde responde pela linha de pesquisa de microrganismos destinados à formulação de bioinsumos.

5 – Aline Rezende Rodrigues, do Laticínios Buritis

A médica veterinária Aline Rezende Rodrigues é doutora em doenças parasitárias com foco na reprodução animal desde 2005. Ela também é sócia do Laticínios Buritis, localizado no Vale dos Buritis, noroeste de Minas Gerais. Desde a fundação, Ana é a diretora de qualidade da empresa, tornando-se uma reconhecida especialista na indústria do queijo.

6 – Aline Sampaio Aranha, do Sítio Paraíso

A zootecnista Aline Sampaio Aranha tornou-se doutora em 2019, com foco em produção animal, composição corporal, nutrição de ruminantes em confinamento e pastagem. Já passou por vários grupos de estudo e também na gerência de rebanhos. Desde 2020, é ela que comanda o gado leiteiro do Sítio Paraíso, em Iperó (SP).

7 – Ana Carolina Rodrigues, da Elanco

A médica veterinária Ana Carolina Rodrigues é doutora em zootecnia desde 2008, com sua tese defendida na Clínica do Leite, na Esalq/USP. Em 2011, ela se tornou pós-doutora na Universidade de Wisconsin, em Madison, nos EUA. Atualmente, é pesquisadora da equipe sênior na Elanco, com foco na área de gado leiteiro e de corte, e também suínos e aves.

8 – Ana Elisa Alvim Dias Montagner, da Embrapa Amapá

A atual chefe de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Amapá, Ana Elisa Alvim Dias Montagner, é doutora em zootecnia desde 2004. Em 2008, ela tornou-se pesquisadora da instituição que hoje está à frente. Uma de suas principais teses e estudos são em sistemas agrossilvipastoris e manejo bubalino em áreas inundáveis, onde está o principal manejo da espécie no estado.

9 – Ana Karina Dias Salman, da Embrapa Rondônia

Ana Salman é doutora em zootecnia desde 2003. Sua tese foi sobre expressão gênica em bovinos super precoces. Salman está na Embrapa desde 2005 e hoje é a responsável pelo Núcleo de Produção Animal da unidade de Rondônia, em Porto Velho, atua em diversos projetos de ILPF (integração lavoura-pecuária- floresta) na Amazônia, além de professora na pós-graduação da UNIR (Universidade Federal de Rondônia).

10 – Ana Paula Contador Packer, da Embrapa Meio Ambiente

A engenheira agrônoma Ana Packer tornou-se doutora em 2000, em química analítica, além de possuir mais cinco pós-doutorados, dos quais um no Canadá. Na Embrapa desde 2010, em junho deste ano ela assumiu a chefia geral da unidade Meio Ambiente, em Jaguariúna (SP). E neste mês, Ana Paula tornou-se membro da Academia Brasileira de Ciências Agronômicas.

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Guerra em Israel pode impactar agronegócio paranaense

A guerra no Oriente Médio pode impactar diretamente o agronegócio paranaense. Além de alta no valor do petróleo, que aumenta o custo da cadeia produtiva do transporte de cargas, o conflito entre Israel e o Hamas faz com que o valor dos fertilizantes cresça no mercado internacional.

Em 2022, o Brasil importou US$ 1,5 bilhão em sementes, ativos e fertilizantes de Israel. É o que explica o doutor em Internacionalização e Estratégia e professor universitário, João Alfredo Nyegray.

As consequências econômicas da guerra dependem diretamente da duração do conflito. A previsão é que as primeiras altas sejam registradas nas próximas semanas.

Até o momento, o número de mortos chega aos quatro mil, em Israel e na Palestina.

Ouça

Fonte e Foto: BandNews

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Mercados globais se preparam para consequências do aumento das tensões no Oriente Médio

A guerra entre Israel e o Hamas atraiu mais atenção para os crescentes riscos geopolíticos para os mercados financeiros, enquanto investidores esperam para ver se o conflito atrai outros países, com potencial para aumentar ainda mais os preços do petróleo e causar um novo golpe na economia mundial.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu no domingo “demolir o Hamas”, enquanto suas forças armadas preparavam operações terrestres em Gaza para erradicar o grupo militante, cujos ataques mortais em cidades fronteiriças israelenses surpreendeu a nação.

Os preços do petróleo saltaram quase 6% na sexta-feira, com investidores precificando a possibilidade de um conflito mais amplo no Oriente Médio. O primeiro indicador da reação aos acontecimentos do fim de semana provavelmente ocorrerá quando o petróleo começar a ser negociado na Ásia no final do domingo.

“Parece que estamos caminhando para uma invasão terrestre maciça de Gaza e uma perda de vidas em grande escala”, disse Ben Cahill, membro sênior do Programa de Segurança Energética e Mudança Climática do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS). “Sempre que houver um conflito dessa escala, haverá uma reação do mercado.”

A reação do mercado na semana passada foi relativamente discreta, embora o shekel, moeda israelense, tenha sofrido um grande baque.

“Não tenho ideia se os mercados continuarão relativamente bem comportados”, disse Erik Nielsen, consultor econômico chefe do grupo UniCredit. “Quase certamente depende se esse último conflito permanecerá localizado ou se ele se transformará em uma guerra mais ampla no Oriente Médio.”

O S&P 500 caiu 0,5% na sexta-feira. Ativos considerados seguros tiveram maior procura, com o ouro subindo mais de 3% na sexta-feira e o dólar dos EUA atingindo a maior alta em uma semana.

Um conflito em expansão provavelmente também causaria uma maior aceleração da inflação e, como subproduto, das taxas de juros em todo o mundo, disse Bernard Baumohl, economista-chefe global do The Economic Outlook Group em Princeton, Nova Jersey.

Entretanto, embora a inflação e as taxas de juros em outros países provavelmente subam nesse pior cenário, os Estados Unidos podem ser a exceção, já que investidores estrangeiros tradicionalmente despejam capital no que consideram um porto seguro durante conflitos globais, observou Baumohl.

“As taxas de juros podem cair”, disse ele. “Espere que o dólar se fortaleça.”

Na Europa, os economistas disseram que a barra para outro aumento da taxa do Banco Central Europeu é alta.

A guerra entre o grupo islâmico Hamas e Israel representa um dos riscos geopolíticos mais significativos para os mercados de petróleo desde a invasão da Ucrânia pela Rússia no ano passado.

“Se a guerra da Ucrânia nos ensinou alguma coisa, é que não devemos subestimar o efeito da geopolítica”, disse o economista para Europa do Nomura, George Moran, no podcast do banco sobre a semana que se inicia.

Outros mercados de energia podem ser afetados, conforme observado em acontecimentos recentes, como a Chevron, que interrompeu as exportações de gás natural por meio de um importante gasoduto submarino entre Israel e o Egito.

É improvável que o aumento dos preços do petróleo tenha um impacto significativo sobre os preços do gás nos EUA ou sobre os gastos dos consumidores, observaram os analistas.

No entanto, é preciso monitorar a situação, disse Jack Ablin, diretor de investimentos da Cresset Capital.

“Se, de repente, a produção de petróleo for cortada ou o transporte de petróleo for interrompido, isso certamente criará problemas não apenas para as economias, mas também para os mercados”, disse ele.

O petróleo, as ações de empresas petrolíferas, as commodities em geral e o ouro em particular poderiam servir como proteções eficazes para os investidores, disse Ablin.

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Fonte: Reuters Foto: Divulgação

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Incertezas sobre clima e qualidade travam negócios com trigo no Brasil

Os agentes seguem na defensiva em meio às incertezas sobre a produção nacional. Isso deve-se ao clima adverso que predominou em setembro e se estende, em algumas regiões do Sul do Brasil, em outubro. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Elcio Bento, a comercialização não avança no país devido às dúvidas sobre a qualidade do grão que vai sendo colhido.

Conab

A colheita da safra 2022/23 de trigo está em 41% da área estimada para a temporada 2022/23 nos oito principais estados produtores do Brasil (Goiás, Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul que representam 99,9% do total), conforme levantamento semanal da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com dados recolhidos até 7 de outubro. Na semana anterior, a ceifa estava em 35%. Em igual período do ano passado, o número era de 25,5%.

Paraná

O Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, informou, em seu relatório semanal, que a colheita atingiu 73% da área cultivada de 1,408 milhão de hectares. A área deve ser 14% maior do que em 2022, quando cultivou 1,237 milhão de hectares.

Segundo o Deral, 75% das lavouras estão em boas condições, 20% em situação média e 5% em situação ruim, com 1% em floração, 45% em frutificação e 54% em maturação. No dia 2 de outubro a colheita atingia 69% da área, com 78% das lavouras estavam em boas condições, 17% em situação média e 5% em situação ruim, divididas entre as fases de floração (7%), frutificação (41%) e maturação (52%).

A safra 2023 de trigo do Paraná deve registrar uma produção 4,155 milhões de toneladas, 18% acima das 3,515 milhões de toneladas colhidas na temporada 2022. A produtividade média é estimada em 2.951 quilos por hectare, acima dos 2.847 quilos por hectare registrados na temporada 2022.

Rio Grande do Sul

A colheita de trigo atinge 11% da área no Rio Grande do Sul. Na semana passada, os trabalhos chegavam a 3%. Em igual momento do ano passado, eram 4%. A média dos últimos cinco anos é de 8%.

Apesar da presença de precipitações em parte do período, os triticultores aproveitaram as janelas de tempo mais seco para prosseguir com o processo de colheita. A operação foi conduzida, mesmo sem as condições ambientais ideais, com o objetivo de assegurar a colheita de um produto que ainda atenda aos padrões de comercialização estabelecidos para a indústria de moagem.

A cultura está evoluindo rapidamente em direção ao estágio de maturação, que alcançou 42%. Porém, devido às condições climáticas desfavoráveis, há estimativa de redução no potencial produtivo. À medida que as lavouras avançam para o final do ciclo, observam-se danos causados pela alta umidade, principalmente em termos de quantidade e de qualidade dos grãos. A diminuição no número de grãos por espiga é atribuída a falhas na polinização e à entrada de doenças nos órgãos reprodutivos, ambas consequências do grande volume de chuvas ocorrido durante os estágios reprodutivos da cultura.

Argentina

A Bolsa de Buenos Aires cortou sua projeção para a safra de trigo da Argentina. Devido à falta de chuvas, à piora nas condições e ao aumento da área em déficit hídrico, a estimativa de produção passou de 16,5 para 16,2 milhões de toneladas. A produção segue estimada em 16,5 milhões de toneladas. A área plantada foi de 5,9 milhões de toneladas.

As lavouras argentinas se dividem entre condições boas ou excelentes (13%), normais (44%) e regulares ou ruins (42%). Na semana passada, eram 19%, 49% e 32%, respectivamente. Em igual momento do ano passado, 12%, 39% e 50%. O déficit hídrico atinge 50% das plantas. Na semana passada, eram 38%. Em igual momento do ano passado, 53%.

Fonte: Agência SAFRAS Foto: Divulgação