Às vésperas do leilão de arrendamento de mais três áreas portuárias em Paranaguá, a Portos do Paraná bateu um novo recorde de movimentação de cargas durante o primeiro trimestre deste ano, quando o crescimento registrado foi de 6,3% em relação ao mesmo período de 2024.
Entre janeiro e março, os portos de Paranaguá e Antonina, administrados pela empresa pública paranaense, movimentaram 17,4 milhões de toneladas. “A soja e os fertilizantes foram os maiores volumes que movimentamos no primeiro trimestre, uma tendência que deve se manter nos próximos meses, devido à grande safra”, afirmou o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
A exportação de grãos de soja alcançou a marca de 4,1 milhões de toneladas, o que representa 13% a mais que no ano passado, quando foram exportadas 3,6 milhões de toneladas. Já os fertilizantes lideraram as importações, com 2,7 milhões toneladas neste ano, montante que também bateu a marca do período anterior, quando a empresa contabilizou 2,6 milhões toneladas nos três primeiros meses de 2024.
“Os fertilizantes são nossa principal commodity de importação, e temos investido em inteligência estratégica para operá-los com cada vez mais eficiência”, comentou o diretor de Operações da Portos do Paraná, Gabriel Vieira.
Para manter o atendimento da alta demanda, o porto de Paranaguá – o maior graneleiro do país – tem optado pelo arrendamento de áreas, por meio da concessão dos espaços à iniciativa privada. No próximo dia 30, mais três áreas estarão em disputa na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo.
Com isso, Paranaguá será o primeiro porto brasileiro com 100% dos espaços de arrendamentos regularizados, somando R$ 3,8 bilhões em investimentos. O processo de arrendamento em busca de investimentos teve início em 2019 com cinco espaços repassados para a administração do setor privado.
Ao todo, segundo a Portos do Paraná, os três terminais PARs 14, 15 e 25 – destinados à exportação de granéis sólidos vegetais, como soja, milho e farelos – devem alcançar R$ 2,2 bilhões de investimentos por meio do capital privado.
O processo de arrendamento tem o objetivo de regularizar a exploração das áreas operacionais, expandir e modernizar a infraestrutura logística do corredor de exportação do porto de Paranaguá.
A Portos do Paraná fechou o ano de 2024 com a maior movimentação de cargas da história, com o recorde de 66 milhões de toneladas, que significa 2,1% de crescimento no comparativo com o ano anterior.
Na balança comercial dos portos paranaenses foram 40 milhões de toneladas em exportação e 26,7 milhões em importação. Os tipos de cargas mais enviados ao exterior foram soja (13,2 milhões), contêineres (9,04 milhões) e açúcar a granel (6,4 milhões). Já os mais trazidos ao Brasil por Paranaguá foram fertilizantes (11,1 milhões), contêineres (7,2 milhões) e derivados de petróleo (4,9 milhões).
Para atender ao crescente volume comercial, a empresa pública segue com as obras do Moegão. O investimento de R$ 600 milhões centralizará as linhas férreas que chegam ao porto de Paranaguá com estimativa de aumentar em mais de 60% a capacidade de recepção de granéis sólidos vegetais vindos do interior do Paraná e de outros estados.
“Com 35% das obras concluídas, a previsão de entrega é para o final deste ano. O Moegão visa atender às demandas atuais e futuras, especialmente após a implantação da nova Ferroeste”, projeta o diretor-presidente.
Foto e Foto: Gazeta do Povo
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