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Vem aí o 3º Congresso Catarinense de Sementes

Programe-se! Vem aí o 3º Congresso Catarinense de Sementes, que será realizado nos dias 2 e 3 de julho. Sucesso em 2023, o evento reuniu mais de 30 marcas expositoras e 600 visitantes qualificados, apresentando o que há de mais novo para o segmento.

Para 2024, está prevista uma nova estrutura, moderna, acessível e confortável onde estarão reunidos os principais players do segmento, demonstrando seus produtos, soluções e tecnologias.

Além de uma nova área, informações técnicas e gerenciais, ministradas pelos principais experts em sementes, aguardam visitantes e expositores.

Confira a programação

Fonte: Congresso Catarinense de Sementes

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Apasem recebe Moção de Aplausos da Câmara Municipal de Toledo

A Apasem recebeu a Moção de Aplausos da Câmara Municipal de Toledo, nesta segunda-feira (10), pelos 45 anos de serviços prestados. O Laboratório (LAS) Toledo foi inaugurado na cidade no dia 5 de junho de 1979.

A homenagem proposta pelo vereador Leoclides Bisognin foi entregue ao diretor executivo, agrônomo Jhony Möller, representando o presidente Romildo Birelo, juntamente com a responsável técnica do Laboratório Toledo, agrônoma Saionara Tesser, e a analista de sementes Márcia Oliveira de Medeiros, que junto a colaboradora Maria Neusa dos Santos já fazem parte da Apasem há 38 anos.

“Foi uma satisfação poder estar presente e representar a todos que contribuem dia a dia para tornar nossa Apasem cada vez mais forte”, destaca Möller.

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Aprosoja Brasil propõe atualização na Lei de Proteção de Cultivares

A Lei de Proteção de Cultivares (LPC) entrou em pauta no Encontro Nacional dos Produtores de Sementes de Soja (ENSSOJA) em Foz do Iguaçu.

O diretor executivo da Associação Brasileira de Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) Fabrício Rosa falou sobre a importância da atualização da legislação.  Para ele, até hoje a lei favoreceu a inovação, mas existem pontos fracos como baixo estímulo a novos entrantes, direcionamento de pesquisas em produtividade e faltam filtros em determinados pontos que os produtores consideram importantes, principalmente em relação à tolerância e resistência a pragas e doenças e ao teor de proteína da oleaginosa.

Para Rosa, hoje em termos de proposta, é preciso remunerar o germoplasma. Na Aprosoja BR já existe um consenso há muitos anos sobre isso. “Se eu faço isso eu estimulo os players atuais e atraio novos”.

Rosa também defende penas mais severas para quem pratica pirataria a fim de diferenciar o pirateiro de quem salvou sementes. Um dos desafios, diz ele, é levar essa proposta para a Frente Parlamentar da Agropecuária e criar um senso de urgência a respeito da legislação.

O presidente da ABRASS, Gladir Tomazelli, diz que a associação ficou encarregada de conversar com agricultores e buscar um equilíbrio para que todos consigam ganhar. “A empresa que desenvolve uma genética para a soja tem que ser remunerada por ela e quem usa essa genética deve usá-la com responsabilidade, sem pirateá-la”.

Normas de sementes

Em outro painel, a diretora do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas do Ministério de Agricultura e Pecuária (MAPA), Edilene Cambraia Soares, falou sobre a atualização das normas de sementes.

Edilene ressaltou que o MAPA está empenhado na revisão de normas complementares com objetivo de preencher lacunas percebidas pela fiscalização, melhorar a compreensão por meio de textos claros e concisos, tornar as normas mais assertivas, facilitar o uso pelo interessado e reduzir o número de documentos.

Ela mencionou que algumas portarias já foram editadas, a exemplo da Portaria nº 538/23, que estabelece normas para a produção, a certificação, a responsabilidade técnica, o beneficiamento, a reembalagem, o armazenamento, a amostragem, a análise, a comercialização e a utilização de sementes.

Edilene também destacou a Lei 14.515, publicada em dezembro de 2022, que dispõe sobre os programas de Autocontrole e que traz alterações para todas as áreas afetas à defesa agropecuária, inclusive o setor de sementes. Um dos novos dispositivos da legislação é o Programa de Vigilância em Defesa Agropecuária para Fronteiras Internacionais que vai facilitar o combate a semente pirata e agrotóxico ilegal.

Fonte e Foto: Assessoria de Comunicação ABRASS

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Encontro Nacional de Produtores de Sementes de Soja reúne lideranças em Foz do Iguaçu

No ENSSOJA 2024 são esperados mais de 300 convidados que participarão do evento realizado pela ABRASS nos dias 23 e 24 de maio

A Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja (ABRASS) vai reunir mais de 300 representantes do setor de multiplicação de sementes de soja durante o Encontro Nacional dos Produtores de Sementes de Soja, ENSSOJA. Com uma programação exclusiva, o evento é voltado para convidados e será realizado no Bourbon Cataratas do Iguaçu Thermas Eco Resort, nos dias 23 e 24 deste mês, em Foz do Iguaçu (PR).

O presidente da Associação, Gladir Tomazelli, destacou a relevância do Encontro, uma vez que a ABRASS reúne os principais multiplicadores de sementes do País, respondendo pela comercialização de mais de 50%, da demanda do mercado.

“O ENSSOJA é um importante evento do setor de sementes de soja a nível nacional e será uma grande oportunidade para troca de experiências entre os convidados, multiplicadores, empresas de tecnologia, de genética, pesquisadores, associações e demais elos da cadeia, além da presença de vários parlamentares, ligados a FPA. É um encontro realizado pela ABRASS, entidade que se tornou referência no setor de sementes, especialmente pela sua forte atuação nas relações institucionais e nas políticas do setor.”

Programação

A 3ª edição do ENSSOJA será oficialmente aberta nesta quinta-feira (23), às 17h30, e na sequência será apresentado o painel “Panorama do Mercado de Sementes de Soja – Relevância e Desafios”, com a participação do Fundador e CEO da Blink Inteligência Aplicada, Lars Schobinger. Na sequência o sócio da Action Consultoria, João Henrique Hummel, fará uma “Análise da Atual Conjuntura Política – Congresso Nacional”.

Na sexta-feira (24), temas pertinentes como os Cenários da Produção Agrícola (André Pessoa – CEO da Agroconsult), Biotecnologia, Genética e Tratamento de Sementes (João Braga – Líder de vendas de licenciamento – Corteva),  Avanços da Pesquisa em Genética e Biotecnologia (Dr. Alexandre Nepomuceno – Chefe Geral do Centro Nacional de Pesquisa de Soja – EMBRAPA/SOJA), “Tymirium Technology” (Gustavo Alves – Desenvolvimento Técnico de Mercado para Seedcare no Sul do Brasil), Uso de Reguladores Hormonais na Qualidade de Semente de Soja (Fellipe Goulart Machado – CentroAGRO Pesquisa no Cerrado – Sumitomo Chemical),  Protocolo de Sementes ABRASS (Prof. Dr. Géri Eduardo Meneghello e Prof. Dr. Francisco Amaral Villela – Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Cenários e Conjuntura no Mercado de Sementes no Brasil (Anderson Galvão – Fundador e diretor da Célere® – Bayer – Intacta2 Xtend – Monsoy), Impactos da Reforma Tributária para o Setor Agropecuário (com Renato Conchon – Coordenador do Núcleo Econômico da CNA), O que o Mercado e os Multiplicadores podem esperar da GDM nos próximos anos, (César Poletto – Líder de Negócios da GDM), Cuidar do Amanhã começa Hoje (Karina Lima – Gerente de Sustentabilidade e Assuntos Regulatórios para o Grupo Croda na América Latina), 25 anos de Avanços da Biotecnologia para o Setor Agropecuário (Eduardo Leão – Presidente da CropLife Brasil), Importância da Atualização da Lei de Proteção de Cultivares – LPC (Fabricio Rosa – Diretor Executivo da Aprosoja Brasil), e as Atualizações Normativas no Setor de Sementes (Edilene Cambraia Soares – Diretora do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas do MAPA), além da Mesa redonda com Parlamentares e das visitas aos estandes dos patrocinadores que apresentarão várias novidades. Para o encerramento foi programada uma palestra da jornalista e idealizadora do Movimento Produtividade Sustentável, Izabella Camargo, sobre Produtividade Sustentável.

Dessa maneira, o encontro representa uma ocasião de significativas conexões e negócios, de fortalecimento de parcerias, aprimoramento técnico focado no alto padrão de qualidade e sustentabilidade de produção, onde os melhores produtores de sementes de soja do país, investidores, empresários, pesquisadores e especialistas técnicos, lideranças políticas, sojicultores e as principais entidades do setor, estarão focados nas boas práticas e no compartilhamento de conhecimentos, expertises e inovações com o objetivo de fomentar o desenvolvimento dessa cadeia pujante.

ABRASS – A Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja tem sede em Brasília (DF) e foi fundada em 2012 com o objetivo de congregar em uma Entidade de classe os multiplicadores de sementes de soja de todo o Brasil, criando um ambiente institucional e multidisciplinar que fortalece a produção de sementes de soja, valoriza a atividade e seu produto final, revertendo benefícios para toda a cadeia produtiva da soja.

Atualmente o corpo de associados está distribuído em 10 estados do país, representando grande parte da produção de sementes de soja do Brasil.

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Embrapa promove Curso de Produção de Soja

O módulo de Manejo do Solo e de Cultura do Curso de Produção de Soja será promovido pela Embrapa Soja, de 17 a 21 de junho, em formato presencial, em Londrina (PR). O coordenador do Curso, André Prando, explica que o objetivo é promover a capacitação de produtores, técnicos e agrônomos que atuam na assistência técnica para propiciar o acesso e a aplicação de novas tecnologias que levem ao desenvolvimento das atividades no campo. O conteúdo desse módulo contará com as seguintes temáticas: Instalação da lavoura e integração lavoura e pecuária, manejo e conservação do solo e da água, fertilidade de solos e nutrição de plantas, manejo integrado de plantas sólidas, dessecação de pré-colheita e manejo de plantas perdas na colheita. O Curso contará com carga horária de 36 horas.

As inscrições estão abertas aqui.

 Soja no Brasil – Na safra 2022/23, o Brasil produziu mais de 150 milhões de toneladas de soja, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o que mantém o País na liderança mundial da produção do grão, seguida dos Estados Unidos e da Argentina. Atualmente a soja é cultivada em 20 estados e no Distrito Federal e os principais estados produtores são: Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Paraná e Goiás. 

Serviço:

Curso de Produção de Soja – módulo Manejo do Solo e da Cultura

Data: 17 a 21 de junho

Local: Embrapa Soja, rod Carlos João Strass s/n Londrina (PR)

Incrições aqui: www.embrapa.br/soja/curso- de-produção

Fonte e Foto: Embrapa

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Curso de Capacitação em Legislação de Sementes em Londrina

DATA: 28 de Maio de 2024

Duração Curso: 8 horas

LOCAL: Hotel Thomasi

Av. Tiradentes, 1155 – Jardim Shangri-Lá A, Londrina – PR, 86070-545

Investimento:

Não instituidor e não associado: R$ 920,00

Instituidor da Fundação Pró-Sementes: R$ 644,00 (30% de desconto)

Associado da entidade parceira (Apasem): R$ 874,00 (5% de desconto)

*Pagamento por depósito ou PIX

Depósito:

Banco do Brasil

Agência: 0092-2

Conta Corrente: 106.223-9

CNPJ: 03.717.043/0001-80

Pix:

CNPJ: 03.717.043/0001-80

Para efetivar a participação, favor enviar comprovante para capacitacao@fundacaoprosementes.com.br.

*Incluso na inscrição: material didático, coffee break e certificado.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

1. Objetivo

2. Amparo legal

3. Registro nacional de sementes e mudas – Renasem

4. Produtor de sementes

5. Produção de sementes

6. Responsabilidade técnica

7. Certificação de sementes

8. Padrões de campo de sementes

9. Vistorias de campo

10. Colheita

11. Transporte da semente para beneficiamento

12. Beneficiamento

13. Embalagem

14. Armazenamento

15. Reembalagem

16. Mistura de Sementes

17. Amostragem

18. Análise

19. Padrão da semente

20. Identificação das sementes

21. Documentos da semente

22. Fiscalização da produção

23. Comercialização

24. Disposições Gerais sobre a produção de sementes

Vagas limitadas.

INSCRIÇÕES:

www.capacitacaofps.com.br

Informações Fundação Pró-Sementes

54. 3314-8983 / 54. 99226 0096

capacitacao@fundacaoprosementes.com.br

Realização: Fundação Pró-Sementes de Apoio à Pesquisa.

Apoio: Apasem e Abrasem

Fonte: Fundação Pró-Sementes

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Inscrições abertas para curso de capacitação em Legislação de Semente

A Fundação Pró-Sementes no próximo dia 28 de maio irá promover o curso de capacitação em Legislação de Semente, em Londrina, com duração de 8 horas, sendo ministrado pelo instrutor Eng. Agr. Dr. Jonas F. Pinto. O curso conta com apoio Apasem e Abrasem e tem vagas limitadas.

Mais informações e inscrições é só acessar www.capacitacaofps.com.br

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Saiba como funciona o Projeto 30+ da Apasem

Visando ampliar a divulgação dos serviços dos Laboratórios, A Associação Paranaense dos Produtores de Sementes e Mudas convida os associados a enviar amostras para suas estruturas

Recentemente a Apasem lançou o Projeto 30+ que que consiste em realçar a experiência dos associados que utilizam os serviços ofertados por seus tradicionais laboratórios de Análise de Sementes, que ficam estrategicamente situados nas cidades de Toledo (Oeste do Paraná) e Ponta Grossa (Campos Gerais).

A ação realizada neste começo de 2024 foi o envio de 30 caixas aos associados da Apasem, que poderão encaminhar suas amostras de sementes a um dos dois LAS ao longo do ano.

Os laboratórios da Apasem têm mais de 50 anos de experiência e realizam análise de milhares de amostras anualmente. O escopo é amplo e diversificado. No caso do LAS Ponta Grossa, existe mais um diferencial: a estrutura é credenciada para realizar ensaios de patologia.

“Confiabilidade, imparcialidade e transparência são valores de nossos Laboratórios. Aguardamos as suas amostras por meio dessas caixas. Vamos garantir qualidade e agilidade que são referências de nossas estruturas”, destaca Jhony Möller, Diretor Executivo da Apasem.

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Apasem é patrocinadora de congresso internacional da PUC-PR

O VII Congresso Internacional de Ciências de Agrárias (CICA) da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) foi aberto na noite desta quarta-feira (24) e segue com programação e apresentação de trabalhos científicos até amanhã (26).

A Apasem está com um estande no evento onde os visitantes podem ter ideia de como funciona os Laboratório Apasem Toledo e Ponta Grossa, tendo acesso a teste de germinação de sementes, orientados pela responsável técnica da Apasem Saionara Maria Tesser.

Congresso

O congresso internacional é um espaço para a divulgação, acompanhamento e incentivo às pesquisas realizadas por estudantes de graduação e pós-graduação da PUC-PR e demais IES do Paraná, do Brasil e países vizinhos. Além disso, o evento tem como objetivo fomentar o intercâmbio de informações entre indivíduos com diferentes formações profissionais e oferecer, aos participantes, contato com o que há de mais recente na área de ciências agrárias.

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El Niño afeta a produção de sementes no Sul

O excesso de chuvas, induzido pelo El Niño na última safra, ocasionou perdas na produção de grãos e forragens na Região Sul. Além de perdas quantitativas, o setor sementeiro avalia agora as perdas qualitativas, já que muitas áreas de multiplicação não atingiram os parâmetros específicos para a comercialização de sementes.
“O ambiente quente e úmido do inverno e primavera de 2023 afetou tanto a qualidade fisiológica das sementes, como a qualidade sanitária. As condições ambientais favoreceram as doenças na espiga e, ao mesmo tempo, dificultaram o seu controle, já que em muitos casos o excesso de chuvas impediu a entrada de máquinas nas lavouras para aplicação de fungicidas. Além disso, o excesso de chuvas na época de colheita acelerou a deterioração das sementes”, conta Vladirene Vieira do setor de produção de sementes Embrapa Trigo.

No trigo, a quebra na produção de sementes chegou a 50% no Rio Grande do Sul. Segundo a Apassul, para a safra 2024, estarão disponíveis 138 mil toneladas de sementes certificadas de trigo, volume suficiente para abastecer uma área de cultivo próxima a um milhão de hectares no RS. A taxa de uso de semente certificada nesta safra está estimada em 78%, a maior da história já registrada pela Apassul, indicando que o uso de semente salva não será significativo, justamente pelo risco de investir em semente de baixa qualidade.

“No ano passado, a taxa de uso de semente certificada foi de 58% no RS. A supersafra de 2022, tanto em produtividade quanto em qualidade, foi um estímulo ao agricultor para guardar semente para 2023. Na contramão, no ano de 2023 tivemos uma das piores safras de trigo, considerando que o agricultor não possui equipamentos específicos para produção de sementes, teremos redução significativa de grãos salvos”, explica o diretor executivo da Apassul, Jean Cirino.

Para estimar os impactos de um possível aumento no preço das sementes nesta safra, em função da oferta menor do que a demanda, a equipe de transferência de tecnologias da Embrapa Trigo consultou algumas cooperativas gaúchas e avaliou que, dentro das planilhas de custos de produção, o preço do saco de sementes de trigo 40kg está variando de R$ 130 a R$ 150, pouco acima dos R$ 120/sc praticados na safra passada. “Na safra 2023, houve uma grande oferta de sementes no mercado que causou a queda nos preços. Neste ano, a oferta de sementes é mais restrita, a relação oferta-demanda está bem ajustada”, observa Jean Cirino.

No Paraná, a quebra está estimada em 20%, contabilizando que deixarão de entrar no mercado cerca de 30 mil toneladas de sementes de trigo por falta de qualidade. A previsão da Apasem é que o setor sementeiro vai garantir produção para cobrir 1,1 milhão de hectares com trigo no Paraná. “Acreditamos que a redução na oferta de sementes vai acompanhar a menor intenção de cultivo do trigo por parte do produtor paranaense. A redução na cotação do trigo e as incertezas com o clima para o próximo inverno, deixaram o produtor mais cauteloso com a safra de inverno”, avalia o diretor executivo da Apasem, Jhony Moller.

O milho segunda safra, tradicional concorrente do trigo na metade norte do Paraná, não deverá avançar novamente, repetindo a área de 2,4 milhões de hectares em 2024, não impactando no cultivo do trigo na região. Porém, está previsto um aumento de 33% na área de feijão segunda safra, ocupando o espaço que no ano anterior foi utilizado pelos cereais de inverno. A previsão do Deral é uma redução de 17% na área com trigo no Paraná.

Falta de sementes de forrageiras

O mercado enfrenta também a falta de sementes para a implantação de pastagens. A estimativa da Sulpasto é que a oferta de sementes de aveia preta seja reduzida em 40% e no azevém a oferta é até 80% menor em relação ao ano passado. “A maioria dos produtores de sementes forrageiras também são produtores de grãos, então com a janela curta para fazer o manejo nos cereais de inverno, o produtor teve que optar pelo maior potencial de retorno e escolheu ‘salvar’ os grãos”, conta o presidente da Sulpasto, Cláudio Lopes. Segundo ele, os produtores que conseguiram colher mais cedo, até tiveram resultados satisfatórios, mas as forragens mais tardias, como o azevém colhido em novembro/dezembro, sofreram perdas generalizadas no Rio Grande do Sul.

Os gaúchos até tentaram recorrer às importações, comprando sementes forrageiras do Uruguai e da Argentina, mas também nos países vizinhos houve frustração de safra, implicando em escassez de sementes, além de problemas internos no Brasil, como a greve dos fiscais agropecuários, o que está atrasando a liberação dos lotes. “Acreditamos que apenas 30% do volume importado vai chegar a tempo para implantação das forrageiras na época indicada”, avalia Lopes.

Com a procura aquecida, os preços de sementes forrageiras seguem em alta. Enquanto na safra passada era possível adquirir aveia preta a R$ 0,88/kg, hoje o valor chega a R$ 4,00/kg (base Passo Fundo, RS). Como alternativa à escassez de aveia preta e azevém, Cláudio Lopes recomenda ao produtor investir em aveia branca e outros cereais de inverno que podem ser utilizados como forragem. “O impacto na oferta de forragens não deverá ser maior em função da queda no preço do gado, o que reflete na diminuição dos rebanhos”, lembra Lopes, ressaltando que “ainda é cedo para definir cenários, mas certamente haverá uma movimentação no setor para minimizar os efeitos de longo prazo causados pelo clima”.

Também no Paraná, a falta de sementes forrageiras deverá afetar os rebanhos, aumentando os custos de produção especialmente na região Sudoeste, onde está a principal bacia leiteira do Estado, e na atividade pecuária dos Campos Gerais. “O déficit nas sementes forrageiras vai afetar a produção de feno e silagem para a alimentação animal, bem como a cobertura de solo em muitas propriedades que costumam utilizar aveia preta. Alternativas existem para não deixar o solo descoberto, como a braquiária e o nabo, mas o custo acaba sendo maior”, esclarece Jhony Moller, da Apasem.

Cuidados para reduzir problemas na lavoura

O uso de sementes de qualidade é fundamental para assegurar o potencial de produção, garantindo o estabelecimento adequado da lavoura de grãos ou forragens. Uma lavoura de produção de sementes deve seguir uma série de normas e regras estabelecidas por legislação própria do MAPA, as quais atestam a qualidade das sementes, formada por atributos genéticos, físicos, fisiológicos e sanitários. Essas características vão garantir que o agricultor adquira sementes puras, sem misturas varietais ou com quaisquer outro material inerte, sadias e com bom potencial de estabelecimento das plântulas na lavoura.

Contudo, assim como a lavoura de grãos, a produção de sementes também sofreu com os impactos do clima em 2023. Entre os principais problemas que podem estar relacionados ao El Niño estão a menor qualidade fisiológica e a incidência de doenças.

Em função do clima adverso, as sementes podem estar infectadas com microrganismos que causam doenças nos cereais de inverno. Para evitar prejuízos, é indicado o tratamento de sementes com fungicidas que protegem a plântula da ação de agentes patogênicos, como fungos alojados no solo ou na própria semente. Dependendo do produto e a relação com a praga e doença visados, o tratamento de sementes nos cereais de inverno garante proteção das plantas contra fungos e pragas de solo por até 60 dias após a semeadura, favorecendo o desenvolvimento inicial da lavoura.

“O tratamento de sementes vai viabilizar a qualidade sanitária da lavoura no início do ciclo da cultura, evitando o surgimento de focos iniciais de doenças e sua distribuição pela lavoura” avalia o pesquisador João Leodato Nunes Maciel, lembrando que o tratamento de sementes também deverá significar redução nas aplicações aéreas de fungicidas nas plantas em fases mais adiantadas de desenvolvimento, impactando nos custos da lavoura. Na comparação, o custo de tratamento de sementes com fungicidas representa de 30% menos do que o custo de uma aplicação aérea.

Além da qualidade, a quantidade de sementes é um critério que merece atenção na semeadura. É preciso evitar o uso de quantidades muito abaixo do ideal ou excessos que implicam em aumento de custos e podem resultar em acamamento. A orientação da Embrapa Trigo é verificar sempre a informação fornecida pela empresa que desenvolveu a cultivar (o obtentor), empregando a quantidade de sementes indicada, considerando variações de acordo com a região, a época de semeadura e o histórico da área.

“Estamos enfrentando um ano atípico, com muitos desafios ao produtor, que vai precisar mostrar profissionalismo para alcançar resultados positivos até o final da safra”, conclui o executivo da Apasem, Jhony Moller.

Fonte e Foto: Embrapa Trigo/Joseani M. Antunes