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Bela Sementes no BelaSafra 2025: inovação, tecnologia e genética

A Bela Sementes, empresa do Grupo Belagrícola e uma das líderes no mercado de sementes de soja, apresenta no BelaSafra 2025 soluções tecnológicas com demonstrações práticas, que segundo os técnicos da empresa já fazem e farão a diferença no campo, agregando valores na próxima safra e oportunizando negócios.

O espaço da Bela Sementes, na UDT – Unidade de Difusão Tecnológica – da Belagrícola em Cambé (PR), local do evento entre 28 e 31 de janeiro, possibilita ao produtor o conhecimento do Tratamento Industrial de Sementes (TSI), os benefícios e as vantagens deste tratamento com o Seedcare do Institute da Syngenta e entre outras coisas, a proteção que o TSI traz contra doenças, pragas, além da promoção do desenvolvimento radicular.

A vitrine especial da Bela Sementes apresentará também novidades em tecnologia embarcada nas sementes, explicando como a biotecnologia Intacta i2X possibilita proteção contra as principais lagartas da cultura da soja, além de maior controle de plantas daninhas. A tecnologia Enlist, para as sementes de soja, é outra biotecnologia que será apresentada e permite o uso de herbicidas específicos no controle de ervas daninhas em plantas resistentes, controle de lagartas, procedimentos que flexibilizam o manejo da lavoura.

A Bela Sementes, com sede em Tamarana (PR), apresenta uma ampla linha de produtos, atende produtores de todas as regiões do Brasil e é reconhecida por sua qualidade técnica, inovação e compromisso com o desenvolvimento sustentável da agricultura. Segundo Bruno Pozzobom, gerente comercial da Bela Sementes, a sementeira segue os rigorosos padrões de qualidade e segurança, exigidos em todos os processos, para entregar as melhores sementes aos produtores, associando genética e tecnologia.

Fonte e Foto: Conexão Agro

Culturas de inverno aumentam a produção de mel e preservam o solo -  Curitiba, 23/09/2021  -  Foto: IDR-PARANÁ

Trigo-sarraceno em alta

Revista Apasem – edição 2024 – A semelhança com o trigo mais conhecido fica apenas no nome. O trigo-mourisco – ou trigo-sarraceno – tem identidade própria e um potencial a ser explorado pelos produtores. E isso acontece porque pode ser utilizado em rotação de cultura e ainda gerar um produto para exportação. Basicamente, no país, o trigo-sarraceno tem esses dois “destinos”: a tecnologia no campo e o mercado asiático, para a produção de macarrão. Paralelamente, chama cada vez mais a atenção por não ter glúten e ser uma opção importante em preparos de alimentos para celíacos ou para aqueles que querem diminuir a ingestão da farinha de trigo regular.

As cultivares do trigo-sarraceno possuem períodos de desenvolvimento que agregam valor quando se trata de rotação de culturas. Assim, é possível utilizá-lo como ferramenta para a aplicação da técnica, mas sem comprometer os planejamentos de produção e utilização da área com cultivos mais rentáveis e ainda saindo do padrão de gramíneas e leguminosas. No Paraná, a principal janela de semeadura do trigo-sarraceno é de 15 de janeiro a 15 de março, basicamente.

O trigo-sarraceno é considerado como uma planta de serviço e não requer aplicação de produtos químicos. E ainda tem vantagens do ponto de vista agronômico: grande alelopatia, consegue segurar bastante gramíneas e possui um efeito cultural importante para o controle de plantas daninhas no período do outono.

“O trigo-sarraceno não possui nenhuma doença, nenhuma praga, e isso traz favorecimentos ao produtor. Além disso, é uma planta solubilizadora de fósforo e não requer adubação. Por isso, é bem interessante por esse viés e ainda gera uma renda”, comenta Fábio Schmidt, engenheiro agrônomo da Protecta, empresa de Ponta Grossa que tem a produção de sementes entre as suas atividades.

O engenheiro agrônomo e coordenador do setor de produtos tecnológicos do IDR-PR, Renan Carvalhal, reforça que a espécie é rústica e, como praticamente não tem pragas ou doenças para serem controladas, é uma ótima competidora perante as plantas daninhas. “Com isso, o produtor gasta pouco ou quase nada com o controle de invasoras, tornando-se um cultivo relativamente barato e ainda rápido. Exige pouca utilização de insumos agrícolas, incluindo herbicidas, inseticidas e fungicidas”, indica.

“Por ser um material bem rústico, o trigo-sarraceno tem bom resultado em solos com fertilidade baixa, diferentemente de outras espécies. Esses são fatores que têm estimulado o agricultor a ir atrás do mourisco. E ele ainda tem um aspecto interessante em relação ao período em que as plantas ficam com flores, de cerca de 30 a 40 dias dentro do ciclo completo. As flores são importantes em função das abelhas e manutenção delas, sem falar para os produtores de mel. Ou seja, gera um benefício amplo para todo o ambiente em si”, completa. 

As áreas com a maior quantidade de plantio e maiores produções de trigo-sarraceno são as que têm registro de clima mais frio, especialmente nos Campos Gerais, região central (como a cidade de Guarapuava) e sudoeste. As colheitas terminaram no mês de junho e, no caso da Protecta, a etapa de beneficiamento começa logo em seguida.

A Protecta possui um programa para a produção de trigo-sarraceno, que mostra uma das estratégias do mercado para essa cultivar e a sua aplicação na rotação de culturas. Inicialmente, o objetivo era exatamente este: utilizar como parte da importante técnica. “Mas, depois, conseguimos achar brechas nos mercados interno e externo. E passamos a fazer o que chamamos de fomento: entregamos a semente para o produtor e acompanhamos as lavouras. Depois, adquirimos a produção para dar destino a esses mercados”, explica Schmidt, citando que 95% da produção do trigo-sarraceno é exportada pela empresa.

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Por que o trigo-sarraceno não avança mais?

Na região sul paranaense, em 2024, o trigo-mourisco entrou no rol de diversificação de culturas, o que também incluiu a aveia branca comercial e o centeio. Isso mostra que o trigo-sarraceno tem a atenção dos agricultores paranaenses. No entanto, não há uma grande escala ou uma perspectiva em curto e médio prazos para que a adesão a essa cultura aumente de maneira significativa.

Segundo Fábio Schmidt, engenheiro agrônomo da Protecta, o potencial para a ampliação do trigo-sarraceno existe, mas, atualmente, a opção por esse cultivar depende dos planos do agricultor a cada ano. “Se os plantios de verão ficam mais tardios e não se consegue plantar as lavouras de soja e milho em época normal, isso diminui bastante a adoção do trigo-sarraceno. Não é possível deixá-lo para mais tarde além do seu período recomendado, o que geraria baixa produtividade. Quando há épocas de plantios normais da safra de verão, na sequência, o trigo-sarraceno entra bem e são anos em que a demanda por área fica aquecida”, esclarece.

Outro desafio é a limitação do mercado interno. Atualmente, o trigo-sarraceno atende uma pequena parte da população e está disponível, em produto final, principalmente em casas de alimentos naturais. A falta de escala impacta também diretamente um possível planejamento para aumentar a produção.

Entretanto, com a descoberta cada vez maior de pessoas com doenças celíacas e a escolha por alimentação mais balanceada, com a inclusão de mais grãos na dieta, o trigo-sarraceno vem, aos poucos, sendo descoberto pela população em geral. “O consumidor, cada vez mais, está preocupado com as intolerâncias e outras questões nutricionais, mas ainda é um mercado que o consumidor está descobrindo. Fora isso, é necessário pensar em preço acessível e facilidade para encontrar esse produto”, lembra Renan Carvalhal, do IDR-PR.

Por enquanto, a produção do trigo-sarraceno no Paraná, que varia conforme o andamento da safra de maneira geral, ainda é tímida e praticamente todo o seu resultado é exportado, especialmente para a Ásia.

Tecnologia no campo: os cultivares do trigo-sarraceno

O Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater (IDR-Paraná) desenvolveu duas cultivares do trigo-sarraceno e as lançou no ano 2000: IPR 91 Baili e IPR 92 Altar. As duas são registradas no Ministério da Agricultura e se tornaram as mais aplicadas para esse tipo de produção, com foco na cobertura vegetal da área e rotação de culturas, e com o adicional da venda dos grãos, especialmente para o exterior.

O engenheiro agrônomo e coordenador do Setor de Produtos Tecnológicos do IDR-PR, Renan Carvalhal, explica que esses cultivares têm características distintas. A IPR 91 Baili significa baixa e ligeira, ou seja, tem um porte mais baixo e um ciclo mais curto, de aproximadamente 70 dias, entre a emergência e a produção de sementes. Já a IPR 92 Altar tem uma referência de porte mais alto, com ciclo de aproximadamente 90 dias. “São materiais antigos, lançados ainda pelo Iapar, mas são os únicos materiais registrados para multiplicação no Brasil”, afirma.

Por enquanto, não há perspectiva do desenvolvimento de novas pesquisas sobre o trigo-sarraceno ou seu desenvolvimento genético, até mesmo em função dos resultados que apresenta atualmente no campo.

Assim como acontece com outros cultivares, o trigo-sarraceno também passa por análise de sementes para a emissão de certificado para posterior comercialização, com os mesmos testes de germinação, pureza, determinação e tratamento por número. A coordenadora do Laboratório de Análise de Sementes (LAS) da Apasem em Ponta Grossa, Juliana Veiga, explica que é necessária uma quantidade mínima de 600 gramas de sementes de trigo-sarraceno para uma avaliação e poder emitir um boletim oficial.

O teste de germinação inclui a avaliação da semente em diferentes temperaturas e condições, com quatro a sete dias. “Por ser uma semente rústica, é difícil encontrarmos lotes ruins do trigo-mourisco. Uma das influências principais é o armazenamento, o que pode alterar esse resultado”, explica Juliana.

A tradição do soba, o macarrão japonês com trigo-sarraceno

Um dos principais destinos do trigo-sarraceno produzido no Paraná – e em outras localidades – é o Japão, onde essa matéria-prima é utilizada em um tipo de macarrão bastante tradicional. Chama-se soba. São vários os pratos que têm como base esse macarrão de coloração mais escura, que ganhou relevância na culinária ao longo da história do país asiático, especialmente na segunda metade do século 19. O soba, normalmente, é cortado em tiras finas e pode ser servido em preparações quentes ou frias.

A cultura japonesa é repleta de rituais e o soba também faz parte disso. Uma das receitas mais conhecidas com o macarrão feito a partir do trigo-sarraceno é o toshikoshi soba, feito para as celebrações de Ano Novo. Entre as histórias mais contadas para explicar a tradição é uma referência ao formato do macarrão, comprido, para o desejo de uma vida longa. Também existe uma ligação direta com o trigo-sarraceno, que remete à resiliência e à adaptação mesmo em condições adversas.

Além do toshikoshi soba, outro prato bastante comum com o macarrão japonês feito com trigo-sarraceno é o hikkoshi soba. Quem muda de casa ou de região oferta esse prato como uma espécie de aproximação com os novos vizinhos.

Sobá de Campo Grande

Em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, o soba deixou de ser apenas ingrediente para se tornar também nome do prato típico da cidade. Grupos de imigrantes japoneses, principalmente da Ilha de Okinawa, levaram o soba para a rotina da região e não demorou muito para ser apreciado pela população em geral. Tanto que se tornou patrimônio imaterial da cidade.

Confira a receita do sobá:

Receita do blog da Sakura Alimentos

Caldo

Ingredientes

  • 1 kg de ossobuco
  • 4 litros de água
  • 1 colher (sopa) de sal
  • 1 colher (café) de Hondashi
  • 1 colher (café) de glutamato monossódico
  • ½ colher (sopa) de caldo de carne
  • Shoyu a gosto

Modo de preparo

Ferva o ossobuco com água por 40 minutos. Acrescente os demais ingredientes e deixe ferver por mais 30 minutos.

Macarrão

Ingredientes

  • 2 litros de água
  • 1 colher (café) de óleo de gergelim
  • 500 g de macarrão de sobá
  • 5 ovos
  • 300 g de carne magra de porco ou boi
  • 200 ml de molho de soja
  • 1 maço de cebolinha picada

Modo de preparo

Ferva dois litros de água com um fio de óleo e cozinhe o macarrão até ficar al dente. Escorra e reserve. Bata os ovos, tempere e frite os omeletes. Depois de esfriar, enrole todos juntos e corte em tiras finas. Cozinhe a carne e corte em pedaços. Coloque numa panela o molho de soja e mexa até ficar sequinha. Escalde o macarrão em água fervente e preencha a tigela, até ficar próxima à borda. Coloque a cebolinha, o omelete e a carne. Por último, coloque o caldo até encher a tigela.

Fontes: Japan House, Nippo Brasil e Sakura Alimentos

Por Joyce Carvalho

Dia de Campo Coopertradição

Cooperativa Tradição apresenta o Dia de Campo Verão 2025

A Cooperativa Tradição convida todos os produtores e profissionais do agronegócio para o Tradição em Campo – Dia de Campo Verão 2025, que acontecerá nos dias 19 e 20 de fevereiro, no Centro de Tecnologia e Inovação (CTIC), em Pato Branco. O evento reunirá, ao longo de dois dias, alta tecnologia, conhecimento especializado e inovação para fortalecer o setor agrícola.

O evento é totalmente gratuito, e as inscrições já estão abertas. Os interessados podem se inscrever aqui

O vice-presidente e diretor comercial da Cooperativa, Gelson Corrêa, ressaltou a importância do evento para os produtores rurais. “Nosso foco é realizar um dia de campo, trazendo o máximo de tecnologias possíveis, e neste ano não vai ser diferente. Como produtor rural, sei o quanto essa troca de experiências é fundamental. A cada ano, as inovações e tecnologias surgem de forma cada vez mais rápida, e aqui, no nosso centro experimental, o produtor tem a oportunidade de conhecê-los em primeira mão”, destacou o diretor.

Mais de 70 expositores e palestrantes nacionais

Com mais de 70 expositores confirmados, o Tradição em Campo – Dia de Campo Verão 2025 contará com atrações imperdíveis como duas palestras nacionais:

– No dia 19, o evento receberá Paulo Herrmann, ex-CEO da John Deere Brasil, que compartilhará sua vasta experiência no setor agrícola.

– No dia 20, será a vez de Kellen Severo, jornalista renomada e especialista em agronegócio pela Jovem Pan News, abordar as tendências e desafios do setor.

Além disso, os visitantes terão acesso a demonstrações práticas de tecnologia de ponta, novas soluções para o campo e espaços voltados à troca de experiências entre produtores e especialistas.

Embrapa Soja

Embrapa apresenta cultivares de soja com produtividade elevada no Agrotec 2025

A Embrapa Soja irá participar do Agrotec, evento promovido pela cooperativa Integrada, nos dias 22 e 23 de janeiro, em Londrina (PR), demonstrando as cultivares BRS 1064IPRO e o lançamento BRS 2361 i2X, desenvolvidas em parceria com a Fundação Meridional.

BRS 1064IPRO, desenvolvida pela Embrapa Soja e Fundação Meridional, tem como diferencial o excelente desempenho produtivo, com alta estabilidade e boa adaptação. É uma soja transgênica com tolerância ao herbicida glifosato e também promove o controle de algumas espécies de lagartas “Essa cultivar apresentou ganho produtivo acima da média das cultivares de amplo cultivo na mesma região de indicação”, destaca o agente de transferência de tecnologias, Rogério Borges, da Embrapa Soja.

Indicada para o Paraná (Oeste e Norte), Mato Grosso do Sul, São Paulo e sul de Goiás, especialmente em localidades mais quentes, abaixo de 600 m, possui Grupo de Maturidade 6.4. A BRS 1064IPRO apresenta ampla janela de semeadura mostrando bom desempenho também na abertura de plantio, o que é um atrativo para produtores interessados no cultivo do milho safrinha. Essa cultivar apresenta ainda resistência ao acamamento e às principais doenças da soja, principalmente resistência à podridão radicular de fitóftora. Outro destaque que torna a BRS 1064IPRO bastante promissora é sua resistência aos nematoides de galha (Meloidogyne. javanica) e de cisto (raça 3), problemas bastante recorrentes nas regiões para as quais ela está sendo indicada. 

Lançamento da safra 2024/2025

 A BRS 2361 i2X, que estará sendo lançada, é uma soja transgênica com a tecnologia Intacta2 Xtend® (I2X), que agrega tolerância aos herbicidas glifosato e dicamba e a resistência às principais lagartas da soja. Apresenta maior potencial produtivo em altitudes a cimade 600m na macrorregião REC 201 dos estados de Paraná e São Paulo. Também permite semeadura antecipada, viabilizando a semeadura do milho safrinha na melhor “janela” de plantio, na região em que a cultivar está indicada.

Dia de Campo Lar 01

Dia de Campo Lar 2025: conhecimento, inovação e oportunidades para o agronegócio

Entre os dias 14 e 16 de janeiro, a Lar Cooperativa promoveu o tradicional Dia de Campo Lar, inaugurando a agenda de compromissos de 2025. Conhecido por sua qualidade técnica, o evento é referência na região por ser uma vitrine do agronegócio para quem busca conhecimento, inovação e oportunidades no setor.

“Nossas melhores previsões para o Dia de Campo Lar 2025 foram superadas. Logo no primeiro dia reunimos mais de mil mulheres e esse volume de pessoas se repetiu nos dois dias seguintes. Com essa presença expressiva da família associada concluímos nosso objetivo de transmitir conhecimento através das melhores tecnologias e manejos que temos disponível para o campo e tudo isso conectado com nosso propósito de cooperar para melhorar a vida das pessoas”, destacou o diretor-presidente da Lar, Irineo da Costa Rodrigues.

Tradicionalmente, o primeiro dia do evento foi dedicado ao público feminino, com uma programação diferenciada, além de dinâmicas desenvolvidas especialmente para receber as visitantes. A palestra “Profissionalização do Negócio através das Mulheres”, ministrada pela consultora, escritora e palestrante Mariely Biff, abriu a agenda do dia, envolvendo as pessoas em discussões construtivas sobre a sucessão e governança familiar no âmbito rural.

A visitação ao campo foi aberta ao público todos os dias do evento, das 13h30 às 19h, na Unidade Tecnológica Lar, anexa ao Lar Centro de Eventos, em Medianeira (PR). Durante três dias, pesquisadores, palestrantes e profissionais da área estiveram reunidos para compartilhar conhecimentos e experiências, oportunizando aos produtores rurais a possibilidade de interagir e a dialogar diretamente com especialistas.

“O Dia de Campo Lar sempre teve esse apelo mais técnico, por isso nosso destaque para as tendas técnicas, onde convidamos profissionais para atender o nosso produtor, com temas voltados para as necessidades da região. É claro que cada propriedade tem sua carência, mas quem compareceu ao evento com um determinado objetivo seguramente voltou para casa com muito mais conhecimento”, citou o superintendente de Negócios Agrícolas da Lar, Vandeir Conrad.

No campo, os visitantes conheceram de perto as mais recentes soluções para o agronegócio, em um ambiente prático e dinâmico. Nesta edição, os espaços técnicos destacam-se pela seleção e qualidade do conteúdo, entre eles: Sistema de Manejo de Solo – Inovações e resultados regionais; Tecnologia de Aplicação Lar – Otimizando investimentos em defensivos; Sustentabilidade na Agricultura – Práticas e inovações de produção; e Maximizando a Produtividade – manejo de doenças, pragas e plantas daninhas.

A Lar Cooperativa também apresentou ao público 28 cultivares de soja, cultivados em diferentes períodos do ano, ressaltando as potencialidades e condições de cada uma. Dessa forma, o produtor teve a oportunidade de comparar resultados e escolher as opções que melhor atendam às necessidades. Ao todo, foram 54 empresas participantes, sendo 25 de insumos agrícolas, 18 de insumos pecuários e 11 de maquinários e implementos para o campo, além da parceria com o IDR-PR (Instituo de Desenvolvimento Rural do Paraná) que contou com uma área exclusiva de pesquisas.

Oportunidades

Apesar do destaque técnico do evento, o Dia de Campo Lar 2025 foi uma oportunidade para fechar negócios. As equipes da Lar Lojas Agropecuárias preparam condições exclusivas para comercialização de insumos agrícolas e pecuários, além de equipamentos para o dia a dia. A Lar Máquinas negociou maquinários com sistema de financiamento diferenciado, utilizando grãos como forma de pagamento, além de juros reduzidos. A Lar Credi esteve presente para oferecer soluções financeiras personalizadas aos associados e divulgar o novo aplicativo que entrega mais segurança e agilidade no processamento de operações.

Com o objetivo de transmitir informações relevantes, precisas e moldadas exclusivamente a realidade da região, o Dia de Campo Lar 2025 proporcionou ao visitante uma experiência única que o ajudarão a otimizar a produção, reduzir custos e aumentar a rentabilidade da propriedade.

Ao promover o Dia de Campo Lar 2025, a Lar Cooperativa busca fortalecer a família associada, contribuindo com o desenvolvimento econômico e social da região, uma iniciativa fortemente conectada com o propósito de “cooperar para melhorar a vida das pessoas”. (Assessoria de Imprensa Lar). 

Mudas

As oportunidades e desafios do setor de mudas

Revista Apasem – Edição 2024 – Diferentes vertentes da produção de mudas no Paraná e no país como um todo – enfrentaram mudanças depois da pandemia de Covid-19. As principais estão em hábitos de alimentação e de lazer nos últimos tempos, além da priorização de reformas e adequação de espaços que movimentam o setor desde então. Dentro de cada característica particular, os produtores se planejam para aproveitar oportunidades e explorar potenciais, mas ainda precisam enfrentar gargalos a serem vencidos.

O diretor administrativo da Associação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná – seção Curitiba –, Hugo Vidal, salienta a importância, no atual contexto, de esclarecimentos sobre legislação. De acordo com ele, existem duas normas que legislam sobre o setor, incluindo a Instrução Normativa 42, de 2019, do Ministério da Agricultura e Abastecimento. Além disso, a Portaria nº 616/2023, publicada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) impacta diretamente o setor. Esta, mais recente, ainda gera dúvidas, de acordo com ele.

A nova legislação prevê o cumprimento de uma série de anexos e documentações, conforme a cultura, para a solicitação das mudas para instalação de viveiros. “Este é o principal ponto de dúvidas: onde entra o responsável técnico neste processo e até onde vai a responsabilidade do produtor”, destaca Vidal.

A legislação também é apontada por Mariana Barreto, secretária-executiva da Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas (ABCSEM), como um ponto importante para ser observado. A instituição tem como foco os mercados de mudas de hortaliças, flores, plantas ornamentais e sementes. “No caso do segmento de mudas de plantas ornamentais, um dos desafios é atender à legislação de produção e comercialização, pois é uma legislação generalista, e esse é um setor com muitas particularidades, com características específicas conforme as espécies”, esclarece. A articulação é para a promoção de normas específicas, que atendam mais de perto a quem produz.

No caso dos produtores de grama, o desafio maior está na informalidade do setor. São 29 empresas paranaenses formalizadas e cadastradas no Sistema Renasem. Mas estima-se que existam muitas mais, o que afeta diretamente a competitividade do mercado. O diretor-presidente da instituição Grama Legal, Luiz Negrello, conta que as empresas do setor precisam cumprir uma série de normas, mas essas exigências não aparecem, necessariamente, nos editais de licitações públicas. Prefeituras, governos, secretarias e departamentos nestas esferas são as principais contratantes, além de construtoras e concessionárias de rodovias. “Isto é contrassenso”, enfatiza.

Negrello e a coordenadora executiva da Grama Legal, Livia Sancinetti, destacam que planejamento é a palavra-chave para os produtores. Isso vale para lidar com as características do clima perante a produção da grama, o enfrentamento de condições climáticas adversas nesse contexto, as dificuldades em assistência técnica especializada, a falta de linhas de crédito direcionadas e a pouca disponibilidade de produtos específicos para a rotina de atividades.

“Temos apenas seis produtos registrados especificamente para a nossa produção. Houve ampliação nas possibilidades de aplicação por parte das grameiras de outros insumos, a partir da extensão da bula, o que nos ajuda”, indica Lívia. “Mas também dependemos de compras que são realizadas diretamente com cooperativas. E os objetivos delas são diferentes dos nossos. Por isso, precisamos redobrar o planejamento sobre quando realizar essas compras e quando fazer isso”, cita Negrello.

Potenciais

Hortaliças, flores e plantas ornamentais

Segundo a ABCSEM, esses três segmentos apresentam potenciais de mercado, ainda se beneficiando de uma consequência da pandemia de Covid-19. O isolamento e as mudanças de comportamento motivaram reformas e obras, além dos cultivos de hortaliças e de plantas medicinais em pequenos espaços e no ambiente doméstico. A busca por uma alimentação mais saudável também motiva os consumidores e, consequentemente, aquece as demandas para os produtores de mudas.

Grama

A perspectiva de novos investimentos em rodovias, em todo o país, chama atenção dos produtores de grama. A legislação atual prevê a plantação em uma determinada faixa nas margens das estradas por exemplo. Uma maior movimentação na construção civil, assim como em obras públicas, também é vista com otimismo.

Produções em pequenos espaços

Regiões populosas, como a de Curitiba e municípios no entorno, já não têm mais disponibilidade de grandes áreas para a agricultura. Por isso, a produção de mudas, com auxílio de viveiros, torna-se alternativa para investimentos de maior impacto na economia dessas localidades. Hugo Vidal, da Associação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná – seção Curitiba –, enfatiza também que há maior visão para a compra de mudas de viveiros legalizados, o que vem gerando benefícios para o setor.

Por Joyce Carvalho

Broa de centeio é o 15º produto paranaense e primeiro de Curitiba a receber selo de Indicação Geográfica (IG)

Broa de centeio é o 15º produto paranaense a receber selo de Indicação Geográfica

O Paraná ganhou nesta semana mais um produto com o selo de Indicação Geográfica. A broa de centeio da Padaria América, em Curitiba, recebeu o registro do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), na modalidade Indicação de Procedência, o que a garante um padrão de qualidade exclusivo. É o primeiro produto da Capital a receber a chancela do órgão, além de ser o primeiro ligado ao setor de panificação no Brasil a alcançar esse reconhecimento.

Mesmo com o destaque principal sendo de Curitiba, os municípios de sua Região Metropolitana, incluindo Araucária, São José dos Pinhais, Colombo, Pinhais, Almirante Tamandaré e Piraquara, também foram considerados parte da Indicação Geográfica, por conta das tradições envolvendo a broa também estarem presentes nestes municípios. A conquista coloca o Paraná como referência nacional em produtos com Indicação Geográfica (IG), totalizando 15 registros estaduais.

O secretário de Estado do Turismo, Márcio Nunes, destacou a importância dos produtos paranaenses que têm o selo. “Cada IG conquistada pelo Paraná reafirma nosso compromisso em valorizar as tradições e a qualidade de nossos produtos. Isso atrai mais visitantes, movimenta a economia e incentiva os produtores locais a preservarem suas práticas e conhecimentos”, disse.

“Esses produtos, muitas vezes, acabam ajudando a criar ou consolidar rotas e roteiros turísticos no Estado, o que colabora na promoção, atração e distribuição de fluxo turístico municípios que, por vezes, não contam com tantos atrativos consolidados”, completou o secretário.

Além do registro de Indicação Geográfica, a broa de centeio também é reconhecida como Patrimônio Cultural de Curitiba. O produto é frequentemente associado à Carne de Onça, prato típico da cidade – outro produto paranaense que aguarda chancela do órgão federal para reconhecimento de Indicação Geográfica.

RELEVÂNCIA – A Padaria América, fundada em 1913, é um dos estabelecimentos que mantém viva a produção da broa de centeio, além de ser a padaria curitibana mais antiga ainda em funcionamento. Com três unidades na capital paranaense, o empreendimento produz cerca de 250 broas por dia, utilizando métodos tradicionais que envolvem fermentação mista e com longos períodos de cozimento.

“O trabalho que sempre fizemos e agora a conquista do selo garantem a qualidade a broa de centeio de Curitiba, assegurando que essa tradição não se perca com o tempo. Temos uma série de questões obrigatórias durante o processo de produção, que fazem deste item local algo único, ou seja, é uma grande conquista, que exalta essa rica tradição”, disse Eduardo Engelhardt, sócio-proprietário da Padaria América, em Curitiba.

A broa de centeio tem suas raízes na imigração europeia que marcou a formação cultural do Paraná. Introduzida no final do século XIX, a receita combina farinhas de centeio e trigo, água e sal, podendo incluir outros ingredientes, como açúcares, fermentos e gorduras. O produto evoluiu ao longo do tempo, adaptando-se às mudanças nos processos de produção e nas preferências dos consumidores, mas sem perder sua essência.

Considerada um símbolo gastronômico de Curitiba, a broa foi oferecida a figuras históricas que passaram pela cidade ao longo dos anos, tornando-se parte do imaginário coletivo e da identidade cultural curitibana. Hoje, é possível encontrar variações como broa integral, vegana, diet e mista, que atendem a diferentes demandas.

IG’S DO PARANÁ – A Indicação Geográfica é um título que certifica produtos ou serviços cujas características estão ligadas à sua origem geográfica, valorizando a história, a cultura e a economia. Com o reconhecimento da broa de centeio, o Paraná passa a ter 15 produtos com o selo. Esses registros destacam o estado como um dos líderes nacionais no reconhecimento de produtos ligados ao território paranaense, reforçando também produtos e atrativos turísticos.

Para Irapuan Cortes, diretor-presidente do Viaje Paraná – órgão de promoção comercial do setor no Estado, cita que os reconhecimentos passam, também, pela criação de novos produtos ligados ao turismo.

“Falar sobre Indicação Geográfica é muito importante, porque ela carrega consigo o senso de pertencimento regional e maior notoriedade para os municípios. É o que aconteceu em Antonina, no Litoral do Estado, com as balas de banana; em Carlópolis, no Norte Pioneiro, com as goiabas; e em muitos outros destinos paranaenses. Essas indicações também são importantes, porque acabam criando e consolidando rotas turísticas ao redor do Paraná, fomentando fluxos turísticos em diversas regiões”, explicou.

Entre eles estão, até o momento, a aguardente de cana e cachaça de Morretes; a goiaba de Carlópolis; as uvas de Marialva; o barreado do Litoral; a bala de banana de Antonina; o melado de Capanema; o queijo da Colônia Witmarsum; o café do Norte Pioneiro; o mel da região Oeste; o mel de Ortigueira; a erva-mate de São Mateus do Sul; o morango do Norte Pioneiro; a camomila de Mandirituba; e os vinhos de Bituruna.

Texto e foto – A Agência Estadual de Notícias (AEN)

Safra

Safra 2024/25 no Brasil e no Paraná

São Pedro” está ajudando muito para voltarmos a ter uma supersafra. Em 14 de janeiro de 2025, a Conab divulgou o quatro Levantamento de Acompanhamento de Safra 2024/25 com estimativa de produção de grãos de 322,2 milhões de toneladas (8% maior que na safra anterior, que foi de 297,7 milhões de toneladas), 1% menor que os números divulgados no 1º Levantamento em outubro de 2024 (Figura 1). Nesta mesma direção, a estimativa do IBGE está muito próxima da Conab, com valores de produção de 322,6 milhões toneladas.

Esse cenário otimista é atribuído ao aumento de 1,8% na área cultivada em comparação à safra passada e, principalmente, às condições climáticas favoráveis observadas entre setembro de 2024 e janeiro de 2025. Esses fatores, aliados ao elevado nível tecnológico e à excelência na gestão dos produtores rurais brasileiros, sustentam as projeções positivas. Apesar de um atraso inicial de cerca de 20 dias no plantio, devido à falta de chuvas e baixa umidade do solo em setembro, o clima evoluiu favoravelmente, com chuvas regulares e temperaturas dentro da normalidade ao longo do período.

o Paraná não é diferente, as estimativas mais recentes para a safra de verão 2024/25 divulgadas pelo Deral superam 25 milhões de toneladas (19% a mais que na safra passada) e considerando a estimativa para safra total 2024/25 pode superar 41 milhões de toneladas. Isso representa 11% da safra brasileira de grãos e coloca o Paraná na segunda colocação no ranking nacional ficando atrás somente do Mato Grosso. O destaque é para as culturas de Soja e Milho segunda safra, com expectativa de aumentos de 20% e 24% em relação à safra 2023/24, respectivamente (Figura 2).

Embora as condições climáticas tenham sido, em geral, favoráveis, o período entre o final de dezembro de 2024 e o início de janeiro de 2025 foi marcado por um intervalo de ausência de chuvas e temperaturas elevadas. Isso levou as plantas a alocarem energia para resistir às adversidades justamente em uma fase crítica de desenvolvimento, durante a formação dos grãos. Como resultado, houve uma redução pontual no potencial produtivo da soja em algumas regiões e propriedades. Contudo, esse impacto não foi suficiente para alterar significativamente a estimativa de produção do estado. Atualmente, segundo o levantamento do Deral, as condições das lavouras de milho primeira safra e soja apresentam com 94% e 83% em condições boas, respectivamente.

Após uma safra bastante desafiadora em 2023/24, os produtores e o setor como um todo estão retomando o otimismo, motivados a contribuir significativamente para o crescimento das exportações, o abastecimento interno e a geração de renda setorial. Isso ocorre mesmo diante dos preços internacionais em patamares baixos, resultado do equilíbrio entre oferta e demanda das commodities no mercado global.

No Brasil, a desvalorização cambial tem contribuído para que os preços se mantenham em níveis razoáveis para os produtores. Atualmente, a soja está cotada em torno de R$ 120 por saca de 60 kg, enquanto o milho gira em torno de R$ 65 por saca de 60 kg. Contudo, com o avanço da colheita, a tendência é de queda nos preços. Além disso, é importante monitorar a cotação do real frente ao dólar, pois, caso a moeda brasileira volte a operar abaixo de R$ 6,00/US$ 1,00, isso também poderá impactar negativamente os preços.

Texto e imagens: Profissionais do Sistema Ocepar: Robson Mafioletti, Salatiel Turra, Leonardo Silvestri Szymczak e Daniely Andressa da Silva

Deral

Confira os destaques do novo  boletim agropecuário do Deral

O preço do café no varejo continuará em patamares altos pelo menos até que a próxima safra esteja colhida e disponível no mercado – ela se fortalece entre junho e julho. De outro lado, os produtores também estão recebendo mais pelo produto, o que possibilita que se compense, em parte, os prejuízos que vinham acumulando nos últimos ciclos.

Esse é um dos temas apresentados com mais detalhes no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 10 a 16 de janeiro. O documento é preparado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.

A pesquisa de varejo feita periodicamente pelo Deral mostra que em 2024 o preço do café no mercado paranaense teve aumento de 50%. Em dezembro de 2023 a média por quilo ficou em R$ 13,59. Um ano depois estava em R$ 20,33.

Os primeiros levantamentos de 2025 indicam que o movimento de alta não cessou. Dez pacotes estão custando R$ 230,22 no atacado. Mesmo que seja repassado ao consumidor sem lucro, já supera em 10% os valores praticados no varejo no final do ano passado.

A produção paranaense sozinha não é capaz de reverter essa situação, pois oferece menos de 2% do volume brasileiro. Mas a previsão é que as boas floradas e o bom desenvolvimento observados levem a uma produção de 42,7 mil toneladas nos 25,5 mil hectares, o que seria 6% superior às 40,4 mil toneladas de 2024

Para o produtor, a recuperação do preço é um alento. A saca de 60 quilos de café beneficiado está cotada a R$ 2.190,00. Esse valor é 11% superior à média paga em dezembro (R$ 1.975,26) e 153% maior que os R$ 866,15 pagos em janeiro do ano passado.

“Apesar do bom momento vivenciado pelos produtores, é importante lembrar que estes têm vivido anos complicados antes deste, em grande parte responsáveis pelo recuo de 44% da área nos últimos dez anos, passando de 45,6 mil hectares para os 25,5 mil atuais”, ponderou Carlos Hugo Godinho, analista da cultura no Deral,

SOJA – O boletim retrata também o início da colheita da soja que atingiu 2% dos cerca de 5,8 milhões de hectares cultivados neste ciclo no Paraná. As condições climáticas têm sido desfavoráveis para o desenvolvimento das lavouras em importantes regiões produtoras, como o Oeste e Sudoeste.

Pelo menos até a próxima estimativa de safra, a ser divulgada pelo Deral no final deste mês, a previsão é de 22,2 milhões de toneladas. Atualmente 83% da área está com bom desenvolvimento, 15% se encontram em condições medianas e o restante é considerado ruim.

FEIJÃO – A colheita do feijão evolui bem, com retirada do produto de pelo menos 74% da área de 169 mil hectares. A extensão é 57% superior aos 107,8 mil hectares da primeira safra do ano passado. Algumas regiões têm apresentado produtividades acima da média, prometendo ser esta uma safra de recuperação.

A estimativa é que sejam colhidas mais de 300 mil toneladas, ou quase o dobro das 160,4 mil toneladas do verão de 2024. A perspectiva de grande produção tem pressionado os preços, que estão 48% menores que em janeiro de 2024, passando de R$ 329,53 para R$ 170,82 a saca do feijão preto, que predomina no Estado.

FRUTAS – O documento do Deral analisa ainda a exportação e importação de algumas frutas brasileiras. Dos mais de US$ 1,3 bilhão em receita e quase 1,1 milhão de toneladas exportadas em frutas em 2024, as mangas, limões, limas, melões, uvas, nozes e castanhas lideraram, representando 68,9% das quantidades e 70,6% em capital. Elas foram adquiridas por 138 países.

De outra parte, o Brasil importou 748,8 mil toneladas de frutas ao custo de pouco mais de US$ 1,1 bilhão. Maçãs, peras, nozes, castanhas, kiwis e uvas representaram 66,1% em valores e 68,4% em volumes entre as 30 espécies diferentes que chegaram ao País, trazidas de 66 fornecedores.

BOVINO – O boletim destaca também a exportação brasileira de 2,87 milhões de toneladas de carne bovina, totalizando US$ 12,8 bilhões em 2024. O alto volume de abate ocorreu principalmente na primeira metade do ano, quando os produtores entregaram maior número de animais para minimizar perdas, visto que as pastagens estavam comprometidas devido às condições climáticas.

Texto e foto – Agencia Estadual de Notícias do Paraná