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Baixas temperaturas impactam no andamento da colheita do milho 2ª safra em alguns estados, aponta Conab

As baixas temperaturas registradas nos últimos dias têm retardado a perda natural de umidade de grão em alguns estados. Esse cenário tem influenciado nos trabalhos de colheita, uma vez que o tempo necessário para que o cereal atinja o teor de umidade ideal para ser colhido aumenta. De acordo com o Progresso de Safra, publicado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a colheita atinge 3,9% da área semeada do milho 2ª, índice inferior ao registrado na média dos últimos 5 anos.

Em Mato Grosso, os trabalhos já chegam a 5,6% da área cultivada pelo cereal. O índice é inferior ao registrado no mesmo período do ano passado. Entretanto, vale salientar que no ciclo 2023/24 o plantio do cereal no segundo ciclo teve início antecipado diante dos problemas climáticos registrados no cultivo da soja, influenciado pelo El Niño. No entanto, as boas condições das lavouras na atual safra podem contribuir para que a produtividade supere a obtida na última temporada.

No Paraná, o tempo mais seco ao longo da semana passada permitiu um avanço da colheita. Porém, as temperaturas mais baixas e as precipitações registradas no fim de semana impõem um ritmo mais lento nos trabalhos. De acordo com o Progresso, cerca de 4% da área paranaense já foram colhidas.

Em Mato Grosso do Sul, a passagem de uma frente fria não causou danos às lavouras, mas reduziu a velocidade da colheita. Os agricultores do estado já colheram 2% da área, enquanto que a média dos últimos 5 anos é de um percentual em torno de 2,7%. Por outro lado, o clima mais frio nas áreas produtoras sul-mato-grossense contribuiu para reduzir a população de insetos que poderiam prejudicar a cultura.

Em Goiás, a colheita foi iniciada no Sul do estado, mas paralisada devido à alta umidade dos grãos. Em Minas Gerais, os produtores também aguardam uma maior redução da umidade dos grãos para acelerarem os trabalhos. Já em São Paulo, as chuvas registradas são mais um fator para o atraso do início da colheita.

Outros produtos – Se o clima mais frio influencia no atraso da colheita do milho, as baixas temperaturas têm favorecido o desenvolvimento das lavouras de trigo. No Paraná, a semeadura do cereal avança e as áreas implantadas apresentaram bom desenvolvimento, beneficiadas pelas temperaturas mais baixas e pelos níveis adequados de umidade no solo. Já no Rio Grande do Sul, após as chuvas das semanas anteriores, os produtores aproveitaram o tempo seco para realizar a semeadura da cultura. As lavouras implantadas anteriormente apresentaram boas condições de emergência e estabelecimento inicial.

Outras informações sobre estágios de crescimento e desenvolvimento das lavouras das principais culturas do país, bem como as condições meteorológicas, estão disponíveis no site da Companhia.

Fonte: Conab Fonte: Divulgação

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Safra 25/26: o que deve influenciar o mercado da soja e milho?

Com o fim da colheita da soja e o início da colheita do milho safrinha, grande parte das estruturas de armazenamento e logísticas ainda estão ocupada pelos estoques da supersafra de soja, o que dificulta o recebimento do milho recém-colhido. O cenário pressiona a cadeia produtiva e pode gerar efeitos sobre o próximo ciclo.

Para a safra 2025/26, o cenário vai além das condições climáticas e da produtividade no campo. Fatores geopolíticos, econômicos e institucionais devem influenciar as decisões estratégicas do setor. A escalada das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, o comportamento da inflação global, a guerra entre Irã e Israel, a transição energética e a corrida eleitoral no Brasil surgem como pontos centrais para a formação de preços, o fluxo de exportações e a competitividade do agro nacional.

Felipe Jordy, gerente de inteligência e estratégia da Biond Agro, destaca que “essa análise oferece uma leitura estratégica que vai além do curto prazo. Entender os vetores de transformação ajuda o produtor rural a se antecipar e se posicionar melhor frente a um mercado cada vez mais volátil e interligado globalmente”.

A relação entre Estados Unidos e China continua como um fator relevante para o agronegócio brasileiro. O cenário permanece incerto. A manutenção das tarifas contra produtos chineses pode favorecer as exportações do Brasil. Por outro lado, um acordo entre os dois países pode redirecionar a demanda para os norte-americanos. O conflito entre Irã e Israel também preocupa. A instabilidade no Oriente Médio impacta a volatilidade dos preços internacionais do petróleo e a oferta global de fertilizantes. O Irã é um dos principais fornecedores de ureia, insumo essencial para culturas brasileiras. Qualquer interrupção nas exportações iranianas pode gerar escassez e elevar os custos de produção no Brasil, além de pressionar o câmbio e aumentar os custos logísticos com a alta do petróleo. Jordy avalia que “é importante lembrar que o Brasil colheu uma safra recorde de soja em 2024/25, o que pode ampliar sua competitividade dos preços no mercado internacional. A disputa entre EUA e China, ao mesmo tempo que abre oportunidades para o agro brasileiro, também impõe riscos que não podem ser ignorados. Da mesma forma, a instabilidade no Oriente Médio, especialmente em países-chave para o fornecimento de insumos, pode comprometer o equilíbrio de custos e impactar a rentabilidade do setor”.

No campo econômico, o ambiente macro começa a apresentar sinais de melhora. Apesar da pressão sobre o crédito agrícola, o cenário atual já não é tão negativo quanto nos meses anteriores. A expectativa é de queda dos juros ainda neste ano, influenciada por um câmbio mais baixo, com reflexos da desvalorização do dólar em meio às incertezas políticas nos Estados Unidos. O risco fiscal brasileiro, no entanto, segue como ponto de atenção e pode impactar o Real. Jordy avalia que “apesar das incertezas, caso a inflação global desacelere nos próximos trimestres, há espaço para redução nos custos de insumos, o que tende a estimular a demanda e sustentar os preços agrícolas no médio prazo”.

A previsão de um cenário climático neutro para o próximo ciclo reduz o risco de eventos extremos, como secas prolongadas ou chuvas excessivas. A estabilidade climática pode beneficiar a produtividade e a logística das lavouras. Especialistas, contudo, alertam para a possibilidade de eventos localizados que afetem algumas regiões, mesmo em um contexto global favorável.

No mercado internacional, o equilíbrio entre oferta e demanda global de grãos passa por uma nova configuração. Os estoques de soja seguem elevados após sucessivas supersafras, enquanto a demanda da China apresenta sinais de estabilização. No milho, a ampliação da área plantada nos Estados Unidos deve contribuir para a recomposição dos estoques e aumentar a oferta global. O consumo interno brasileiro, impulsionado pela produção de etanol e pelo setor de nutrição animal, tem sustentado os preços regionais. No entanto, a expectativa de estoques mais robustos, especialmente na Bolsa de Chicago, pode gerar pressão de baixa sobre as cotações nos próximos ciclos.

A transição energética também começa a redesenhar o mercado de milho no Brasil. O avanço de usinas de etanol de milho reposiciona o cereal como insumo estratégico na matriz energética nacional. Novos projetos estão em implantação e o país pode se tornar o segundo maior produtor mundial de etanol de milho. Jordy destaca que “estamos diante de uma mudança de paradigma na destinação do milho no Brasil, com reflexos diretos sobre oferta, preço e fluxo logístico”.

A eleição presidencial de 2026 adiciona mais um elemento de incerteza. As definições sobre política fiscal, crédito rural, tributos e relações comerciais podem afetar o setor. Medidas populistas podem alterar o ambiente de negócios, enquanto a possibilidade de novos acordos internacionais pode abrir mercados para o agro brasileiro. A volatilidade cambial, comum em anos eleitorais, já preocupa o setor. Jordy afirma que “as eleições de 2026 terão papel central na definição do ambiente regulatório e fiscal do agronegócio. É importante que o produtor esteja atento ao comportamento dos mercados e às propostas em debate”.

Fonte: Agrolink/ Seane Lennon Foto: Canva

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Paraná tem operação contra adulteração em cargas de grãos

Uma pessoa foi presa e 15 mandados de busca e apreensão foram cumpridos durante uma operação para combater a adulteração em cargas de grãos. A ação, da Polícia Federal, foi realizada nesta terça-feira (17) em São José dos Pinhais, Paranaguá, Pontal do Paraná e Morretes, além de Cuiabá, no Mato Grosso.

As operações Grãos Limpos e Grãos Puros têm o objetivo de apurar e reprimir fraudes na adulteração de cargas de grãos. As ações contam com o apoio do Ministério da Agricultura e Pecuária.

As investigações prosseguem com a análise do material apreendido. Os envolvidos poderão responder pelos crimes de falsificação, fraude no comércio, associação criminosa, entre outros.

Fonte e Foto: Band News

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PIB do Paraná cresce o dobro da média nacional e supera os de potências globais

O Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná cresceu 5% no 1º trimestre de 2025 na comparação com o mesmo período do ano passado. O índice, divulgado nesta segunda-feira (16) pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), com base nos dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é quase o dobro da média nacional (2,8%) e posiciona o Estado acima de potências globais, como Estados Unidos (2,1%) e os principais países europeus.

De acordo com o levantamento, o valor total do PIB do Paraná de janeiro a março foi de R$ 210,9 bilhões. Deste montante, R$ 37,9 bilhões são oriundos da atividade agropecuária, o que equivale a 18%. Outros R$ 41,4 bilhões foram produzidos pela indústria (19,6%) e R$ 108,1 bilhões pelo setor de serviços (51,3%), sendo os R$ 23,5 bilhões restantes de impostos (11,1%).

Segundo o Ipardes, o bom desempenho do 1º trimestre está ligado, sobretudo, às atividades de refino de petróleo, produção de veículos automotores, máquinas e equipamentos e geração de energia elétrica, que apresentaram fortes acréscimos de produção no 1º trimestre de 2025, no confronto com os três primeiros meses do ano passado.

Setores com maior crescimento

O maior crescimento estadual aconteceu no setor agropecuário, que registrou alta de 13,08% no 1º trimestre, acima da média nacional de 10,17%. O resultado foi impulsionado, principalmente, pelo desempenho das cooperativas paranaenses, que lideram a produção recorde de carne de frango, suína e bovina nos três primeiros meses de 2025. Outro indicador é o milho, que mesmo com perdas climáticas deverá ter a maior safra da história neste ano.

A indústria também apresentou desempenho expressivo, com crescimento de 5,92%, superior ao índice nacional de 2,4%. O avanço tem sido impulsionado pela instalação de novas fábricas em diversas regiões do Estado, atraídas por um ambiente favorável aos negócios, que combina infraestrutura moderna, segurança jurídica e incentivos fiscais. Entre os setores de destaque estão o automotivo, farmacêutico, alimentício, madeireiro, eletrônico e a agroindústria de alta tecnologia.

O setor de serviços do Paraná cresceu 3,44%, frente aos 2,09% registrados no Brasil, puxado pelos serviços prestados às famílias do Estado, como as atividades de alojamento e alimentação. A performance destes segmentos pode ser explicada pelo aumento da renda média da população e pelo aquecimento do consumo das famílias. O Paraná encerrou o último trimestre de 2024 com a menor taxa de desemprego da sua história: 3,3%. No mesmo período, a renda média dos trabalhadores cresceu 19,2%, a maior entre os estados das regiões Sul, Sudeste, Norte e Centro-Oeste.

Fonte: CBN com informações da AEN/PR Foto: Divulgação

Paraná tem operação contra adulteração em cargas de grãos

Uma pessoa foi presa e 15 mandados de busca e apreensão foram cumpridos durante uma operação para combater a adulteração em cargas de grãos. A ação, da Polícia Federal, foi realizada nesta terça-feira (17) em São José dos Pinhais, Paranaguá, Pontal do Paraná e Morretes, além de Cuiabá, no Mato Grosso.

As operações Grãos Limpos e Grãos Puros têm o objetivo de apurar e reprimir fraudes na adulteração de cargas de grãos. As ações contam com o apoio do Ministério da Agricultura e Pecuária.

As investigações prosseguem com a análise do material apreendido. Os envolvidos poderão responder pelos crimes de falsificação, fraude no comércio, associação criminosa, entre outros.

Fonte e Foto: Band News

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PIB do Paraná cresce o dobro da média nacional e supera os de potências globais

O Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná cresceu 5% no 1º trimestre de 2025 na comparação com o mesmo período do ano passado. O índice, divulgado nesta segunda-feira (16) pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), com base nos dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é quase o dobro da média nacional (2,8%) e posiciona o Estado acima de potências globais, como Estados Unidos (2,1%) e os principais países europeus.

De acordo com o levantamento, o valor total do PIB do Paraná de janeiro a março foi de R$ 210,9 bilhões. Deste montante, R$ 37,9 bilhões são oriundos da atividade agropecuária, o que equivale a 18%. Outros R$ 41,4 bilhões foram produzidos pela indústria (19,6%) e R$ 108,1 bilhões pelo setor de serviços (51,3%), sendo os R$ 23,5 bilhões restantes de impostos (11,1%).

Segundo o Ipardes, o bom desempenho do 1º trimestre está ligado, sobretudo, às atividades de refino de petróleo, produção de veículos automotores, máquinas e equipamentos e geração de energia elétrica, que apresentaram fortes acréscimos de produção no 1º trimestre de 2025, no confronto com os três primeiros meses do ano passado.

Setores com maior crescimento

O maior crescimento estadual aconteceu no setor agropecuário, que registrou alta de 13,08% no 1º trimestre, acima da média nacional de 10,17%. O resultado foi impulsionado, principalmente, pelo desempenho das cooperativas paranaenses, que lideram a produção recorde de carne de frango, suína e bovina nos três primeiros meses de 2025. Outro indicador é o milho, que mesmo com perdas climáticas deverá ter a maior safra da história neste ano.

A indústria também apresentou desempenho expressivo, com crescimento de 5,92%, superior ao índice nacional de 2,4%. O avanço tem sido impulsionado pela instalação de novas fábricas em diversas regiões do Estado, atraídas por um ambiente favorável aos negócios, que combina infraestrutura moderna, segurança jurídica e incentivos fiscais. Entre os setores de destaque estão o automotivo, farmacêutico, alimentício, madeireiro, eletrônico e a agroindústria de alta tecnologia.

O setor de serviços do Paraná cresceu 3,44%, frente aos 2,09% registrados no Brasil, puxado pelos serviços prestados às famílias do Estado, como as atividades de alojamento e alimentação. A performance destes segmentos pode ser explicada pelo aumento da renda média da população e pelo aquecimento do consumo das famílias. O Paraná encerrou o último trimestre de 2024 com a menor taxa de desemprego da sua história: 3,3%. No mesmo período, a renda média dos trabalhadores cresceu 19,2%, a maior entre os estados das regiões Sul, Sudeste, Norte e Centro-Oeste.

Fonte: CBN com informações da AEN/PR Foto: AEN

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BNDES aprova financiamento de R$ 133 milhões à Coopavel

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 133,2 milhões à Coopavel Cooperativa Agroindustrial. A operação foi estruturada no âmbito do Plano Safra, com recursos do Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) e do Prodecoop. O projeto, cujo investimento total é de R$ 144,3 milhões viabiliza o crescimento e a sustentabilidade das operações da cooperativa paranaense.

A operação prevê à ampliação e modernização das unidades de recebimento de grãos e comercialização de insumos agrícolas nos distritos de Santo Izidoro, em Três Barras, e Nova União, em Céu Azul, ambas no Paraná. Após a conclusão dos investimentos, a capacidade de armazenagem da unidade de Santo Izidoro será de cerca de 7,6 mil toneladas, com movimentação diária de 5 mil toneladas de grãos. A unidade de Nova União terá capacidade para 12 mil toneladas, também com movimentação diária de 5 mil toneladas.

O financiamento também permitirá a modernização dos frigoríficos de aves e suínos, a ampliação do sistema de captação e tratamento de água, a modernização das estações de separação e compostagem de resíduos sólidos e a construção de um novo centro de triagem de resíduos sólidos no Centro Tecnológico Coopavel.

Outro destaque do apoio é a construção de uma nova fábrica de embalagens em um terreno localizado no Bairro Universitário, em Cascavel, onde funcionava o primeiro frigorífico da cooperativa, hoje desativado. O empreendimento abrigará unidades para a fabricação de etiquetas e rótulos, cartonagem (caixas de papelão), sacarias e bags, frascos e galões, e peças plásticas flexíveis. A produção estimada da nova planta inclui 1,2 milhão de metros lineares de etiquetas e rótulos por mês, 5,3 milhões de caixas por mês (aproximadamente 1,3 mil toneladas), 1,3 milhão de sacos e 30,6 mil bags por mês, 1,45 milhão de frascos por mês e 5.215 toneladas mensais de peças plásticas flexíveis.

Além disso, uma nova linha de produção de ração para peixes será construída em galpão anexo às atuais fábricas de ração da Coopavel. A estimativa é que a capacidade de produção total de ração aumente de 630 mil para 690 mil toneladas/ano.

O sistema de captação e tratamento de água do Complexo Industrial da Coopavel também será ampliado, com a construção de uma barragem de captação, casa de bombas e uma adutora de 2.500 metros, para transportar a água bruta do Rio Barreiros até a lagoa de armazenamento e posterior tratamento na Estação de Tratamento de Água (ETA). Também será reformado um reservatório para água potável.

A ampliação da unidade de compostagem de resíduos orgânicos do Complexo Industrial aumentará a área disponível para compostagem em 1.200 m², viabilizando a produção de composto com potencial de uso agronômico. Já a nova Unidade de Triagem e Reciclagem de Resíduos Sólidos, no Centro Tecnológico Coopavel, será destinada à gestão dos resíduos gerados pelos eventos realizados no espaço do Show Rural Coopavel, que, somente em 2024, gerou mais de 240 toneladas de resíduos.

“O BNDES desempenha um papel importantíssimo para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro. Nesse projeto, serão beneficiados milhares de produtores rurais que dependem da criação de pequenos animais para o desenvolvimento das suas propriedades, melhorando a margem de lucro. Uma parte substancial dos recursos será destinada à ampliação de armazéns para recepção de grãos e à modernização de agroindústrias, melhorando nossa competitividade e levando, inclusive, ao lançamento de novos produtos para o mercado interno e externo, afirma o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli.

“O financiamento de R$ 133 milhões do BNDES à Coopavel viabiliza uma importante ampliação da infraestrutura de armazenagem e de modernização do parque fabril com impactos positivos para o setor. Sob orientação do presidente Lula, o BNDES tem atuado fortemente para construir uma agroindústria cada vez mais produtiva, sustentável e inovadora”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

Fonte e Foto: Gazeta do Povo

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‘A evolução do agro passa pela semente’, afirma especialistas na 4ª Febrasem

Feira em Rondonópolis é considerada um dos maiores eventos do setor de sementes do Brasil. O presidente da Associação Brasileira de Sementes (Abrasem) e vice-presidente da APASEM, Paulo Pinto, durante a solenidade de abertura, pontuou que “eventos como esse nos mostram o que temos e o que está por vir”.

“Toda semente é um ser vivo”. Este é um dos pontos destacados na quarta edição da Feira Brasileira de Sementes (Febrasem), que ocorre em Rondonópolis nestes dias 11 e 12 de junho.

Conforme o presidente da Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat) e realizadora do evento, Nelson Croda, a cada ano a feira vem crescendo.

“A base das escolhas dos temas e palestrantes é com base na realidade atual da agricultura e também sobre as inovações do agro como um todo, principalmente do setor de sementes”, frisou Croda em entrevista ao Canal Rural Mato Grosso.

O evento é realizado no Parque de Exposições Wilmar Peres de Farias, em Rondonópolis. O tema deste ano é “Sementes do Amanhã”, e reúne especialistas, produtores e grandes nomes do agronegócio. Entre os nomes de peso estão Ricardo Amorim e Paulo Hermann, que são referências em economia e em agronegócio.

O presidente da Associação Brasileira de Sementes (Abrasem) e vice-presidente da APASEM, Paulo Pinto, durante a solenidade de abertura, pontuou que “eventos como esse nos mostram o que temos e o que está por vir”.

O presidente do Sistema OCB/MT e do Fórum Agro MT, Nelson Piccoli, lembrou que “toda semente também é um ser vivo” e que “a evolução do agro passa pelas sementes”.

“Vivemos várias revoluções tecnológicas que estão impactando e vão impactar em nosso dia a dia, quebrando paradigmas, mudando relações em vários níveis da sociedade”, lembrou o chefe-geral da Embrapa Soja, Alexandre Nepomuceno.

Fonte: Viviane Petroli/Canal Rural Mato Grosso Foto: Apasem

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Congresso Brasileiro de Soja debaterá 100 anos de soja no Brasil vislumbrando o amanhã

A 10ª edição do Congresso Brasileiro de Soja (CBSoja) e do Mercosoja 2025 será realizada de 21 a 24 de julho de 2025, em Campinas (SP), pela Embrapa Soja. Para esta edição comemorativa dos 50 anos da Embrapa Soja, o tema central dos eventos será os 100 anos de soja no Brasil: pilares para o amanhã. Considerado o maior fórum técnico-científico da cadeia produtiva da soja na América do Sul, a expectativa da comissão organizadora do CBSoja e do Mercosoja é reunir cerca de 2 mil participantes de diferentes segmentos.

A agenda técnica está composta de temáticas referentes aos últimos avanços da ciência para a cultura da soja, assim como contribuições relevantes sobre temas que vêm impactando o cotidiano da cadeia produtiva, sejam processos e práticas ou inovações. “Construímos uma programação com foco em temas que enfatizem a agregação de valor e o desenvolvimento de uma agricultura sustentável, pautada em tecnologia e inovação”, ressalta o presidente do CBSoja, Fernando Henning, pesquisador da Embrapa Soja.

A programação técnica contará com quatro conferências e nove painéis em que serão realizadas mais de 50 palestras com especialistas nacionais e internacionais de vários segmentos ligados ao complexo soja. “Priorizamos quatro palestras dedicadas aos desafios logísticos do Mercosul, assim como questões referentes à biotecnologia e à propriedade intelectual na região”, detalha Henning.

Outra inovação na programação do CBSoja será a realização do Mãos à Obra, um espaço dedicado ao debate de questões práticas em cinco grandes temas: Fertilidade do solo e adubação, Manejo de nematoides, Plantas daninhas, Bioinsumos e Impedimentos ao desenvolvimento radicular. Também haverá um workshop internacional Soybean2035: A decadal vision for soybean biotechnology, cujo objetivo é debater os próximos 10 anos das ferramentas biotecnológicas na soja, com palestrantes da China, Estados Unidos, Canadá e Brasil.

Sessão pôster

A comissão organizadora aprovou 328 trabalhos técnico-científicos que serão distribuídos em nove sessões temáticas: 1) Ecologia, Fisiologia e Práticas Culturais, 2) Entomologia, 3) Fitopatologia, 4) Genética, Melhoramento e Biotecnologia, 5) Nutrição Vegetal, Fertilidade e Biologia dos Solos, 6) Plantas Daninhas, 7) Pós-Colheita e Segurança Alimentar, 8) Tecnologia de Sementes e 9) Transferência de Tecnologia, Economia Rural e Socioeconomia. Os trabalhos serão apresentados em sessão pôster, cujos autores estarão presentes para esclarecimento de dúvidas, em horário definido na programação.

Histórico da soja e papel da Embrapa Soja

Há quatro mil anos, a soja era uma planta selvagem, que crescia na costa leste da Ásia. De acordo com a publicação “A saga da soja: de 1050 a.C. a 2050 d.C”, editada pela Embrapa Soja, a soja chegou ao Brasil pela Bahia, em 1882, quando foram realizados os primeiros testes com cultivares introduzidas dos Estados Unidos, mas não houve sucesso. Somente após ser introduzida no Rio Grande do Sul, em 1914, para testes, e a partir de 1924, em plantios comerciais, é que a soja apresentou adaptação. Porém, a soja obteve importância econômica somente na década de 1960.

Até o final da década de 1970, os plantios comerciais de soja no mundo restringiam-se a regiões de climas temperados e sub-tropicais, cujas latitudes estavam próximas ou superiores aos 30º. O produtor brasileiro tinha que usar as cultivares importadas dos Estados Unidos que eram adaptadas apenas para a região Sul do Brasil. Com as pesquisas da Embrapa, foi possível romper essa barreira, desenvolvendo variedades adaptadas às condições tropicais com baixas latitudes, permitindo o cultivo da oleaginosa em todo o território brasileiro.

Além do desenvolvimento de novas cultivares, a Embrapa e seus parceiros criaram um sistema de produção de soja tropical. Isso inclui recuperação/manutenção da fertilidade do solo, técnicas de manejo da cultura, controle de plantas daninhas e pragas e doenças, melhoria da qualidade das sementes, entre outras. Esse conjunto de tecnologias tem permitido a sustentabilidade agrícola da cultura da soja no Brasil. A Embrapa Soja foi criada em 16 de abril de 1975, com o propósito de desenvolver tecnologias que viabilizassem a produção de soja no Brasil. Foi além, tornou-se referência mundial em pesquisa dessa oleaginosa para regiões tropicais.

Na safra 2024/25, o Brasil produziu aproximadamente 167 milhões de toneladas de soja, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o que mantém o País na liderança mundial da produção do grão, seguida dos Estados Unidos e da Argentina. Historicamente, a Embrapa Soja, vem liderando redes de pesquisa para geração de soluções sustentáveis para incrementar a produção da leguminosa, reduzir os custos de produção e as emissões de CO2 relacionadas a sua produção além de aumentar a renda dos produtores.

Mais informações na página do evento www.cbsoja.com.br.

Fonte: Assessoria de Imprensa Embrapa Soja Foto: Antonio Neto/RRRufino