set197915

O agro e a balança comercial do Brasil

A produção de grãos na safra 2022/23 deve ultrapassar os 310 milhões de toneladas. O VBP (Valor Bruto da Produção Agropecuária) em 2022 foi de R$1.189 bilhões; para 2023 a estimativa é que o VBP alcance R$1.263 bilhões. O PIB (Produto Interno Bruto) do agro brasileiro em 2022 foi de R$ 500 bilhões. São indicadores robustos e consistentes que demonstram a importância do agro para o desenvolvimento do Brasil.

A balança comercial mede a relação entre as exportações e importações de um país e constitui em importante indicador econômico. O saldo da balança comercial resulta da diferença entre as exportações e importações. Estes valores são produzidos pela SCEX/Secretaria de Comércio Exterior) do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços). Em 2022 o Agro Brasileiro exportou US$ 159 bilhões e importou US$ 58 bilhões. O superávit da balança comercial do setor foi de US$ 101 bilhões. As exportações do agro representaram 47,6% do total que o Brasil exportou. O superávit na balança comercial do Brasil em 2022 foi de US$ 61,8 bilhões.

As exportações do agro em 2022 superaram em 32% o obtido em 2021, graças ao aumento do volume (mais 8,1%) e os bons preços internacionais. Os setores exportadores que mais se destacaram em 2022 foram o complexo soja (US$ 60,95 bilhões/38,3%), carnes (US$ 25,67 bilhões/16%), produtos florestais (US$ 16,49 bilhões/10,4%), cereais, farinhas, preparações (US$ 14,46 bilhões/9,1%) e complexo sucro-alcooleiros (US$ 12,79 bilhões/8%).

Os principais destinos das exportações do agro em 2022 foram China (32%), União Europeia (16,1%), Oriente Médio (15%), Estados Unidos (66%), Irã (2,7%) e Japão (2,7%). É importante, além da consolidação destes mercados, ampliar a exportação para outros países. Assim como ampliar os produtos exportados incluindo a agregação de valor através do processamento dos produtos “in natura”.

O Brasil deve ficar atento às variações no comércio internacional. Nenhum país é autossuficiente em todas suas necessidades, havendo espaço para trocas comerciais. Por exemplo, o Brasil deverá liderar as exportações mundiais de milho em 2023. As exportações de soja deverão ser 18% maiores em 2023.

É importante lembrar que o Brasil é líder mundial nas exportações de soja, café, açúcar, suco de laranja, carne bovina e carne de frango; e o 2º exportador de etanol, milho e algodão. No suco de laranja o Brasil é responsável por 79% das exportações globais e na soja por 54%.

Entretanto, existe espaço para ampliação deste mercado internacional.

Por José Otávio Menten, Engenheiro Agrônomo, Professor Sênior da USP/ ESALQ e Presidente do Conselho Científico Agro Sustentável

Fonte: CCAS Foto: Divulgação

set198087

Fechamento de estradas e falta de manutenção na infraestrutura logística brasileira afastam investimentos em M&A

As constantes bloqueios registrados nas rodovias brasileiras devido ao excesso de chuvas e deslizamentos de terras têm causado muitos prejuízos à população e à economia de uma forma geral. Mas a falta de manutenção na infraestrutura logística e a dependência rodoviária do setor produtivo podem impactar negativamente a atração de investimentos estrangeiros ao Brasil. A avaliação é do economista Adam Patterson, sócio da Redirection International, empresa especializada em assessoria de fusões e aquisições (M&A).

“As condições precárias das rodovias e a demora do poder público para solucionar este problema são fatores que encarecem a logística e, consequentemente, toda a cadeia produtiva. Isso eleva o custo para novas empresas que queiram se fixar no país, podendo afastar os investimentos internacionais em M&A, que tendem a priorizar outros mercados, onde haja mais estrutura para o escoamento da produção”, destaca Adam Patterson.

Na Br 277, por exemplo, entre Curitiba e Paranaguá, a instabilidade da encosta bloqueia parcialmente a pista há cinco meses. No início de março, no entanto, a situação piorou com o afundamento da pista em dois pontos distintos da rodovia após fortes chuvas atingirem a região, chegando a ficar totalmente bloqueada no sentido litoral. De acordo com uma estimativa da Federação das Empresas de Transportes do Paraná (Fetranspar) o prejuízo acumulado no setor chega a R$ 100 milhões desde outubro.

A rodovia é a principal ligação ao Porto de Paranaguá, o segundo maior em movimentação de cargas do Brasil, atrás apenas de Santos (SP). Desde novembro de 2021, o trecho entre Curitiba e o litoral do estado está sob responsabilidade da União, após o vencimento do contrato com a concessionária Ecovia, que fazia a manutenção da via.

Com o transporte mais lento e sem perspectivas de liberação total da rodovia, muitos produtores estão direcionando suas cargas para o porto de Santos, o que encarece os custos com o transporte. Segundo um estudo realizado pela Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), o prejuízo para o escoamento da soja produzida no estado pode ultrapassar R$ 600 milhões com essa mudança no itinerário.

Segundo Adam Patterson, situações como essas de bloqueios constantes nas rodovias influenciam negativamente o ambiente de negócios no Brasil e elevam o chamado Custo Brasil, conjunto de fatores que dificultam a operação comercial de empresas como a infraestrutura, legislação e tributos. E o custo de logística no Brasil já soma mais de 13% do PIB, contra 8% nos Estados Unidos, por exemplo.

“A questão é se para um investidor internacional olhando para oportunidades no setor de agro, comércio internacional ou na indústria em geral, se deveria investir no Brasil onde tem problemas agudos na infraestrutura ou em outro mercado com melhor qualidade dos ativos de transporte? Afinal, o Brasil é um país continental e a facilidade de deslocamento e transporte de bens é fundamental para uma operação sustentável e rentável. O maior risco está a médio prazo, se estes problemas não começarem a ser resolvidos agora”.

Investimentos em Infraestrutura Logística

De acordo com o relatório de competitividade global do Banco Mundial de 2019-2020, o Brasil aparece na 56ª posição no ranking entre 160 nações, no segmento de logística, atrás de países como México, Chile e África do Sul. Para Adam Patterson este é um dado preocupante, uma vez que a matriz ‘infraestrutura’ tem um forte impacto na atração de capital. “A infraestrutura inadequada é uma das principais barreiras para o crescimento econômico do Brasil. A extensão da rede rodoviária, juntamente com a eficácia do sistema portuário e o tempo de espera dos contêineres, por exemplo, tem implicações diretas na entrega pontual e econômica de mercadorias. Por isso, o investimento em infraestrutura de qualidade é essencial para promover o crescimento sustentável, construir riqueza e melhorar o bem-estar da população”.

Para Adam Patterson, o problema é agravado pela dependência rodoviária que o Brasil tem para o escoamento da produção. “O Brasil não tem uma estrutura ferroviária suficientemente desenvolvida para atender ao grande volume da produção, tanto agrícola, quanto industrial. Além disso, o país não investiu o necessário nos últimos anos em interligação de modais de transporte e, por isso, cada vez que há uma interrupção na rodovia, a economia toda acaba sendo impactada”.

Fonte: Diário Paranaense Foto: Divulgação

set197283

Safra Brasileira de Grãos

A Conab realiza o acompanhamento constante da safra de grãos, monitorando as condições de desenvolvimento das principais culturas do país, abrangendo os seguintes produtos: algodão, amendoim, arroz, aveia, canola, centeio, cevada, feijão, girassol, mamona, milho, soja, sorgo, trigo e triticale.

A partir deste levantamento, a Companhia produz, mensalmente, o Boletim de Acompanhamento da Safra Brasileira de Grãos e o Boletim de Monitoramento Agrícola, que fornecem informações e conhecimentos relevantes aos agentes envolvidos nos desafios da agricultura, da segurança alimentar e nutricional e do abastecimento do país. As publicações auxiliam a compreender os resultados da safra e têm como objetivo produzir subsídios para o monitoramento e a formulação das políticas agrícola e de abastecimento. Suas informações também auxiliam a tomada de decisão dos produtores rurais.

Tal esforço configura como parte da estratégia de qualificação das estatísticas agropecuárias, do processo de transparência e da redução da assimetria da informação.

Confira: Boletim Safra de Grãos e Monitoramento Agrícola

Fonte: Conab Foto: Divulgação

set19739

Atraso no plantio de milho deixa agricultores apreensivos e sem seguro

A chuva tem deixado os produtores rurais do Paraná apreensivos. De acordo com o último levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral), metade da área destinada à soja no Paraná ainda precisa ser colhida e com a soja ainda em campo, não é possível iniciar a semeadura para a safrinha de milho.

A região norte do estado é onde a colheita está mais atrasada devido ao tempo instável.

Entre um dos principais problemas causados por esse adiamento do plantio é a questão dos produtores não conseguirem fazer o seguro agrícola fora do período estabelecido por causa do risco de perdas por fenômenos climáticos aumentarem.

Conforme o Sistema FAEP/SENAR-PR, 182 municípios já tiveram a janela de plantio do milho encerrada no dia 28 de fevereiro. Outros 32, em 10 de março. No dia 20, encerra o prazo para outros 43 municípios e em 31 de março para os 142 restantes.

Fonte: Caminhos do Campo Foto: Divulgação

set197438

Frente parlamentar do Paraná busca junto ao Ministério dos Transportes discutir as definições sobre o pedágio

Uma frente parlamentar formada por representantes do Paraná em Brasília busca junto ao Ministério dos Transportes discutir as questões que envolvem as definições sobre o pedágio.

A frente é coordenada pelo deputado federal Toninho Wandscheer (PP-PR) e conta com a participação dos deputados federais Sandro Alex (PSD), Gleisi Hoffmann (PT), Zeca Dirceu (PT), Aliel Machado (PV), Sergio Souza (MDB) e o senador Sergio Moro (União Brasil).

Sobre as definições do pedágio no Paraná, Joyce Carvalho conversou com o deputado federal Toninho Wandscheer (PP-PR).

Ouça

Fonte: CBN Foto: Divulgação

set197550

Como a mudança de estação afeta a agricultura?

A transição entre o verão e o outono iniciou na segunda-feira (20.03) às 18h24. A estação é caracterizada pela transição entre o verão e inverno, onde algumas frentes frias começam a ganhar força suficiente para avançar, ainda ocorre o surgimento dos primeiros episódios de geadas mais significativas e a redução no volume de chuvas em algumas regiões.

As principais características do outono em relação à agricultura variam de acordo com a região do Brasil. Veja abaixo as principais características:

Redução das chuvas: No outono, ocorre uma redução na frequência e na intensidade das chuvas, o que pode afetar o crescimento das culturas. Porém, em algumas regiões, como o sul do país, ainda há uma quantidade suficiente de chuvas para o plantio e crescimento de algumas culturas.

Colheita: O outono é um período de colheita para diversas culturas, como milho, soja, arroz, feijão, entre outras. A colheita pode ser afetada pelas chuvas, já que o excesso de umidade pode dificultar o processo.

Preparo do solo: Com a colheita, muitos agricultores aproveitam o outono para realizar o preparo do solo para as próximas safras. Isso pode envolver a aração e a adubação do solo, além da correção de nutrientes.

Plantio de culturas de inverno: Em algumas regiões, o outono é um período de plantio de culturas de inverno, como trigo, cevada e aveia. Essas culturas são importantes para garantir o suprimento de alimentos durante o inverno.

Controle de pragas e doenças: Com a redução das chuvas, há uma diminuição na proliferação de algumas pragas e doenças que podem afetar as culturas. Isso pode reduzir a necessidade de aplicação de defensivos agrícolas.

O outono é um período importante para a agricultura no Brasil, sendo um momento de colheita, preparo do solo e plantio de culturas de inverno, além de ser uma época em que muitos agricultores realizam o controle de pragas e doenças.

De maneira geral, é durante o outono que as operações de colheita da safra de verão ocorrem e dá-se então o início da semeadura das lavouras de inverno. Dessas lavouras destacamos:

Colheita: Milho 1ª Safra; Amendoim (centro-sul); Arroz (sul); Sorgo; Feijão e Soja;

Plantio: Girassol, Trigo, Cevada, dentre outros.

O que esperar do Outono em 2023

No mês de março houve a confirmação por diversos centros de previsão climática, que a fase da La Niña chegou ao fim e estamos em um período de neutralidade. Segundo o meteorologista do Agrotempo, Gabriel Rodrigues: “isso torna a previsão do outono de 2023 um pouco mais complexa, pois agora existem muitos outros fatores que podem influenciar no clima. Como as oscilações Madden-Julian, Oscilação Antártica e a influência do Oceano Atlântico”.

Gabriel Rodrigues reforça que, nas próximas semanas, seguimos com uma grande influência da oscilação Madden-Julian, o que está contribuindo com as chuvas intensas na região Nordeste.

Apesar disso, segundo alguns artigos científicos, períodos de Neutralidade Climática do El Niño Oscilação Sul, pode ser favorável para os cultivos de inverno. “Muitas das culturas de inverno são semeadas durante o outono, sendo um período crucial para o estabelecimento da lavoura“, afirma Gabriel.

Nas projeções climáticas mais recentes, as condições para abril, maio e junho de 2023 sinalizam um Outono mais seco do que o esperado. O resultado da NOAA, apresenta uma mancha de anomalias negativas (chuvas abaixo da média) bastante ampla, cobrindo desde áreas da região Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Ao passo que, na região norte e litoral norte do nordeste, a tendência indica chuvas acima da média.
Previsão da variação das chuvas para os meses do outono. Áreas em laranja, representam chuvas abaixo da média. Áreas em verde, chuvas acima da média. Áreas sem destaque, chuvas dentro da média.

Já em relação às temperaturas, o outono promete ser mais quente do que o normal em praticamente todo território nacional. Esse padrão de temperaturas acima da média, neste outono de 2023 é notado em grande parte do planeta. E no Brasil, o grande destaque será a região central, onde as chuvas devem ser abaixo da média também. Isso pode trazer dias com grande amplitude térmica – ou seja – uma grande diferença entre as temperaturas no amanhecer com as temperaturas do período da tarde.

Fonte: Agrolink Foto: Divulgação

set196662

Safra de trigo se aproxima com cenário positivo: relação de troca melhor e mais demanda aparecendo

A safra de trigo 2023 está se aproximando e o cenário é de otimismo para os produtores brasileiros, tanto com relação à produção quanto ao quadro de mercado para a temporada.

O Corretor de Mercado De Baco Corretora de Mercadorias, Marcelo de Baco, destaca que o Brasil deve registrar aumento de área plantada neste ciclo impulsionada pelas quebras da safra de verão no Rio Grande do Sul e Paraná, pelo atraso no plantio de milho e pela diminuição dos custos de produção.

Outros pontos de otimismo para o setor do trigo brasileiro é a possibilidade de demanda aquecida, aproveitando espaço deixado pelos problemas de safra da Argentina e da guerra entre Rússia e Ucrânia.

Inclusive, existe a possibilidade de boas oportunidades de negócios aparecerem entre maio e julho, em um momento que os preços do trigo costumam subir no Brasil.

Ouça

Fonte: Notícias Agrícolas/Guilherme Dorigatti Foto: Divulgação

set196726

Produção mundial de arroz tem queda de 1,5%

De acordo com as últimas estimativas da FAO, a produção mundial de arroz em 2022 teria caído 1,5% para 778 Mt (516,6 Mt base beneficiado) contra 790 Mt em 2021. A queda se deve principalmente às más condições climáticas no sul da Ásia, em particular no Paquistão, onde estima-se que a safra tenha diminuído em 25%. Na China, a produção caiu 2%, assim como no Vietnã. Em contraste, a produção tailandesa melhorou em 4%.

Nos Estados Unidos, a produção caiu mais 16% como resultado de uma nova redução das áreas arrozeiras. No Mercosul, a produção caiu 11% voltando ao seu nível de 2019. Na África subsaariana, a produção de arroz foi novamente perturbada pela falta de insumos e pelas inundações. Entretanto, a produção em 2022/20233 poderia melhorar, especialmente na África Ocidental. Em 2023, a produção mundial pode cair novamente em 1,5%. A redução afetaria os principais países produtores da Ásia, assim como o Hemisfério Ocidental e a União Europeia.

Comércio e estoques mundiais

Em 2022, o comércio mundial de arroz teria aumentado em 7% para 55,8 Mt. Esta estimativa foi divulgada após a relaxamento nas restrições à exportação da Índia. Entretanto, os efeitos da menor produção mundial em 2022 deveriam impactar o comércio mundial em 2023, diminuindo em 5,6% para 52,7 Mt. Na Ásia, as necessidades de importação permaneceriam estáveis, enquanto na África subsaariana, as importações teriam aumentado 6% em 2022, principalmente devido ao recrudescimento das importações da Nigéria e da Costa do Marfim. As importações também devem aumentar nas Américas, bem como na União Europeia. Do lado dos exportadores, as vendas indianas atingiram um novo recorde para 22,3 Mt, já 4% a mais do que o recorde do ano anterior.

A Índia consolida sua liderança com 40% das exportações mundiais. Enquanto isso, a Tailândia recuperou seu segundo lugar mundial, à frente do Vietnã, graças à forte atividade no mercado externo no final de 2022. Estima-se que os estoques mundiais de arroz terminando no final de 2022 tenham aumentado em 1% para 196,0 Mt contra 194,1 Mt em 2021. Estes representam 38% das necessidades de consumo mundial e permanecem acima da média dos últimos cinco anos. A queda de 2% dos estoques chineses foi parcialmente compensada pelo aumento das reservas indianas de 16% em 2022.

Entretanto, as reservas chinesas permanecem abundantes, equivalentes a 70% do consumo interno e 50% dos estoques mundiais. Nos principais países exportadores, os estoques aumentaram em 15% em 2022 para 60 Mt, já 30% dos estoques mundiais. Em 2023, espera-se que os estoques mundiais diminuam para 194,4 Mt devido à queda anunciada da produção mundial em 2022/2023.

Fonte: Infoarroz Foto: Divulgação

set196873

Café atinge recorde em exportações

Na última década (2011-2021), o Brasil ampliou o número de mercados acessados, saindo de 134 países em 2011 para 149 em 2021, de acordo com a SECEX. Os dez maiores compradores do Brasil representavam 76% do total da receita com exportação em 2011, passando para 70% em 2021, refletindo a maior diversificação de mercado.

De acordo com o estudo realizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o superávit do setor foi de US$ 6,29 bilhões, em 2021. No acumulado de 2022, entre janeiro e dezembro, as exportações brasileiras de café registraram receita recorde de US$ 9,2 bilhões, crescimento de 47% em relação à igual período de 2021, segundo os dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), usados no levantamento.

O Brasil é o maior produtor (37%) e exportador (29%) de café do mundo, considerando a média do período 2018/2019 a 2021/2022. Embora o país tenha boa participação no mercado dos EUA (17%), Alemanha (25%), Itália (26%), Japão (25%) e Bélgica (39%), há oportunidades para ampliar a participação nacional nesses e em outros parceiros comerciais, por meio de estratégias como importação de café verde de outras origens para a formação de blends, maior rede de negociações internacionais para reduzir a tarifação imposta ao café brasileiro industrializado e ações que mitiguem os custos na promoção & marketing nas mídias convencionais nos países importadores.

Foto: Agrolink Foto: Divulgação

set196965

Soja começa a ser exportada por portos de outros estados

A situação precária das estradas do Paraná está afetando diretamente o agronegócio e prejudicando a economia do estado. A BR-277 é a principal via de escoamento da produção agrícola para o porto de Paranaguá, que é o segundo do país em movimentação. “Já existem várias cooperativas e traders que, em razão das más condições da estrada, têm optado por enviar suas cargas para outros portos, como o de São Francisco (SC) e o de Santos (SP)”, informa Ágide Meneguette, presidente da Federação da Agricultura do Paraná (Faep).

O Departamento Técnico e Econômico da entidade fez um cálculo e chegou ao valor de R$ 600 milhões que seria o gasto a mais, considerando apenas a logística da soja, caso o produto paranaense tenha que ser exportado pelo porto de Santos. O presidente da Federação lembra que, além da soja, o Paraná é o maior exportador de frango do país e o terceiro em carne suínas, cadeias que também são impactadas diretamente pelos problemas na BR-277.

Fonte: Gazeta do Povo Foto: Divulgação