Festival do Pão de Centeio

Festival de Broas de Centeio e Linguiça Blumenau acontece em Curitiba

Evento é realizado até 22 de julho em 23 padarias participantes

Começou o 2º Festival de Broas de Centeio e Linguiça Blumenau de Curitiba, que será realizado de 8 a 22 de julho. Serão 23 padarias participando, com combos exclusivos no valor único de R$ 19. As broas de centeio são tão tradicionais nas mesas curitibanas que foram servidas a personagens relevantes da História, como o imperador Dom Pedro II e o Papa João Paulo II. O produto está em processo para receber Indicação Geográfica, certificação conferida a produtos que são característicos do seu local de origem. O festival é uma realização conjunta da plataforma de gastronomia Curitiba Honesta e do SIPCEP (Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria do Estado do Paraná).

Muitas opções de Broas de Centeio e Linguiça Blumenau


As padarias participantes do festival criaram diversos preparos exclusivos de Broas de Centeio e Linguiça Blumenau para valorizar o casamento entre as broas de centeio e a linguiça Blumenau. Entre eles o sanduíche de broa com ragu de linguiça e nata cítrica; bruschettas de broa com creme de ricota, geleia de cebola caramelizada, linguiça e broto de alfafa; o hambúrguer de linguiça Blumenau e carne bovina, com queijo coalho tostado, tomate, rúcula, picles e molho barbecue servido na mini broa de centeio, broa de centeio recheada de linguiça, sanduíche de broa com almôndegas de linguiça Blumenau, queijo muçarela e maionese de alho, entre vários outros.

Festival de Broas de Centeio e Linguiça Blumenau é celebração


“Este evento é muito mais do que uma celebração de nossa culinária local; é um motor de impulso para nossa economia, um ponto de encontro para turistas e uma vitrine para a criatividade de nossos participantes. É uma chance de ouro para que nossos talentosos padeiros demonstrem suas habilidades e inovem em suas criações”, diz Vilson Felipe Borgmann, presidente do SIPCEP.


“Esta segunda edição do festival vai trazer ainda mais visibilidade para as broas de centeio, produto que já é muito tradicional, da mesma forma que fizemos com a carne de onça, que também foi redescoberta e considerada Patrimônio Histórico de Curitiba depois que iniciamos festivais tendo como tema esse prato”, diz Sérgio Medeiros, da Curitiba Honesta. A empresa já realizou mais de 50 festivais gastronômicos.

Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria do Paraná lançou no mês de junho o livro “Origem, notoriedade e continuidade histórica das Broas de Centeio em Curitiba”, Claudine Botelho e Oscar Luzardo. A obra conta a história das broas e é uma edição comemorativa ao aniversário do sindicato.
Os primeiros registros históricos das broas de centeio datam de 1867, conforme pesquisa feita pelos autores.. As broas são tão populares nas mesas curitibanas que foram servidas a personagens relevantes da História, como o imperador Dom Pedro II e o Papa João Paulo II. O livro demonstra como as broas de centeio vieram na bagagem cultural dos imigrantes da Europa central e foram reinventadas através de interação social desses grupos com os demais habitantes de Curitiba. Além dos aspectos sensoriais e nutricionais, elas serviram para a identificação cultural das pessoas que aqui chegaram, e ao mesmo tempo como elemento de partilha e integração. A obra pode ser obtida na sede do sindicato.
O 2º Festival de Broas de Centeio e Linguiça Blumenau tem patrocínio da Olho Embutidos, Anaconda e Coalhada Schaffer.
Confira a lista de participantes abaixo. Para ver todos os endereços e receitas, basta acessar o site www.curitibahonesta.com.br.

Texto e Fotos – Bem Paraná

Plano Safra

Plano Safra 2024/25 tem juros altos e recursos abaixo do esperado

Taxas de juros acima das expectativas do setor deixam produtores apreensivos. Além disso, R$ 476 bilhões em crédito anunciados pelo governo federal estão abaixo dos R$ 565 bilhões reivindicados pelo agronegócio

A safra 2024/25 começa com um desafio extra. Além do “risco Brasil” de todas as temporadas e as incertezas climáticas, os produtores rurais terão que pensar em formas de driblar as altas taxas de juros. Esse é o balanço do anúncio do Plano Safra 2024/25, que jogou um balde de água fria nas expectativas do setor produtivo. Se por um lado o montante de R$ 476 bilhões está acima do ano passado (R$ 338 bilhões), os recursos estão mais caros. A maior parte das linhas de investimento permanece com taxas elevadas, mesmo com o pedido do Sistema FAEP/SENAR-PR para que houvesse uma redução.

Confira as propostas do Sistema FAEP/SENAR-PR para o Plano Safra 2024/25:

As taxas de juros praticadas no Plano Safra estão diretamente ligadas com o montante reservado pelo governo federal no orçamento para fazer a chamada equalização. O pedido do setor produtivo era o valor acima de R$ 20 bilhões, mas o orçamento ficou abaixo, em R$ 16,7 bilhões (R$ 6,3 bilhões para agricultura convencional e R$ 10,4 bilhões para a agricultura familiar).

“Nos preocupam essas taxas de juros, que variam de 8% a 12%. Havíamos solicitado que a taxa máxima fosse de 9% para algumas linhas de investimento, aquelas que têm maior prazo para pagamento. As taxas acima de dois dígitos não incentivam que o produtor faça novos investimentos”, problematiza Ana Paula Kowalski, técnica do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema FAEP/SENAR-PR.

“O aumento em relação ao Plano Safra anterior repõe parte do que o produtor precisa, mas não é o suficiente em relação ao que é necessário para a captação de recursos pelos agricultores”, avalia Ana Paula.

Seguro rural

Nessa época do ano, quando ocorre o lançamento do Plano Safra, o setor aguarda as verbas suplementares para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). Apesar do pedido de suplementação de R$ 2,1 bilhões ao governo federal, o anúncio foi de apenas R$ 210,9 milhões. O valor que estava previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024 era de R$ 965,5 milhões, ou seja, em 2024 está previsto um valor de R$ 1,16 bilhão em subvenção, pouco mais de um terço do que o setor produtivo estima ser necessário: R$ 3 bilhões.

“O acesso ao seguro é ainda mais importante nesse momento, porque tivemos alterações importantes nas regras do Proagro, que tornaram o programa mais caro, praticamente inviabilizando a sua contratação. Porém, a subvenção anunciada ficou muito aquém das expectativas e devemos ver ainda menos produtores contratando apólices”, lamenta Ana Paula.

Esse esvaziamento do seguro rural é um movimento recorrente nos últimos anos. O PSR, criado em 2006, tinha recebido aumentos sistemáticos, até chegar a R$ 1,1 bilhão em 2021. Desde então, o montante vem encolhendo, segundo dados do Atlas do Seguro Rural do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Essa tendência impacta diretamente na procura pelo seguro rural. Em 2021, foram 212,8 mil apólices contratadas em todo o Brasil. Em 2022, o número caiu para 123,1 mil e, em 2023, fechou em 106,6 mil. De janeiro a junho de 2024, foram apenas 32,1 mil apólices contratadas.

Trazendo o recorte para o Paraná, em 2021 os paranaenses contrataram 82,2 mil apólices, número que caiu para 46,8 mil em 2022 e para 36,6 mil em 2023. No primeiro semestre de 2024, foram apenas 13,8 mil apólices contratadas.

Ponto de atenção

O governo anunciou um desconto de 0,5 ponto percentual na taxa de juros do custeio para atividades produtivas sustentáveis. Poderão acessar esse desconto beneficiários enquadrados no Pronamp e demais produtores, desde que sejam enquadrados em um dos quatro programas com certificação reconhecida pelo Mapa: Produção Integrada (PI Brasil-Mapa); Programa de Boas Práticas Agrícolas (BPA-Mapa); Produção Orgânica certificada por instituições certificadoras credenciadas pelo Mapa e Produção Orgânica certificada por organismos participativos de avaliação da conformidade orgânica, credenciados pelo Mapa. A certificação poderá ser validada pela instituição financeira mediante consulta à plataforma AgroBrasil + Sustentável.

Os mutuários do Programa de Financiamento a Sistemas de Produção Agropecuária Sustentáveis (RenovAgro) também podem acessar o desconto na taxa de juros. O RenovAgro financia investimentos em recuperação de pastagens degradadas; implantação e melhoramento de sistemas orgânicos, de plantio direto, de integração lavoura-pecuária-floresta e agroflorestais; implantação, manutenção e melhoramento de florestas comerciais, sistemas de manejo de resíduos da produção animal; além de uso e produção de bioinsumos para uso próprio e adoção de práticas conservacionistas de uso dos recursos naturais, como correção de acidez e fertilidade do solo.

Atraso no anúncio foi criticado pela FAEP

O anúncio do Plano Safra 2024/25 saiu com uma semana de atraso em relação ao que havia sido anunciado pelo governo federal. A princípio, o lançamento estava marcado para 26 de junho, véspera do início do ano-calendário da nova safra, que começou oficialmente em 1º de julho. O setor produtivo, no entanto, foi surpreendido com o adiamento para 3 de julho.

Por nota, o Sistema FAEP/SENAR-PR repudiou o adiamento. “Essa mudança tem impacto direto no planejamento de milhares de agricultores e pecuaristas do Paraná e dos demais Estados. Desta forma, produtoras e produtores rurais começaram a temporada em meio às incertezas”, destacou o documento. Texto e fotos – Sistema FAEP

Lar Cooperativa

Lar Cooperativa lança seu primeiro Relatório de Sustentabilidade

Na última quinta-feira (04/07), a Lar Cooperativa Agroindustrial deu um passo significativo na sua trajetória ao lançar a primeira edição do Relatório de Sustentabilidade referente ao ano de 2023. O lançamento que ocorreu durante o Lar Day, reuniu mais de 300 convidados, incluindo representantes dos principais bancos, clientes e parceiros estratégicos. A apresentação do relatório foi feita pelo Diretor-Presidente Irineo da Costa Rodrigues, destacando o compromisso da cooperativa com a transparência, a responsabilidade socioambiental e a governança exemplar.

Um compromisso sólido com a sustentabilidade – O Relatório de Sustentabilidade da Lar Cooperativa Agroindustrial é um documento detalhado que reflete os esforços contínuos da organização em promover práticas sustentáveis em todas as suas operações. Seguindo a referência ao Global Reporting Initiative (GRI), o relatório abrange aspectos ambientais, sociais e de governança (ESG), oferecendo uma visão abrangente das iniciativas e dos resultados alcançados ao longo de 2023.

Marco – Irineo da Costa Rodrigues, Diretor-Presidente, destacou em sua mensagem a importância deste marco. “É com grande satisfação que apresentamos nosso primeiro relatório de sustentabilidade, um documento que destaca nossas ações, compromissos e esforços contínuos em prol da responsabilidade social, ambiental e econômica. O ano de 2023 foi desafiador, repleto de acontecimentos que exigiram resiliência e maior eficiência, levando-nos a buscar a otimização dos processos.”

Avanços – Entre os principais avanços, Rodrigues mencionou a criação do Comitê de Sustentabilidade, a implementação de projetos que contribuem para a redução de emissões de gases de efeito estufa e a promoção da gestão responsável de recursos hídricos. Esses esforços resultaram em um crescimento de 3,5% no faturamento da cooperativa, alcançando uma receita líquida de R$ 21,8 bilhões.

Pilares fundamentais Ambiental, Social e Governança – O relatório está organizado em três pilares fundamentais: Ambiental, Social e Governança. Cada seção detalha as iniciativas e práticas que a Lar Cooperativa adotou para contribuir com a sustentabilidade em todas as suas operações.

Ambiental: A Lar Cooperativa implementou o Programa Prioridade Ambiental, focando na agricultura e pecuária sustentáveis, na redução das emissões de gases de efeito estufa e na preservação da biodiversidade. A cooperativa também investiu na melhoria da matriz energética e na gestão eficiente dos recursos hídricos e dos resíduos.

Social: O compromisso com as pessoas, a cultura e a inclusão é uma prioridade para a Lar. A cooperativa investiu em capacitação e cultura, remuneração e benefícios, além de promover a diversidade e inclusão no ambiente de trabalho. A saúde e segurança no trabalho também receberam atenção especial, garantindo um ambiente seguro e saudável para todos os colaboradores.

Governança: A gestão ética, íntegra e transparente é um dos pilares da Lar. O relatório destaca os avanços em governança corporativa, qualidade e inovação, reforçando o compromisso com a sustentabilidade e a criação de valor para associados, funcionários, clientes, fornecedores e a comunidade.

Informações relevantes – O Superintendente Administrativo Financeiro, Cledio Roberto Marschall, também reforçou a importância do relatório: “O Relatório de Sustentabilidade é um importante meio pelo qual as empresas divulgam suas ações de ESG. Como contém informações relevantes, precisam atender a requisitos mínimos de padronização e princípios, um protocolo específico – que atualmente é definido pelo GRI. Destacou ainda que as informações contidas no relatório de sustentabilidade receberam asseguração independente realizada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). A Lar sempre atuou de forma intensa nestes temas, e o relatório é uma oportunidade para descrevermos com ainda mais detalhes as principais ações que desenvolvemos junto à empresa, à comunidade e às demais partes envolvidas.”

Olhando para o Futuro – Esta iniciativa da Lar é um reflexo da dedicação em criar um impacto positivo no meio ambiente e na sociedade, enquanto continua a crescer e inovar. O lançamento do primeiro Relatório de Sustentabilidade da Lar Cooperativa é um marco significativo que consolida a posição da cooperativa como uma líder no setor agroindustrial, comprometida com práticas sustentáveis e éticas. Este documento destaca os resultados alcançados em 2023 e, além disso, estabelece uma base sólida para futuras iniciativas que contribuirão para um futuro mais sustentável e próspero.

Informações – Para mais informações sobre o Relatório de Sustentabilidade e as iniciativas da Lar Cooperativa Agroindustrial, acesse o site oficial da cooperativa, www.lar.ind.br. (Assessoria de Imprensa Lar)

Texto e foto – Comunicação Lar Cooperativa Via Sistema Ocepar

Globo-Rural

Preço do milho inicia julho com quedas intensas

Pressão vem do aumento da oferta do cereal e das desvalorizações externas

O movimento de queda nos preços do milho foi intensificado no início de julho, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP. Na sexta-feira (5/7), o indicador Cepea/Esalq, baseado na região de Campinas (SP), registrava a cotação média de R$ 56,11 a saca de 60 quilos, queda de 1,94% na primeira semana do mês.

De acordo com o Cepea, a pressão vem do aumento da oferta do cereal no mercado spot, com o bom andamento da colheita de segunda safra, e das desvalorizações externas. Além disso, muitos compradores brasileiros evitam adquirir grandes volumes, priorizando o recebimento de lotes negociados antecipadamente à espera de novas desvalorizações.

Texto e fotos – Globo Rural

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Plano Safra nacional terá R$ 475,5 bilhões; agricultura familiar fica com R$ 76 bilhões

O governo federal anunciou no último dia 3 o Plano Safra 2024/25 com R$ 475,5 bilhões colocados à disposição dos agricultores nas linhas tradicionais. Desse volume, R$ 76 bilhões serão destinados ao crédito rural para a agricultura familiar e o restante para a agricultura empresarial. No ano passado foram R$ 435,9 bilhões no total e R$ 71,6 bilhões para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

Para o atual ciclo, o governo decidiu incorporar ao Plano Safra mais R$ 108 bilhões em recursos de Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) para emissões de Cédulas de Produto Rural (CPR). A modalidade foi criada em 1994 e não entrava na conta nos anos anteriores.

“Os valores anunciados pelo governo federal ficaram aquém daqueles que as entidades ligadas à agropecuária paranaense tinham apresentado como sugestão, que chegava a R$ 568 bilhões, e que consideramos justos e adequados. Lamentamos, mas o agricultor precisa produzir com aquilo que lhe é oferecido, então é hora de fazer as contas, plantar, cuidar e colher”, afirmou o secretário da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, Natalino Avance de Souza.

Segundo ele, um dos problemas iniciais do plano safra é a data que foi anunciado, já em pleno ano-safra, que iniciou em 1º de julho. “Nos próximos anos isso precisaria ser feito até meados de junho, possibilitando que os produtores planejem e assinem os contratos previamente e não quando o ano-safra está correndo”, ponderou. “Além disso, devemos reforçar mais a necessidade de termos um seguro rural consistente com cronograma de liberação oportuna dos recursos”. 

Agricultura familiar

Para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) foram destinados R$ 76 bilhões. No Paraná a agricultura familiar representa cerca de 80% dos 371.051 estabelecimentos agropecuários. Se somar todos os outros programas, como garantia-safra, assistência técnica, programa EcoForte, Proagro Mais, entre outros, o valor chega a R$ 85,7 bilhões.

O governo federal destacou, ainda, pretender que o novo plano seja o mais agroecológico da história. Para isso, as taxas de juros para produção orgânica e agroecológica serão de 2% no custeio e 3% no investimento. O Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar também deve lançar edital de R$ 35 milhões para fomentar iniciativas que promovam a transição agroecológica.

O programa EcoForte, principal instrumento da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica do governo federal, criado em 2013 e que não foi contemplado no plano do ano passado, será retomado com edital de R$ 100 milhões para o ciclo 2024 e 2027. A estimativa é beneficiar 40 redes, cooperativas e organizações produtivas da agroecologia, e 30 mil agricultores familiares.

Dez linhas do Pronaf terão redução de taxas. Além disso, o novo plano pretende privilegiar os agricultores que produzem alimentos básicos para a população. O arroz, por exemplo, terá um tratamento especial, incluindo preço mínimo. Além disso, a taxa de custeio será de 3% para o arroz convencional e 2% para o arroz orgânico.

Outra novidade é a criação de uma linha destinada à aquisição de máquinas e implementos agrícolas de pequeno porte no âmbito do Programa Mais Alimentos, com disponibilidade de R$ 12 bilhões. Destinados a famílias com renda anual de até R$ 100 mil, terá juros de 2,5% ao ano com limite de R$ 50 mil.

O plano prevê, ainda, investimento de R$ 55 milhões para apoio à gestão de 700 cooperativas da agricultura familiar. O objetivo é fomentar a organização coletiva por meio do fortalecimento de suas associações, cooperativas e empreendimentos solidários.

Agricultura empresarial

Dentro da agricultura empresarial , destinada a médios e grandes produtores, o total de recursos de crédito, no ciclo 2024/25, é de R$ 400,59 bilhões. Para os custeios de lavouras estão previstos R$ 293,29 bilhões, enquanto os investimentos ficam em R$ 107,30 bilhões.

Em relação aos beneficiários, a previsão é que os produtores enquadrados no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) tenham R$ 65,23 bilhões, com taxa de juros de 8%. Já os demais produtores e cooperativas devem receber R$ 335,36 bilhões, com juros de 12% para custeio.

Para o Moderagro, considerado fundamental pelas entidades do agro paranaense, visto apoiar e fomentar a produção, beneficiamento, industrialização e armazenamento de produtos rurais, o plano safra destina R$ 3 bilhões. O Programa de Financiamento à Agricultura Irrigada e ao Cultivo Protegido (ProIrriga) contará com R$ 2,6 bilhões.

Com proposta de incentivar a inovação tecnológica na produção agropecuária de médios e grandes produtores, o Inovagro terá à disposição R$ 3,5 bilhões, enquanto o financiamento a sistemas de produção sustentáveis contará com R$ 7,7 bilhões. O programa que apoia o desenvolvimento cooperativo tem previsto investimento de R$ 1,8 bilhão.

Fonte: AEN Foto: José Fernando Ogura/Arquivo AEN

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Paraná revisa para cima área plantada com trigo em 2023/24

O Paraná revisou para cima a área semeada com trigo em 2023/24 no estado. Ela deverá somar 1,153 milhão de hectares, ante 1,117 milhão de hectares estimados em maio. Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura do estado, se confirmada, a área será 19% menor em relação à temporada anterior.

A produção esperada é de 3,810 milhões de toneladas, ante 3,703 milhões de toneladas projetados no mês passado e 5% superior ao ciclo 2022/23 (3,515 milhões de t). O rendimento projetado é de 3.303 quilos por hectare ante 3.323 quilos por hectare na previsão anterior.

Milho no Paraná

Em relação ao milho segunda safra, o Deral estima produção de 12,950 milhões de toneladas, em comparação com 13,226 milhões de toneladas projetados em maio. Se confirmado, o volume será 9% menor ante a temporada passada.

A área com o cereal soma, segundo o Deral, 2,421 milhões de hectares, 1% maior ante 2022/23. Para o milho verão, o Deral projeta área de 297,2 mil hectares. A produção estimada é de 2,556 milhões de toneladas, ante 2,552 milhões de t apuradas no mês passado. Em 2022/23 os paranaenses haviam colhido 3,820 milhões de toneladas na primeira safra de milho.

Soja

Em relação à soja, o Deral aponta área de 5,770 milhões de hectares (era de 5,772 milhões de hectares há um mês) e produção de 18,442 milhões de toneladas (ante 18,388 milhões de toneladas em maio). Na comparação com 2022/23, a área é levemente menor (foi de 5,770 milhões de hectares) e a produção 18% menor (foi de 22,394 milhões de toneladas).

Fonte: Estadão Conteúdo Foto: Embrapa

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Senado discute inclusão digital no campo

O Senado está discutindo um projeto para instituir a Política Nacional de Conectividade no Campo, focando na inclusão digital e no desenvolvimento tecnológico das áreas rurais do Brasil. Em 3 de julho, a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) aprovou o relatório do senador Alan Rick (União-AC) para o Projeto de Lei 1.069/2024, proposto pelo senador Jayme Campos (União-MT).

A legislação visa garantir acesso à internet e tecnologias digitais para a população rural, promovendo inovação, redução de custos de produção e aumento da produtividade com foco na sustentabilidade. O relator destaca que a Política Nacional de Conectividade no Campo será um avanço na inclusão digital de milhões de brasileiros na zona rural, ampliando atividades agropecuárias e promovendo inovação e desenvolvimento tecnológico.

“É crucial incentivar a conectividade e a construção de infraestrutura de telecomunicações na zona rural, assegurando que a população tenha acesso aos serviços essenciais e à inclusão digital”, destacou Alan Rick.

Jayme Campos destacou que o acesso à internet é um dos principais desafios da agricultura brasileira, ressaltando que a conectividade no meio rural vai além das aplicações dentro das propriedades, influenciando também as redes de cooperação e comercialização de insumos e produtos. O projeto prevê o uso de recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST) e doações de entidades públicas e privadas para financiar as iniciativas propostas. A proposta agora segue para análise na Comissão de Comunicação e Direito Digital (CCDD) com decisão terminativa.

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems Foto: Agência Brasil

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Pesquisa avança na definição das diretrizes para certificar produção de soja de baixo carbono

A Embrapa e parceiros avançam na definição das diretrizes técnicas para validar a metodologia de certificação de soja de baixo carbono. Foi publicada a primeira versão do documento Diretrizes técnicas para certificação Soja Baixo Carbono. O documento contém as premissas para atestar a mitigação das emissões de gases de efeito estufa (GEE) em sistemas de produção agrícola candidatos do Brasil. Essas premissas estão sendo utilizadas para subsidiar a coleta de dados em mais de 60 áreas agrícolas em cinco macrorregiões agrícolas, durante duas safras (2023/2024 e 2024/2025).

“A publicação das diretrizes de certificação nesta etapa é fundamental para validarmos cientificamente a metodologia de quantificação que está sendo desenvolvida pela Embrapa”, explica o coordenador do Comitê Gestor do Programa Soja Baixo Carbono ( PSBC ), Henrique Debiasi , pesquisador da Embrapa Soja (PR).

Debiasi enfatiza que essa é uma das maiores iniciativas setoriais brasileiras. Ela visa agregar valor à soja produzida em sistemas que promovem a redução das emissões de GEE. O Programa estima que, ao se adotar as tecnologias sustentáveis ​​descritas na publicação, o potencial de redução de emissões nos sistemas de produção com soja pode ser de, aproximadamente, 30%.

De acordo com o pesquisador, o escopo do PSBC prevê a comparação dos sistemas de produção típicos (culturas agrícolas utilizadas e as práticas de produção adotadas) com as áreas candidatas a receber o selo Soja Baixo Carbono (SBC), ou seja, que adotam soluções atenuadores. “O objetivo é tornar tangíveis aspectos qualitativos e quantitativos do grão, a partir de tecnologias e práticas agrícolas que reduzem a intensidade de emissão de GEE”, explica. “O conceito está pautado na mensuração dos benefícios e na certificação voluntária das práticas de produção que comprovadamente resultam em menor emissão de GEE”, acrescenta.

Todas as ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação que visam estabelecer, validar e operacionalizar o protocolo de certificação SBC são agrupadas e arquivadas dentro do PSBC. A construção metodológica é coordenada pela Embrapa Soja, com a participação de especialistas de diversas unidades da Embrapa, agentes da cadeia produtiva da soja e representantes das empresas parceiras: Bayer , Bunge , Cargill , Coamo , Cocamar, GDM e UPL .

A publicação das Diretrizes técnicas para certificação Soja Baixo Carbono – primeira aproximação é o primeiro passo para validação da metodologia que está sendo desenvolvida pela Embrapa. Ao adotar as boas práticas agrícolas e seguir os requisitos preconizados pelo PSBC, o produtor rural medirá seu sistema de produção à aferência da certificadora credenciada. Se determinado, o selo SBC acompanhará a comercialização da soja, um diferencial competitivo valorizado no mercado.

Mais informações no hotsite: www.sojabaixocarbono.com.br .

Fonte: Embrapa Soja Foto: Luiz Henrique Magnante

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Exportações globais de café aumentam 11% na temporada 2023/24

As exportações globais de café, conforme relatório da Organização Internacional do Café (OIC), alcançaram 11,78 milhões de sacas de 60 quilos em maio, marcando um aumento de 9,8% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Este incremento reflete um total de 92,73 milhões de sacas exportadas nos oito primeiros meses da safra 2023/24, representando um crescimento de 10,9% em relação ao ciclo anterior, que totalizou 83,60 milhões de sacas no mesmo período.

Os dados evidenciam uma tendência positiva no mercado global de café, destacando a robustez das exportações durante esta temporada.

Fonte e Foto: Portal do Agronegócio

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Como será o clima no Brasil em julho?

A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para o mês de julho, indica chuva acima da média na faixa norte da Região Norte, áreas pontuais do leste das regiões Nordeste, Sudeste e Sul. Já em grande parte das regiões Centro-Oeste e Sudeste, sul da Região Norte, interior da Região Nordeste e oeste da Região Sul, é previsto chuva próxima e abaixo da média climatológica.

É importante ressalta-se que, a redução da chuva em grande parte do Brasil nesta época do ano é devido à persistência de massas de ar seco, que ocasiona a diminuição da umidade relativa do ar, que consequentemente, favorece o aumento da incidência de queimadas e incêndios florestais, além do aumento de doenças respiratórias.

Considerando o prognóstico climático do Inmet para julho de 2024 e seus possíveis impactos nas principais culturas tem-se que, com a previsão de redução da chuva em grande parte do Brasil, esta poderá reduzir os níveis de umidade no solo, principalmente no Matopiba (área que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e regiões Centro-Oeste e Sudeste, além do centro-norte do Paraná.

Este cenário poderá ocasionar restrição hídrica para as lavouras de milho segunda safra em estágio reprodutivo e trigo em desenvolvimento. Por outro lado, a falta de chuva no interior do Nordeste e Região Centro-Oeste, pode favorecer a maturação e colheita do algodão, e da cana-de açúcar e do café na Região Sudeste. A atenção deve ser para a previsão de chuva acima da média em áreas do leste da Região Sul, principalmente o nordeste do Rio Grande do Sul, que vem sendo atingido por fortes chuvas nos últimos meses, e que ainda poderão dificultar a semeadura do trigo.

Temperatura

Quanto às temperaturas, a previsão indica que deverão ser acima da média na parte centro-norte do País, principalmente na divisa do sul do Pará com Mato Grosso e Tocantins (tons em laranja no mapa da figura 1b), devido à redução das chuvas, com possibilidade de ocorrência de alguns dias de calor em excesso em algumas localidades, onde as temperaturas médias poderão ultrapassar os 26ºC.

Em áreas pontuais do norte das regiões Centro-Oeste e Sudeste, além do interior do Nordeste, as temperaturas devem ser próximas ou ligeiramente abaixo da média (tons em cinza e azul no mapa da figura 1b), variando entre 20ºC e 22ºC. Já na Região Sul, são previstos valores acima da média nos estados do Paraná e Santa Catarina, enquanto que, em grande parte do Rio Grande do Sul, as temperaturas devem permanecer próximas e ligeiramente abaixo da média (tons em cinza e azul no mapa da figura 1b). Já em áreas de maior altitude das regiões sul e sudeste, são previstas temperaturas próximas ou inferiores a 14ºC.

Além disto, não se descartam a ocorrência de geadas em algumas localidades destas regiões, devido a entrada de massas de ar frio que podem provocar declínio de temperatura, muito comuns nesta época do ano.

Previsão de anomalias de (a) precipitação e (b) temperatura média do ar do modelo climático do INMET, para o mês de julho de 2024.

O Inmet é um órgão do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e representa o Brasil junto à Organização Meteorológica Mundial (OMM) desde 1950.

Fonte e Foto: Ministério da Agricultura e Pecuária