Em meio à quebra da safra atual e preocupações com a redução da área semeada para 2024, os preços do trigo no Brasil continuam em alta, conforme dados da Central Internacional de Análise Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA). Na última semana, a média gaúcha atingiu R$ 61,47 por saco, enquanto no Paraná o produto alcançou R$ 73,00 por saco.
Neste cenário desafiador, analistas destacam que a falta de utilização do mercado futuro para a fixação de preços na temporada 2022/23 resultou em perdas significativas para os produtores. Se essa abordagem fosse adotada a partir de 2 de novembro de 2023, poderia proporcionar ganhos de até R$ 27,00 por saco para triticultores, cooperativas e cerealistas.
Os especialistas afirmam que essa estratégia poderia elevar o preço do trigo pão para R$ 112,00 por saco, representando um lucro de 106,64% sobre os custos de produção. Para o trigo ração, o preço poderia chegar a R$ 70,59 por saco, com um aumento de 63,44% e um lucro de 29,52% sobre os custos de produção.
Esses retornos financeiros, se implementados, poderiam mitigar a redução da área de cultivo na safra de 2024, contribuindo para manter o programa de autossuficiência do trigo e reduzir a necessidade de intervenção governamental por meio de programas como PEP (Prêmio para Escoamento) e PEPRO (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor).
Enquanto isso, a colheita atual do trigo está quase concluída no sul do país, com o Paraná já tendo encerrado efetivamente suas atividades. No Rio Grande do Sul, até 16/11, a colheita atingiu 89% da área, superando a média histórica de 80% para a mesma data.
Fonte: Agrolink/Seane Lennon Foto: Divulgação
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