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Embrapa: Abertas inscrições para Curso de Produção de Soja

A Embrapa promoverá o módulo de Manejo Fitossanitário do Curso de Produção de Soja, de 27 de novembro a 1º de dezembro, em Londrina, em formato presencial e com carga horário de 36 horas. O curso, que é voltado para técnicos, produtores e profissionais de ciências agrárias, está com as inscrições abertas.

O conteúdo irá abordar os seguintes tópicos: Fisiologia Vegetal, Manejo integrado de doenças, Manejo de nematoides, Manejo integrado de pragas e Tecnologia de aplicação de agroquímicos. As aulas teóricas, as práticas de campo e as visitas técnicas serão ministradas por pesquisadores da Embrapa Soja e por especialistas de empresas e instituições parceiras.

O curso é dividido em dois módulos independentes, sendo Manejo Fitossanitário e Manejo do Solo e da Cultura, este último será realizado em data a ser definida.

Curso de Produção de Soja: módulo Manejo Fitossanitário

Data: 27/11 a 1/12/2023

Horário: 8h às 17h (segunda à quinta-feira)

8h às 12h (sexta-feira)

Local: Embrapa Soja, distrito de Warta, Londrina (PR)

Programação completa e inscrições: www.embrapa.br/soja/curso-de-producao

Mais informações sobre o curso em soja.eventos@embrapa.br / (43) 3371 6067

Fonte e Foto: Embrapa Soja

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Lista Forbes das 100 Mulheres Doutoras do Agro

No Dia Internacional da Mulher Rural, 15 de outubro, a Forbes faz uma homenagem àquelas que se dedicam a longos anos de estudos, em busca de seus doutorados, cujas consequências levam ao avanço da produção de alimentos, fibras e bioenergia. A data foi criada pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1995.

O número de mulheres com doutorado tem crescido no Brasil.  Os dados mais recentes da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), mostram que em seis anos, entre 2013 e 2019, houve um crescimento anual de 61% no número de doutoras no país. No total, as mulheres passaram de 8.315 para 13.419, superando os homens, que foram de 7.336 para 11.013, no mesmo período.

No agro, as mulheres doutoras não estão apenas na academia – universidades e faculdades – ou nas instituições representativas, como é o caso da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), um dos maiores redutos de talentos femininos na pesquisa. Cada vez mais, as empresas do agronegócio buscam por mulheres com esse título para integrarem seus quadros em funções de alta gestão ou que sinalizam para lá.

Essas mulheres doutoras representam uma nova geração no campo, altamente especializada, como mostra a lista das 100 mulheres doutoras preparada pela Forbes. O doutorado, também conhecido como Ph.D. (Doctor of Philosophy), é o mais alto grau acadêmico que uma pessoa pode obter em uma determinada área do conhecimento. O pós-doutorado é considerado um aperfeiçoamento. Confira as 10 primeiras e lista completa aqui.

1 – Adriana Lúcia da Silva, do IBGC e Agtech Garage

A engenheira agrícola Adriana Lúcia da Silva é doutora em agronomia desde 2006. Em janeiro deste ano, ela tornou-se coordenadora do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) para o interior paulista, a partir de Piracicaba. Neste município em 2016, Adriana também foi cofundadora do Agtech Garage, hub de inovação, sendo membro do conselho até os dias atuais.

2 – Andréia Mara Rotta de Oliveira, pesquisadora

Formada em ciências biológicas, Andréia Mara Rotta de Oliveira é doutora em fitotecnia, técnica de estudo das plantas, desde 2001, com pós-doutorado em microbiologia agrícola. Nos dias atuais, ela é coordenadora da área de pesquisa em olivicultura do departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária, órgão do governo do Rio Grande do Sul, estado que é o maior produtor de azeite do país.

3 -Adrielle Ferrinho, da Minerva Foods

A zootecnista Adrielle Ferrinho é doutora em ciências, qualidade e produtividade animal desde 2020. Seus estudos foram sobre a expressão de genes, envolvendo aspectos de animais da raça nelore e também os cruzamentos com a galiza rubia gallega, de origem na Galícia. Atualmente, ela é a especialista em pesquisa e desenvolvimento na Minerva Foods, em Barretos (SP).

4- Alexandra Pavan Novello, do Centro de Tecnologia Canavieira

A bióloga Alexandra Pavan Novello é doutora em microbiologia agrícola desde 2015, com estudos sobre fermentação, prospecção e formulação de biológicos. Atualmente, ela faz parte da equipe do CTC (Centro de Tecnologia Canavieira), em Piracicaba (SP), onde responde pela linha de pesquisa de microrganismos destinados à formulação de bioinsumos.

5 – Aline Rezende Rodrigues, do Laticínios Buritis

A médica veterinária Aline Rezende Rodrigues é doutora em doenças parasitárias com foco na reprodução animal desde 2005. Ela também é sócia do Laticínios Buritis, localizado no Vale dos Buritis, noroeste de Minas Gerais. Desde a fundação, Ana é a diretora de qualidade da empresa, tornando-se uma reconhecida especialista na indústria do queijo.

6 – Aline Sampaio Aranha, do Sítio Paraíso

A zootecnista Aline Sampaio Aranha tornou-se doutora em 2019, com foco em produção animal, composição corporal, nutrição de ruminantes em confinamento e pastagem. Já passou por vários grupos de estudo e também na gerência de rebanhos. Desde 2020, é ela que comanda o gado leiteiro do Sítio Paraíso, em Iperó (SP).

7 – Ana Carolina Rodrigues, da Elanco

A médica veterinária Ana Carolina Rodrigues é doutora em zootecnia desde 2008, com sua tese defendida na Clínica do Leite, na Esalq/USP. Em 2011, ela se tornou pós-doutora na Universidade de Wisconsin, em Madison, nos EUA. Atualmente, é pesquisadora da equipe sênior na Elanco, com foco na área de gado leiteiro e de corte, e também suínos e aves.

8 – Ana Elisa Alvim Dias Montagner, da Embrapa Amapá

A atual chefe de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Amapá, Ana Elisa Alvim Dias Montagner, é doutora em zootecnia desde 2004. Em 2008, ela tornou-se pesquisadora da instituição que hoje está à frente. Uma de suas principais teses e estudos são em sistemas agrossilvipastoris e manejo bubalino em áreas inundáveis, onde está o principal manejo da espécie no estado.

9 – Ana Karina Dias Salman, da Embrapa Rondônia

Ana Salman é doutora em zootecnia desde 2003. Sua tese foi sobre expressão gênica em bovinos super precoces. Salman está na Embrapa desde 2005 e hoje é a responsável pelo Núcleo de Produção Animal da unidade de Rondônia, em Porto Velho, atua em diversos projetos de ILPF (integração lavoura-pecuária- floresta) na Amazônia, além de professora na pós-graduação da UNIR (Universidade Federal de Rondônia).

10 – Ana Paula Contador Packer, da Embrapa Meio Ambiente

A engenheira agrônoma Ana Packer tornou-se doutora em 2000, em química analítica, além de possuir mais cinco pós-doutorados, dos quais um no Canadá. Na Embrapa desde 2010, em junho deste ano ela assumiu a chefia geral da unidade Meio Ambiente, em Jaguariúna (SP). E neste mês, Ana Paula tornou-se membro da Academia Brasileira de Ciências Agronômicas.

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Guerra em Israel pode impactar agronegócio paranaense

A guerra no Oriente Médio pode impactar diretamente o agronegócio paranaense. Além de alta no valor do petróleo, que aumenta o custo da cadeia produtiva do transporte de cargas, o conflito entre Israel e o Hamas faz com que o valor dos fertilizantes cresça no mercado internacional.

Em 2022, o Brasil importou US$ 1,5 bilhão em sementes, ativos e fertilizantes de Israel. É o que explica o doutor em Internacionalização e Estratégia e professor universitário, João Alfredo Nyegray.

As consequências econômicas da guerra dependem diretamente da duração do conflito. A previsão é que as primeiras altas sejam registradas nas próximas semanas.

Até o momento, o número de mortos chega aos quatro mil, em Israel e na Palestina.

Ouça

Fonte e Foto: BandNews

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Mercados globais se preparam para consequências do aumento das tensões no Oriente Médio

A guerra entre Israel e o Hamas atraiu mais atenção para os crescentes riscos geopolíticos para os mercados financeiros, enquanto investidores esperam para ver se o conflito atrai outros países, com potencial para aumentar ainda mais os preços do petróleo e causar um novo golpe na economia mundial.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu no domingo “demolir o Hamas”, enquanto suas forças armadas preparavam operações terrestres em Gaza para erradicar o grupo militante, cujos ataques mortais em cidades fronteiriças israelenses surpreendeu a nação.

Os preços do petróleo saltaram quase 6% na sexta-feira, com investidores precificando a possibilidade de um conflito mais amplo no Oriente Médio. O primeiro indicador da reação aos acontecimentos do fim de semana provavelmente ocorrerá quando o petróleo começar a ser negociado na Ásia no final do domingo.

“Parece que estamos caminhando para uma invasão terrestre maciça de Gaza e uma perda de vidas em grande escala”, disse Ben Cahill, membro sênior do Programa de Segurança Energética e Mudança Climática do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS). “Sempre que houver um conflito dessa escala, haverá uma reação do mercado.”

A reação do mercado na semana passada foi relativamente discreta, embora o shekel, moeda israelense, tenha sofrido um grande baque.

“Não tenho ideia se os mercados continuarão relativamente bem comportados”, disse Erik Nielsen, consultor econômico chefe do grupo UniCredit. “Quase certamente depende se esse último conflito permanecerá localizado ou se ele se transformará em uma guerra mais ampla no Oriente Médio.”

O S&P 500 caiu 0,5% na sexta-feira. Ativos considerados seguros tiveram maior procura, com o ouro subindo mais de 3% na sexta-feira e o dólar dos EUA atingindo a maior alta em uma semana.

Um conflito em expansão provavelmente também causaria uma maior aceleração da inflação e, como subproduto, das taxas de juros em todo o mundo, disse Bernard Baumohl, economista-chefe global do The Economic Outlook Group em Princeton, Nova Jersey.

Entretanto, embora a inflação e as taxas de juros em outros países provavelmente subam nesse pior cenário, os Estados Unidos podem ser a exceção, já que investidores estrangeiros tradicionalmente despejam capital no que consideram um porto seguro durante conflitos globais, observou Baumohl.

“As taxas de juros podem cair”, disse ele. “Espere que o dólar se fortaleça.”

Na Europa, os economistas disseram que a barra para outro aumento da taxa do Banco Central Europeu é alta.

A guerra entre o grupo islâmico Hamas e Israel representa um dos riscos geopolíticos mais significativos para os mercados de petróleo desde a invasão da Ucrânia pela Rússia no ano passado.

“Se a guerra da Ucrânia nos ensinou alguma coisa, é que não devemos subestimar o efeito da geopolítica”, disse o economista para Europa do Nomura, George Moran, no podcast do banco sobre a semana que se inicia.

Outros mercados de energia podem ser afetados, conforme observado em acontecimentos recentes, como a Chevron, que interrompeu as exportações de gás natural por meio de um importante gasoduto submarino entre Israel e o Egito.

É improvável que o aumento dos preços do petróleo tenha um impacto significativo sobre os preços do gás nos EUA ou sobre os gastos dos consumidores, observaram os analistas.

No entanto, é preciso monitorar a situação, disse Jack Ablin, diretor de investimentos da Cresset Capital.

“Se, de repente, a produção de petróleo for cortada ou o transporte de petróleo for interrompido, isso certamente criará problemas não apenas para as economias, mas também para os mercados”, disse ele.

O petróleo, as ações de empresas petrolíferas, as commodities em geral e o ouro em particular poderiam servir como proteções eficazes para os investidores, disse Ablin.

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Fonte: Reuters Foto: Divulgação

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Incertezas sobre clima e qualidade travam negócios com trigo no Brasil

Os agentes seguem na defensiva em meio às incertezas sobre a produção nacional. Isso deve-se ao clima adverso que predominou em setembro e se estende, em algumas regiões do Sul do Brasil, em outubro. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Elcio Bento, a comercialização não avança no país devido às dúvidas sobre a qualidade do grão que vai sendo colhido.

Conab

A colheita da safra 2022/23 de trigo está em 41% da área estimada para a temporada 2022/23 nos oito principais estados produtores do Brasil (Goiás, Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul que representam 99,9% do total), conforme levantamento semanal da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com dados recolhidos até 7 de outubro. Na semana anterior, a ceifa estava em 35%. Em igual período do ano passado, o número era de 25,5%.

Paraná

O Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, informou, em seu relatório semanal, que a colheita atingiu 73% da área cultivada de 1,408 milhão de hectares. A área deve ser 14% maior do que em 2022, quando cultivou 1,237 milhão de hectares.

Segundo o Deral, 75% das lavouras estão em boas condições, 20% em situação média e 5% em situação ruim, com 1% em floração, 45% em frutificação e 54% em maturação. No dia 2 de outubro a colheita atingia 69% da área, com 78% das lavouras estavam em boas condições, 17% em situação média e 5% em situação ruim, divididas entre as fases de floração (7%), frutificação (41%) e maturação (52%).

A safra 2023 de trigo do Paraná deve registrar uma produção 4,155 milhões de toneladas, 18% acima das 3,515 milhões de toneladas colhidas na temporada 2022. A produtividade média é estimada em 2.951 quilos por hectare, acima dos 2.847 quilos por hectare registrados na temporada 2022.

Rio Grande do Sul

A colheita de trigo atinge 11% da área no Rio Grande do Sul. Na semana passada, os trabalhos chegavam a 3%. Em igual momento do ano passado, eram 4%. A média dos últimos cinco anos é de 8%.

Apesar da presença de precipitações em parte do período, os triticultores aproveitaram as janelas de tempo mais seco para prosseguir com o processo de colheita. A operação foi conduzida, mesmo sem as condições ambientais ideais, com o objetivo de assegurar a colheita de um produto que ainda atenda aos padrões de comercialização estabelecidos para a indústria de moagem.

A cultura está evoluindo rapidamente em direção ao estágio de maturação, que alcançou 42%. Porém, devido às condições climáticas desfavoráveis, há estimativa de redução no potencial produtivo. À medida que as lavouras avançam para o final do ciclo, observam-se danos causados pela alta umidade, principalmente em termos de quantidade e de qualidade dos grãos. A diminuição no número de grãos por espiga é atribuída a falhas na polinização e à entrada de doenças nos órgãos reprodutivos, ambas consequências do grande volume de chuvas ocorrido durante os estágios reprodutivos da cultura.

Argentina

A Bolsa de Buenos Aires cortou sua projeção para a safra de trigo da Argentina. Devido à falta de chuvas, à piora nas condições e ao aumento da área em déficit hídrico, a estimativa de produção passou de 16,5 para 16,2 milhões de toneladas. A produção segue estimada em 16,5 milhões de toneladas. A área plantada foi de 5,9 milhões de toneladas.

As lavouras argentinas se dividem entre condições boas ou excelentes (13%), normais (44%) e regulares ou ruins (42%). Na semana passada, eram 19%, 49% e 32%, respectivamente. Em igual momento do ano passado, 12%, 39% e 50%. O déficit hídrico atinge 50% das plantas. Na semana passada, eram 38%. Em igual momento do ano passado, 53%.

Fonte: Agência SAFRAS Foto: Divulgação

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LAS Ponta Grossa comemora o Dia das Crianças

Filhos das colaboradoras do laboratório brincaram e, claro, plantaram sementes

O mês das crianças é motivo de festa no Laboratório de Análise de Sementes (LAS) da Apasem em Ponta Grossa. Filhos das colaboradoras da unidade participaram de uma ação inédita, com muitas brincadeiras e guloseimas.

Crianças, com idades entre sete meses e seis anos, visitaram o laboratório. Durante a diversão, elas aprenderam sobre o plantio e conheceram de perto o trabalho de suas mães. Os pequenos também colocaram suas mãozinhas na massa – ou na areia – para plantarem sementes de feijão.

“Fizemos essa campanha para trazer as crianças mais para perto, para elas verem como a gente trabalha aqui”, conta a coordenadora de laboratório, Juliana Scarpim Bueno Veiga. Além dos diferentes tipos de feijão, os pequenos conheceram outras espécies de sementes, como a de soja. “Foi muito legal para elas verem as diferenças e conhecerem sementes, que plantadas se transformam em grãos que consumimos no dia a dia”, comenta Juliana.

Depois do plantio as crianças tiveram a oportunidade de colorir um desenho do personagem João Pé de Feijão e se divertiram com bolinhas de sabão. “Foi uma tarde muito divertida, bem gostosa. As crianças brincaram e aproveitaram bastante”, comemora a coordenadora, que também gostou de ter seus filhos por perto no ambiente de trabalho.

Toledo

Nesta terça-feira (10), no período da tarde, também será realizada uma ação no Laboratório de Toledo com as crianças.

Fonte: Assessoria Apasem Foto: Divulgação

Movimentação Porto de Paranaguá  -  Paranaguá, 10/06/2019  -  Foto: Cláudio Neves/APPA

Com resultado de US$ 19 bilhões, exportações crescem 12,7% no Paraná em 2023

As vendas de produtos produzidos no Paraná para o mercado internacional somaram aproximadamente US$ 19 bilhões entre janeiro e setembro de 2023, um aumento de 12,7% em relação aos nove primeiros meses do ano passado, quando foram registrados US$ 16,8 bilhões em exportações a partir do Estado. A informação é proveniente de uma análise do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) feita a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Em números absolutos, as exportações paranaenses neste ano já superaram o total obtido com as vendas nos anos de 2018, 2019 e 2020, igualando-se ao desempenho dos doze meses de 2021. A expectativa é de que o resultado consolidado de 2023 também supere o total ano anterior, quando os produtos paranaenses geraram US$ 22,1 bilhões em receitas até dezembro.

Segundo o relatório, foram US$ 1,41 bilhão comercializados em janeiro, US$ 1,67 bilhão em fevereiro, US$ 2,10 bilhões em março, US$ 2,17 bilhões em abril, US$ 2,58 bilhões em maio, US$ 2,31 bilhões em junho, US$ 2,24 bilhões em julho, US$ 2,38 bilhões em agosto e US$ 2,13 bilhões em setembro.

O bom desempenho nestes primeiros nove meses fez com que o Paraná ultrapassasse o Rio Grande do Sul no ranking nacional de exportadores, passando da 6ª para a 5ª colocação entre os entes estados brasileiros neste quesito. O resultado também representa uma balança comercial positiva em US$ 5,3 bilhões para o Estado, tendo em vista que as importações de produtos somam US$ 13,6 bilhões.

O presidente do Ipardes, Jorge Callado, destaca os ótimos resultados do Estado. “O Paraná está em um momento importante da sua balança comercial, com ampliação das exportações em relação ao ano passado e superando as importações em US$ 5,3 bilhões. Significa que o Estado está produzindo bem e com qualidade para mais de 200 países, o que reflete o trabalho do setor produtivo do Paraná e as boas condições de infraestrutura proporcionadas pelo Estado, como portos e rodovias”, avalia.

Agro forte

As informações do órgão federal, levantadas através da Secretaria de Comércio Exterior, apontam que a elevação das exportações do Estado foi puxada principalmente pela produção recorde de soja neste ano após uma quebra da safra em 2022.

Até setembro, os embarques das oleaginosas garantiram receitas de cerca de US$ 4,5 bilhões, o que representa um aumento de 69% em comparação ao mesmo período do ano passado, quando as vendas externas da commodity somaram US$ 2,7 bilhões.

Outro segmento liderado historicamente pelo Paraná e que tem sido destaque novamente neste ano é a produção avícola. As exportações de carne de frango in natura atingiram US$ 2,8 bilhões de janeiro a setembro de 2023.

Os cereais, em especial o milho, acumularam US$ 792 milhões em vendas para os outros países no período analisado. O desempenho representa um desempenho 48,2% acima dos US$ 534 milhões obtidos no mercado internacional em 2022.

As exportações de alimentos alcançaram US$ 11,9 bilhões de janeiro a setembro em 2023, resultado maior do que os anos de 2018, 2019, 2020 e 2021. Em 2022, de janeiro a dezembro, foram US$ 12,3 bilhões.

Principais destinos

O aumento da produção estadual convergiu com a crescente demanda dos compradores no mercado internacional. É o caso de grandes destinos, em especial os países asiáticos, como a China, que registrou um aumento de 68,9% nas importações dos produtos paranaenses, seguida pelo Japão (43,4%) e a Coreia do Sul (14,2%). Na América Latina, os maiores crescimentos proporcionais entre os compradores aconteceram no México (31,3%), Argentina (23,6%) e Peru (15,8%).

Mais informações detalhadas sobre o desempenho do Paraná no comércio exterior podem ser consultadas no relatório elaborado pelo Ipardes.

Fonte e Foto: AEN

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Em 5 dias de outubro, Brasil já exportou mais de 2,3 milhões de toneladas de milho, com média diária acima da de 2022

O mês de outubro começou e o Brasil já embarcou 2.347.943,5 toneladas de milho não moído (exceto milho doce) para exportação, de acordo com o mais recente reporte da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Isso já representa 34,6% a mais do que o total exportado em outubro de 2022 (6.785.069,5 toneladas).      

Com isso, a média diária de embarques nestes 5 primeiros dias úteis ficou em 469.588,7 toneladas, o que na comparação ao mesmo período do ano passado, representa elevação de 31,5% com relação as 357.108,9 do décimo mês de 2022.          

Roberto Carlos Rafael, da Germinar Corretora, destaca que o alto volume de exportação está ajudando a sustentar os preços do milho no mercado brasileiro, após bons volumes embarcados em agosto e setembro.

A expectativa de Rafael é que já haja um line-up de mais de 10 milhões de toneladas comprometidas para o mês de outubro, e que o país feche o ciclo, em janeiro de 2024, com cerca de 60 milhões de toneladas exportadas.

Em termos financeiros, o Brasil já arrecadou um total de US$ 530,023 milhões no período, contra US$ 1,9,08 bilhão de todo outubro do ano passado. O que na média diária, deixa o atual mês com elevação de 5,5% ficando com US$ 106,004 milhões por dia útil contra US$ 100,454 milhões no último mês de outubro.                    

Já o preço por tonelada obtido caiu 19,8% no período, saindo dos US$ 281,30 no ano passado para US$ 225,70 no mês.

Fonte: Notícias Agrícolas/Guilherme Dorigatti Foto: Divulgação

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Conectividade Rural para o bem do Brasil e do povo do campo

A agricultura moderna praticada em nosso país, que se converteu nas últimas décadas em uma das principais potências agrícolas, exige sem mais demora que os nossos competitivos produtores rurais, desde os tecnologicamente melhor posicionados até aos ainda carentes de infraestrutura produtiva adequada, tenham acesso aos últimos avanços tecnológicos do mundo contemporâneo e, dessa forma, possam usufruir dos seus benefícios, respondendo às exigências de eficiência produtiva, acesso às informações e rapidez nas comunicações.

Para que o Brasil consolide a sua posição de liderança no setor agrícola e agroindustrial, que vem sustentando o bom desempenho da nossa economia, é indispensável integrar o campo às redes de banda larga, permitindo aos produtores de todos os extratos exercerem a pleno o chamado rural 5.0, altamente demandante de sinal firme e com alta velocidade, para produzir mais e gerir melhor seus negócios, com eficiência, sustentabilidade e qualidade. Assim, levar a conectividade ao campo e integrar as populações dos territórios rurais à era digital proporcionará maior produtividade agrícola e do trabalho e, como benefício adicional, maiores oportunidades nas áreas de educação, capacitação, segurança, saúde, cultura e lazer.

Os últimos dados do Censo Populacional confirmam a saída expressiva dos jovens do meio rural brasileiro, indicando que mais de 1 milhão deles deixaram o campo entre 2012 e 2022. Esta migração em massa rumo aos centros urbanos tem como uma das principais causas o isolamento tecnológico e digital das comunidades rurais. Este diagnóstico, corroborado por outras pesquisas, coloca em evidência a importância e urgência da construção de políticas públicas que garantam uma infraestrutura de internet de qualidade e o fornecimento de sinal também com qualidade e velocidade no meio rural. A conectividade no campo atende, antes de tudo, uma exigência contemporânea para o pleno exercício da cidadania. E não se pode esperar que o mercado, movido pela atratividade econômica, leve este serviço essencial aos rincões de todo o país, pois ao critério do mercado, não há retorno econômico aos investimentos por absoluta falta de densidade populacional que viabilize o negócio.

Estender o acesso à Web no meio rural é um desafio similar ao quem vem sendo enfrentado nas últimas décadas para fazer as redes elétricas chegarem ao campo. Entretanto, do ponto de vista tecnológico, envolve uma complexidade muito mais acentuada, pois há diferentes modalidades e possibilidades de emissão e recepção de sinal. Mas há, também, grandes vantagens: diferentemente da energia elétrica, em que a oferta do serviço se dá com uma só concessionária, a rede de modalidades e de fornecedores de internet é vasta, o que permite que este serviço seja oferecido por mais de um provedor na mesma base territorial.

De fato, ao contrário da energia elétrica, que invariavelmente depende de uma única distribuidora, que possui o monopólio da concessão para aquela região, na internet são diversas as possibilidades tecnológicas, o que faculta a competição entre diversas operadoras. Se isso já é uma realidade nos centros urbanos, onde os usuários podem escolher e contratar o serviço da operadora que melhor atende sua disponibilidade financeira e suas necessidades, o cenário é bem outro no meio rural. A racionalidade econômica recomenda a não ter ilusões: nenhuma operadora realizará o investimento necessário para levar a internet ao vasto e esparsamente povoado território do campo sem demanda que garanta a viabilidade econômica. A baixa densidade populacional nesses espaços afugenta investidores privados, ávidos pelo lucro.

Assim, a solução realista está em políticas públicas que promovam a viabilização de infraestrutura tecnológica para universalização da conectividade, assegurando à população do campo acesso à internet com a mesma qualidade e velocidade usufruída pela população urbana. Essa necessária política pública pode ser implementada por iniciativa isolada de uma unidade da Federação, mas terá um alcance maior e um custo menor se for liderada pela União e viabilizada mediante cooperação com os Estados e Municípios.

Depois de longos estudos, estou convencido de que o principal e mais lógico modelo é o da integração federativa, onde o Governo Federal autoriza a implantação da infraestrutura de redes de internet como item financiável nas linhas de investimento do crédito rural e, ao mesmo tempo, o BNDES propicia crédito com esse mesmo fim aos municípios. As duas variáveis creditícias são possíveis, viáveis e necessárias, precisando subsistir, pois, convenhamos, nem todos os municípios tomam crédito e possuem condições de arcar a sós com os seus encargos. Daí a necessidade, em muitos casos, de se compartilhar custos com os usuários. Isso já ocorreu com a energia rural, em boa parte com custos de implantação de redes assumidos por quem podia pagar, mediante financiamento e parcelamento.

Experiências bem-sucedidas de compartilhamento das responsabilidades federativas mostram que os governos estaduais, por meio dos serviços de extensão rural, podem se incumbir de realizar as chamadas públicas para o credenciamento das empresas de infraestrutura e das de provimento de sinal. E os governos municipais, por seu turno, podem se encarregar da execução e ainda definirem, em consulta junto às organizações locais da sociedade civil, associações comunitárias, assentamentos fundiários, federações, sindicatos, cooperativas, e outras, os trajetos e as unidades familiares ou empresariais a serem beneficiárias.

Os recursos financeiros necessários já existem e estão nos bilhões do FUST – Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações. Basta ao Governo Federal dar sequência rápida aos estudos já realizados pelo BNDES e Ministérios. No Paraná, pelo Instituto de Desenvolvimento Rural, temos capacidade técnica e esse modelo desenhado. Estamos prontos para financiar e operar, apenas aguardando os meios de financiamento para iniciarmos a execução. Possuímos 44 anteprojetos passíveis de adesão imediata para colocarmos a campo essa política pública, desde que haja ambas as possibilidades de financiamento apontadas, uma vez que um trajeto é diverso em termos de tipo de público e condições financeiras das partes. E a melhor solução é compatibilizar, pela política pública e competência técnica local, o melhor arranjo, combinando em muitas vezes o investimento público municipal e/ou estadual – via crédito público – e investimentos privados pelo crédito rural.

Outro fator importante é dar oportunidade às milhares de empresas de base local/regional que já atuam como provedores de sinal nos territórios e que, por falta de condições financeiras e competência técnica, não conseguem garantir qualidade em seus serviços. Na modelagem aqui proposta isso se soluciona e, para além da solução técnica para a infraestrutura de acesso à internet de qualidade, muito mais empregos serão criados com a necessidade local de bons provedores de sinal.

Para que esta iniciativa caminhe com a urgência requerida, necessitamos que o Governo Federal, rapidamente, implante o Programa Nacional de Conectividade Rural e emita o ato autorizativo para o uso de linhas de investimento rural do Plano Safra. Essas linhas irão acatar como item financiável os troncos e extensões de linhas de sinais fora das unidades produtivas e em investimentos comunitários compartilhados pelo conjunto de beneficiários, assim como cada unidade produtiva rural financiará a parte que se refere ao investimento dentro da propriedade, como extensões de rede e receptores de sinal. Bom lembrar que as linhas do crédito rural já suportam, de há muitos anos, dentro das unidades produtivas, a possibilidade de aquisição do conjunto de equipamentos de informática e os necessários à produção agrícola, pecuária, florestal e agroindustrial, para o bom uso e proveito do sinal de internet de qualidade.

A política pública de conectividade rural que delineamos em pinceladas rápidas pode e deve ser articulada e compatibilizada com outra prioridade anunciada pelo Governo Lula: levar internet a todas as escolas públicas do país. Sabidamente, entre as mais de 30 mil escolas que permanecem desconectadas, a maior parte está no campo. Portanto, é fundamental somar esforços para eliminar a exclusão digital que hoje afeta desproporcionalmente os estudantes as áreas ruais deste imenso país.

Com essas políticas públicas integradas entre agentes federativos, em poucos anos e com muito trabalho organizado, teremos um outro Brasil, com um meio rural energizado por uma nova geração de jovens e muita gente no campo, felizes e conectadas. E assim dotaremos os territórios e o Brasil de infraestrutura moderna e capaz de suportar os avanços necessários para uma agricultura produtiva, moderna e com um meio rural 5.0.

Herlon Goelzer de Almeida, engenheiro agrônomo, é coordenador de Energias Renováveis e Conectividade Rural no IDR-Paraná

Fonte: IDR-Paraná Foto: Divulgação