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Como a mudança de estação afeta a agricultura?

A transição entre o verão e o outono iniciou na segunda-feira (20.03) às 18h24. A estação é caracterizada pela transição entre o verão e inverno, onde algumas frentes frias começam a ganhar força suficiente para avançar, ainda ocorre o surgimento dos primeiros episódios de geadas mais significativas e a redução no volume de chuvas em algumas regiões.

As principais características do outono em relação à agricultura variam de acordo com a região do Brasil. Veja abaixo as principais características:

Redução das chuvas: No outono, ocorre uma redução na frequência e na intensidade das chuvas, o que pode afetar o crescimento das culturas. Porém, em algumas regiões, como o sul do país, ainda há uma quantidade suficiente de chuvas para o plantio e crescimento de algumas culturas.

Colheita: O outono é um período de colheita para diversas culturas, como milho, soja, arroz, feijão, entre outras. A colheita pode ser afetada pelas chuvas, já que o excesso de umidade pode dificultar o processo.

Preparo do solo: Com a colheita, muitos agricultores aproveitam o outono para realizar o preparo do solo para as próximas safras. Isso pode envolver a aração e a adubação do solo, além da correção de nutrientes.

Plantio de culturas de inverno: Em algumas regiões, o outono é um período de plantio de culturas de inverno, como trigo, cevada e aveia. Essas culturas são importantes para garantir o suprimento de alimentos durante o inverno.

Controle de pragas e doenças: Com a redução das chuvas, há uma diminuição na proliferação de algumas pragas e doenças que podem afetar as culturas. Isso pode reduzir a necessidade de aplicação de defensivos agrícolas.

O outono é um período importante para a agricultura no Brasil, sendo um momento de colheita, preparo do solo e plantio de culturas de inverno, além de ser uma época em que muitos agricultores realizam o controle de pragas e doenças.

De maneira geral, é durante o outono que as operações de colheita da safra de verão ocorrem e dá-se então o início da semeadura das lavouras de inverno. Dessas lavouras destacamos:

Colheita: Milho 1ª Safra; Amendoim (centro-sul); Arroz (sul); Sorgo; Feijão e Soja;

Plantio: Girassol, Trigo, Cevada, dentre outros.

O que esperar do Outono em 2023

No mês de março houve a confirmação por diversos centros de previsão climática, que a fase da La Niña chegou ao fim e estamos em um período de neutralidade. Segundo o meteorologista do Agrotempo, Gabriel Rodrigues: “isso torna a previsão do outono de 2023 um pouco mais complexa, pois agora existem muitos outros fatores que podem influenciar no clima. Como as oscilações Madden-Julian, Oscilação Antártica e a influência do Oceano Atlântico”.

Gabriel Rodrigues reforça que, nas próximas semanas, seguimos com uma grande influência da oscilação Madden-Julian, o que está contribuindo com as chuvas intensas na região Nordeste.

Apesar disso, segundo alguns artigos científicos, períodos de Neutralidade Climática do El Niño Oscilação Sul, pode ser favorável para os cultivos de inverno. “Muitas das culturas de inverno são semeadas durante o outono, sendo um período crucial para o estabelecimento da lavoura“, afirma Gabriel.

Nas projeções climáticas mais recentes, as condições para abril, maio e junho de 2023 sinalizam um Outono mais seco do que o esperado. O resultado da NOAA, apresenta uma mancha de anomalias negativas (chuvas abaixo da média) bastante ampla, cobrindo desde áreas da região Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Ao passo que, na região norte e litoral norte do nordeste, a tendência indica chuvas acima da média.
Previsão da variação das chuvas para os meses do outono. Áreas em laranja, representam chuvas abaixo da média. Áreas em verde, chuvas acima da média. Áreas sem destaque, chuvas dentro da média.

Já em relação às temperaturas, o outono promete ser mais quente do que o normal em praticamente todo território nacional. Esse padrão de temperaturas acima da média, neste outono de 2023 é notado em grande parte do planeta. E no Brasil, o grande destaque será a região central, onde as chuvas devem ser abaixo da média também. Isso pode trazer dias com grande amplitude térmica – ou seja – uma grande diferença entre as temperaturas no amanhecer com as temperaturas do período da tarde.

Fonte: Agrolink Foto: Divulgação

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Safra Brasileira de Grãos

A Conab realiza o acompanhamento constante da safra de grãos, monitorando as condições de desenvolvimento das principais culturas do país, abrangendo os seguintes produtos: algodão, amendoim, arroz, aveia, canola, centeio, cevada, feijão, girassol, mamona, milho, soja, sorgo, trigo e triticale.

A partir deste levantamento, a Companhia produz, mensalmente, o Boletim de Acompanhamento da Safra Brasileira de Grãos e o Boletim de Monitoramento Agrícola, que fornecem informações e conhecimentos relevantes aos agentes envolvidos nos desafios da agricultura, da segurança alimentar e nutricional e do abastecimento do país. As publicações auxiliam a compreender os resultados da safra e têm como objetivo produzir subsídios para o monitoramento e a formulação das políticas agrícola e de abastecimento. Suas informações também auxiliam a tomada de decisão dos produtores rurais.

Tal esforço configura como parte da estratégia de qualificação das estatísticas agropecuárias, do processo de transparência e da redução da assimetria da informação.

Confira: Boletim Safra de Grãos e Monitoramento Agrícola

Fonte: Conab Foto: Divulgação

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Safra de trigo se aproxima com cenário positivo: relação de troca melhor e mais demanda aparecendo

A safra de trigo 2023 está se aproximando e o cenário é de otimismo para os produtores brasileiros, tanto com relação à produção quanto ao quadro de mercado para a temporada.

O Corretor de Mercado De Baco Corretora de Mercadorias, Marcelo de Baco, destaca que o Brasil deve registrar aumento de área plantada neste ciclo impulsionada pelas quebras da safra de verão no Rio Grande do Sul e Paraná, pelo atraso no plantio de milho e pela diminuição dos custos de produção.

Outros pontos de otimismo para o setor do trigo brasileiro é a possibilidade de demanda aquecida, aproveitando espaço deixado pelos problemas de safra da Argentina e da guerra entre Rússia e Ucrânia.

Inclusive, existe a possibilidade de boas oportunidades de negócios aparecerem entre maio e julho, em um momento que os preços do trigo costumam subir no Brasil.

Ouça

Fonte: Notícias Agrícolas/Guilherme Dorigatti Foto: Divulgação

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Produção mundial de arroz tem queda de 1,5%

De acordo com as últimas estimativas da FAO, a produção mundial de arroz em 2022 teria caído 1,5% para 778 Mt (516,6 Mt base beneficiado) contra 790 Mt em 2021. A queda se deve principalmente às más condições climáticas no sul da Ásia, em particular no Paquistão, onde estima-se que a safra tenha diminuído em 25%. Na China, a produção caiu 2%, assim como no Vietnã. Em contraste, a produção tailandesa melhorou em 4%.

Nos Estados Unidos, a produção caiu mais 16% como resultado de uma nova redução das áreas arrozeiras. No Mercosul, a produção caiu 11% voltando ao seu nível de 2019. Na África subsaariana, a produção de arroz foi novamente perturbada pela falta de insumos e pelas inundações. Entretanto, a produção em 2022/20233 poderia melhorar, especialmente na África Ocidental. Em 2023, a produção mundial pode cair novamente em 1,5%. A redução afetaria os principais países produtores da Ásia, assim como o Hemisfério Ocidental e a União Europeia.

Comércio e estoques mundiais

Em 2022, o comércio mundial de arroz teria aumentado em 7% para 55,8 Mt. Esta estimativa foi divulgada após a relaxamento nas restrições à exportação da Índia. Entretanto, os efeitos da menor produção mundial em 2022 deveriam impactar o comércio mundial em 2023, diminuindo em 5,6% para 52,7 Mt. Na Ásia, as necessidades de importação permaneceriam estáveis, enquanto na África subsaariana, as importações teriam aumentado 6% em 2022, principalmente devido ao recrudescimento das importações da Nigéria e da Costa do Marfim. As importações também devem aumentar nas Américas, bem como na União Europeia. Do lado dos exportadores, as vendas indianas atingiram um novo recorde para 22,3 Mt, já 4% a mais do que o recorde do ano anterior.

A Índia consolida sua liderança com 40% das exportações mundiais. Enquanto isso, a Tailândia recuperou seu segundo lugar mundial, à frente do Vietnã, graças à forte atividade no mercado externo no final de 2022. Estima-se que os estoques mundiais de arroz terminando no final de 2022 tenham aumentado em 1% para 196,0 Mt contra 194,1 Mt em 2021. Estes representam 38% das necessidades de consumo mundial e permanecem acima da média dos últimos cinco anos. A queda de 2% dos estoques chineses foi parcialmente compensada pelo aumento das reservas indianas de 16% em 2022.

Entretanto, as reservas chinesas permanecem abundantes, equivalentes a 70% do consumo interno e 50% dos estoques mundiais. Nos principais países exportadores, os estoques aumentaram em 15% em 2022 para 60 Mt, já 30% dos estoques mundiais. Em 2023, espera-se que os estoques mundiais diminuam para 194,4 Mt devido à queda anunciada da produção mundial em 2022/2023.

Fonte: Infoarroz Foto: Divulgação

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Café atinge recorde em exportações

Na última década (2011-2021), o Brasil ampliou o número de mercados acessados, saindo de 134 países em 2011 para 149 em 2021, de acordo com a SECEX. Os dez maiores compradores do Brasil representavam 76% do total da receita com exportação em 2011, passando para 70% em 2021, refletindo a maior diversificação de mercado.

De acordo com o estudo realizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o superávit do setor foi de US$ 6,29 bilhões, em 2021. No acumulado de 2022, entre janeiro e dezembro, as exportações brasileiras de café registraram receita recorde de US$ 9,2 bilhões, crescimento de 47% em relação à igual período de 2021, segundo os dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), usados no levantamento.

O Brasil é o maior produtor (37%) e exportador (29%) de café do mundo, considerando a média do período 2018/2019 a 2021/2022. Embora o país tenha boa participação no mercado dos EUA (17%), Alemanha (25%), Itália (26%), Japão (25%) e Bélgica (39%), há oportunidades para ampliar a participação nacional nesses e em outros parceiros comerciais, por meio de estratégias como importação de café verde de outras origens para a formação de blends, maior rede de negociações internacionais para reduzir a tarifação imposta ao café brasileiro industrializado e ações que mitiguem os custos na promoção & marketing nas mídias convencionais nos países importadores.

Foto: Agrolink Foto: Divulgação

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Novas rachaduras na BR-277 complicam ainda mais o escoamento da safra

Novas rachaduras se formaram na BR-277 nesta terça-feira (14), entre Curitiba e o Litoral do Paraná. Dessa vez foi no km 28. Uma equipe técnica do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) foi enviada ao local e, no fim da tarde, o órgão informou que não houve necessidade de nova interdição da estrada, ao contrário do que ocorreu na semana passada.

“Após análise, constatou-se que, no local, há apenas desgastes do pavimento e uma trinca transversal no encabeçamento da ponte situada na pista crescente, o que é comum em viadutos que não possuem a laje de transição”, informou por nota o Dnit.
De acordo com o comunicado, a ocorrência dessa terça-feira não tem qualquer ligação com o afundamento no km 33, na semana passada que começou com uma rachadura provocada pela infiltração da água da chuva. A situação acabou determinando o bloqueio completo da estrada por 20 horas durante a última quarta-feira (8). O Dnit informou também que dará início às obras do km 33 a partir desta quarta-feira (15).

Soja começa a ser exportada por portos de outros estados

A situação precária das estradas do Paraná está afetando diretamente o agronegócio e prejudicando a economia do estado. A BR-277 é a principal via de escoamento da produção agrícola para o porto de Paranaguá, que é o segundo do país em movimentação. “Já existem várias cooperativas e traders que, em razão das más condições da estrada, têm optado por enviar suas cargas para outros portos, como o de São Francisco (SC) e o de Santos (SP)”, informa Ágide Meneguette, presidente da Federação da Agricultura do Paraná (Faep).

O Departamento Técnico e Econômico da entidade fez um cálculo e chegou ao valor de R$ 600 milhões que seria o gasto a mais, considerando apenas a logística da soja, caso o produto paranaense tenha que ser exportado pelo porto de Santos. O presidente da Federação lembra que, além da soja, o Paraná é o maior exportador de frango do país e o terceiro em carne suínas, cadeias que também são impactadas diretamente pelos problemas na BR-277.

Fonte: Gazeta do Povo Foto: Divulgação

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Paraná teve altas de preços de até R$ 2,00/saca

No mercado da soja do estado do Rio Grande do Sul teve dia de altas na casa de R$ 1,00/saca, com negócios saindo, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Fábricas situadas no porto, de forma geral dominam o mercado, brigando pela soja local contra as tradings. Hoje foi dia que as fábricas pagaram R$ 175,00 para entrega março e pagamento 25/04, não se sabe com precisão quanto foi escoado, mas volumes começam a melhorar”, comenta.

“No porto a indicação de preço para pagamento em maio é de R$ 175,00 sobre rodas no melhor momento. Isso representa alta de R$ 1,00/saca. Nas cidades de Cruz Alta e Ijuí os preços foram respectivamente de R$ 167,00 marcando alta de R$ 1,00/saca e R$ 166,00, marcando alta de R$ 1,00/saca. Em Santa Rosa, assim como em São Luiz os preços marcaram manutenção e seguem a R$ 166,00. Em Passo Fundo, por fim, o preço subiu R$ 1,00/saca, indo a R$ 166,00”, completa.

Santa Catarina teve ausência de variações, quando mercado segue andando lentamente. “Quedas são finalmente parando e cenário da região dá sinais de que será positivamente impactado pela competição entre PR e RS. As valorizações de preços ainda não foram expressivas, mas pequenos volumes estão saindo todo dia, hoje não foi diferente, com volumes abaixo de 1.000 toneladas sendo negociados”, indica.

O Paraná teve altas de preços de até R$ 2,00/saca, quando negócios seguem lentos. “Negócios andam devagar no Paraná em resposta a forte demanda e disputa entre fábricas e tradings. Essa frase pode parecer inicialmente estranha, mas o que ocorre é que o produtor ao identificar esse movimento, segura mais sua mercadoria em busca de preços mais altos. No porto cif Paranaguá a R$ 168,00 com pagamento em 30/03 e entrega em fevereiro marcando manutenção”, conclui.

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems Foto: Divulgação

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Problemas na BR-277 podem gerar prejuízo de R$ 600 milhões para o setor agrícola

Nos últimos meses, por diversas vezes, a BR-277 esteve interditada de forma total ou parcial por queda de barreiras, rachaduras na pista e risco de desmoronamento. Com base nisso, a projeção leva em consideração o cenário de interrupção total da BR-277, única estrada que comporta o tráfego de cargas pesadas até o Porto de Paranaguá.

set196965

Soja começa a ser exportada por portos de outros estados

A situação precária das estradas do Paraná está afetando diretamente o agronegócio e prejudicando a economia do estado. A BR-277 é a principal via de escoamento da produção agrícola para o porto de Paranaguá, que é o segundo do país em movimentação. “Já existem várias cooperativas e traders que, em razão das más condições da estrada, têm optado por enviar suas cargas para outros portos, como o de São Francisco (SC) e o de Santos (SP)”, informa Ágide Meneguette, presidente da Federação da Agricultura do Paraná (Faep).

O Departamento Técnico e Econômico da entidade fez um cálculo e chegou ao valor de R$ 600 milhões que seria o gasto a mais, considerando apenas a logística da soja, caso o produto paranaense tenha que ser exportado pelo porto de Santos. O presidente da Federação lembra que, além da soja, o Paraná é o maior exportador de frango do país e o terceiro em carne suínas, cadeias que também são impactadas diretamente pelos problemas na BR-277.

Fonte: Gazeta do Povo Foto: Divulgação