Colheita de trigo. Pitanga,11/10/2019 Foto:Jaelson Lucas / AEN

Revista Apasem | Mercado do trigo

Recentemente a GDM, empresa global que pesquisa, desenvolve e comercializa produtos com propriedade intelectual em genética de plantas de culturas extensivas, anunciou a incorporação das atividades da Biotrigo com o intuito de ampliar o portfólio de produtos e soluções para os agricultores e toda a cadeia tritícola. “A companhia está na vanguarda, somando tecnologias e talentos, fomentando a inovação, a associatividade e o desenvolvimento de novos negócios que impactam o core e a cadeia de valor”, conta Cesar Poletto, líder de Negócios da GDM no Brasil, que atendeu a equipe da Revista Apasem em entrevista. Abaixo, confira os principais pontos destacados pelo executivo sobre essa incorporação.

Revista Apasem: Quais os ganhos para o mercado do trigo?
Cesar Poletto:
Por meio dessa aquisição, a GDM prevê um maior nível de investimento nos programas de pesquisa e desenvolvimento em genética vegetal utilizando as novas ferramentas tecnológicas, como genômica, data analytics ou edição gênica, com foco no trigo, resultando em mais e melhores produtos para os agricultores e para a cadeia tritícola, mantendo no licenciamento seu modelo de acesso ao mercado, o que reforça a parceria já estabelecida com a indústria de sementes.

RA: Quais os motivos que fizeram a fusão ocorrer?
CP:
A incorporação da Biotrigo à GDM amplia o portfólio de produtos e soluções para os agricultores e toda a cadeia tritícola. Esse investimento responde e fortalece o intuito do grupo em agregar valor ao cultivo do trigo, mediante o conhecimento de ambas as empresas no melhoramento genético vegetal e na comercialização de cultivares. Também permite que a GDM expanda sua presença a outros mercados importantes para a cultura do trigo, como os Estados Unidos, Canadá, África do Sul e Europa.

RA: Quais as forças entre as empresas que se juntam?
CP:
Tal ação irá impulsionar ainda mais a capacidade de produção de cultivares com alto potencial produtivo e em atender às especificações das indústrias que processam os grãos. Esse fator é gerado pela combinação de conhecimentos, experiências e capacidade de desenvolvimento de ambas as empresas, alinhado com os desafios mundiais de alimentação e os objetivos de sustentabilidade. Além disso, soma-se a expertise das equipes da Biotrigo a GDM. São profissionais reconhecidos por seu amplo conhecimento na busca por elevar a performance da genética vegetal tritícola e trabalham para criar diversas soluções para os agricultores e a cadeia agroindustrial.

RA: Qual a fatia no mercado global?
CP:
A GDM está presente em todos os mercados relevantes do mundo, contribuindo com a produtividade de forma sustentável. Investe uma grande quantidade de recursos – humanos e econômicos – para desenvolver programas de pesquisas e testes que resultam em variedades e híbridos adaptados às diferentes condições ambientais, proporcionando ao produtor as melhores soluções para as lavouras.

Fonte: Revista Apasem/Edição 2024 Foto: Divulgação

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Show Rural recebe mais de 407 mil visitantes

A maior edição da história dos 37 anos de Show Rural Coopavel alcançou números surpreendentes. O público dos cinco dias de evento, realizado de segunda a sexta-feira, 10 a 14 de fevereiro, foi de 407.094 visitantes e a movimentação financeira chegou a R$ 7,05 bilhões. Os números foram apresentados na tarde de sexta-feira (14/02) pelo presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, que agradeceu a todos que estiveram em Cascavel (PR) e se dirigiram ao parque tecnológico da cooperativa para conhecer as inovações e tecnologias apresentadas por 600 expositores do Brasil e exterior.

“Estamos muito felizes com o resultado e só temos a agradecer a todos que, de uma forma ou outra, fazem este grande evento acontecer”, afirmou Dilvo, mencionando coordenadores, funcionários, colaboradores e parceiros do Show Rural. O presidente destacou também a presença de autoridades e líderes e reafirmou o compromisso de manter o Show Rural como uma referência em novidades que contribuem para transformar a realidade das propriedades rurais e das cidades.

O quinto dia de visitação, sexta-feira (14/05), recebeu 58.404 pessoas, superando a marca de 58.216 do ano passado. “Tivemos recorde nos cinco dias de visitação dessa edição de 2025 em comparação aos recordes obtidos em anos anteriores. Isso reflete a capacidade de superação de um evento que é admirado em todo o mundo”, conforme Dilvo. A soma deste ano, de 407.094 visitantes, foi superior em 15.778 pessoas na comparação à melhor marca anterior, registrada na 36ª edição, em 2024, quando 391.316 visitantes prestigiaram o Show Rural.

Comercialização

O valor obtido nesses cinco dias superou em quase R$ 1 bilhão a soma do ano passado. Foram R$ 7,05 bilhões contra R$ 6,1 bilhões de 2024. Dilvo anunciou também a data da 38ª edição, que será realizada de 9 a 13 de fevereiro de 2026.

Fonte e Foto: Assessoria de Imprensa Coopavel

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Estado vai investir R$ 20 milhões em inovação genômica aplicada ao agronegócio

O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta quarta-feira (12) um protocolo para o desenvolvimento de um programa de inovação aberta em genômica aplicada ao agronegócio, com previsão de investimentos de R$ 20 milhões. A assinatura aconteceu durante o Show Rural Coopavel, em Cascavel, e tem como objetivo fortalecer ainda mais a competitividade do setor no Paraná.

A genômica é um ramo focado no DNA de plantas e animais, o que permite o desenvolvimento de culturas mais produtivas e resistentes a pragas, além de otimizar a seleção de rebanhos. A tecnologia tem um potencial de reduzir custos, aumentar a eficiência no campo e tornar a produção mais sustentável.

“O Paraná é um gigante do agronegócio porque também investe em muita tecnologia para o setor, com o Governo do Estado ajudando a impulsionar a pesquisa e a inovação do meio rural, em ramos como a genômica, que contribuem com a produtividade”, afirmou o governador.

O documento também foi assinado por representantes da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Secretaria da Inovação, Modernização e Transformação Digital (SEI), Fundação Araucária e Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), órgãos envolvidos na iniciativa conjunta.

O objetivo é prospectar parcerias institucionais e empresariais para estabelecer arranjos de inovação científica, priorizando oportunidades de negócios inovadores em genômica, com foco em meio ambiente e agropecuária. O aporte financeiro será viabilizado pela Seti e SEI por meio do Fundo Paraná de Fomento Científico e Tecnológico.

Edital

A expectativa é que o edital seja lançado ainda no primeiro semestre de 2025 com a regulamentação completa para seleção das instituições de pesquisa científica, empresas e startups de base tecnológica. Os recursos serão destinados ao financiamento de projetos em diferentes áreas, como integração de dados agronômicos e genômicos; sequenciamento, modificação e melhoramento genético; combate a pragas, doenças e condições climáticas adversas; bioinsumos; e biodefensivos.

O secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, destacou a importância de unir conhecimento científico e inovação tecnológica para impulsionar o desenvolvimento sustentável do agronegócio.

“Esse novo programa reforça o compromisso do Governo do Estado em fomentar a colaboração entre as universidades e o mercado para impulsionar a economia e a competitividade do agronegócio paranaense em âmbito nacional e internacional”, afirmou. “Estamos investindo em ciência e inovação para transformar o campo em um espaço de produtividade sustentável, gerando riqueza e garantindo o futuro do agronegócio paranaense”.

Modelo

O programa de inovação aberta em genômica aplicada ao agronegócio do Paraná será desenvolvido pelas instituições parceiras seguindo a metodologia do BRDE Labs, que busca identificar, desenvolver e acelerar soluções inovadoras para os desafios econômicos, sociais e ambientais. A metodologia envolve etapas como ideação, prototipagem e validação, possibilitando que startups, empresas e instituições testem e refinam ideias de forma rápida e eficiente.

O BRDE Labs conecta, desde 2020, diferentes atores do ecossistema de inovação da Região Sul do Brasil, impulsionando projetos com potencial de impacto regional e sustentável. A iniciativa conta com a parceria da Hotmilk, ecossistema de inovação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), responsável pela curadoria técnica, e da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham), que oferece capacitações e oportunidades para a geração de negócios entre startups.

De acordo com o diretor-administrativo do BRDE, Heraldo Neves, as empresas selecionadas vão receber capacitação e consultoria técnica, dentro da metodologia do Programa BRDE Labs. Os projetos selecionados seguem para a segunda etapa do edital, a partir de 2026, com duração de 24 meses, a serem desenvolvidos com subvenção econômica do Estado.

“A indústria de tecnologia está muito fortalecida no Sul do País graças aos programas que os três governos, em especial o Paraná, dedicam a essa área”, afirmou Neves. “E o BRDE tem que acompanhar essas políticas de governo e transformar em negócios o que está na mesa das academias e na cabeça da nossa juventude. Isso tem dado muito resultado, e essa reunião de forças faz com que as empresas de tecnologia ganhem em produtividade”.

Outro parceiro da iniciativa é a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa pública ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. A ideia é que o modelo desenvolvido no Paraná possa ser replicado em outros estados, contribuindo para o fortalecimento da pesquisa e da inovação no agronegócio brasileiro e consolidando o Paraná como uma referência nacional em soluções tecnológicas para o setor.

Fonte: AEN Foto: Gabriel Rosa

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Produção global de algodão em 2024/25 deve aumentar 5,9%, diz Icac

A produção mundial de algodão deve alcançar 25,55 milhões de toneladas na temporada 2024/25, que começou em agosto passado, informou o Conselho Consultivo Internacional do Algodão (Icac, na sigla em inglês) em relatório mensal. O volume representa aumento de 5,9% ante a estimativa para a temporada 2023/24, de 24,12 milhões de toneladas.

Para o Brasil, o conselho estima produção de 3,70 milhões de toneladas em 2024/25, aumento de 15,6% ante a temporada anterior.
O consumo global em 2024/25 deve aumentar 1,78% ante a temporada anterior, para 25,42 milhões de toneladas.

As exportações tendem a diminuir 2,6%, para 9,61 milhões de toneladas, disse o Icac. Já os estoques finais podem subir 0,7%, para 18,69 milhões de toneladas.

As estimativas de preço para o índice A na temporada 2024/25 vão de 92 centavos a 97 centavos de dólar por libra-peso, com média de 94 cents.

Fonte: Canal Rural Foto: Maiara Luz/ Canal Rural BA

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Qual o impacto da IA no agro?

O Brasil, reconhecido como potência global do agronegócio, está integrando a Inteligência Artificial (IA) para transformar o setor e torná-lo ainda mais competitivo e sustentável. Segundo dados compilados por Lucas Ferreira, Operador de Máquinas Pesadas e Agrícolas, com base em informações da Embrapa e cases de mercado, a tecnologia está impulsionando a eficiência em várias frentes do campo.

Startups como a Agrosmart utilizam drones e sensores para monitorar solo e plantas, otimizando o uso de recursos como água e defensivos agrícolas, o que resulta na redução de custos e impactos ambientais. Além disso, algoritmos inteligentes estão sendo usados para antecipar secas, chuvas e outras condições climáticas, protegendo importantes safras de soja, milho e café, pilares da economia agrícola nacional. Em algumas regiões, como o Mato Grosso, a tecnologia de máquinas autônomas, como os tratores da John Deere, já está em operação, aumentando a produtividade e reduzindo a necessidade de mão de obra em áreas remotas. Empresas como a TMG também estão se destacando ao desenvolver sementes resistentes às mudanças climáticas, garantindo safras mais robustas mesmo em cenários adversos.

Apesar dos avanços, a conectividade no meio rural ainda representa um desafio, especialmente para pequenos produtores. Contudo, iniciativas como o programa Agricultura 4.0 e a expansão da tecnologia 5G nas áreas agrícolas têm o potencial de democratizar o acesso a essas inovações, promovendo inclusão digital no setor.

Segundo ele, o impacto da IA já é visível: cooperativas como a Cocamar, no Paraná, conseguiram reduzir perdas em 20% com a adoção dessa tecnologia. Projeções indicam que a produtividade agrícola no Brasil pode crescer até 40% até 2030, consolidando o país como líder global em inovação agroindustrial

Fonte e Foto: Agrolink/Leonardo Gottems

Abre inoculantes

Inoculantes, as vantagens e desafios de um mercado em expansão

Revista Apasem – edição 2024 – A cada safra, o Brasil registra maior adesão e aumento no consumo de inoculantes. Este é um bioinsumo composto por uma grande quantidade de bactérias que agem de maneira benéfica no campo. A aplicação desse tipo de produto favorece, por exemplo, o processo de fixação biológica de nitrogênio e traz uma série de vantagens para o próprio cultivo e para o produtor, com mais sustentabilidade e redução no custo de fertilizantes de origem sintética.

Apesar da tecnologia estabelecida e dos resultados positivos, quais são os desafios que o país enfrenta na adesão aos inoculantes e o impacto da sua utilização?A Associação Nacional dos Produtores e Importadores de Inoculantes (ANPII) estima um crescimento de 17% do setor de bioinsumos no ano de 2024, a partir da maior busca por soluções sustentáveis para a agricultura, conforme argumento apresentado pela entidade. Mesmo que essa preocupação com a sustentabilidade afete produtores de diferentes culturas e integrantes de toda essa cadeia – incluindo a produção de sementes e mudas –, ainda há uso do bioinsumo expressivamente no plantio da soja.
Dados da instituição apontam que, anualmente, mais de 140 milhões de doses de inoculantes são usados nas lavouras de todo o país. Uma pesquisa realizada por Cristiano Limberger, da Kynetec – BioSummit, de 2024, e reproduzida pela ANPII, mostra que 36% das áreas cultivadas no Brasil contam com aplicação de insumos biológicos. O volume representa 84 milhões de hectares.
Outro levantamento, da própria ANPII, foi citado em abril de 2024 para mostrar o avanço do setor. Na safra de soja 2022/2023, os inoculantes com bactérias Bradyrhizobium foram usados em 85% da área cultivada com soja em todo o país. Já o uso conjunto de Bradyrhizobium e Azospirillum apareceu em cerca de 35% da área da cultura no país.
A redução de custos também é um argumento que sustenta esse movimento em prol dos inoculantes. Dados da Embrapa apontam que essa diminuição pode chegar a 95% na comparação com o uso de fertilizantes nitrogenados sintéticos. Estima-se que sejam mais de 25 bilhões de dólares economizados anualmente pelo uso de inoculantes com bactérias fixadoras de nitrogênio, somente no cultivo de soja. Paralelamente, o uso de insumos biológicos favorece a produtividade.

A expansão e o potencial deste mercado também impulsionam a própria produção de bioinsumos e isso acontece, atualmente, de diferentes formas. Há, inclusive, esse tipo de frente dentro das propriedades rurais. Ou seja, existe uma diversidade na elaboração desse tipo de produção, o que chamou a atenção de pesquisadores para trabalhar em um manual específico para os inoculantes, favorecendo um controle de qualidade nesse segmento. A iniciativa é da Embrapa Soja. A publicação, lançada em 2024, traz informações e imagens sobre a tecnologia para auxiliar a avaliação de inoculantes.
A pesquisadora Mariangela Hungria, que atua no Laboratório de Biotecnologia do Solo da Embrapa Soja, explica que a demanda para o manual surgiu a partir do Plano Nacional de Bioinsumos, que entrou em vigor por meio de um decreto em 2020. “A partir disso ocorreu uma explosão no interesse pelos inoculantes. O mercado está em franca expansão, tanto na compra quanto na produção. O número de indústrias, nos últimos três anos, cresceu mais de 100%. As pessoas estavam muito acostumadas com os químicos, sejam eles agrotóxicos para o controle de doenças ou os fertilizantes químicos. Esse interesse existe, mas a formação dos recursos humanos necessários para o desenvolvimento e o controle de qualidade dos bioinsumos é totalmente diferente”, salienta.
A avalanche de pedidos de informação técnica sobre o setor motivou ainda mais a formatação do manual, que é ilustrado e considerado inovador pela pesquisadora. Mariangela revela que esse nivelamento por qualidade é importante no país, ainda mais com a produção na modalidade chamada on farm, ou seja, dentro da própria propriedade. Sem um controle mais preciso, existem riscos desses insumos carregarem patógenos, além de possuírem baixa qualidade. “A agricultura brasileira merece insumos de qualidade, não importa se são importados, nacionais ou pelo on farm”, opina. “É preciso entender que existe uma necessidade de capacidade técnica para atuar neste segmento, e isso não acontece em curto prazo”, completa.
O controle se torna ainda mais importante diante de outra movimentação de mercado: os inoculantes podem substituir parte da demanda nacional por fertilizantes químicos. A crise gerada pelo conflito envolvendo Rússia e Ucrânia impactou diretamente as vendas desse tipo de produto, que é essencialmente importado. Além disso, o Brasil tem um vasto histórico e tradição na pesquisa e desenvolvimento de insumos biológicos, o que ajuda a embasar ainda mais essa adoção.

Como o mercado está se movimentando?
Os lançamentos e as pesquisas de inoculantes ganham velocidade, diante da demanda do próprio mercado pelo bioinsumo.
. A Embrapa, em parceria com a empresa Innova Agrotecnologia, divulgou o Bioinsumo Combio durante o Show Rural Coopavel, em Cascavel, em fevereiro de 2024. Segundo informações divulgadas pela Embrapa, o Combio auxilia no crescimento da lavoura e ainda gera outros efeitos no cultivo de soja. “Trata-se de uma combinação de três estirpes bacterianas que atuam na fixação biológica de nitrogênio e na promoção de crescimento de plantas. O Combio é uma formulação com as estirpes bacterianas BR 29 (Bradyrhizobium elkanii), BR 10788 (Bacillus subtilis) e BR 10141 (Paraburkholderia nodosa). O diferencial desse inoculante é que alia os benefícios do tradicional inoculante de Bradyrhizobium com bactérias que desempenham vários mecanismos estimuladores e protetores de plântulas, proporcionando maior qualidade e uniformidade”, trazia a divulgação da época.
Ainda de acordo com a Embrapa, o bioinsumo é um inoculante líquido, que pode ser aplicado via tratamento de sementes ou no sulco de plantio. É considerado um insumo biológico multifuncional para a cultura da soja, atendendo às expectativas do mercado de aliar soluções tecnológicas sustentáveis, controle de pragas e doenças e aumento de produtividade. Nessa pesquisa, houve o levantamento de centenas de bactérias que poderiam ser microrganismos antagônicos a fungos que impactam a germinação e a emergência de plântulas, evitando ataques de fungos em fases importantes. Caso não seja aplicado um bioinsumo, a alternativa é partir para fungicidas químicos.
Testes em campo feitos com o Combio mostraram aumento de 10% no rendimento de grãos. Uma das observações aconteceu no Paraná. De acordo com a Embrapa, a área onde foi aplicado o Combio gerou 66 sacas por hectare, enquanto o rendimento foi de 61 sacas em uma área sem inoculante e de 63 sacas com a coinoculação tradicional.

Biofábricas
Também estão em pleno andamento iniciativas de empresas de sementes e de insumos para a agricultura, com a formatação de unidades próprias para o desenvolvimento, pesquisa e monitoramento de inoculantes para aplicação em áreas específicas, especialmente aquelas dedicadas aos próprios cultivos.
Este é o caso da Bom Futuro, com sede em Cuiabá (Mato Grosso), que investiu em uma biofábrica para atender às demandas internas. O gerente técnico, Cid Reis, explica que a empresa sempre teve o incolulante Bradyrhizobium como essencial. “Ouvimos os pesquisadores dessa área de microbiologia e decidimos renovar as estirpes. São áreas bastante antigas de soja. Nunca deixamos de fazer inoculação, trazendo depois cepas novas, renovando os microrganismos com cepas mais eficientes na fixação biológica”, comenta. Em áreas novas, a dose de inoculantes é elevada, mas em regiões já estabelecidas é seguido um padrão de aplicação, seja nos sulcos ou via sementes.
Mais recentemente, a Bom Futuro apostou em novos inoculantes, dentro dessa fábrica específica para a produção desses bioinsumos, inicialmente com Azospirillum. “Essa é uma bactéria de vida livre. Não faz nódulos, mas atua na absorção de nitrogênio do ar, fornecendo isso para as plantas. Utilizamos tanto na soja quanto no milho. Também estamos com outro inoculante, que é o Bacillus subtitles, que não é para absorção de nitrogênio, mas é um promotor de crescimento de raiz. É considerado um inoculante, assim como o Amyloliquefaciens, que também tem uma ação nematicida”, esclarece Reis.
Ele ainda conta que a biofábrica tem foco especialmente nesses dois últimos inoculantes, e o Bradyrhizobium é adquirido no mercado em função do custo de produção. Além disso, a unidade tem dedicação para outros produtos biológicos, especialmente para o controle de pragas.

Por Joyce Carvalho

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Safra 24/25 do Paraná pode chegar a 25,3 milhões de toneladas de grãos

Apesar do tempo seco preocupar os produtores em determinado momento, a volta das chuvas manteve boas perspectivas para a safra de verão que começa a ser colhida. Espera-se uma recuperação nas produtividades obtidas no ciclo anterior, que podem gerar 25,3 milhões de toneladas ou 19% a mais que as 21,3 milhões obtidas em 23/24.

Os dados fazem parte da Previsão Subjetiva de Safra (PSS), divulgada pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). A divulgação também conta com a primeira projeção de área para a segunda safra, que pode produzir 16,4 milhões de toneladas, um aumento de 23% sobre os 13,4 milhões produzidos em 23/24.

A estimativa aponta que o milho, com seu importante papel como principal matéria-prima que alimenta frangos, suínos e bovinos, apresentou na segunda safra um aumento sutil na área plantada, que corresponde a 1% a mais em relação ao ciclo anterior (de 2,53 milhões aumentou para 2,56 milhões de hectares), mas que pode render uma grande produção de 15,5 milhões de toneladas, 24% a mais do que a do ano anterior (12,5 milhões de toneladas). As lavouras da primeira safra apresentam ótimas condições e devem ofertar 2,6 milhões de toneladas, 5% mais dos 2,5 milhões do ciclo anterior.

O feijão de segunda safra também ganha destaque. A cultura apresenta uma diminuição de 11% de área plantada, ainda assim a segunda maior já registrada. O volume esperado pode superar em 4% a produção de 23/24 e atingir 694,4 mil toneladas.

A primeira safra, que já apresenta 5% da produção colhida, pode apresentar problemas em função da dificuldade de aplicar fungicidas por causa das chuvas, mas o volume esperado ainda é grande. Ao final da colheita são esperadas 329,5 mil toneladas de feijão no período, o dobro do ano anterior.
A segunda safra da soja se destacou no aumento de área plantada. A área de 72,1 mil hectares representa um aumento de 44% em relação ao ano anterior (que era de 50,2 mil hectares), resultando em uma produção de 189,6 mil toneladas, 41% a mais em relação ao ano anterior (134,4 mil toneladas). A primeira safra pode registrar 22,2 milhões de toneladas, se as lavouras se mantiverem em boas condições.

Tomate – Dos 399 municípios do Estado, 328 plantam tomate e primeira safra da cultura permanece estável em todos eles, evoluindo rapidamente, tendo 94% da cultura já plantada e 43% já colhida e a produção segue dentro do previsto, que é de 170,9 mil toneladas.

Batata – A colheita da batata de primeira safra segue em ritmo acelerado, com um aumento de 17% nos últimos 24 dias, totalizando 23% da área total colhida. Por outro lado, a produtividade está cerca de 10% menor do que o previsto, uma diferença de 2 mil toneladas, podendo melhorar quando as principais regiões produtoras finalizarem a colheita. Apesar disso, 97% desta safra encontra-se em boa qualidade, favorecida pelo clima.

O preço recebido pelo agricultor ficou menos atraente, representando uma média de R$ 33,20 a saca de 25kg, 21,61% menor que o mês anterior (R$ 42,35). No entanto, a média paga consumidor nos últimos dias é de R$ 3,65 o kg, que mês passado era de R$ 5,85.

Cebola – A colheita da cebola aumentou em 33% nos últimos 24 dias, favorecida pelo clima, chegando a 72% da área colhida e com 88% em qualidade boa. 63% da safra está em maturação, 33% em frutificação e 3% ainda em desenvolvimento.

Café – As expectativas para o café são boas. O clima chuvoso favoreceu a umidade do solo em um momento essencial de frutificação das plantas, que passaram por um momento crítico causado pelas ondas de calor que antecederam as chuvas, abortando algumas flores. A expectativa para a safra atual é uma produção de 42,7 mil toneladas de café. 6% a mais do que o ano passado (40,4 mil toneladas).

A área plantada do café também é destaque, já que parou de diminuir e tem aumentado sutilmente pelo segundo ano consecutivo, representando uma recuperação importante e relação às safras passadas. Para o produtor os preços têm sido atrativos, chegando nos últimos dias a R$ 1975,26 a saca de 60 kg, mais que o dobro que o mesmo período do ano passado (R$ 846,45).

Mandioca – A mandioca, que é uma cultura com um ciclo mais longo em relação às outras culturas, tem tido boa produtividade apesar da seca do primeiro semestre. A expectativa é de 3,7 milhões de toneladas, 4% a mais que a última safra (3,6 milhões de toneladas). Apesar dos preços ruins em praticamente metade do ano, próximos do custo, atualmente as cotações dispararam e superam R$ 700, estimulando um aumento de área para 2025.

Cana-de-açúcar – Também com um ciclo mais longo, a cana-de-açúcar segue com uma boa produção estimada, de 35,8 milhões de toneladas, 2% a menos que o ano passado (36,6 milhões de toneladas), mas alta considerando o longo período de estiagem.

Fonte: AEN Foto: Gilson Abreu/AEN

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Produção e Tecnologia de Sementes e Mudas

Estão abertas as inscrições para o curso de Tecnologia e Produção de Sementes e Mudas. Ofertado gratuitamente pela Embrapa, o acesso é pela plataforma e-campo .

Esta capacitação tem como objetivo divulgar a pesquisadores, produtores, estudantes e agentes de assistência técnica e extensão rural, conhecimentos, novidades e inovações sobre a tecnologia de sementes e mudas. Confira abaixo como:

  • identificar os fatores relativos ao ambiente e os relativos à planta-mãe que influenciam na formação, produtividade e também na qualidade de sementes;
  • secar e beneficiar as sementes e quais são os fatores que influenciam nessas etapas da cadeia produtiva de sementes;
  • fazer diferentes tratamentos de sementes para aumentar sua resiliência a estresses bióticos (patógenos) e ambientais (alta temperatura e seca);
  • armazenar sementes ortodoxas e identificar sementes recalcitrantes para tomada de decisão sobre a melhor forma de conservação;
  • classificar e superar dormência de sementes;
  • realizar e interpretar testes para avaliação da qualidade fisiológica de sementes;
  • produzir mudas florestais de qualidade;
  • interpretar criticamente a legislação de sementes e mudas;
  • observar como as transformações que estão ocorrendo no mundo influenciam a produção de sementes e mudas.

Mais informações: e-campo.semiarido@embrapa.br

Fonte: Embrapa Foto: Divulgação

Soja - colheita. Fotos:Jaelson Lucas / Arquivo AEN

Programa de Subvenção ao Seguro Rural do Paraná terá R$ 10 milhões para a safra 2025

O programa de Seguro Rural do Governo do Paraná terá R$ 10 milhões para subvenção econômica do prêmio do seguro rural a partir de janeiro. Os recursos são do Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE), administrado pela Fomento Paraná. O objetivo do programa é mitigar o risco das atividades agropecuárias e reduzir o endividamento agrícola.

Gerenciado pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), esse programa já pagou mais de R$ 88,6 milhões em subvenção para 47,1 mil apólices de seguro desde 2009, quando foi aprovada a Lei 16.166/2009, que concede Subvenção Estadual ao Prêmio de Seguro Rural.

“É muito importante ajudar o produtor rural a minimizar suas perdas, reduzindo os riscos, com um programa de seguro rural forte, porque vivemos em uma economia integrada. Quando o agro vai bem, há um reflexo direto no comércio e na indústria, nos empregos, na renda das pessoas”, afirma o presidente da Fomento Paraná, Vinícius Rocha.

“O Paraná tem até três safras por ano. Tendo seguro, mesmo diante de uma adversidade, o produtor consegue se levantar mais rapidamente e isso diminui o impacto na geração de riqueza no Estado”, complementa.

A subvenção cobre atualmente 28 culturas, entre a produção de frutas, grãos (exceto soja), pecuária de leite e de corte, e funciona de forma complementar ao programa do governo federal. O Estado do Paraná subvenciona 20% do valor da apólice e o Ministério da Agricultura e Pecuária subvenciona outros 20%. O produtor deve pagar apenas 60% do valor da apólice. Cada produtor pode contratar até R$ 4,4 mil por CPF/CNPJ, por cultura ou espécie animal e até R$ 8,8 mil por CPF/CNPJ por ano civil (janeiro a dezembro).

Nos últimos dois anos, o desembolso para subvenção do prêmio do seguro rural vinha diminuindo, por conta do aumento dos riscos envolvidos na produção, como os fatores climáticos, como excesso de chuvas, geada ou estiagem prolongada, considerando-se os períodos de plantio estabelecidos pelo Zoneamento Agrícola de Risco Agroclimático (ZARC), e em parte por conta da reformulação da base legal de normas que regem o credenciamento e contratação das seguradoras, realizada em 2024.

Para 2025, de acordo com Francisco Simioni, da Coordenação Estadual do Seguro Rural do Departamento de Economia Rural (Deral) da Seab, estão sendo adiantados os procedimentos, com envio de propostas de subvenção aos produtores de milho e sorgo (segunda safra), por exemplo, que vão iniciar o plantio da safra em janeiro. “Acreditamos que os R$ 10 milhões já autorizados serão consumidos rapidamente, dentro do atual ciclo de contratos com as seguradoras. É possível que seja necessária uma suplementação de recursos para a safra de inverno”, estima.

Ainda segundo Simioni, o Programa de Subvenção ao Seguro Rural deve ter um grande salto a partir da safra 2025/2026, por conta do novo edital, que deve ser lançado em fevereiro, para renovação do credenciamento e dos contratos com as seguradoras, entre março e maio/2025. Os contratos passarão a ter vigência enquanto existir a Lei da Subvenção Estadual ao Prêmio de Seguro Rural, sempre atrelados aos orçamentos aprovados pelo FDE.

“Com isso, as seguradoras deverão manter a documentação atualizada para atuar com a subvenção estadual e, nós (Estado), poderemos trabalhar de forma pró-ativa. Ou seja, a exemplo do que fizemos com milho e sorgo 2ª safra nesse ano, poderemos fazer autorizações às seguradoras para antecipar a coleta de propostas ao período de plantio das culturas. Posteriormente, dentro dos períodos do zoneamento agrícola poderemos fazer os pagamentos dessas propostas, que serão convertidas em apólices com celeridade, ganhado tempo”, finaliza.

Fiagro

Além da subvenção ao prêmio do seguro rural, a Fomento Paraná está entrando em uma área ligada ao agronegócio paranaense por meio de um Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas do Agro – Fiagro FIDC. O fundo foi anunciado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior para ser uma espécie de Plano Safra estadual, que terá a Fomento Paraná como cotista atuando como braço do Estado na definição das políticas de aplicação de recursos. É o primeiro desse modelo em todo o Brasil.

O fundo foi criado com base na Lei Federal nº 14.130/2021 e a Fomento Paraná já recebeu um aporte de R$ 150 milhões para constituição. Serão direcionados para essa nova iniciativa ao todo R$ 350 milhões do Governo do Estado. A previsão é gerar investimentos no campo que ultrapassem R$ 2 bilhões quando o Fiagro estiver em pleno funcionamento, a partir de 2025.

O principal objetivo é oferecer uma alternativa às condições de financiamento do Plano Safra e de outros recursos destinados ao crédito rural, que têm sido insuficientes para atender a toda a demanda nacional e no Estado, de modo a promover investimentos estratégicos para impulsionar ainda mais o agronegócio no Paraná.

O Fiagro deve contribuir na promoção do crescimento econômico, com a segurança alimentar, com a preservação do meio ambiente e com o fortalecimento das comunidades rurais, podendo ser usados para sistemas de irrigação, expansão da produção, armazenagem, equipamentos e outras linhas. Também poderá ser usado pela indústria que atende o setor, como fabricantes de tratores, implementos e outros maquinários agrícolas.

“O agronegócio do Paraná tem uma grande qualidade: a industrialização. Esse é um caminho que o Brasil deve seguir. E agora com o Fiagro, que terá juros menores que o Plano Safra, vamos dar mais um grande salto”, afirmou o governador na reunião de encerramento da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), em Brasília.

A Suno Asset será a gestora responsável pela estruturação do novo Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas do Agro – Fiagro FIDC. A escolha se deu a partir de um edital de chamada pública aberto pela Fomento Paraná em julho.

Pertencente ao Grupo Suno, a gestora possui mais de R$ 1,5 bilhão sob sua gestão, sendo mais de R$ 500 milhões investidos no agronegócio, e, ainda, mantém operações que financiam centenas de produtores, além de participação de cooperativas paranaenses que integram fundos do agro geridos pela entidade. O fundo deve entrar em operação ao longo de 2025.

Fonte e Foto: AEN/Jaelson Lucas

21/03/23 Colheitadeira em Campo Mourão
Foto Gilson Abreu

Exportações do agronegócio ultrapassam US$ 153 bilhões no acumulado de 2024

De janeiro a novembro de 2024, as exportações do agronegócio brasileiro totalizaram US$ 152,63 bilhões, representando 48,9% do total das exportações brasileiras no período. Este foi o segundo melhor desempenho já registrado na série histórica. A redução de 5,2% no índice de preços internacionais foi parcialmente compensada pelo aumento de 5,2% no volume exportado.

Os principais setores responsáveis por esse desempenho foram o complexo soja (US$ 52,19 bilhões), carnes (US$ 23,93 bilhões) e o complexo sucroalcooleiro (US$ 18,27 bilhões), que juntos responderam por mais de 60% do total exportado. Apesar de uma redução de 18,7%, o complexo soja manteve sua posição de destaque, enquanto carnes e açúcar registraram crescimentos significativos, impulsionados por recordes de embarques e diversificação de mercados.

Dentre os produtos exportados, o café solúvel merece destaque, com um acumulado de US$ 792 milhões no período. Outro produto que chamou a atenção foi o óleo essencial de laranja, com mais de US$ 365 milhões em exportações até novembro de 2024. Esses resultados mostram como o agronegócio brasileiro vem ampliando horizontes, levando ao mundo uma variedade de produtos de alto valor agregado e reafirmando sua força em mercados cada vez mais diversificados.

Resultados de novembro

Em novembro de 2024, as exportações do agronegócio somaram US$ 12,66 bilhões, o que equivale a 45,2% do total exportado pelo Brasil no mês. Apesar de uma retração de 5,8% em relação a novembro de 2023, setores como carnes, café e produtos florestais tiveram resultados significativos, compensando parcialmente a queda nas vendas de grãos.

O setor de carnes foi o principal destaque do mês, com um recorde histórico de exportações para novembro, atingindo US$ 2,45 bilhões (+30,2%). A carne bovina foi o principal produto, com US$ 1,23 bilhão (+29,9%), seguida pela carne de frango (US$ 876,92 milhões, +31,8%) e pela carne suína (US$ 289,40 milhões, +30,8%). Esse crescimento foi impulsionado por maiores volumes exportados e preços médios mais altos.

As exportações de café também alcançaram um recorde histórico para novembro, com US$ 1,47 bilhão (+84,4%), impulsionadas por um aumento de 21,8% no volume exportado e de 51,4% nos preços internacionais. A União Europeia, Estados Unidos e México foram os principais destinos do café verde brasileiro. Já os produtos florestais cresceram 29,1%, totalizando US$ 1,51 bilhão, liderados pela celulose, com US$ 877,34 milhões em receitas.
Por outro lado, o complexo soja sofreu uma retração de 50,3%, com exportações de US$ 1,86 bilhão, devido à quebra de safra e redução nos estoques. O milho também apresentou queda, totalizando US$ 967,89 milhões (-41,7%) devido à redução de 36,2% na quantidade embarcada.
Importações em alta

As importações de produtos agropecuários totalizaram US$ 1,54 bilhão em novembro de 2024, um aumento de 14,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Entre os principais itens importados estão trigo (US$ 102,16 milhões; +21,2%) e salmões (US$ 76,05 milhões; +14,1%).

Expectativas futuras

De acordo com o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, os resultados da diversificação de mercados e produtos começam a aparecer de forma concreta na balança comercial. “Os produtos menos tradicionais da pauta exportadora incrementaram 7,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Com as boas perspectivas de safra para 2025, a continuidade das aberturas de novos mercados, a maturação comercial das aberturas já realizadas e a intensificação das ações de promoção comercial com uma série de novos instrumentos, esperamos ainda mais avanços qualitativos e quantitativos nas exportações do agronegócio brasileiro”, destacou.

Fonte: Mapa Foto: Divulgação