24/02/2021 - Cascavel, colheita de Soja

Guerra tarifária global pode virar oportunidade para produtos do Paraná, afirma Ratinho Junior

A recente escalada da guerra tarifária entre os Estados Unidos e China, com aumento recíproco das taxas de importação, representa uma janela de oportunidade para o Paraná, na avaliação do governador Carlos Massa Ratinho Junior. Nesta quarta-feira (9) houve troca de anúncios de novas altas pelos presidentes de ambos os países.

Ratinho Junior lembrou que o Paraná tem se destacado no mercado global, sobretudo na venda de produtos alimentícios. Em 2024, as exportações de alimentos e bebidas tiveram como destino 176 países diferentes, o que rendeu às empresas instaladas no Estado uma receita de US$ 14,2 bilhões, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Segundo o governador, os produtores de soja podem ser os maiores beneficiados pelas mudanças a partir do aumento da demanda chinesa por mercados alternativos, tendo em vista que o país anunciou uma tarifa de importação de 84% sobre os produtos dos EUA.
“Estamos acompanhando a China taxar as commodities dos EUA, como é o caso do grão de soja, em que o Paraná é um grande produtor e tem capacidade para aumentar as suas exportações, atendendo as necessidades dos chineses por produtos com preços competitivos”, afirmou Ratinho Junior.

Atualmente, a soja e os seus derivados já representam a maior fatia das exportações paranaenses, com US$ 5,3 bilhões em vendas do grão, US$ 1,4 bilhão em farelo e outros US$ 358 milhões no formato de óleo apenas no ano passado. Apenas os grãos de soja representaram 75,5% das exportações para a China em 2024, gerando uma receita de US$ 4,5 bilhões para o Paraná.

Outro produto que deve atrair mais a atenção dos compradores chineses é a carne de frango in natura do Paraná, que totalizou US$ 739 milhões em vendas, no ano passado, o equivalente a 12,4% das exportações para o país.

Estados Unidos

A indústria de produção agroflorestal paranaense, que se destaca pala produção de madeira de reflorestamento, um insumo muito procurado pelos norte-americanos, também é um segmento que pode crescer a partir do novo cenário global, de acordo com Ratinho Junior.

“Os Estados Unidos são muito dependentes da importação de derivados de madeira para a construção civil, usadas principalmente nas residências, e o Paraná se destaca nesta produção, o que ajuda o Estado a ser reconhecido como o mais sustentável do Brasil”, pontuou o governador.

A madeira em formato bruto, manufaturado ou em compensados representa atualmente 28% das exportações do Paraná para os Estados Unidos, o que gerou uma receita de aproximadamente US$ 446 milhões no ano passado. Mesmo antes da disputa comercial já houve um crescimento nas vendas, sobretudo nos compensados de madeira, que aumentaram 24,5% entre 2023 e 2024.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirmam o bom momento da indústria madeireira do Paraná, que registrou o maior crescimento do País em 2024, com uma alta de 12,4% em relação ao ano anterior.

“No Paraná encaramos essa ‘briga’ entre os dois gigantes globais como uma janela de oportunidade, na qual podemos aproveitar a grande vocação do Estado na produção de alimentos e outros produtos agrícolas para que a agroindústria cresça ainda mais, gerando mais empregos e renda à população”, concluiu Ratinho Junior.

Fonte: AEN Foto: Gilson Abreu/AEN

Inscrições abertas para o treinamento ‘Amostrador de sementes’

A APASEM está com inscrições abertas para o treinamento ‘Amostrador de Sementes’, voltado à profissionais das áreas de laboratórios e sementes. Ministrado pelo instrutor Dr. Jonas Farias Pinto, o treinamento será realizado em Ponta Grossa, nos dias 5 e 6 de maio.

O investimento no curso é de R$ 1.500,00. Ele foi desenvolvido para atender às demandas de um mercado que busca cada vez mais qualidade, segurança e eficiência nos processos laboratoriais e na cadeia de sementes. Além de ser essencial para profissionais que desejam atuar na coleta de amostras de sementes com qualidade e segurança, atendendo às exigências regulatórias e técnicas.

1) Atributos da Qualidade das Sementes sobre qualidade de sementes
✓ Noções básicas

2) Noções de Beneficiamento e Armazenamento
✓ Visão geral das etapas do beneficiamento

3) Programa Nacional de Sementes
✓ Principais aspectos legais que regem a produção, comercialização e uso de sementes no Brasil
✓ Os procedimentos legais que regem a amostragem

4) Amostragem de Sementes
✓ Objetivo e finalidade da amostragem
✓ Tipos de amostras
✓ Intensidade de amostragem
✓ Condições para amostragem
✓ Equipamentos de amostragem
✓ Procedimentos de homogeneização da amostra
✓ Documentos para a remessa da amostra

5) Prática de amostragem de sementes
✓ Amostragem em sacarias
✓ Amostragem em big-bags

6) Prática de Homogeneização e redução da amostra
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SDA disponibiliza nova versão das Regras para Análise de Sementes

A Secretaria de Defesa Agropecuária disponibilizou as novas Regras de Análises de Sementes (RAS). As RAS correspondem aos métodos oficiais de análise que devem ser utilizados na avaliação final da qualidade física e fisiológica dos lotes de sementes produzidos no Brasil. É a referência técnica a ser seguida pelos laboratórios credenciados nas análises para emissão dos Boletins de Análise de Sementes, cujos resultados serão utilizados pelos produtores na elaboração dos Certificados ou Termos de Conformidade dos lotes a serem comercializados. Por esse motivo, a padronização desses métodos é muito importante para permitir a comparação dos resultados e resguardar o usuário de sementes de eventuais prejuízos.

A versão anterior das RAS havia sido publicada em 2009 e o setor sementeiro reivindicava a sua revisão havia alguns anos em virtude da evolução e da modernização da produção de sementes nesse período. Diante disso, em 2024, a Coordenação-Geral de Laboratório Agropecuários, área responsável pelos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária, decidiu iniciar a revisão das RAS em 2 etapas: a primeira, apenas com a participação dos Laboratórios Oficiais de Análise de Sementes Supervisores (LASOs Supervisores), e a segunda, por meio de uma consulta pública dirigida à Comissões de Sementes e Mudas do texto revisado pelos LASOs Supervisores.

As Comissões de Sementes e Mudas (CSMs) enviaram cerca de 700 contribuições com correções ou aprimoramentos da proposta de revisão das RAS. O índice de aprovação delas foi em torno de 80%, dado que demonstra que o texto final da nova versão das RAS atenderá a maioria das demandas e dos interesses do setor sementeiro, em especial os laboratórios de análise de sementes.

Os capítulos da revisão das RAS que receberam a maioria das contribuições das CSMs foram os de “Amostragem”, “Análise de Pureza”, “Teste de Germinação”, “Análise de Sementes Revestidas” e “Análise de Sementes de Espécies Florestais”. A maioria dessas sugestões se referia ao aprimoramento do texto para facilitar o entendimento dos leitores ou pedidos de inclusão de imagens para ilustrar os processos e os métodos descritos na proposta.

Também foi mantido o alinhamento das RAS com as Regras Internacionais de Análise de Sementes da ISTA (International Seed Testing Association) e da AOSA (Association of Official Seed Analysts), respeitando, porém, as peculiaridades da nossa agricultura tropical e da legislação de sementes.
Para o coordenador-geral de Laboratório Agropecuários, Fabrício Pedrotti, a revisão das RAS irá atender a maior parte das expectativas do setor sementeiro. “Na prática, do ponto de vista metodológico, muito pouco irá mudar na rotina dos laboratórios credenciados. O que essa revisão fez foi deixar mais claros alguns tópicos das RAS que sempre causavam dúvidas nos laboratórios, o que, no nosso entendimento, é um ponto positivo da revisão”, destacou Pedrotti.

Fonte: e Foto Mapa

Rota do Café - Fazenda Palmeira - Distrito de Santa Mariana - Londrina/PR. Foto: José Fernando Ogura/ANPr

Exportações do Paraná somam US$ 14, 2 bilhões para 176 países em 2024; China lidera mercado

As exportações dos Paraná somaram US$ 14,2 bilhões em alimentos e bebidas para 176 países diferentes de janeiro a dezembro de 2024. Os números são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços organizados e analisados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).

Ao longo do período, a China foi o principal importador de alimentos e bebidas do Paraná, com US$ 5,4 bilhões de produtos deste segmento comercializados, representando 37,9% da pauta de vendas para o Exterior.

Na sequência estão o Irã (US$ 473 milhões), Emirados Árabes Unidos (US$ 471 milhões), Coreia do Sul (US$ 441 milhões), Holanda (US$ 385 milhões), Indonésia (US$ 376 milhões), Japão (US$ 353 milhões), Índia (US$ 330 milhões), México (US$ 306 milhões) e Arábia Saudita (US$ 288 milhões).

O Paraná também exportou muitos produtos para a União Europeia ao longo do ano passado, com França (US$ 208,4 milhões), Alemanha (US$ 208 milhões), Turquia (US$ 200 milhões), Reino Unido (US$ 142 milhões), Espanha (US$ 127 milhões) e Eslovênia (US$ 101 milhões) liderando o comércio. Para os Estados Unidos foram vendidos US$ 117 milhões. Países sul-americanos também estão bem representados na pauta do comércio exterior: Chile (US$ 152 milhões), Uruguai (US$ 95 milhões) e Peru (US$ 71 milhões).

Ao longo dos últimos seis anos, a estratégia do governador Carlos Massa Ratinho Junior de consolidar o Paraná como um grande fornecedor de alimentos para todas as regiões do mundo tem surtido efeito. Em valores totais, as exportações de alimentos e bebidas do Paraná cresceram muito em relação a 2019. Naquele ano, 22 países importavam US$ 50 milhões ou mais em alimentos do Paraná. No mesmo período de 2024, 40 países superaram a marca de US$ 69 milhões.

O principal produto alimentício exportado pelo Paraná entre janeiro e dezembro foi a soja, com US$ 5,3 bilhões, seguida pela carne de frango in natura (US$ 3,8 bilhões), farelo de soja (US$ 1,4 bilhão), açúcar bruto (US$ 1,2 bilhão), cereais (US$ 551 milhões), carne suína (US$ 404 milhões), óleo de soja bruto (US$ 358 milhões), café solúvel (US$ 326 milhões) e carne de frango industrializada (US$ 146 milhões).

Produção em alta

Os dados de exportação e comércio internacional são reflexo do aumento da produção das principais cadeias do Estado. A produção de ovos para consumo, por exemplo, era de 191,866 milhões de dúzias em 2023 (ou 2,302 bilhões de unidades) e aumentou para 202,874 milhões de dúzias produzidas (ou 2,434 bilhões de unidades) em 2024.

O Paraná também liderou o crescimento nacional da produção de frangos e suínos no ano passado, de acordo com as Estatísticas da Produção Pecuária de 2024, divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Estado produziu 53,3 milhões de frangos e 281,4 mil cabeças de suínos a mais em 2024 em relação a 2023, além de acumular altas também na produção bovina, de ovos e de leite.

Na avicultura, o Estado se mantém como líder absoluto, sendo responsável por 34,2% da produção de frango no País. O setor teve um crescimento de 2,47% no abate em relação ao ano anterior, somando mais de 2,2 bilhões de aves produzidas no ano passado no Paraná, superando o recorde de 2023, quando esse número chegou 2,15 bilhões de unidades.

Já na suinocultura, o Paraná diminuiu a diferença com Santa Catarina e se manteve com a segunda maior produção. Enquanto o Paraná teve um aumento de 2,32% em relação ao ano anterior, totalizando 12,4 milhões de porcos abatidos em 2024, o estado vizinho teve queda de 0,08% nos abates, com 16,6 milhões de cabeças de suínos abatidas.

O Paraná também é o maior produtor de feijão e recentemente tem se caracterizado também como um exportador importante. Em 1997, a exportação paranaense somou apenas 277 toneladas. Em 2024, a as exportações somaram 71 mil toneladas, superando em mais de cinco vezes o número registrado em 2023.

Fonte: AEN Foto: José Fernando Ogura/Arquivo AEN

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Soja: produtores do Paraná iniciam planejamento da safra 2025/26

Com a colheita da safra 2024/25 de soja praticamente encerrada no Paraná, os produtores do estado já voltam suas atenções para o planejamento da próxima safra. Segundo o Boletim de Conjuntura Agropecuária, divulgado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o plantio da safra 2025/26 terá início em setembro.

O documento aponta um cenário com perspectivas comerciais consideradas positivas para o próximo ciclo. De acordo com estimativas do Banco Central, a cotação do dólar deverá permanecer acima de R$ 5,90 até dezembro de 2025. Ao mesmo tempo, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projeta uma redução de 4,1% na área plantada com soja naquele país, o segundo maior produtor mundial da oleaginosa.

“O Brasil, líder na produção global de soja, deve colher mais de 167 milhões de toneladas nesta safra, o que mantém o país em posição estratégica no mercado internacional”, informa o boletim do Deral.

Apesar da queda nas cotações internacionais, os preços da soja no mercado doméstico superam os registrados no ano anterior. A valorização do dólar tem sido apontada como o principal fator para essa sustentação de preços no Brasil.

O boletim ainda destaca que, com o fim da colheita, a oferta de soja no mercado começa a diminuir, o que tem impulsionado os prêmios pagos nos portos. “Esse movimento pode manter os preços nos níveis atuais ou até mesmo pressioná-los para cima”, afirmam os analistas do Deral.

Fonte: Agrolink/Seane Lennon Foto: USDA

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Área plantada com trigo pode cair 20% no Paraná

O plantio de trigo foi oficialmente liberado no Paraná a partir de 1º de abril, conforme as indicações do Zoneamento Agrícola. No entanto, a expectativa para a safra de 2025 aponta uma retração significativa na área destinada à cultura. A estimativa inicial prevê redução de 20% na área plantada, caindo de 1,14 milhão para 910 mil hectares.

Segundo o Boletim de Conjuntura Agropecuária produzido pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), a diminuição está associada, entre outros fatores, ao crescimento da área ocupada pelo milho na segunda safra, que é frequentemente semeado após a colheita da soja. “A expansão do milho e da soja reduziu o espaço para o trigo”, afirmaram os técnicos do Deral no relatório.

Apesar de o plantio seguir permitido até junho, o cenário atual não favorece um aumento significativo na área de cultivo. Os analistas apontam como entraves a recorrência de frustrações nas últimas safras e mudanças nas regras de seguro agrícola, que visam restringir o uso recorrente do benefício.

Mesmo com os preços do trigo em alta — a média de março subiu 5% em relação a fevereiro e 24% na comparação com março de 2024 —, o interesse pelo cultivo permanece limitado. “Os preços atuais indicam rentabilidade positiva sobre os custos variáveis, o que não ocorria no mesmo período do ano passado”, aponta o boletim. Ainda assim, os números não têm sido suficientes para reverter a tendência de queda.

Caso a estimativa de plantio se confirme, esta será a menor área de trigo no Paraná desde 2012. Com condições climáticas favoráveis, a produção pode alcançar 2,93 milhões de toneladas, volume inferior à capacidade de moagem das indústrias do estado, que deverão recorrer a fornecedores da Argentina, do Paraguai e do Rio Grande do Sul, como tem ocorrido em anos de safras comprometidas.

Fonte: Agrolink/Seane Lennon Foto: Pixabay

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Pirataria de sementes gera prejuízos de R$ 10 bilhões ao ano no Brasil

Estudo mostra que fim da prática poderia gerar receitas anuais de R$ 2,5 bilhões aos agricultores

A pirataria de sementes traz prejuízos anuais de R$ 10 bilhões ao agronegócio nacional, conforme estudo divulgado nesta quarta-feira (2) pela Croplife Brasil e Céleres Consultoria. Além disso, com a prática, o país tende a perder cerca de R$ 1 bilhão em arrecadação de impostos nos próximos dez anos.
O documento mostrou, também, que 11% de toda a soja plantada no país tem sementes sem registro no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) como origem. A área é equivalente às lavouras de todo o Mato Grosso do Sul, o quinto estado brasileiro em produção.

Segundo a pesquisa, o fim da pirataria de sementes de soja geraria receitas anuais de R$ 2,5 bilhões aos agricultores, R$ 4 bilhões ao setor de produção de sementes, bem como R$ 1,2 bilhão para a agroindústria de farelo e óleo de soja e R$ 1,5 bilhão nas exportações do setor.

De acordo com o CEO da Céleres, Anderson Galvão, as estimativas da pesquisa tiveram como base a demanda teórica do insumo necessário para a semeadura dos 46 milhões de hectares de soja no país (safra 2023/24), ou seja, levantou-se a quantidade que as empresas credenciadas efetivamente comercializam somadas às projeções de salvamento declaradas e constatou-se o montante fruto de pirataria.

Perdas de produtividade

Variedades ilegais não passam por etapas de controle técnico e não têm garantia de qualidade, conforme apontam estudos de vigor e germinação conduzidos pela Embrapa.

“No médio e longo prazos, o agricultor está abrindo mão de potencial de produtividade [se usar sementes piratas]. Nos últimos 25 anos, a produtividade da soja cresceu cerca de 1 hectare ao ano, crescimento que vem, principalmente, de melhorias e desenvolvimento genético. Então o agricultor que usa sementes salvas ou piratas de menor qualidade está perdendo produtividade ao longo dos anos”, contextualiza Galvão.

Os responsáveis pela pesquisa enfatizam que a Lei de Proteção de Cultivares incentiva investimentos no melhoramento genético, um processo complexo que pode levar até 10 anos para ser concluído.

“Quanto mais segurança jurídica nós temos, maior a possibilidade de novas variedades vindas continuamente ao mercado e, no final das contas, quem se beneficia é o produtor, porque tem produtos cada vez mais produtivos, pensados para as suas regiões e que, no final das contas, vão trazer benefícios à nossa agricultura e ao nosso país”, destaca o diretor-presidente da CropLife Brasil, Eduardo Leão.

Fonte: Canal Rural Foto: Freepik

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Relatório de Atividades 2024 | Apasem protagoniza encontro inédito sobre Análise de Sementes

O 1º WorkLas Apasem reuniu mais de 300 profissionais durante três dias de evento na cidade de Londrina, Norte do Paraná
A importância da análise de sementes para o desenvolvimento do agronegócio como um todo foi o centro de um debate promovido pela Apasem no final de 2024. O encontro reuniu, em Londrina – no Norte do Paraná, mais de 300 pessoas, que, ao longo de três dias, exploraram todas as novidades deste importante elo do segmento sementeiro: a análise laboratorial das sementes. Na abertura do evento, estiveram presentes os presidentes da Abrates (Fernando Henning), da Abrasem (Paulo Pinto) e da Apasem (Luiz Meneghel Neto – vice-presidente).

Participaram, a convite da Associação, grandes nomes e especialistas do setor de análise de sementes no Brasil. “Temos uma grande expertise de mais de 50 anos na análise de sementes por meio de nossos laboratórios, e isso nos credencia a encabeçar eventos dessa natureza. Foi um momento rico, em que inúmeros profissionais se reuniram em torno desse assunto e discutiram desde técnicas hoje ativas até as tendências previstas para os próximos anos”, afirma o diretor executivo da Apasem, Jhony Moller.

O evento, que levou o nome de ‘1º WorkLas Apasem’, foi 100% desenvolvido pelas equipes da Associação. Entre os participantes, estiveram, responsáveis técnicos, analistas de sementes, autônomos, auxiliares, estudantes e palestrantes, além de profissionais ligados a empresas do ramo de laboratórios.

Segundo a direção da Apasem, o tema ‘Análise de Sementes’ sempre é abordado em diferentes eventos do setor, mas nunca como protagonista. “Vimos essa necessidade e oportunidade, e assim nasceu o 1º WorkLas Apasem. Quem participou avaliou positivamente a iniciativa, de acordo com os levantamentos internos de pesquisa de satisfação”, destaca Moller.

Ao propor este evento para o setor, a Apasem levou em consideração muitas das carências vividas por profissionais dentro dos próprios laboratórios. “Como a Associação frequentemente participa de eventos por todo o Brasil e os colaboradores dos LAS interagem com inúmeros profissionais ligados à área, percebemos essa necessidade e enxergamos a oportunidade de encampar esse desafio”, explica o diretor executivo.

O evento trouxe em sua essência assuntos em alta, além da troca de experiências entre os participantes. A projeção da Apasem é realizar esse encontro a cada dois anos, com o intuito de contribuir para que o setor tenha a pauta da ‘Análise de Sementes’ sempre muito bem atualizada.

Acesse o Relatório de Atividades 2024 na íntegra

Fonte: Relatório de Atividades Apasem 2024

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Relatório de Atividades Apasem | A força dos LAS Apasem em 2024

A cada ano que passa, os laboratórios de análise de sementes da Apasem avançam em suas atividades e aumentam o número de análises realizadas. Referência no setor sementeiro, as unidades localizadas em Toledo e Ponta Grossa receberam 18.075 amostras em 2024, contra 13.598 registradas em 2023. Esse aumento expressivo deve continuar na mesma tendência em 2025.

O resultado não é por acaso. A gestão dessas estruturas é realizada com responsabilidade e profissionalismo pela Apasem. “Se alcançamos essa credibilidade é porque temos um portfólio que o cliente reconhece, entendendo o valor entregue à semente quando solicita os serviços de nossos LAS”, explica o diretor executivo da Apasem, Jhony Moller.

Acesse o Relatório de Atividades 2024 na íntegra

Fonte: Relatório de Atividades Apasem 2024

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Colheitas de soja e milho ultrapassam 95% das áreas plantadas no Paraná

A colheita da soja avançou cinco pontos percentuais em uma semana no Paraná e agora está com 95% dos 5,7 milhões de hectares retirados dos campos. O dado faz parte do relatório Condições de Tempo e Cultivo divulgado nesta terça-feira (01) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.

A expectativa de produção para a soja está mantida em pouco mais de 21 milhões de toneladas, com 91% do que resta a campo desenvolvendo-se de forma boa e o restante em condição média. Os produtores aguardam apenas as condições ideais de clima para terminar a colheita, enquanto isso os técnicos realizam reuniões para divulgar os números finais da safra.

O documento do Deral se refere ainda à colheita do milho de 1ª safra, que teve avanço de três pontos percentuais no prazo de uma semana, figurando agora também em 95% dos 268 mil hectares. O plantio do cereal de 2ª safra subiu os mesmos três pontos porcentuais e hoje está com 99% dos 2,6 milhões de hectares semeados.

As condições do milho a ser colhido estão boas para 96% do que resta, prometendo-se a finalização em poucos dias. A 2ª safra teve piora de condições na última semana, caindo de 70% para 66% a área em que é considerada em situação boa. As lavouras ruins foram de 9% para 12%.

Os técnicos e os produtores devem fazer um acompanhamento mais minucioso nos próximos dias para ver se as últimas chuvas foram suficientes para melhorar a germinação das sementes. Independentemente disso, observa-se alta infestação de pulgões e cigarrinhas. Aguardam-se as chuvas previstas para a próxima semana para fazer a pulverização.

O boletim do Deral informa ainda que a colheita do feijão de 2ª safra iniciou de forma tímida. Apenas 1% dos 332 mil hectares foram colhidos. A maioria das lavouras está formando as primeiras vagens. As chuvas registradas nos últimos dias beneficiaram a cultura, mas não corrigiram os problemas anteriores que prejudicaram o desenvolvimento ideal, com as plantas apresentando porte abaixo do esperado.

A colheita da batata de 2ª safra também avança, com 20% da área de 10,7 mil hectares já limpas. No entanto, os valores recebidos pelos produtores para a saca de 25 quilos não são positivos. O levantamento do Deral aponta que em março os produtores receberam em média R$ 30,22 pela saca. Em fevereiro o valor estava em R$ 31,66, e em março do ano passado foram pagos R$ 79,85.

Os dados sobre as condições das culturas a campo no Paraná mostram que várias frutas estão em fase de colheitas. São os casos de abacate, banana, goiaba e maracujá na região de Cianorte. A cana-de-açúcar está sendo beneficiada pelo clima e as perspectivas são boas para a colheita que começa em poucos dias.

O arroz irrigado na região Noroeste do Estado continua a ser colhido com boas perspectivas de produção. A frutificação do café está avançando, mas em algumas áreas já começa o período de maturação. As altas temperaturas dos últimos meses podem provocar o adiantamento do ciclo.

Fonte: AEN Foto: Gilson Abreu/AEN