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1º WORKLAS APASEM

A Apasem irá promover nos dias 3, 4 e 5 de dezembro de 2024 o 1º WORKLAS APASEM. Entre os palestrantes, a Fundadora e CEO da Image Pesquisas, engenheira agrônoma e doutora em Agronomia, Haynna Abud, também especialista em Análise de Imagens de Sementes.

Há mais de 14 anos, ela atua na realização de pesquisas, ensaios técnicos, treinamentos e consultorias na área de tecnologia e produção de sementes.
Em parceria com a Abla Import desenvolveu o Agro-X, equipamento de raios X em sementes.

Inscrições aqui.

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Negociações da soja brasileira estão em alta

Segundo o boletim informativo do Cepea, as negociações com soja no Brasil permanecem aquecidas, em função da forte demanda das indústrias esmagadoras locais. A intensa movimentação elevou os prêmios de exportação da oleaginosa, e assim facilitou a crescente competitividade do produto brasileiro no mercado internacional.

Os Pesquisadores do Cepea ainda destacam que, embora os preços internos estejam em alta, a valorização foi limitada por alguns fatores. Como o progresso na semeadura da safra 2024/25 na América do Sul, a proximidade do término da colheita no Hemisfério Norte e a recente desvalorização do dólar em relação ao real, que torna os produtos brasileiros relativamente mais caros para o mercado externo.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou quue, a semeadura da soja no Brasil já atingiu 53,3% da área total prevista, até o dia 3 de novembro, um avanço significativo em comparação aos 48,4% registrados no mesmo período do ano passado. Esse ritmo acelerado de plantio reflete as condições climáticas favoráveis e a busca dos produtores por aproveitar janelas ideais de cultivo, o que pode ter impactos diretos na produtividade e no preço futuro da soja brasileira.

Fonte: Agrolink/Aline Merladete Foto: Divulgação

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Mercado do Café Registra Alta com Impactos da Eleição Americana e Flutuação do Dólar

Os preços do café apresentaram um avanço significativo na última semana, com alta nas bolsas internacionais de arábica, em Nova York, e de robusta, em Londres, refletindo no mercado físico brasileiro. De acordo com o consultor da Safras & Mercado, Gil Barabach, o impacto da vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos causou uma agitação no mercado financeiro global, influenciando tanto o valor do dólar quanto as commodities. O índice DXY, que mede o valor do dólar em relação a outras moedas fortes, como o euro, chegou a operar acima dos 105 pontos, antes de se estabilizar em torno de 104,5 pontos.

Enquanto o dólar se enfraquecia em relação ao real, devido à expectativa de um pacote de corte de gastos do governo Lula, esse movimento acabou impulsionando os preços do café, que no dia 7 de novembro voltaram a se aproximar dos 260 centavos por libra-peso em Nova York. “A queda do dólar frente ao real foi o gatilho para a alta nos preços, especialmente na quinta-feira (07), quando o café começou a flertar com os 260 centavos”, afirmou Barabach. No entanto, o especialista alerta que os mercados financeiros ainda estão se ajustando aos efeitos das eleições nos EUA e à recente decisão do Federal Reserve (Fed) de reduzir a taxa de juros norte-americana em 0,25 ponto percentual.

A volatilidade no mercado de café também foi acentuada pelo vencimento das opções de contratos de dezembro/24, previsto para sexta-feira, 8 de novembro. Esse fator, aliado à rolagem de contratos próximos à data de entrega física, programada para 20 de novembro, contribuiu para as flutuações nos preços.
Apesar das altas observadas, Barabach indica que a consistência desses ganhos é incerta. “Os aumentos são sustentados pela turbulência financeira, mas com um fôlego limitado, ocorrendo também em um momento de transição entre contratos na bolsa, o que é um movimento temporário”, analisa o consultor.

A atenção agora se volta para a safra brasileira de 2025. O clima no cinturão cafeeiro tem se mostrado mais favorável, com chuvas mais frequentes, o que traz um otimismo moderado quanto à próxima colheita. No entanto, persistem as incertezas sobre o impacto das perdas no potencial produtivo devido ao longo período de seca em 2024, que afetou estados como Minas Gerais e São Paulo.

No fechamento da semana, entre os dias 31 de outubro e 7 de novembro, o contrato de março de 2025 em Nova York teve uma alta de 5,8%, passando de 245,50 para 259,75 centavos de dólar por libra-peso. Em Londres, o contrato de janeiro de 2025 do robusta subiu 2,7%. O mercado físico brasileiro também reagiu positivamente às altas nas bolsas internacionais, embora a queda do dólar tenha limitado os ganhos. Entre os últimos sete dias, o preço do café arábica no sul de Minas Gerais subiu de R$ 1.530,00 para R$ 1.600,00 a saca (alta de 4,6%), enquanto o café conilon tipo 7 no Espírito Santo passou de R$ 1.425,00 para R$ 1.490,00 a saca (alta de 4,6%).

Barabach observa que, apesar da melhora nas condições climáticas, ainda existem dúvidas sobre o impacto das perdas na safra de 2025. “A impressão é de que a base comparativa será a safra colhida este ano. Enquanto o mercado de arábica segue cauteloso, no caso do conilon/robusta há uma expectativa de que a safra do próximo ano seja superior à deste ano”, conclui. O especialista alerta ainda que a volatilidade do mercado tem dificultado as negociações, afastando compradores e vendedores e criando um ambiente de incerteza para os negócios.

Fonte: Portal do Agronegócio Foto: Divulgação

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Milho deve se manter em alta nas próximas semanas

Conforme dados divulgados pelo boletim informativo do Cepea, os preços domésticos do milho estão em uma tendência de alta no início do mês de novembro. O cenário é impulsionado pela forte demanda interna, já que muitos consumidores buscam recompor seus estoques, o que contribui para a valorização do cereal no mercado brasileiro. A expectativa é de que essa situação permaneça nas próximas semanas, considerando a necessidade de reposição de estoques por parte de compradores.

Os vendedores por sua vez, estão adotando uuma postura de maior cautela nas negociações, priorizando o trabalho no campo e o avanço da semeadura da safra de verão. Ainda conforme o Cepea, essa estratégia permite que os produtores aguardem condições mais favoráveis de comercialização e evitem vendas precipitadas, especialmente em um cenário de alta demanda. O plantio da safra de verão está ocorrendo em boas condições climáticas, o que reduz as preocupações com possíveis atrasos para a segunda safra de milho em 2025, que precisa ser plantada dentro de uma janela ideal para garantir melhores resultados produtivos.

Conforme informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), até o dia 3 de novembro, cerca de 42,1% da área destinada ao milho na safra de verão já havia sido semeada no Brasil, representando um avanço de 5,3 pontos percentuais em relação à semana anterior e 1,9 pontos percentuais acima do índice registrado no mesmo período de 2023.

Fonte: Agrolink Aline Merladete Foto: Divulgação

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Doze produtos obtiveram bônus do PGPAF em novembro

De acordo com a lista dos produtos que contam com o bônus de desconto no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), divulgada no último dia 8, no Diário Oficial da União, doze obtiveram bônus em novembro. Destes, apenas a cebola não constava na lista de bonificação do mês anterior. O percentual de desconto dos produtos incluídos no Programa de Garantia de Preços para Agricultura Familiar (PGPAF) é calculado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Entre os produtos que permanecerão com bônus em novembro estão: açaí (AC), banana (CE, PE, SE), cana-de-açúcar (ES, RJ, SP), castanha de caju (PI, RN), erva-mate (SC), feijão caupi (TO, MT), manga (BA), mel de abelha (PI, RN, SE, MG, SP, PR, RS, SC, MS), raiz de mandioca (ES), tomate (BA, PI, SE, RJ) e trigo (RS, SC, DF, MS).

Já os produtos que passarão a receber bônus neste mês são: banana (GO), castanha de caju (CE, MA, PE), cebola (BA), feijão caupi (AP), mel de abelha (PB), raiz de mandioca (AL) e trigo (PR). Na lista dos produtos que deixarão de receber bônus estão: borracha natural (ES) cana-de-açúcar (BA), cará/inhame (AM, ES), feijão caupi (MA), mel de abelha (AL), milho (MA), raiz de mandioca (SP) e tomate (CE, ES, MG, MT).

A portaria com os valores do bônus mensal é divulgada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA). Nesta edição, o benefício entra em vigência a partir do dia 10 de novembro, com validade até 9 de dezembro. Confira a lista na Portaria SAF-MDA n.º 210/2024 que indica os preços de garantia dos produtos e os percentuais de bônus nos estados contemplados.

Fonte: Conab Foto: Divulgação

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1º WorkLas ocorre em Londrina de 3 a 5 de dezembro e está com inscrições abertas

A Apasem promove de 3 a 5 de dezembro o 1º WORKLAS Apasem, evento inédito e voltado aos profissionais que atuam direta e indiretamente junto aos Laboratórios de Análises de Sementes no Brasil. O encontro ocorre na cidade de Londrina e contará com a participação de grandes nomes do setor sementeiro brasileiro.

Durante os três dias de debates serão discutidos temas como: ‘Confiabilidade da Amostragem na Análise de Sementes’, com destaque para Amostragem de Lotes, Revalidação, Reembalagem e Documentos e Embalagens. Segue ainda com o tema ‘Reflexos do Campo nos Laboratórios de Sementes’; ‘Análise de Sementes Forrageiras’; ‘Mistura de Sementes MIX’, ‘Credenciamento de Laboratório de Sementes’; ‘ISO 17.025 – Não Conformidades, Riscos e Oportunidades de Melhoria’; e ‘Novas Ferramentas para Análise de Sementes’.

Serviço:

Inscrições podem ser feitas aqui.

Associados Apasem têm 25% de desconto nas inscrições. Basta solicitar o ‘voucher de desconto’ por meio do e-mail comunicacao@apasem.com.br

O evento realizado no Aurora Shopping na cidade de Londrina de 3 a 5 de dezembro.

Alerta Ferrugem é retomado no Paraná

Pesquisadores do Paraná usam Inteligência Artificial para combate da ferrugem da soja

O Centro de Inteligência Artificial no Agro (CIA-Agro), que reúne pesquisadores de várias instituições paranaenses focadas no desenvolvimento de tecnologias para o campo, está trabalhando com a aplicação de IA na agricultura, especificamente no monitoramento e combate à ferrugem da soja, dentro do Alerta Ferrugem. A ferrugem da soja (ou asiática, seu continente de origem) é uma doença causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi e que ataca as folhas da planta. É a principal doença da soja e já causou significativas perdas de safra no passado.

O NAPI CIA-Agro é formado por várias instituições, como Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Federal Tecnológica do Paraná (UTFPR), IDR-Paraná, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e Fundação ABC, e está dentro dos Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação da Fundação Araucária e Governo do Estado.
Ele atua em iniciativas de monitoramento automatizado de pragas e doenças, controle de insumos e otimização do uso de água e fertilizantes. Essas tecnologias oferecem suporte ao produtor na tomada de decisões rápidas e assertivas, reduzindo desperdícios e maximizando a produtividade.
Em relação à ferrugem, as entidades estão unidas para monitorar mais de 200 coletores espalhados pelas plantações de soja. É uma área que começa em Assis (SP), passa por Londrina e Campo Mourão, chega a Cascavel, e vai para Pato Branco e Guarapuava.

Os coletores são “armadilhas” montadas sobre as plantas que, com o vento, capturam o fungo. E se antes era preciso que o pesquisador fosse na armadilha in loco para ver o resultado e depois analisar com a ajuda de um microscópio, com a IA ele pode monitorar a presença (ou não) dos esporos sem sair do laboratório, pois a tecnologia permite identificar automaticamente os esporos coletados. O IDR-PR implantou a rede de armadilhas.

De acordo com o professor Marcelo Giovanetti Canteri, do Departamento de Agronomia da UEL, a ferrugem é uma praga em seu sentido pleno. “Mesmo com todas as medidas de combate, como o vazio sanitário anual, a pesquisa em torno do controle biológico e o desenvolvimento de espécies de soja mais resistentes, ela volta todo ano e exige a aplicação de fungicidas”, diz. Em média, anualmente, é preciso usar os produtos em uma área de 40 milhões de hectares.

O coordenador estadual do projeto de Grãos Sustentáveis do IDR-Paraná, Edivan Possamai, destaca que o Paraná, por meio do IDR-PR, foi pioneiro na organização de uma rede de coletores de esporos da ferrugem-asiática, especialmente nos últimos oito anos. São, em média, 160 coletores anualmente instalados e auxiliando os agricultores na tomada de decisão. “Com este trabalho, é possível reduzir em 35% as aplicações de fungicidas, com menos custos para o produtor e menos impacto ambiental”, afirma.

O projeto objetiva reduzir os custos para os produtores a partir do monitoramento mais eficaz, porque outros fatores também interferem e sobre eles é possível agir. Três aspectos devem ser levados em conta: a planta, o clima e o próprio fungo. O CIA-Agro está automatizando a observação dos três fatores, antecipando a chegada de dados e assegurando decisões mais rápidas.

Os testes de monitoramento da safra 2023/2024 analisaram dois dos três aspectos: o clima e o patógeno (fungo). Para a próxima safra (24/25), entra o monitoramento do plantio. O professor Marcelo observa que, com o tempo, o fungo vem aumentando sua resistência aos fungicidas, daí a necessidade premente de desenvolver tecnologia de combate à praga. Novos fungicidas também são criados, mas o uso da IA pode indicar o melhor momento para usá-los, e até se compensa fazê-lo ou o quanto, dependendo das características de cada região.

Os dados climáticos são um componente importante da pesquisa. Antes levavam até duas semanas para serem determinados, e agora ficam disponíveis em dois dias. Isso faz funcionar melhor, por exemplo, o alerta virtualmente emitido pelo Consórcio Antiferrugem da Embrapa, que disponibiliza informações sobre a dispersão da ferrugem em todo o País.

Cada região tem seus índices pluviométricos e de umidade e é observada singularmente. Pato Branco e Guarapuava, por exemplo, são conhecidas pelo clima úmido e plantio tardio. E o tempo do plantio também conta: se for feito no tarde, o fungo chega com a planta menos desenvolvida, aumentando o risco de prejuízo, ou seja, aumentando a necessidade de aplicação de fungicida, o que significa mais gastos.

Apesar de ser um projeto de pesquisa, há ações de extensão, uma vez que envolve diretamente produtores rurais. A Embrapa e o IDR atuam neste aspecto. Fora isso, o projeto tem sido disseminado através de publicações, participações em eventos científicos e redes sociais. Já foram publicados trabalhos em periódicos da área de Agronomia e apresentados em eventos da Computação. O CIA-Agro já promoveu dois workshops sobre o uso de IA na agricultura e o terceiro será nos dias 04 e 05 de dezembro de 2024, em Londrina, PR.

Evento

Em 27 de novembro, a Adapar vai promover um fórum técnico para definição dos períodos de Vazio Sanitário e do calendário de semeadura da soja para o Paraná na safra 2025/26. Esta proposição e discussão com os setores produtivos visa estabelecer as datas a serem encaminhadas ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), para que a análise seja realizada em harmonia com as demais Unidades de Federação.

“Essas medidas legislativas são importantes para o Manejo da Ferrugem Asiática da Soja, pois, uma vez adotadas, são o princípio para a redução da pressão de inóculos da doença. Além disso, a janela de semeadura mais restrita pode proporcionar uma menor aplicação de fungicidas para o controle da ferrugem, que possibilita uma menor pressão nos ativos utilizados para o manejo da doença à campo”, explica o chefe da divisão de Vigilância e Prevenção de Pragas em Cultivos Agrícolas e Florestais da Adapar, Marcílio Araújo.

Fonte: AEN Foto: IDR-Paraná

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Impactos da Volta de Trump no Agronegócio Brasileiro

Com a vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos, obtendo 277 delegados no colégio eleitoral até a manhã de sua confirmação, o agronegócio brasileiro pode enfrentar novas dinâmicas no comércio global. Em sua candidatura, Trump, que tem JD Vance como vice-presidente, promete implementar políticas de corte de impostos, controle da inflação, recuperação da indústria e um endurecimento das relações comerciais com a China e nas questões de imigração. Essas propostas têm o potencial de impactar diretamente o comércio internacional, especialmente no setor agrícola, afetando as relações comerciais com a China.

Durante seu primeiro mandato, em 2018, Trump iniciou uma guerra comercial com a China, impondo tarifas sobre produtos chineses, como eletrônicos da Huawei. Em retaliação, a China aplicou tarifas sobre produtos agrícolas dos Estados Unidos, incluindo soja, milho e trigo. Este cenário acabou beneficiando o Brasil, que se tornou o principal fornecedor de produtos agrícolas para a China, com um aumento expressivo nas exportações de soja, milho, carne de frango, celulose, açúcar e café. Contudo, a possível reintrodução de tarifas pelos EUA pode afetar negativamente esse comércio. De acordo com um relatório da National Corn Growers Association (NCGA) e da American Soybean Association (ASA), a volta dessas tarifas representaria prejuízos de bilhões de dólares para os produtores americanos.

Entre 2018 e 2019, as perdas nas exportações agrícolas dos EUA para a China superaram US$ 27 bilhões, com 95% desse montante devido às tarifas chinesas. Se a China voltar a aplicar tarifas sobre os produtos agrícolas dos EUA, as perdas poderão ser ainda maiores, impactando diretamente a soja e o milho, o que exigiria que o Brasil ampliasse suas exportações para atender à demanda chinesa. Isso, por sua vez, pressionaria o setor agrícola brasileiro. Em relação ao agronegócio, Trump afirmou que o setor será tratado da mesma forma que outros, sem intervenções diretas, mas com a reformulação do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), o que poderia limitar políticas agrícolas vigentes.

Na última segunda-feira, a TF Agroeconômica analisou os possíveis impactos da vitória de Trump sobre os preços da soja. A resistência técnica nos preços da soja para janeiro de 2025, que se mantém na faixa de US$ 980, pode ser alterada caso Trump reinicie a guerra comercial. Nessa hipótese, os preços em Chicago poderiam cair, enquanto no Brasil os preços da soja poderiam subir. Se não houver novas tarifas, a tendência é que os preços globais recuem.
Adicionalmente, uma possível deportação em massa de imigrantes nos EUA geraria incertezas, especialmente em estados como a Califórnia, que dependem da mão de obra estrangeira para a produção agrícola. Embora essa medida seja complexa e difícil de ser implementada rapidamente, ela pode prejudicar a produção agrícola nos Estados Unidos, afetando toda a cadeia produtiva.

Fonte e Foto: Portal do Agronegócio

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Acompanhe como a soja tem se movimentado

Os prêmios para a soja não estão reagindo no estado do Rio Grande do Sul, segundo informações da TF Ageoeconômica. “R$ 143,00 para entrega novembro, e pagamento 29/11, no Porto. No interior os preços seguiram o balizamento de cada praça. R$ 135,0 Cruz Alta – Pagamento em 29/11. R$ 135,00 Passo Fundo – Pagamento em 29/11. R$ 134,50 Ijuí – Pagamento em 29/11. R$ 134,00 Santa Rosa / São Luiz – Pagamento em 29/11. Preços de pedra, em Panambi, subiram para R$ 126,00 a saca, para o produtor”, comenta.

Em Santa Catarina o plantio não avança. “O estado é um dos poucos que ainda está atrasado em relação a 2023. Segundo a estimativa da EPAGRI é que a safra 2024/25 ocupe 830 mil hectares, com uma produção de 3,171 milhões de toneladas. O rendimento médio por hectare deve ser de 3.840 quilos. O preço no porto foi de R$ 144,50, Chapecó a R$ 135,50”. completa.

A indústria dita o ritmo no Paraná. “No porto, Paranaguá, as indicações CIF estavam em R$ 145, mas produtores pediam mais, dificultando negócios. No interior, a indústria dita o ritmo. Em Cascavel, o mercado foi morno. Para soja disponível, o preço CIF era de R$ 143 com entrega imediata. No Balcão, os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 130,00”, indica.

O mercado de soja em Mato Grosso do Sul permaneceu paralisado. Os compradores estão propondo R$ 141 por saca FOB, base Dourados, para pagamento em 30 de novembro, alta de R$ 2/saca ante o início da semana, sem acordos, pois vendedor pedia R$ 146. Em Dourados, comprador indicava R$ 1 por saca mais em relação ao dia anterior, ou R$ 140 por saca FOB, mas vendedor queria R$ 145, sem negócios”, informa.

Preços muito distantes entre comprador e vendedor no Mato Grosso. “No spot da soja, o dólar mais fraco afastou os vendedores nesta quarta-feira. Em Primavera do Leste, não houve negócios; produtores pediam R$ 155 por saca FOB, para retirada imediata e pagamento em 30 dias, mantendo o preço das últimas duas semanas, mas compradores ofereciam no máximo R$ 140. Campo Verde: R$ 144,00, Lucas do Rio Verde: R$ 141,50. Nova Mutum: R$ 141,00. Primavera do Leste: R$ 144,00. Rondonópolis: R$ 142,50. Sorriso: R$ 141,50”, conclui.

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems Foto: Divulgação

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Análise mensal do mercado da soja

Os preços da soja subiram em outubro, refletindo a firme demanda pelo grão, sobretudo por parte das indústrias esmagadoras. Os aumentos também estiveram atrelados à retração de produtores, que evitaram negociar grandes volumes no spot nacional, focados nas atividades de campo envolvendo a safra 2024/25. Vale ressaltar que o déficit hídrico no início da temporada deixou os trabalhos mais lentos, com o ritmo sendo normalizado ao final de outubro, favorecido pelas chuvas em importantes regiões produtoras. Esse cenário, somado à maior oferta no Hemisfério Norte, por sua vez, limitou o movimento de alta no Brasil.

Os Indicadores ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá e CEPEA/ESALQ – Paraná registraram médias de R$ 141,83/saca de 60 kg e R$ 139,71/sc de 60 kg, em outubro, os maiores valores do ano, em termos reais (IGP-DI de setembro), e respectivas elevações de 1,4% e de 2,2% frente a setembro. Já no comparativo anual, observa-se quedas reais de 5,6% e de 2,2%, nesta ordem.

Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, entre setembro e outubro, os preços da soja subiram 3,4% no mercado de balcão (valor pago ao produtor) e 3,2% no de lotes (negociações entre empresas). No comparativo anual, as altas foram de 2,2% no mercado de balcão e de 1,7% no de lotes. O dólar foi cotado à média de R$ 5,63 em outubro, 1,5% acima da de setembro e 11,1% superior à de out/23.
Na CME Group (Bolsa de Chicago), o contrato de primeiro vencimento da soja teve valor médio, em outubro, de US$ 10,0287/bushel (US$ 22,11/sc de 60 kg), quedas de 1,1% no mês e de 21,9% em um ano.

Óleo de soja

Os prêmios de exportação e os preços domésticos do óleo de soja subiram em outubro. Além do aumento no consumo de indústrias alimentícias, diante de expectativas de maior demanda nacional pelo derivado para produção de biodiesel em 2025, o avanço no valor do petróleo em outubro que fez com que refinarias tivessem mais incentivo em misturar o biodiesel ao óleo diesel, com o óleo de soja sendo a principal matéria-prima do biodiesel.

Diante disso, o óleo de soja posto na região de São Paulo, com 12% de ICMS, se valorizou 6% em outubro, atingindo R$ 6.988,45/t, o maior valor nominal desde 26 de janeiro de 2023. Na Bolsa de Chicago, o contrato Dez/24 do óleo de soja avançou 3,8% de setembro para outubro, a US$ 0,4335/lp (US$ 955,60/t) no último mês. No comparativo anual, no entanto, observa-se queda de 20,7%.

Farelo de soja

Os preços do farelo de soja caíram no mercado brasileiro, pressionados pelo enfraquecimento na demanda. Muitos consumidores, atentos à procura externa aquecida sobretudo a partir do segundo trimestre deste ano, fizeram estoques longos do derivado, adquirindo apenas pequenos lotes para completar suas reservas no decorrer de outubro. Além disso, diante da firme demanda por óleo de soja, houve uma expectativa de excedente de farelo, reforçando a postura retraída de compradores.

Já uma outra parcela dos consumidores, especialmente suinocultores e representantes de confinamentos, seguiu ativa nas aquisições do derivado, favorecida pelo maior poder de compra, o que impediu quedas mais acentuadas nos preços domésticos. Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, as cotações do farelo de soja ficaram praticamente estáveis (+0,1%) de setembro para outubro. No comparativo com outubro/23, porém, houve forte baixa de 11,1%, em termos reais.

Na CME Group (Bolsa de Chicago), o contrato de primeiro vencimento cedeu1,3%, a US$ 317,83/tonelada curta (US$ 350,35/t) – valor 20,5% inferior ao registrado há um ano e a menor média mensal desde ago/20, período em que as negociações do farelo estavam abaixo de US$ 300/tonelada curta.

Campo

De acordo com a Conab, 53,3% da área nacional havia sido semeada até 3 de novembro, acima dos 48,4% há um ano. As atividades decampo avançaram significativamente em São Paulo, alcançando 93% da área cultivada, acima dos 70% em 2023. Em Mato Grosso do Sul, a semeadura atingiu 79% da área reservada para a soja, 9 pontos percentuais a mais que no mesmo período do ano passado. Em Mato Grosso, o cultivo chegou a79,5%, ainda abaixo dos 80,2% há um ano. No Paraná, 74% da área reservada para a soja foi cultivada até 3 de novembro, acima dos 69%cultivados em período equivalente de 2023.

Em Goiás, a semeadura alcançou 49%, ante 41% há um ano. Em Minas Gerais, 34,4%, acima dos 30,6% semeados em igual período de 2023. No Sul e no Matopiba, as atividades também foram iniciadas em outubro.

A semeadura da temporada 2024/25 começou na Argentina. De acordo coma Bolsa de Cereales, 3,3% dos 19 milhões de hectares foram semeados até o dia 30 de outubro.

Nos Estados Unidos, o clima segue favorecendo a colheita da safra 2024/25. De acordo com relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA),94% da área cultivada com soja foi colhida até 3 de novembro, à frente dos89% colhidos há um ano e dos 85% na média dos últimos cinco anos.

Confira a análise mensal da soja de outubro/2024 completa, clicando aqui!

Fonte: CEPEA Foto: Divulgação