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‘Semente Legal’

A APASEM, junto de outras instituições, lançou recentemente a campanha contra a Pirataria de Sementes 2024 ‘Semente Legal”. O objetivo das entidades é levantar a problemática da pirataria de sementes, buscando levar conscientização ao campo e à sociedade em relação aos ganhos que a utilização de sementes certificadas traz para a agricultura. A ação terá caráter permanente em todo o Paraná.

Denuncie a pirataria de sementes. Acesse nosso site e preencha o formulário para o envio de denúncias de sementes piratas. Os dados pessoais são mantidos em sigilo e a denúncia será encaminhada às autoridades competentes.

Plantação de soja. Foto: José Fernando Ogura/AEN

Plantio de soja avança no Paraná e já cobre 1,3 milhão de hectares, 22% da área prevista

As condições climáticas ajudaram e o plantio de soja pôde evoluir na última semana ultrapassando 1,3 milhão (22%) dos 5,8 milhões de hectares previstos para a safra 2024/25. A semeadura é mais adiantada no Núcleo Regional de Toledo, que tem pelo menos 85% dos 493 mil hectares previstos já plantados. A região de Campo Mourão congrega a maior área de produção, com 714 mil hectares. Ali o plantio já se estendeu por 40% da extensão.

A informação sobre o plantio faz parte do Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 27 de setembro a 3 de outubro, preparado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). Os analistas do Deral apontam que 78% da lavoura está em germinação e 22% em desenvolvimento vegetativo. Em razão das boas condições observadas em campo, a previsão de colheita de 22,4 milhões nesta safra está mantida.

Feijão

O boletim registra, também, que os produtores paranaenses de feijão preto receberam uma média de R$ 306,88 por saca em setembro. Representa aumento de 30% em relação aos R$ 236,83 de agosto e de 36% comparativamente aos R$ 225,43 recebidos em setembro do ano passado.

O valor em alta motivou uma aposta maior dos produtores na primeira safra, que tem área estimada em 138,5 mil hectares. Mais da metade já está semeada. Com condições climáticas favoráveis, a produção pode chegar a 266,8 mil toneladas, uma oferta 66% superior às 160 mil toneladas colhidas entre novembro de 2023 e fevereiro de 2024.

Grama

Os gramados geraram renda bruta de R$ 158,3 milhões em 17,7 milhões de metros quadrados no Paraná. Isso representa 63,4% dos R$ 249,6 milhões de Valor Bruto da Produção (VBP) da floricultura em 2023. A produção é maior no Núcleo Regional de Maringá, com 30,1% do total, e Curitiba, com 29,3%.

Entre os municípios, a maior produção de gramados concentra-se em São José dos Pinhais, com 3,9 milhões de metros quadrados e valor de R$ 34,4 milhões no ano passado. Marialva, no Noroeste, é o segundo com 3,6 milhões de metros quadrados e R$ 32,4 milhões em valores. Os dois municípios respondem por 42,2% do total cultivado no Estado.

Suínos

O Paraná foi o principal fornecedor de carne suína para o mercado interno no primeiro semestre deste ano, de acordo com a Pesquisa Trimestral de Abate do IBGE e com o Agrostat/Mapa. Cerca de 486 mil toneladas, ou aproximadamente 86% do produzido no Estado, foram comercializadas no Brasil.

Devido principalmente à proximidade com grandes centros consumidores, o Paraná mantém a liderança desde 2018, com Santa Catarina passando à segunda colocação. No primeiro semestre de 2024 o estado vizinho forneceu 457 mil toneladas ao mercado interno, seguido pelo Rio Grande do Sul, com 328 mil toneladas.

Mel

Sobre o mel, o documento do Deral registra que nos oito primeiros meses do ano as empresas nacionais exportaram 24.240 toneladas in natura. O volume é 27% superior às 19.085 toneladas do mesmo período de 2023. O faturamento chegou a US$ 62,3 milhões, contra US$ 60,8 no ano passado.

O Paraná está na quarta colocação, com 2.415 toneladas exportadas e US$ 6,1 milhões em receitas. No ano anterior o volume tinha sido de 1.084 toneladas para US$ 3,2 milhões. Piauí lidera a exportação, com 7.794 toneladas e US$ 19,3 milhões de faturamento.

Ovos

A Pesquisa Pecuária Municipal (PPM), do IBGE, em setembro, mostrou uma produção de 4,995 bilhões de dúzias de ovos em 2023 no Brasil, marcando um novo recorde no segmento que tem crescido ininterruptamente desde 1999.

São Paulo ficou na liderança, com produção de 1,1 bilhão de dúzias. O Paraná ocupa a segunda posição desde 2011, quando ultrapassou Minas Gerais. No ano passado o Estado produziu 492,4 milhões de dúzias.

Fonte: AEN Foto: José Fernando Ogura/Arquivo AEN

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Porto de Paranaguá aumenta exportação de produtos de outros estados

O Porto de Paranaguá vem sendo cada vez mais usado pelos estados brasileiros para o escoamento de cargas. Entre 2019 e 2024, as exportações de produtos de outros estados pelo porto paranaense saltaram de 6,6 milhões de toneladas para 11,3 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 70% no período.

Os dados, que se referem ao período de janeiro a agosto, são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e foram levantados e organizados pelo Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social).

Na comparação entre os dois períodos, também houve um aumento nos valores dos produtos movimentados a partir destas exportações. Em 2019, o escoamento de produtos de outros estados brasileiros chegou a US$ 3,2 bilhões, enquanto em 2024 o valor entre janeiro e agosto atingiu US$ 7,9 bilhões, um aumento nominal de 143%. A comparação exclui a inflação no período, que foi de 36%.

Ainda foi registrado um crescimento no número de estados que usam o Porto de Paranaguá para suas exportações. Há cinco anos, 20 estados, além do Paraná, escoaram seus produtos por este terminal portuário entre janeiro e agosto. Em 2024, desde o início do ano, foram 26.

Para o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, os números refletem a confiança do setor produtivo de diferentes regiões do País na infraestrutura logística paranaense para o escoamento das produções agrícola e industrial brasileiras.

“Nossos investimentos contínuos em infraestrutura e modernização têm sido fundamentais para consolidar o Porto como um dos principais hubs logísticos do Brasil, facilitando o escoamento de mercadorias de diferentes estados, mesmo em um cenário de crescente concorrência entre os portos nacionais”, afirmou.

Estados e produtos

Excluindo o Paraná, o Mato Grosso do Sul foi o estado que mais demandou a estrutura do Paraná nos oito primeiros meses de 2024. O estado do Centro-Oeste, que não dispõe de porto marítimo, escoou 5,1 milhões de toneladas pelos terminais paranaenses. Na comparação com 2019, quando o Mato Grosso do Sul exportou 2,4 milhões de toneladas por Paranaguá, o crescimento é de 105%.

Apesar de dispor de um grande complexo portuário, São Paulo é o segundo estado, além do Paraná, que mais utilizou o Porto de Paranaguá para o escoamento de produtos. Foram 2,5 milhões de toneladas entre janeiro e agosto deste ano, o que representa um aumento de 175% em relação às 917 mil toneladas exportadas em 2019.

Na sequência estão Mato Grosso (1,4 milhão de toneladas), Goiás (1,1 milhão de toneladas), Santa Catarina (641 mil toneladas), Rio Grande do Sul (148 mil toneladas) e Minas Gerais (103 mil toneladas).

No geral, os produtos mais exportados pelos outros estados por Paranaguá são os grãos, que totalizaram entre janeiro e agosto 4,4 milhões de toneladas escoadas. Açúcares (2,6 milhões de toneladas), alimentos para animais (1,7 milhão de toneladas) e carnes (791 mil toneladas) foram os outros produtos mais exportados por outras unidades da Federação via Porto de Paranaguá.

Fonte e Foto: Gazeta do Povo

Plantio de soja no Paraná tem expectativa de recorde

O Paraná está com a expectativa de que sejam plantados 5,8 milhões de hectares de soja em todo estado, quase 100 mil hectares a mais do que na safra anterior. Se isso se confirmar, essa pode ser a maior área de soja plantada na história do Paraná.

Apesar da expectativa, segundo o Departamento de Economia Rural do Estado (Deral), a safra de verão está um pouco atrasada no Paraná.

Nas regiões norte, noroeste, oeste e centro-oeste, o plantio da soja foi liberado no primeiro dia de setembro. Porém, a falta de chuva impediu que o plantio começasse mais cedo.

Edmar Gervásio, analista do Deral, acredita que o preço da soja deva manter a estabilidade até o fim do plantio, sem grandes alterações.

Fonte e Foto: G1 Paraná

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Atraso no plantio da soja posterga compras de fertilizantes para 2ª safra de milho 2025

Segundo dados da consultoria Agrinvest, até o início da segunda quinzena de setembro, apenas 42% dos fertilizantes que serão utilizados na segunda safra de milho de 2025 já haviam sido comprados pelos produtores brasileiros. Este patamar, apesar de em linha com o registrado no mesmo período do ano passado para a safrinha 2024, é 13 pontos percentuais menor do que a média das últimas 5 temporadas.

“Comparado aos últimos anos estamos bastante atrasados nas negociações. Algumas regiões estão mais de 10 pontos percentuais atrasadas, mas estados como Paraná e Mato Grosso do Sul, que são dois grandes volumes, ainda estão com 20% negociado”, relata o Diretor de Distribuição da Mosaic, Luís Arruda.

Na visão do Analista de Fertilizantes da Agrinvest, Jeferson Souza, esta lentidão nas compras de fertilizantes para o milho safrinha se dá, especialmente, pelo atraso no início do plantio da safra de soja verão 2024/25, mas também tem elementos de mercado.

“Hoje o principal fator que leva ao atraso é o retardo na semeadura da soja, sobretudo no Mato Grosso. Por isso a gente vê que o produtor está tomando a decisão mais tardia. Indiretamente, há também uma desconfiança de preço e de crédito. Esses são alguns outros fatores que também acabam prejudicando a tomada de decisão, mas o fator chave hoje é esse atraso de semeadura em relação ao ano passado”, diz Souza.

Olhando para a relação de troca, Arruda afirma que houve momentos em que ela não foi favorável aos produtores, mas neste momento as condições de mercado são positivas pensando na safrinha de milho do ano que vem. 

“A relação de troca ao longo do ano foi o grande ponto de desafio para o produtor. A gente teve momentos em que a relação de troca esteve bastante desfavorável e outros nem tanto, quando o produtor acabou tomando a decisão de compra. Para o cloreto de potássio, muito utilizado pelo produtor, a relação está muito favorável. Quando você vai para os fosfatados, a relação de troca historicamente não é a melhor para o produtor, porém no blend com fosfatado com cloreto de potássio a relação de troca média histórica é boa. Os preços de nitrogenados e potássio estão caindo bastante no mercado internacional nos últimos meses e a relação de troca está bastante convidativa”, detalha o diretor.

O analista da Agrinvest também aponta cenário positivo de preços neste momento. “A relação de troca hoje para o cloreto é muito próxima da média. A única disfunção que temos no mercado está ligada ao fósforo, é realmente é uma relação de troca muito fora, o produtor aí não tem uma condição muito boa de mercado e isso dificulta a tomada de decisão. Agora, o nitrogenado e o potássio estão dentro da média sem grandes problemas”.

“É importante o produtor sempre levar a relação de troca como referência. A decisão é sempre soberana dele, mas é muito importante começar a olhar o volume para segunda safra a fim de ter o produto em casa no melhor momento para que quando tiver a possibilidade de plantar a safrinha não tenha nenhum gargalo de fertilizantes para ser enfrentado. Nos traz preocupação que possamos ter um gargalo logístico no final do ano, lembrando que, no final do ano as chuvas se intensificam, então a chegada dos navios, o descarregamento dos navios nos portos, pode sofrer impactos consideráveis”, alerta o representante da Mosaic.

O analista da Agrinvest, por outro lado, minimiza este risco logístico, mas ressalta que é preciso acompanhar este ponto de perto conforme o avançar do tempo.

“Para a logística é difícil dizer se vamos ter atrasos lá na frente. O setor está olhando muito para esse fator ligado ao Rio Madeira, Rio Tapajós, ali no Arco Norte, que pode trazer algum problema, mas, por enquanto, não tenho nenhum prognóstico com relação a um atraso. As compras estão atrasadas, porém nos últimos anos o produtor comprou mais tarde, como no ano passado que é o caso que a gente tem, e recebeu. Cada ano é uma surpresa nova e temos que monitorar. O nosso line-up está forte, então quer dizer que, por enquanto, olhando para esses números não posso dizer que temos um problema logístico. É um pouco cedo para tirar qualquer conclusão”, diz Souza.

Outro ponto de atenção necessário levantado por Luís Arruda é para o cenário geopolítico internacional, que, eventualmente, também pode trazer reflexos nessas entregas de produtos aos agricultores brasileiros.

“É importante a gente olhar também as relações geopolíticas no mundo. A gente alerta que quanto antes tiver o fertilizante em casa melhor, já que não sabemos o que pode acontecer nessas relações e muito volume desses nitrogenados, por exemplo, estão no Oriente Médio”, afirma.

Fonte: Notícias Agrícolas/Guilherme Dorigatti Foto: Divulgação

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Milho: Prêmios avançam em Paranaguá

Os prêmios de exportação de milho em Paranaguá registraram fortes altas, especialmente para as entregas de outubro e novembro. No fechamento mais recente, o prêmio de outubro subiu para 118 pontos, sem compradores interessados, enquanto o de novembro viu um aumento significativo para 125 pontos, com compradores posicionados a 111 pontos. Já para dezembro, o vendedor pede 130 pontos, também em alta, e os compradores seguem a 113 pontos, refletindo um aumento de 1 ponto. A expectativa de oferta maior nos próximos meses parece impulsionar o movimento de alta nos prêmios.

Esse cenário de prêmios mais elevados sugere uma tentativa de aumentar a oferta de milho disponível para exportação, especialmente em um contexto onde a demanda permanece aquecida. As negociações para janeiro permanecem estáveis, com vendedores a 125 pontos e ausência de compradores, mostrando um foco maior nos negócios para o final de 2024. Já para os meses de julho e agosto de 2025, não houve ofertas de vendedores, com os compradores mantendo suas posições a 55 pontos, sem variação.

No mercado chinês, o milho segue em queda, com a cotação para novembro caindo 1 CNY/t e para janeiro registrando uma baixa de 5 CNY/t. O amido de milho também sofreu redução, com queda de 31 CNY/t para novembro e 24 CNY/t para janeiro. Em contrapartida, o mercado de ovos fechou em alta para setembro, com aumento de 51 CNY/500kg, enquanto para outubro houve queda de 33 CNY/500kg. As cotações de suínos continuaram em queda, especialmente para novembro, que registrou um recuo de 420 CNY/t.

Na Argentina, o cenário de compra de milho também reflete uma tendência baixista. As ofertas caíram A$ 5 mil/t em relação ao dia anterior, sendo que para entregas contratuais o preço caiu para A$ 170 mil/t. Para novembro, os preços se mantiveram estáveis em A$ 172 mil/t, mesma condição para dezembro. No mercado MATBA, o milho oscilou para US$ 183,10, contra US$ 184,10 do dia anterior, e em Chicago o preço fechou a US$ 163,48.

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems Foto: Claudio Neves

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XXII Congresso Brasileiro de Sementes reúne mais de 1.600 participantes

Entre os dias 10 e 13 de setembro, foi realizado pela associada ABRATES, o XXII Congresso Brasileiro de Sementes, um dos eventos mais representativos do setor, com o tema: “Semente: a matéria prima da sustentabilidade”.

Na oportunidade, o presidente executivo da Abrasem, Sr. Ronaldo Troncha, participou do painel de discussão entre Abrasem, Mapa e CSM. Ronaldo Troncha fez uma apresentação sobre a Instituição e anunciou a realização do Congresso de Sementes da SAA em 2025 no Brasil.

Outro ponto importante foi a homenagem da Abrasem ao Sr. Ralf Dengler, pelos 18 anos de dedicação como coordenador do Comitê de Legislação da Abrasem.

O evento, que contou 1.688 participantes, proporcionou a todos a oportunidade de interação entre todo o setor sementeiro e do agronegócio brasileiro.

A Abrasem agradece a todos e parabeniza a Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes pelo brilhante evento.

Fonte: Abrasem Foto: Divulgação

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Comissões de Sementes e Mudas debatem implementação de normativas e ajustes legais no XXII CBSementes

As alterações e a implementação de instruções normativas, bem como ajustes legais e administrativos no setor de produção de sementes estão entre as principais demandas das Comissões de Sementes e Mudas (CSMs). Representantes das comissões de diversos estados realizaram a primeira reunião nacional durante o o terceiro dia do XXII Congresso Brasileiro de Sementes (CBSementes), que encerrou no último dia 13, em Foz do Iguaçu (PR).

O encontro foi organizado pela Comissão de Sementes e Mudas do Paraná (CSM-Paraná) em parceria com a Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes (ABRATES), promotora do CBSementes.

Para o presidente da ABRATES, Fernando Henning, a reunião nacional das CSMs é relevante para criar harmonia entre as diferentes comissões, uniformizar os regimentos internos e articular mudanças estratégicas junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária. “A uniformização é importante para garantir sinergia entre as estruturas burocráticas das CSMs, o que facilita a implementação de demandas. Outro ponto importante foi a possibilidade de cada CSM apresentar suas necessidades locais, permitindo trocas entre diferentes estados”, explica Henning.

Isabela Mendes Carvalho, Coordenadora Geral de Sementes e Mudas do MAPA, destacou que as comissões têm um papel fundamental no assessoramento ao MAPA. Ela ressaltou a necessidade de atualização de normas, uma demanda central das comissões, já que várias instruções normativas e portarias precisam ser revisadas para se adequarem às mudanças recentes no decreto regulador do setor.

“Foi um encontro com relatos importantes sobre as dificuldades e demandas do setor, além dos avanços junto ao Ministério da Agricultura”, afirmou Jhony Möller, diretor-executivo da CSM-Paraná. Participaram dos debates representantes das comissões do Paraná,  Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Pará e Tocantins.

O mix de sementes foi outro assunto discutido pelas CSMs. A palestrante Maria Selma Carvalho, da Associação dos Produtores de Sementes de Minas Gerais, falou sobre a importância das misturas de sementes (mix) para cobertura de solos, que oferecem vantagens em relação às espécies individuais, melhorando a retenção de água e a reciclagem de nutrientes. Ela destacou que o novo decreto 10.586 facilitou a comercialização de misturas de sementes, o que impulsionou o crescimento do setor, com empresas surgindo e expandindo significativamente.

Suemar Alexandre Gonçalves Avelar, da AgCroppers, apresentou um estudo de caso sobre o controle de qualidade na produção de mix de sementes. Ele detalhou as etapas do processo, desde a produção e beneficiamento até a análise e validação das amostras, garantindo que o produto final atenda às especificações antes de ser enviado ao cliente. Também participou das discussões sobre regulamentações a secretária Executiva da Associação Nacional dos Produtores de Sementes de Gramíneas e Leguminosas Forrageiras

No debate das CSMs, o pesquisador José de Barros França Neto e a consultora Maria de Fátima Zoratto discutiram a trajetória da Embrapa Soja e da Associação de Produtores de Sementes de Mato Grosso (APROSMAT)e sua colaboração com a CSM. Eles relataram contribuições em diagnósticos e práticas de tratamento de sementes, além de mudanças importantes nas normas de embalagens e padrões de qualidade, sempre com base em estudos da Embrapa.

O presidente da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem), Ronaldo Troncha, anunciou ontem durante a primeira reunião nacional das Comissões de Sementes e Mudas, a realização do Congresso de Sementes das Américas (SAA), que  está pré-agendado para acontecer em 2025, em Foz do Iguaçu (PR).

“Estou preparando um ‘save the date’ para o Congresso. Inicialmente estava previsto para o Rio de Janeiro, mas, devido a questões logísticas, foi transferido para o Paraná. O último congresso aconteceu em Montevidéu e, recentemente, houve um seminário no Peru, onde se decidiu que o próximo evento seria no Brasil”, explicou Troncha.

O evento terá a promoção da Associação de Sementes da América (SAA), que reúne representantes de vários países da América, incluindo a Abrasem. Segundo ele, o evento em Foz do Iguaçu contará com uma ampla representatividade. Antes disso, haverá outro congresso da SAA em Buenos Aires, começando em 30 de outubro deste ano.

Fonte: Agrolink & Assessoria Foto: Divulgação

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Operação contra o desmatamento da Mata Atlântica começou nesta segunda (16)

Uma ação de combate ao desmatamento na Mata Atlântica do Paraná teve início nesta segunda-feira (16) e deve se estender até o dia 27 de setembro. A iniciativa acontece todos os anos e engloba 17 estados do Brasil, com coordenação do Ministério Público de Minas Gerais e da Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (Abrampa).

O objetivo é identificar pontos de desmate e também responsabilizar os possíveis envolvidos no corte da mata. No ano passado, foram 633 hectares desmatados no Paraná, segundo relatório técnico produzido pela Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

A ação acontece em diferentes fases. Na primeira, são levantadas as áreas desmatadas. Em seguida, proprietários são identificados pelos ministérios públicos, e as áreas são fiscalizadas pelos órgãos públicos e pelas polícias ambientais. Se for detectado o desmatamento, os responsáveis são autuados e podem responder judicialmente nas esferas cível e criminal.

Para entender as ações no Paraná, é preciso conhecer a cobertura de vegetação do estado. O diretor-executivo da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental, Clóvis Borges, explica que grande parte da Mata Atlântica preservada está na Serra do Mar e também no Parque Nacional do Iguaçu.

O especialista apontou dois pontos principais indispensáveis no papel da preservação. Segundo ele, o primeiro seria infraestrutura e gestão qualificada nas unidades de conservação.

Já outro ponto seria a preservação dos “fragmentos” restantes da Mata Atlântica que estão espalhados em diferentes regiões do Paraná. Ele explica que não se pode depender apenas do trabalho de recuperação de áreas já desmatadas, porque é um processo muito lento.

Em 2023, segundo o Instituto Água e Terra, o Paraná conseguiu reduzir em 71,5% a supressão ilegal da Mata Atlântica. O levantamento do IAT mostrou que houve pelo menos 1.400 autuações no estado no ano passado, sendo 245 na Região Metropolitana de Curitiba.

Já segundo um relatório da Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o desmatamento diminuiu 78% entre 2022 e 2023, de 2.883 hectares para 633 hectares no Paraná.

Com relação as ações de combate realizada neste mês, um o balanço da operação será divulgado pelo Ministério Público do Paraná no dia 3 de outubro.

Fonte: CBN Foto: Ilustrativa

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Último levantamento da safra 2023/2024 estima produção de grãos em 298,41 milhões de toneladas

A produção de grãos na safra 2023/2024 se encerra estimada em 298,41 milhões de toneladas, uma redução de 21,4 milhões de toneladas em relação ao volume obtido no ciclo anterior. A diminuição observada se deve, principalmente, à demora na regularização de chuvas no início da janela de plantio, aliada às baixas precipitações durante parte do ciclo das lavouras nos estados da região Centro-Oeste, do Matopiba, em São Paulo e no Paraná e pelo excesso de precipitação registrado no Rio Grande do Sul, sobretudo nas lavouras de primeira safra. Os estados paulista e paranaense, além de Mato Grosso do Sul, também apresentaram condições adversas durante o desenvolvimento das culturas de 2ª safra. Ainda assim, esta é a segunda maior safra a ser colhida na série histórica da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

De acordo com os dados do 12º e último Levantamento da Safra de Grãos 2023/2024, divulgado nesta quinta-feira (12) pela Companhia, a área semeada está estimada em 79,82 milhões de hectares, acréscimo de 1,6% ou 1,27 milhão de hectares sobre 2022/2023. Já a produtividade média das lavouras apresenta redução de 8,2%, saindo de 4.072 quilos por hectare na temporada passada para 3.739 quilos por hectare no atual ciclo.

Dentre as culturas afetadas pelo clima adverso, destaque para a soja, cujo volume total colhido na safra 2023/2024 é estimado em 147,38 milhões de toneladas, redução de 7,23 milhões de toneladas em relação ao período 2022/2023. A queda observada se deve, principalmente, ao atraso do início das chuvas, às baixas precipitações e às altas temperaturas nas áreas semeadas entre setembro e novembro, nas Regiões Centro-Oeste, Sudeste e na região do Matopiba, situações que causaram replantios e perdas de produtividade. Só em Mato Grosso, principal estado produtor da oleaginosa, a produção ficou em 39,34 milhões de toneladas, quebra de 11,9% ao se comparar ao primeiro levantamento ou 15,7% ao se comparar com a safra passada. No Rio Grande do Sul, o excesso de chuva também prejudicou a produção da oleaginosa.

Outro importante produto que também teve consequências do clima registrado ao longo do desenvolvimento do cultivo foi o milho. Na primeira safra, as altas temperaturas e chuvas irregulares impactaram importantes regiões produtoras, como Minas Gerais. No segundo ciclo do cereal, o clima foi mais favorável em Mato Grosso e Goiás, por exemplo. Mas em Mato Grosso do Sul, em São Paulo e no Paraná veranicos ocorridos em março e abril, aliados a altas temperaturas e ataques de pragas, comprometeram o potencial produtivo do cereal. Além do menor desempenho, a Conab verificou uma redução na área destinada ao cultivo do grão. Nesse cenário de menor área e produtividade, a colheita total de milho está estimada em 115,72 milhões de toneladas nesta safra, queda de 12,3% do produzido em 2022/2023.

A Conab também verifica ligeira queda de 1,5% na produtividade do algodão, estimada em 4.561 quilos por hectare de algodão em caroço. Porém, a área destinada para a cultura teve aumento expressivo de 16,9% o que reflete em uma elevação na produção de 15,1%. Só para a pluma, a Companhia estima uma colheita de 3,65 milhões de toneladas, um novo recorde para a série histórica da cultura.

Seguindo o cenário de alta na produção, o volume colhido para arroz e feijão também é maior nesta safra quando comparado com a temporada passada. No ciclo 2023/2024, a produção estimada em 10,59 milhões de toneladas de arroz representa um crescimento de 5,5%. Assim como no caso da fibra, essa elevação é influenciada principalmente pela maior área cultivada no país, uma vez que a produtividade média das lavouras foi prejudicada, reflexo das adversidades climáticas, com instabilidade durante o ciclo produtivo da cultura, em especial no Rio Grande do Sul, maior estado produtor do grão.

Para o feijão, a safra total estimada é de 3,25 milhões de toneladas, 7% superior à produção de 2022/23. O bom resultado é influenciado, principalmente, pelo desempenho registrado na 2ª safra da leguminosa, onde foi registrado um acréscimo de 18,5% na produção, chegando a 1,5 milhão de toneladas.

Dentre as culturas de inverno, o plantio já foi concluído e estima-se uma redução de 9,8% na área plantada quando comparada com a safra passada. Destaque para o trigo. Para a principal cultura cultivada entre os cereais de inverno, a queda na área chega a 11,6%, estimada em aproximadamente 3,1 milhões de hectares.

Apesar de finalizar a temporada 2023/2024 e, a partir de outubro, reiniciar o ciclo e contabilizar os números da próxima safra, a Conab continua acompanhando o desenvolvimento das lavouras que se encontram em campo, como as de inverno e de 3ª safra.

Mercado – Neste ano safra, a Conab verifica recuperação na produção de arroz, influenciado principalmente pelo aumento na área plantada. Importante produto para o mercado interno, a estimativa de consumo para o produto foi elevada em 6,5% chegando a cerca de 11 milhões de toneladas. Essa alta tem como base o aumento na safra do grão aliada a um cenário de adoção de políticas públicas que incentivem o consumo de arroz ao longo de 2024, além da expansão significativa do auxílio médio e do número de beneficiários do Programa Bolsa Família. Já as exportações estão estimadas em 1,3 milhão de toneladas, redução de 25,9% em relação à safra anterior. Isso deve-se ao fato de os preços internos estarem acima das paridades de exportação, além da recuperação do potencial produtivo dos Estados Unidos, afetado na safra anterior.

Dupla do arroz no prato dos brasileiros, o feijão também registrou maior produção na atual safra. Para a leguminosa, além da alta no consumo interno, saindo de 2,85 milhões de toneladas para 3 milhões de toneladas, as vendas ao mercado internacional também tendem a crescer sendo estimadas em 227,4 mil toneladas.

No caso do milho, a menor safra colhida impacta na oferta do cereal brasileiro no mercado externo. Diante desse cenário, o Brasil deverá reduzir o volume de exportações do grão. A Conab estima que 36 milhões de toneladas sairão do país via portos, entre fevereiro de 2024 e janeiro de 2025, volume 34,1% inferior ao estimado na safra 2022/23.

Os dados completos sobre o 12° Levantamento da Safra de Grãos 2023/2024 e as condições de mercado destes produtos podem ser conferidos no Portal da Conab.

Fonte: Conab Foto: Rufino/Embrapa Soja