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Economia brasileira cresceu 0,25% em maio

A economia brasileira cresceu 0,25% em maio, segundo dados do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) divulgado nesta segunda-feira (15). O IBC-Br é um dos principais sinalizadores do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Com isso, o índice observado em maio ficou em 148,86 pontos. Dessazonalizado, o índice sobe para 149,60 pontos. Em abril, o índice dessazonalizado estava em 149,23.

Na comparação com maio de 2023, quando o índice observado estava em 146,95 pontos (dessazonalizado em 145,93 pontos), a alta chega a 1,3%. No acumulado do ano (janeiro a maio), a alta é de 2,01% e, no dos últimos 12 meses, chega a 1,66%.

Além de indicar a expansão da economia, o IBC-Br é também uma das referências adotadas pelo BC para a definição da taxa básica de juros (Selic), que está atualmente em 10,5% ao ano.

Fonte: Agência Brasil Foto: Rodolfo Buhrer

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Brasil deve produzir 299,27 milhões de toneladas de grãos na safra 2023/2024

O volume da produção brasileira de grãos deverá atingir 299,27 milhões de toneladas na safra 2023/2024. O montante representa um decréscimo de 6,4% ou 20,54 milhões de toneladas a menos em relação ao ciclo anterior, porém ainda posiciona esta safra como a segunda maior já colhida no país. Os dados constam no 10º levantamento de grãos, divulgado no último dia 11, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

De acordo com a estimativa, a pesquisa de campo, realizada no final de junho, indica uma variação positiva de 0,6% ou 1,72 milhão de toneladas em relação à pesquisa do mês anterior. O motivo foi o avanço da colheita das principais culturas, indicando recuperação na produção, sobretudo no milho segunda safra, gergelim e arroz. Por outro lado, houve redução no milho primeira safra, feijão, trigo, algodão e soja.

A quebra observada em relação ao ciclo passado, de acordo com o levantamento, deve-se sobretudo à intensidade do fenômeno El Niño, que nesta safra teve influência negativa no comportamento climático desde o início do plantio, chegando inclusive às fases de reprodução das lavouras de primeira safra plantadas até o final de outubro, nas principais regiões produtoras do país.

Com relação à soja, a estimativa de produção é de 147,34 milhões de toneladas, uma redução de 4,7% ou 7,27 milhões de toneladas sobre a safra anterior, com a colheita finalizada. Nesse resultado, destacam-se os estados de Mato Grosso, maior produtor de soja do país, com 39,34 milhões de toneladas, e Bahia, com a maior produtividade, com 3.780 kg/ha. Já o milho tem produção estimada em 115,86 milhões de toneladas, incluindo as três safras. O volume é 12,2% ou 16,03 milhões de toneladas abaixo da safra 2022/23. O levantamento desta cultura mostra, no entanto, que as condições climáticas vêm favorecendo, com a maioria das lavouras em estágio de desenvolvimento vegetativo e fase reprodutiva.

A área cultivada total no país, com os produtos analisados, apresenta acréscimo de 1,5%, o que corresponde a 1,21 milhão de hectares a mais em relação à safra passada. Os maiores crescimentos são observados na soja, com 1,94 milhão de hectares, seguido do gergelim, algodão, sorgo, feijão e arroz. Já o milho total teve redução de 1,41 milhão de hectares, acompanhado pelo trigo e as demais culturas de inverno.

As culturas de inverno, que incluem trigo, aveia, canola, centeio, cevada e triticale, estão com o plantio em andamento. Especificamente para o trigo, as estimativas preliminares indicam uma produção de 8,96 milhões de toneladas, em uma área de 3,07 milhões de hectares.

Mercado

Sobre as movimentações do mercado agrícola, destaca-se o comportamento das cotações de arroz, que têm operado próximo da estabilidade de preços ao produtor no Rio Grande do Sul, sendo o atual patamar de comercialização muito rentável para o produtor que colheu sem influência negativa das enchentes no estado. Ademais, destaca-se a projeção de mercado ajustado entre a oferta e demanda de arroz, o que corrobora a perspectiva de preços remuneradores ao longo de todo o ano de 2024 e, em meio a este cenário previsto, a expectativa é de acentuada expansão de área do grão em todo o país.

Para o mercado de milho, a recente valorização do Dólar em relação ao Real tem refletido em viés de alta dos preços internos no Brasil, mesmo diante do cenário de queda das cotações nos EUA, após o anúncio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) do levantamento de área plantada de milho superior à intenção de plantio, previamente publicada por esse departamento americano. Sobre a soja, ilustra-se a intensa correlação das cotações nacionais e internacionais, em meio ao grande volume da safra brasileira que é direcionada às exportações. Com a expectativa de mercado menos rentável para o produtor norte-americano, a área plantada de soja nos EUA ficou abaixo da previsão inicial do USDA e do mercado, porém, apesar da redução, a estimativa é de que a nova safra seja 3% maior do que a anterior. Assim, mantém-se a perspectiva de preços com dificuldade de valorização ao longo de 2024 no Brasil, com o mercado internacional bem ofertado.

Para o feijão, a previsão da temporada 2023/24 é de um volume médio de cerca de 3,3 milhões de toneladas, 7,6% acima da safra anterior. O resultado é a soma da produção da primeira e segunda safras, apuradas no levantamento de campo realizado em junho de 2024, mais as previsões para a terceira safra. Partindo-se de um estoque inicial de 325 mil toneladas, o consumo em 2,85 milhões de toneladas, as importações em 50 mil toneladas e as exportações de 150 mil toneladas, o resultado será um estoque de passagem na ordem de 642,6 mil toneladas de feijão, volume que deverá contribuir para a manutenção da normalidade do abastecimento interno.

Clique aqui e acesse os arquivos com informações completas do 10º Levantamento da Safra de Grãos 2023/2024 e os detalhes das demais culturas.

Fonte: Conab Foto: Mapa

Imagem embrapa

Embrapa Soja realiza curso ‘Tecnologia de Armazenamento de Sementes e Grãos de Soja’

Período: 5 a 9 de agosto de 2024
Carga horária: 34 horas
Vagas: 35
Local: Embrapa Soja

Público: O curso destina-se a gestores, supervisores, técnicos e operadores de unidades armazenadoras de grãos e sementes.

Objetivos
Treinar os profissionais responsáveis pela armazenagem de grãos e de sementes de soja nas mais avançadas técnicas de armazenamento, compreendendo o manejo integrado de pragas, a amostragem visando a análise de sementes e grãos quanto as suas qualidades, as operações de recepção, pré-limpeza, limpeza, secagem, os fatores determinantes da deterioração das sementes e dos grãos durante o armazenamento, a manutenção das qualidades dos grãos e das sementes durante o período de armazenamento. 

Veja detalhes em

Home (embrapa.br)

Sistema Ocepar

Show Rural de Inverno vai ter 42 expositores na sua 5ª edição

Quarenta e dois expositores estarão presentes na quinta edição do Show Rural Coopavel de Inverno, o maior palco da triticultura brasileira e das culturas indicadas para os meses frios do ano. O evento técnico será realizado no centro tecnológico da cooperativa, no Km-577 da BR-277, saída para Curitiba, em Cascavel, no Oeste do Paraná, de 27 a 29 de agosto.

Novas tecnologias e lançamentos – “Durante três dias, triticultores, produtores rurais interessados em investir na cultura, técnicos e acadêmicos de cursos das ciências agrárias vão ter a oportunidade de conhecer as mais novas tecnologias e lançamentos para o trigo e culturas de inverno. As empresas de pesquisa e desenvolvimento investem, principalmente nos últimos anos, somas enormes para apresentar ao mercado variedades mais resistentes e produtivas. E os resultados têm sido excepcionais”, destaca o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli.

Média de produtividade – A média de produtividade brasileira fica na casa de 2,9 mil quilos hectare, a paranaense de 3,2 quilos/hectare e no Oeste do Paraná ela chega a 3,8 mil quilos por hectare. No Show Rural, por sua vez, há cultivares com performance de até seis mil quilos por hectare. “Essa diferença de produtividade se deve, em grande parte, à correta aplicação das novas tecnologias disponíveis. Esse potencial indica que o trigo, a cada ano, consolida-se como uma commodity de retorno significativo aos produtores e ao nosso País”, comenta o coordenador-geral do Show Rural de Inverno, o agrônomo Rogério Rizzardi.

Produção brasileira – A produção brasileira em 2024 deverá chegar a 9 milhões de toneladas, mas o Brasil ainda precisará de cerca de 3,5 milhões de toneladas a mais para ser autossuficiente. “Temos uma margem interessante para crescer nessa cultura”, acentua o presidente Dilvo Grolli. Em sua quinta edição, o Show Rural Coopavel de Inverno apresentará 40 cultivares, a grande maioria de trigo, mas também estarão presentes culturas de aveia, triticale, centeio e plantas de cobertura. Gratuito, o evento terá abertura de portões, diariamente, a partir das 8h30. Estacionamento e almoço também serão gratuitos.

Expositores – Os expositores que confirmaram presença na quinta edição, são: Adama, Basf, Bayer, Bionat, Biotrigo, Biotrop, Corteva, FMC, Ihara, OR Sementes, Sumitomo, Raix, Syngenta, IDR-PR, Embrapa, DMS Tortuga, Cargil/Nutron, Agroceres, Alltech, Laboratório Prado, Parque Tecnológico Itaipu, Sebrae, Agromobility, Alltech, Cargill e Sumitomo (essas três também no Espaço Impulso), ADS Drones, Coopersystem, Eemovel, Fienile, Radek Systems, Tecexpert, Grupo PPG Educação, Claro, Magnólia, Vitrine Agroecológica, Nutriagro, Biocoop, CoopClean, Sementes Coopavel, Fertilizantes Coopavel e Rações Coopavel. (Assessoria de Imprensa Coopavel)

Texto e foto – Sistema Ocepar

AEN

Exportações do Paraná para Ásia, África e Oriente Médio batem recorde no 1º semestre

O Paraná obteve no 1º semestre de 2024 o seu melhor desempenho nas vendas para os mercados do Oriente Médio, África e Sudeste Asiático , com maior parte da produção escoada pelos portos do Paraná. É o que apontam dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços organizados e analisados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).

O desempenho recorde nestas regiões do mundo se somam aos de mercados tradicionais, como o China, Estados Unidos e Argentina, o que fez com que as exportações paranaenses totalizassem mais de US$ 11,5 bilhões entre janeiro e junho deste ano , quinto melhor resultado do País.

As exportações do Paraná para o Oriente Médio, bloco formado por 14 países, somaram US$ 1,1 bilhão nos seis primeiros meses deste ano, superando em 46% os US$ 774,4 milhões registrados no mesmo período de 2023 e o primeiro semestre de 2019 (US$ 893 milhões), até então o melhor. A carne de frango e o açúcar encabeçaram a lista das mercadorias mais vendidas para a região.

O maior volume de transações comerciais foi com os Emirados Árabes Unidos, com US$ 279 milhões em receitas para o Estado no 1º semestre de 2024. Na sequência, estão o Irã, com US$ 244 milhões em receitas, a Arábia Saudita, com US$ 180 milhões, e o Iraque, com US$ 127 milhões.

Os produtos do agronegócio também tiveram peso relevante nas vendas paranaenses para a Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), composta por Singapura, Tailândia, Malásia, Filipinas, Mianmar, Brunei, Camboja, Laos, Indonésia e Vietnã. Com US$ 244 milhões em receitas, a Indonésia foi o maior mercado consumidor dos produtos paranaenses na região até a metade de 2024. Depois, aparecem Vietnã (US$ 196 milhões), Singapura (US$ 156 milhões) e Tailândia (US$ 120 milhões).

No total, os países que compõem a Asean adquiriram US$ 844 milhões em bens do Paraná entre janeiro e junho deste ano, 57% acima do valor contabilizado no mesmo intervalo de tempo em 2023, que foi de US$ 538 milhões. O resultado também é quase três vezes superior ao comércio com essa região no primeiro semestre de 2018 (US$ 308 milhões). O desempenho mais recente foi puxado, sobretudo, pelo comércio de soja em grão e açúcar.

No caso do mercado africano, as exportações estaduais saltaram de US$ 499 milhões para US$ 586 milhões no 1º semestre do ano, com destaque para o Egito, a África do Sul e a Argélia que atingiram US$ 112 milhões, US$ 83 milhões e US$ 71 milhões em compras, respectivamente. O recorde anterior tinha sido no primeiro semestre de 2022 (US$ 552 milhões). A carne de frango e o açúcar lideraram a pauta do comércio com o continente.

Segundo o presidente do Ipardes, Jorge Callado, os principais produtos que puxaram o desempenho recorde em novos mercados consumidores reforçam o potencial do Paraná como grande produtor de alimentos com valor agregado. Os números ressaltam a importância do Estado no atendimento da crescente demanda mundial por alimentos, o que se reflete na geração de mais empregos e renda para a população envolvida nesta cadeia produtiva.

“O Paraná apresentou números expressivos nas exportações do primeiro semestre com a conquista de novos mercados na África, Oriente Médio e Sudeste Asiático, tendo como carro-chefe o frango, o açúcar, a soja e outros produtos do agronegócio. Dos US$ 11,5 bilhões, em torno de US$ 8 bilhões foram representados por alimentos, o que reforça a posição do Paraná como o ‘supermercado do mundo’”, avaliou.

Texto e Foto – Agência Estadual de Notícias do Paraná

Foto Gazeta do povo 02 - reforma

Reforma Tributária segue em discussões acaloradas em Brasília

O vice-líder da oposição, deputado federal Maurício Marcon (PL-RS) se exaltou nesta quarta-feira (10), no plenário da Câmara dos Deputados, durante a discussão da reforma tributária. De forma revoltada, o parlamentar criticou a proposta e disse que é mais uma medida do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para “aumentar impostos”.

“Pergunta aos parlamentares se alguém acredita que a reforma do PT vai diminuir imposto? Porque o que a gente só votou nesse um ano e meio de governo do PT foi só aumentar imposto. A reforma do PT é só aumento de imposto. Chega! A população não aguenta mais”, alertou o deputado.

Marcon também denunciou que alguns deputados “vão receber emendas” para votar essa “desgraça”. “Não tem vergonha? Dormem tranquilo?”, questionou.

“A cervejinha vai aumentar, a carne vai aumentar e o pobre vai ser ferrar”, complementou.

Por fim, Marcon cobrou mais tempo para debater a reforma tributária, de modo que os deputados possam conhecer melhor o projeto em discussão. “Ninguém leu o projeto, ninguém sabe nada. Tira de pauta, vamos estudar e depois votar”, disse.

Nesta quarta-feira (10), líderes da oposição e da minoria se pronunciaram contra as propostas apresentadas no âmbito da regulamentação da Reforma Tributária que, segundo os parlamentares, não se trata de “reforma”, mas de “aumento de imposto” que usa o “modelo soviético” de “centralização”.

O texto foi protocolado durante a madrugada e tem previsão de ser debatido pelo menos até quinta (11), com mais de 800 emendas já apresentadas pelos parlamentares.

A oposição tentou retirar a proposta de pauta, mas o pedido foi rejeitado por 309 votos a 139.

A proposta em análise no Plenário define regras para o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto Seletivo (IS), todos previstos na Emenda Constitucional 132.

Texto e foto – Gazeta do Povo

Gazeta do Povo

Esquerda aposta em “PL do genocídio” para frear marco temporal; agro reage com PEC

A esquerda no Congresso e movimentos indígenas querem criar um marco temporal do genocídio indígena para fazer frente aos avanços da bancada do agronegócio no estabelecimento do marco temporal para demarcação de terras indígenas – tese, aprovada em lei, que estabelece que povos originários têm direito de ocupar apenas as terras onde já estavam ou que já disputavam em 5 de outubro de 1988, data de promulgação da Constituição.

A resposta dos indígenas ao agro está no Projeto de Lei 4566/2023, apresentado pela deputada Célia Xakriabá (Psol-MG). O texto veda a imposição de qualquer marco temporal para fins de demarcação das terras indígenas e estabelece que o genocídio de indígenas iniciou em 1500 com a “invasão do Brasil”.

O termo “genocídio indígena” está muito presente na narrativa da esquerda, mais fortemente desde o governo de Jair Bolsonaro (PL). Eles acusam o ex-presidente de perpetrar um genocídio contra o povo Yanomami, fundamentando-se no número de mortes dessa população do governo anterior. No entanto, esse discurso acabou se voltando contra o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No primeiro ano de mandato do petista foi verificado um aumento no número de mortes dos yanomamis: 363 registros de óbitos, 20 a mais do que em 2022, último ano do governo Bolsonaro.

PL do genocídio indígena terá que enfrentar articulação da bancada do agro 

O projeto do genocídio indígena foi aprovado no dia 2 de julho na Comissão de Povos Originários da Câmara, mas ainda precisa ser votado, pelo menos, na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ), controlada pela direita. Somente após ser aprovado na Câmara é que poderá seguir para análise do Senado.

Nesse caminho, a esquerda terá que enfrentar a articulação da bancada do agro, que quer atrasar a tramitação, fazendo com que o PL do genocídio indígena seja discutido também em outras três comissões: Agricultura, Desenvolvimento Regional e Direitos Humanos. Assim, amplia-se a possibilidade de que o texto seja rejeitado nas comissões com maioria de membros contrários à proposta.

Além disso, há um pedido de arquivamento que encerra a sua tramitação. Para o deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), a intenção de Xakriabá com o projeto do genocídio é fruto da insatisfação com a lei do marco temporal aprovada em 2023 no Congresso. 

“O que se constata é a evidente reapresentação de tema legalizado por este Poder [Congresso] em razão de mera irresignação com o resultado”, afirmou Côrtes, líder do PL na Câmara, ao justificar o pedido de arquivamento. 

Quem decide sobre o “engavetamento” do projeto ou sobre sua redistribuição para outras comissões da Casa é o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

Agro tenta avançar com uma PEC para o marco temporal

A bancada do agro tem, ainda, outra carta na manga: está tentando avançar com uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para garantir a fixação do marco temporal de 1988 na Carta Magna, o que tornaria a tese ainda mais sólida e mais difícil de ser derrubada via Supremo Tribunal Federal (STF).

Após a aprovação do PL do genocídio indígena na Comissão de Povos Originários da Câmara, a PEC do Marco Temporal (48/2023) foi incluída na pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado nesta quarta-feira (10). Na ocasião, o relator, senador Espiridião Amim (PP-SC), apresentou um parecer favorável à proposta.

O senador Jaques Wagner (PT-BA), porém, pediu que a votação fosse adiada até 18 de dezembro para que pudesse analisar o texto. Parlamentares da bancada do agro questionaram o prazo e, nas negociações, o presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (União-AP), acabou concedendo o pedido de Wagner, mas com um prazo mais curto.

“Em outubro, votaremos a PEC [do marco temporal] nesta comissão”, garantiu Alcolumbre, que é um dos principais cotados para suceder o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a partir do ano que vem.

Durante a reunião da CCJ desta quarta-feira, movimentos indígenas fizeram forte pressão nas redes sociais e também estiveram representados no plenário da comissão. Eles apelidaram a proposta de “PEC da morte”

STF fará conciliação sobre o tema

Uma outra etapa da queda de braço entre agro e indígenas está ocorrendo no STF.

A lei do marco temporal (Lei 14701/2023), aprovada pelo Congresso no ano passado, está sendo questionada no Supremo por partidos da base do governo e movimentos indígenas. Em contrapartida, partidos de oposição e centro entraram com ações no STF para garantir a validade da lei.

As jogadas acabaram fazendo o ministro relator das ações, Gilmar Mendes, propor uma conciliação para resolver o impasse, marcada para 5 de agosto. A ideia, no entanto, foi recebida com desconfiança pelo agro e repudiada pelos movimentos indígenas.

Para a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), não há o que ser negociado. “Essa decisão do ministro Gilmar Mendes contraria a Constituição, mas também o próprio Supremo”, disse Dinamam Tuxá, coordenador-executivo da Apib, referindo-se à decisão do STF de derrubar a tese do marco temporal no ano passado.

“Nós já estamos vivendo os efeitos da Lei do Genocídio Indígena [referência à lei do marco temporal] e os ministros não podem voltar atrás do que foi dito. Queremos que eles nos ouçam e não coloquem nossas vidas na mesa para negociação”, continuou.

Para o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Pedro Lupion (PP-PR), a conciliação parece distante. “Não há o que conciliar com quem não quer conciliação”, disse o deputado ao se referir às movimentações dos indígenas.

Texto e foto – Gazeta do Povo

foto Canal Rural

Vitrine de Agroecologia será uma das novidades do Show Rural de Inverno

Uma vitrine de agroecologia, abordando temas ligados à agricultura sustentável, será uma das grandes atrações do 5º Show Rural Coopavel de Inverno, agendado para o período de 27 a 29 de agosto, em Cascavel, no Oeste do Paraná. Serão seis baterias técnicas apresentadas em dois períodos, pela manhã e à tarde, no dia 28 de agosto. A Vital, como é conhecida, está presente há mais de 20 anos e é um grande sucesso nas edições de verão do Show Rural.

Cada uma das baterias, para públicos diferentes, vai trabalhar os seguintes assuntos: sistema de plantio direto para hortaliças, cultivo protegido, grãos sustentáveis, sistema de pecuária sustentável, sistema agroflorestal e mandala de plantas alimentícias não convencionais e plantas aromáticas. A expectativa é que cada turno tenha duração de três horas.

A Vitrine Agroecológica está ligada ao convênio Vitórias (Vitrines Tecnológicas para a Agroecologia e Sustentabilidade), parceria entre Itaipu Binacional, IDR-Paraná e Fapeagro (Fundação de Apoio à Pesquisa). Com essa nova atração, o Show Rural Coopavel de Inverno vai atrair ainda mais a atenção de agricultores familiares, produtores orgânicos e pessoas ligadas à agricultura sustentável, informa a engenheira agrônoma da área de socioeconomia do IDR-PR (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná), Simone Grisa.

De todo o Oeste

Nessa primeira edição, a Vitrine Tecnológica  de Agroecologia contará com a participação de centenas de produtores rurais. Quatro roteiros estão em organização para permitir a participação de interessados nesses assuntos de toda a região, conforme Simone. Ônibus sairão, no início da manhã do dia 28 de agosto, de Foz do Iguaçu, Santa Helena, Marechal Cândido Rondon e Laranjeiras do Sul em direção a Cascavel.

Paralelamente às baterias de temas da agroecologia, a Vitrine Tecnológica contará com outras atrações. Entre elas, estarão maquete de produção e certificação orgânica, plantas bioativas e bioconstruções. A vitrine é um projeto já consolidado com a participação de 14 parceiros, como institutos de pesquisa, universidades, organizações não governamentais, cooperativas e instituições de assistência técnica, além da Itaipu Binacional e Coopavel.

“Essa é uma novidade importante, porque reafirma um histórico compromisso da nossa cooperativa e do Show Rural com a agricultura familiar e com a produção sustentável, que estão fortemente integradas à tradição agropecuária do Oeste e do Paraná”, acentua o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli.

A quinta edição do Show Rural de Inverno terá abertura de portões, de 27 a 29 de agosto, a partir das 8h30. O acesso ao parque é gratuito, bem como a utilização de vagas do estacionamento. Como se trata de um evento de trabalho e de aprendizado, os visitantes serão convidados para almoçar no restaurante do parque, gratuitamente.

Texto e fotos – Redação Sou Agro via Canal Rural
Festival do Pão de Centeio

Festival de Broas de Centeio e Linguiça Blumenau acontece em Curitiba

Evento é realizado até 22 de julho em 23 padarias participantes

Começou o 2º Festival de Broas de Centeio e Linguiça Blumenau de Curitiba, que será realizado de 8 a 22 de julho. Serão 23 padarias participando, com combos exclusivos no valor único de R$ 19. As broas de centeio são tão tradicionais nas mesas curitibanas que foram servidas a personagens relevantes da História, como o imperador Dom Pedro II e o Papa João Paulo II. O produto está em processo para receber Indicação Geográfica, certificação conferida a produtos que são característicos do seu local de origem. O festival é uma realização conjunta da plataforma de gastronomia Curitiba Honesta e do SIPCEP (Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria do Estado do Paraná).

Muitas opções de Broas de Centeio e Linguiça Blumenau


As padarias participantes do festival criaram diversos preparos exclusivos de Broas de Centeio e Linguiça Blumenau para valorizar o casamento entre as broas de centeio e a linguiça Blumenau. Entre eles o sanduíche de broa com ragu de linguiça e nata cítrica; bruschettas de broa com creme de ricota, geleia de cebola caramelizada, linguiça e broto de alfafa; o hambúrguer de linguiça Blumenau e carne bovina, com queijo coalho tostado, tomate, rúcula, picles e molho barbecue servido na mini broa de centeio, broa de centeio recheada de linguiça, sanduíche de broa com almôndegas de linguiça Blumenau, queijo muçarela e maionese de alho, entre vários outros.

Festival de Broas de Centeio e Linguiça Blumenau é celebração


“Este evento é muito mais do que uma celebração de nossa culinária local; é um motor de impulso para nossa economia, um ponto de encontro para turistas e uma vitrine para a criatividade de nossos participantes. É uma chance de ouro para que nossos talentosos padeiros demonstrem suas habilidades e inovem em suas criações”, diz Vilson Felipe Borgmann, presidente do SIPCEP.


“Esta segunda edição do festival vai trazer ainda mais visibilidade para as broas de centeio, produto que já é muito tradicional, da mesma forma que fizemos com a carne de onça, que também foi redescoberta e considerada Patrimônio Histórico de Curitiba depois que iniciamos festivais tendo como tema esse prato”, diz Sérgio Medeiros, da Curitiba Honesta. A empresa já realizou mais de 50 festivais gastronômicos.

Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria do Paraná lançou no mês de junho o livro “Origem, notoriedade e continuidade histórica das Broas de Centeio em Curitiba”, Claudine Botelho e Oscar Luzardo. A obra conta a história das broas e é uma edição comemorativa ao aniversário do sindicato.
Os primeiros registros históricos das broas de centeio datam de 1867, conforme pesquisa feita pelos autores.. As broas são tão populares nas mesas curitibanas que foram servidas a personagens relevantes da História, como o imperador Dom Pedro II e o Papa João Paulo II. O livro demonstra como as broas de centeio vieram na bagagem cultural dos imigrantes da Europa central e foram reinventadas através de interação social desses grupos com os demais habitantes de Curitiba. Além dos aspectos sensoriais e nutricionais, elas serviram para a identificação cultural das pessoas que aqui chegaram, e ao mesmo tempo como elemento de partilha e integração. A obra pode ser obtida na sede do sindicato.
O 2º Festival de Broas de Centeio e Linguiça Blumenau tem patrocínio da Olho Embutidos, Anaconda e Coalhada Schaffer.
Confira a lista de participantes abaixo. Para ver todos os endereços e receitas, basta acessar o site www.curitibahonesta.com.br.

Texto e Fotos – Bem Paraná

Plano Safra

Plano Safra 2024/25 tem juros altos e recursos abaixo do esperado

Taxas de juros acima das expectativas do setor deixam produtores apreensivos. Além disso, R$ 476 bilhões em crédito anunciados pelo governo federal estão abaixo dos R$ 565 bilhões reivindicados pelo agronegócio

A safra 2024/25 começa com um desafio extra. Além do “risco Brasil” de todas as temporadas e as incertezas climáticas, os produtores rurais terão que pensar em formas de driblar as altas taxas de juros. Esse é o balanço do anúncio do Plano Safra 2024/25, que jogou um balde de água fria nas expectativas do setor produtivo. Se por um lado o montante de R$ 476 bilhões está acima do ano passado (R$ 338 bilhões), os recursos estão mais caros. A maior parte das linhas de investimento permanece com taxas elevadas, mesmo com o pedido do Sistema FAEP/SENAR-PR para que houvesse uma redução.

Confira as propostas do Sistema FAEP/SENAR-PR para o Plano Safra 2024/25:

As taxas de juros praticadas no Plano Safra estão diretamente ligadas com o montante reservado pelo governo federal no orçamento para fazer a chamada equalização. O pedido do setor produtivo era o valor acima de R$ 20 bilhões, mas o orçamento ficou abaixo, em R$ 16,7 bilhões (R$ 6,3 bilhões para agricultura convencional e R$ 10,4 bilhões para a agricultura familiar).

“Nos preocupam essas taxas de juros, que variam de 8% a 12%. Havíamos solicitado que a taxa máxima fosse de 9% para algumas linhas de investimento, aquelas que têm maior prazo para pagamento. As taxas acima de dois dígitos não incentivam que o produtor faça novos investimentos”, problematiza Ana Paula Kowalski, técnica do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema FAEP/SENAR-PR.

“O aumento em relação ao Plano Safra anterior repõe parte do que o produtor precisa, mas não é o suficiente em relação ao que é necessário para a captação de recursos pelos agricultores”, avalia Ana Paula.

Seguro rural

Nessa época do ano, quando ocorre o lançamento do Plano Safra, o setor aguarda as verbas suplementares para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). Apesar do pedido de suplementação de R$ 2,1 bilhões ao governo federal, o anúncio foi de apenas R$ 210,9 milhões. O valor que estava previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024 era de R$ 965,5 milhões, ou seja, em 2024 está previsto um valor de R$ 1,16 bilhão em subvenção, pouco mais de um terço do que o setor produtivo estima ser necessário: R$ 3 bilhões.

“O acesso ao seguro é ainda mais importante nesse momento, porque tivemos alterações importantes nas regras do Proagro, que tornaram o programa mais caro, praticamente inviabilizando a sua contratação. Porém, a subvenção anunciada ficou muito aquém das expectativas e devemos ver ainda menos produtores contratando apólices”, lamenta Ana Paula.

Esse esvaziamento do seguro rural é um movimento recorrente nos últimos anos. O PSR, criado em 2006, tinha recebido aumentos sistemáticos, até chegar a R$ 1,1 bilhão em 2021. Desde então, o montante vem encolhendo, segundo dados do Atlas do Seguro Rural do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Essa tendência impacta diretamente na procura pelo seguro rural. Em 2021, foram 212,8 mil apólices contratadas em todo o Brasil. Em 2022, o número caiu para 123,1 mil e, em 2023, fechou em 106,6 mil. De janeiro a junho de 2024, foram apenas 32,1 mil apólices contratadas.

Trazendo o recorte para o Paraná, em 2021 os paranaenses contrataram 82,2 mil apólices, número que caiu para 46,8 mil em 2022 e para 36,6 mil em 2023. No primeiro semestre de 2024, foram apenas 13,8 mil apólices contratadas.

Ponto de atenção

O governo anunciou um desconto de 0,5 ponto percentual na taxa de juros do custeio para atividades produtivas sustentáveis. Poderão acessar esse desconto beneficiários enquadrados no Pronamp e demais produtores, desde que sejam enquadrados em um dos quatro programas com certificação reconhecida pelo Mapa: Produção Integrada (PI Brasil-Mapa); Programa de Boas Práticas Agrícolas (BPA-Mapa); Produção Orgânica certificada por instituições certificadoras credenciadas pelo Mapa e Produção Orgânica certificada por organismos participativos de avaliação da conformidade orgânica, credenciados pelo Mapa. A certificação poderá ser validada pela instituição financeira mediante consulta à plataforma AgroBrasil + Sustentável.

Os mutuários do Programa de Financiamento a Sistemas de Produção Agropecuária Sustentáveis (RenovAgro) também podem acessar o desconto na taxa de juros. O RenovAgro financia investimentos em recuperação de pastagens degradadas; implantação e melhoramento de sistemas orgânicos, de plantio direto, de integração lavoura-pecuária-floresta e agroflorestais; implantação, manutenção e melhoramento de florestas comerciais, sistemas de manejo de resíduos da produção animal; além de uso e produção de bioinsumos para uso próprio e adoção de práticas conservacionistas de uso dos recursos naturais, como correção de acidez e fertilidade do solo.

Atraso no anúncio foi criticado pela FAEP

O anúncio do Plano Safra 2024/25 saiu com uma semana de atraso em relação ao que havia sido anunciado pelo governo federal. A princípio, o lançamento estava marcado para 26 de junho, véspera do início do ano-calendário da nova safra, que começou oficialmente em 1º de julho. O setor produtivo, no entanto, foi surpreendido com o adiamento para 3 de julho.

Por nota, o Sistema FAEP/SENAR-PR repudiou o adiamento. “Essa mudança tem impacto direto no planejamento de milhares de agricultores e pecuaristas do Paraná e dos demais Estados. Desta forma, produtoras e produtores rurais começaram a temporada em meio às incertezas”, destacou o documento. Texto e fotos – Sistema FAEP