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Preço da soja no Brasil segue em trajetória de queda

O preço da soja segue em queda no Brasil. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o valor no Porto de Paranaguá foi de R$ 134,16 nesta quarta-feira (8/1), recuo de 2,33%. Esse foi o quinto recuo consecutivo, e no mês, a soja registra baixa acumulada de 3,77%.
Para a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o consumo doméstico do grão deverá crescer este ano, principalmente em função da demanda para a produção de biodiesel. “Em relação às exportações, nossa estimativa é de um potencial de se exportar até 110 milhões de toneladas, o que representa um verdadeiro desafio a ser cumprido em termos logísticos”, indica.

Os preços da soja seguem em com pouca oscilação na bolsa de Chicago, com o mercado em aguardando definições sobre a safra sul-americana. Os lotes para março caíram 0,28% nesta quarta, a US$ 9,9450 o bushel.

Nas outras praças do país, levantamento da Scot Consultoria aponta saca de soja a R$ 121,50 em Luís Eduardo Magalhães (BA); R$ 128,50 em Rio Verde (GO); R$ 122 em Balsas (MA); R$ 130 no Triângulo Mineiro e R$ 123 em Dourados (MS). Nos portos, a soja é cotada a R$ 139 em Santos (SP) e R$ 141 em Rio Grande (RS).

Fonte: Globo Rural Foto: Divulgação

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Bioativação auxilia no manejo da cigarrinha do milho e suas doenças associadas

O Brasil, um dos maiores produtores de milho do mundo, estima alcançar 119,8 milhões de toneladas na safra 2024/2025, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No entanto, fatores climáticos e pragas, como a cigarrinha do milho, têm impactado o potencial produtivo. A cigarrinha é o principal vetor das doenças do complexo de enfezamento e raiado fino, que afetam diretamente o rendimento da cultura, como explica Samir Filho, coordenador de Desenvolvimento de Mercado da Acadian Plant Health (APH) no Brasil.

Com o objetivo de ajudar os agricultores brasileiros a superar esses desafios, a APH, em parceria com a UNESP de Botucatu, conduziu um estudo para avaliar a eficácia de bioativadores à base de Ascophyllum nodosum, uma alga marinha exclusiva das águas frias do Atlântico Norte. O estudo, realizado durante as safras de 2023 e 2024, focou na aplicação foliar do extrato da alga marinha, combinado com inseticidas biológicos, em condições de campo no Brasil.

Resultados do estudo

Os efeitos do extrato de Ascophyllum nodosum foram analisados em comparação com tratamentos de controle, como plantas protegidas contra cigarrinhas (controle positivo) e plantas expostas ao ataque das pragas (controle negativo). Entre os principais resultados, destacam-se:
Vigor da cultura: O extrato de alga marinha, isolado ou combinado com inseticidas biológicos, promoveu um aumento significativo no vigor das plantas de milho, superando o controle negativo. O controle positivo, livre de cigarrinhas, apresentou o maior vigor.

Doença do Enfezamento do Milho (DEM): Apesar de não reduzir a incidência da DEM, o extrato de Ascophyllum nodosum contribuiu para o melhor desenvolvimento das plantas, mesmo com a presença da doença.

Fitoalexinas: O extrato estimulou a produção de zealexina, uma fitoalexina responsável pela defesa da planta contra fungos e bactérias patogênicas.
Pigmentos fotossintéticos: A aplicação do extrato, especialmente combinado com inseticidas biológicos, resultou em um aumento da produção de clorofila, superando até o controle positivo.

Estresse oxidativo: O uso do extrato reduziu as concentrações de peróxido de hidrogênio (H₂O₂) e peroxidação lipídica (MDA), indicando menor estresse oxidativo nas plantas.

Enzimas antioxidantes: A atividade da catalase foi aumentada pela aplicação do extrato de Ascophyllum nodosum, auxiliando no combate ao estresse biótico.

Componentes de produção e rendimento: A combinação do extrato com inseticidas biológicos resultou em um aumento no número de grãos por fileira e por espiga, elevando o rendimento final da produção. O extrato isolado também ajudou a mitigar as perdas de rendimento comparado ao controle negativo.

A contribuição para o fortalecimento da cultura do milho

Embora o extrato de Ascophyllum nodosum não atue diretamente no combate à cigarrinha do milho, ele se revelou um importante aliado no fortalecimento das plantas, proporcionando maior resistência a estresses bióticos e abióticos. Samir Filho destaca que o uso desse bioativador resulta em plantas mais robustas, com menor estresse oxidativo e maior tolerância a infecções, contribuindo para a produtividade do milho.

A Ascophyllum nodosum, matéria-prima dos produtos da APH, é encontrada exclusivamente em zonas intermaré das águas frias do Atlântico Norte, onde enfrenta condições extremas de temperatura e salinidade. Essas condições inóspitas fizeram com que a alga desenvolvesse mecanismos de defesa e compostos bioativos que a protegem contra essas adversidades. Esses compostos têm sido utilizados para criar soluções inovadoras no manejo de culturas como o milho, beneficiando a agricultura brasileira.

Fonte: Portal do Agronegócio Foto: Divulgação

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Produção e Tecnologia de Sementes e Mudas

Estão abertas as inscrições para o curso de Tecnologia e Produção de Sementes e Mudas. Ofertado gratuitamente pela Embrapa, o acesso é pela plataforma e-campo .

Esta capacitação tem como objetivo divulgar a pesquisadores, produtores, estudantes e agentes de assistência técnica e extensão rural, conhecimentos, novidades e inovações sobre a tecnologia de sementes e mudas. Confira abaixo como:

  • identificar os fatores relativos ao ambiente e os relativos à planta-mãe que influenciam na formação, produtividade e também na qualidade de sementes;
  • secar e beneficiar as sementes e quais são os fatores que influenciam nessas etapas da cadeia produtiva de sementes;
  • fazer diferentes tratamentos de sementes para aumentar sua resiliência a estresses bióticos (patógenos) e ambientais (alta temperatura e seca);
  • armazenar sementes ortodoxas e identificar sementes recalcitrantes para tomada de decisão sobre a melhor forma de conservação;
  • classificar e superar dormência de sementes;
  • realizar e interpretar testes para avaliação da qualidade fisiológica de sementes;
  • produzir mudas florestais de qualidade;
  • interpretar criticamente a legislação de sementes e mudas;
  • observar como as transformações que estão ocorrendo no mundo influenciam a produção de sementes e mudas.

Mais informações: e-campo.semiarido@embrapa.br

Fonte: Embrapa Foto: Divulgação

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Safratec 2025 acontece nos dias 16, 17 e 18 de janeiro

O ano de 2025 começa na Cocamar Cooperativa Agroindustrial com as atenções voltadas para realização nos dias 16, 17 e 18 deste mês, da edição de número 35 do Safratec – Encontro de Soluções em Agronegócios.

Um dos mais importantes eventos técnicos e de negócios para o setor no Paraná espera receber mais de 7 mil formadores de opinião de dezenas de municípios do Paraná e estados vizinhos, o Safratec vem sendo preparado na Unidade de Difusão de Tecnologias (UDT) da Cocamar na PR-317, entre Maringá e Floresta, para oferecer muitas novidades e outras atrações aos produtores que buscam evoluir em tecnologias e sustentabilidade.

Com um formato diferente dos outros anos, a realização estará aberta das 8 às 17h e vai apresentar, logo na entrada, um amplo espaço onde estarão concentrados todos os negócios da cooperativa.

Produtos e serviços

  • Em destaque, a concessionária Cocamar Máquinas/John Deere e seus maquinários conectados às mais recentes tecnologias;
  • Fertilizantes Viridian, apresentando toda a sua consagrada linha de foliares, adjuvantes e sólidos;
  • Sementes Cocamar, com os melhores materiais genéticos para as culturas de soja e trigo;
  • Cocamar Energia, oferecendo soluções para a geração de energia fotovoltaica nos meios rural e urbano;
  • Estruturas de irrigação por pivô central, do portfólio Lindsay, visando a assegurar mais estabilidade à produção;
  • No segmento veterinário, vão ser divulgados itens voltados a nutrição e suplementos;
  • Balcão de negócios com oportunidades em insumos agropecuários, bem como em peças, implementos e combustíveis;
  • Um local para a comercialização de Carnes Cocamar e demais produtos do varejo;
  • Completando, Cocamar Seguros – com produtos customizados – e uma grande área de convivência, onde os cooperados e seus familiares, além do relacionamento com produtores de outras regiões, terão acesso a informações diversas, em meio a uma série de atrativos.
    Tecnologias de ponta
    Mais de 30 empresas fornecedoras da cooperativa, entre as marcas de maior prestígio do mercado, com seus estandes e áreas demonstrativas em tecnologias diversas, compõem o espaço do Safratec, que terá a presença, também, de concessionárias de automóveis e utilitários, bem como de empresas de outros setores, interessadas em manter contato com esse público especial.
    Quinta, sexta e sábado
    Por fim, outra novidade é que quem não conseguir visitar o evento na quinta-feira (16/01) ou na sexta-feira (17/01), poderá fazê-lo no sábado (18/01), com a sugestão aos cooperados de que se organizem para que seus familiares e funcionários também possam participar.
    Informações gerais
    Evento: Safratec 2025 – Encontro de Soluções em Agronegócios
    Onde: às margens da PR-317, entre Maringá e Floresta
    Quando: dias 16, 17 e 18 de janeiro
    Horário: das 8 às 17h
    Para participar: acesso gratuito.

Fonte: Assessoria de imprensa Cocamar

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Dia de Campo C. Vale

Nos dias 14, 15 e 16 de janeiro, em Palotina, será realizado o 1º Dia de Campo da C. Vale 2025, no campo experimental. Serão três dias com mini-palestras técnicas, experimentos com soja, milho, mandioca, insumos, produtos veterinários, rações, dinâmicas de máquinas e implementos, piscicultuta, avicultura, suinocultura, bovinocultura de leite, entre outros. Programe-se!

Fonte: C. Vale Foto: Mateus D. Mattiuzzi

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37ª edição marca o retorno de espaço de itens personalizados do Show Rural

Quem visitar o Show Rural Coopavel, que chega à sua 37ª edição em fevereiro, poderá levar para casa uma recordação do evento técnico que figura entre os maiores do mundo em inovações e tecnologias para o campo. A Show Rural Store é a evolução de uma antiga loja, sensação durante anos consecutivos por apresentar aos visitantes itens personalizados com a marca da mostra que abre o calendário das grandes feiras do agronegócio brasileiro.

A nova estrutura terá cem metros quadrados de área construída. Ela foi totalmente redesenhada e traz uma nova identidade visual, com inúmeros produtos. A Show Rural Store vai atender na Rua G, em anexo ao prédio do restaurante. “Um dos diferenciais será justamente a nova identidade visual, fortemente conectada aos temas do agronegócio e ao slogan da edição – Nossa natureza fala mais alto”, pontua a coordenadora Jéssica Marchioro Gazzi.

Na 37ª edição do Show Rural Coopavel, de 10 a 14 de fevereiro, a loja vai comercializar chapéus, bonés, camisas com proteção UV, camisetas, chaveiros, livro infantil de atividades e garrafas squeezes, para adultos e crianças. “Esse espaço sempre foi um sucesso e agora, com as novidades que trará, será novamente uma das sensações do evento”, diz o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli.

A loja do Show Rural funcionou durante muitos anos (início em 2016) ininterruptamente, mas teve uma pausa de três anos a partir de 2021, devido à pandemia. Esse ano, em mais de 30 de existência do evento, foi a única vez que a feira não aconteceu devido às restrições impostas para proteção contra a transmissão da Covid 19. “Mas, agora, estamos retornando ainda melhores. A Show Rural Store comercializará itens que criarão vínculo dos visitantes com a marca e com tema do evento. São mais que simples objetos e sim a recordação de uma experiência inesquecível”, afirma Jéssica.

Os itens disponibilizados pela Show Rural Store poderão ser comprados com uso de cartões de débito e crédito, pix ou dinheiro. Ela atenderá aos visitantes no dia 9 de fevereiro, especialmente dedicado às comunidades de Cascavel e da região, e de 10 a 14 de fevereiro, diariamente das 8h às 18h.

Fonte e Foto: Show Rural/Jean Paterno

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Soja: tendência para 2025 deve ser de produção recorde e preço menor

Os prêmios da soja nos portos brasileiros no primeiro semestre de 2025 estão com valores bem abaixo dos registrados há um ano, e as cotações externas também operam em menores patamares, indica o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

Há expectativa de uma safra recorde no Brasil, onde a grande parte das consultorias privadas espera uma safra de, pelo menos, 170 milhões de toneladas no ciclo 2024/25. As questões de demanda também são um ponto importante para a formação de preço neste ano.

De modo geral, o mercado está atento às ações que devem ser tomadas pelo novo governo americano, especialmente as que se referem a tarifas de importações, que podem gerar reações de outros países e deslocar a demanda por soja para a América do Sul.

Do lado da demanda interna, pesquisadores do Cepea destacam que políticas nacionais estimulando maior mistura de biodiesel ao óleo diesel devem favorecer a procura pelo grão para processamento.

Já no mercado externo, a forte valorização do dólar deixa a soja brasileira mais atrativa a compradores internacionais, tendendo a favorecer as exportações. Nesta segunda-feira (6/1), o preço da soja voltou a cair. Segundo o Cepea, o valor de referência no Porto de Paranaguá (PR) foi de R$ 137,32 a saca de 60 quilos, 0,56% menor que o valor registrado na sexta-feira (3/1). O mês já acumula uma baixa de 1,50% no grão.
Na bolsa de Chicago, os contratos futuros da soja voltaram a subir e acumulam quatro altas nas últimas cinco sessões. No fechamento desta segunda, os lotes da oleaginosa para março avançaram 0,60%, a US$ 9,9775 o bushel.

Nas outras praças do país, levantamento da Scot Consultoria aponta saca de soja a R$ 127 em Luís Eduardo Magalhães (BA); R$ 133,50 em Rio Verde (GO); R$ 126 em Balsas (MA); R$ 144 no Triângulo Mineiro e R$ 129 em Dourados (MS). Nos portos, a soja é cotada a R$ 138 em Santos (SP) e R$ 138 em Rio Grande (RS).

Fonte: Globo Rural/Luiz Eduardo Minervino Foto: Divulgação

Soja - colheita. Fotos:Jaelson Lucas / Arquivo AEN

Programa de Subvenção ao Seguro Rural do Paraná terá R$ 10 milhões para a safra 2025

O programa de Seguro Rural do Governo do Paraná terá R$ 10 milhões para subvenção econômica do prêmio do seguro rural a partir de janeiro. Os recursos são do Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE), administrado pela Fomento Paraná. O objetivo do programa é mitigar o risco das atividades agropecuárias e reduzir o endividamento agrícola.

Gerenciado pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), esse programa já pagou mais de R$ 88,6 milhões em subvenção para 47,1 mil apólices de seguro desde 2009, quando foi aprovada a Lei 16.166/2009, que concede Subvenção Estadual ao Prêmio de Seguro Rural.

“É muito importante ajudar o produtor rural a minimizar suas perdas, reduzindo os riscos, com um programa de seguro rural forte, porque vivemos em uma economia integrada. Quando o agro vai bem, há um reflexo direto no comércio e na indústria, nos empregos, na renda das pessoas”, afirma o presidente da Fomento Paraná, Vinícius Rocha.

“O Paraná tem até três safras por ano. Tendo seguro, mesmo diante de uma adversidade, o produtor consegue se levantar mais rapidamente e isso diminui o impacto na geração de riqueza no Estado”, complementa.

A subvenção cobre atualmente 28 culturas, entre a produção de frutas, grãos (exceto soja), pecuária de leite e de corte, e funciona de forma complementar ao programa do governo federal. O Estado do Paraná subvenciona 20% do valor da apólice e o Ministério da Agricultura e Pecuária subvenciona outros 20%. O produtor deve pagar apenas 60% do valor da apólice. Cada produtor pode contratar até R$ 4,4 mil por CPF/CNPJ, por cultura ou espécie animal e até R$ 8,8 mil por CPF/CNPJ por ano civil (janeiro a dezembro).

Nos últimos dois anos, o desembolso para subvenção do prêmio do seguro rural vinha diminuindo, por conta do aumento dos riscos envolvidos na produção, como os fatores climáticos, como excesso de chuvas, geada ou estiagem prolongada, considerando-se os períodos de plantio estabelecidos pelo Zoneamento Agrícola de Risco Agroclimático (ZARC), e em parte por conta da reformulação da base legal de normas que regem o credenciamento e contratação das seguradoras, realizada em 2024.

Para 2025, de acordo com Francisco Simioni, da Coordenação Estadual do Seguro Rural do Departamento de Economia Rural (Deral) da Seab, estão sendo adiantados os procedimentos, com envio de propostas de subvenção aos produtores de milho e sorgo (segunda safra), por exemplo, que vão iniciar o plantio da safra em janeiro. “Acreditamos que os R$ 10 milhões já autorizados serão consumidos rapidamente, dentro do atual ciclo de contratos com as seguradoras. É possível que seja necessária uma suplementação de recursos para a safra de inverno”, estima.

Ainda segundo Simioni, o Programa de Subvenção ao Seguro Rural deve ter um grande salto a partir da safra 2025/2026, por conta do novo edital, que deve ser lançado em fevereiro, para renovação do credenciamento e dos contratos com as seguradoras, entre março e maio/2025. Os contratos passarão a ter vigência enquanto existir a Lei da Subvenção Estadual ao Prêmio de Seguro Rural, sempre atrelados aos orçamentos aprovados pelo FDE.

“Com isso, as seguradoras deverão manter a documentação atualizada para atuar com a subvenção estadual e, nós (Estado), poderemos trabalhar de forma pró-ativa. Ou seja, a exemplo do que fizemos com milho e sorgo 2ª safra nesse ano, poderemos fazer autorizações às seguradoras para antecipar a coleta de propostas ao período de plantio das culturas. Posteriormente, dentro dos períodos do zoneamento agrícola poderemos fazer os pagamentos dessas propostas, que serão convertidas em apólices com celeridade, ganhado tempo”, finaliza.

Fiagro

Além da subvenção ao prêmio do seguro rural, a Fomento Paraná está entrando em uma área ligada ao agronegócio paranaense por meio de um Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas do Agro – Fiagro FIDC. O fundo foi anunciado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior para ser uma espécie de Plano Safra estadual, que terá a Fomento Paraná como cotista atuando como braço do Estado na definição das políticas de aplicação de recursos. É o primeiro desse modelo em todo o Brasil.

O fundo foi criado com base na Lei Federal nº 14.130/2021 e a Fomento Paraná já recebeu um aporte de R$ 150 milhões para constituição. Serão direcionados para essa nova iniciativa ao todo R$ 350 milhões do Governo do Estado. A previsão é gerar investimentos no campo que ultrapassem R$ 2 bilhões quando o Fiagro estiver em pleno funcionamento, a partir de 2025.

O principal objetivo é oferecer uma alternativa às condições de financiamento do Plano Safra e de outros recursos destinados ao crédito rural, que têm sido insuficientes para atender a toda a demanda nacional e no Estado, de modo a promover investimentos estratégicos para impulsionar ainda mais o agronegócio no Paraná.

O Fiagro deve contribuir na promoção do crescimento econômico, com a segurança alimentar, com a preservação do meio ambiente e com o fortalecimento das comunidades rurais, podendo ser usados para sistemas de irrigação, expansão da produção, armazenagem, equipamentos e outras linhas. Também poderá ser usado pela indústria que atende o setor, como fabricantes de tratores, implementos e outros maquinários agrícolas.

“O agronegócio do Paraná tem uma grande qualidade: a industrialização. Esse é um caminho que o Brasil deve seguir. E agora com o Fiagro, que terá juros menores que o Plano Safra, vamos dar mais um grande salto”, afirmou o governador na reunião de encerramento da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), em Brasília.

A Suno Asset será a gestora responsável pela estruturação do novo Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas do Agro – Fiagro FIDC. A escolha se deu a partir de um edital de chamada pública aberto pela Fomento Paraná em julho.

Pertencente ao Grupo Suno, a gestora possui mais de R$ 1,5 bilhão sob sua gestão, sendo mais de R$ 500 milhões investidos no agronegócio, e, ainda, mantém operações que financiam centenas de produtores, além de participação de cooperativas paranaenses que integram fundos do agro geridos pela entidade. O fundo deve entrar em operação ao longo de 2025.

Fonte e Foto: AEN/Jaelson Lucas

21/03/23 Colheitadeira em Campo Mourão
Foto Gilson Abreu

Exportações do agronegócio ultrapassam US$ 153 bilhões no acumulado de 2024

De janeiro a novembro de 2024, as exportações do agronegócio brasileiro totalizaram US$ 152,63 bilhões, representando 48,9% do total das exportações brasileiras no período. Este foi o segundo melhor desempenho já registrado na série histórica. A redução de 5,2% no índice de preços internacionais foi parcialmente compensada pelo aumento de 5,2% no volume exportado.

Os principais setores responsáveis por esse desempenho foram o complexo soja (US$ 52,19 bilhões), carnes (US$ 23,93 bilhões) e o complexo sucroalcooleiro (US$ 18,27 bilhões), que juntos responderam por mais de 60% do total exportado. Apesar de uma redução de 18,7%, o complexo soja manteve sua posição de destaque, enquanto carnes e açúcar registraram crescimentos significativos, impulsionados por recordes de embarques e diversificação de mercados.

Dentre os produtos exportados, o café solúvel merece destaque, com um acumulado de US$ 792 milhões no período. Outro produto que chamou a atenção foi o óleo essencial de laranja, com mais de US$ 365 milhões em exportações até novembro de 2024. Esses resultados mostram como o agronegócio brasileiro vem ampliando horizontes, levando ao mundo uma variedade de produtos de alto valor agregado e reafirmando sua força em mercados cada vez mais diversificados.

Resultados de novembro

Em novembro de 2024, as exportações do agronegócio somaram US$ 12,66 bilhões, o que equivale a 45,2% do total exportado pelo Brasil no mês. Apesar de uma retração de 5,8% em relação a novembro de 2023, setores como carnes, café e produtos florestais tiveram resultados significativos, compensando parcialmente a queda nas vendas de grãos.

O setor de carnes foi o principal destaque do mês, com um recorde histórico de exportações para novembro, atingindo US$ 2,45 bilhões (+30,2%). A carne bovina foi o principal produto, com US$ 1,23 bilhão (+29,9%), seguida pela carne de frango (US$ 876,92 milhões, +31,8%) e pela carne suína (US$ 289,40 milhões, +30,8%). Esse crescimento foi impulsionado por maiores volumes exportados e preços médios mais altos.

As exportações de café também alcançaram um recorde histórico para novembro, com US$ 1,47 bilhão (+84,4%), impulsionadas por um aumento de 21,8% no volume exportado e de 51,4% nos preços internacionais. A União Europeia, Estados Unidos e México foram os principais destinos do café verde brasileiro. Já os produtos florestais cresceram 29,1%, totalizando US$ 1,51 bilhão, liderados pela celulose, com US$ 877,34 milhões em receitas.
Por outro lado, o complexo soja sofreu uma retração de 50,3%, com exportações de US$ 1,86 bilhão, devido à quebra de safra e redução nos estoques. O milho também apresentou queda, totalizando US$ 967,89 milhões (-41,7%) devido à redução de 36,2% na quantidade embarcada.
Importações em alta

As importações de produtos agropecuários totalizaram US$ 1,54 bilhão em novembro de 2024, um aumento de 14,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Entre os principais itens importados estão trigo (US$ 102,16 milhões; +21,2%) e salmões (US$ 76,05 milhões; +14,1%).

Expectativas futuras

De acordo com o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, os resultados da diversificação de mercados e produtos começam a aparecer de forma concreta na balança comercial. “Os produtos menos tradicionais da pauta exportadora incrementaram 7,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Com as boas perspectivas de safra para 2025, a continuidade das aberturas de novos mercados, a maturação comercial das aberturas já realizadas e a intensificação das ações de promoção comercial com uma série de novos instrumentos, esperamos ainda mais avanços qualitativos e quantitativos nas exportações do agronegócio brasileiro”, destacou.

Fonte: Mapa Foto: Divulgação